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Industrialização e economia da Alemanha

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1.Introdução
Apesar da característica da Revolução Industrial ser semelhante nos diferentes
países que a revelaram entre as décadas de 1780 e 1870, todas as quais acompanhadas
por revoluções demográficas, agrárias e tecnológicas, o mesmo seria impossível ser dito
sobre a forma e o momento em que cada qual surgira na sua própria região. Neste
trabalho, o tema das revoluções está diretamente vinculado à Alemanha, será mostrado
como a Alemanha, apesar de passar por duas guerras mundiais, conseguiu superar
outros países e se tornar hoje uma potência, e como a guerra também contribui para o
crescimento.
2. Textos
Texto 1:
“A Alemanha apesar de hoje ter a terceira maior economia do mundo, se
industrializou depois do Reino Unido e da França. Foi somente em 1870 que a
Alemanha teve sua arrancada industrial. Esse atraso ocorreu por fatores geopolíticos,
visto que até 1871, a Alemanha era dividida em 39 unidades políticas.
O Segundo Reich alemão, surgiu após vitórias importantes contra a Dinamarca,
a Áustria, e na guerra Franco-prussiana. Assim, começou a surgir a Alemanha como
Estado unificado, tanto política como territorialmente.
O processo de industrialização alemão foi rápido. Em fins do século XIX, a
Alemanha já havia ultrapassado o Reino Unido e a França, e junto com os Estados
Unidos, liderou os avanços para a Segunda Revolução Industrial. Esse crescimento foi
muito rápido, mas por quê? Porque com a unificação político-territorial em 1871, a
Alemanha se tornou não só um único Estado, como também um único mercado. Ou seja,
houve também uma unificação econômica. As possibilidades de se acumular capitais
aumentou com a instituição de uma moeda única, com a constituição de um grande
mercado interno e a padronização das leis.
Devido à facilidade de transportes, e a disponibilidade de jazidas de carvão
mineral, se concentrou indústrias quase na fronteira com os Países Baixos, aonde os rios
Ruhr e Reno se encontram. Nessa região, que antes era rota de comércio ligando o norte
da Itália a Flandres, os banqueiros concentraram capitais, e passaram a investir cada vez
mais na indústria.
Aos poucos a população que residia no campo, foi migrando para as cidades e,
formando a mão-de-obra necessária. Assim, com o trabalho assalariado aumentando,
crescia paralelamente o mercado consumidor. Também se deve lembrar que a França,
após perder a guerra de 1871, foi obrigada a pagar uma grande indenização à Alemanha,
de acordo com o Tratado de Frankfurt, e ceder as províncias da Alsácia e da Lorena,
ricos em carvão e minério de ferro. Isso significou mais recursos e novas fontes de
energia e matérias-primas. Todos esses fatores juntos ajudaram na industrialização
alemã.
A Alemanha se deparou com vários problemas para sustentar seu processo de
industrialização. Com a derrota na Primeira Guerra Mundial, os vitoriosos impuseram
várias sanções através do Tratado de Versalhes: pagar indenizações, restrições em
termos militares e perdas territoriais, sendo que a Alemanha teve de devolver as
províncias de Alsácia e Lorena.
Em consequência do Tratado Versalhes, a Alemanha caiu em uma crise
econômica e social, que criou as condições necessárias para o Terceiro Reich, com
Adolf Hitler no poder, em 1933. Com a influência nazista, o país procurou conquistar
territórios que eram considerados vitais para a expansão econômica.
Mas o resultado dessa busca de territórios foi a derrota na Segunda Guerra
Mundial. Os alemães ganharam: destruição, maiores perdas territoriais e fragmentação
política. Porém, a Alemanha mostraria que mesmo sofrendo perdas territoriais é
possível um país crescer economicamente.
Com a derrota na Segunda Guerra Mundial a Alemanha foi praticamente
destruída. Suas industrias, suas cidades, sua infraestrutura foram arrasadas. Mas, então,
como ela é hoje a terceira economia do mundo?
