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UNIVERSIDADE PAULISTA Bruno Wilker de Lima Martinez RA:C36479-7 Carvilson Silva RA: B965983 Matheus Santos Barros RA: C7509B-0 Reinaldo da Silva Rodrigues RA: T2186G-0 Wagner Marques dos Santos RA:C742EI-2 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA “FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO” SANTOS / 2020 “FILOSOFIA, MATEMÁTICA, FÍSICA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO” Trabalho considerado como Atividade Prática Supervisionada na graduação em (Engenharia Civil 10° Semestre – EC0P41) à Universidade Paulista – UNIP. Campos – Rangel Pestana. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _____________________________________________/___/__ Prof. Universidade Paulista- UNIP ____________________________________________/___/___ Profa. Universidade Paulista- UNIP ____________________________________________/___/___ Prof. Universidade Paulista- UNIP SANTOS /2020 RESUMO O trabalho fala a respeito de três pessoas que tiveram sua devida importância na humanidade que são o filósofo Karl Marx, o matemático Leonhard Euler e o físico Werner Karl Heisenberg que acabaram se tornando pessoas relevantes por desenvolver pensamentos e estudos jamais vistos. Muitos pensamentos e pesquisas que vemos nos dias de hoje são frutos de estudos desenvolvidos no passado que foram aperfeiçoados ao longo dos anos. Muitos sociólogos, intelectuais, filósofos atuais colocam Marx como uma das pessoas mais influentes da humanidade seus pensamentos influenciaram e ainda influencia diversos governos pelo mundo. Leonhard Euler considerado um dos maiores matemáticos de todos os tempos, tendo desenvolvidos seu apreço pelos números desde muito jovem. Karl Heisenberg desde muito cedo disposto a desbancar a física clássica revelando os conceitos da física quântica. Palavras-chave: Marx, Euler, Heisenberg ABSTRACT The paper talks about three people who have had their due importance in mankind: the philosopher Karl Marx, the mathematician Leonhard Euler, and the physicist Werner Karl Heisenberg who have become relevant people for developing thoughts and studies never seen before. Many thoughts and researches we see these days are fruits of studies developed in the past that have been perfected over the years. Many sociologists, intellectuals, current philosophers place Marx as one of humanity's most influential people whose thoughts influenced and still influence various governments around the world. Leonhard Euler considered one of the greatest mathematicians of all time, having developed his appreciation for the numbers from very young. Karl Heisenberg from a very early disposition to displace classical physics revealing the concepts of quantum physics. Keywords: Marx, Euler, Heisenberg SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6 2. FILÓSOFO KARL MARX ..................................................................................................................... 7 2.1 Biografia ........................................................................................................................................ 7 2.1.1Influências ............................................................................................................................. 11 2.1.2 Crítica ao Capitalismo ........................................................................................................... 11 2.1.3 Socialismo Científico ............................................................................................................. 11 2.1.4 Influência do Filósofo idealista ............................................................................................. 12 2.1.5 Influência do Socialismo Utópico ......................................................................................... 13 2.1.6 Influência na Economia Política Clássica .............................................................................. 14 2.17 Marxismo ............................................................................................................................... 15 2.2 Teorias e Obras ............................................................................................................................ 15 2.2.1Frases do Karl Marx ............................................................................................................... 16 3. MATEMÁTICO LEONHARD EULER ................................................................................................. 17 3.1 Biografia ...................................................................................................................................... 17 3.2 Ideias e Teorias de Leonhard Euler ............................................................................................. 20 3.2.1 Teoria dos números .............................................................................................................. 21 3.2.2 Teoria dos grafos .................................................................................................................. 22 3.2.3 Matemática aplicada ............................................................................................................ 22 3.2.4 Ângulos de Euler ................................................................................................................... 23 3.3 Principais obras de Euler nesta área: .......................................................................................... 23 3.3.1 Euler e d'Alembert ................................................................................................................ 24 3.3.2 Euler e Fermat ...................................................................................................................... 25 4. FÍSICO WERNER KARL HEISENBERG ............................................................................................... 25 4.1 Biografia ...................................................................................................................................... 25 4.2 Ideias e Teorias de Heisenberg .................................................................................................... 27 4.2.1 O Princípio da Incerteza ....................................................................................................... 27 5. IMPACTOS PRODUZIDOS, PELAS PROPOSTAS DOS PERSONAGENS ESCOLHIDAS NA SOCIEDADE DE SUA ÉPOCA E NOS TEMPOS ATUAIS. ............................................................................................... 30 6. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 32 7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 33 8. ANEXO .............................................................................................................................................. 34 8.1 Análise da função Princípio da Incerteza .................................................................................... 