Buscar

CASOS CONCRETOS TRIBUTARIO II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fhilipe Trindade De Assis 
201602305201 
 
Caso Concreto 1 
1. Trata- se lançamento por homologação (artigo 150 do CTN) 
2. A inscrição não tem irregularidade até porque o lançamento já tinha sido 
feito, o crédito tributário constituído, mas tendo sido pago somente a primeira 
parcela, de modo que não há necessidade do fisco constituir novamente o 
credito tributário, bastando antecipar o vencimento das outras parcelas e 
aplicar multa ao contribuinte. 
 
Doutrina 
Dispõe o Código Tributário Nacional, em seu art. 142, que “compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar 
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”. E em seu § 
único, arremata dispondo que “a atividade administrativa de lançamento é 
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional”. 
(...) 
O lançamento tributário pode ser de ofício (hipóteses do art. 149 do Código 
Tributário Nacional), por declaração (art. 147) ou por homologação (art. 150), 
sendo esta última a modalidade mais usual nos dias atuais.27 A diferença 
essencial entre as espécies de lançamento radica no grau de participação da 
Administração Pública no aperfeiçoamento do ato, como se verá a seguir. 
O lançamento de ofício pode consistir tanto em algo imprescindível para 
conferir exigibilidade aos tributos que dele necessitem para o seu pagamento 
(hipótese versada no art. 149, I, do Código Tributário Nacional, pelo qual o 
lançamento será efetuado de ofício pela autoridade administrativa “quando a lei 
assim o determine”), quanto em uma medida complementar do Fisco para 
exigir valores devidos e não pagos espontaneamente pelo contribuinte, 
consoante previsto nos demais incisos do art. 149. Consigne-se que os tributos 
lançados de ofício – em regra o IPTU e o IPVA, assim como as taxas – são 
aqueles nos quais o lançamento e sua notificação ao contribuinte é 
imprescindível para quantificação do valor devido e viabilização do pagamento 
por aquele. 
O art. 147 do Código Tributário Nacional prevê uma figura intermediária entre o 
lançamento de ofício e o por homologação, intitulada lançamento por 
declaração. Reza o Código que “o lançamento é efetuado com base na 
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da 
legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre 
matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação”. Frise-se aqui um ponto 
essencial: no lançamento por declaração o contribuinte presta informações 
sobre fatos ao ente fiscalizador que, de posse delas, praticará o ato 
administrativo tornando líquido, certo e exigível o crédito tributário, viabilizando 
a sua quitação. 
Reza o art. 150 do Código Tributário Nacional que “o lançamento por 
homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito 
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a 
homologa”. Trata-se da modalidade mais comum hodiernamente, na qual toda 
a responsabilidade pelo cálculo e recolhimento do valor devido é do 
contribuinte, havendo participação dos agentes da administração para fins de 
revisão da atividade do contribuinte apenas a posteriori. 
(Observação: Tipo do lançamento no caso concreto, por homologação. Imposto 
de Renda) 
 
(MOREIRA, A. M., “Constituição do crédito tributário”, 2019, Disponível em: 
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/304/edicao-1/constituicao-do-
credito-tributario, Acessado em: 3/10/2020) 
 
Jurisprudência 
TJ-RS - Apelação Cível AC 70076979954 RS (TJ-RS) 
Jurisprudência•Data de publicação: 29/10/2018 
PESSOA FÍSICA. ISENÇÃO DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. 
SITUAÇÃO QUE PRESSUPÕE NÃO AUFERIR RENDA SIGNIFICATIVA E 
AUTORIZA, RESSALVADA PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO, A 
CONCESSÃO DO BENEPLÁCITO. PESSOA JURÍDICA. MICROEMPRESA. 
AUSÊNCIA DE PROVA DA INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS. MÉRITO. 
DEMONSTRADO O INADIMPLEMENTO DE DUAS DAS SEIS PARCELAS 
REFERENTES AO NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPRA E VENDA DE 
VEÍCULO. ALEGAÇÃO DE SUPOSTA GARANTIA DE UM ANO, RELATIVA À 
PARTE MECÂNICA DO VEÍCULO E QUE ISENTARIA A PARTE APELANTE 
DO PAGAMENTO DAS ÚLTIMAS DUAS PARCELAS (EM RAZÃO DO 
ABATIMENTO DO MONTANTE RELATIVO AO CONSERTO DO VEÍCULO) 
QUE NÃO RESTOU DEVIDAMENTE COMPROVADA NOS AUTOS. 
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS CONFIRMADA. 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 
70076979954, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 25/10/2018). 
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/304/edicao-1/constituicao-do-credito-tributario
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/304/edicao-1/constituicao-do-credito-tributario
 
