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2_Sequencia clinica e laboratorial

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| PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 9
SEQUÊNCIA CLÍNICA E 
LABORATORIAL DE UMA 
PRÓTESE FIXA 
METALOCERÂMICA DE 
TRÊS ELEMENTOS
Letícia Resende Davi 
Karla Zancopé 
Luís Henrique Araújo Raposo 
Paulo Cézar Simamoto Júnior 
Veridiana Resende Novais 
Marlete Ribeiro da Silva 
Célio Jesus do Prado 
Márcio Teixeira 
Adérito Soares da Mota 
Alfredo Júlio Fernandes Neto 
Flávio Domingues das Neves
INTRODUÇÃO
A Odontologia contemporânea oferece várias opções de tratamento reabilitador nos casos 
de ausência de um elemento dentário. O avanço tecnológico possibilitou a diversificação de 
materiais, técnicas e equipamentos, bem como a instalação de implantes osseointegrados, 
que permitem ao profissional restaurar as estruturas perdidas, aproximando o procedimento 
reabilitador ao máximo do dente natural, por meio do biomimetismo.
10 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 O desafio a ser enfrentado é realizar um tratamento que devolva a estética, a 
fonética e a função sem o comprometimento dos dentes pilares, mas que tenha 
indicação correta, como a espessura e a altura óssea no caso dos implantes os-
seointegrados, a quantidade de esmalte e dentes bem posicionados no caso das 
próteses adesivas, dentes pilares com coroas clínicas parcialmente destruídas no 
caso das próteses fixas convencionais e o custo acessível no caso das próteses par-
ciais removíveis.
No entanto, as vantagens e desvantagens de cada tratamento devem ser apresentadas ao 
paciente frente a essas opções, para que ele faça a escolha e assuma os riscos inerentes de 
cada tipo de prótese.
A perda de um órgão dentário ou mesmo a sua agenesia compromete a autoestima e a 
qualidade de vida do paciente. Esta ausência pode ser solucionada com a utilização de 
próteses parciais do tipo removível ou fixa, devolvendo a estética, a fonética e a função ao 
aparelho estomatognático.
 A prótese parcial removível (PPR) é um aparelho protético que possui grampos, 
apoios e infraestrutura metálica para o suporte dos dentes artificiais, o que pode 
causar desconforto ao paciente e sobrecarga aos dentes pilares.1
Já, com a prótese parcial fixa, três alternativas estão disponíveis para a escolha do paciente: 
prótese sobre implante, prótese adesiva ou prótese fixa de três elementos.
 O implante osseointegrado unitário deve ser a primeira escolha quando os dentes 
contíguos são hígidos e o planejamento cirúrgico propicia a sua instalação,2-4 pois, 
além de ser um procedimento que exige baixo ou nenhum custo biológico às es-
truturas dentais adjacentes, essa opção permite custos financeiros equiparáveis aos 
das próteses fixas convencionais.5
O paciente deve ter estrutura óssea com espessura e altura suficientes, situações essas que 
podem ser melhoradas com atos cirúrgicos reconstrutivos, como os enxertos ósseos. En-
tretanto, tais procedimentos envolvem maior tempo de tratamento, custo mais elevado e 
morbidade ao paciente.
A prótese adesiva é uma opção mais conservadora pelo pequeno desgaste em espessura de 
esmalte comparada à prótese parcial fixa de três elementos, sendo benéfica ao periodonto e 
ao complexo dentinopulpar.6 No entanto, é mais limitada em suas indicações, necessitando 
de área suficiente de esmalte para a retenção da infraestrutura, dentes bem posicionados e 
oclusão favorável.7
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 11
 A prótese fixa convencional de três elementos figura como boa alternativa para a 
reposição de dentes ausentes e está consagrada na literatura científica, com altos 
índices de sucesso.8,9
Essa opção, no entanto, possui desvantagens, como o desgaste das estruturas dentárias, 
que deve ser levado em consideração quando os dentes são hígidos e bem posicionados; a 
inerente dificuldade de higienização na área de pôntico, quando comparada aos implantes 
unitários; o processo de fixação em dentes vitalizados, que agride o tecido pulpar e a pos-
sibilidade de recidiva de cárie em virtude da solubilidade da maioria dos cimentos odon-
tológicos em meio bucal.
 A prótese parcial fixa metalocerâmica é composta por infraestrutura metálica que 
se adapta sobre o preparo do dente e de cerâmica de cobertura aplicada sobre a 
infraestrutura.
Esse tipo de prótese apresenta índices de sucesso que variam de 72 a 87% após 10 anos, 
69 a 74% de sucesso após 15 anos e, aproximadamente, 53% de sucesso após 30 anos.10,11 
Isso se deve à elevada resistência da infraestrutura metálica e à boa estética conferida pelo 
recobrimento em cerâmica, cuja estrutura vítrea não sofre alteração de cor no decorrer do 
tempo.
Além disso, a interação constante entre o cirurgião-dentista e o técnico em prótese dentária, 
em cada etapa, é essencial e deve buscar a excelência nos procedimentos para se obter 
sucesso e longevidade com o tratamento envolvendo a prótese fixa.
 Esse tratamento pode ser uma opção viável para a reabilitação de pacientes com 
ausência dentária unitária e que possuem qualquer impedimento cirúrgico para a 
instalação de implante osseointegrado.
Os procedimentos anteriores ao preparo propriamente dito [anamnese, exame clínico ex-
traoral, exame clínico intraoral, radiografias e exame dos modelos montados em articulador 
semiajustável (ASA)] são de suma importância para o planejamento do caso. Além disso, 
cada etapa clínica e laboratorial contempla a possibilidade de erros que devem ser corrigidos 
para se passar à etapa seguinte da confecção de uma prótese fixa.
A relação de materiais e instrumentais necessários, a avaliação clínica e o passo a passo 
completo para a realização de cada etapa clínica estão descritos no checklist. Portanto, a 
sequência clínica e laboratorial para a confecção de uma prótese fixa metalocerâmica de três 
elementos anteriores será completamente descrita a seguir.