34 6 1. INTRODUÇÃO Analisando a história conseguimos perceber o quanto diversas pessoas foram importantes no decorrer dos anos, tudo que temos hoje parte do pressuposto da iniciação de alguém no passado, muitas vezes bem distante. Com isso o trabalho retrata a históriade três personagens que foram ícones na história da humanidade por desenvolver pensamentos, estudos e pesquisas que servem de base para nós até os dias de hoje. A filosofia sempre disposta a desenvolver seu pensamento crítico sobre determinadas situações que faz o ser humano pensar e refletir qual o melhor modelo de se viver em sociedade e consequentemente respeitando o direito do outro. Karl Marx desenvolveu sua teoria sobre a sociedade, a economia e a política muito famosa e conhecida como o marxismo que sustenta que as sociedades humanas progridem através da luta de classes e que o estado foi criado para proteger os interesses da classe dominante. Leonhard Euler foi um importante matemático tendo encontrado sua vocação desde muito jovem desenvolvendo diversos trabalhos que o possibilitou até a ganhar o prêmio Nobel duas vezes. Euler aprimorou os conhecimentos da época sobre cálculo integral, desenvolveu a teoria das funções trigonométrica e logarítmica e simplificou as operações relacionadas à análise matemática. Sua contribuição para a geometria analítica e para a trigonometria é comparável à de Euclides para a geometria plana. Werner Karl Heisenberg físico que desde o início da sua carreira seu principal objetivo era derrubar as teses colocadas pela física clássica apresentado as teorias da física quântica. Heisenberg se concentrou na pesquisa sobre a teoria das partículas elementares, fez descobertas sobre a estrutura do núcleo atômico, da hidrodinâmica das turbulências, dos raios cósmicos e do termomagnetismo. Sua principal obra é conhecida como o Princípio da Incerteza ou “Princípio de Heisenberg” o qual é impossível medir simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula. 7 2. FILÓSOFO KARL MARX 2.1 Biografia Karl Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um filósofo, sociólogo, historiador, economista, jornalista e revolucionário socialista. Nascido na Prússia, mais tarde se tornou apátrida e passou grande parte de sua vida em Londres, no Reino Unido. A obra de Marx em economia estabeleceu a base para muito do entendimento atual sobre o trabalho. Publicou vários livros durante sua vida, sendo O Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) os mais proeminentes. Marx nasceu numa família de classe média em Tréveris, na Renânia prussiana, e estudou nas universidades de Bonn e Berlim, onde se interessou pelas ideias filosóficas dos jovens hegelianos. Depois dos estudos, escreveu para o Rheinische Zeitung, um jornal radical publicado em Colônia, e começou a trabalhar na teoria da concepção materialista da história. Em 1843, mudou-se para Paris, onde começou a escrever para outros jornais radicais e conheceu Friedrich Engels, que se tornaria seu amigo de longa data e colaborador. Em 1849, foi exilado e se mudou para Londres juntamente a sua esposa e filhos, onde continuou a escrever e formular suas teorias sobre a atividade econômica e social. Também fez campanha para o socialismo e tornou-se uma figura significativa na Associação Internacional dos Trabalhadores. As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política — a compreensão coletiva do que é conhecido como o marxismo — sustentam que as sociedades humanas progridem através da luta de classes (um conflito entre uma classe social que controla os meios de produção e a classe trabalhadora, que fornece a mão de obra para a produção) e que o Estado foi criado para proteger os interesses da classe dominante, embora seja apresentado como um instrumento que representa o interesse comum de todos. Além disso, ele previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua autodestruição e substituição por um novo sistema: o socialismo. Ele argumentava que os antagonismos no sistema capitalista, entre a burguesia e o proletariado, seriam consequências de uma guerra perpétua entre a primeira e as demais classes ao longo da história. Isto, associado à sociedade industrial e ao acúmulo de capital, geraria a sua classe antagônica, que resultaria na "conquista do 8 poder político pela classe operária e, eventualmente, no estabelecimento de uma sociedade sem classes e apátrida — o comunismo — regida por uma livre associação de produtores. Marx ativamente argumentava que a classe trabalhadora deveria realizar uma ação revolucionária organizada para derrubar o capitalismo e provocar mudanças socioeconômicas. Elogiado e criticado, Marx tem sido descrito como uma das figuras mais influentes na história da humanidade. Muitos intelectuais, sindicatos e partidos políticos em nível mundial foram influenciados por suas ideias, com muitas variações sobre o seu trabalho base. Marx é normalmente citado, ao lado de Émile Durkheim e Max Weber, como um dos três principais arquitetos da ciência social moderna. Marx foi o terceiro de nove filhos, de uma família de origem judaica de classe média da cidade de Tréveris, na época no Reino da Prússia. Sua mãe, Henriette Pressburg (1788–1863), era judia holandesa e seu pai, Herschel Marx (1777–1838), um advogado e conselheiro de Justiça. Herschel descende de uma família de rabinos, mas se converteu ao cristianismo luterano em função das restrições impostas à presença de membros de etnia judaica no serviço público, quando Marx ainda tinha 6 anos de idade. Seus irmãos eram Sophie (1816–1886), Hermann (1819–1842), Henriette (1820–1845), Louise (1821–1893), Emilie (1824–1888 — adotada por seus pais), Caroline (1824–1847) e Eduard (1826–1837). Em 1830, Marx iniciou seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, em Tréveris, ano em que eclodiram revoluções em diversos países europeus. Ingressou mais tarde na Universidade de Bonn para estudar Direito, transferindo-se no ano seguinte para a Universidade de Berlim, onde o filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel, cuja obra exerceu grande influência sobre Marx, foi professor e reitor. Em Berlim, Marx ingressou no Clube dos Doutores, que era liderado pelo hegeliano de esquerda Bruno Bauer. Ali perdeu interesse pelo Direito e se voltou para a Filosofia, tendo participado ativamente do movimento dos hegelianos de esquerda ou Jovens Hegelianos. Seu pai faleceu naquele mesmo ano. Em 1841, obteve o título de doutor em Filosofia com uma tese sobre as Diferenças da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro. Impedido de seguir uma carreira acadêmica, tornou-se, em 1842, redator-chefe da Gazeta Renana (Rheinische Zeitung), um jornal da província de Colônia. Conheceu Friedrich Engels naquele mesmo ano, durante visitação deste à redação do jornal. 9 Em 1843, a Gazeta Renana foi fechada após publicar uma série de ataques ao governo prussiano. Tendo perdido o seu emprego de redator-chefe, Marx mudou- se para Paris. Lá assumiu a direção da publicação Deutsch-Französische Jahrbücher ('Anais Franco-Alemães') e foi apresentado a diversas sociedades secretas de socialistas. Antes ainda da sua mudança para Paris, Marx casou-se, no dia 19 de junho de 1843, com Jenny von Westphalen, a filha de um barão da Prússia com a qual mantinha noivado desde o início dos seus estudos universitários. (Noivado que foi mantido em sigilo durante anos, pois as famílias Marx e Westphalen não concordavam com a união.) Do casamento de Marx com Jenny von Westphalen, nasceram sete filhos, mas devido às más condições de vida que foram forçados a viver em Londres, apenas três sobreviveram à idade adulta. As crianças eram: Jenny Caroline (1844- 1883), Jenny Laura (1845-1911), Edgar (1847-1855), Henry Edward Guy ("Guido"; 1849-1850), Jenny Eveline Frances ("Franziska"; 1851-52), Jenny Julia Eleanor (1855-1898) e mais um que morreu antes de ser nomeado (Julho, 1857). Ao que consta, Franziska, Edgar e Guido morreram na infância, provavelmente pelas péssimascondições material a que a família estava submetida, duas das filhas de Marx cometeram suicídio: Eleanor, 15 anos após a morte de Marx, aos 43 anos, após descobrir que seu companheiro havia se casado secretamente com uma atriz bem mais jovem, mas há quem suspeite que ele, na verdade, assassinou-a; e Laura, 28 anos após a morte de Marx, aos 66 anos, junto com o seu marido, Paul Lafargue, por não querer viver na velhice. Marx também teve um filho, Frederick Demuth (1851-1929), nascido de sua relação amorosa com a militante socialista e empregado da família Marx, Helena Demuth. Solicitado por Marx, Engels assumiu a paternidade da criança, e pagando uma pensão, entregou-o a uma família de um bairro proletário de Londres. No tratamento pessoal — Leandro Konder ressalta — Marx foi produto de seu tempo: "Antes de poder contestar a sociedade capitalista Marx pertencia a ela, estava espiritualmente mais enraizado no solo da sua cultura do que admitiria, e que