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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Natália Florência Barbosa Mat: 201703280075 Resumo: A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas. Em 1976, a OMS visando corresponder às necessidades de se conhecer mais sobre as consequências das doenças, fundou a Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID). Este descreve de maneira linear as condições decorrentes da doença, onde esta gera a deficiência, que gera incapacidade, que por sua vez, gera desvantagem. Devido à falta de relação entre as dimensões que compõem a não abordagem de aspectos sociais e ambientais esta ferramenta foi reformulada e aprovada em 2001 na Assembléia Mundial de Saúde. A CIF é um instrumento que pretende servir de base conceitual para servir e medir as incapacidades, utilizando uma mesma linguagem para a descrição de problemas ou intervenções em saúde, como função de órgãos ou sistemas, limitação de atividades, etc. Seu principal objetivo é facilitar o levantamento, a análise e a interpretação de dados, principalmente, permitindo a comparação de informações sobre a populações ao longo do tempo, entre regiões e até países, buscando melhorar a qualidade de vida de portadores de deficiências físicas . O termo do modelo da CIF é a funcionalidade, onde , nesse modelo a falta de funcionalidade é a incapacidade, sendo esta resultante da interação entre a disfunção apresentada pelo indivíduo é: a limitação de suas atividades, a restrição da participação social e os fatores ambientais. O modelo da CIF incorpora, então, em sua avaliação as 3 dimensões de componentes de saúde: a biomédica, a psicológica e a social. A OMS pretende, no futuro, incorporar os fatores pessoais, o que é definitivamente importante na forma de lidar com as condições limitantes. A CIF pode, e deve ser aplicada em diversas áreas, como na clínica, estatística, previdência social, educação, medicina ocupacional e políticas públicas, principalmente, sendo mais utilizada, porém, na medicina física e na reabilitação. Por mais que essa ferramenta tenha sido lançada em 2001, esta ainda se encontra em desenvolvimento, se tornando, então, mais adequada à medida que for utilizada por um maior número de profissionais, em diversas regiões, a partir de pessoas com realidades diferentes. Os maiores problemas para a sua aplicação são: o tempo que esta avaliação demanda, principalmente, e o alto grau de dificuldade para a sua aplicação. Nas classificações internacionais da OMS, os estados de saúde (doenças, distúrbios, lesões, etc.) são classificados principalmente na CID-10 (abreviação da Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão), que fornece uma estrutura etiológica. A funcionalidade e incapacidade associadas aos estados de saúde são classificadas na CIF. Portanto, a CID-10 e a CIF são complementares, e os usuários são estimulados a utilizar esses dois membros da família de classificações internacionais da OMS em conjunto. A CID-10 fornece um "diagnóstico" de doenças, distúrbios ou outras condições de saúde, e essas informações são complementadas pelas informações adicionais fornecidas pela CIF sobre funcionalidade. Em conjunto, as informações sobre o diagnóstico e sobre a funcionalidade fornecem uma imagem mais ampla e mais significativa da saúde da pessoa ou população, que pode ser utilizada para propósitos de tomada de decisão. A CIF organiza as informações em duas partes. A Parte 1 se refere a Funcionalidade e a Incapacidade enquanto a Parte 2 cobre os Fatores Contextuais. Cada parte tem dois componentes: 1. Componentes da Funcionalidade e Incapacidade 2. Componentes dos Fatores Contextuais É importante notar que, a CIF não classifica pessoas, mas descreve a situação de cada pessoa dentro de uma gama de domínios de saúde ou relacionados à saúde. Além disso, a descrição é sempre feita dentro do contexto dos fatores ambientais e pessoais.
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