Em 1949, o país foi dividido em dois. A RFA (República Federal Alemã) foi
constituída com a administração norte americana, francesa e britânica, tendo a capital
em Bonn. Os soviéticos constituíram a RDA (República Democrática Alemã), com a
capital em Berlim oriental. Berlim ocidental tinha influência capitalista, mesmo sendo
no meio da RDA. Assim, em 1961, foi construído pelos comunistas o muro de Berlim.
Com isso Berlim oriental ficou isolada, pois esse muro visava impedir que alemães se
deslocasse para o setor ocidental da cidade.
Com a divisão a Alemanha passou a ter dois Estados, duas economias e uma
nação. Na Alemanha Ocidental passou a ter uma economia de mercado, baseada na livre
concorrência e estruturou-se uma política pluripartidária, sob a forma republicana de
poder. Devido a elevação da produtividade e, consequentemente, dos salários houve
uma melhora na qualidade de vida e capacidade de consumo da população.
Ao mesmo tempo, na RDA passou a vigorar uma economia planificada, sendo
que os meios de produção eram controlados pelo Estado. Estruturou-se uma ditadura de
parido único sob a influência soviética. A produtividade se desenvolvia lentamente, e o
padrão de vida e de consumo não era o mesmo da parte ocidental, por isso houve um
descontentamento da população, que foi detida pela censura e à repreensão.
A Alemanha Ocidental tinha um sistema econômico bem dinâmico e
competitivo. Se beneficiou, também, com o Plano Marshall, que forneceu milhões de
dólares em forma de subsídios. O país entrou para a atual União Europeia, que foi
essencial para a rápida reconstrução econômica do país no pós-guerra. Quando ocorreu
a reunificação política, foi percebida não só diferenças econômicas, sociais e políticas,
mas também culturais.
As indústrias foram reconstruídas nos mesmos lugares antes da guerra. As
principais concentrações continuaram sendo na confluência dos rios Reno e Ruhr. No
período pós-guerra, porém, o parque industrial se modernizou rapidamente, tendo
ganhos de produtividade superiores aos do Reino Unido e França.
Na região do Ruhr (cidades como Colônia e Essen) estão situados vários setores
industriais. A reconstrução dos Konzerns possibilitou a formação de vários
conglomerados voltados aos setores carboquímico, siderúrgico, metalúrgico e bélico.
A Renânia é uma das maiores regiões industriais do mundo. Stuttgart é uma das
cidades de destaque da região, apresentando uma importante concentração de indústrias
mecânicas. Nessa cidade está sediado o maior grupo industrial da Alemanha, o
Daimler-Benz, que fabrica os automóveis Mercedes-Benz.
Na cidade de Munique destaca-se indústrias químicas e é sede da Bayer, um dos
maiores conglomerados químicos do mundo. Na Baviera se encontra a sede da indústria
e veículos BMW.
Em Frankfurt se concentram várias indústrias, e é a cidade de maior mercado de
capitais da Alemanha e do mundo; tem um aeroporto que faz conexões com várias
cidades de toda Europa, sendo um dos mais movimentados do continente.
Da cidade de Wolfsburg até Hannover, há uma concentração variada de
industrias. Em Wolfsburg se situa a sede da Volkswagen, que compete com a
montadora de veículos da Itália, a Fiat.
Nessa densa concentração industrial na Alemanha, há uma enorme e moderna
rede de transportes, que inclui rodovias nas quais não existe limite de velocidade (isso
nos ajuda a entender porque os carros atingem uma velocidade bem alta, sendo que no
Brasil as melhores rodovias só se permitem a velocidade de até 120 km/h), modernas
ferrovias e vários rios e canais que ligam os principais produtores aos portos.
Na antiga Alemanha Oriental está havendo uma profunda crise, resultante do seu
pouco dinamismo. As indústrias ocidentais estão entre as mais modernas e, isso faz com
que as indústrias da região oriental percam a concorrência, e muitas fecharam. Isso
provocou o aumento do desemprego e problemas sociais.
Um exemplo da diferença entre as indústrias da antiga Alemanha Oriental para a
Ocidental era os Trabies. Eles eram carros feios, barulhentos e de baixo rendimento.
Com os novos da Mercedes-Benz, Volkswagen, etc, os Trabies foram parar literalmente
no lixo, eles eram abandonados nas ruaspelos seus donos. Os alemães do leste já não
queriam mais os produtos que eles mesmos produziam, pois eram antiquados.
