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Psicologia em saúde

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FACULDADE DE TIETÊ
NOME
PSICOLOGIA EM SAÚDE
TIETÊ
2020
SUMÁRIO
1. MEMÓRIA ...................................................................................................................3
2. INTELIGÊNCIA, MOTIVAÇÃO E COMPORTAMENTO .......................................5
3. EMOÇÃO E VIDA AFETIVA, ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT, PERSONALIDADES ..............................................................................................11
4. SAÚDE E DOENÇA, DISTÚRBIOS, FOBIAS.........................................................16
5. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL..................................................................19
6. REFERÊNCIAS...........................................................................................................21
1 MEMÓRIA
O construto memória foi definido por vários pesquisadores e nas mais diversas correntes teóricas, sendo a primeira delas a empírica, que introduziu a teoria da associação por contiguidade, na qual as ideias complexas seriam formadas na mente, conectando na memória ideias simples baseadas em sensações vivenciadas simultaneamente em tempo e/ou espaço.
Nos dias atuais, atualidade, existem duas classes de estudiosos, sendo uma que defende a memória unitária (utiliza termos como medida de memória direta ou indireta), e a que acredita em memórias múltiplas (argumentam que diferentes aspectos dos diversos tipos de memória podem ser mensurados de maneiras distintas, respeitando as mudanças na informação armazenada, originada de determinado evento).
O interesse em estudar a memória remonta desde a antiguidade clássica, época em que eram utilizadas metáforas espaciais para explicar seu funcionamento. Platão, para isso, fazia uma analogia entre a memória e um aviário, onde os pássaros seriam as memórias específicas e o acesso à ela era como segurar um deles.
Essa metáfora espacial foi utilizada até recentemente e se refere a uma visão do funcionamento da memória como um sistema monolítico, no qual as memórias são armazenadas em um espaço tridimensional e organizadas como um sistema de classificação específico, como são organizados os livros em uma biblioteca. O problema com esta metáfora é que ela não é compatível com os resultados empíricos de muitos estudos que investigam a memória.
Essa afirmação se firma por que é muito mais fácil concluir que não sabemos alguma coisa, a dizer que sabemos. Utilizando a comparação anterior, em havendo necessidade de procurar determinado livro em uma biblioteca, demoraríamos o mesmo tempo ou até mais para concluir que ele não se encontra lá do que para encontrá-lo. Alia-se, ainda, a impossibilidade de explicar a facilidade com que resgatamos determinadas informações da memória. 
Outra discussão importante e atual se refere à forma de organização do sistema de memória, pois alguns cientistas cognitivos não aceitam que a memória é um sistema monolítico, como sugerido pela analogia de Platão. Willian James (1890), por exemplo, acreditava que existem dois sistemas de memória que ele chamou de "primary memory" (memória primária) e "secondary memory" (memória secundária).
O primeiro tipo, memória primária, diz respeito aquelas que ainda estão na consciência, e que dizem respeito ao presente psicológico da pessoa, enquanto o segundo tipo, a memória secundária, se refere àquelas que já passaram para o inconsciente da pessoa e que fazem parte do passado psicológico.
2 INTELIGÊNCIA, MOTIVAÇÃO, COMPORTAMENTO E INVESTIGAÇÕES IMPORTANTES
Seguindo uma visão tradicionalista, a inteligência já foi conceituada como uma capacidade inata do indivíduo, um atributo que o ser humano possuía para responder a testes de inteligência, como, por exemplo, o Q.I. (Quociente Intelectual), criado por Alfred Binet, por volta de 1900, na França, cuja finalidade era de responder a indagações sobre a possibilidade de evidenciar o sucesso ou fracasso escolar de crianças daquela época, nas séries iniciais.
A inteligência, por sua vez, não sofre grande alterações, independente de idade, treinamentos ou experiências, mantendo, de forma geral, a mesma estrutura, já que nascemos com esse potencial.
