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Aula 01-02 - Sistema - Conceito Tributo

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Apresentação
Sistema Tributário
Conceito de Tributo
Professor Doutor Eduardo Tognetti
eduardo.tognetti@fmu.br
Apresentar a sistemática de aula. 
Traçar o histórico e as principais linhas do sistema tributário. 
Delimitar o objeto da matéria (conceito de tributo).
I. Objetivo
Apresentação do professor
Sistemática da matéria 
Bibliografia do curso
Histórico do direito tributário
Sistema tributário – linhas gerais
Federalismo brasileiro
Princípios Tributários
Imunidades Tributárias
Conceito de tributo
II. Roteiro
1) Apresentação do Professor
Eduardo Tognetti
Pós doutorando pela USP.
Doutor e Mestre pela USP na área de direito do Estado.
Especialista em direito administrativo pela PUC/SP. MBA em Direito da Economia e da Empresa pela FGV/RJ.
Graduado pela PUC/RJ.
Advogado em empresa estatal desde 1998.
Consultor do escritório Tognetti Advocacia.
2) Sistemática da matéria
Sistema de fichas de aula
Disponibilidade: Dropbox/Blackboard
Tema / Objetivo / Roteiro
Bibliografia indicada: textos indicados para estudo
Bibliografia suplementar: aprofundamento
Questões de provas
Faltas
Avaliação
3) Bibliografia do curso
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 27. ed. São Paulo : Saraiva, 2016.
COSTA, Regina Helena. Curso de direito tributário. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
ABRAHAM, Marcus. Curso de direito tributário brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2018. 
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário. Rio de Janeiro: Processo, 2018.
3) Bibliografia do curso
SHOUERI, Luis Eduardo. Direito tributário. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
Antecedentes: 
Magna Carta – 1215
Imposta pelos barões feudais ao Rei João Sem Terra da Inglaterra
4) Histórico do direito tributário
4) Histórico do direito tributário
Estado Patrimonial 
Estado Liberal 
Estado Intervencionista 
Estado do bem-estar social 
Estado Fiscal
SEC. XVI – XVII SEC.XVIII e XIX 1914 1950 1990 
5) Sistema tributário – linhas gerais
Fazenda Pública
$$ Receitas Públicas $$$
Serviços Públicos
5) Sistema tributário – linhas gerais
Receitas Públicas
Patrimônio estatal
Patrimônio dos particulares
Ingressos temporários
5) Sistema tributário – linhas gerais
Processos de financiamento do Estado:
extorquir outros povos ou receber doações voluntárias destes; 
obter rendas produzidas pelos bens e empresas do Estado;
cobrar tributos ou penalidades; 
tomar empréstimos; 
fabricar dinheiro. 
BALEEIRO, Aliomar. Uma introdução à ciência das finanças. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. p. 147-148.
5) Sistema tributário – linhas gerais
“A despesa e a receita são duas faces da mesma moeda, as duas vertentes do mesmo orçamento. Implicam-se mutuamente e devem se equilibrar”
TORRES, Ricardo Lobo. Curso de direito financeiro e tributário. 19. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2013. p. 9.
5) Sistema tributário – linhas gerais
Minute Paper:
Qual a relação entre o tributo e a liberdade ?
Existiria tributo em um Estado absolutista ?
6) Federalismo brasileiro
UNIÃO FEDERAL
ESTADOS
MUNICÍPIOS
AUTONOMIA: Administrativa, Legislativa e Fiscal
6) Federalismo brasileiro
UNIÃO FEDERAL
ESTADOS
MUNICÍPIOS
Não há hierarquia, mas divisão de competências
6) Federalismo brasileiro
UNIÃO FEDERAL: 
IR, IPI, IOF, ITR, CIDE Combustíveis, INSS, Taxa de emissão de passaporte...
ESTADOS:
ICMS, IPVA, ITCMD, taxas de fiscalização...
MUNICÍPIOS:
IPTU, ISS, ITBI, Taxa de lixo...
7) Princípios Tributários
Princípios Constitucionais
(Legalidade, Capacidade contributiva, etc)
Leis tributárias
7.1) O que são os princípios ?
Elevado grau de generalidade e abstração:
os princípios caracterizam-se pelo grau de generalidade, por serem “amplos, gerais ou inespecíficos, no sentido de que uma série de normas distintas poderia frequentemente ser apontada como manifestações ou exemplos de um único princípio”.
HART, Herbert Lionel Adolphus. O conceito de direito. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 335.
7.1) O que são os princípios ?