Com a reunificação alemã, o governo tem direcionado grandes recursos para
modernizar a infraestrutura da ex - Alemanha Oriental. Isso acabou levando ao aumento
do déficit público e da unificação. O Bundesbank (banco central alemão) manteve em,
em 1992 e 1993, uma política de altas taxas de juros para captar recursos do mercado.
Essa política acabou causando problemas para o sistema monetário europeu.
No entanto, a economia alemã se estabilizou e retomou ao crescimento, sendo
uma das maiores economias do mundo, e como vimos nesse ano (2006) foi sede da
Copa do Mundo, com modernos estádios.”
Texto 2:
A primeira revolução industrial ocorre na Inglaterra no século XVIII
(1780-1830). A Inglaterra é o primeiro país a passar por essa revolução paradigmática e,
assim, a organizar-se maduramente no seu padrão.
Por volta de 1830, a Primeira Revolução Industrial se completa na Inglaterra, e
migra para o continente europeu. Chega à Bélgica e França, países próximos do
arquipélago britânico. Por volta dos meados deste mesmo século XIX, atravessa o
Atlântico e ruma para os Estados Unidos. E, no final do século, retorna ao continente
europeu para retomar o fio tardio na Alemanha e na Itália e, ao mesmo tempo, saltar
terras e mares para chegar ao Japão.
Quando chega aos Estados Unidos e países do capitalismo tardio (Alemanha,
Itália, Japão), a Primeira Revolução Industrial já está cedendo lugar à Segunda
Revolução industrial, de modo que o sistema industrial desses países vai combinar às
características da primeira, elementos característicos da Segunda.
A Segunda Revolução industrial começa no final do século XIX, por volta de
1870. Mas a transparência de um novo ciclo só se dá nas primeiras décadas do século
XX. O século XIX transita para o século XX governado por essa transição de um
período técnico e de trabalho para outro, o da primeira para a Segunda revolução
Industrial. É por isso que a Segunda Revolução Industrial é tomada como um fenômeno
muito mais dos Estados Unidos que dos países europeus.
É esta segunda revolução industrial que está por trás de todo desenvolvimento
técnico, cientifico e de trabalho que ocorre nos anos da primeira e principalmente da
segunda guerra mundial.
A segunda grande guerra é o grande impulsionador da sua expansão e
mundialização. As necessidades bélicas empurraram a tecnologia da Segunda revolução
Industrial a se desenvolver tão rapidamente, que nem bem a guerra termina e as velhas
indústrias da Primeira Revolução Industrial já começam sua migração dos Estados
Unidos, da França, da Alemanha, da Inglaterra e do próprio Japão para os países então
ainda agrários. É a vez de se industrializarem a América latina, a Ásia e mesmo países
da África. Assim, estes países se industrializam misturando paradigmas da primeira e da
segunda revolução industrial.
A década de 50 marca a chegada da revolução industrial ao Brasil. A indústria
fabril já aparece no Brasil no final do século XIX. São indústrias que vão aparecendo
em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, típicas ainda da Primeira Revolução
industrial, com incorporações de poucas das características do metabolismo, fisiologia,
organização e administração da Segunda Revolução industrial. É só na década de 50 que
a revolução industrial vai realmente se instalar no Brasil (idem para América Latina,
Ásia e partes da África) e incorporar toda a sociedade ao sistema de economia.
Quando a segunda revolução se instala entre os países do chamado
Terceiro Mundo, o mundo industrial já manifesta os sinais da Terceira revolução
industrial. E chega assim com características misturadas da segunda com a terceira
revolução industrial. De modo que, quando a segunda Revolução Industrial chega ao
Brasil, os Estados Unidos já estão começando a produzir o computador, que é o
elemento característico de sinalização de um terceiro ciclo de revolução industrial, a
terceira revolução paradigmática. Hoje, quando o Brasil se torna um país industrializado,
seu sistema industrial combina elementos característicos da técnica e do trabalho da
Segunda Revolução Industrial.
