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A MISTIFICAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS E CIDADANIA

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AULA 05 - A MISTIFICAÇÃO DOS DIREITOS 
SOCIAIS E CIDADANIA 
Autora: Patrícia Dantas Vergasta
“Existem verdades que a gente só pode dizer depois de ter 
conquistado o direito de dizê-las.” 
Jean Cocteau
Oi, Querido(a) discente,
Chegamos à nossa quinta aula! Na aula anterior estudamos sobre o Sistema Único 
de Assistência Social (SUAS), vimos alguns aspectos conceituais que envolvem esse 
tema. Sabemos que o SUAS foi uma das grandes conquistas da Política de Assistência 
Social. O SUAS preconiza a efetivação dos direitos sociais e consequentemente o 
cumprimento da cidadania. Nesse sentido vamos estudar sobre a mistificação dos 
direitos sociais e cidadania. Para alcançarmos nosso objetivo, iremos discutir temas 
como a concepção dos direitos sociais e cidadania no Brasil, seus reflexos na sociedade 
contemporânea e a atuação do assistente social na perspectiva do direito. O primeiro 
momento contará com uma bibliografia de um dos grandes autores que tratam sobre 
direito e cidadania no Brasil que é José Murilo de Carvalho. Posteriormente, contaremos 
com outros autores que tratam sobre o assunto tais como: José Rogério Lopes, Carlos 
Simões, Sônia Fleury, dentre outros. 
Bons estudos! 
UM BREVE ITINERÁRIO SOBRE DIREITOS SOCIAIS
Nos dias atuais é comum, em nosso cotidiano, as pessoas associarem a cidadania 
aos direitos civis, políticos e sociais. Nesse sentido, a plena cidadania só seria exercida 
quando o cidadão desfrutasse de todos esses direitos. O cidadão que não usufruíssem 
de nenhum dos direitos, não seria considerado então um cidadão.
É importante, nesta aula, deixar claro quais são os direitos civis e políticos 
para desmembrarmos os direitos sociais e podermos juntos perceber a mistificação 
desses direitos.
De acordo com Carvalho (2002), os direitos civis são aqueles considerados 
fundamentais, tais como: o direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade 
perante a lei. O mesmo autor diz ainda que a garantia de ir e vir assegurada pela 
Constituição Federal de 1988 é também um dos direitos invioláveis e por isso 
fundamental ao indivíduo.
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Ainda falando sobre os direitos civis ou fundamentais, podemos afirmar que 
a liberdade de expressão, de manifestar os pensamentos, sentimentos, são também 
direitos vinculados aos direitos civis. São esses direitos a base da organização da 
sociedade civil, visto que são eles que garantem que as pessoas possam ouvir e serem 
ouvidas, que cada membro da sociedade possa respeitar a liberdade de cada indivíduo. 
De forma genérica, esses são os direitos civis.
Figura 1: Liberdade de Expressão
Fonte:http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?ex=2&qu=pessoas%20falando#mt:0
Quanto aos direitos políticos, sabemos que são aqueles que garantem 
a participação do povo no governo da sociedade. A respeito dos direitos políticos, 
Carvalho (2002), diz que:
Seu exercício é limitado à parcela da população e consiste na 
capacidade de fazer demonstração políticas, de organizar partidos, 
de votar, de ser votado. Em geral, quando se fala de direitos políticos, 
é do direito ao voto que se está falando. (CARVALHO, 2002, p. 9)
De acordo com Carvalho (2002), sem os direitos civis não é possível haver 
direitos políticos, porém os direitos civis podem existir sem os direitos políticos, visto 
que não haverá a garantia da liberdade de expressão, de opinião e de organização. 
Os direitos sociais envolvem a garantia à educação, habitação, trabalho, saúde, 
salário justo, aposentadoria, ou seja, os direitos sociais devem asseguram, ao cidadão, 
a participação na riqueza coletiva certamente administrada pelo governo.
