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Departamento penitenciário e policia penal O objetivo deste trabalho é entender a situação atual do sistema prisional no Paraná e no Brasil a luz do Dr. Deivid Alessandro Inácio Duarte, “Bacharel em direito pela PUC-PR, especialista em Gestão Publica com ênfase em direitos humanos,” buscando relacionar as normas com a realidade dos detentos e do sistema penitenciário no Paraná. BREVE HISTORICO: Desde o surgimento das cadeias publicas e da primeira penitenciaria, em 1909, A secretaria de estado dos negócios do interior, justiça e instrução publica e a chefatura de policia eram os órgãos responsáveis pelas cadeias e penitenciarias do estado, atualmente integra a estrutura da “Secretaria de estado de segurança publica” (SESP) juntamente com outras forças citadas no art. 144, inciso I ao V da CF e também a POLICIA PENAL, incorporada por força de emenda constitucional 104/2019, ficando o texto constitucional em seu art. 32,§ 4° que: “A lei federal disporá sobre a utilização, pelo governo do distrito federal, da policia civil, da POLICIA PENAL, da policia militar e do corpo de bombeiros militar”, Além do próprio estado de direito como e de todos como cito no caput do art. 144, CF. REALIDADE DO SISTEMA PENITENCIARIA: Vimos que, do ponto de vista da norma o sistema parece perfeito onde tudo esta como manda a lei sob a responsabilidade e gestão das mais importantes forças de segurança do país, entretanto segundo o nosso palestrante Dr. Deivid Duarte, e o que observamos na pratica, há muito que se fazer para tornar um termo muito bonito e usado, “ressocialização social dos detentos” em Trabalho: relatório palestra Curso: Direito Cód. Curso: DR4Q42-0242 Disciplina: Teoria das Penas Cód. Disciplina: DR4Q42-0242 Professor (a): Rafael Oliveira de Carvalho Rubrica: Nota: Aluno (a): Aroldo Souza dos santos - RA 02420002241 Turma: 4° período noite Data: ___23__/__09___/ _____2020____. *** ORIENTAÇÃO: O Relatório deverá ser preenchido conforme modelo abaixo e enviado arquivo em PDF ao Professor por e-mail: rafaelocarvalhoadv@gmail.com, com o Título: 4º Período Noturno – Relatório de Palestra. Número máximo de laudas – 03; Valor: 5,0 mailto:rafaelocarvalhoadv@gmail.com realidade, falta investimento, programa de seleção de apenados por gravidade de crime, inclusive a lei prevê isto, mas não há condições físicas de se por estas medidas em pratica, falta vagas, tornando os complexos lotados com excesso de sua capacidade, começando o problema desde a construção da instituição onde não se prevê a organização e seleção destes presos. Dessa forma o presídio acaba dominado por facções criminosas que obriga o detento a escolher de qual facção ele faz parte para garantir a sua integridade física e psicológica dentro da unidade e muitas vezes esse detento foi preso por crime de baixa periculosidade, mas captado pelo crime organizado se torna um forte candidato a integrar uma organização criminosa, tornando o dever do estado da ressocialização improvável. Outro problema abordado é a falta de transparência, onde os próprios agentes responsáveis pelas as unidades tem dificuldade de obter informações relevantes para uma boa administração, e para este ponto o Dr. Deivid acredita que a POLICIA PENAL, será de suma importância, pois com uma competência direta dentro dos complexos, informações antes perdidas ou omissas, tais como crimes, acidentes ou mortes decorrentes de fatalidade, poderiam ser decifrados de maneira mais célere e eficiente em se tratando de uma equipe mais técnica, poderia acabar ou diminuir a corrupção, citada pelo Dr. Como: “cabide de emprego”, trazendo melhorias técnicas. Entretanto não traz muitas melhorias em relação à estrutura que fica a cargo do poder publico que na maioria das vezes coloca em primeiro lugar a economia na hora de construir as unidades prisionais e deixa de olhar para uma prisão funcional com o objetivo de evitar que o crime continua de dentro dos presídios e preparar o apenado para o retorno a vida social de modo a alcançar um numero cada vez menor de reincidência. A Policia Penal poderá agir de forma a pressionar o poder publico implementar, funcionalidades e tecnologias que possa oferecer mais segurança e efetividade para o sistema penitenciário. Seria o inicio de uma melhoria no sistema? Que hoje conta com 33 penitenciarias no estado, 37 cadeias publica e seis mil servidores. No Paraná já tem a implantação de programas como as (UPS) que são unidades de progressão onde o preso tem algum tipo de atividade que são presos triados e que ao ingressar no programa, ao final já tem um índice de reincidência menor, o que mostra um caminho. Perguntado sobre a possibilidade de privatização como melhoria, não é visto pelo o Dr. Deivid como um sistema funcional visto que alguns estados já estiveram sobre este regime e não alcançou êxito relevante. LEGISLAÇAO APLICAVEL: (LEP) Lei de execuções penais (7810/1984) Estatuto Penitenciário do Paraná (DEC 1276/1995) A (LEP) legislada pela união vai nortear as leis gerais como um todo, e cada estado terão sua própria regulamentação desde que não esteja em antinomia com as normas gerais. No estado do Paraná existe a lei governamental regida pelo DEC 1276/95. O MUNDO PRÓPRIO DAS PRISÕES: Colocado por Deivid como um organismo vivo, onde quem trabalha diretamente com este mundo sabe fazer a leitura dos estados de espirito de cada dia, movido por gírias, movimentações de valores na forma de alimentos para sanar as necessidades diárias conforme o gosto de cada um, como por ex: o cigarro, ou apostas etc. A comunicação e feita normalmente por sinais e os agentes precisa vivenciar e aprender a identificar os sinais para interagir, prevenir e entender o que esta acontecendo ao longo do dia. Um mundo também regido pela violência, baixo grau de escolaridade, histórico de pessoas de baixo poder aquisitivo que vem de famílias desestruturadas, um verdadeiro retrato da realidade do crime no país. CONCLUSAO: Fica evidente que apenas expectativa de melhoria não vai mudar a realidade em que assola o sistema penitenciário no Brasil, é preciso uma intervenção seria e eficácia do estado do poder publico como um todo, investimentos responsáveis que visa um sistema de recuperação dos presos e combate ao crime organizado, que com certeza é mais organizado do que o estado, pois domina aquilo que em tese deveria estar dominado pelo poder publico que são as penitenciarias, alguns países como a, Noruega, Holanda é exemplos de que o investimento em complexos que proporciona dignidade humana, possibilidade de aprendizado, com centros industriais em conjunto com uma estrutura monitorada agentes bem treinados, comprometidos e organizada são sinônimos de ressocialização e baixo índice de reincidência deixando uma janela aberta para os nossos governantes, concordo com o Dr. Deivid, quando se trata do combate ao crime organizado de forma a atacar o patrimônio,(dinheiro) que sem duvida é o financiador de todo o sistema, e acrescento depois de assistir esta esclarecedora palestra que politica publica é fundamental para melhoria do sistema penitenciário no Brasil, inclusive acredito que a formação da policia penal deveria ser voltada a este mundo de forma a capacitar os policiais para aquele ambiente e aquelas particularidades e assim espero, como cidadão, que num futuro tenhamos um sistema prisional que realmente faça diferença na vida dos apenados, podendo usar a terminologia (ressocialização) de forma seria e com efetividade. É muito enriquecedor palestras como esta, que nos leva direto para o campo em que muitos iram estar atuando em alguns anos, nos faz ver um pouco da realidade que existe além das paredes da instituição de ensino.
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