diante dos padrões da Inglaterra vitoriana mostrou: traços típicos das limitações de seu tempo". Como moças aristocráticas, suas filhas tinham aulas de piano, canto e desenho, mesmo que não tivessem desenvoltura para tais atividades artísticas. Também em 1843, Marx conheceu a Liga dos Justos (que mais tarde tornar- se-ia Liga dos Comunistas). Em 1844, Friedrich Engels visitou Marx em Paris por 10 alguns dias. A amizade e o trabalho conjunto entre ambos, que se iniciou nesse período, só seriam interrompidos com a morte de Marx. Na mesma época, Marx também se encontrou com Proudhon, com quem teve discussões polêmicas e muitas divergências. E conheceu rapidamente Bakunin, então refugiado do czarismo russo e militante socialista. No seu período em Paris, Marx intensificou os seus estudos sobre economia política, os socialistas utópicos franceses e a história da França, produzindo reflexões que resultaram nos Manuscritos de Paris, mais conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos. De acordo com Engels, foi nesse período que Marx aderiu às ideias socialistas. De Paris, Marx ajudou a editar uma publicação de pequena circulação chamada Vorwärts!, que contestava o regime político alemão da época. Por conta disto, Marx foi expulso da França em 1845 a pedido do governo prussiano. Migrou então para Bruxelas, para onde Engels também viajou. Entre outros escritos, a dupla redigiu na Bélgica o Manifesto comunista. Em 1848, Marx foi expulso de Bruxelas pelo governo belga. Junto com Engels, mudou-se para Colônia, onde fundam o jornal Nova Gazeta Renana. Após ataques às autoridades locais publicados no jornal, Marx foi expulso de Colônia em 1849. Até 1848, Marx viveu confortavelmente com a renda oriunda de seus trabalhos, seu salário e presentes de amigos e aliados, além da herança legada por seu pai. Entretanto, em 1849 Marx e sua família enfrentaram grave crise financeira; após superarem dificuldades conseguiram chegar a Paris, mas o governo francês proibiu-os de fixar residência em seu território. Graças, então, a uma campanha de arrecadação de donativos promovida por Ferdinand Lassalle na Alemanha, Marx e família conseguem migrar para Londres, onde fixaram residência definitiva. Trabalhou como correspondente em Londres para o New York Tribune onde declarou seu apoio público o governo de Abraham Lincoln durante a Guerra da Secessão. Deprimido pela morte de sua esposa em dezembro de 1881, Marx desenvolveu, em consequência dos problemas de saúde que suportou ao longo de toda a vida, bronquite e pleurisia, que causaram seu falecimento em 1883. Foi enterrado na condição de apátrida, no Cemitério de Highgate, em Londres. Em 1954, o Partido Comunista Britânico construiu uma lápide com o busto de Marx sobre sua tumba, até então de decoração muito simples. Na lápide, estão inscritos o parágrafo final do Manifesto Comunista ("Proletários de todos os países, 11 uni-vos!") e um trecho extraído das Teses sobre Feuerbach: "Os filósofos apenas interpretaram o mundo de várias maneiras, enquanto que o objetivo é mudá-lo." 2.1.1Influências Algumas das principais leituras e estudos feitos por Marx são: A filosofia alemã de Kant, Hegel e dos neo-hegelianos (como Ludwig Feuerbach e Moses Hess); O socialismo utópico (representado por Saint-Simon, Robert Owen, Louis Blanc e Proudhon); A economia política clássica britânica (representada por Adam Smith, David Ricardo e outros). Ele estudou profundamente todas essas concepções ao mesmo tempo em que as questionou e desenvolveu novos temas, de modo a produzir uma profunda reorientação no debate intelectual europeu. 2.1.2 Crítica ao Capitalismo Para Marx, as condições econômicas e a luta de classes são agentes transformadores da sociedade. A classe dominante nunca deseja que a situação mude, pois se encontra em uma situação muito confortável. Já os desfavorecidos têm que lutar pelos seus direitos e esta luta é que moveria a História, segundo Marx. Marx pensava que o triunfo do proletariado faria surgir uma sociedade sem classes. Isto seria alcançado pela união da classe trabalhadora organizada em torno de um partido revolucionário. Também defende a “mais valia” quando explica que o lucro do patrão é obtido a partir da exploração da mão de obra do trabalhador. 2.1.3 Socialismo Científico Ao elaborar uma teoria sobre as desigualdades sociais e propor uma forma para superá-las, Marx criou o que se denominou: "socialismo científico". 12 Contra a ordem capitalista e a sociedade burguesa, Marx considerava inevitável a ação política do operariado, a revolução socialista, que faria surgir uma nova sociedade. De início, seria instalado o controle do Estado pela ditadura do proletariado e a socialização dos meios de produção, eliminando a propriedade privada. Na etapa seguinte, a meta seria o comunismo, que representaria o fim de todas as desigualdades sociais e econômicas, incluindo a dissolução do próprio Estado. Em 1864, a fim de conjugar esforços, funda-se a "Associação Internacional dos Trabalhadores", em Londres, que ficou conhecida posteriormente como a Primeira Internacional. A entidade expandiu-se por toda a Europa, cresceu muito e acabou dividida, depois de um longo processo de dissidências internas. Em 1876, ele foi oficialmente dissolvida. 2.1.4 Influência do Filósofo idealista Hegel foi professor da Universidade de Jena, a mesma instituição onde Marx cursou o doutorado. E, em Berlim, Marx teve contato prolongado com as ideias dos Jovens Hegelianos (também chamados de "hegelianos de esquerda"). Os dois principais aspectos do sistema de Hegel que influenciaram Marx foram sua filosofia da história e sua concepção dialética. Para Hegel, nada no mundo é estático, tudo está em constante processo (vira-se); tudo é histórico, portanto. O sujeito desse mundo em movimento é o Espírito do Mundo (também chamado de Super alma ou Consciência Absoluta), que representa a consciência humana geral, comum a todos indivíduos e manifesta na ideia de Deus. A historicidade é concebida enquanto história do progresso da consciência da liberdade. As formas concretas de organização social correspondem a imperativos ditados pela consciência humana, ou seja, a realidade é determinada pelas ideias dos homens, que concebem novas ideias de como deve ser a vida social em função do conflito entre as ideias de liberdade e as ideias de coerção ligadas a condição natural ("selvagem") do homem. O homem se liberta progressivamente de sua condição de existência natural através de um processo de 13 "espiritualização" – reflexão filosófica (ao nível do pensamento, portanto) que conduz o homem a perceber quem é o real sujeito da história. Marx considerou-se um "hegeliano de esquerda" durante certo tempo, mas rompeu com o grupo e efetuou uma revisão bastante crítica dos conceitos de Hegel após tomarcontato com as concepções de Ludwig Feuerbach. Manteve o entendimento da história enquanto progressão dialética (ou seja, o mundo está em processo graças ao choque permanente entre os opostos; não é estático), mas eliminou o Espírito do Mundo enquanto sujeito ou essência, porque passou a compreender que a origem da realidade social não reside nas ideias, na consciência que os homens têm dela, mas sim na ação concreta (material, portanto) dos homens, portanto no trabalho humano. A existência material precede qualquer pensamento; inexiste possibilidade de pensamento sem existência concreta. Marx inverte, então, a dialética hegeliana, porque coloca a materialidade – e não as ideias – na gênese do movimento histórico que constitui o mundo. Elabora assim a e um conceito não desenvolvido por Marx que também costuma ser chamado de materialismo dialético). A mistificação por que passa a dialética nas mãos de Hegel não o impede de ser o primeiro a apresentar suas formas gerais de movimento, de maneira ampla e consciente. Em Hegel, a dialética está de cabeça para baixo. É necessária pô-la de cabeça para cima, a fim de descobrir a substância racional dentro do invólucro místico. — Karl Marx, em O Capital A respeito da influência de Hegel sobre Marx, escreveu Lenin que "é completamente impossível entender O Capital de Marx, e, em especial, seu primeiro capítulo, sem haver estudado e compreendido a fundo toda a lógica de Hegel." 