Na visão de Piaget, a inteligência não é inata ao ser humano e seu desenvolvimento está atrelado ao processo de funcionamento da herança biológica, no qual o indivíduo herda as estruturas biológicas (sensoriais ou neurológicas), que predeterminam a origem de estruturas mentais, isto é, herdamos um organismo que amadurecerá de acordo com a interação com o ambiente em que vivemos, o que resultará nas estruturas cognitivas que, ao longo da vida, funcionarão de forma parecida.
Várias foram as definições e conceituações de inteligência, como Vygotsky, que afirmou que o indivíduo nasce apresentando um único potencial cognitivo, que serviria para aquisição de potencialidades, de forma resumida, a habilidade de aprender a aprender (MELLO 2004).
Vieira (2009) conceituou e relacionou a inteligência a partir do termo cognição numa visão alternativa, trazendo um grupo de processos mentais superiores que se desenvolveram ao longo do tempo, que chamamos de pensamento, memória e aprendizado, progredindo, de forma simultânea, a todos os aspectos que direcionam a vida do homem, onde os fatores determinantes para o desenvolvimento e estruturação da inteligência serão as experiências vivenciadas e as necessidades de adaptação.
A capacidade de resolver problemas permite à pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve ser atingido e localizar a solução adequada para esse objetivo. Gardner, com o fim de defender e ampliar o conceito de uma inteligência que não pode ser “mensurada” e se manifesta de forma prática, afirma que podemos classificar como inteligência o potencial para processar informações que pode ser ativado ou não a partir da “configuração cultural” do meio em que se vive (GARDNER, 1998). 
Gardner (1995) definiu e categorizou, inicialmente, sete tipos de inteligência, e na sequência, percebeu a necessidade de acrescer dois novos tipos, propondo, então, nove formas de inteligência, sendo eles: o lógico-matemático, linguístico, naturalista, interpessoal, intrapessoal, espacial, corporal-cinestésico, musical, existencialista.
A lógico-matemática permite a resolução de um problema rapidamente, onde a solução pode ser encontrada antes mesmo de ser verbalizada. A linguística, decorre da interação do homem com o ambiente em que vive, modificando aquilo que é natural, e dessa forma, desenvolve e se expressa com linguagem própria, criando sua própria perspectiva de natureza. A naturalista se desenvolve através da interação e vivência com a natureza, tornando-se capaz de classificar seus elementos e se reconhecer como participante de um ecossistema. A forma interpessoal refere-se à capacidade de desenvolver e compreender os outros indivíduos com quem se relaciona, estabelecendo uma relação de empatia, aplicando valores como respeito e solidariedade, interpretando as expressões e linguagem corporais alheias.
Quanto à intrapessoal, permite se reconhecer integrante de um mundo, como possuidor de características únicas. A forma espacial é a inteligência que permite abstrair um espaço e a partir dele, realizar modificações na realidade, permitindo que se situe no local onde se encontra. A cinestésica é aquele que nos permite realizar os diversos movimentos corporais. A musical é o que permite ao indivíduo se expressar através dos sons e relacioná-los com o meio, sentimentos, elementos visuais e sensações. Por fim, a forma existencialista permite refletir de forma profunda sobre a existência, com a noção de que faz parte do mundo, apresentando questionamentos acerca de quem é, de onde veio e para onde vai, o motivo de morrer.
A percepção de emoções é entendida como uma das capacidades da inteligência emociona, ou melhor, é vista como a capacidade fundamental para a adequada utilização da inteligência emocional, posto que avalia e expressa emoções em si e nos outros, de forma verbal ou não verbal.
A inteligência emocional, apesar de se tornandomuito popular, seus conceitos são mais experimentais que científicos. As pessoas acreditam que os indivíduos que gerenciam melhor suas próprias emoções, provavelmente serão mais bem-sucedidos no trabalho e possuem melhor qualidade de vida. (ROBERTS; MENDOZA; NASCIMENTO, 2002).