Para Carvalho (2002, p.10) “[...] se os direitos civis garantem a vida em sociedade, 
se os direitos políticos a participação no governo da sociedade, os direitos sociais 
garantem a participação na riqueza coletiva”.
São os direitos sociais que viabilizam a redução da desigualdade gerada pelo 
sistema capitalista de produção, já que eles garantem os mínimos sociais. A base dos 
direitos sociais está sustentada na justiça social.
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Figura 2: Justiça social
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=balan%C3%A7a&ctt=1#pg:5|mt:0|
Mencionamos os direitos civis e políticos, pois sem eles, a efetivação dos 
direitos sociais torna-se precário, sem sentido e de difícil acesso. Há algumas décadas, 
o cumprimento dos direitos sociais eram associados exclusivamente à assistência 
social, cabendo apenas a esse sistema a viabilização desses direitos.
Entretanto, a assistência social, no âmbito dos direitos sociais, estava relacionada 
ao trabalho de associações, irmandades, às santas casas de misericórdias, instituições 
de caridade voltadas para atendimento ao pobre dentre outros.
Figura 3: Pobreza
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=pobres&ex=1&ctt=1
Durante um longo período da história, os trabalhadores eram explorados 
de forma perversa sem ter direito a qualquer tipo de benefício. Os trabalhadores só 
contaram com a legislação a partir da década de 1930, quando Getúlio Vargas vigora a 
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Podemos afirmar que, em relação aos direitos sociais no Brasil, houve um avanço 
significativo a partir da década de 1930, já que com o advento da CLT, despertou, por 
parte do governo, uma significativa atenção para os trabalhadores e para a área social. 
Nesse sentido, Carvalho (2002) diz que:
Desde o primeiro momento, a liderança que chegou ao poder em 
1930 dedicou grande atenção ao problema trabalhista e social. 
Vasta legislação foi promulgada, culminando na Consolidação 
das Leis Trabalhistas (CLT), de 1943. O período de 1930 a 1945 foi 
o grande momento da legislação social. (CARVALHO, 2002, p.110)
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Citamos, nesta aula, a década de 1930, porém no decorrer da história houve 
diversas mudanças no âmbito dos direitos civis, políticos e sociais. O processo ditatorial 
marcou profundamente a história brasileira como um dos períodos mais repressivos e 
destituídos de direitos naquele período.
Durante a trajetória histórica de avanços e conquistas no âmbito dos direitos 
sociais, podemos citar a década de 1980 como um marco fundamental de evolução 
democrática. Sobre isso Carvalho (2002) relata que em 1988 foi redigida e aprovada a 
constituição mais liberal e democrática do Brasil, considerada como uma constituição 
cidadã.
Figura 4: Constituição
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=livro&ex=1&ctt=1#pg:2|
Porém, vale ressaltar que as maiores conquistas na década de 1980 foram no 
âmbito político, visto que, como sabemos, essa década é considerada perdida para a 
economia. Nesse sentido, por outro lado, essa foi a época em que mais acirraram as 
discussões sobre os direitos sociais.
De forma geral, o direito é o reconhecimento obrigatório de ações constitucionais 
obrigatórias consideradas indispensáveis e essenciais ao cidadão. São os direitos que 
garantem a proteção necessária para a sobrevivência do cidadão. A esse respeito 
Simões (2009, p.59) diz que: “[...] as garantias têm natureza processual, consistindo nos 
mecanismos ou instrumentos, que o Poder Público assegura aos cidadãos”.
No que se refere aos direitos sociais, como já mencionamos, esses são garantidos 
de forma primordial pela Carta Magna de 1988, esses direitos são diretamente 
integrados aos princípios da assistência social. Sobre isso, Simões (2009) afirma:
O art. 4º, inciso II, da LOAS integra a universalização dos direitos 
sociais (art. 6º da Constituição Federal) aos princípios da assistência 
social.Isso denota uma alteração conceitual, do ponto de vista 
institucional com relação ao papel tradicional, porque supera a ação 
meramente assistencialista com relação à população socialmente 
excluída. (SIMÕES, 2009, p.63).
