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RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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Universidade Salgado de Oliveira 
Professor: Isabel Duarte 
Nome: Anna Carolliny Rosado de Medeiros Turma: N1 
Matricula: 600722384 
Matéria: Processo Constitucional 
 
TRABALHO PARA COMPOSIÇÃO DA NOTA DE VT 
 
 
 
Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de 
direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o BANCO X (empresa 
pública daquele Estado) realiza a contratação direta de uma empresa de informática - a 
Empresa WWW - para atualizar os sistemas do banco. O caso vem a público após a 
revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca 
prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito 
acima do preço de mercado do serviço em outras empresas. RODOLFO, cidadão local, 
ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e da empresa WWW perante o 
Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a declaração de invalidade 
do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao 
art. 1º, parágrafo único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre licitação e contratos) e 
a diversos princípios constitucionais. A sentença, entretanto, julgou improcedente o 
pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a 
contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração 
Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios 
constitucionais invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou 
provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Dez dias 
após a publicação da decisão que rejeitou os seus embargos declaratórios, Rodolfo 
procura um advogado para assumir a causa e ajuizar a medida adequada. Como 
advogada/advogado de Rodolfo, elabore o Recurso Extraordinário. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y 
 
Processo n° .... 
 
Rodolfo, já qualificado nos autos da ação popular movida em face de PRESIDENTE 
DO BANCO X, e EMPRESA WWW, por seu advogado que esta subscreve, com 
endereço profissional na Rua x, Bairro x, Cidade x, Estado x, local indicado para 
receber as devidas intimações nos termos do artigo 106, do código de processo 
civil/2015, vem, inconformado com acordão de folhas n° 00, proferido por esse tribunal 
de justiça perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da 
Constituição Federal/88 e artigo 1.029 da Lei n° 13.105/15, interpor 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
Para o Superior Tribunal de justiça, cujas razões seguem em anexo, deixando o 
recorrente de preparar o recurso, considerando que é beneficiário da Gratuidade de 
Justiça, conforme se verifica nos autos à fl. 00, requerendo, seja estendida a gratuidade 
ao presente recurso, haja vista não possuir condições financeiras de arcar com o 
pagamento das custas e dos honorários advocatícios, sem prejuízo do seu próprio 
sustento e de sua família. 
 
Requer, que se digne Vossa Excelência a determinar a parte recorrida, facultando-lhe a 
apresentação de contrarrazão no prazo legal, sob pena de preclusão, consoante o artigo 
1.030 do novo CPC. 
 
Por fim, requer após as formalidades legais que seja deferido o processamento, com 
consequente remessa do presente recurso ao Supremo Tribunal Federal. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
Local, xxx, data, xxx 
 
Advogado .... 
OAB/UF 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
RECORRENTE: Rodolfo 
RECORRIDO: Presidente do Banco X e Empresa W 
AÇÃO: Popular 
JUIZO: .... 
 
Egrégio Tribunal, 
 
 
 
 
Nobres Julgadores 
 
Não merece prosperar o venerando acórdão que negou provimento ao recurso de 
apelação, uma vez que a decisão viola princípios constitucionais. 
 
 
DA TEMPESTIVIDADE 
 
Facilmente se depreende do quadro abaixo a tempestividade na interposição do presente 
recurso extraordinário, uma vez que foi protocolizado dentro do prazo de 15 (quinze) 
dias definido no processo do Código de Processo Civil. 
 
O acordão ora guerreado foi publicado no dia, xx, tendo, todavia, sido opostos pela 
parte autora, ora recorrente, embargos de declaração no dia xxx, sendo certo que o prazo 
para embargos expiraria em xxx, portando, tempestivos os embargos. 
 
Imprescindível trazer à baila a norma contido no art. 1.026 da Lei 13.105/2015 (novo 
CPC), o qual determina expressamente que: “Os embargos de declaração não possuem 
efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição do recurso. ” 
 
Assim, considerando a interrupção do prazo mediante a oposição dos embargos de 
declaração, não há dúvida que a contagem para o presente recurso teve seu início da 
publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração. 
 
DA REPERCUSSÃO GERAL 
 
Atendendo aos preceitos legais instituídos pelo artigo 102, parágrafo 3° CF/88, o 
recorrente vem demonstrar que a questão discutida nos autos possui repercussão geral 
apta a ensejar admissibilidade do apelo extraordinário por essa corte. 
No caso em apreço, é nítida a repercussão geral diante do interesse econômico e jurídico 
que ultrapassam questões subjetivas da causa, tendo em vista o prejuízo ao erário e a 
violação a moralidade administrativa, pois a manutenção da Lei 1234 gera violação aos 
princípios constitucionais e a lei infraconstitucional, atingindo a coletividade. 
 