12 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
§ identificar a sequência das etapas clínicas e laboratoriais para a confecção de uma 
prótese parcial fixa metalocerâmica de três elementos;
§ planejar e realizar uma prótese parcial fixa metalocerâmica de três elementos;
§ reconhecer a importância de cada etapa clínica e laboratorial da realização da prótese 
parcial fixa metalocerâmica de três elementos.
ESQUEMA CONCEITUAL
Métodos para se confeccionar 
a restauração provisória
Anamnese, exame clínico extraoral, exame clínico intraoral e exame radiográfico
Moldagem de estudo, registro com arco facial e registro intermaxilar 
para a montagem em articulador semiajustável
Caso clínico
1ª etapa clínica – Preparos nos dentes pilares e confecção
do provisório de três elementos
2ª etapa clínica – Moldagem de trabalho e registros para a montagem 
em articulador semiajustável
1ª etapa laboratorial – Obtenção dos modelos de trabalho, montagem em 
articulador semiajustável, enceramento, recorte de troquel e selamento de bordo
3ª etapa clínica – Ajustes dos retentores metálicos e remoção para soldagem
2ª etapa laboratorial – Inclusão e soldagem da infraestrutura metálica
4ª etapa clínica – Ajuste da infraestrutura metálica soldada, registro 
intermaxilar, moldagem de transferência (remontagem) e seleção da cor
3ª etapa laboratorial – Obtenção do modelo de trabalho para a remontagem em 
articulador semiajustável, preparo do metal e aplicação de cerâmica de cobertura
5ª etapa clínica – Ajuste da cerâmica
4ª etapa laboratorial – Pigmentação extrínseca, glazeamento e polimento
6ª etapa clínica – Cimentação provisória
7ª etapa clínica – Cimentação definitiva
8ª etapa clínica – Manutenção
Checklist para a realização de uma prótese fixa 
metalocerâmica de três elementos
Conclusão
Inclusão e fundição dos 
retentores separadamente
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 13
ANAMNESE, EXAME CLÍNICO EXTRAORAL, EXAME 
CLÍNICO INTRAORAL E EXAME RADIOGRÁFICO
 Para a realizaçãodo correto planejamento, é necessário entender e analisar o con-
texto das necessidades do paciente. Uma anamnese completa deve ser conduzida 
para obter todas as informações necessárias.
A anamnese deve ser realizada a partir da primeira consulta e não somente durante o pri-
meiro atendimento. Todas as informações devem ser atualizadas a cada sessão clínica, o que 
pode determinar alterações em um planejamento já delineado.
 Em uma anamnese completa, devem ser coletadas as informações sobre a saúde 
geral do paciente. A existência de doenças sistêmicas pode determinar os cuidados 
especiais durante o tratamento, como, por exemplo, diabetes ou hipertensão.
Os hábitos parafuncionais também devem ser considerados importantes fatores que podem 
interferir no tratamento com prótese fixa. A dieta do paciente pode determinar alterações 
na cavidade bucal, sendo que a ingestão frequente de alimentos ácidos pode promover a 
perda de substância dentária.
Durante o exame clínico extraoral, deve-se analisar o perfil facial do paciente, a fim de de-
terminar as alterações na dimensão vertical de oclusão (DVO), a simetria facial, a hipertoni-
cidade dos músculos da face e o suporte de lábio.
 Durante a anamnese, devem ser observadas a estética, a linha labial e a fonética do 
paciente ao responder às perguntas, assim como a postura do paciente. Todas es-
sas características podem indicar alterações importantes e que poderão influenciar 
diretamente nas propostas de tratamento.
A articulação temporomandibular (ATM) deve receber atenção especial durante o exame 
clínico. Devem-se analisar a presença de estalidos – clicks e dor, a amplitude de abertura bu-
cal (normal ou limitada) e os desvios durante o movimento de abertura bucal. Em seguida, 
deve-se realizar a palpação muscular para o diagnóstico dos distúrbios temporomandibula-
res (DTMs) de origem muscular.
A palpação é realizada sob pressão firme nos músculos dos dois lados da face, sendo exer-
cida simultaneamente com as pontas dos dedos para avaliar, além da dor, a tonicidade 
muscular, os trigger points e o edema. Todo e qualquer sinal ou sintoma deve ser anotado 
na ficha clínica do paciente.
14 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Depois da análise extraoral, inicia-se o estudo das condições intraorais do paciente. Nessa 
etapa, os dentes, os tecidos moles, os tecidos de suporte e a oclusão devem ser criteriosa-
mente analisados. O exame clínico intraoral deve iniciar-se pela avaliação da mucosa, da 
língua, do assoalho bucal e dos demais tecidos, que devem ser palpados e inspecionados à 
procura de lesões benignas ou neoplásicas.12
 Na grande maioria das vezes, o cirurgião-dentista consegue identificar as lesões im-
portantes na cavidade bucal, encaminhando o paciente para o tratamento médico, 
quando necessário.
O próximo passo é analisar os dentes, o periodonto e a área edêntula que receberão o pôn-
tico. A oclusão desempenha papel importante nessa avaliação, sendo que qualquer distúr-
bio oclusal impedirá o fechamento fisiológico da mandíbula em oclusão em relação cêntrica 
(ORC).13 Nesse momento, também é importante analisar a higiene bucal, como também 
esclarecer a sua importância para a longevidade do tratamento.
Para complementar, o registro fotográfico é importante para visualizar as caracterizações e 
cores dos elementos dentários e para auxiliar o técnico em prótese dentária na aplicação da 
cerâmica, no intuito de mimetizar as estruturas naturais dos dentes.
 Além disso, deve-se realizar o exame radiográfico para identificar a área de su-
perfície do suporte ósseo, a condição das raízes dentárias, a presença de lesões 
periapicais, o tratamento endodôntico satisfatório, a presença de raízes residuais e 
corpos estranhos, entre outros exames.