 Foi a partir da década de 80 que os direitos sociais passam a integrar a política 
de seguridade social. Sabemos que a assistência social, em sua origem, foi marcada 
por práticas de benevolência e caridade, assim também os direitos sociais passaram a 
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ser dever do Estado e direito de todo cidadão. 
Todos os direitos sociais são de extrema importância para o cidadão, porém 
podemos afirmar que o direito ao trabalho é primordial para que a família possa ter 
acesso aos demais direitos e a uma vida digna.
É o trabalho que garante ao cidadão o acesso à habitação, a uma boa 
alimentação, educação, saúde entre outros direitos. Quando o acesso a determinados 
serviços tornam-se direitos e garantias do cidadão e dever do Estado, rompe, de forma 
definitiva, a ideia de assistencialismo sustentada durante várias décadas.
Figura 5: Acesso a direitos
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=balan%C3%A7a&ex=1&ctt=1#pg:5|
De acordo com Simões (2009, p.63), “os direitos da seguridade social inserem-se 
no campo dos chamados direitos sociais, assim descritos pelo art. 6º da Constituição 
Federal”. E reafirma: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desempregados, na 
forma desta Constituição. (SIMÕES, 2009, p.63)
Para continuarmos nossa aula, é preciso relembrar o conceito de Seguridade 
Social, como uma política pública que assegura os direitos à saúde, previdência 
e assistência social. A seguridade Social deve atender, de forma prioritária, às 
necessidades sociais por meio de ações do Estado que possa viabilizar tais direitos.
Segundo Simões (2009), a definição específica de Seguridade Social foi instituída 
pela Constituição Federal de 1988 na perspectiva de garantir os mínimos sociais, em 
especial os direitos à saúde, previdência e assistência social. Dessa forma, a carta 
Magna estaria garantindo não apenas os mínimos necessários para a sobrevivência do 
cidadão, mas, sobretudo, sua participação democrática enquanto membro primordial 
da sociedade civil.
A Seguridade Social não surge na década de 1980, ela é composta por toda 
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uma trajetória histórica que marcou as práticas de caridade e voluntariado no Brasil, 
porém foi apenas nessa década que ela se torna política pública, sendo direito do 
cidadão e dever do Estado.
Vale mencionar que no contexto da Constituição de 1988, a Seguridade Social 
está fundamentada no Artigo 3º, o qual define os objetivos fundamentais. 
VOCÊ SABE QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS QUE 
NORTEIAM A POLÍTICA DE SEGURIDADE SOCIAL?
Antes mesmo de citarmos os princípios fundamentais que norteiam a política 
de Seguridade Social, vale lembrar que esses princípios são pautados e legitimados a 
partir da Constituição Federal de 1988 em seu artigo 193, o qual afirma que o acesso 
ao trabalho é fundamental para que haja a promoção do bem-estar e justiça social. A 
esse respeito, Simões (2009, p.98) afirma que: “[...] a Seguridade, com viga-mestra da 
Ordem Social, é institucionalizada tendo por base o primado do trabalho como direito 
e dever de todos e, em seguida, princípios orgânicos”. 
Pode-se, então, afirmar que o trabalho é a principal base que sustenta a 
viabilidade a uma vida mais justa e menos desigual, é ele um dos direitos fundamentais 
que devem ser garantidos a todos a fim de assegurar boas condições de alimentação, 
moradia, educação e saúde.