 
Caso Concreto 2 
a) Não, uma vez que com o indeferimento do mandado de segurança a liminar 
outrora concedida perde seus efeitos, não havendo mais o que se falar em 
suspensão do crédito, logo o fisco mais do que nunca, tem a obrigação de 
promover a execução fiscal, 
b. A liminar outrora concedida perde seu efeito e assim teremos um retorno ao 
status a quo, iu seja, opera-se um efeito extunc. 
c. Sim, em razão do efeito extunc 
Doutrina 
No âmbito tributário, a aplicação da norma geral e abstrata (representada pela 
regra-matriz de incidência) pode ser realizada pelo contribuinte ou por 
autoridade administrativa. Na primeira hipótese, tem-se o impropriamente 
denominado lançamento por homologação, em que o particular emite a norma 
individual e concreta, constituindo, ele próprio, sua obrigação tributária. Por 
outro lado, quando a obrigação tributária é constituída por ato administrativo, 
está-se diante do lançamento tributário, referido pelo art. 142 do Código 
Tributário Nacional. 
(...) 
O lançamento tributário, como vimos, configura um ato administrativo. E, como 
tal, reveste-se de características peculiares, que objetivam, simultaneamente, 
conferir garantia aos administrados e prerrogativas à Administração. 
Relativamente à garantia dos administrados, são identificados os seguintes 
atributos: (...) 
(...) 
Por outro lado, implementando as prerrogativas da Administração Pública, os 
atos administrativos têm por qualificativos: (...) 
(iii) exigibilidade: poder de cobrar a prestação introduzida no ordenamento pelo 
ato administrativo. 
(...) 
Aplicando a noção de exigibilidade à figura do crédito tributário, Maria Leonor 
Leite Vieira[14] esclarece que esse atributo significa que “se não cumprida a 
prestação, fica a autoridade administrativa credenciada a praticar outro ato, 
inscrevendo a dívida como ativa, e requerendo a intervenção do Poder 
Judiciário para que aquele crédito seja liquidado, isto é, para que o dever 
jurídico do sujeito passivo seja exigido, sob pena de comprometimento de bens 
patrimoniais, o que é cuidado pela matéria instrumental, ou processual”. Como 
se vê, a exigibilidade não surge lógica e cronologicamente no mesmo instante 
em que o ato administrativo passa a existir no ordenamento: para que o sujeito 
ativo possa tomar as providências necessárias à cobrança do crédito tributário 
é imprescindível que se tenha operado o vencimento da prestação tributária. 
Somente quando concretizado esse fator estará o Fisco habilitado a cobrar o 
crédito tributário, mediante inscrição do débito na Dívida Ativa e o consequente 
ajuizamento da execução fiscal. 
(...) 
O próprio art. 151 do Código Tributário Nacional, ao disciplinar o assunto, 
relaciona as hipóteses que “suspendem a exigibilidade do crédito tributário”, 
dispondo sobre os efeitos das situaçõesfáticas que indica: moratória, depósito 
do montante integral do crédito tributário, concessão de medida liminar em 
mandado de segurança, concessão de medida liminar ou de tutela antecipada 
em outras espécies de ação judicial e parcelamento. Tais fatores não atingem o 
crédito em si, em quaisquer de seus elementos existenciais, mas somente sua 
exigibilidade. 
(TOMÉ, F. D. P., “Exigibilidade do Crédito Tributário: Amplitude e Efeitos de 
sua Suspensão”, Disponível em: 
https://www.noeses.com.br/2014/09/29/exigibilidade-do-credito-tributario-
amplitude-e-efeitos-de-sua-suspensao-por-fabiana-del-padre-tome/, Acessado 
em 3/10/2020) 
Jurisprudência 
TJ-MT - Apelação APL 00082177720108110041 137376/2013 (TJ-MT) 
Jurisprudência•Data de publicação: 26/11/2014 
RECURSO DE APELAÇÃO C/C REEXAME NECESSÁRIO - MANDADO DE 
SEGURANÇA - PEDIDO DE CONCESSÃO DA SEGURANÇA PARA 
SUSPENÇÃO E EXTINÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS - SEGURANÇA 
PARCIALMENTE CONCEDIDA - SUSPENSÃO DEFINITIVAMENTE 
CONCEDIDA PARA OPORTUNIZAR O DIREITO DE AMPLA DEFESA E 
CONTRADITÓRIOS - PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA QUE 
CONFIRMOU/RATIFICOU A LIMINAR, AO FUNDAMENTO DE EXTRA 
PETITA - PEDIDO EXPRESSO DE CONFIRMAÇÃO DA LIMINAR, NA 
SENTENÇA, DEDUZIDO PELA AUTORA NO PEDIDO DE EMENDA DA 
PETIÇÃO INICIAL - REJEIÇÃO. SENTENÇA CONCESSIVA SUJEITA AO 
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO - ART. 14 , § 1º DA LEI 12.016 /2009 - 
PRECEDENTE DO STJ - CORREÇÃO DA AUTUAÇÃO. SUSPENSÃO DA 
EXIBILIDADE DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO - AUSÊNCIA DE PROVA 
PRÉCONSTITUÍDA - IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA NA VIA 
ELEITA - RECURSO DESPROVIDO - SENTENÇA RETIFICADA. Não há falar 
em decisão extra petita se a decisão atendeu pedido expresso deduzido pela 
autora na petição inicial. "'Será indispensável prova pré-constituída específica 
quando, à declaração de compensabilidade, a impetração agrega (a) pedido de 
juízo sobre os elementos da própria compensação (v.g.: reconhecimento do 
indébito tributário que serve de base para a operação de compensação, 
https://www.noeses.com.br/2014/09/29/exigibilidade-do-credito-tributario-amplitude-e-efeitos-de-sua-suspensao-por-fabiana-del-padre-tome/
https://www.noeses.com.br/2014/09/29/exigibilidade-do-credito-tributario-amplitude-e-efeitos-de-sua-suspensao-por-fabiana-del-padre-tome/
acréscimos de juros e correção monetária sobre ele incidente, inexistência de 
prescrição do direito de compensar), ou (b) pedido de outra medida executiva 
que tem como pressuposto a efetiva realização da compensação (v.g.: 
expedição de certidão negativa, suspensão da exigibilidade dos créditos 
tributários contra os quais se opera a compensação). Nesse caso, o 
reconhecimento da liquidez e certeza do direito afirmado depende 
necessariamente da comprovação dos elementos concretos da operação 
realizada ou que o impetrante pretende realizar' (AgRg no RMS 30.500/PE, 
Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 18/10/2010). (...) (AgRg no REsp 
1182632/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 05/04/2011, DJe 08/04/2011) (Ap 137376/2013, DESA.... 
 