Motivação também é um termo amplamente utilizado nos materiais de psicologia, em diferentes contextos, com significados diversos, podendo, inclusive, ser empregado em um mesmo parágrafo com significações diferentes. É um impulso que faz com que as pessoas ajam para alcançar seus objetivos. Pode ser intrínseca (ou automotivação) ou extrínseca (gerada pelo ambiente em que se vive).
Seguem alguns exemplos de definições de motivação, encontrados na literatura, dos mais diversos autores, organizados em ordem cronológica, o que indicam as variedades de abordagens na psicologia acerca da motivação humana, conforme apresentado por Todorov e Moreira (2005), no artigo “O Conceito de Motivação na Psicologia”:
“‘Um motivo é uma necessidade ou desejo acoplado com a intenção de atingir um objetivo apropriado’ (Krench & Crutchfield, 1959, p. 272).
‘Uma busca dos determinantes (todos os determinantes) da atividade humana e animal’. (Young, 1961, p. 24).
‘A propriedade básica dos motivos é a energização do comportamento’. (Kimble & Garmezy, 1963, p. 405).
‘O energizador do comportamento’. (Lewis, 1963, p. 560).
‘Um exame cuidadoso da palavra (motivo) e de seu uso revela que, em sua definição, deverá haver referência a três componentes: o comportamento de um sujeito; a condição biológica interna relacionada; e a circunstância externa relacionada’. (Ray, 1964, p. 101).
‘A psicologia tende a limitar a palavra ... aos fatores envolvidos em processos de energia, e a incluir outros fatores na determinação do comportamento’. (Cofer, 1972, p. 2).
‘Motivação, como muitos outros conceitos na psicologia, não é facilmente delimitado... Inferimos que 'uma pessoa está motivada' com base em comportamentos específicos que a pessoa manifesta ou com base em eventos específicos que observamos estarem ocorrendo’. (Ferguson, 1976, p. 3).
‘Em abordagem operacional, (motivação) é o conjunto de relações entre as operações de estimulação ou privação e as modificações observadas no comportamento que se processa após as citadas operações’. (Penna, 2001, p. 19).
‘A motivação tem sido entendida ora como um fator psicológico, ou conjunto de fatores, ora como um processo. Existe um consenso generalizado entre os autores quanto à dinâmica desses fatores psicológicos ou do processo, em qualquer atividade humana. Eles levam a uma escolha, instigam, fazem iniciar um comportamento direcionado a um objetivo...’. (Bzuneck, 2004, p. 9).”
Possível observar, nos trechos acima, as diversas maneiras como o conceito de motivação é apresentado, o que, segundo Todorov e Moreira (2005), evidencia não a quantidade de conhecimento que se tem sobre a motivação, mas sim, a falta dele.
Segundo a psicologia nossas motivações podem ser explicadas sob duas óticas: Impulso e Atração. As motivações guiadas pelo Impulso são regidas pelos nossos instintos e pulsões, e neste âmbito as decisões são tomadas com base em fatores externos. A motivação por atração corresponde aos estímulos internos que cada pessoa vê em determinada situação. 
A teoria de Maslow é uma das mais importantes teorias da motivação. Defende que as necessidades dos seres humanos obedecem a uma escala de valores, organizadas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, e quando realiza uma necessidade, surge a próxima.
Na base dessa pirâmide encontramos as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas), e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de autorrealização), e a partir dessas necessidades, procurou compreender e explicar as ações e o comportamento humano.
Figura 1 – Pirâmide das Necessidades de Maslow
Fonte: Sociedade Brasileira de Coaching. 2019
O termo Comportamento teve sua origem em 1908, na França, com Henri Piéron, e foi definido como o conjunto de procedimentos ou reações do indivíduo ao ambiente que o cerca, em determinadas circunstâncias.
