Trabalho para nota Ordem Trabalhista

Prévia do material em texto

Faculdade de Imperatriz – Wyden
Aluno: Danillo Felipe de Souza RA: 16161601447	
Professora: Francine Nanhan	
Disciplina: Ordem Trabalhista
ALTERAÇÕES DO DIREITO DO TRABALHO EM DECORRÊNCIA DO COVID0-19
Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro caso do novo coronavirus no Brasil ocorreu no mês de fevereiro. Desde então, o número de casos no país aumentou consideravelmente e o trabalhador brasileiro teve que se adaptar a um estilo de vida completamente diferente do habitual. Medidas de isolamento e distanciamento social foram adotadas, medidas estas que refletiram na economia nacional e, consequentemente, nas relações de trabalho.
Para que esse “novo mundo” onde os trabalhadores não essenciais e até mesmo os essenciais deveriam ficar em casa sem trabalhar, ou trabalhando por home office, as mudanças nas relações de trabalho foram inevitáveis. 
Além das mudanças, muitos empregos se perderam, pois para o empregador a situação em vários casos se torna insustentável. Antes mesmo da pandemia já era muito difícil empregar no Brasil, devido aos impostos e a falta de investimentos na economia e outros fatores já conhecidos. Para o pequeno e grande empregador, não é fácil manter os postos de trabalho sem ter produto ou consumidor para girar a roda da economia. 
Diante disto, o Governo Federal adotou uma série de estratégias por meio de Medida Provisória. A medida gerou uma grande repercussão na sociedade em geral, políticos, especialistas, artistas entre outros.
A MP nº 927/20, tem como fundamento o artigo 503, da CLT, pois a Medida é feita por força maior, em decorrência da pandemia.
Art. 503 - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região.
O foco da MP, acima de tudo, é econômico, com objetivo principal atenuar os impactos do novocoronavirus na economia nacional. Para que o resultado seja positivo, se fez necessária a flexibilização da questões trabalhista e seu conteúdo abrange: teletrabalho, antecipação das férias, concessão de férias coletivas, aproveitamento e antecipação de feriados, banco de horas, dentre outras e o adiantamento do recolhimento do FGTS.
Ao meu ver, o principal tema da MP é o teletrabalho. O capítulo II da MP autoriza as empresas a a dotar tal regime. O teletrabalho é a maneira perfeita de encarar a pandemia, tendo em vista que o trabalho pode ser feito de forma não presencial. É necessário que seja acordado entre as partes por escrito para firmar a modalidade.
As férias durante a pandemia, segundo a MP, podem ser antecipadas desde que exista negociação. Elas devem ser de, no mínimo, 5 dias. A antecipação períodos futuros também está permitida, onde o empregador poderá pagar os adicionais.
A MP contou também com um artigo que foi revogado, que gerou a maior parte das discussões por parte dos políticos, sociedade civil e sindicatos. O artigo previa que o empregador poderia suspender o contrato de trabalho por até quatro meses. Duramente criticada, o artigo previa que, durante o período de quatro meses, não haveria pagamento de salário, só seriam mantidos outros benefícios.
A pandemia pegou o mundo de surpresa, o Brasil principalmente. As medidas e esforços dos trabalhadores, governo e juristas para enfrentar a crise é de grande valia para o futuro do direito do trabalho. Desse cenário de grande dificuldade, o Brasil e o mundo pode tirar uma grande lição e aprender com os erros e até mesmo implementar os pontos positivos que aconteceram durante esse período.