As radiografias panorâmicas são muito úteis, por fornecer uma visão geral da condição do 
paciente. Em reabilitações extensas, essas radiografias tornam-se indispensáveis.
Entretanto, as radiografias periapicais e interproximais também devem ser realizadas para 
que possam ser visualizados os detalhes pertinentes a cada região de interesse. Essa técnica 
deve ser realizada mantendo o paralelismo, com o auxílio de posicionadores de filmes ra-
diográficos, a fim de evitar distorções que possam comprometer a realização do tratamento.
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 15
ATIVIDADE
1. Na grande maioria das vezes, o cirurgião-dentista:
A) não consegue identificar as lesões importantes na cavidade bucal.
B) consegue identificar lesões importantes na cavidade bucal.
C) descarta lesões importantes na cavidade bucal.
D) não procura por lesões importantes na cavidade bucal.
Resposta no final do artigo
2. O que deve ser verificado em uma anamnese completa?
A) A saúde geral do paciente, a existência de doenças sistêmicas e o perfil facial do 
paciente.
B) A existência de doenças sistêmicas, o perfil facial do paciente e os hábitos parafun-
cionais.
C) Os hábitos parafuncionais, a saúde geral do paciente e o perfil facial do paciente.
D) A saúde geral do paciente, a existência de doenças sistêmicas e os hábitos parafun-
cionais.
Resposta no final do artigo
3. Na avaliação do paciente, as radiografias _________ fornecem uma visão geral da con-
dição do paciente. Qual alternativa a seguir preenche corretamente a lacuna?
A) Panorâmicas.
B) Periapicais.
C) Interproximais.
D) Oclusais.
Resposta no final do artigo
16 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
MOLDAGEM DE ESTUDO, REGISTRO COM ARCO FACIAL 
E REGISTRO INTERMAXILAR PARA A MONTAGEM EM 
ARTICULADOR SEMIAJUSTÁVEL
 Para que o caso seja planejado adequadamente e, inclusive, mostrado ao paciente, 
sugere-se a montagem de modelos de estudo em ASA.
Se, durante o exame clínico, forem detectados sinais e sintomas de oclusão traumática, 
alterações periodontais e/ou endodônticas que devam ser corrigidas, isso deve ser feito 
previamente ao tratamento protético escolhido pelo paciente.
 Essa montagem poderá ser utilizada para a confecção prévia de um esboço de 
provisório, se a opção for por uma prótese fixa, ou um guia radiológico/cirúrgico, 
se a opção for por uma prótese implantada.
Nessa etapa, é planejada a reabilitação de pacientes com ausência dentária. As indicações 
de prótese fixa ou removível e as vantagens e desvantagens de cada tratamento são esclare-
cidas para que o paciente faça a escolha.
No decorrer das próximas etapas clínicas e laboratoriais, será apresentado um caso clínico.
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 17
CASO CLÍNICO 1
Paciente de 28 anos, sexo masculino, apresentava insatisfação estética em virtude da 
ausência do dente 11 e da giroversão do dente 12 (Figuras 1A-B).
O paciente usava a PPR provisória feita em outro serviço (Figuras 2A-B), e que fraturou 
após a primeira consulta.
Figura 1 – Aspecto clínico inicial do paciente com o dente 12 girovertido para mesial e ausência do 
dente 11: A) vista frontal; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 2 – PPR provisória usada para substituir o dente 11 ausente: A) vista frontal; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Com o objetivo de oferecer mais conforto ao paciente, foi confeccionada uma prótese 
fixa adesiva direta, com dente de estoque em resina acrílica e fixação com resina com-
posta, de caráter temporário e de urgência (Figuras 3A-B).
A B
A B
18 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
O referido paciente optou pela realização de uma prótese fixa metalocerâmica de três 
elementos.
Ressalta-se que a escolha pelo paciente por este tipo de tratamento baseou-se no 
custo (já que ainda necessitaria de Ortodontia e enxerto ósseo), no tempo para obter 
uma prótese fixa, no seu receio quanto à cirurgia de enxerto ósseo necessária, dada a 
falta de espessura para a instalação de implantee a necessidade de Ortodontia para 
adequar o espaço protético mesiodistal.
A prótese parcial fixa metalocerâmica de três elementos, incluindo as etapas clínicas e 
laboratoriais, será apresentada a seguir.
Figura 3 – Devido à fratura da PPR provisória e no intuito de proporcionar mais conforto ao paciente, 
foi confeccionada uma prótese fixa adesiva direta, com dente de estoque e resina composta: A) vista 
frontal; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
No Quadro 1, são apresentadas as etapas clínica e laboratorial da prótese parcial fixa meta-
lo cerâmica de três elementos.
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 19
1ª ETAPA CLÍNICA – PREPAROS NOS DENTES PILARES E 
CONFECÇÃO DO PROVISÓRIO DE TRÊS ELEMENTOS
Após a análise e o planejamento com o auxílio dos modelos de estudo, parte-se para os 
preparos dos dentes pilares, que servirão de alicerce para a futura prótese fixa. É interessante 
e proveitoso, antes de iniciar os preparos, anotar a cor dos dentes que serão desgastados.
Quadro 1
SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL – PRÓTESE PARCIAL FIXA METALOCERÂMICA 
DE TRÊS ELEMENTOS
Etapas clínicas Etapas laboratoriais
1ª – Preparos nos dentes pilares 
e confecção de provisório de três 
elementos
2ª – Moldagem de trabalho e registros 
para a montagem em ASA
3ª – Ajustes dos retentores metálicos e 
remoção para a soldagem
4ª – Ajuste da infraestrutura metálica 
soldada, registro intermaxilar, 
moldagem de transferência e seleção 
da cor
5ª – Ajuste da cerâmica
6ª – Cimentação provisória
7ª – Cimentação definitiva
8ª – Manutenção
→
←
→
←
→
←
→
←
1ª – Obtenção dos 
modelos de trabalho e 
montagem em ASA, 
enceramento, recorte 
de troquel e selamento 
de bordo, inclusão e 
fundição dos 
retentores separadamente
2ª – Inclusão e 
soldagem da 
infraestrutura 
metálica
3ª – Obtenção de modelo 
de trabalho para remontagem 
em ASA, preparo do metal 
e aplicação de cerâmica
4ª – Pigmentação extrínseca, 
glazeamento e polimento
20 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 O preparo dos dentes pilares é um passo extremamente decisivo para a confecção 
da prótese fixa satisfatória, visto que, neste momento, define-se a espessura do 
material restaurador, a inclinação das paredes, a forma e o nível do término da 
restauração, entre outras características.