Retomemos à nossa discussão sobre os princípios fundamentais que norteiam 
a política de Seguridade Social. Esses princípios institucionais são a garantia que 
fundamentam os direitos sociais, estão explícitos no artigo 194 da Constituição Federal 
conceituados como os principais objetivos da política de Seguridade Social.São eles:
 � Universalidade de Cobertura e Atendimento
 � Uniformidade e Equivalência das Prestações
 � Seletividade e Distributividade
 � Irredutibilidade do Valor dos Benefícios
 � Equidade de Participação no Custeio
 � Diversidade da Base de Financiamento
 � Participação da Comunidade na Gestão Administrativa
O primeiro princípio, a universalidade de cobertura e atendimento, se refere 
ao atendimento a todo e qualquer tipo de cidadão independente de cor, raça, etnia, 
ou qualquer tipo de discriminação que possa dificultar a viabilidade do acesso aos 
serviços disponibilizados pela Seguridade Social. A partir desse princípio, todo aquele 
que necessita da política deve ser atendido, tendo como ponto de partida a igualdade 
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entre todos os seres humanos. 
Figura 6: Universalidade
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=diversidade&ex=1&ctt=1
O segundo princípio, a uniformidade e equivalência das prestações, descreve 
que todos os serviços disponibilizados pela Seguridade Social devem atender a toda 
população sem nenhum tipo de distinção entre os serviços. Os serviços descritos 
devem ser prestados de forma idêntica para toda a sociedade. Sobre esse princípio, 
Simões afirma que:
Os benefícios e serviços devem ser idênticos para toda a população, 
sem distinção urbana ou rural, independentemente de residência, 
local de trabalho, profissão ou função ou do valor e tipo de 
prestação. A distinção entre urbana e rural foi extinta, não podendo 
mais servir de fundamento social para tratamento diferenciado das 
prestações securitárias. (SIMÕES, 2009, p.101)
O terceiro, seletividade e distributividade, é considerado um os princípios 
mais complexos da Seguridade Social. Esse é um dos principais instrumentos para a 
redistribuição de renda que visa à equidade e à justiça social. 
Para Simões (2009), a seletividade tem como objetivo garantir os mínimos 
sociais prioritários, enquanto que a distributividade está relacionada à redução das 
desigualdades sociais e regionais ocasionadas pelo sistema capitalista vigente. Vale 
mencionar que a seletividade obedece a três critérios básicos: a justiça distributiva, as 
contingências e a qualificação.
A complexidade do princípio da seletividade e a distributividade estão 
justamente relacionadas à redistribuição da renda social, a qual em nosso país não se 
dá conforme apontam os critérios constitucionais.
E sobre o quarto princípio? Você conhece ou já ouviu falar sobre a irredutibilidade do valor 
dos benefícios?
A irredutibilidade do valor dos benefícios se trata da não redução do valor dos 
benefícios, independente de qualquer tipo de interferência do sistema econômico, da 
inflação, etc. O valor disponibilizado como direito ao usuário não deve ser diminuído, 
qualquer que seja a circunstância.
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Figura 7: Benefícios
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=dinheiro&ex=1&ctt=1#
O quinto princípio é a equidade de participação no custeio. Esse princípio 
assegura a igual responsabilidade de todos os indivíduos em relação ao custeio da 
seguridade social, porém esse custeio sempre será proporcional à renda de cada 
indivíduo. 
A diversidade da base de financiamento é o sexto princípio, e está relacionado 
às diversas formas de financiamento da política de Seguridade Social. 
Não é apenas o indivíduo por meio de seu trabalho o único tipo de contribuição, 
mas, sobretudo as empresas, a União, Estados e Municípios, todos esses entes são 
igualmente responsáveis pela contribuição para o financiamento da Seguridade 
Social. Sobre esse aspecto, Simões (2009, p.105) diz que: “[...] o custeio é assegurado 
pelas dotações orçamentárias da União, Estados e Municípios e, supletivamente, por 
recursos da sociedade civil”.
O sétimo e último princípio é a participação da comunidade na gestão 
administrativa. A respeito desse principio, Simões (2009) afirma que:
Finalmente, o objetivo mais importante, de forte conteúdo político, 
é o instituído no art. 10 e no inciso VII, parágrafo único do art. 194 da 
Constituição Federal, segundo o qual é assegurada a participação 
da comunidade nos colegiados dos órgãos públicos, em que seus 
interesses sejam objeto de deliberação. (SIMÕES, 2009, p.104) 
No tocante à participação popular, sabemos que a sociedade civil desempenha 
um papel fundamental quando se trata de participação e decisão política no país. O 
Brasil vivenciou um longo período de silêncio e repressão policial, período em que 
o Estado através da força, da violência, enfrentava os males sociais que atingiam a 
população.