Aproximação da moral:
“denomino ‘princípio’ um padrão que deve ser observado, não porque vá promover ou assegurar uma situação econômica, política ou social considerada desejável, mas porque é uma exigência de justiça ou equidade ou alguma outra dimensão da moralidade”.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 36.
7.1) O que são os princípios ?
Aspecto qualitativo:
“Os princípios são mandados de otimização, que estão caracte-rizados pelo fato de que podem ser cumpridos em diferentes
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 90.
graus e cuja medida devida de cumprimento não só depende das possibilidades reais, mas também das jurídicas. (...) Por outro lado, as regras são normas que só podem ser cumpridas ou não. (...) Toda norma ou é uma regra ou um princípio”.
7.2) Princípios e valores
LIBERDADE 
Não confisco
Mínimo existencial
Liberdade de tráfego
Ampla defesa
IGUALDADE
Isonomia
Capacidade contributiva
Progressividade
Seletividade
SEGURANÇA
Legalidade
Tipicidade
Irretroatividade
Anterioridade
7.3) Legalidade
Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
7.3) Legalidade
Código Tributário Nacional:
Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, (...);
7.3) Legalidade
Exceções:
Tributos que têm caráter extrafiscal, expressamente previstos na Constituição Federal.
Além de fonte de recursos públicos, buscam regular a economia.
Aumento e redução destes tributos pode ser por norma infralegal.
7.3) Legalidade
Constituição Federal:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
(...)
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
(...)
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
7.3) Legalidade
Constituição Federal:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
(...)
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
(...)
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
7.3) Legalidade
Combustíveis: para “redução e restabelecimento de alíquotas” :
1) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE): CF art. 177, § 4º, I, b, 
2) ICMS-Combustíveis: convênio do Confaz: CF art. 155, § 4º, IV, c e § 5º.
7.3) Legalidade
Regra geral: Lei ordinária
Exceção: Lei Complementar para a criação de: 
Empréstimos Compulsórios (art. 148, CF/88); 
Novos impostos não previstos para a União (art. 154, I, CF/88);
Novas Contribuições Sociais de seguridade social não previstas (art. 195, § 4º, CF/88); 
Imposto sobre Grandes Fortunas (art. 153, VII, CF/88).
7.3) Legalidade
Medida Provisória:
Possibilidade prevista na CF:
Art. 62. (...) § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foieditada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
7.4) Tipicidade
Código Tributário Nacional:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
(...)
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, (...) , 
e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo 
e da sua base de cálculo, (...);
7.4) Tipicidade
Proibição de analogia: 
CTN: Art. 108. (...) § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
Tipos abertos e fechados: empregados usualmente pela legislação: “bens imprestáveis”, “despesas razoáveis”, etc.
7.5) Irretroatividade
Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;.
7.5) Irretroatividade
Código Tributário Nacional:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
quando deixe de defini-lo como infração;
...
7.5) Irretroatividade
...
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
7.6) Anterioridade
Art. 150. (...) é vedado (...)
III - cobrar tributos: (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003).
7.6) Anterioridade
1º Jan
2017
1º Jan
2018
Lex
Anterioridade ordinária: Imposto de Renda, base de cálculo de IPVA e IPTU.
7.6) Anterioridade
Lex
90 DIAS
Anterioridade nonagesimal: IPI, CIDE combustíveis e ICMS combustíveis.
7.6) Anterioridade
1º Jan
2017
1º Jan
2018
Lex
90 DIAS
Anterioridade plena: cumulativamente as anteriores
7.6) Anterioridade
Não é aplicável a: II e IE, IOF, empréstimo compulsório (calamidade e guerra) e Imposto extraordinário de guerra.
Anterioridade não é o mesmo que anualidade !
7.7) Isonomia
Constituição Federal:
Art. 150(...) é vedado (...):
(...)
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;.
7.8) Capacidade contributiva
Constituição Federal:
Art. 145. (...)
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte..
7.8) Capacidade contributiva
Para Klaus Tipke, a capacidade contributiva aponta que os fatos geradores dos tributos devem corresponder a exteriorização da riqueza, seja na seu recebimento (renda), no estoque (patrimônio) e no seu gasto (consumo).
TIPKE, Klaus. Steuerrecht. 18ª ed. Colônia: Otto Schmidt Verlag, 2005. p. 93 e seg.
7.9) Progressividade
Informa que, na medida em que aumenta o valor da base de cálculo, deve aumentar também a alíquota.
7.9) Progressividade
Previsto expressamente na Constituição Federal para o IR, IPTU (a partir da Emenda Constitucional nº 29/2000) e ITR, mas poderia ser aplicável a qualquer outro por decorrência do princípio da capacidade contributiva, segundo alguns autores
STF Súmula nº 656: “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel”.