Em dentes com destruições parciais ou totais das coroas, faz-se necessária a confecção 
de núcleo de preenchimento ou instalação de retentor intrarradicular, podendo o retentor 
ser pré-fabricado reforçado por fibras ou personalizado, moldado e fundido em liga me-
tálica.14,15
 Não é o objetivo do presente artigo discutir a respeito dos retentores intrarradicu-
lares mencionados para que o leitor se atenha à sequência clínica e laboratorial ne-
cessária para a confecção de uma prótese fixa metalocerâmica de três elementos.
O preparo dos dentes pilares de prótese fixa deve respeitar os princípios mecânicos de re-
tenção, estabilidade, rigidez e adaptação marginal; os princípios biológicos de preserva-
ção da vitalidade do órgão pulpar e saúde periodontal; além de princípios relacionados à 
 estética.6,12,16,17
A retenção mecânica da prótese vai depender, basicamente, da angulação em que as pare-
des axiais serão preparadas (Figuras 4A-B).
Figura 4 – Preparo para a coroa total metalocerâmica no dente 21: A) metade mesial, desgaste distal com 
separação do dente contíguo de 1mm na cervical e sulco de orientação na vestibular; B) vista lingual da 
metade mesial preparada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 21
 Quanto menos inclinadas e convergentes para incisal forem as paredes axiais, 
maior será a retenção friccional propiciada pelo preparo; entretanto, as paredes 
paralelas podem dificultar a inserção da prótese.
Dessa forma, as paredes axiais devem ser preparadas convergindo para oclusal, com ângulo 
de 2 a 5º no terço cervical (primeira inclinação) e 5 a 10º no terço incisal (segunda inclinação) 
(Figuras 5A-B).18
Contudo, somente a retenção friccional não é suficiente para manter a prótese em posição. 
A ação conjunta do agente de fixação, desde que corretamente selecionado e manipulado, 
proporcionará retenção adequada para a prótese fixa.
 Nos casos nos quais a coroa clínica do dente é considerada curta (menor do que 
3mm de remanescente dentário após o preparo), deve-se realizar a confecção de 
canaletas que ajudem na retenção mecânica da restauração, juntamente com as 
paredes axiais com inclinação de 2 a 5º.
A espessura necessária para o material restaurador sempre deve ser respeitada, a fim de pro-
mover restaurações suficientemente resistentes e estéticas. Em alguns casos, o tratamento 
endodôntico prévio pode ser necessário em dentes demasiadamente girovertidos, para que 
a sua posição possa ser corrigida durante o preparo.
Figura 5 – Preparo finalizado para a coroa total metalocerâmica no dente 21: A) vista frontal; B) vista incisal, 
com término cervical subgengival contínuo e definido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
22 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 Considerando o preparo de pilares para receber uma prótese fixa de três elemen-
tos, é necessário verificar se os preparos possuem direção única de inserção. Nessa 
fase de preparo, é possível modificar a inclinação dos dentes pilares para favorecer 
a estética.
Caso haja alguma dúvida quanto aos preparos, deve-se realizar uma moldagem de estudo, 
para que o modelo seja analisado, verificando a presença de áreas retentivas que devem ser 
corrigidas no preparo, tão logo sejam identificadas.
 O término do preparo deve ser contínuo, nítido e bem definido. O tipo de término 
indicado para as coroas totais metalocerâmicas é o término em chanfrado, para 
adequada adaptação do metal, o que leva a uma menor linha de cimentação e 
ainda facilita o escoamento do excesso de cimento.12
Quando necessário, o ângulo cavossuperficial do término pode ser posicionado em nível 
subgengival, respeitando as distâncias biológicas, o que representa condição importante 
para a manutenção da saúde periodontal. Do ponto de vista periodontal, o ideal seria que os 
términos dos preparos fossem supragengivais, ou seja, que o término da restauração ficasse 
afastado do tecido gengival.
Contudo, por motivos principalmente estéticos, a localização do término do preparo deve 
ser de 0,5 a 0,7mm subgengival. Até essa profundidade não há danos ao periodonto, desde 
que a adaptação, o contorno, a forma e o polimento do provisório e da restauração definitiva 
estejam adequados, e que o paciente seja instruído para realizar a limpeza eficaz dessa área.
 Se o preparo executado em nível subgengival violar as distâncias biológicas, cer-
tamente ocorrerá alteração gengival, que poderá evoluir para a perda de inserção 
óssea.19
A técnica de preparo que será sugerida e demonstrada para o dente 21 no presente artigo 
é a técnica da silhueta modificada,19 o que apenas otimiza o resultado final e agiliza o pro-
cesso de desgaste dentário a partir de pequenas alterações nos passos clínicos da técnica da 
silhueta, realizada em grande parte das Faculdades de Odontologia do país.
É importante salientar que respeitar os princípios de confecção dos preparos e o resultado 
final a ser alcançado é mais importante do que a técnica escolhida. O dente 12 estava giro-
vertido, por isso não pôde ser preparado por nenhuma dessas técnicas. A sugestão foi des-
gastar os volumes maiores e, a partir desse momento, seguir com o preparo convencional.
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 23
Obviamente, houve um desgaste maior do que o exigido pelo material restaurador com 
objetivo de restabelecer a correta forma na prótese, e, nestes casos, corre-se o risco de 
exposição pulpar e o paciente deve ser advertido do risco de necessitar de tratamentoen-
dodôntico. No caso apresentado, não houve problemas (Figuras 6A-14B).