2.1.5 Influência do Socialismo Utópico À época de Marx, "socialismo utópico" designava um conjunto de doutrinas diversas (e até antagônicas entre si) que tinham em comum, entretanto, duas características básicas: (1) a base determinante do comportamento humano residia na esfera moral/ideologia e (2) o desenvolvimento das civilizações ocidentais estava a permitir uma nova era onde iria imperar a harmonia social. 14 Marx criticou sagazmente as ideias dos socialistas utópicos (principalmente dos franceses, com os quais mais polemizou), acusando-os de muito romantismo ingênuo e pouca ou nenhuma dedicação ao estudo rigoroso da conjuntura social, pois os socialistas utópicos muito diziam sobre como deveria ser a sociedade harmônica ideal, mas nada indicavam sobre como seria possível alcançá-la plenamente. Além de criticar o socialismo utópico, ele também criticou o socialismo pequeno burguês, o "socialismo feudal" reacionário e o "socialismo conservador". Por outro lado, pode-se dizer que, de certa forma, Marx adotou – explícita ou implicitamente – algumas noções contidas nas ideias de alguns dos socialistas utópicos, como a noção de que o aumento da capacidade de produção decorrente da revolução industrial permite condições materiais mais confortáveis à vida humana ou ainda a noção de que as crenças ideológicas do sujeito lhe determinam o comportamento. É importante destacar uma diferença primordial: para os socialistas utópicos em geral, todo o comportamento humano é absolutamente determinado pela moral/ideologia, já para Marx, essa afirmação é parcialmente verdadeira, pois a moral/ideologia encontra-se submetida a uma outra condição anterior que lhe determina – a dimensão material da reprodução da existência. 2.1.6 Influência na Economia Política Clássica Marx empreendeu um minucioso estudo de grande parte da teoria econômica ocidental, desde escritos da Grécia antiga até obras que lhe eram contemporâneas. As contribuições que julgou mais fecundas foram as elaboradas por dois economistas políticos britânicos: Adam Smith e David Ricardo (tendo predileção especial por Ricardo, a quem chamava de "o maior dos economistas clássicos"). Na obra deste último, Marx encontrou conceitos – então bastante utilizados no debate britânico – que, após fecunda revisão e reelaboração, adotou em definitivo, como os de valor, divisão social do trabalho, acumulação primitiva e mais-valia. A avaliação do grau de influência da obra de Ricardo sobre Marx é bastante desigual. Estudiosos pertencentes à tradição neo-ricardiana tendem a considerar que existem poucas diferenças cruciais entre o pensamento econômico de um e outro; já estudiosos ligados à tradição marxista tendem a delimitar diferenças fundamentais entre eles. Apesar de Marx ter sido influenciado pelo utilitarismo radical de Jeremy Bentham na área econômica, ele admite que a sociedade possa dedicar parte de seu tempo a 15 atividades não produtivas depois de que ela tenha atingido seus objetivos econômicos. 2.17 Marxismo As reações dos operários aos efeitos da Revolução Industrial fez surgir críticos que propunham reformulações sociais. Eles sugeriam a criação de um mundo mais justo e foram chamados de teóricos socialistas. Entre os vários pensadores, o mais célebre teórico socialista foi o alemão Karl Marx, com passagem pela França e pela Inglaterra. Marx testemunhou as transformações sociais decorrentes da industrialização. 2.2 Teorias e Obras A teoria marxista é, substancialmente, uma crítica radical das sociedades capitalistas, mas é uma crítica que não se limita a teoria em si: Marx se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa. O marxismo constitui-se como a concepção materialista da História, longe de qualquer tipo de determinismo, mas compreendendo a predominância da materialidade sobre a ideia, sendo esta possível somente com o desenvolvimento daquela, e a compreensão das coisas em seu movimento, em sua inter- determinação, que é a dialética. Portanto, não é possível entender os conceitos marxianos — como forças produtivas ou capital — sem levar em conta o processo histórico, pois não são conceitos abstratos e sim uma abstração do real, tendo como pressuposto que o real é movimento. Karl Marx compreende o trabalho como atividade fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social. Sendo os homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e suas relações sociais fundam todo processo de formação da humanidade. Esta compreensão e concepção do homem é radicalmente revolucionária em todos os sentidos, pois é a partir dela que Marx irá identificar a alienação do trabalho como a alienação fundante das demais. E com 16 esta base filosófica é que Marx compreende todas as demais ciências, tendo sua compreensão do real influenciado cada dia mais a ciência por sua consistência. Segundo Marx, Hegel e seus seguidores criaram uma dialética mistificada, que buscava explicar a história mundial a partir da economia e como autodesenvolvimento da ideia absoluta. Em oposição aos filósofos idealistas e aos economistas clássicos, Marx propunha a investigação do desenvolvimento histórico das formas de produção e reprodução social, partindo do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada, sendo a classe dominante aquela que mantém poder sobre os meios de produção e a classe dominada a que se sujeita a dominante para obter os bens produzidos. O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção. Para Marx a crítica da religião é o pressuposto de toda crítica social, pois crê que as concepções religiosastendem a desresponsabilizar os homens pelas consequências de seus atos. Marx tornou-se reconhecido como crítico sagaz da religião devido a sentença que profere em um escrito intitulado Crítica da filosofia do direito de Hegel: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.” Em verdade, Marx se ocupou muito pouco em criticar sistematicamente a atividade religiosa. Nesse quesito ele basicamente seguiu as opiniões de Ludwig Feuerbach, para quem a religião não expressa a vontade de nenhum Deus ou outro ser metafísico: é criada pela fabulação dos homens. 2.2.1Frases do Karl Marx "Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo". 17 "A produção econômica e a organização social que dela resulta, necessariamente para cada época da história, constituem a base da história política e intelectual dessa época". "A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes". "Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado". "Sem sombra de dúvida, a vontade do capitalista consiste em encher os bolsos, o mais que possa. E o que temos a fazer não é divagar acerca da sua vontade, mas investigar o seu poder, os limites desse poder e o caráter desses limites". 3. MATEMÁTICO LEONHARD EULER 3.1 Biografia Leonhard Euller, matemático e físico que nasceu em uma cidade suíça chamada Basileia, em 15 de abril de 1707 e faleceu em São Petersburgo em 1783. Leonhard Euler, o maior matemático de todos os tempos, filho de Paul Euler e Margaret Brucker, teve duas irmãs mais novas, Anna Maria e Maria Magdalena, uma família tradicionalmente dedicada a pesquisas científicas. Ao completar um ano de idade seus pais mudaram-se para Riehen, perto de Basileia, cidade na qual passou maior parte da sua infância. O fascínio pela matemática foi desenvolvido desde cedo por meio das aulas que seu pai lhe dava. Ao completar idade de ir para a escola foi levado para Basileia para ficar com a sua avó. Na escola pouco aprendeu sobre Matemática. Portanto, o fascínio não aconteceu na escola, o gosto que tinha ganho pela disciplina levou-o a estudar sozinho diversos livros de Matemática e a ter lições às escondidas. Paul Euler, seu pai, que almejava a carreira de teólogo para o seu filho, colocou o jovem Leonhard na Universidade de Basileia para que pudesse seguir estudos de Teologia. Leonhard ingressou para a universidade em 1720, com 14 anos, para primeiro, adquirir instruções geral e só após obter estudos mais avançados. 