Caso Concreto 4 
a. Não ocorreu a decadência, tendo em vista que o prazo final para constituir o 
crédito tributário seria de 31/12/2013, ou seja, o lançamento foi feito dentro do 
prazo 
b; Sim, procede, tendo em vista que o prazo prescricional teve início em 
23/10/2010 e fim em 23/10/2015, de modo que, a inscrição na dívida ativa 3em 
2016 configura a ocorrência da prescrição 
c. As causas de suspensão são as do artigo 151 do CTN. (MODEROCOCO). 
Já as causas de interrupção se encontram no artigo 174 do CTN. 
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação se extingue o próprio crédito 
tributário, conforme o artigo 156 inciso V do CTN 
e. Na prática, sim. (conforme art. 921, §5º do CPC, podendo ser reconhecida 
de ofício). 
Na pratica a referida prescrição acaba sendo reconhecida de ofício, no entanto, 
numa análise mais rigorosa do DT, tal possibilidade está prevista no CPC, não 
poderia ser aplicada uma vez que o artigo 146 da CRFB exige lei 
complementar no trato desta matéria. 
 
Doutrina 
Prescrição e decadência são institutos da Teoria Geral do Direito previstos, 
materialmente, nos artigos 189 e ss. do Código Civil (“Título IV – Da prescrição 
e da decadência”). Ambas, pois, conferem segurança e confiabilidade às 
relações jurídicas. Na seara tributária, da lição de José Carlos de Souza Costa 
Neves, “enquanto a decadência interfere na „exigibilidade‟ do crédito tributário, 
a prescrição afeta a exequibilidade desse crédito” (NEVES, 1998, p. 190). 
No Direito Tributário, a prescrição e a decadência estão como uma das 
modalidades de extinção do crédito tributário (art. 156, V, do CTN). Nesse 
sentido, mister a diferenciação entre o crédito e a obrigação tributária. A 
obrigação tributária origina-se do fato gerador do tributo (fato jurídico tributário), 
numa fase anterior que, mediante o lançamento, converte-se (a posteriori) no 
crédito tributário, sendo este, pois, a relação formalizada, acertada, tornada 
líquida e certa. Entretanto, comenta Luís Eduardo Schoueri que a diferenciação 
entre a prescrição e a decadência tributárias não é pacífica na doutrina, sendo 
que há entendimentos no sentido de que a obrigação tributária surgiria com o 
lançamento e não com o fato jurídico tributário [1]. 
(...) 
A decadência é a extinção, pelo decurso do tempo, de um direito potestativo 
(direito de lançar), a ser exercido pelo Fisco (“poder-dever”, na expressão de 
Regina Helena Costa, 2009, p. 268) 
(...) 
O prazo decadencial, para a efetivação do lançamento do tributo (procedimento 
vinculado e obrigatório – art. 142, § único, CTN) é de cinco anos (art. 173, 
caput, CTN), sendo que o termo a quo do referido lapso depende da 
modalidade de lançamento o qual o tributo é submetido. 
(...) 
Nos termos do art. 154, § 4°, do CTN, os tributos sujeitos a lançamento por 
homologação (IPI, ICMS, ISS, entre outros), que abrange a maior parte dos 
tributos na atualidade, têm prazo decadencial a contar do fato gerador, “salvo 
se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
(...) 
A partir da constituição do crédito tributário, com o procedimento administrativo 
vinculado do lançamento (arts. 142 e ss. do CTN), inicia-se o prazo para a 
cobrança do crédito tributário, também pelo Fisco, em 5 anos (a prescrição 
tributária – art. 174, CTN). A prescrição é a extinção, pelo decurso do tempo, 
