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18054-2018-MPC-Solicita-Edição-de-Instrução-Normativa-Sobre-a-Lei-nº -13460-2017-Representação



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Rua 68, nº 727, Centro, Goiânia–GO - CEP: 74055-100 - Fone / Fax: 3216-62.43 - www.tcm.go.gov.br 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS 
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS 
DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas dos Municípios do 
Estado de Goiás, por meio do Procurador signatário, no uso das atribuições 
que lhe são conferidas pelo art. 94, I, da Lei Estadual nº 15.958, de 18 de 
janeiro de 2007, vem à vossa presença, nos termos do art. 207 do Regimento 
Interno desta Corte, oferecer a presente REPRESENTAÇÃO, pelos motivos de 
fato e de direito que a seguir expõe. 
 
I – DA LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS 
 
A legitimidade do Ministério Público de Contas para o oferecimento desta 
Representação encontra fundamento na Lei Estadual nº 15.958/07, que em seu 
art. 94 estabelece: 
 
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Art. 94. Compete aos Procuradores de Contas, em sua missão 
de guarda da lei e fiscal de sua execução, além de outras 
estabelecidas no Regimento Interno: 
I - promover a defesa da ordem jurídica, requerendo perante o 
Tribunal de Contas dos Municípios, as medidas de interesse da 
Justiça, da Administração e do Erário; 
 
Em complemento, dispõe o Regimento Interno da Corte: 
 
Art. 208. Têm legitimidade para representar ao Tribunal de 
Contas dos Municípios: 
(...) 
II - Membros do Ministério Público de Contas junto a este 
Tribunal; 
 
II – DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS 
 
Por meio desta Representação, busca o Ministério Público de Contas 
instar este Tribunal a editar Instrução Normativa no sentido de alertar os 
municípios da necessária observância do disposto na Lei nº 13.460 de 26 de 
junho de 2017, denominada de Código de Defesa do Usuário de Serviço 
Público. 
A competência desta Corte para a apreciação da questão exsurge de sua 
própria Lei Orgânica, no ponto em que, reproduzindo similares disposições da 
Constituição Federal, prescreve: 
 
Art. 1º Ao Tribunal de Contas dos Municípios, órgão de controle 
externo, compete, nos termos da Constituição Estadual e na 
forma estabelecida nesta Lei: 
 
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I – (...); 
II – exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial das prefeituras e câmaras municipais 
e demais entidades instituídas e mantidas pelo Poder Público 
Municipal; 
III – (...); 
XIV - editar atos administrativos de conteúdo normativo e de 
caráter geral, no âmbito de suas atribuições, para o completo 
desempenho ao controle externo, os quais deverão ser 
obedecidos pelos entes fiscalizados, sob pena da 
responsabilidade; 
 
Recorre-se, pois, ao caráter orientador de que devem se revestir as ações 
da Corte, partindo da premissa de que a prevenção dos ilícitos constitui a 
melhor forma de preservar os valores que norteiam a Administração Pública. 
 
III – DOS FATOS E DO DIREITO 
 A Lei nº 13.460/17 é resultado de uma antiga demanda da Constituição 
Federal de 1988. Desde a sua redação originária, o legislador constituinte 
previa o seguinte dispositivo: 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
(...) 
II - os direitos dos usuários; 
(...) 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
 
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Posteriormente, com a reforma administrativa e a edição da Emenda 
Constitucional nº 19/98, o art. 37, § 3º da CF/88 foi significativamente ampliado: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do 
usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos 
serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de 
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação 
periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a 
informações sobre atos de governo, observado o disposto no 
art. 5º, X e XXXIII;1 
III - a disciplina da representação contra o exercício 
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. (grifo nosso) 
Sendo que o art. 27 da referida Emenda Constitucional concedeu um 
prazo de 120 (cento e vinte) dias para que o Congresso Nacional elaborasse lei 
de defesa do usuário de serviços públicos. Deste modo, no ano de 1999, foi 
redigido o Projeto de Lei do Senado nº 439, de autoria do Senador Lúcio 
Alcântara, o qual tratava da proteção e defesa do usuário dos serviços públicos 
prestados pela administração direta, indireta e delegada da União. 
O Projeto de lei supracitado possuía a seguinte justificação: 
 
1
 Destaca-se que o art. 37, § 3º, II da CF/88 foi regulamentado pela Lei nº 12.527/2011, 
conhecida como Lei de Acesso à Informação. 
 