Texto 3:
A economia alemã registrou forte desaceleração em 2012 por causa da recessão
na zona do euro, em particular no quarto trimestre do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,7% segundo dados ajustados às
variações sazonais, segundo dados provisórios anunciados nesta terça feira pelo
escritório federal de estatísticas Destatis.
O crescimento do ano passado é muito inferior ao de 2011 (+3%) e de 2010
(+4,2%) e mais baixo que o previsto pelo governo alemão que esperava um avanço de
0,8%.
A economia alemã foi gradualmente afetada pela crise que atinge alguns de seus
sócios, como a Itália e a Espanha. No primeiro trimstre, registrou um crescimento de
0,5%, no segundo de 0,3% e de 0,2% no terceiro.
No quarto trimestre, o PIB se contraiu 0,5%, mas os economistas esperam, mas os
economistas esperam uma melhora nos três primeiros meses de 2013, o que permitirá
evitar a recesseção da principal economia européia.
O déficit orçamentário do estado é de 5,6 bilhões de euros, abaixo das previsões
em 2012, de 22,5 bilhões, segundo o Ministério da Economia.
Por outro lado, a dívida pública do país aumentou, chegando a 81,7% do PIB
contra 80,5% em 2011, muito superior ao limite de 60% fixado pelo tratado que criou a
União Europeia.
Prudente, o governo alemão revisou pra baixo suas previsões para 2013 de 1% a
0,4%, segundo fontes ministeriais, quem preveem um crescimento de 1,6% para 2014.
Texto 4:
A Região do Rio Ruhr (Ruhrgebiet) apresenta a maior concentração demográfica
da Alemanha. Com 5,24 milhões de habitantes (estatística de junho de 2007), ela abriga
o maior parque industrial da Europa. Suas principais cidades são Bochum, Bottrop,
Dortmund, Duisburg, Essen, Gelsenkirchen, Hagen e Oberhausen.
Apelidada de "Revier", "Ruhrpott" e "Kohlenpott", a região vivenciou a
passagem da economia antes calcada no carvão e no aço para a de alta tecnologia,
prestação de serviços e turismo; o que implicou não só transformações sociais, como
também mudanças urbanas e ambientais.
Fim da era do carvão
A extração de carvão mineral na Região do Ruhr foi durante décadas o motor da
economia alemã. Devido à concorrência do petróleo barato nos anos 50 e, mais
recentemente, a preocupação com o meio ambiente, a extração de carvão foi
reduzida. Os subsídios bilionários do governo foram cortados e, com eles, o número de
empregos. Poucas minas sobraram das 140 outrora exploradas na região. Os cortes
também atingiram a indústria do aço – a segunda coluna de sustentação econômica da
região, que é berço do conglomerado siderúrgico ThyssenKrupp.
Rede de transportes
Para vencer a crise, foi estimulado o surgimento de empresas de alta tecnologia,
apoiadas por uma ampla malha de universidades, centros de pesquisa e prestadoras de
serviços. A intensa atividade econômica apóia-se na densa rede de auto-estradas, linhas
férreas e vias navegáveis que integram as grandes cidades e o maior porto interno do
mundo, situado em Duisburg, na confluência dos rios Ruhr e Reno.
Pouco a pouco, a região carbonífera está se tornando mais verde. O município de
Bottrop, por exemplo, tem mais da metade de sua área urbana arborizada. Nesta cidade,
a norte-americana Warner Brothers inaugurou um parque temático, reproduzindo
estúdios cinematográficos, orçado em mais de 200 milhões de dólares. Comprado em
2004 por um grupo britânico, o local passou a denominar-se Movie Park Germany.
Texto 5:
Hamburgo é a segunda maior cidade, o mais importante porto marítimo da
Alemanha e seu maior centro de comércio exterior, além de ser o segundo maior pólo
industrial do país.
A metrópole hanseática é uma das cidades mais verdes da Alemanha: 41% de
sua área total é composta de terras cultivadas e prados, parques e áreas verdes públicas,
bosques, regiões pantanosas e charnecas. As reservas e outras áreas sob proteçãoambiental perfazem 28% da superfície da cidade-estado. Além dos inúmeros parques
existentes, há mais de 240 mil árvores plantadas nas ruas.