do direito a uma prestação (pretensão – ação que protege o direito)[10]. 
Diferentemente do previsto na Teoria Geral do Direito, a prescrição tributária 
atinge também a relação jurídica material tributária e não somente o direito de 
ação (art. 156, V, CTN) 
Em termos práticos, significa que, na ocorrência da prescrição, está a 
Administração Tributária impossibilitada de fornecer certidões negativas aos 
contribuintes. Portanto, como a decadência, a prescrição extingue a obrigação 
tributária, mas se inicia, tão somente e diferentemente da primeira, a posteriori, 
quando o crédito tributário já está constituído[11]. A prescrição tributária sujeita-
se também à suspensão (art. 151, CTN) e interrupção (art. 174, § único, CTN). 
(...) 
Portanto a prescrição tributária “corresponde à perda do direito do Fisco 
(poder-dever) de ajuizar a ação de execução do crédito tributário – a execução 
fiscal, disciplinada pela Lei n. 6.830, de 1980. O prazo prescricional flui a partir 
da data da „constituição definitiva do crédito tributário‟, ou seja, do lançamento 
eficaz, assim entendido aquele regularmente comunicado, pela notificação, ao 
devedor. A partir daí flui o prazo para o sujeito passivo pagar ou apresentar 
impugnação. 
(SILVA, A. A., “Prescrição e decadência em matéria tributária”, 2015, 
Disponível em: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9527/Prescricao-e-
decadencia-em-materia-tributaria, Acessado em 3/10/2020); 
 
Jurisprudência 
STJ - AGRAVO EM RECURSO ESPECIALAREsp 1343254 MG 
2018/0201793-3 (STJ) 
Jurisprudência•Data de publicação: 14/02/2019 
I - Trata-se de embargos à execução fiscal em que se pretende a cobrança de 
débitos relativos ao ICMS. Na sentença declarou-se a decadência dos 
lançamentos referentes aos fatos geradores ocorridos até 25/8/2005 
declarando-se a inexigibilidade do débito remanescente. No Tribunal declarou-
se a nulidade da CDA. II - O crédito tributário executado é decorrente de auto 
de infração lavrado pelo fisco estadual sob o argumento de que teria promovido 
operações de circulação de mercadorias desacobertadas de documento fiscal, 
o que teria ensejado a falta de recolhimento e o pagamento a menor do ICMS 
no período de janeiro a dezembro de 2005. O recurso merece provimento. III - 
Na Corte de origem, consignou-se que a certidão de dívida ativa que 
fundamenta a execução fiscal não satisfaz os requisitos legais para a cobrança, 
conforme se percebe do seguinte excerto: "No entanto, analisando os 
documentos que precederam a constituição definitiva do débito, constata-se 
que os créditos foram constituídos em relação ao período de 01/01/2005 a 
31/12/2005. Após a impugnação do lançamento, a Secretaria de Estado de 
Fazenda de Minas Gerais reformulou o auto de infração referente ao PTA 
01.000166631.18, alterando o quadro" Relatório da Autuação Fiscal ", 
conforme se verifica às ff. 64/65. A partir do quadro Relatório atualizado, 
verifica-se que resta consignado que o período fiscalizado foi de 01/01/2005 a 
31/12/2005, tendo sido constatado na ação fiscal o recolhimento a menor de 
ICMS no período retrocitado, conforme descrito à f. 65. Considerando que o 
lançamento de ICMS tem período de apuração mensal, conforme previsto na 
legislação estadual, tais períodos deveriam constar individualmente na certidão 
de dívida ativa, não sendo admitido que o título executivo seja elaborado com 
base em um valor global." 
 