O objeto de estudo da psicologia é o comportamento humano e sua relação com o ambiente em que ocorre. A Psicologia da Motivação compreende o estudo do comportamento do indivíduo suportado por suas motivações. Esta abordagem permite compreender como os seres humanos, em determinadas e diferentes situações, são motivados ou não a ação. Teve grande influência da teoria do Hedonismo, segundo a qual os seres humanos são motivados especialmente pela busca do bem-estar, prazer, através de ações positivas e da eliminação do mal-estar e de ações negativas.
Uma ação ou reação do organismo é definida como resposta quando identificada alguma alteração no ambiente, denominada estímulo. Essa interdependência é mais clara no comportamento respondente (de Pavlov, no qual a um estímulo segue-se uma resposta). No comportamento operante (de Skinner, que defende que o ambiente é modificado e produz consequências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante), essa relação não é tão simples.
Há dois aspectos do ambiente a serem considerados: (a) um efeito sobre o ambiente resultante da resposta e (b) alguma consequência que depende desse efeito.
Comportamento não é coisa; é processo. Qualquer instância de comportamento tem início, meio e fim. Para a psicologia, essa é sempre a variável dependente, independentemente da topografia ou do tipo de relação com o ambiente.
3 EMOÇÃO E VIDA AFETIVA, ESTRESSE E SINDROME DE BURNOUT, PERSONALIDADES
Para entender melhor o que acontece, é importante saber diferenciar o afeto, a emoção e o sentimento, que são facilmente confundidos, e saber como eles são capazes de influenciar nossa vida.
Emoção é a expressão afetiva intensa, dirigida a alguém ou a alguma coisa, e na maioria das vezes, de curta duração e acompanhada de reações fisiológicas (choro, tremor nas pernas, taquicardia, sudorese...).
Sentimentos são estados afetivos menos intensos e mais duráveis, também podendo ser chamados de estados de ânimo ou humores, e não precisam de regras ou estímulos para se manifestar, pois são de natureza cognitiva e sofrem interpretação subjetiva de cada situação. Não são dirigidos a alguém ou algo.
Afeto é um termo mais genérico, que abrange as sensações experimentadas, englobando tanto as emoções quanto os sentimentos.
As emoções podem se transformar em sentimentos e vice-versa., assim como sentimentos podem se transformar em emoções. Dessa forma, bons ou maus sentimentos podem fazer a pessoa se sentir mais emotiva ao reagir a um evento.
De acordo com Souza at al. (2009), sob a perspectiva de Maslach e Jackson (1981), a síndrome de burnout é um fenômeno tridimensional e, assim como o estresse, atua nos planos físico, social e psicológico do indivíduo, causando exaustão emocional, cinismo e ineficácia e apresenta-se, nos dias atuais, como um dos grandes problemas psicossociais que afetam a qualidade de vida de profissionais de diversas áreas e, por esse motivo, tem gerado grande interesse e preocupação na comunidade científica internacional, bem como em entidades governamentais, empresariais, educacionais e sindicais.
Na literatura, o conceito de estresse foi desenvolvido no século XVII, por Robert Hooke, no campo da física, que designou este termo quando se referia a determinada estrutura física afetada por uma carga muito pesada. Na área da saúde, o primeiro a definir o termo estresse foi o médico canadense Hans Selye, em 1926 (LIPP; MALAGRIS, 1995), segundo o qual, o estresse estaria relacionado à uma resposta orgânica representada por um conjunto de defesas sanguíneas contra qualquer tipo de estímulo nocivo (chamado de estressor), inclusive, com relação ao estímulo psicológico, oriundo do ambiente em que está inserido, e em 1959, definiu o estresse, num sentido biológico, como sendo um elemento inerente a toda doença que é produzida por modificações na composiçãoquímica e estrutural do corpo e que pode ser observada (de forma indireta) e mensurada (apud LIPP; GUEVARA, 1994).