Figura 6 – Preparo para coroa total metalocerâmica no dente 12: A) proteção do dente contíguo com a 
porta matriz e matriz de aço de 7mm. Ponta cônica paralela à direção de inserção pretendida para a coroa. 
O desgaste mesial foi mínimo em virtude da giroversão dentária; B) desgaste distal com a ponta diamantada 
cônica nº 3203 ou 2200 para a separação do dente contíguo de 1mm na cervical e eliminação da convexidade 
da área proximal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 7 – Vista incisal da separação cervical do dente 
12 com o dente contíguo. O desalinhamento no arco 
é observado com o traço de lápis preto na incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 8 – Sulco marginal cervical da face vestibu-
lar do dente 12 com a ponta diamantada esférica 
nº 1014.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
24 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 9 – Desgaste da face incisal do dente 12 com 
a ponta diamantada nº 3216, seguindo a inclinação 
da face incisal para o palatino.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 10 – Desgaste da face vestibular (metade mesial) com a ponta 
diamantada nº 3216 seguindo as inclinações das faces: A) 1ª inclina-
ção; B) 2ª inclinação; C) terço cervical da face lingual do dente 12.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 11 – Desgaste da concavidade palatina do 
dente 12 com a ponta diamantada nº 3118 ou 3168.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 25
Figura 12 – Vista incisal do preparo da metade me-
sial do dente 12.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 13 – Vista frontal do preparo da face vestibu-
lar do dente 12 – terço médio e cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 14 – Preparo finalizado para a coroa total metalocerâmica no dente 12: A) vista frontal após o preparo 
do término subgengival com a ponta diamantada nº 3216, acabamento do preparo com a ponta diamantada 
nº 3145FF e 3216 em baixa rotação e do término com a ponta diamantada nº 3122F; B) vista incisal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
26 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
ATIVIDADE
4. Com relação aos princípios que devem ser observados ao se realizar os preparos dentá-
rios para as coroas totais, no caso de coroas clínicas curtas, devem ser realizados alguns 
procedimentos para otimizar a retenção friccional. São eles:
A) Diminuir a quantidade de desgaste e a confecção de caixas retentivas.
B) Planejar a superfície oclusal em metal e aumentar a quantidade de desgaste.
C) Preparar as paredes axiais com convergência de 2 a 5º e inclusão de canaletas de 
retenção adicional.
D) Eliminar as interferências oclusais e realizar o tratamento endodôntico.
Resposta no final do artigo
5. O tipo de término cervical indicado para metalocerâmica e a extensão subgengival do 
preparo em áreas estéticas deve ser, respectivamente:
A) chanfrado; 1,0mm.
B) ombro reto; 0,5mm.
C) chanferete; 1,0 a 1,5mm.
D) chanfrado; 0,5mm.
Resposta no final do artigo
6. Após a realização de um preparo para a coroa total e a confecção de provisório, o 
paciente retorna na sessão seguinte com queixa de hipersensibilidade dentinária e/ou 
pulpar. Qual das alternativas a seguir pode explicar tal ocorrência?
A) Adaptação da coroa provisória comprometida.
B) Quantidade excessiva de desgaste do preparo.
C) Presença de interferência oclusal na coroa provisória.
D) Todas as alternativas anteriores.
Resposta no final do artigo
7. Do ponto de vista periodontal, o ideal seria que os términos dos preparos fossem:
A) infragengivais.
B) supragengivais.
C) intragengival.
D) colados ao tecido gengival.
Resposta no final do artigo
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 27
8. Considerando o preparo de pilares para receber uma prótese fixa de três elementos, é 
necessário verificar se:
A) os preparos não possuem inclinação dos dentes pilares.
B) os preparos possuem variadas direções de inserção.
C) os preparos possuem direção única de inserção.
D) os preparos possuem, preferencialmente, áreas retentivas.
Resposta no final do artigo
MÉTODOS PARA SE CONFECCIONAR A RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA
Existem vários métodos para se confeccionar a restauração provisória, e entre eles podem 
ser citados:6,12,16,17
§ as técnicas diretas – molde de alginato ou de silicone a partir do dente a ser prepara-
do, faceta estética com dentes de estoque e técnica da resina esculpida;
§ as técnicas indiretas – provisório prensado e matriz de acetato.
Em caso de dentes vitalizados, deve-se utilizar um produto selador, como o verniz cavitário 
ou um adesivo autocondicionante antes da confecção do provisório (Figura 15).
Figura 15 – Aplicação de verniz cavitário para a pro-
teção dos dentes vitalizados.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
 A coroa provisória tem como funções: proteger a dentina e a polpa de agentes 
nocivos ou irritantes, restabelecer a estética e a função mastigatória e preservar a 
relação do elemento dentário com o tecido gengival e os dentes vizinhos/antago-
nista.
28 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
O uso da restauração provisória permite o teste clínico em relação à integridade biológica, 
estética e funcional, em especial nos casos de modificação da posição dentária e do con-
torno restaurador.20 As técnicas mais utilizadas estão descritas no checklist.
Independentemente da técnica, a coroa provisória deve ter uma adaptação marginal satis-
fatória para vedar o preparo, evitando cáries e hipersensibilidade dentinária (Figuras 16 a 21).
Figura 16 – Isolamento dos dentes preparados para 
a confecção das coroas provisórias em resina acrílica 
ativada quimicamente (RAAQ).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 17 – A) Acabamento das coroas provisórias dos dentes 12 e 21 com broca maxicut de Tungstênio PM. 
B) Preservação do término cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 29
Figura 18 – Reembasamento das coroas provisórias. A) Acréscimo de RAAQ no término cervical do dente 
preparado. B) Posicionamento da coroa provisória. C) Acréscimo de RAAQ no terço cervical das coroas provi-
sórias do dente 21. D) O mesmo para o dente 12.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 19 – A) Delimitação do término cervical com lápis preto. B) Acabamento inicial da coroa provisória 
com ponta diamantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D
A B
30 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 20 – A) Confecção do pôntico provisório. B) Adaptação de cera utilidade na palatina das coroas pro-
visórias. C) Vista incisal do posicionamento do pôntico provisório na cera utilidade. D) Vista frontal do pôntico 
em posição. E) União do pôntico com os provisórios dos dentes 12 e 21. F) Conferência dos contatos em 
protrusão para o correto alinhamento do pôntico.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
A B
E F
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 31
A oclusão deve estar ajustada, impedindo a extrusão dos elementos antagonistas ou até 
mesmo a movimentação do dente preparado (Figuras 22A-26).