Caso Concreto 5 
a) Onerosa, pois, tem prazo certo. Trata-se de uma isenção onerosa, vez que 
foi concedida com prazo certo e determinado 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9527/Prescricao-e-decadencia-em-materia-tributaria
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9527/Prescricao-e-decadencia-em-materia-tributaria
b) Não pode, Princípios da legalidade e segurança jurídica... Não, tendo em 
vista ter uma isenção do tipo onerosa, ou seja, o beneficiário da mesma tem o 
direito líquido e certo de gozar da isenção pelo prazo de dez anos, conforme 
determinação da lei. Nesse sentido, temos a súmula 544 do STF. Quanto aos 
princípios a serem observados estes deverão ser os seguintes: princípio da 
legalidade e princípio da segurança jurídica 
c) Mandado de segurança preventivo 
Doutrina 
A isenção tributária vem disciplinada nos artigos 176 a 179 do Código 
Tributário Nacional. Caracteriza-se por ser, nos dizeres de Ricardo Alexandre, 
“a dispensa legal do pagamento do tributo devido”. 
A isenção não se confunde, apesar da semelhança dos efeitos, com a 
imunidade tributária. Aquela se verifica no âmbito do exercício da competência, 
enquanto esta opera no próprio âmbito de delimitação da competência. Dessa 
maneira, as imunidades sempre serão previstas na Constituição Federal, ao 
passo que as isenções estão previstas em leis em sentido estrito, na medida 
em que atua na esfera de exercício legal de uma competência. 
Para Hugo de Brito Machado, com a isenção não se teria a ocorrência do fato 
gerador da obrigação tributária. Segundo o renomado tributarista, a isenção 
exclui o próprio fato gerador. Nos seus dizeres: “a lei isentiva retira uma parcela 
da hipótese de incidência da lei de tributação; isenção, portanto, não é 
propriamente dispensa do tributo devido.”[2] 
A despeito dessa relevante posição doutrinária, o entendimento quase unânime 
é no sentido de que a isenção fiscal não é hipótese de não-incidência tributária, 
uma vez que há a ocorrência do fato gerador, o qual apenas não se torna 
exigível pela não constituição do referente crédito tributário. 
Esse é, inclusive, o magistério de KiyoshiHarada, para quem a isenção é 
“causa excludente do crédito tributário; a obrigação tributária que surge com a 
ocorrência do fato gerador se estanca atingida em seus efeitos”.[3] 
O CTN, afinado às normas gerais de direito tributário previstas na Constituição 
Federal de 1988 e observando, mais especificamente, o preceituado na regra 
do art. 150, § 6º da Carta Magna, fixou em seu art. 176 a exigência de lei 
específica para a concessão de isenções tributárias. O dispositivo mencionado 
prevê, assim, a necessária observância do princípio da legalidade estrita no 
tocante às isenções, ainda quando esta seja prevista em contratos, não 
satisfazendo esse requisito a sua previsão em normas de caráter infralegal. 
Eis o seu teor: 
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é 
sempre decorrente de lei que especifique as condições e 
requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a 
que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. 
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a 
determinada região do território da entidade tributante, em 
função de condições a ela peculiares. 
(...) 
As isenções podem trazer consigo ou não a necessidade de implemento de 
determinadas condições para o seu gozo. É nesse sentido que podemos falar 
em isenções onerosas e isenções não-onerosas. A distinção pragmática dos 
seus efeitos é trazida pelo art. 178 do CTN: 
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e 
em função de determinadas condições, pode ser 
revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, 
observado o disposto no inciso III do art. 104. 
 