 Simões (2009, p.105) cita o que fala a Constituição Federal sobre a participação 
da comunidade, “caráter democrático e descentralizado da administração, mediante 
gestão quadripartite, com a participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do governo nos órgãos colegiados.”
Vale lembrar que quando falarmos a respeito da descentralização da 
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administração, estamos nos referindo à participação direta dos setores da população 
nas decisões políticas e de forma específica essa participação popular se dá no âmbito 
municipal, já que é a comunidade, que ao se encontrar vulnerável, pode apontar 
suas principais dificuldades e propor soluções e/ou alternativas para seus próprios 
problemas sociais.
Agora que já discutimos brevemente sobre os direitos sociais e vimos que de 
forma geral os direitos sociais foram assegurados pela Constituição Federal de 1988 e 
que eles são essenciais para que todo ser humano possa viver com dignidade, vejamos 
qual a relação desses direitos com a questão da cidadania e os mínimos sociais no 
Brasil.
Figura 8: Brasil
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=mapa+do+brasil&ex=1&ctt=1
Vale lembrar ainda que muitos avanços ocorreram noâmbito dos direitos sociais 
após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Um deles foi a determinação 
do salário mínimo como o limite mínimo para aposentadorias, pensões, deficiente 
físico e a todos aqueles idosos a partir de 65 anos idade que não têm como prover seu 
sustento, isso independente de contribuição.
Podemos lembrar ainda, a concessão da licença paternidade para os pais, dando 
cinco dias de licença do trabalho para eles após o nascimento de seu filho. De acordo 
com Carvalho (2006), em relação aos direitos sociais, a área da educação foi a que mais 
evoluiu a partir década de 1980, ficando evidente que esse foi um fator decisivo para a 
ampliação e efetivação da cidadania. A esse respeito reafirma Carvalho (2006):
O progresso mais importante se deu na área da educação 
fundamental, que é fator decisivo para a cidadania. O analfabetismo 
da população de 15 anos ou mais caiu de 25,4% em 1980 para 14,7% 
em 1996. A escolarização da população de sete a 14 anos subiu de 
80% em 1980 para 97% em 2000. (CARVALHO, 2006, p.206)
Além da significativa evolução na área da educação, outra referência de evolução 
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foi no campo da previdência social, porém sua evolução foi algo mais complexo. Um 
forte exemplo foi a introdução do piso salarial para os trabalhadores rurais, além da 
renda mensal vitalícia para o idoso e deficiente.
Porém, apesar de alguns avanços na área dos direitos sociais, o que podemos 
constatar é justamente o aumento das desigualdades sociais, o que caracteriza a 
fragilidade das políticas sociais direcionadas para as famílias que se encontram em 
estado de vulnerabilidade social.
Figura 9: Vulnerabilidade social
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=pobreza&ex=1&ctt=1
Quando pensamos em desigualdade social, é evidente que essa desigualdade 
está relacionada, sobretudo, à questão regional e racial. Porém, é claro que quando se 
trata de divisão social de renda, a concentração da renda brasileira está nas mãos de 
uma pequena parcela da população. Nesse sentido, uma grande parte da população 
experimenta hoje o gosto amargo de extrema pobreza e miséria absoluta.
A mistificação dos direitos sociais e cidadania, que é nosso tema central, está 
justamente relacionado com a falta de clareza e cumprimento das leis garantidas pela 
Carta Magna de 1988. Isso também é reflexo da ausência de uma ampla organização 
e autonomia da sociedade civil em nosso país, além de escolha equivocada de 
representantes políticos que possam viabilizar tais direitos. 