18 Em 1723 recebeu o grau de Mestre em Filosofia. E neste mesmo ano dá início ao curso de Teologia, satisfazendo assim os desejos de seu pai. Porém, embora tendo sido um cristão devoto, nunca sentiu a mesma admiração pela Teologia como sentia pela Matemática. Neste sentido, ajudado por Jean Bernoulli, convenceu o seu pai a deixá-lo mudar para o curso de Matemática. Dessa, Euler recebeu uma instrução bastante sólida, pois, estudou, além de Matemática, Medicina, Astronomia, Física e Línguas Orientais. Em 1726 terminou os estudos na Universidade de Basileia. No ano seguinte foi indicado para o Grande Prêmio da Academia de Paris com uma produção sobre mastros de navios. Não garantiu o primeiro lugar, ficando com o segundo, posição esta que constituiu ao jovem matemático, um grande incentivo. Em 1735, por meio da resolução de um problema chamado “problema da Basileia”, Euler recebe fama mundial. Trata-se de somar a série infinita dos inversos dos quadrados. Johann Bernoulli tinha lutado com este problema durante décadas, tendo desafiado matemáticos de todo o mundo. Euler desenvolve assim um novo método analítico para lidar com o problema. Mas o seu método permite também somar todas as séries infinitas do mesmo tipo em que o expoente é um número par. Neste mesmo ano, Leonhard perdeu a visão de um olho, tendo como consequência um problema neurológico. A precocidade e a vivacidade de seus primeiros trabalhos despertaram o interesse dos principais matemáticos de sua época, como Jean Bernouilli e seus filhos, e converteram-no, aos vinte anos, em membro associado da Academia de Ciências de São Petersburgo, para onde se transferira. Por meio de livros e monografias que apresentou à Academia, Euler aprimorou os conhecimentos da época sobre cálculo integral, desenvolveu a teoria das funções trigonométrica e logarítmica e simplificou as operações relacionadas à análise matemática. Sua contribuição para a geometria analítica e para a trigonometria é comparável à de Euclides para a geometria plana. A tendência a expressar operações físicas e matemáticas em termos aritméticos incorporou-se desde então aos procedimentos das ciências exatas. Assim, durante os anos seguintes, Euler consegue transformar a Matemática e a Física. Em seis anos produz trabalhos fundamentais em teoria dos números, séries, cálculo de variações, mecânica, entre muitos outros. 19 Após ganhar, por duas vezes, o Grande Prêmio da Academia de Paris, Euler recebeu o convite de Frederico, o Grande para fazer parte da Academia de Ciências da Prússia, sediada em Berlim. Recusou o convite de início, mas, como a vida na Rússia para os estrangeiros não era fácil, Euler reconsiderou o pedido. Partiu de S. Petersburgo dia 19 de junho de 1741 e viveu 25 anos em Berlim, onde escreveu mais de 380 artigos. (A contribuição de Euler para a ciência matemática foi publicada em Berlim e teve como um de seus pilares a Introductio in analysim infinitorum (1748); Introdução à análise dos infinitos), obra que constitui um dos fundamentos da matemática moderna. Uma outra obra de suas maiores contribuições foi ao nível das *notações*: * (...) numa exposição manuscrita dos seus resultados, escrita provavelmente em 1727 ou 1728, Euler usou a letra e mais de uma dúzia de vezes para representar a base do sistema de logaritmos naturais. A Euler também se atribui o uso definitivo da letra grega p como notação para a razão da circunferência e para o diâmetro do círculo. Não foi o primeiro matemático a utilizá-la, pois há registro de outra ocorrência em 1706, mas foi o primeiro a reconhecer a sua importância e utilidade. A adopção do símbolo p por Euler em 1737, e mais tarde em seus muitos e populares livros de texto, que o tornou largamente conhecido e usado (Boyer, 1974, p. 326) A introdução do símbolo i para Ö (-1) foi mais uma notação adotada em 1777, quase no fim da sua vida. Euler como qualquer ser humano, tinha caído em desgraça junto de Frederico II, que lhe chamava “ciclope”, referência esta devido ao seu defeito físico. Desde 1735, Euler sofria de alguns problemas de saúde, como febres altas. Em 1738, veio a perdeu a visão do olho direito, devido ao excesso de trabalho. Mas tal infelicidade não diminuiu em nada a sua produção Matemática. Euler produzir trabalhos de diferentes gêneros, como por exemplo, material para livros-textos para as escolas russas. Geralmente escrevia em latim, mas também em francês, embora a sua língua de origem fosse o alemão. Tinha uma enorme facilidade para línguas, como bom suíço que era, o que lhe facilitava muito a vida nas diversas viagens que fazia, como era costume dos matemáticos do século XVIII. Em 1749, depois de 7 anos de trabalho e quase cem anos após a morte de Fermat, conseguiu provar a teoria de Fermat. 20 Em 1771, perdeu todos os seus manuscritos matemáticos, considerados seus verdadeiros bens, num incêndio na sua casa. No mesmo ano é operado às cataratas, o que lhe devolve a visão durante um breve período de tempo. Mas, por Euler não terá tomado os cuidados médicos necessários ficou completamente cego.Leonardo considerado um ser de auto superação, pois apesar dele ter tido uma doença visual, na qual veio a ficar cego nos seus últimos quatorze anos, de forma impressionante, continuou com seus projetos científicos, que contou com além da sua fabulosa memória, com a ajuda de várias pessoas, entre elas, filhos Albrecht Euler ajudou-o na publicação de um trabalho com 775 páginas sobre o movimento da Lua, em 1772 e Fuss ajudou-o a preparar mais de 250 artigos, durante 7 anos, tornando-se mais tarde seu assistente. Conseguiu produzir um número tão grande de artigos matemáticos, após a cegueira, que a Universidade onde trabalhava ficou quase 50 anos para publicar todo o material deixado por ele. Quando ele viu que estava ticando completamente cego Portanto, a sua cegueira não foi problema para as suas pesquisas e publicações que continuaram até 1783, quando, aos 76 anos faleceu subitamente enquanto tomava chá com um dos seus netos. Euler é considerado o matemático mais produtivo na história da Matemática. Seu legado é de um número assombroso de trabalhos sobre as mais diversas áreas, da Engenharia à Mecânica, da Óptica à Astronomia, da Música à Matemática (curvas, séries, cálculo de variações, cálculo infinitesimal, Geometria, Álgebra). Suas produções foram tantas que durante a sua vida que durante quase 50 anos depois da sua morte, os seus artigos continuaram a ser publicadas na Academia de S. Petersburgo. A lista bibliográfica das suas obras, incluindo itens póstumos, contém 886 títulos. A sua pesquisa Matemática chegava a ser, em média, de 800 páginas por ano, durante toda a sua vida. Jamais algum matemático terá superado a produção deste homem. Como tal, iremos referir somente algumas das contribuições de Leonard Euler para a ciência. 