As isenções não-onerosas são desprovidas de qualquer contrapartida por parte 
do contribuinte isento. A regra é a sua livre revogabilidade, uma vez que não se 
caracterizam como direito adquirido. 
As isenções onerosas, a seu turno, são aquelas que não trazem em seu corpo 
apenas o benefício da dispensa legal do pagamento do tributo, mas também 
algum ônus como condição para sua fruição. É caracterizada por possuir um 
prazo determinado e condições estabelecidas. 
O cumprimento das condições, dessa forma, garante o direito adquirido do 
contribuinte, pelo prazo estabelecido, de não ver frustrada a sua expectativa de 
dispensa de pagamento do tributo, sendo vedado ao Fisco a possibilidade de 
revogação ou alteração da isenção fiscal concedida. 
(...) 
As isenções, do mesmo modo que os diversos benefícios tributários, podem 
ser concedidas a determinados indivíduos, especificamente considerados, ou a 
uma generalidade de contribuintes. Há, dessa forma, isenções de caráter 
individual e isenções de caráter geral. 
A isenção de caráter individual se caracteriza pelo fato de ser atribuída a um 
grupo limitado de contribuintes que comprovem o preenchimento de 
determinadas condições legais. Apenas a habilitação junto ao Fisco daqueles 
que atendam aos requisitos pré-estabelecidos na lei isentiva permitirá o não-
pagamento do tributo. A administração tributária do ente tributante deverá 
analisar, casuisticamente, o preenchimento dos requisitos para a concessão da 
isenção. É o que prega o art. 179 do CTN: 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter 
geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da 
autoridade administrativa, em requerimento com o qual o 
interessado faça prova do preenchimento das condições e 
do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou 
contrato para concessão. 
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de 
tempo, o despacho referido neste artigo será renovado 
antes da expiração de cada período, cessando 
automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia 
do período para o qual o interessado deixar de promover 
a continuidade do reconhecimento da isenção. 
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito 
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o dispostono 
artigo 155. 
 
Haverá isenção de caráter geral, por sua vez, quando o benefício fiscal atingir 
um sem número de contribuintes, independentemente da satisfação de 
qualquer requisito legal. A isenção abrange um grupo indefinido de indivíduos, 
sendo dispensadas qualificação ou comprovação de características especiais 
habilitadoras. Decorre, unicamente, de lei. 
(...) 
As isenções podem ser, ainda, autonômicas ou heterônomas. Aquelas são 
concedidas mediante lei de autoria do ente tributante competente para instituir 
o mesmo tributo cuja isenção é conferida. Estas, por sua vez, são concedidas 
por lei de pessoa jurídica distinta da que detém a competência tributária. 
Na Constituição de 1967 existia uma hipótese expressa de isenção 
heterônoma. Havia a previsão de a União, mediante lei complementar, 
conceder isenções de impostos estaduais e municipais. 
Na atual Constituição Federal de 1988 não há mais essa previsão genérica. À 
União é vedada a concessão de isenções de tributos da competência dos 
estados e municípios. A única hipótese de isenção heterônoma existente no 
atual ordenamento jurídico, observada por Hugo de Brito Machado, é a prevista 
no art. 155, § 2º, XII, “e”. 
Assim, a regra, hodiernamente, é a das isenções autonômicas, sendo vedadas 
as isenções heterônomas. 
(BORGES, G. M., “Isenções Fiscais”, 2013, Disponível 
emhttp://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/33720/isencoes-fiscais, 
Acessado em 3/10/2020) 
 
Jurisprudência 
TJ-GO - Agravo de Instrumento ( CPC ) AI 04338552720198090000 (TJ-GO) 
Jurisprudência•Data de publicação: 02/03/2020 
http://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/33720/isencoes-fiscais
REVOGAÇÃO DE ISENÇÃO DE ISSQN QUE HAVIA SIDO CONCEDIDO POR 
PRAZO DETERMINADO. LIMINAR. PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. I 
? O agravo de instrumento é recurso secundum eventum litis e deve limitar-se 
ao exame do acerto ou desacerto do que ficou soberanamente decidido pelo 
juízo singular, não podendo extrapolar o âmbito para matéria estranha ao ato 
judicial vergastado, sob pena de supressão de instância e de violação do 
princípio do juiz natural. II ? Constatada a verossimilhança das alegações do 
postulante e evidenciado o receio de dano irreparável, é medida imperativa a 
concessão da medida liminar. III ? Nos termos do artigo 41, § 2º, do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, do art. 178 do Código Tributário 
Nacional e da súmula nº 544 do Supremo Tribunal Federal, a princípio, a 
revogação de benefício fiscal não poderá atingir situações pretéritas. IV ? Se a 
parte agravante não traz argumentos suficientes para acarretar a modificação 
da linha de raciocínio adotada na decisão proferida pelo juízo de origem, 
impõe-se o desprovimento do recurso. AGRAVO CONHECIDO E 
DESPROVIDO. 
 