Para ele, o estresse é observado a partir da Síndrome Geral da Adaptação (SGA), tratando-se de uma resposta não específica a uma lesão que envolve o sistema nervoso autônomo, e se desenvolve em três fases: alarme ou alerta, resistência e exaustão (FILGUEIRAS; HIPPERT, 2003).
A característica da fase do alarme é a manifestação aguda, com liberação de adrenalina e corticoides, quando o organismo apresenta reação de fuga ou luta em situação de perigo, em busca do restabelecimento da homeostase. (FILGUEIRAS; HIPPERT, 2003)
Na fase da resistência, o indivíduo usa todas as suas forças orgânicas para manter sua resposta, chegando ao desgaste que leva à terceira fase, a exaustão. (FILGUEIRAS; HIPPERT, 2003)
Na fase de exaustão, o organismo não consegue mais reagir à situação estressante e pode chegar à morte. (FILGUEIRAS; HIPPERT, 2003).
Estudos sobre o estresse biológico evoluíram e ampliaram para outras áreas do conhecimento, de forma que hoje encontramos pesquisas sobre o estresse, não só na área da saúde, mas também nas áreas psicológicas, sociais, biopsicossociológicas, ambientais, profissionais.
Os efeitos do estresse podem se apresentar de forma positiva ou negativa no desempenho do indivíduo, sendo que nesta última situação, também chamada de distress, há um aumento excessivo de desgaste de energia e ameaça da capacidade do indivíduo se desenvolver em seu ambiente, gerando, muitas vezes, danos ao organismo. As duas formas de estresse variam em cada pessoa podendo estar presente no mesmo sujeito, dependendo da situação em que ele ocorre (SAVOIA, 1988).
Estresse ocupacional, de acordo com Sousa at al. (apud Perkins), é o produto da relação entre o indivíduo e o ambiente laboral, em que as exigências desse ambiente ultrapassam as habilidades de enfrentamento do trabalhador, acarretando desgaste excessivo do organismo e interferindo em sua produtividade, então, o ambiente é definido como ameaçador para o trabalhador e o impede de realizar-se profissional e pessoalmente. Pode ser qualitativa quando a pessoa não possui as habilidades necessárias para desempenhar a função, e quantitativa quando se tem mais trabalho do que se pode realizar.
Estudiosos do assunto apresentam os sintomas do estresse ocupacional de maneiras diferentes.
Segundo Ballone (2002), podem dividir-se em físico e mental. O primeiro refere-se a dores de cabeça, palpitações, entre outros. O segundo relaciona-se às dificuldades de concentração, agressividade, irritação, passividade, medo, depressão, entre outros. Robbins (2002) divide os sintomas do estresse ocupacional em três categorias: fisiológica, comportamental e psicológica. A fisiológica está relacionada com as mudanças no metabolismo. A comportamental observa-se nas mudanças relacionadas à produtividade, absenteísmo, aumento do turnover, do tabagismo e do com sumo de álcool, assim como da fala rápida. Os sintomas da psicológica são observados na insatisfação no trabalho, na tensão, na ansiedade, na instabilidade, no tédio e na protelação das atividades. (SOUSA; MENDONÇA; ZANINI; NAZARENO. 2009)
Christina Maslach, professora universitária de Psicologia, é considerada uma das líderes da pesquisa sobre a síndrome de burnout no mundo, e explica sua definição: “burnout é o índice do deslocamento entre o que as pessoas são e o que elas têm que fazer. Isto representa uma erosão em valores, dignidade, espírito, e força de vontade. Uma erosão da alma humana” (MASLACH; LEITER, 1999, p. 17).
É considerada um quadro clínico psicológico extremo, relacionado ao estresse ocupacional, resultado de prolongado processo de tentativas de lidar com situações de estresse, porém, sem efeito. (CARLOTTO, 2001). 
