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¹ Acadêmico do Curso de Administração – UNESC ² Acadêmica do Curso de Administração – UNESC ³ Acadêmica do Curso de Administração – UNESC ⁴Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis – UNESC ⁵Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis – UNESC ⁶Doutor em Ciências Contábeis, Professor do UNESC. O COMPORTAMENTO DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) DIANTE A CRISE ECONÔMICA. Anísio Martins de Souza Filho1 Daniele Moreira Viana2 Hérica da Silva Vieira3 Milena Dias de Oliveira Saccani4 Wallace Assis Da Silva5 Vitor Correa Da Silva6 RESUMO No Brasil a recessão econômica vivida nos ano de 2014 a 2016, fez com que a taxa de desemprego aumentasse dentro deste período. Porém, na contramão do desemprego, observou-se que houve um aumento na formalização dos profissionais liberais devido aos incentivos que o governo criou atráves da figura do Microempreendedor Individual – MEI. Visto essas duas contradições e diante dos impactos evidenciados em uma crise econômica para a sociedade, este estudo teve como intuito entender como o Microempreendedor se comporta neste contexto, e o que esse comportamento pode gerar ou influenciar na economia do país, sendo realizado uma revisão bilbiográfica sobre o assunto. Através desta, pôde-se entender que os microempreendedores possuem grande parcela na contribuição para o alcance do alto índice de desenvolvimento econômico durante este período, devido a sua capacidade de gerar empregos e fazer a econômia circular, assim, elevando a taxa do PIB. Diante disto, pode-se observar que o MEI se torna uma figura importante para retomada da economia no país em uma crise, mesmo diante das dificuldades que estes encontram em conduzir seu próprio negócio. Palavras Chave: Economia Brasileira, Microempreendedor Individual, Crise Econômica, Empreendedor. ABSTRACT In Brazil, the economic recession experienced from 2014 to 2016 caused the unemployment rate to increase within this period. However, against unemployment, it was observed that there was an increase in the formalization of professionals due to the incentives that the government created through the figure of the Individual Microentrepreneur – MEI. In view of these two contradictions and in view of the impacts evidenced in an economic crisis for society, this study aimed to understand how the Microentrepreneur behaves in this context, and what this behavior can generate or influence in the country's economy, being carried out a bilbiographic review about the subject. Through this, it was possible to understand that microentrepreneurs have a large share in the contribution to reach the high index of economic development during this period, due to their ability to generate jobs and make the economy circular, thus raising the GDP rate. In view of this, it can be observed that the MEI becomes an important figure for the resumption of the economy in the country in a crisis, even in the face of the difficulties they encounter in conducting their own business. Keywords: Brazilian Economy, Individual Microentrepreneur, Economic Crisis, Entrepreneur. INTRODUÇÃO No segundo trimestre de 2014 a economia brasileira entra em recessão proveniente de vários fatores associados a oferta e demanda (BARBOSA FILHO, 2017). A partir do quarto trimestre de 2014 o Brasil apresentou a taxa PIB abaixo de 1%, conforme dados do IBGE (2019), dando início a pior crise econômica enfrentada pelo Brasil com Produto Interno Brasileiro (PIB) caindo 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016, apresentando o maior período de enfrentamento da recessão econômica desde 1989, de acordo com o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (CODACE) da Fundação Getúlio Vargas (2017). Rossi e Mello (2017) pontua que esta recessão não só promoveu a maior e mais prolongada queda do PIB da história do Brasil, como também teve o mais veloz crescimento do desemprego e a mais lenta retomada de patamar do PIB, sendo esta retomada prevista somente no ano de 2020. Em vivência de incertezas econômicas no país, o trabalhador assalariado sofre de grande preocupação, pois depende do emprego para seu o sustento e da sua família; e gera também preocupação em empresários que investem seu capital