3.2 Ideias e Teorias de Leonhard Euler Euler trabalhou em quase todas as áreas da matemática: geometria, cálculo infinitesimal, trigonometria, álgebra e teoria dos números, bem como deu 21 continuidade na física newtoniana, teoria lunar e outras áreas da física. É uma figura seminal na história da matemática, e suas obras, muitas das quais são de interesse fundamental, ocupam entre 60 e 80 volumes. O nome de Euler está associado a um grande número de temas. Euler é o único matemático que tem dois números em homenagem a ele: O número e, aproximadamente igual a 2,71828, e a constante de Euler-Mascheroni γ (gama) por vezes referida apenas como "constante de Euler", aproximadamente igual a 0,57721. Não se sabe se γ é racional ou irracional. Euler introduziu e popularizou várias convenções de notação matemática através de seus numerosos e amplamente divulgados livros didáticos. Mais notavelmente, introduziu o conceito de uma função, e foi o primeiro a escrever f(x) para denotar a função f aplicada ao argumento x. Também introduziu a notação moderna para as funções trigonométricas, a letra e para a base do logaritmo natural (agora também conhecido como número de Euler), a letra grega Σ (sigma maiúsculo) para somatórios e a letra i para representar a unidade imaginária. O uso da letra grega π (pi) para designar a razão entre a circunferência de um círculo e o seu diâmetro também foi popularizado por Euler, embora não tenha se originado com ele. 3.2.1 Teoria dos números O interesse de Euler na teoria dos números pode ser atribuído à influência de Christian Goldbach, seu amigo na Academia de São Petersburgo. Muitos dos primeiros trabalhos de Euler na teoria dos números foram baseadas nas obras de Pierre de Fermat. Euler desenvolveu algumas das ideias de Fermat, e refutou algumas das suas conjeturas. Euler ligou a natureza da distribuição privilegiada, com ideias de análise. Conseguiu provar que a soma dos recíprocos dos primos divergem. Ao fazer isso, descobriu a conexão entre a função zeta de Riemann e os números primos, o que é conhecido como a fórmula do produto Euler para a função zeta de Riemann. Euler provou identidades de Newton, Pequeno teorema de Fermat, teorema de Fermat em somas de dois quadrados, e fez contribuições distintas ao Teorema de Fermat-Lagrange. Inventou também a função φ totiente (n). Usando as propriedades desta função, generalizou o teorema de Fermat ao que é hoje conhecido como o teorema de Euler. Contribuiu de forma significativa para a teoria dos números perfeitos, que havia fascinado os matemáticos desde Euclides. Euler 22 também conjeturou a lei da reciprocidade quadrática. O conceito é considerado como um teorema fundamental da teoria dos números, e suas ideias pavimentaram o caminho para o trabalho de Carl Friedrich Gauss. 3.2.2 Teoria dos grafos O mapa de Königsberg na época de Euler mostrando a disposição atual das sete pontes, destacando o rio Pregel e suas pontes. Em 1736, Euler resolveu o problema conhecido como sete pontes de Königsberg. A cidade de Königsberg, Prússia, foi construída no rio Pregel, e incluiu duas grandes ilhas que estavam conectadas entre si e ao continente por sete pontes. O problema era o de decidir se é possível seguir um caminho que atravessa cada uma das pontes exatamente uma vez e retornar ao ponto de partida. Esta solução é considerada como sendo o primeira teorema da teoria dos grafos, especificamente da teoria gráfica planar. Euler também descobriu a fórmula V - E + F = 2 relacionando o número de vértices, arestas e faces de um poliedro convexo e, portanto, de um grafo planar. A constante nesta fórmula é agora conhecida como a característica de Euler para o gráfico (ou objeto de cálculo), e está relacionada ao gênero do objeto. O estudo e generalização desta fórmula foram, especificamente através de Augustin-Louis Cauchy, Simon Antoine Jean L'Huillier, estando na origem da topologia. 3.2.3 Matemática aplicada Alguns dos maiores sucessos de Euler foram na resolução de problemas do mundo real analiticamente, e em descrever inúmeras aplicações do números de Bernoulli, série de Fourier, diagramas de Venn, os números de Euler, as 23 constantes e e pi, frações contínuas e integrais. Integrou cálculo diferencial de Leibniz com o de Newton, e as ferramentas que tornaram mais fácil de aplicar o cálculo de problemas físicos desenvolvidos. Fez grandes progressos na melhoria da aproximação numérica de integrais, inventando o que hoje é conhecido como aproximações de Euler. As mais notáveis dessas aproximações são o método de Euler e a fórmula de Euler. Também facilitou o uso de equações diferenciais, em particular, a introdução da constante de Euler-Mascheroni. Um dos interesses mais incomuns de Euler foi a aplicação de ideias matemáticas na música. Em 1739, escreveu o Tentamen novae theoriae musicae, na esperança de, eventualmente, incorporar a teoria musical como parte da matemática. Esta parte de seu trabalho, no entanto, não recebeu grande atenção e já foi descrita como muito matemática para músicos e demasiado musical para matemáticos. 3.2.4 Ângulos de Euler Em 1765, em seu livro "A Teoria do movimento dos corpos sólidos", Euler matematicamente descreveu a cinemática de um corpo rígido de tamanho finito. Introduziu na matemática o teorema de Euler de ângulos de rotação. Seu nome também é usado na fórmula de cinemática da distribuição de velocidade em um sólido, conhecido como as equações (Euler - Poisson), dinâmica de corpo rígido, um dos três casos gerais integráveis no problema da dinâmica de um corpo rígido com um ponto fixo. Euler generalizou o princípio da mínima ação, um conjunto bastante confuso e apontou para a sua importância fundamental na mecânica. Infelizmente, não revelou a natureza do princípio variacional, mas, no entanto, atraiu a atenção de físicos, que mais tarde descobriram que o seu papel fundamental na natureza era válido. Euler trabalhou no campo da mecânica celeste. Lançou as bases da teoria de perturbações, mais tarde completadas por Pierre Simon Laplace,e desenvolveu uma teoria muito precisa do movimento da Lua. Esta teoria provou ser adequada para resolver o problema urgente de determinar a longitude no mar. 3.3 Principais obras de Euler nesta área: "A teoria do movimento da Lua", 1753. 24 "A teoria do movimento dos planetas e cometas" (latim Theoria motus Planetarum et cometarum), 1774. "A nova teoria do movimento da Lua", 1772. Euler estudou o campo gravitacional não só esférico, mas os corpos elipsoidais, o que representa um significativo passo em frente. 3.3.1 Euler e d'Alembert O trabalho entre Euler e d'Alembert sempre convergiu no mesmo sentido. Os seus interesses eram quase os mesmos, apesar de ter havido alguma controvérsia entre eles sobre o problema das membranas vibrantes, em 1757, cuja solução da equação de Bessel, Euler conseguiu obter, o que ocasionou um afastamento. Mas, com a teoria dos números houve um grande apoio por parte de d’Alembert a Euler. A contribuição de Euler para a teoria dos logaritmos não se restringiu à definição de expoentes, como usamos hoje. Trabalhou, também, no conceito de logaritmo de números negativos. Enquanto se mantinha ocupado a pesquisar matemática em Berlim, d’Alembert pesquisava em Paris. Em 1747, Euler escreveu a este matemático explicando corretamente a questão dos logaritmos dos números negativos. Mas ao contrário do que seria de se esperar, a fórmula formulada por Euler, válida para qualquer ângulo (em radianos), não foi compreendida por Bernoulli nem por d'Alembert pois, para estes, os logaritmos de números negativos eram reais, o que não é verdade já que se tratam de números imaginários puros. Através da sua identidade – mais tarde conhecida como Igualdade de Euler – é possível observar que os logaritmos de números complexos, reais ou imaginários, também são números complexos. Usando as identidades de Euler é também possível expressar quantidades como sen(1 + i) ou cos(i), na forma usual para números complexos. Desta maneira, vê-se que ao efetuar operações transcendentes elementares sobre os números complexos, os resultados são números complexos. Assim sendo, Euler foi capaz de demonstrar que o sistema de números complexos é fechado sob as operações transcendentes elementares, enquanto d’Alembert sugerira que o sistema de números complexos era algebricamente fechado. 