CIDADANIA, DIREITOS SOCIAIS E OS MÍNIMOS SOCIAIS.
Quando nos reportamos aos direitos sociais, também estamos nos referindo 
à garantia do mínimo necessário para sobreviver. Sabemos que os mínimos sociais 
estão diretamente relacionados à questão da cidadania no Brasil, visto que os direitos 
sociais foram garantias conquistadas após muitas lutas e reivindicações. Nesse sentido, 
podemos dizer que a Constituição Federal de 1988 não se trata de uma legislação que 
simplesmente foi promulgada na década de 80 sem qualquer tipo de esforços por 
parte da sociedade civil, ao contrário, ela é fruto de lutas de grandes conquistas desse 
referido período histórico.
Foi a luta pela efetivação da cidadania que mobilizou milhares de brasileiros de 
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diversos segmentos a abraçarem a mesma causa em prol dos diretos e da liberdade 
e luta pela cidadania. A esse respeito, afirma Lopes (2008, p.95), “[...] a vivência de um 
processo amplo de luta pela cidadania gerou um clima esfuziante em alguns setores 
e anunciava um período de futura revisão estrutural na organização da sociedade 
brasileira”.
É nesse contexto de luta pelos mínimos sociais que a questão da cidadania 
vai, aos poucos, ganhando visibilidade frente aos representantes do governo e das 
instituições. 
QUAL SERIA ENTÃO A RELAÇÃO ENTRE OS MÍNIMOS SOCIAIS E 
OS DIREITOS SOCIAIS?
De acordo com Lopes (2008), o conceito de mínimos sociais vem sendo 
configurado a cada período histórico. Quando nos reportamos aos mínimos sociais, 
logo os relacionamos à garantia das necessidades básicas da população, tais como: 
educação, saúde, emprego e renda, habitação dentre outros. Nesse sentido, pode-
se afirmar que os mínimos sociais estão diretamente relacionados com a efetivação 
dos direitos sociais como uma das principais condicionalidades para sua verdadeira 
garantia. E reafirma Lopes (2008):
Porém, à medida que o parágrafo único do artigo 2º da LOAS vincula 
o provimento dos mínimos sociais com o enfrentamento da pobreza, 
dos direitos sociais, o conceito em questão ganha uma amplitude 
que ultrapassa o acesso aos serviços básicos de reprodução da vida 
moderna para tornar-se um conceito problematizador do próprio 
padrão desta reprodução. (LOPES, 2008, p.96)
Vimos, então, que falar sobre os mínimos sociais na perspectiva de garantia dos 
direitos sociais não é algo tão simples assim, faz-se necessário que se tenha uma visão 
ampliada em relação às necessidades básicas do cidadão. 
SERÁ QUE OS PROGRAMAS SOCIAIS DE RENDA MÍNIMA 
REALMENTE GARANTEM QUE O CIDADÃO TENHA O NECESSÁRIO 
PARA SOBREVIVER? 
A partir desse questionamento podemos refletir algumas questões sobre a 
mistificação dos direitos sociais e da cidadania. Sabemos que milhares de brasileiros 
ainda continuam vivendo em situação de pobreza absoluta, não dispondo das 
mínimas condições de sobrevivência. Quando falamos sobre a mistificação dos direitos 
sociais, logo nos reportamos à essa falta de cumprimento de tantas legislações, tantos 
estatutos que teoricamente foram criados para assegurar a todo cidadão brasileiro 
uma vida mais digna e menos desigual, porém sabemos que de forma geral, muitas 
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legislações não passam de mitos, o que apenas vem reforçando a utopia de milhares 
de famílias que vivem em situaçãode extrema pobreza.
 Para quem realmente estão direcionados os programas sociais que garantem 
a renda mínima? Certamente a LOAS garante teoricamente que os programas sociais 
devem ser direcionados a todos aqueles que deles necessitarem, e é claro que de 
forma geral quem necessita dessa segurança legal geralmente são todos aqueles que 
não têm seus direitos sociais garantidos, aqueles cujos direitos sociais são violados.