na economia (NUSDEO, 2001). Mediante a essas alterações econômicas pôde ser percebido uma mudança de comportamento do empreendedor brasileiro de uma forma geral (SEBRAE, 2016), [...] o que segundo a GEM (2018) gerou o segundo melhor desempenho para a taxa de empreendedorismo no Brasil desde 2002. O microempreendedor individual (MEI) surgiu de modo a formalizar a atividade exercida por profissionais autônomo, dessa forma, permitiu-se que estes indivíduos se arriscassem no mercado ao comercializar serviços e/ou produtos de sua própria autoria. Com atuação em diversas profissões como cabeleireiro, ambulantes, confeiteiros, mecânicos e entre outros, e com a crescente demanda dos profissionais informais, o Governo Federal se fez necessário regularizar o autônomo, no qual, inseriu a figura do MEI na Lei Complementar nº 128/2008, definido na Lei nº 10.406/2002, art. 968 (BRASIL, 2002). No desenvolvimento da atividade do MEI, o mesmo enfrenta diversos obstáculos, como dificuldade para construir seu empreendimento devido à falta de capital, impasse na condução dos negócios devido clientes maus pagadores e desafios nas áreas administrativas, como a falta de instrução para realizar o planejamento e consequentemente controlar o dinheiro da empresa (LOPES, 2013). Nesse cenário de crise econômica é muito comum a entrada de microempresas no mercado em massa, seja por necessidade ou oportunidade. Os Micro Empreendedores Individuais (MEI) vem se destacando no mercado por sua perspectiva e pela capacidade de inovação. De acordo com uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2018, o percentual de empreendedores no país chegou a 38%. O presente artigo tem por objetivo identificar os impactos da crise econômica para a sociedade de uma forma geral e entender como o Microempreendedor se comporta nesse contexto, e o que esse comportamento pode gerar ou influenciar na economia do país. Para alcançar o objetivo proposto, primeiramente, foi determinado uma coleta de documentos sobre a crise econômica ocorrida de 2014 a 2016, sendo utilizado como método de pesquisa uma revisão bibliográfica composta por artigos, livros, revistas e sites como IBGE, GEM, SEBRAE, FGV entre outros, com um propósito descritivo e abordagem qualitativa. 1 CRISE ECONÔMICA Uma crise econômica é considerada por Schumpeter (1964) como um evento cíclico que pode apresentar períodos de crescimento da atividade econômica como também apresentará a sua queda. A crise econômica faz referência a um período de escassez no nível da produção, da comercialização e do consumo de produtos e serviços, mas Prado (2011) também pontua que este período pode ser atribuído a eventos variados, como crises monetárias, aumento contínuo dos preços de uma economia, e também os movimentos de desinflação ou deflação, no qual a oferta se sobrepõe intensamente à demanda. 1.1 O INÍCIO DA CRISE DE 2014 BRASIL Segundo Giambiagi et al., (2011) a crise global de 2008 afetou o mercado internacional como um todo, assim como as políticas adotadas pela equipe econômica do governo em resposta à crise internacional. O Brasil sendo um grande exportador de commodities, produtos esses que tem seus preços determinados no mercado internacional, e com o mundo em crise o valor desses produtos caiu, essa queda afetou as exportações brasileiras e, apesar da adoção de políticas econômicas por parte do governo, não foi possível evitar a recessão econômica (CASTRO, 2016). A partir do segundo trimestre de 2014 a economia brasileira entra em recessão, proveniente de vários fatores associados a oferta e demanda (BARBOSA FILHO, 2017), gerandoum colapso no crescimento da economia brasileira. No quarto trimestre de 2014 o Brasil apresentou a taxa PIB abaixo de 1%, conforme dados do IBGE (2019), dando início a pior crise econômica enfrentada pelo Brasil com Produto Interno Bruto (PIB) caindo 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016. Em 2015-2016 a economia sofreu uma série de choques - deterioração dos termos de troca, ajuste fiscal, crise hídrica, desvalorização da moeda, o aumento da taxa de juros Selic, que contribuíram para reduzir ainda mais o crescimento econômico (PIRES, 2016). O governo apostou em abaixar os juros, incentivando o consumo e beneficiando setores e companhias seletivamente, ao invés de promover reformas que facilitassem os negócios no país. O barateamento forçado dos combustíveis e da energia elétrica apresentou seu custo na forma de uma inflação elevada, isso permitiu que as contas públicas saíssem de controle e ficou clara a situação de desequilíbrio, com a estagnação do PIB ao mesmo tempo em que a inflação aumentava (CARMO, 2016). 