A síndrome de burnout é uma reação a estressores ocupacionais contínuos, que se acumulam, portanto, diferente das reações agudas do estresse a incidentes críticos específicos, enfatizando o desgaste psicológico e as consequências psicológicas e sociais da exposição crônica (MASLACH, 2006), deixando o profissional sem ânimo e apático, não podendo ser considerado como privilégio de uma ou outra realidade social, cultura ou país. Atua em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização ou cinismo e falta de envolvimento pessoal no trabalho ou ineficácia (MASLACH, 2006)
Segundo Sousa (2006) a exaustão emocional é a situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos em nível afetivo, percebendo que suas energias e recursos emocionais estão esgotados, resultantes do contato cotidiano com os problemas. O cinismo ou despersonalização está relacionado ao desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de cinismo para com pessoas destinatárias do trabalho. A ineficácia ou falta de envolvimento pessoal é a tendência de uma evolução negativa no trabalho, chegando a afetar a habilidade de realização do trabalho e o contato com as pessoas.
Quanto à personalidade, nota-se que é utilizada em diversos sentidos pelas pessoas, identificando habilidades ou perícia social do indivíduo, características mais destacadas na pessoa, ou seja, seleciona-se atributos ou qualidades importantes para avaliar e identificar sua personalidade, podendo ser boa ou má. 
Em psicologia, a variação do uso do termo é ainda maior. Allport (1937 apud Hall, Lindzey e Campbell. 2000) extraiu quase cinquenta definições diferentes que classificou em algumas categorias amplas. Diferencia, primeiramente, a definição biossocial da biofísica, sendo a primeira aquela que mostra estreita relação com o uso popular da expressão, equiparando a “um valor social que o indivíduo provoca”, e a segunda, que se baseia em características ou qualidades da pessoa, tendo um lado orgânico e um aparente. Definiu, também: globalizante, como o tipo que abrange a personalidade por enumeração; o teórico, que comumente utiliza conceitos de maior importância para descrever o indivíduo.
Outras definições enaltecem, principalmente, a função integrativa da personalidade, sugerindo que a personalidade é um padrão a várias respostas distintas oferecidas pelo indivíduo.
Alguns teóricos consideram que a personalidade representa a essência da condição humana. Essas definições sugerem que a personalidade se refere àquela parte do indivíduo que é mais representativa da pessoa, não apenas porque a diferencia dos outros, mas principalmente porque é aquilo que a pessoa realmente é. 
A maneira pela qual determinadas pessoas definem a personalidade dependerá inteira e exclusivamente de sua preferência e afinidade teórica. Existem muitas teorias que estudam a personalidade, porém uma das mais importantes na história do estudo de personalidade está a de Freud, para quem o comportamento é resultado de três sistemas que são o Id, o Ego e o Superego. 
O Id é inato (nasce com a pessoa)o) e regido pelo princípio do prazer, exigindo satisfação imediata, desconsiderando as consequências indesejáveis; o Ego é uma evolução do Id, em que muitos dos desejos acabam sendo não satisfeitos, mas sim reprimidos; o Superego contém ideias derivadas dos valores familiares e sociais, servindo como censor das funções do ego, de onde derivam sentimentos de punição, medo e culpa. 
Assim, pode-se considerar o Id como sendo o componente biológico, o Ego como o psicológico e o Superego como o social da personalidade, trabalhando juntos sob a liderança do Ego.
É interessante também citar a teoria da personalidade estabelecida por Erich From, que vê a personalidade como um produto das condições culturais, que se desenvolve a partir daquilo que a sociedade oferece.
4 SAÚDE E DOENÇA, DISTÚRBIOS E FOBIAS
A história da saúde e da doença é, desde os tempos mais remotos, construções de significações sobre a natureza, as estruturas e funções do corpo e as relações pessoa-ambiente.