Como já mencionamos nesta aula, vejamos o que nos diz Lopes (2008) sobre os 
direitos sociais:
Aqui, uma primeira intervenção é necessária, no sentido de lembrar 
o que são os direitos sociais: Segundo Manzini-Covre, “os direitos 
sociais dizem respeito ao atendimento das necessidades humanas 
básicas. São todos aqueles que devem repor a força de trabalho, 
sustentando o corpo humano (...) Dizem respeito (...) ao direito ao 
trabalho, a um salário decente e, por extensão, ao chamado salário 
social, relativo ao direito à saúde, educação, habitação etc.”. (LOPES, 
2008, p.98)
Ainda para Lopes (2008), os mínimos sociais nos remetem aos direitos sociais 
por se tratar de viabilizar aos excluídos socialmente às condições necessárias de 
sobrevivência. Refletindo outro ponto, os mínimos sociais também buscam diminuir a 
distância entre os que nada têm e aqueles que com tantos recursos muitas vezes nem 
sabem como os distribuir. Essa é uma das formas de distribuir as riquezas socialmente 
produzidas e redistribuí-la. 
Porém, a distribuição de renda, via recursos públicos, é uma das formas de 
evidenciar a falência do Estado em relação à garantia do bem-estar social. Os mínimos 
sociais, quando pensados no âmbito das políticas públicas, têm-se diversas ações 
fragmentas e focalizadas por parte do Estado, porém essas ações são reconhecidas de 
forma geral como modelos descentralizados e capazes de dar respostas às mazelas da 
questão social. 
Fonte 10: Questão social
Fonte: http://office.microsoft.com/pt-br/images/results.aspx?qu=balan%C3%A7a&ex=1&ctt=1#pg:12|
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É nesse contexto que os princípios que regem o surgimento da cidadania 
encontram um espaço fértil para a formação de lutas a favor da ampliação pelos 
direitos sociais. 
A cidadania seria, então, condição primordial para que o cidadão tenha todo 
o acesso necessário aos direitos sociais. É através do exercício da cidadania que as 
lutas e reivindicações pelos direitos se efetivam em nosso país. O Estatuto da Criança 
e do Adolescente (ECA), o Estatuto do Idoso, a Lei Maria da Penha são exemplos 
significativos em relação às conquistas políticas em nosso país.
No tocante à cidadania, como já mencionamos nesta aula, a Constituição de 
1988 é o principal marco que simboliza o resultado do exercício da verdadeira cidadania 
e democracia no Brasil. Podemos afirmar que o processo de redemocratização 
vivenciado pelos brasileiros foi fundamental para que a sociedade civil pudesse 
realmente se apoderar e apropriar de capacidade de decisão. Vejamos a seguir!
A CONCEPÇÃO DE CIDADANIA APÓS O PROCESSO DE 
REDEMOCRATIZAÇÃO
Existem várias concepções sobre o verdadeiro conceito de cidadania no Brasil. O 
processo de redemocratização ao dar amplitude ao processo político também enfatiza 
o exercício da cidadania no Brasil, como algo extremamente vinculado às lutas pela 
efetivação e garantia dos direitos sociais, esses por sua vez, são alvo das políticas de 
Assistência Social. Nesse sentido, sobre a cidadania no sentido amplo, Rozicki (2011) 
afirma que:
Em seu sentido amplo, cidadania constitui o fundamento da 
primordial finalidade do Estado democrático de direito, que 
é possibilitar aos indivíduos habitantes de um país seu pleno 
desenvolvimento através do alcance de uma igual dignidade social 
e econômica.O conceito amplo de cidadania está conectado e 
conjugado, porque encontra aí seus princípios básicos estruturantes, 
aos conceitos de democracia e de igualdade.A cidadania, no Estado 
democrático de direito, efetivada, oferece aos cidadãos, como iguais 
condições, o gozo atual de direitos, todos assistidos das garantias 
que permitem a sua eficácia, e a obrigação do cumprimento de 
deveres. (ROZICKI, 2011, p.01)
O processo de redemocratização foi determinante no tocante à ampliação, 
tanto dos direitos sociais quanto para o exercício pleno da cidadania. O Brasil, durante 
muitos anos, vivenciou décadas de tortura, silêncio e a não participação da sociedade 
civil nas tomadas de decisão; porém, por meio do processo de redemocratização que 
o Brasil retoma sua condição de independência e empedramento da sociedade civil. 