1.2 OS IMPACTOS DA CRISE ECONÔMICA Os impactos de uma crise econômica podem variar de acordo com as características econômicas de cada país, podendo relacionar a crise econômica com alguns fatores como dependência da economia com o mercado internacional, endividamento dos países, política econômica de expansão entre outros aspectos. De acordo com Gordon (2005) há no mínimo 60 variáveis que podem afetar o desenvolvimento e o crescimento da economia de um país, sendo as principais variáveis as mudanças estruturais, a fim de mitigar falhas do governo e seus efeitos na economia. Através de Moretto e Proni (2017) pode-se interpretar que a indústria é o setor que mais sofre no Brasil nesse período, o aumento do desemprego atingiu a taxa de 13,7% e a capacidade de consumo das famílias entrou em queda. Houve uma baixa formação bruta de capital fixo, esses são os investimentos que podem gerar mais produção e riqueza, e aumento do PIB. Além disso, o país entrou em uma crise política o que intensificou a gravidade da situação culminando no impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Após esse episódio a fim de conter a crise seu sucessor, adotou várias medidas econômicas, como a PEC do teto dos gastos, a reforma trabalhista e a Lei da terceirização, nas quais muitas se tornaram impopulares por seus grandes riscos de precarização do trabalho e das possíveis consequências para a população diante das dificuldades que a educação, saúde e segurança pública, enfrentariam nos próximos anos devido ao congelamento dos gastos (BICUDO, 2017). Em crises anteriores o país levou dez anos para reduzir a taxa de desemprego de 10% para 5%, visto que o desemprego dessa magnitude tem consequências sociais graves e de longo prazo, as famílias que ficam inadimplentes perdendo reputação, e a capacidade de usar créditos no futuro. (PASTORE, 2016) 2 O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) Chiavenato (2012) descreve o empreendedor como a pessoa que inicia um projeto ciente das responsabilidades que deve assumir e dos riscos que devem correr, tendo como característica fundamental a inovação contínua. Já na perspectiva de Dornelas (2008), o empreendedor é aquele que vê e investe na oportunidade, assumindo os riscos calculados e criando métodos para obtenção de capital. Nesse contexto, segundo a GEM (2017), o Brasil alcançou 36,4% na taxa total de empreendedorismo (TTE), subindo para 38% em 2018, formada por brasileiros que já possuem ou estão iniciando um próprio negócio. O microempreendedor individual no Brasil, surgiu através da oportunidade de identificar as necessidades do mercado ao seu redor, utilizando principalmente da criatividade para a atender aos clientes (BERNARDI, 2005). Visto que esse setor vinha crescendo e que o mesmo auxiliaria a promover o desenvolvimento e o crescimento econômico (MOTA, 2018), o governo incentivou a regularização das pequenas empresas que trabalhavam na informalidade, onde hoje é definido como MEI que é representado por todos os indivíduos que exerçam uma atividade trabalhista por conta própria e se legalizam como pequeno empresário, dentro da Lei Complementar 128/2008 (BRASIL, 2008). A Lei Complementar 128/2008 determina o Simples Nacional, no qual tem como objetivo simplificar o tratamento jurídico as Microempresas – ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP, tais como arrecadação dos tributos e contribuições (PILZ, 2017). 