Os significados têm se mostrado diferente ao longo dos tempos, porém, duas concepções têm marcado o percurso da medicina:
Duas concepções têm marcado o percurso da medicina: a fisiológica,iniciada por Hipócrates, que explica as origens da doenças a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza, dentro e fora o indivíduo, centrando-se no paciente como um todo; e a ontológica, que afirma que as doenças são "entidades" exteriores ao organismo, que o invadem para se localizarem em várias das suas partes (ibidem), que explica os processos de doença na base de órgãos específicos perturbados (Myers e Benson,1992).
Mas há os que defendem que podem ser considerados quatro grandes períodos para descrever a evolução dos conceitos de saúde e doença: período pré-cartesiano, até ao século XVII; um período científico ou de desenvolvimento do modelo biomédico; a primeira revolução da saúde com o desenvolvimento da saúde pública; a segunda revolução da saúde, iniciada na década de 1970 (RIBEIRO, 1993)
De acordo com o dicionário Priberam, o termo fobia é definido como expressão da noção de medo patológico ou aversão, receio patológico persistente, medo exagerado ou grande aversão.
Para psicologia, é um medo irracional, exagerado, em resposta à exposição de certos objetos ou situações temidas. É considerado um dos transtornos de ansiedade mais frequentes apresentados pelo ser humano, e se manifesta por meio de pensamentos distorcidos, que se antecipam de forma negativa aos fatos e diminuem a capacidade de reação diante daquele que é temido, passando a evita-lo.
Existem alguns tipos de fobia: agorafobia (indivíduo evita lugares ou situações, como locais fechados ou isolados e multidões, devido à preocupação com a possibilidade de passar mal e não conseguir escapar ou obter socorro); social (preocupação com a possibilidade de fazer algo embaraçoso ou humilhante quando observado por outras pessoas, como falar em público, ou se alimentar ou escrever diante de outras pessoas); específicas (alguns tipos comuns relacionam-se ao medo de animais, de altura, de voar, de ver sangue ou receber uma injeção, dentre outras).
 Os sintomas físicos da fobia são: tremores, calafrios ou ondas de calor, transpiração excessiva, sensação de formigamento, taquicardia e dor no peito, náusea e vertigem, sensação de falta de ar, aperto na garganta, pavor de morrer, sensação de estar distante de si mesmo.
Estudos indicam que o pânico e a agorafobia aparecem com mais frequência em determinadas famílias, podendo ser resultado de hereditariedade ou, ainda, adquiridos por meio de aprendizagem, uma vez que as crianças “copiam” os pais.
Pelo exposto, constata-se que algum grau de ansiedade e timidez são considerados normais, desde que o indivíduo consiga manter o controle das situações; que não sejam tão intensos que levem a pessoa a evitar situações sociais, trazendo problemas afetivos e/ou profissionais; o medo seja grande o bastante para fazer o indivíduo declinar de projetos importantes em sua vida, acarretando em perdas pessoais, profissionais e/ou acadêmicos.
De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde, da Organização Pan-americana e Organização Mundial da Saúde (CID-10), o termo transtorno foi o mais utilizado para codificação, o que se deve, em grande parte, à terminologia psiquiátrica, possuindo acepção de alteração da personalidade. Seguem-se, com menor número de itens, distúrbio, disfunção e desarranjo.
Distúrbio tem um significado mais amplo que Disfunção, já que abrange alterações de natureza estrutural e funcional. No dicionário Priberam, é definido como sendo perturbação do sossego, algazarra, bulha, barulho, motim, travessura.
Disfunção se refere unicamente aos desvios da função de um órgão ou sistema. Conforme definição do dicionário Priberam, é a perturbação do funcionamento de um órgão ou aparelho, um mau funcionamento, assim como apresentado na definição médica. 
Desordem tem sido empregado principalmente em Odontologia e Otorrinolaringologia, e no mesmo dicionário, sua definição indica falta de ordem, confusão, balbúrdia, falta de alinho, desvairamento, tumulto, motim, briga, rixa, e também como desarranjo. 