Caso Concreto 6 
Respostas: 
a) Depende, uma vez que o artigo 185 do CTN reza que somente será 
configurada a fraude a execução fiscal se não restarem outros bens para 
garantir a execução 
b) A fazenda pública não tem legitimidade e tão pouco interesse em requerer a 
falência, até porque, dispõe de outros privilégios na cobrança dos créditos 
tributários 
c) Quanto a informações bancárias triviais não haveria nenhum problema, 
desde que tais informações fiquem protegidas contra o acesso de terceiros. Por 
outro lado, temos algumas informações e dados considerados sigilosos que 
dependerão de autorização judicia 
 
Doutrina 
Quando se fala em fraude do devedor, costuma-se lembrar da clássica 
distinção feita, no âmbito cível, entre fraude contra credores e fraude à 
execução. Rememorando, de forma sintética, a fraude contra credores é 
regulada pelo direito material (artigos 151 a 165, do Código Civil) e 
corresponde a um defeito do negócio jurídico que ocorre quando um devedor 
insolvente ou perto da insolvência pratica atos com o intuito de se desfazer de 
seus bens em prejuízo a credores que ainda não ingressaram em juízo 
buscando a satisfação da obrigação. Em regra, para caraterização da fraude 
contra credores, faz-se necessária a presença de dois elementos, o eventos 
damni (dano), que corresponde ao prejuízo causado ao credor, e o consilium 
fraudis, o conluio fraudulento entre o alienante e o adquirente, devendo o 
credor ajuizar a ação pauliana (ou revocatória), objetivando a anulação do 
negócio jurídico. 
A fraude à execução, por sua vez, é instituto de direito processual, previsto no 
Código de Processo Civil (artigo 593), consistindo na alienação ou oneração de 
bens quando pendente ação fundada em direito real; demanda capaz de 
reduzir o devedor em insolvência; ou em outros casos legais. Ou seja, 
diferentemente da fraude contra credores, a alienação ou oneração dos bens 
ocorre quando já existe um processo judicial capaz de levar à insolvência o 
devedor, violando-se, assim, não só o direito do credor, mas o próprio 
processo, consistindo em verdadeiro ato atentatório à dignidade da justiça, 
previsto no art. 600, do CPC. Pode-se combater referida fraude com pedido 
incidental, nos próprios autos judiciais, para que seja reconhecida a ineficácia 
daquela alienação/oneração fraudulenta em face do credor. Ou seja, o negócio 
jurídico fraudulento se torna ineficaz perante o credor, que pode requerer, por 
exemplo, a penhora do bem para satisfazer o seu crédito, restando ao 
adquirente, apenas, eventual ação contra o devedor alienante. 
(...) 
Em sede de execução fiscal, o instituto da fraude à execução, regulado pelo 
artigo 185, do CTN, possui requisitos bastante diversos. Conforme dispunha 
referido dispositivo, em sua redação original: 
 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração 
de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo 
em débito para com a Fazenda Pública por crédito 
tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase 
de execução. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na 
hipótese de terem sido reservados pelo devedor bens ou 
rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase 
de execução. 
Ou seja, caracterizaria a fraude à execução fiscal a alienação ou oneração de 
bens por devedor de crédito já inscrito em dívida ativa e que se encontra em 
cobrança judicial, por meio da execução fiscal, desde que não tenha reservado 
bens suficientes ao pagamento da dívida. Interpretando mencionado 
dispositivo, entende o STJ que não basta o ajuizamento da execução fiscal, 
devendo o devedor já ter sido citado, para caracterizar a fraude à execução 
fiscal. 
Mas o que seria um crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa? A 
inscrição corresponde a um ato de controle administrativo da legalidade (Art. 
2º, §3º, LEF), por meio do qual um débito, vencido e não-pago, é cadastrado 
para controle e cobrança em dívida ativa. Ou seja, de forma simples e sintética, 
sem apego às formalidades dos normativos pertinentes, exemplifica-se: 
imagine, de forma hipotética, que o contribuinte praticou um fato gerador 
referente a um tributo federal e sobre ele se omitiu, não emitindo declaração ou 
procedendo ao pagamento. A Receita Federal, por meio de auto de infração, 
constata tal irregularidade e procede ao lançamento de ofício. No âmbito deste 
processo administrativo, é oportunizada a defesa ao contribuinte, que é 
intimado a pagar ou apresentar eventual impugnação. Mantendo-se inerte ou 
esgotadas as instâncias administrativas recursais, concluindo-se pela 
existência do débito e sua constituição definitiva, o contribuinte é intimado para 
pagá-lo. Novamente, não o fazendo, é encerrada a cobrança administrativa 
pela Receita Federal, que encaminha este débito vencido e não pago à 
Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrevê-lo em dívida ativa, ou seja, 
para cadastrá-lo no sistema, por meio do Termo de Inscrição (§5º, do artigo 2º, 
da LEF), atribuindo-lhe um número de inscrição e apurando a legalidade e 
regularidade de todos os elementos que o compõe, bem comodo 
procedimento de sua constituição. A partir da inscrição, poderá ser extraída a 
certidão de dívida ativa, que consiste em título executivo extrajudicial (art. 585, 
VII, do CPC), apto a lastrear o ajuizamento da execução fiscal. 
Assim, observa-se que a inscrição em dívida ativa ocorre em momento anterior 
à execução fiscal, motivo pelo qual a norma ora comentada acabou por 
aumentar a proteção ao crédito público, possibilitando reconhecer como 
fraudulentos os negócios jurídicos realizados antes mesmo do ajuizamento ou 
da citação do devedor em execução. 
Por fim, note-se que, assim como no âmbito cível, a fraude à execução fiscal 
conduz à ineficácia do negócio jurídico perante o credor, podendo ser alegada 
de forma incidental nos autos. Ademais, a alegação de fraude pode ser 
afastada caso se comprove que o executado tenha reservado bens/rendas 
suficientes ao pagamento total do débito inscrito. 
(CURSINO, R., “FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL – ARTIGO 185, DO CTN”, 
2014, Disponível em: https://blog.ebeji.com.br/fraude-a-execucao-fiscal-artigo-
185-do-ctn/, Acessado em 3/10/2020). 
 
