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Peça de Danos Morais

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE / MS
MERIVALDO MELVINO CAMPOS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº xxx, inscrito no CPF sob o nº xxx, MERIVALDO MELVINO CAMPOS JÚNIOR, nacionalidade, menor, portador do RG nº xxx, inscrito no CPF sob o nº xxx, devidamente representado por seu genitor acima descrito, todos com endereço, por seu advogado, regularmente inscritas na Ordem dos Advogados do Brasil nº, com escritório profissional na Avenida xxx, nº xxx, Bairro xxx, em xxx/xx, CEP xxx, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 186 e 927, ambos do Código Civil, e 14, do Código de Defesa do Consumidor, ajuizar a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, em face do PARQUE DE DIVERSÃO AGITUS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº xxx, com sede na Rua xxx, nº xxx, Bairro xxx, em xxx/xx, CEP xxx, na pessoa de seu representante legal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I - DOS FATOS
No dia 14 de novembro do ano de 2019, os autores se dirigiram até o parque, que aqui será chamado de réu, o que tem por endereço esta comarca.
Ocorre que, que a diversão eles queriam foi atingida, entretanto toda a alegria e diversão se transformaram em dor e sofrimento. Isso porque, os requerentes decidiram ir juntos a uma determinada montanha-russa, neste momento, que não havia qualquer placa ou aviso informando que o brinquedo havia sido inspecionado pelo órgão fiscal correspondente, para que nele possam ser desempenhadas suas ações com total segurança. 
No entanto, durante o percurso da montanha-russa em que se encontrava em uma descida, houve uma parada brusca, que fez com que os requerentes fossem atirados para fora do brinquedo. 
Após o impacto, os requerentes foram imediatamente encaminhados a um hospital especializado em traumas aqui nesta mesma comarca, pois ambos tiveram ferimentos graves. Ao chegar ao hospital foi constatado que, o senhor Merivaldo havido sofrido perfurações no estômago e seu filho, Merivaldo Júnior, com machucados no rosto.
Após um grande período de internação e recuperação no hospital devido as danos causados no acima descrito, os requerentes depararam-se com a despesa do hospital onde estavam, que se da o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais). Sendo que o dever de pagar essas despesas seria do parque, que agiu negligente quanto ao cuidado e proteção de seus consumidores ao desfrutar dos brinquedos e lugares oferecidos no Parque de diversão Agitus.
IV - DO DIREITO
IV. I – DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Em um primeiro momento de análise deste caso concreto, devemos aplicar o Código de Defesa do Consumidor. Tendo em vista que, havia uma relação entre os requerentes e o requerido, sendo está a relação de consumo, tendo em consideração a prestação de serviço, ora esta remunerada, devida a compra dos ingressos (no valor de R$224,00 (duzentos e vinte e quatro reais).
Diante disso podemos apresentar claramente a responsabilidade do Requerido para com o requerente, assim como vemos nos termos do art. 14, do Código de Defesa do Consumidor.
Veja-se:
Art. 14 - O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
Por isso, os requerentes requerem a aplicação do Código de Defesa do Consumidor na resolução da lide. 
IV. II – DO DANO MORAL 
Assim, como já mencionamos, a proposta nesta presente demanda, referem-se à indenização pelos DANOS MORAIS sofridos. 
Sobre a intenção dos autores, têm-se as disposições dos artigos. 186 e 927 ambos do Código Civil, os quais aduzem que:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Dessa maneira é inegável de que, os autores experimentaram, em razão de um acidente durante o percurso que a montanha-russa fazia, como bem descrito nos fatos, os transtornos que passaram durante o acidente e no momento pós-acidente, os transtornos do processo de recuperação e ainda após tudo isso, se deparar com um custo que não deveria ser cobrado dos requerentes, mas sim do requerido, que conhecemos como Parque de Diversões Agitus. . 
Não restando então dúvidas, de que o acidente ocasionou sérios transtornos aos autores, e, considerando-se o caráter coercitivo e pedagógico da indenização, os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, entendem os autores pela fixação no valor de R$xx,xx
V – DOS PEDIDOS 
Ante todo o exposto, requerem:
a) O recebimento e o processamento da presente demandam, com a autuação e registro dos autos; 
b) Seja aplicado o Código de Defesa do Consumidor e os seus benefícios aos autores, enquanto consumidores, em especial a inversão do ônus da prova; 
c) A intimação do réu para comparecimento em audiência de conciliação a ser designada por este Juízo;
d) A citação do réu, para, querendo, contestar a presente ação;
e) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas;
f) A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios;
g) A intimação do Ministério Público para acompanhar o feito, caso seja necessário, em virtude da tenra idade da terceira autora.
Dá-se à causa o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
Nestes termos,
Pedem e esperam deferimento.
Local, data.
OAB/xxx

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