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“Com a proposição que ora apresentamos à discussão 
dos eminentes Pares nesta Casa, entendemos que, além de 
dar efetividade à Carta Política, abrimos a oportunidade de que 
sejam enfrentados pelo Congresso Nacional os ingentes 
desafios implicados no ideal aprimoramento e democratização 
dessa faceta do Estado, que fala mais de perto aos interesses 
do cidadão comum: a prestação de serviços públicos. 
Além de elencar os direitos e deveres do usuário dos 
serviços públicos, o projeto dispõe sobre os mecanismos e 
procedimentos voltados para a participação e defesa do 
usuário na execução, fiscalização e avaliação dos serviços 
públicos, além de disciplinar em termos gerais as instituições a 
serem criadas para a implementação das políticas formuladas; 
basicamente as ouvidorias e as comissões de ética. Ênfase 
especial é conferida às obrigações e responsabilidade dos 
agentes públicos e prestadores de serviços em relação à 
qualidade dos serviços prestados.” 
Posteriormente, o Projeto de Lei do Senado nº 439 de 1999 tramitou na 
Câmara dos Deputados como o Projeto de Lei nº 6953 de 2002. E, por fim, foi 
transformado na Lei Ordinária nº 13.460/17. 
Vale mencionar que a norma em questão, em muito boa hora, 
representa uma verdadeira mudança de paradigma, na medida em que ousuário, que se encontrava à margem das decisões e processos, passa, com 
esse novo olhar, a se posicionar ao centro, numa relação de lateralidade e, 
não, de subordinação. 
Um usuário dos serviços públicos bem informado será um fiel fiscal das 
contas públicas, controlador de gastos públicos, de decisões ilegítimas, e será, 
também, um forte aliado do controle contra a corrupção e à má gestão. 
 
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Apresentado o escorço histórico e os fundamentos jurídicos da 
legislação em questão, passa-se para a análise dos pontos a serem abordados 
na referida Instrução Normativa a ser elaborada por este Tribunal de Contas. 
Os jurisdicionados deste Tribunal de Contas, órgãos e entidades 
integrantes da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
no âmbito municipal2, deverão observar as normas básicas para participação, 
proteção e defesa dos direitos do usuário de serviços públicos, especialmente 
quanto as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, 
asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a 
avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços. 
A sugestionada Instrução Normativa tem o objetivo de orientar e 
assegurar a efetividade e aplicabilidade da Lei nº 13.460/17 pelos 
jurisdicionados desta Corte de Contas, os quais deverão implementar as 
seguintes ações: 
1. Publicação de quadro geral dos serviços públicos prestados, que 
especificará os órgãos ou entidades responsáveis por sua realização 
e a autoridade administrativa a quem estão subordinados ou 
vinculados com periodicidade mínima anual (art. 3º); 
2. Regulamentação e divulgação de “Carta de Serviços ao Usuário”, 
contendo, no mínimo, as seguintes informações: serviços oferecidos; 
requisitos, documentos, formas e informações necessárias para 
acessar o serviço; principais etapas para o processamento do 
serviço; previsão do prazo máximo para a prestação do serviço; 
forma de prestação do serviço; locais e formas para o usuário 
apresentar eventual manifestação sobre a prestação do serviço (art. 
7º, § 2º). Ademais, a “Carta de Serviços ao Usuário” deverá detalhar 
os compromissos e padrões de qualidade do atendimento nos 
moldes do art. 7º, § 3º, sendo necessária atualização periódica e 
permanente divulgação em sítio eletrônico (art. 7º, § 4º). 
 
2
 Art. 1º, § 1º c/c art. 2º, III da Lei nº 13.460/17. 
 
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3. Regulamentação e instituição de Ouvidoria, tendo, a priori, as 
atribuições precípuas descritas nos art. 13. As manifestações dos 
usuários serão dirigidas à Ouvidoria do órgão ou entidade 
responsável (art. 10, caput) por meio de formulários simplificados e 
de fácil compreensão (art. 10, § 6º), facultada ao usuário a sua 
utilização; 
4. Elaboração anual de Relatório de Gestão pelas Ouvidorias, 
indicando, ao menos: o número de manifestações recebidas no ano 
anterior, os motivos das manifestações, a análise dos pontos 
recorrentes e as providências adotadas pela administração pública 
nas soluções apresentadas (art. 14 c/c art. 15). O Relatório de 
Gestão será disponibilizado integralmente na internet (art. 15, 
parágrafo único, II); 
5. Regulamentação e instituição do Conselho de Usuários nos termos 
definidos nos arts. 18 a 21. A escolha dos representantes será feita 
em processo aberto ao público e diferenciado por tipo de usuário a 
ser representado (art. 19, parágrafo único). 
6. Avaliação por meio de Pesquisa de Satisfação a ser realizada, no 
mínimo, anualmente (art. 23, caput e § 1º). O resultado da avaliação 
deverá ser integralmente publicado no sítio do órgão ou entidade, 
incluindo o ranking das entidades com maior incidência de 
reclamação dos usuários e servirá de subsídio para reorientar e 
ajustar os serviços prestados (art. 23, § 2º); 
7. Concreção dos princípios reguladores da relação administração 
pública e usuário de serviços públicos (art. 4º c/c art. 12) a fim de que 
seja possível a concretização dos direitos básicos do usuário (art. 5º 
c/c art. 6º). 
 Destaca-se que a Lei nº 13.460/17 traz em seu corpo textual diversas 
referências a elaboração de atos normativos e regulamentos a fim de 
operacionalizar a referida legislação (art. 7º, § 5º; art. 17; art. 22; art. 24). Em 
âmbito federal, por exemplo, foi elaborado o Decreto nº 9.492/18 dispondo 
 