25 3.3.2 Euler e Fermat Tanto Fermat como Euler sentiram-se bastante interessados pela teoria dos números. Embora não haja qualquer livro sobre este assunto, Euler escreveu cartas e artigos sobre vários aspetos desta teoria. Entre elas encontram-se as conjeturas apresentadas por Fermat, que foram derrubadas por Euler. Duas dessas conjeturas foram: Os números da forma 22n + 1 são sempre primos; Se p é primo e a um inteiro, então ap – a é divisível por a. A primeira foi derrubada em 1732 com o auxílio do seu domínio em computação, evidenciando que 225 + 1 = 4294967297 é fatorizável em 6700417 * 641. No entanto, no recurso a um contra-exemplo para deitar por terra a segunda conjetura, Euler também errou, apesar do erro só ter sido descoberto em 1966, dois séculos depois e com o auxílio de um computador. Euler também realizou a demonstração de uma conjetura bastante conhecida, denominada como Pequeno teorema de Fermat. Tal demonstração foi apresentada numa publicação em 1736, denominada Commentarii. Posteriormente, demonstrou uma afirmação mais geral do Pequeno teorema de Fermat, que veio a chamar-se Função de Euler. Mas, contrariando o que seria esperado, Euler não foi capaz de demonstrar o Último Teorema de Fermat, embora provasse a impossibilidade de soluções inteiras de xn + yn = zn para n = 3. Em 1747, definiu mais 27 números amigáveis, que se juntaram aos três já conhecidos por Fermat. Mais tarde aumentou o número para 60. Euler também provou que todos os números perfeitos pares são da forma dada por Euclides, 2n- 1(2n – 1), onde 2n – 1 é primo. Se existe ou não um número ímpar perfeito foi uma questão levantada por Euler e Goldbach, através de correspondência, ainda hoje sem resposta. 4. FÍSICO WERNER KARL HEISENBERG 4.1 Biografia Werner Karl Heisenberg nasceu em 05 de dezembro de 1901, na cidade de Würzburg, na Alemanha. Foi um famoso físico ganhador de Prêmio Nobel. 26 Heisenberg iniciou o curso de física em 1920, em Munique. Um de seus professores, Arnold Sommerfeld, levou-o a Copenhague em 1922, para assistir a uma série de conferências de Niels Bohr. Durante uma palestra, Heisenberg pediu a palavra e expôs algumas de suas ideias, que o físico experiente não conseguiu rebater. Após a conferência, Bohr e Heisenberg tornaram-se amigos. Heisenberg estava disposto a derrubar as bases da física clássica e erguer os fundamentos da física quântica. Após se formar, Heisenberg foi realizar seus estudos de pós- graduação em Göttingen e tornou-se assistente de Max Born, que anunciara a necessidade de se formula a mecânica quântica para a explicação dos fenômenos atômicos. Em 1925, Heisenberg desenvolveu a mecânica matricial, o que constituiu o primeiro desenvolvimento da mecânica quântica. Dois anos depois passou a ensinar física na Universidade de Leipzig, onde enunciou o Princípio da Incerteza ou Princípio de Heisenberg, segundo o qual é impossível medir simultaneamente e com precisão absoluta a posição e a velocidade de uma partícula. Em 1932, Heisenberg recebeu o prêmio Nobel de Física pela "criação da mecânica quântica, cuja aplicação possibilitou, entre outras, a descoberta das formas alotrópicas do hidrogênio". De 1942 a 1945, dirigiu o Instituto Max Planck em Berlim. Durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou com Otto Hahn, um dos descobridores da fissão nuclear, no projeto de um reator nuclear. Durante toda sua vida Heisenberg lutou para que a energia nuclear não fosse utilizada com finalidades bélicas. Werner Heisenberg organizou e dirigiu o Instituto de Física e Astrofísica de Göttingen. Em 1958, o Instituto de Física e Astrofísica foi mudado para Munique, onde o cientista se concentrou na pesquisa sobre a teoria das partículas elementares, fez descobertas sobre a estrutura do núcleo atômico, da hidrodinâmica das turbulências, dos raios cósmicos e do ferromagnetismo. Alguns cientistas, como Einstein, rejeitaram as ideias do físico, que romperam em grande parte os princípios da física newtoniana. O princípio da incerteza ou, "princípio de Heisenberg", utilizando fartamente o cálculo estatístico, além de mecanismos desenvolvidos para a comprovação de suas teorias, abriu um novo campo não só para a física, mas para a teoria do conhecimento. 27 4.2 Ideias e Teorias de Heisenberg 4.2.1 O Princípio da Incerteza O Princípio da Incerteza de Heisenberg é uma das ideias mais famosas (e provavelmente uma das mais incompreendidas) na física. Diz esse princípio físico que há um limite fundamental para o que podemos saber sobre o comportamento das partículas quânticas e, portanto, as menores escalas da natureza. Dessas escalas, o máximo que podemos esperar é calcular probabilidades de onde as coisas estão e como elas se comportarão. Ao contrário do universo de relógios de Isaac Newton, onde tudo segue leis claras sobre como se mover (e fazer previsão é fácil se você conhece as condições iniciais), o princípio da incerteza consagra um nível de confusão na teoria quântica. A ideia simples de Werner Heisenberg nos diz por que os átomos não implodem, como o sol consegue brilhar e, estranhamente, que o vácuo do espaço realmente não está vazio. Heisenberg estava trabalhando com as implicações da teoria quântica, uma estranha nova maneira de explicar como os átomos comportaram-se, que tinha sido desenvolvida por alguns físicos, incluindo Niels Bohr, Paul Dirac e Erwin Schrodinger, durante a década anterior. Entre suas muitas ideias contra intuitivas, a teoria quântica propôs que a energianão era contínua, mas em vez disso vem em pacotes discretos (quanta) e que a luz poderia ser descrita como uma onda e um fluxo desses quanta. Ao desenvolver essa cosmovisão radical, Heisenberg descobriu um problema no modo como as propriedades físicas básicas de uma partícula em um sistema quântico podiam ser medidas. Em uma de suas cartas regulares a um colega, Wolfgang Pauli, ele apresentou os indícios de uma ideia que desde então se tornou uma parte fundamental da descrição quântica do mundo. O princípio da incerteza diz que não podemos medir a posição (x) e o momentum (p) de uma partícula com precisão absoluta. Quanto mais precisamente conhecemos um desses valores, menos sabemos exatamente o outro. Multiplicando os erros nas medições destes valores (os erros são representados pelo símbolo do triângulo na frente de cada propriedade, a letra grega delta) tem que dar um número maior ou igual à metade de uma constante chamada “h-barra”. Isto é, igual à constante de Planck (normalmente escrito como h) dividido por 2π. A constante de Planck é um número importante na teoria quântica, uma forma de medir a granularidade do mundo em suas menores escalas e tem o valor 6.626 x 10-34 joule 28 segundos. Uma maneira de pensar sobre o princípio da incerteza é como uma extensão de como vemos e medimos as coisas no mundo cotidiano. Você pode ler essas palavras porque partículas de luz, os fótons, ressaltaram da tela ou papel e atingiram seus olhos. Cada fóton nesse caminho traz consigo algumas informações sobre a superfície da qual ele saltou, à velocidade da luz. Ver uma partícula subatômica, como um elétron, não é tão simples. Você pode similarmente fazer um fóton saltar para fora dele e esperar, então, detectar esse fóton com um instrumento. Mas as chances são que o fóton vai transmitir algum momentum para o elétron quando ele bate nele e muda o caminho da partícula que você está tentando medir. Ou então, dado que as partículas quânticas muitas vezes se movem tão rápido, o elétron pode não estar mais no lugar onde estava quando o fóton originalmente saltou dele. De qualquer maneira, sua observação de posição ou momentum será imprecisa e, mais importante, o ato de observação afeta a partícula que está sendo observada. O princípio da incerteza está no cerne de muitas coisas que observamos, mas não podemos explicar usando a física clássica (não quântica). Tomemos átomos, por exemplo, onde elétrons negativamente carregados orbitam um núcleo positivamente carregado. Pela lógica clássica, poderíamos esperar que as duas cargas opostas se atraíssem, levando tudo a colapsar em uma bola de partículas. O princípio da incerteza explica por que isso não acontece: se um elétron se aproximar muito do núcleo, então sua posição no espaço seria precisamente conhecida e, portanto, o erro em medir sua posição seria minúsculo. Isso significa que o erro na medição de seu momentum (e, por inferência, sua velocidade) seria enorme. Nesse caso, o