7.10) Seletividade
Constituição Federal:
Art. 155. (...) 
§ 2º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;.
7.10) Seletividade
Constituição Federal:
Art. 153. (...) 
§ 3º O imposto previsto no inciso IV [IPI]:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
7.10) Seletividade
Seletividade em razão da essencialidade:
Quais os produtos que devem ter uma alíquota maior em razão da sua essencialidade?
Será que a legislação de ICMS vem observando o princípio da seletividade ?
 
7.11) Não confisco
Constituição Federal:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado (...):
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;”
Inexistência de um critério objetivo para definir o caráter confiscatório do tributo.
7.11) Não confisco
(...) admite-se a tributação exacerbada, por razões extrafiscais e em decorrência do poder de polícia (gravosidade que atinge o próprio direito de propriedade); o direito de propriedade outrora intocável não o é mais. A Constituição o garante, mas subordina a garantia à função social da propriedade (ao direito de propriedade causador de disfunção social, retira-lhe a garantia).
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Comentários à Constituição de 1988: sistema tributário. 6º ed. Rio de Janeiro: Forense, 1996. p. 330.
7.12) Mínimo existencial
“há um direito às condições mínimas de existência humana digna que não pode ser objeto de incidência fiscal e que ainda exige prestações positivas do Estado.”
TORRES, Ricardo Lobo. O mínimo existencial e os direitos fundamentais. Revista de Direito Administrativo, n. 177, jul./set. 1989. p. 29-49.
7.13) Liberdade de tráfego
Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado (...):
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;.
7.13) Liberdade de tráfego
STF ADI nº 800/RS (11/06/2014): o pedágio não é tributo, mas remuneração pelo uso da via ou prestação de serviço adicional.
7.14) Ampla defesa
Constituição Federal:
Art. 5º. (...)
 LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
8) Imunidades tributárias
“constituem limitações constitucionais ao poder de tributar do Estado que desoneram certas pessoas e situações do pagamento de tributos, buscando evitar restrições de natureza fiscal a valores relevantes reconhecidos pelo ordenamento constitucional.”
ABRAHAM, Marcus. Curso de direito tributário brasileiro. Rio de Janeiro : Forense, 2018. 
Disponível em Minha Biblioteca on Line.
8) Imunidades tributárias
8.1) Imunidades x Isenções
Imunidades: (próprias) referem-se a situações reconhecidas pela Constituição de ausência de poder de tributar por violação de princípios e direitos fundamentais.
Isenções: exclusão da tributação por decisão legislativa, dentro da competência tributária do ente público.
Imunidade imprópria: isenção contida na Constituição Federal. 
8) Imunidades tributárias
8.2) Imunidade recíproca
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, rendaou serviços, uns dos outros;
8) Imunidades tributárias
8.2) Imunidade recíproca
(...)
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade de templos
Art. 150. (...)
VI - instituir impostos sobre: (...)
b) templos de qualquer culto;
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade dos partidos políticos, sindicatos e instituições educacionais e assistenciais
Art. 150. (...)
VI - instituir impostos sobre: (...)
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade dos partidos políticos, sindicatos e instituições educacionais e assistenciais
CTN:
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade dos partidos políticos, sindicatos e instituições educacionais e assistenciais
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade dos partidos políticos, sindicatos e instituições educacionais e assistenciais
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade dos partidos políticos, sindicatos e instituições educacionais e assistenciais
8) Imunidades tributárias
8.4) Imunidade de templos
Art. 150. (...)
VI - instituir impostos sobre: (...)
b) templos de qualquer culto;
8) Imunidades tributárias
8.3) Imunidade de templos
“ (...) 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, "b", CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços "relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas". 5. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas "b" e "c" do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido” (STF. RE 325.822. Pleno. Rel. Gilmar Mendes)
8) Imunidades tributárias
8.4) Imunidade dos livros, jornais, periódicos e papel
Art. 150. (...)
VI - instituir impostos sobre: 
(...)
d) livros, jornais, periódicos 
e o papel destinado a sua 
impressão.
8) Imunidades tributárias
8.4) Imunidade dos livros, jornais, periódicos e papel
STF — Súmula 657
A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
8) Imunidades tributárias
8.5) Imunidade dos fonogramas e videogramas musicais
Art. 150. (...) VI - instituir impostos sobre: (...)
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 2013).