Fundada na época de Carlos Magno, por volta de 811, Hamburgo recebeu os
primeiros privilégios aduaneiros e econômicos em 1189. Sendo um dos primeiros
membros da Liga Hanseática, em breve tornou-se o mais importante local de transbordo
de mercadorias no Mar do Norte. Hamburgo manteve sua autonomia até hoje. Jamais
esteve em poder de um rei ou príncipe, tendo sido sempre governada por seus próprios
cidadãos.
A zona industrial portuária inclui estaleiros, refinarias e fábricas de
beneficiamento de matérias-primas estrangeiras. Através de mudanças estruturais, a
cidade transformou-se ainda numa metrópole especializada na prestação de serviços.
Setores promissores, como o da indústria aeronáutica civil, o da microeletrônica e o das
telecomunicações, formam o novo pilar econômico de Hamburgo.
Seu porto, um dos maiores do mundo com 75 km², ocupa um décimo da área
total da cidade-estado e emprega cerca de 150 mil pessoas. A importância da região
portuária é tamanha, que na “Hafen-City” está sendo construído um novo centro
residencial, cultural e comercial.
Capital da mídia
Hamburgo é também a metrópole alemã da mídia, sendo o setor de comunicação
o que registrou a maior expansão nos últimos anos. Destacam-se a mídia eletrônica, as
importantes empresas de radiodifusão, como também várias firmas especializadas na
produção de programas audiovisuais e de multimídia.
Algumas das principais publicações do país, como os semanários Der Spiegel e Die Zeit,
são produzidas em Hamburgo, assim como o telejornal Tagesschau.
A cidade mercantil Hamburgo sempre foi um sinônimo de liberdade e tolerância, além
de importante centro cultural. Três teatros estatais e cerca de 35 teatros particulares
contribuem atualmente para o perfil cultural da cidade.
Na música moderna ela também se destaca. Foi em St. Pauli, o bairro boêmio de
Hamburgo, que os Beatles deram início à sua carreira internacional, na década de 60 do
século passado. Hoje, Hamburgo tornou-se o centro do hip hop alemão: grupos como
Fettes Brot, Absolute Beginner ou Eins Komma Zwo conquistaram os primeiros lugares
nas paradas de sucesso da Alemanha.
Texto 6:
No século XIX, o atual espaço territorial da Alemanha era constituído por 39
reinos diferentes, ducados e cidades livres, que tinham em comum apenas a mesma raiz
linguística (o alemão) e a mesma base cultural. Essas regiões só foram unificadas em
1871.
Como esse território demorou a se constituir como um Estado nacional, o
processo de industrialização alemão ocorreu tardiamente em relação ao reino Unido.
Antes da unificação, a Prússia, região mais forte economicamente, já havia iniciado o
processo de industrialização, que foi acelerado a partir de 1870.
Mesmo não tendo acompanhado os países pioneiros da primeira revolução
industrial, no fim do século XIX a Alemanha já havia superado essas nações apesar de
ter se industrializado um século depois da França e Reino Unido.
Alguns fatores contribuíram para a rápida industrialização alemã:
 A disponibilidade de riquezas minerais, como o ferro e o carvão mineral;
 As transformações ocorridas no setor agrícola e o expressivo êxodo rural
que direcionava esse contingente populacional para a indústria;
 O rápido crescimento da rede ferroviária, que permitiu a circulação de
matérias-primas e de produtos industriais;
 A atração de capitais estrangeiros e a importação de tecnologias;
 A união aduaneira entre as antigas divisões administrativas de 1834, o
Zollverein;
 A adoção de uma moeda única e a formação de um mercado consumidor.
 Além disso, a industrialização alemã não foi caracterizada pelo liberalismo
econômico e sim pelo protecionismo estatal.
Ao iniciar se processo de industrialização durante a Segunda Revolução
Industrial, o país pode competir em igualdade de condições com seus principais
concorrentes.
No século XIX, surgiram também novas organizações empresariais e de
monopólio. Entre elas, os konzerns, grupos empresariais, semelhantes aos trustes, com
concentração vertical e horizontal. Porém, nos konzerns, as empresas agrupadas
conservavam sua independência jurídica. Os principais ramos desses conglomerados
com integração menor eram o siderúrgico, o metalúrgico e o químico. Um exemplo
atual dessa situação é a ThyssenKrupp, produtora de aço, armas e munição, localizada
na cidade de Essen.