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sobre a participação, proteção e defesa dos direitos do usuário de serviços 
públicos da administração pública federal e, também, a instituição do Sistema 
de Ouvidoria do Poder Executivo Federal. 
 No âmbito estadual, foram editados quatro Decretos relacionados a 
regulamentação da Lei nº 13.460/17: 
I) Decreto nº 9.270/18: dispõe sobre as Ouvidorias no âmbito do Poder 
Executivo Estadual; 
II) Decreto nº 9.273/18: dispõe sobre a organização e o funcionamento 
do Conselho Estadual dos Serviços Públicos (CESP); 
III) Decreto nº 9.277/18: dispõe sobre a Carta de Serviços ao Cidadão; 
IV) Decreto nº 9.278/18: dispõe sobre a avaliação continuada e melhoria 
dos serviços públicos. 
 Deste modo, seguindo a simetria federativa, os entes municipais, através 
do Chefe do Poder Executivo Municipal, também deverão elaborar legislação 
pertinente aos pontos específicos exigidos pelo Código de Defesa do Usuário 
de Serviço Público. 
 De ressaltar que a Atricon, em boa hora, editou a Nota Técnica (NT) nº 
02/2018 para orientar os Tribunais de Contas e os jurisdicionados em relação 
às inovações produzidas pela Lei Federal nº 13.460/2017. 
 A Nota Técnica sugere iniciativas em quatro dimensões: adequação das 
práticas dos Tribunais de Contas quanto aos diferentes públicos atendidos; 
orientação aos jurisdicionados para o atendimento dos requisitos da Lei dentro 
dos prazos previstos; elaboração de estudos e levantamentos quanto ao 
cumprimento da normativa e ações de fiscalização na área. 
 O último ponto a ser mencionado diz respeito aos diferentes prazos para 
entrada em vigor da Lei nº 13.460/17. Transcreve-se trecho oportuno da 
legislação: 
 
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Art. 25. Esta Lei entra em vigor, a contar da sua 
publicação, em: 
I - trezentos e sessenta dias para a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios com mais de quinhentos mil 
habitantes; 
II - quinhentos e quarenta dias para os Municípios entre 
cem mil e quinhentos mil habitantes; e 
III - setecentos e vinte dias para os Municípios com 
menos de cem mil habitantes. 
 Em outras palavras, o cronograma de vigência apresenta-se da seguinte 
forma: 
I) 21 de junho de 2018: União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
com mais de 500.000 habitantes; 
II) 18 de dezembro de 2018: Municípios acima de100.000 habitantes; 
III) 16 de junho de 2019: todos os demais Municípios. 
 Com isso, partindo de dados do IBGE3, infere-se que a Lei nº 13.460/17 
já está em vigor para dois municípios goianos: Goiânia e Aparecida de Goiânia. 
Em relação ao prazo para os municípios com mais de 100.000 habitantes, 11 
entes serão afetados: Anápolis, Rio Verde, Águas Lindas de Goiás, Luziânia, 
Valparaíso de Goiás, Trindade, Formosa, Novo Gama, Senador Canedo, 
Catalão e Itumbiara. 
 Para os demais 233 municípios, a Lei nº 13.460 entrará em vigor no ano 
de 2019. 
 
3
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/por-cidade-estado-
estatisticas.html?t=destaques&c=52 
 
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 Visto a iminência das diretrizes a serem implantadas e atento à vertente 
orientadora da atuação desta Corte, entende o Ministério Público de Contas 
como pertinente a edição de Instrução Normativa no sentido de alertar os 
agentes políticos municipais acerca da proximidade do prazo para entrada em 
vigor da Lei nº 13.460/17, sendo que para os Municípios de Goiânia e 
Aparecida de Goiânia a lei supracitada já se encontra vigente. 
V – DO PEDIDO 
 
Ante o exposto, este Ministério Público de Contas requer ao Tribunal de 
Contas dos Municípios do Estado de Goiás: 
 
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1. A edição de Instrução Normativa, com fulcro no art. 1º, XIV, da Lei 
Estadual nº 15.958/07, para orientar seus jurisdicionados ao 
conhecimento e observância do disposto na Lei nº 13.460/17. 
2. Inserção de ações de fiscalização quanto ao cumprimento da Lei pelos 
jurisdicionados nos planos de auditorias deste Tribunal. 
 
Termos em que 
Pede deferimento 
 
Ministério Público de Contas, aos 08 de novembro de 2018. 
 
 
 
REGIS GONÇALVES LEITE 
Procurador-Geral de Contas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vinícius