DO PREQUESTIONAMENTO 
 
Verifica-se que o venerado acórdão se manifestou expressamente sobre a questão 
constitucional debatida no recurso de apelação, diante do que se conclui que se encontra 
preenchido o requisito legal do prequestionamento. 
 
DO CABIMENTO 
 
É cabível o presente recurso nos termos da Constituição Federal, artigo, 102, III, “a” 
CRFB/88. Verifica-se que o Egrégio Tribunal de Justiça ao manter em última instância 
a decisão proferida pelo d. magistrado de primeiro grau em descompasso com a 
constituição, abriu precedente que autoriza a interposição do presente Recurso 
Extraordinário na forma da Lei. No caso em questão, é nítida a violação aos artigos 37 
caputs, da CRFB/88, bem como o artigo 22, inciso XXVII estabelece competência 
privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação. A referida Lei 
estadual, ao dispor sobre dispensa de licitação acabou por ferir a competência exclusiva 
da União, com usurpação da competência. 
 
DO MÉRITO 
 
Trata-se de ação popular ajuizada por Rodolfo... em face de Presidente do Banco X e da 
Empresa WWW, perante o Juízo de 1° instância da capital Y. 
 
Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de 
direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o Banco X (empresa 
pública daquele Estado) realizou a contratação direta de uma empresa de informática – 
Empresa WWW- para atualizar o sistema do banco. O caso veio a público após a 
revelação que a empresa contratada seria do filho do presidente do banco e que esta 
nunca prestou serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito a 
cima do preço de mercado, do que vem sendo praticado por outras empresas no mesmo 
ramo de prestação de serviço. O recorrente pleiteou em primeira instância a declaração 
de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento 
de violação do art. 1° parágrafo único da Lei n° 8.666/1993 (norma geral sobre licitação 
e contratos) e a diversos princípios constitucionais. 
A sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, 
afirmando ser válida a lei estadual, que autoriza a contratação direta, sem licitação, 
pelas entidades de direito privado da Administração Pública, analisada em face da lei 
federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados. 
Pelo, ora recorrente, foi interposto recurso de apelação,ao qual foi negado provimento, 
por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. 
Após interposto nos embargos declaratórios que foram rejeitados, o recorrente não viu 
outra saída senão a interposição do presente recurso. 
Diante dos fatos, resta cristalino que o v. acórdão não julgou consoante o entendimento 
dos Tribunais Superiores, pois de acordo com o demostrado no curso da ação, a Lei 
1.234, editada pelo Estado Y viola frontalmente o texto constitucional no que se refere 
aos princípios basilares da administração pública, bom como ultrapassou os limites da 
competência do estado. 
A doutrina esclarece quanto à matéria: 
 
“Caberá recurso extraordinário contra acórdão que julgar válida lei local contestada em face de 
lei federal. É que, nesse caso, a controvérsia que se põe não concerne meramente à legislação 
infraconstitucional. Em verdade, a disputa diz respeito à distribuição constitucional de 
competência para legislar: se a lei local está sendo contestada em face de lei federal, é 
porque se sustenta que ela tratou de matéria que, por determinação constitucional, haveria de 
ser disciplina da pelo legislador federal” (RECURSOS - AÇÕES AUTONOMAS 
DE IMPUGNAÇÃO) 
 
José Miguel Garcia Medina- Tereza Arruda Alvim Wambier- editora Revista dos 
Tribunais -2008- pág.214) é, pois, flagrante a violação ao princípio da legalidade 
previsto no art. 37, caput, da CRF/88, pois a lei 8.666/93, lei de Licitações, é a 
competente para dispor sobre licitação e contratos, bem como suas dispensas no âmbito 
da administração. 
 
 
 
 
Foram vilipendiados também os princípios da moralidade e impessoalidade constantes 
do artigo 37, caput da Carta Magna, pois com a contratação da empresa WWW, sem 
experiência técnica no setor, de propriedade do filho do presidente do Banco, com 
dispensa de licitação tornou evidente a gravidade dos atos praticados. Acrescenta – se 
que o custo do serviço contratado foi bem superior ao valor de mercado. 
 
A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é majoritária no mesmo 
sentido de condenar violações aos princípios da administração pública ademais, a Lei 
n°. 1234 ao ser editada contrariou dispositivo constitucional. O art. 22, inciso XXVII 
estabelece competência privativa da União, com usurpação da competência. 
 
Assim, na esteira dos fundamentos acima expostos, aguarda o recorrente o provimento 
do presente recurso, como medida da mais lídima Justiça! 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 
Diante do exposto requer aos Nobres Julgadores que o presente recurso extraordinário 
seja CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado o Venerando 
 
Acórdão no sentido de invalidar o ato de contratação entre os recorridos, condenando-os 
ao pagamento de perdas e danos ao erário, pelos prejuízos causados. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
 
 
Local..., data... 
 
Advogado 
OAB/UF n°. ....

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