Os efeitos de duas guerras mundiais
A Alemanha sempre foi uma potência bélica com tendência a expandir seus
domínios no continente europeu. Além disso, tentou disputar a posse dos impérios
coloniais formados por França e Inglaterra na África. Essa ambição levou o país à
Primeira Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, saindo derrotado de ambos os conflitos.
Em consequência dessas derrotas, o país perdeu territórios e seu parque industrial foi
destruído. Entretanto, sua maior perda ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, com a
divisão do país.
De 1949 até 1990, a Alemanha ficou dividida. De um lado, a Alemanha Oriental,
um país de regime socialista e economia planificada; de outro, a Alemanha Ocidental,
um país integrante do mundo capitalista. Enquanto a Alemanha Oriental seguia o
moldes da economia planificada, a Alemanha Ocidental reerguia sua economia com a
ajuda do Plano Marshall e participava da criação da Comunidade Econômica Europeia
(CEE), embrião da futura União Europeia (EU).
Com essa divisão, a Alemanha passou a ter dois Estados e dois sistemas
econômicos diferentes:
 Na Alemanha Ocidental (República Federal Alemã-RFA), na qual se
estabeleceu a economia de mercado, baseada na livre concorrência, existia uma
democracia com vários partidos, sob a forma republicana de poder. Em virtude da
elevação da produtividade e, consequentemente dos salários, a qualidade de vida e a
capacidade de consumo da população melhoraram. Durante esse período o país
apresentou uma economia dinâmica e competitiva e adotou a política do Bem-Estar
social.
 Na Alemanha Oriental (República Democrática Alemã-RDA), com a
adoção da economia planificada, os meios de produção eram controlados pelo Estado,
que estabeleceu uma ditadura de partido único sob a influência soviética. A
produtividade se desenvolvia lentamente, o padrão de vida e de consumo não era o
mesmo da Alemanha Ocidental e o regime foi marcado por censura e repressão.
Em consequência da divisão do país, a República Federal Alemã adotou a cidade
de Bonn, na Renânia, como capital, embora o governo tenha mantido a como posse
sobre parte da cidade de Berlim, que tal como o país também foi dividida. A República
Democrática Alemã preservou sua capital, que passou a ser denominada de Berlim
Oriental. Assim, Berlim Ocidental, mesmo sendo capitalista, ficou situada no território
da República Democrática Alemã.
As duas Alemanhas passaram quarenta anos em “mundos” diferentes.
Reconheceram-se mutuamente na Organização das Nações Unidas (ONU) na década de
1970, mas competiram em Olimpíadas e Copas do mundo com equipes próprias e
distintas. Desde 1961, amigos e parentes viviam separados arbitrariamente pelo Muro
de Berlim, que só seria derrubado em Novembro de 1989.
A década de 1990 e a reunificação
A reunificação alemã ocorreu em 3 de Outubro de 1990, quase um ano após a
queda do Muro de Berlim. O então líder da Alemanha Oriental, Helmut Kohl, negociou
a unificação com Mikhail Gorbachev, líder da União Soviética, e George Bush,
presidente dos Estados Unidos.
Mesmo estando entre as economias mais fortes do mundo, a nova Alemanha
enfrentou, e ainda enfrenta, grandes problemas de ajustamento e adaptação. Não se pode
esquecer de que as duas Alemanhas durante quarenta anos, seguiram orientações
econômicas opostas, e que a Alemanha Ocidental pagou as contas da unificação pois
teve de investir muito dinheiro para levantar a economia da Alemanha Oriental.
Veja a seguir os principais problemas ocorridos no processo de reunificação das
duas Alemanhas:
 O baixo nível tecnológico dasindustrias orientais levou à falência
inúmeras fábricas que não aguentaram a concorrência com as empresas ocidentais.
 A falência dessas indústrias agravou o problema do desemprego. A
competição no mercado de trabalho acabou por opor alemães-ocidentais e
alemães-orientais.