De forma geral, a cidadania e os direitos sociais são, em nosso país, conceitos que 
teoricamente apresentam a solução das desigualdades sociais causadas de maneira 
específica pelo sistema capitalista vigente. Porém, no que se refere à aplicabilidade 
das leis que garantem esses direitos e cidadania, podemos perceber que na prática 
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pouco ou quase nada vem sendo feito para ameninar os males sociais que diariamente 
vem afetando a população brasileira. É nessa relação contraditória que se pode refletir 
sobre a mistificação dos direitos sociais e cidadania. 
Chegamos, então, ao final da nossa quinta aula, deixando curiosidades para que 
possamos continuar refletindo sobre a efetivação da cidadania plena em nosso país. 
SÍNTESE
Nesta aula, podemos discutir algumas questões referentes à mistificação dos 
direitos sociais e cidadania. Para que pudéssemos alcançar nosso objetivo, realizamos 
um breve itinerário sobre a história dos direitos sociais no Brasil, posteriormente vimos 
quais são os princípios que regem a política de seguridade social e sua relação direta 
com a efetivação dos direitos sociais, refletimos também acerca da relação entre direitos 
sociais, mínimos sociais e cidadania. Por fim, encerramos nossa aula mostrando como 
o conceito de cidade foi ganhando amplitude após o processo de redemocratização 
do Brasil. Certamente alcançamos o objetivo dessa nossa quinta aula por mostrarmos 
de forma clara o quanto nosso país ainda tem a conquistar em relação a efetivação dos 
direitos sociais e cidadania. Vimos que a mistificação está presente de forma gritante 
em nosso país.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
Fazendo uma análise crítica a respeito da garantia dos direitos sociais em nosso 
país, você acredita na desmistificação desses direitos? Ou vivermos um Brasil de eterna 
utopia em relação à efetivação da verdadeira cidadania?
LEITURAS INDICADAS
BRASIL. LOAS: Lei Orgânica de Assistência Social. 6. ed., Brasília-DF:MDS.
DEMO, Pedro. Menoridade dos mínimos sociais: encruzilhadas da assistência social 
no mundo de hoje. Serviço Social e Sociedade, 55, São Paulo: Cortez, 1997.
FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do estado capitalista: as funções da 
Previdência e da Assistência Social. São Paulo: Cortez, 1997.
SPOSATI, Aldaíza. Mínimos sociais e seguridade social: uma revolução na consciência 
da cidadania. Serviço Social e Sociedade, 55, São Paulo: Cortez, 1997.
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SITES INDICADOS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htmAcesso em 03 
de janeiro de 2012.
BRASIL. Cadastro Único. http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/cadastrounico 
Disponível em: Acesso em 02 de janeiro de 12.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 2006.
LOPES, José Rogério. Mínimos Sociais, Cidadania e Assistência Social. Revista Quadrimestral de Serviço 
Social. Serviço Social e Sociedade. Ano XIX. nº. 58. Novembro de 1998.
ROZICKI, Cristiane. Direito e cidadania. Disponível em: http://www.nossacasa.net/dire/texto.asp?texto=62. 
Acesso em 10 de janeiro de 2012. 
SIMÔES, Carlos. Curso de Direito do Serviço Social. 3. ed. Revista Atualizada - São Paulo: Cortez, 2009. 
(Biblioteca Básica de Serviço Social; v. 3)

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