elétron poderia estar se movendo rápido o suficiente para sair completamente do átomo. A ideia de Heisenberg também pode explicar um tipo de radiação nuclear chamada decaimento alfa. As partículas alfas são dois prótons e dois nêutrons emitidos por alguns núcleos pesados, como o urânio-238. Normalmente, estes são ligados dentro do núcleo pesado e precisaria de muita energia para romper as ligações que os mantêm no lugar. Mas, como uma partícula alfa dentro de um núcleo tem uma velocidade muito bem definida, sua posição não é tão bem definida. Isso significa que há uma chance pequena, mas não zero, de que a partícula possa, em algum ponto, encontrar-se fora do núcleo, embora tecnicamente não tenha energia suficiente para escapar. Quando isso acontece — um processo 29 metaforicamente conhecido como “tunelamento quântico”, porque a partícula que escapa tem que cavar seu caminho de alguma forma através de uma barreira de energia sobre a qual ela não pode saltar — a partícula alfa escapa e vemos a radioatividade. Um processo semelhante de tunelamento quântico acontece, no sentido inverso, no centro do nosso sol, onde os prótons se fundem e liberam a energia que permite que a nossa estrela brilhe. As temperaturas no núcleo do Sol não são altas o suficiente para que os prótons tenham energia suficiente para superar sua repulsão elétrica mútua. Mas, graças ao princípio da incerteza, eles podem abrir caminho através da barreira energética. Talvez o resultado mais estranho do princípio da incerteza seja aquele sobre os vácuos. Vácuos são muitas vezes definidos como a ausência de tudo. Mas não é assim na teoria quântica. Existe uma incerteza inerente na quantidade de energia envolvida nos processos quânticos e no tempo que leva para que esses processos aconteçam. Em vez de posição e momentum, a equação de Heisenberg também pode ser expressa em termos de energia e tempo. Novamente, quanto mais restrita for uma variável, menor será a restrição da outra. Portanto, é possível que, por períodos de tempo muito, muito curtos a energia de um sistema quântico possa ser altamente incerta, tanto que as partículas podem surgir no vácuo. Essas “partículas virtuais” aparecem em pares — um elétron e seu par de antimatéria, o pósitron, dizem — por um curto tempo e depois se aniquilam. Isso está mais que justificado pelas leis da física quântica, desde que as partículas só existam fugazmente e desapareçam quando seu tempo acabar. A incerteza, então, não é motivo de preocupação na física quântica e, de fato, não estaríamos aqui se esse princípio não existisse. Em 1970, pediu demissão do Instituto e morreu de câncer, no dia 01 de fevereiro de 1976. Apesar de ter provocado desavenças com grandes físicos ao longo de sua carreira, deixou bons amigos que organizaram uma procissão de velas acesas até a porta de sua casa no dia de seu falecimento. Seu biógrafo, David Cassidy, escreveu que Heisenberg se tornou um dos grandes físicos do século XX e, também, um dos mais controvertidos. Heisenberg continuou na Alemanha durante a ocupação nazista. Até hoje, paira a dúvida sobre sua real posição: contra ou a favor de Hitler. 30 Werner Heisenberg, extraordinário físico, excepcional pesquisador. Físico teórico alemão, recebeu o Nobel de Física de 1932 “pela criação da mecânica quântica, cujas aplicações levaram à descoberta, entre outras, das formas alotrópicas do hidrogênio”. 5. IMPACTOS PRODUZIDOS, PELAS PROPOSTAS DOS PERSONAGENS ESCOLHIDAS NA SOCIEDADE DE SUA ÉPOCA E NOS TEMPOS ATUAIS. Por uma série de fatores estamos sendo influenciados no decorrer da história e moldando a forma de como vivemos. O que somos e temos hoje é fruto do trabalho e dedicação daqueles que vieram antes de nós, que se empenharam, ousaram realizar seus sonhos e deixar a sua marca na história, os personagens citados aqui nesse trabalho tiveram papel fundamental dentre outros tantos que existiram, mudando o mundo de forma significativa através de suas criações e atitudes que causaram impactos e até hoje nos tempos atuais vem contribuindo para a evolução e o avanço da sociedade em diversos setores de forma distinta. 31 As ideias de Marx tiveram um profundo impacto na política mundial e pensamento intelectual. Do ponto de vista acadêmico, a obra de Marx contribuiu para o nascimento da sociologia moderna e ele tem sido citado como um dos três mestres da escola cínica do século XIX, ao lado de Nietzsche e Freud e como um dos três principais arquitetos da ciência social moderna juntamente com Émile Durkheim e Max Weber. Euler trabalhou nas áreas da matemática como geometria, cálculo infinitesimal, trigonometria, álgebra e teoria dos números, bem como deu continuidade na física newtoniana, teoria lunar e outras áreas da física. O nome de Euller está associado a um grande número de temas, ele é o único matemático que tem doisnúmeros em sua homenagem, também é o matemático mais produtivo da história, publicou diversos artigos, criou funções, revolucionou á matemática de uma forma inigualável, suas obras ocupam entre 60 e 80 volumes. E através de seus conhecimentos que muitos físicos puderam desenvolver formulas que tiveram êxito em assuntos complicados de se resolverem. Heisenberg recebeu o Nobel de física pela criação da mecânica quântica, a suas descobertas a princípio foi contestada por grandes físicos na época, mas a cada dia que passa se tornando uma necessidade de toda sociedade, ele se concentrou na pesquisa sobre a teoria das partículas elementares fazendo descobertas sobre a estrutura do núcleo atômico, como os átomos interagem, dentre outros, foi através disso tudo que nos possibilitou nesse grande avanço tecnológico mundial em diversos setores da sociedade e que tem nos levado numa velocidade espantosa para um futuro que há algumas décadas parecia impossível, abrindo em si um leque de possibilidades no meio cientifico. 32 6. CONCLUSÃO Este trabalho vem corroborar para o enriquecimento de nossa formação acadêmica, através de diferentes ciências – A Filosofia, a Matemática, a Física e o Pensamento Científico – que convergem, gerando uma nova mentalidade para um agir, ponderado nas melhores soluções no âmbito da Engenharia Civil. Conhecendo alguns modelos de pensamento que influenciaram a nossa sociedade em vários aspectos, sejam eles positivos ou negativos, sempre nos fazem pensar, refletir e analisar quais aspectos é preciso ponderar. Estudantes da área de exatas tendem a uma maior racionalização. Precisamos compreender de certa forma a pessoa humana, e assim sermos capazes de estabelecer uma relação com o outro e com nós mesmos. Buscando administrar adequadamente as situações, necessidades e projetos entregues a nós, buscando adequá-las de maneira eficiente e justa. Lembrando sempre de analisar os hábitos da sociedade, sob as diversas expressões. 33 7. REFERÊNCIAS Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx>. Acesso em 22 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biografias/karl-marx/>. Acesso em 22 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/karl-marx/>. Acesso em 22 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/karl_marx_quem_foi_ideologia_comunista/>. Acesso em 22 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/leonhard_euler/>. Acesso em: 25 de abril de 2019. Disponível em: <http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/euler.htm>. Acesso em: 25 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/leonhard-euler>. Acesso em: 25 de abril de 2019. Disponível em: ,<https://socientifica.com.br/2017/02/o-que-e-o-principio-da-incerteza- de-heisenberg/>. Acesso em: 28 de abril de 2019. Disponível em: <https://universoracionalista.org/heisenberg-filosofo-da-mecanica- quantica/>. Acesso em: 28 de abril de 2019. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/biografias/werner-karl-heisenberg.htm>. Acesso em: 28 de abril de 2019. 34 8. ANEXO 8.1 Análise da função Princípio da Incerteza
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