 Apesar da alegria do reencontro com amigos e parentes depois de tantos
anos, a convivência entre alemães do Oeste e do leste não parecia ser tão simples.
Durante muitos anos, os dois países tiveram ideologias muito diferentes para que
houvesse uma imediata identidade de ideias, costumes e modo de vida entre as
populações.
 Mesmo com os maciços investimentos na reunificação, as diferenças entre
o lado oriental e o ocidental ainda são grandes. O índice de desemprego no Leste é
quase três vezes maior que na antiga Alemanha Ocidental.
Entretanto, resultados positivos foram obtidos com o crescimento econômico de
áreas da antiga Alemanha Oriental, como a Turíngia, e a remodelação da cidade de
Berlim, capital Alemanha reunificada.
A indústria na Alemanha reunificada
A indústria é um importante setor da economia alemã. Segundo o The World
Factbook, em 2012, representou 28,6% do PIB do país e empregou aproximadamente
24,6% da população economicamente ativa. A exportação é prioridade para as empresas
desse setor, que se destacam pelo alto valor agregado de seus produtos e por sua
tecnologia avançada. Entre elas, merecem ser citadas as indústrias automobilísticas,
como a Volkswagen, a BMW e a Daimler-Benz. As matrizes dessas indústrias estão na
Alemanha, mas existem filiais espalhadas por diversas partes do mundo, onde buscam
mão de obra qualificada e mais barata para aumentar seus lucros. Só no Brasil, a
Volkswagen possui cinco fábricas: uma em Resende-RJ, uma em São José dos
Pinhais-PR, e três no estado de São Paulo, sendo uma em São Carlos, uma em Taubaté e
outra em São Bernardo do Campo. A Mercedes Benz, desde janeiro de 2012, tem uma
unidade de caminhões em Juiz de Fora-MG.
Entre os grupos empresariais alemães que são referência no planeta há vários
conglomerados em diversos setores industriais, dos quais se destacam os setores
químico (Aventis, Bayer e Basf), elétrico (Siemens-AG) e energético (E-ON e RWE).
Outros ramos industrias - alimentício, têxtil, de papel e celulose, artefatos de
couro, beneficiamento de metais, mineração, mecânica de precisão e óptica -
complementam um parque industrial variado, que é o principal da Europa e o terceiro
do mundo, após o dos Estados Unidos e o do Japão.
Localização industrial
Desde o início, formou-se, na bacia dos rios Reno e Ruhr, a mais importante
região industrial alemã. O Reno se tornou a via de ligação do país com o mar do norte,
enquanto que no Ruhr estavam as ricas minas de carvão que atraíram indústrias para a
região. Com a reconstrução da economia após a Segunda Guerra (1939-1945), as
indústrias voltaram aos mesmos lugares, onde se destacam as cidades de Colônia, Essen,
Dortmund, Düsseldorf, que compõem o maior complexo industrial do país, na porção
oeste, uma área que correspondia à antiga Alemanha Ocidental. Nessa área,
predominam as indústrias pesadas, como a siderurgia, a refinaria de petróleo e a
indústria química. Entretanto, aí se encontram os mais variados ramos industrias, como
o têxtil e o eletroeletrônico.
Alguns centros isolados têm importância por sediarem fábricas de grandes
transnacionais: em Stuttgart está o grupo Daimler-Benz; em Wolfsburg, a Volkswagen.
A Alemanha possui mais de 150 parques tecnológicos. Dois deles se formaram
em torno de duas das mais importantes universidades do país. O Parque Tecnológico
Heidelberg é um parque científico de biociências, instalado ao redor da Universidade
Ruprecht-Karls de Heidelburg, um estabelecimento fundado em 1386. A Universidade
de Heidelberg e outros institutos renomados, como o Laboratório Europeu de Biologia
Molecular (EMBL), o Centro Alemão de Pesquisa ao Câncer (DKFZ), os Centros de
Biologia Molecular (ZMBH) e de Bioquímica (BZH) da Universidade de Heidelberg e
o Instituto Max Planck de Pesquisa Médica servem de apoio às áreas de pesquisa e
desenvolvimento. O parque também possui estudos de tecnologia ambiental, informação
e comunicação. Outro parque tecnológico, o de Munique, que cresceu com o apoio da
Universidade Técnica de Munique (TUM, em alemão), ocupa o quarto lugar entre as
instituições do gênero na Europa e foi responsável pela transformação do estado da
Baviera de área agrícola em área indústrial. Reúne indústrias automobolísticas, de
tecnologia de informação, de biotecnologia e aeroespacial.