2.1 FATORES FAVORÁVEIS E LIMITANTES O Programa do MEI é caraterizado por ser um processo simples e desburocrático, podendo ser feito cadastro via Internet através do Portal do Empreendedor no site do Sebrae (SEBRAE, 2019). Dentre uma série de vantagens em se legalizar com MEI, podemos destacar benefícios previdenciários como salário maternidade, pensão por morte, aposentadoria e auxílio doença (SEBRAE, 2017). O empreendedor adquire simultaneamente o CNPJ, tendo acesso à créditos com juros menores, abrir conta em banco, vendas para outras empresas, facilidade em empréstimos, dando maior credibilidade ao negócio (SEBRAE, 2019). De acordo com Chiavenato (2007) podemos também ressaltar a importância do MEI para a economia, pois novos empreendimentos geram empregos, e foram os pequenos negócios responsáveis pela geração de mais 60,7 mil empregos de carteira assinada em 2019, distribuídos em diversos setores (SEBRAE, 2019). Nesse contexto vale ressaltar que enquanto as empresas estão focadas no desenvolvimento e popularização de produtos já existentes, as microempresas trazem inovação, oriunda da flexibilidade em criar novos produtos e serviços, e a capacidade de modificar seu mercado. (ROSSI; THEISEN, 2017). Contudo, é necessário ressaltar fatores limitantes que os microempresários encontram na hora de conduzir sua empresa. De acordo com Boaventura e Melo (2012), as principais dificuldades enfrentadas pelo MEI é a falta de recursos financeiros, ausência de mão de obra qualificada, dificuldades diárias na administração caracterizada pela falta de planejamento e manutenção do negócio, como também a falta de conhecimento na área de atuação e baixa competência para gestão (BENSADON, 2001). Na visão de Chiavenato (2007) um fator importante que corrobora para o surgimento de dificuldades nos empreendimentos são os fatores econômicos, esses representam cerca de 72% desses dificultadores, mas também podem ser destacados outros fatores como, a perda de mercado, o mercado consumidor restrito, a escassez de lucratividade, os juros altos, falta de visão futura do empreendimento, pouca competitividade, vendas insuficientes e despesas elevadas. 3 MÉTODO Neste capítulo iremos informar quais os métodos foram utilizados para realizar a nossa pesquisa. Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, pois busca explorar da literatura informações e dados que leva a compreensão de como os microempreendedores individuais se comportam em meio à crise econômica, no qual se baseia em uma abordagem descritiva e qualitativa por utilizar apenas de textos científicos para buscar uma resposta ao problema proposto (GIL, 2002). 4 DISCUSSÃO A pesquisa se desenvolveu através da busca em compreender o comportamento do MEI diante de uma situação de crise econômica, e observar quais os impactos ou meios que estes utilizam para se sobressair no mercado. Tendo em vista que uma crise econômica gera um forte impacto nos negócios brasileiros e com consequente aumento do desemprego, foi possível identificar que os microempreendedores possuem grande parcela na responsabilidade pelo alto índice de desenvolvimento econômico durante este período, e pela capacidade de gerar empregos, assim, elevando a taxa do PIB. De acordo com Dornellas (2005), o aumento da competitividade juntamente com a redução de custos por parte das empresas, em um processo de estabilização da economia,gera um alto índice de desemprego, é neste contexto que surgem os pequenos negócios. A ausência de renda leva desempregados, chefes de família e ex-funcionários a optarem por abrir um negócio próprio, visando o sustento de suas famílias e uma independência financeira, além de satisfazer as suas necessidades básicas humanas. Desse modo, torna-se evidente a importância das microempresas na economia, pois além de diminuir a informalidade, cria novos postos de trabalhos. Conforme a pesquisa realizada de 2014 a 2016 pelo IBGE (2020), o Brasil obteve em média, nos três anos, 9,025% de aumento no número de desemprego e na contra mão deste dado, nota-se que houve um aumento de 30,03 % de indivíduos que ingressaram no ramo do empreendedorismo, como meio de se obter renda para sua subsistência e/ou de sua família. Com isto a formalização do MEI apresenta crescimento diante uma crise, conforme pode ser observado nos dados disponibilizados no Portal do Empreendedor (2020) que em 2018 a cada duas semanas, em média, no Brasil, 61.043 novos MEI’s se formalizaram, e em 2019, esse número subiu para 83.698. No estudo realizado por Bekker e Salgado (2016), visualiza-se que este anseio de se formalizarem como MEI e se tornarem empreendedores está intimamente ligado aos benefícios que são dados a estes profissionais liberais, como previdenciários e mercadológicos, principalmente no que tange