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FACULDADE ESAMC SANTOS Balanço de Energia Giovanna Pereira Barbosa 11161004 Engenharia Química – Noturno Importância do balanço de energia nos Processos Industriais ao longo da história Santos 2020 Introdução Um aspecto essencial a ser considerado nos dias de hoje na escolha das fontes energéticas que devem compor a matriz energética de um país é o impacto ambiental produzido pelo uso da mesma. Isso porque sabemos que as ações antrópicas têm gerado sérias consequências ao equilíbrio do planeta como, por exemplo, a extinção de espécies e o aquecimento global. A estrutura de oferta e demanda de energia, considerando todas as fontes renováveis e não renováveis e os diversos usos pela sociedade, constitui o que chamamos de matriz energética. A energia ao longo da história Há cerca de apenas 400 mil anos ocorreu o primeiro avanço tecnológico, o uso do fogo e de utensílios para a caça e pesca. Posteriormente, por volta de 12 mil anos atrás, a Revolução Agrícola marcou o início do uso da tração animal, da força dos ventos e das quedas d’água na produção agrícola e pecuária. Na Antiguidade a utilização do vento na navegação à vela foi essencial para a colonização e o comércio nas margens do Mediterrâneo, substituindo a navegação a remo. Ao longo dos séculos, a matriz energética evoluiu bastante. Por muito tempo, nos primórdios da humanidade, a força muscular foi a principal fonte de energia utilizada pelo homem. O desenvolvimento tecnológico voltado à exploração de recursos energéticos foi notável entre os séculos XVIII e XIX, principalmente no que diz respeito à exploração e uso do carvão mineral e de outros combustíveis fósseis. Essa energia era utilizada nos meios de transporte, na indústria e na geração de energia elétrica. As mudanças na matriz energética mundial, em termos da diversidade de fontes e padrões de uso, não mudaram muito ao longo dos séculos até a Revolução Industrial. A era do petróleo teve início em meados do século XIX, quando ele foi encontrado cerca de 20 metros de profundidade durante a construção de um poço de água. Inicialmente o petróleo foi utilizado só para a obtenção de querosene e de óleos lubrificantes. Nesse tempo, a gasolina gerada durante a destilação do petróleo era jogada fora nos rios ou queimada. Por vezes era misturada com querosene para produzir um perigoso explosivo. A utilização da gasolina como combustível para carros só começou após a invenção dos motores de combustão interna e a produção de automóveis em grande escala. Na década de 70, quando o mundo viveu uma séria crise do petróleo, devido ao aumento exorbitante de seu preço, as fontes alternativas de energia começaram a receber atenção e investimentos. O Brasil investiu na produção do etanol extraído da cana-de-açúcar. Assim, nesse momento histórico, o Brasil se colocou à frente das outras nações na questão do uso de fontes renováveis de energia. Setor industrial nas emissões de energia Atualmente, o tema da Indústria 4.0 tem gerado grande interesse como forma de otimizar a produção e aumentar a produtividade das empresas, considerando conceitos como Big Data e Internet das Coisas. Do total das indústrias brasileiras, apenas 58% conhecem a importância das tecnologias digitais no contexto de competitividade da indústria e menos da metade as utiliza, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Das empresas que se utilizam desses conceitos, 73% adotam pelo menos uma tecnologia relacionada ao processo de produção, visando aumentar eficiência e produtividade. Apesar de ser uma vertente da tecnologia que vem sendo desenvolvida recentemente, iniciativas como a da CNI e o destaque dado à pauta na COP 23 incentivam que mais setores da indústria melhorem seus processos com ganhos ambientais. Contudo, paralelo a todo o desenvolvimento tecnológico observado, é necessário que a aplicação dos conceitos seja em maior escala. O tema da indústria 4.0 vem recebendo destaque e se tornado pauta de discussões relacionadas à redução de emissões. A 23ª Conferência das Partes (COP 23) da Convenção do Clima realizada em 2017 em Bonn, na Alemanha, organizou o “Dia da Indústria” para tratar como o setor pode ser uma força propulsora para a redução de emissões de GEE. https://wribrasil.org.br/pt/industria-40-inovacao-tecnologica-como-ferramenta-para-descarbonizacao https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/e0/aa/e0aabd52-53ee-4fd8-82ba-9a0ffd192db8/sondespecial_industria40_abril2016.pdf Energia e Sociedade O consumo de energia pelo homem depende de uma série de fatores e, do ponto de vista técnico, está relacionado com a transformação da energia de que dispomos na natureza em formas de energia de que necessitamos. A ideia de energia mais comum está na capacidade de realizar trabalho. Apesar da energia se conservar na natureza, um problema pode surgir quando tentamos transformá-la em algum tipo de energia aplicável às nossas necessidades. A energia térmica, por exemplo, não pode ser totalmente convertida em trabalho, sendo frequente a perda de seu percentual em algumas indústrias durante o processo de conversão. Nos centros de transformação (centrais elétricas, refinarias de petróleo, destilarias de álcool, carvoarias, etc.) é que geralmente ocorre a transformação de um tipo de energia em outro e a eficiência do setor energético pode ser definida na relação entre a energia que chega ao consumo e a energia primária necessária para obtê-la. A relação entre energia e desenvolvimento econômico-social é bastante discutida por cientistas humanos. O desenvolvimento tecnológico, o crescimento industrial e a melhora no padrão de vida em determinada sociedade são acompanhados pela evolução do consumo de energia através do aumento dos recursos energéticos. Se da análise do consumo energético evidenciamos o progresso industrial e tecnológico de um país, podemos argumentar que o desenvolvimento da tecnologia e da indústria depende de outros fatores sociais, o que torna a discussão entre energia, industrialização e modernidade mais complexa, porém necessária por ser esclarecedora do nosso tempo e dos problemas atuais que vivemos. Considerações finais A composição da nova matriz energética no futuro dependerá de muitos fatores, que são de difícil previsão. Indiscutivelmente, haverá grande diversificação das fontes de geração de energia elétrica, para que não exista dependência exclusiva de uma única fonte e para o aumento da confiabilidade dos sistemas. Um exemplo viável na matriz brasileira é a exploração de recursos naturais como os aproveitamentos hidro energéticos e os ventos em complementaridade nos períodos de secas. A partir da busca do homem por formas de energia que pudessem facilitar suas atividades e não só satisfazer suas necessidades alimentares, o desenvolvimento da mecânica e da química e a compreensão dos fenômenos relacionados à eletricidade, principal forma de energia consumida pela humanidade atualmente, representaram os passos mais significativos para o aproveitamento das fontes energéticas. A principal tendência será a conciliação dos interesses comerciais e o respeito ao meio ambiente, através do controle e da mitigação da poluição gerada. Na produção de energia, seja por meio de acordos internacionais ou pela pressão dos governos e da sociedade, novos empreendimentos terão de operar de forma transparente e eficiente. O aumento da eficiência energética dos processos e equipamentos e a promoção do consumo racional também serão peças-chave para a manutenção de um cenário sustentável do uso da energia. Referências Bibliográficas • https://pt.khanacademy.org/science/7-ano/desenvolvimento-tecnologico/as-maquinas-termicas/a/evolucao-do-uso-da-energia-ao-longo-da-historia • https://silo.tips/download/balanos-de-massa-e-energia-aplicados-a-produao- industrial-de-formaldeido • https://pt.slideshare.net/neoson/aula-14-balano-de-energia-em-processos- qumicos-060511 Introdução A energia ao longo da história Setor industrial nas emissões de energia Energia e Sociedade Considerações finais Referências Bibliográficas
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