Figura 21 – Acréscimo de RAAQ na cervical do pôn-
tico. Manter o arco côncavo gengival semelhante 
aos outros elementos dentais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 22 – A) Acabamento da prótese provisória para manter o espaço para a higienização favorável. 
B) Notar que o fio dental toca toda a extensão do pôntico, possibilitando sua futura higienização.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 23 – Verificar os contatos proximais com o fio dental: A) na distal do dente 12; B) na distal do dente 21.
Fonte: Arquivo de imagens dosautores.
A B
A B
32 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 24 – Verificar o espaço para a higienização na área do pôntico: A) com a prótese provisória em posi-
ção; B) com redução da largura vestibulolingual para facilitar a higiene.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 25 – A) Análise dos contatos durante o movimento de protusão, com fita carbono Accufilm. B) Remo-
ção dos excessos com ponta diamantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 26 – Avaliação dos contatos incisais em pro-
trusão.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 33
Depois dos ajustes estéticos e da região subgengival (Figuras 27A-39), o provisório deve ser 
polido com critério, para que a superfície esteja lisa, evitando o acúmulo de placa e a pig-
mentação extrínseca (Figuras 30A-32).
Figura 27 – A) Ajuste estético da prótese provisória na região cervical. A emergência subgengival deve ser 
reta, evitando comprimir o tecido gengival. B) Ajuste estético da prótese provisória na região vestibular, em 
que áreas planas e curvas dos dentes artificiais devem imitar os respectivos dentes naturais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 28 – A) Acabamento da região interproximal com disco diamantado dupla face. B) Acabamento na 
região incisal com ponta diamantada nº 82.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 29 – Demarcação do limite da margem gen-
gival com grafite preto para a observação da exten-
são subgengival.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
A B
34 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 30 – A) Início do polimento e não polimento inicial para A e B. B) Polimento inicial da prótese pro-
vi só ria com pedra montada de carborundum. C) Polimento da prótese provisória com borracha abrasiva. 
D) Obtenção de superfície lisa da prótese provisória e com alto brilho após a finalização do polimento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 31 – A) Aspecto final da prótese provisória com área de higienização na palatina. B) Adequada fun-
ção, fonética e estética após a cimentação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 35
 Em alguns casos, o provisório pode atuar como agente condicionante do tecido 
gengival, e o perfil de emergência na área de pôntico pode ser manipulado com o 
acréscimo ou desgaste do provisório, de acordo com a necessidade do paciente.
Quando o acréscimo no provisório provocar isquemia no tecido na região do pôntico, deve-
se aguardar 10 minutos para verificar se ainda há pressão no tecido, e, caso positivo, é 
preciso desgastar a resina e fazer o teste novamente. O paciente não pode ser dispensado 
se a mucosa gengival não estiver com a coloração normal.
Para a próxima etapa clínica de moldagem de trabalho pela técnica do casquete individual, é 
necessário fazer o molde dos dentes preparados para a confecção dos casquetes no modelo 
de gesso (Figuras 33 e 34A-F). Obviamente, esse passo é desnecessário caso se opte pelo uso 
do fio retrator como técnica de afastamento gengival.
Figura 32 – Sorriso harmônico do paciente com a 
prótese provisória.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 33 – Modelo em gesso dos dentes pilares 
preparados para a confecção de casquetes indivi-
duais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
36 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Apesar de mais rápida e prática, a moldagem com o fio traz o risco de lesão ao periodonto, 
por isso a preferência pela técnica do casquete; entretanto, estes autores reconhecem que o 
adequado conhecimento técnico pode levar a excelentes moldagens com o fio retrator, sem 
maiores danos ao periodonto.
 Após o acabamento e o polimento do provisório, a sua cimentação deve ser reali-
zada com cimento provisório à base de hidróxido de cálcio, óxido de zinco e euge-
nol ou óxido de zinco sem eugenol.20
Figura 34 – A) Delimitação dos términos cervicais com grafite preto. B) Colocação de cera rosa nº 7 para o 
alívio interno dos casquetes. C) Isolamento do modelo em gesso com um pincel. D) Confecção dos casquetes 
em RAAQ. E) Casquetes individuais finalizados. Notar numeração correspondente ao dente, a marca “V” 
indicando a vestibular e a retenção voltada para incisal. F) Vista do alívio interno dos casquetes.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
A B
E F
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 37
O paciente recebe, então, as orientações para a higienização correta com o uso do fio dental, 
associado com passa fio, e a frequência de escovação para obter o sucesso do tratamento.
ATIVIDADE
9. Duas técnicas de afastamento gengival podem ser utilizadas na moldagem de coroas 
totais. São elas: casquete individual de resina acrílica e fio retrator. No entanto, a mol-
dagem com fio retrator deve ser evitada em qual condição?
A) Ausência de, no mínimo, 2mm de gengiva inserida.
B) Dentes com perda óssea.
C) Pacientes com alterações cardíacas.
D) Dentes que apresentam frêmito.
Resposta no final do artigo
10. Após o acabamento e o polimento do provisório, a sua cimentação deve ser realizada 
com cimento provisório à base de:
A) hidróxido de cálcio.
B) óxido de cálcio.
C) óxido de cálcio e eugenol.
D) hidróxido de zinco.
Resposta no final do artigo
11. Depois dos ajustes estéticos e da região subgengival, o provisório deve ser:
A) pigmentado.
B) cimentado.
C) polido.
D) marcado com fita de carbono.
Resposta no final do artigo
12. Qual a função da coroa provisória?
A) Proteger a dentina e a polpa de agentes nocivos ou irritantes.