ao acesso de créditos e apoio técnico. Contudo, mesmo diante da criação de seu próprio negócio os MEI’s enfrentam dificuldades para se estabelecerem devido ao aumento das matérias primas no período da crise, e consequentemente aumento no valor repassado para o cliente. Todavia, a solução encontrada é a inovação, a busca pelo diferencial do seu produto e/ou serviço perante a outros que estão no mercado, como marketing, designer atraente e outros (SILVA; SARAIVA; OLIVEIRA, 2019). Com a crise econômica os microempreendedores (MEI) passam por momentos difíceis, tendo em vista a queda na demanda de serviços, ocasionando uma baixa no capital financeiro de suas empresas, fazendo com que fique mais difícil arcar com os custos de produção. Atualmente o mundo tem vivenciado grandes impactos econômicos, o que diretamente, vem atingindo as micro e pequenas empresas, isto, devido a pandemia causada pelo COVID-19. Como medida protetiva, devido ao alto índice de óbitos ocasionado por este vírus, governos de todo mundo decretaram períodos extensos de quarentena, assim como também o fechamento de todo comércio considerado não essencial, se enquadrando aqui todo o comércio que movimenta a grande parcela da economia, e estes também representados pelo MEI. Essas medidas não se diferenciam das tomada pelo governo brasileiro, com isto muitos empresários precisaram fechar seus negócios, e a população foi orientada a evitar saídas desnecessárias de seus lares, gerando assim, uma intensa perda na demanda, afetando muitos empreendimentos e gerando preocupação em empresários sobre o futuro de seu negócio e empregados. Entretanto, durante este período de crise econômica e com o avanço da tecnologia, muitos microempreendedores buscam alternativas para driblar esse momento crítico para seus negócios, buscando inovações, novos meios de atendimentos e aperfeiçoamento de seus produtos, para continuar atraindo seus clientes, com o objetivo de tornar sustentável seus empreendimentos mediante a crise econômica. 5 CONCLUSÃO O presente artigo teve por objetivo identificar os impactos da crise econômica para a sociedade de uma forma geral e entender como o Microempreendedor se comporta nesse contexto, e o que esse comportamento pode gerar ou influenciar na economia do país. Desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa com cunho descritivo. Diante desse estudo, percebeu-se que o empreendedorismo é uma importante ferramenta que impulsiona o desenvolvimento econômico do país, é através dele que muitos cidadãos adquirem renda suficiente para sustentar suas famílias, além disso, por ser um processo simples e desburocrático, o MEI adquire espaço na economia, sendo responsável atualmente pela intensa geração de empregos, legalizando muitos empresários que desenvolviam seu negócio informalmente. Mas também é possível entender que, como citado por Schumpeter (1964), a crise econômica sendo um evento cíclico, proveniente de distintos fatores, também poderá refletir de formas distintas para a economia e para o Microempreendedor, como pode-se observar em acontecimentos de 2020 em que o MEI tendo sido afetado de forma negativa apesar dos esforços realizados para manter a sustentabilidade de seus negócios. Para ampliação dessa pesquisa em aplicações futuras enxerga-se grande relevância na busca do processo enfrentado pelas pessoas a se tornarem microempresários e o que realizam para superar as dificuldades que encontram em conduzir um negócio. Buscar entender se variáveis como escolaridade, classe social e gênero interferem na decisão e no processo de empreender, assim como também, buscar dentro deste quadro ocorrências que se diferem das pontuadas neste estudo, fazendo-se necessário para responder a estas questões uma pesquisa qualitativa, aplicada em um estudo de campo aliado a um roteiro de entrevistas. REFERÊNCIAS BARBOSA FILHO, F. H. A crise econômica de 2014/2017. Instituto Brasileiro de Economia, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro/ Rio de Janeiro, Brasil, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103- 40142017000100051&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 14. Mai. 2020. ______. A crise econômica de 2014/2017: saídas para a crise econômica. ed. 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