8) Imunidades tributárias
8.6) Imunidade nas exportações
Contribuições Sociais e CIDE 
CF: art. 149, § 2º, I: 
“As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
I — não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”. 
8) Imunidades tributárias
8.6) Imunidade nas exportações
Imposto sobre produtos industrializados (IPI) 
CF:
Art. 153, § 3º: “O imposto previsto no inciso IV (IPI): 
(...) III — não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior”.
9) Conceito de tributo
Código Tributário Nacional:
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Q1) (OAB/2017) O reitor de uma faculdade privada sem fins lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais superávits, são integralmente reinvestidas no estabelecimento de ensino) deseja saber se está correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, que negou a pretendida imunidade tributária, sob o argumento de que a instituição de ensino privada auferia lucros.
Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a afirmativa correta.
V) Questões
(A) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições de ensino que não sejam superavitárias.
(B) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária apenas alcança instituições públicas de ensino.
V) Questões
(C) O fisco não agiu corretamente, pois não há impedimento à distribuição de lucro pelo estabelecimento de ensino imune.
(D) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja concedida tal imunidade, a instituição não precisa ser deficitária, desde que o superávit seja revertido para suas finalidades.
V) Questões
Q2) (OAB 2013) Determinada editora de livros, revistas e outras publicações foi autuada pela fiscalização de certo Estado, onde mantém a sede da sua indústria gráfica, pela falta de recolhimento de ICMS incidente sobre álbum de figurinhas. 
Nessa linha, à luz do entendimento do STF sobre a matéria em pauta, tal cobrança é
(A) inconstitucional, por força da aplicação da isenção tributária.
V) Questões
(B) inconstitucional, por força da aplicação da imunidade tributária.
(C) constitucional, por força da inaplicabilidade da imunidade tributária.
(D) inconstitucional, por estar o referido tributo adstrito à competência tributária da União Federal.
V) Questões
Q3) (OAB/2015) A Presidência da República, por meio do Decreto 123, de 1º de janeiro de 2015, aprovou novas alíquotas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dentro das balizas fiadas na lei tributária, a saber:
Cigarro – alíquota de 100%
Vestuário – alíquota de 10%
Macarrão – alíquota zero 
Sobre a hipótese, é possível afirmar que
V) Questões
a) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio da legalidade.
b) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que viola o princípio do não confisco.
c) as alíquotas são diferenciadas em razão da progressividade do IPI.
d) as alíquotas são diferenciadas em razão do princípio da seletividade do IPI.
V) Questões
Q4) (OAB/ 2014) Visando a proteger a indústria de tecnologia da informação, o governo federal baixou medida, mediante decreto, em que majora de 15% para 20% a alíquota do Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo procedentes do exterior, limites esses que foram previstos em lei. 
A respeito da modificação de alíquota do Imposto de Importação, assinale a afirmativa correta.
V) Questões
a) Deve observar a reserva de lei complementar.
b) Deve ser promovida por lei ordinária.
c) Deve observar o princípio da irretroatividade.
d) Deve observar o princípio da anterioridade.
V) Questões
Q5) (Prefeitura de São José dos Campos - SP/ Procurador/ 2017) Consiste em corolário do princípio da igualdade tributária e aplica-se na ordem jurídica tributária, na busca de uma sociedade mais igualitária em termos da exação de tributos. O trecho trata do princípio da 
 a) seletividade. 
 b) uniformidade jurídica datributação.
 c) vedação do confisco.
 d) capacidade contributiva.
 e) generalidade.
V) Questões
Q6) (Uma autarquia federal, proprietária de veículos automotores adquiridos recentemente, foi surpreendida com a cobrança de IPVA pelo Estado responsável pelos respectivos licenciamentos, não obstante vincular a utilização desses veículos às suas finalidades essenciais.
Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
(A) A cobrança é constitucional, por se tratar de fato gerador do IPVA.
V) Questões
(B) A cobrança é constitucional, por se aplicar o princípio da capacidade contributiva.
(C) A cobrança é inconstitucional, por se tratar de isenção fiscal.
(D) A cobrança é inconstitucional, por tratar de hipótese de imunidade tributária.
V) Questões
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 21. ed. – São Paulo : Saraiva, 2016. Capítulo IV. (disponível na Minha Biblioteca on line).
VI) Leitura indicada
UCKMAR, Victor. Principi comuni di diritto costituzionali tributario. 2ª ed. Milão: Cedan, 1999. 
TORRES, Ricardo Lobo. Tratado de direito tributário. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
VII) Leitura suplementar
Q1) D
Q2) B
Q3) D
Q4) C
Q5) D
Q6) D
Gabarito

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