B) Preservar a estética.
C) Preservar a relação do elemento dentário apenas com o tecido.
D) Preservar a estética com os dentes vizinhos.
Resposta no final do artigo
38 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
13. Quais são as técnicas diretas para se confeccionar a restauração provisória?
A) Molde de alginato ou de silicone a partir do dente a ser preparado, provisório pren-
sado e matriz de acetato.
B) Faceta estética com dentes de estoque, técnica da resina esculpida e molde de algi-
nato ou de silicone a partir do dente a ser preparado.
C) Provisório prensado, matriz de acetato e faceta estética com dentes de estoque.
D) Técnica da resina esculpida, provisório prensado e matriz de acetato.
Resposta no final do artigo
2ª ETAPA CLÍNICA – MOLDAGEM DE TRABALHO E 
REGISTROS PARA A MONTAGEM EM ARTICULADOR 
SEMIAJUSTÁVEL
Após a realização dos preparos e a confecção das coroas provisórias, é necessária a realiza-
ção de novo procedimento de moldagem, para que os preparos sejam copiados e o modelo 
de trabalho obtido, possibilitando a confecção da restauração indireta pelo técnico em pró-
tese dentária.
 Vários são os materiais de moldagem disponíveis para a realização desse procedimen-
to, que deve ser o mais preciso possível, a fim de evitar distorções na prótese final.
O material de moldagem não consegue, por si só, promover o afastamento efetivo do tecido 
gengival para que o término cervical do preparo (muitas vezes subgengival) seja copiado de 
maneira adequada.
 O afastamento gengival pode ser realizado por meios mecânicos, químicos, mecâ-
nico-químico ou cirúrgico. Entretanto, para preservar o tecido gengival, atualmente 
duas técnicas são utilizadas com maior frequência: a técnica do casquete individual 
e a técnica do fio afastador.
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 39
Figura 35 – A) Evidenciação do cimento após a remoção da prótese parcial fixa provisória. B) Dentes pilares 
com o término cervical nítido, contínuo e liso.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 36 – Aplicação de verniz cavitário, ou adesivo 
autocondicionante, para a proteção dos dentes vi-
talizados duranteo reembasamento dos casquetes.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A técnica do casquete individual é muito utilizada por ser uma técnica de afastamento que 
não causa traumas mecânicos ou químicos ao periodonto se corretamente empregada.12,16
O casquete é obtido em RAAQ, devendo possuir alívio interno para conferir espaço para o 
material de moldagem, além de ser reembasado na porção cervical como forma de copiar o 
término cervical e preencher o espaço do sulco gengival, e, assim, afastar o tecido gengival 
nessa região (Figuras 35A-39).
A B
40 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 37 – Reembasamento dos casquetes. A) Com o auxílio do pincel, aplicar RAAQ vermelha no término 
cervical dos dentes preparados, previamente isolados. B) Posicionamento dos casquetes. C) Aplicar RAAQ 
sobre o excesso extravasado na parte externa do casquete para que a resina se fixe no casquete. D) Aspecto 
interno do casquete após o reembasamento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 38 – A) Delimitação da área equivalente ao sulco gengival externa ao término cervical no casquete 
para a remoção dos excessos com broca multilaminada. B) Remoção dos excessos internos do casquete com 
broca esférica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 41
O reembasamento do casquete é crítico e deve ser garantido com precisão, sob o risco de 
se incluir erros na técnica. Para a adesão do material de moldagem elastomérico, passa-se o 
adesivo internamente e na borda externa, devendo o excesso ser removido com bolinha de 
algodão e monômero (Figuras 40A-B).
Figura 39 – Aspecto final do casquete individual 
reembasado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 40 – A) Aplicação do adesivo na área interna e externa do casquete. B) Remoção dos excessos do 
adesivo com bolinha de algodão umedecida com monômero de RAAQ.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Posteriormente, o casquete é levado ao dente preparado com o material de moldagem 
elastomérico, de consistência regular, e, após a polimerização do material de moldagem, o 
casquete é, então, removido utilizando alginato ou elastômero de consistência densa e leve 
em uma moldeira, que pode ser individual em resina acrílica ou de estoque.
Em casos múltiplos, os casquetes devem ser unidos com bastões de RAAQ, previamente à 
sua remoção, para evitar distorções na sua posição durante o procedimento de moldagem 
(Figuras 41A-F).
A B
42 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 Já para a técnica do fio afastador, deve-se selecionar o fio de acordo com as carac-
terísticas do perfil gengival (sulco gengival) de cada paciente.20 Pode-se empregar 
essa técnica de afastamento com a utilização de um ou dois fios afastadores.
Figura 41 – A) Manipulação do material de moldagem à base de polissulfeto (Permlastic), até que fique 
homogêneo. B) Inserção na parte interna do casquete em pequenas porções com espátula fina. Após secar o 
preparo, inserir o casquete com leve pressão, C) mantendo o apoio para evitar a movimentação e a possível 
distorção do molde. D) Repetir o procedimento de moldagem para o outro dente. E) União dos casquetes 
com bastão e resina acrílica. F) Posterior moldagem de transferência dos casquetes com alginato em moldeira 
total de inox. Importante inserir alginato nas áreas retentivas e ao redor dos casquetes para a fixação destes 
dentro do molde do arco total.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
E F
A B
C D
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 43
Na técnica de afastamento com dois fios, primeiramente, um fio mais fino (por exemplo, 
nº 000) é posicionado no fundo do sulco gengival e, em seguida, um segundo fio mais 
espesso (por exemplo, nº 0) é inserido sobre o primeiro fio. Vale ressaltar que o primeiro fio 
permanece no sulco durante o procedimento de moldagem.