Jurisprudência 
STJ - AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL AgInt no REsp 1662271 
PE 2017/0063430-6 (STJ) 
Jurisprudência•Data de publicação: 26/09/2017 
EXECUÇÃO FISCAL. ALEGAÇÃO DE FRAUDE À EXECUÇÃO. 
REDIRECIONAMENTO POSTERIOR AOS ATOS DE ALIENAÇÃO. FRAUDE À 
EXECUÇÃO AFASTADA. I - Recurso Especial interposto contra acórdão que 
rejeitou a configuração da fraude à execução fiscal. A execução fiscal versa 
sobre tributos inscritos na dívida ativa da União em 1996, com decisão de 
redirecionamento em 16.12.2015. Os imóveis foram alienados em 3.3.2005 e 
10.5.2010. II - Se a execução fiscal é proposta apenas contra a pessoa jurídica, 
https://blog.ebeji.com.br/fraude-a-execucao-fiscal-artigo-185-do-ctn/
https://blog.ebeji.com.br/fraude-a-execucao-fiscal-artigo-185-do-ctn/
o sócio-gerente apenas se torna devedor quando deferido o redirecionamento. 
A lógica interpretativa do art. 185 do CTN não se estende àquele que nem 
sequer é devedor. Assim a fraude à execução apenas se configura quando 
demonstrado que a alienação do bem pertencente ao sócio da empresa 
devedora ocorreu após o efetivo redirecionamento do pleito executivo. III - 
Considerando, que "os imóveis a que se refere a Fazenda Nacional foram 
alienados pelos coexecutados a terceiros em 10/5/2010 e 3/3/2005, conforme 
extratos de fls. 364 e 371" (fl. 469), a alienação ocorreu antes da citação dos 
réus, decorrente do redirecionamento da execução fiscal, não sendo possível a 
configuração de fraude à execução. IV - Agravo interno improvido.

Continue navegando