Este último termo, o desarranjo, embora raramente utilizado, deve ser mantido por constar do CID-10, cuja definição no Priberam, é o ato ou efeito de desarranjar, falta de arranjo, desordem, desconcerto, mau governo, desperdício, mania e abortamento.
5 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Relacionamento é entendido como a capacidade de relacionar-se ou conviver com outras pessoas.
As relações interpessoais acontecem com a interação compartilhada por duas ou mais pessoas, em diversos contextos (organizacionais, educacionais, familiares, comunitários), e são geridas por costumes e normas de acordo com cada cultura. É um termo utilizado pela sociologia e pela psicologia para definir qualquer tipo de relação entre pessoas.
O primeiro contato entre duas ou mais pessoas é a chamada “primeira impressão”, e se refere ao impacto causado de um no outro, e depende de diversos fatores psicológicos, das experiências individuais, expectativas e motivações, além, é claro, da própria situação em que ocorre o encontro (MOSCOVICI, 1985).
Se a primeira impressão foi positiva para ambas as partes, haverá facilitação do relacionamento interpessoal, estabelecendo-se simpatia e aproximação. Se for positivo de apenas uma das partes, há a tendência de dificuldades no relacionamento, exigindo grande esforço das partes envolvidas, portanto, a influência é recíproca.
O comportamento das pessoas é o que define a forma como o ambiente se apresenta, ou seja, agradável, harmonioso e com sucesso produtivo ou tenso, conflitante e com desempenho insatisfatório. Isto confirma que a interação das pessoas num ambiente afeta diretamente o resultado de suas atividades. Cada vez que uma nova pessoa ingressa num grupo, leva suas crenças, expectativas, valores, entre outros, e isso, certamente, influenciará na interação e dinâmica do grupo, mas o processo de interação não se resume, simplesmente, à soma das características individuais de cada um dos participantes, mas sim um conjunto de forças presentes e atuantes que assumem uma configuração própria, desenvolvendo seu próprio processo.
Muitas pessoas obtêm sucesso trabalhando sozinhos, no entanto, quando exercem a mesma atividade em grupo, o rendimento não é o mesmo, pois não conseguem trabalhar em conjunto com outras pessoas.
Para que haja relacionamento interpessoal, há necessidade de que as pessoas tenham competência interpessoal, e para isso, são necessárias algumas habilidades fundamentais: ampliação da percepção (percepção acurada e sensível das pessoas envolvidas na situação interpessoal e também dos fatores significativos que afetam a situação); autoconhecimento (boa percepção de si mesmo, estando consciente da forma como interage com as pessoas e como se deixa influenciar pelas ações, comentários, condutas e opiniões, aceitando suas carências e habilidades), receber feedback (disponibilidade interna para o crescimento, coragem e desprendimento para o processo de autoconhecimento), dar feedback (oferecer feedback direcionada à pessoa e não para o fato, sendo uma maneira de no crescimento do outro), flexibilidade (na percepção e atitudes para visualizar os mais variados aspectos da mesma situação e agir de forma diferenciada conforme cada circunstância, não seguindo um padrão estático e rotineiro de comportamento); equilíbrio entre cognição e emoção (considerar os conteúdos cognitivos de forma equilibrada numa situação de troca interpessoal).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coaching (2017), num relacionamento, sempre há ganhos e perdas, e existe equilíbrio quando todos os envolvidos conseguem obter o máximo de ganhos e o mínimo de perdas, e quando ocorre desequilíbrio, há deterioração no relacionamento.
6 REFERENCIAS
STERNBERG, R. J. Inteligência para o Sucesso Pessoal. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
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TRAVASSOS, L. P. Inteligências Múltiplas. Revista de Biologia e Ciências da
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https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/fobias.htm
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https://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-e-psicologia/psicologia-da-motivacao/
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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/relacionamento-interpessoal/22867
https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/fobia
https://www.santalucia.com.br

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