Outros tecnopolos importantes são Berlin Adlersh (foto, ótica, microssistemas,
TI e comunicação); Chempark de Leverkusen, próximo a Colônia (setores químico e
farmacêutico); Bio Park Regensburg, na Bavária (biotecnologia); Parque de TI Saarland,
no estado de mesmo nome.
Existem regiões industriais importantes que se concentram em torno de cidades
como Frankfurt, Hamburgo e Bremen, e também Leipzig e Dresden, localizadas em
áreas da ex-Alemanha Oriental.
A crise da União Europeia
Em 2012, a Alemanha era a quarta economia do mundo, atrás dos Estados
Unidos, China e Japão, e a primeira economia da Europa.
Entretanto, a principal economia da União Europeia sentiu os efeitos da crise
mundial de 2008. Embora tenha dado sinais de recuperação em 2010, voltou a se abater
com os problemas do bloco europeu em 2011 e 2012.
3. Questões
1. Cite os fatores que contribuiram para o rápido crescimento industrial da Alemanha.
2. Com que problemas a Alemanha se deparou para sustentar seu processo de
industrialização?
3. O que influenciou na localização industrial da Alemanha?
4. Cite e comente os fatores que levaram a Alemanha a ter sua industrialização de forma
tardia.
5. Cite os problemas que a Alemanha se deparou para sustentar seu processo de
industrailização.
6. Cite uma diferença entre as indústrias da antiga alemanha oriental para a ocidental.
7. Aponte o beneficio obtido pela alemanha em função da guerra fria.
8. Exemplifique motivos que levaram os estados alemães a se unificarem?
9. Cite e comente os fatos que impulsionaram a segunda revolução industrial na
Alemanha.
10. Quando surgiu o segundo reich alemão?
11. Comente a razão pela qual a Alemanha pré-industrial não era caracterizada pelo
subdesenvolvimento.
12. Quais foram os elementos responsáveis para a revolução industrial que se sucedeu á
unificação alemã em 1871?
13. Como é caracterizada a indústria alemã?
14. Cite uma das principais razões para o rápido avanço da indústria alemã e pela sua
diferenciação das demais indústrias europeias.
15. Aponte as duas principais indústrias alemãs que caracterizavam a indústria Alemã.
16. Defina o sistema manchesteriano.
17. Quais as cidades que fazem parte do vale de Ruhr, e a importância do carvão para a
história econômica do vale?
18. Quais foram as mudanças que o fordismo causou na Alemanha?
19. O que foi o putting out system e sua importância econômica?
20. O que causou uma primeira revolução industrial tardia na Alemanha?
4. Conclusão
A partir dá compreensão do trabalho exposto, pôde-se inferir que a Alemanha,
mesmo tendo o início de sua revolução tardia quando comparada com os demais países
europeus, conseguiu após o início desta em seu país, um lugar de destaque entre as
potências da época. O rápido crescimento da Alemanha fez-se graças à sua unificação
geoeconômica e também por sua quantidade de recursos.
O país aqui citado, caiu em crise após o término da primeira e da segunda
guerra com suas derrotas, a Alemanha estava em caos, porém ainda é uma das maiores
potências da atualidade, graças aos investimentos de Rússia e Estados Unidos na guerra
fria.
5. Bibliografia
 http://juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia015.asp (texto 1)
 R Moreira - Trabalho e Tecnologia, 1998 - pessoal.educacional.com.br – págs. 2
a 5 (texto 2)
 https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2013/01/15/crise-do-euro-minou-cresci
mento-alemao-em-2012.htm (texto 3)
 http://www.dw.com/pt-br/regi%C3%A3o-do-rio-ruhr/a-938783(texto 4)
 http://www.dw.com/pt-br/hamburgo/a-938780 (texto 5)
 (texto 6)

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