 Na opção de afastamento com fio único, o fio deverá ser removido durante a mol-
dagem, deixando, assim, o sulco gengival livre. A técnica de afastamento gengival 
com os fios afastadores deve ser realizada com muita cautela, visto que poderá 
traumatizar o periodonto, devendo ser evitada na presença de gengiva inserida 
inferior a 2mm.16,21
Após a moldagem de trabalho (Figuras 42A-B), deve se proceder à moldagem do arco anta-
go nista (Figura 43), para que os modelos de trabalho sejam montados em ASA, permitindo 
ao técnico em prótese dentária confeccionar as infraestruturas metálicas na espessura correta.
Figura 42 – A) Ao retirar o molde, observar a quali-
dade do molde. B) O término cervical deve estar níti-
do e contínuo, com uma fina película de material de 
moldagem, demonstrando o afastamento gengival.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 43 – Molde do arco total antagonista com 
alginato em moldeira de inox.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A
B
44 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Os moldes são lavados em água corrente e avaliados. Se considerados aprovados, devem ser 
submetidos ao procedimento de desinfecção de acordo com o material utilizado.
 Embora os registros já tenham sido realizados anteriormente para a montagem 
dos modelos de estudo em ASA, o registro com arco facial e o registro intermaxilar 
deverão ser novamente realizados, para que, dessa vez, os modelos de trabalho se-
jam montados em ASA na posição mandibular atual do paciente [ORC, caso tenha 
sido necessário ajuste oclusal ou máxima intercuspidação habitual (MIH), caso não 
tenha sido necessário ajuste oclusal].
O registro com o arco facial é realizado sem os provisórios para auxiliar na montagem do 
modelo superior (Figura 46A), e o registro intermaxilar para a montagem do modelo inferior 
(Figura 47A).
Esse registro deve ser feito em resina acrílica (casquete de transferência), que deve envolver 
um ou alguns dos dentes pilares preparados (do terço médio para oclusal ou incisal, evi-
tando as áreas proximais), até o contato com a dentição antagonista em um ponto (procurar 
as áreas convexas e lisas, como incisais, se anteriores, ou pontas de cúspides, se posteriores) 
com não mais do que 1mm.2
ATIVIDADE
14. A moldagem de preparos dentários utilizando casquete individual promove o afasta-
mento gengival necessário à execução do trabalho protético. Essa técnica possui a van-
tagem da economia de material elastomérico e a relativa previsibilidade do resultado 
final do molde. Ao se obter o reembasamento final do casquete com a resina acrílica 
será possível visualizar duas linhas contínuas na cervical do casquete, uma interna e 
outra externa. Essas linhas se referem, respectivamente, a:
A) ângulo axiogengival e término cervical.
B) término cervical e margem gengival.
C) ângulo axiogengival e margem gengival.
D) término cervical e fundo do sulco gengival.
Resposta no final do artigo
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 45
15. O registro com o arco facial é realizado:
A) a partir do modelo superior.
B) a partir do registro intermaxilar.
C) sem os provisórios.
D) com os provisórios.
Resposta no final do artigo
16. Na opção de afastamento com o fio único, ele deverá ser:
A) mantido durante a moldagem.
B) removido durante a moldagem.
C) mantido apenas no sulco gengival.
D) fixado no sulco gengival.
Resposta no final do artigo
1ª ETAPA LABORATORIAL – OBTENÇÃO DOS MODELOS 
DE TRABALHO, MONTAGEM EM ARTICULADOR 
SEMIAJUSTÁVEL, ENCERAMENTO, RECORTE DE 
TROQUEL E SELAMENTO DE BORDO
 Com a obtenção do molde, realiza-se a confecção dos modelos de trabalho. Os 
modelos de trabalho devem ser cópia fiel dos dentes preparados e devem repro-
duzir os tecidos adjacentes da área do pôntico, para que o técnico em prótese 
dentária possa confeccionar a infraestrutura metálica.
O modelo de trabalho é obtido utilizando, na região de cada preparo, pino para o troquel,que permite a individualização dos dentes preparados, e gesso pedra especial tipo IV, o qual 
apresenta fácil manipulação, baixa distorção e alta resistência, reproduzindo com fidelidade 
as estruturas envolvidas na confecção da prótese parcial fixa (Figuras 44 e 45A-E).6,17
46 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 44 – Fixação dos pinos para os troquéis nos 
alfinetes com cera pegajosa.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 45 – A) Vazamento da primeira camada de 
gesso tipo IV. B) Após a presa do gesso, os alfinetes 
são removidos do molde e o gesso, nesta área, é 
isolado e nova camada vazada completa o modelo. 
C) Modelo de trabalho pronto. D) Observa-se a de-
finição do término cervical dos dentes preparados. 
E) Modelo antagonista.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
A B
E
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 47
Assim como na etapa de montagem dos modelos de estudo em ASA, descritos anterior-
mente, o modelo superior é o primeiro a ser montado a partir do registro com o arco facial 
(Figuras 46A-B).
 Caso o modelo antagonista aos preparos não tenha sido alterado no articulador, 
na montagem de estudo ele poderá ser mantido, dispensando a etapa de registro 
com arco facial.
Em seguida, utilizando o registro intermaxilar, relaciona-se o modelo inferior com o modelo 
superior para a montagem do modelo inferior (Figuras 47A-C).
Figura 46 – A) Registro com arco facial. B) Montagem do modelo 
superior no ASA.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.A
B
48 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 A partir da montagem dos modelos de trabalho em ASA, a relação maxilomandi-
bular é reproduzida, permitindo fácil visualização do espaço protético disponível.
Para a confecção de uma prótese fixa de três elementos, é feito o enceramento dos reten-
tores em cada dente pilar no modelo de gesso e a união destes ao pôntico. Para a obtenção 
do padrão de cera de cada dente pilar, primeiramente é confeccionado um fino casquete de 
RAAQ sobre o modelo (Figura 48).
Figura 47 – A) Registro intermaxilar com casquetes 
de resina acrílica. B) Montagem do modelo inferior 
no ASA. C) Observa-se o espaço interoclusal para a 
confecção da prótese fixa.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 48 – Casquete de resina acrílica confecciona-
do acima do término cervical para a base da escultu-
ra do padrão de cera.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 49
Esse casquete fornecerá uma base para a escultura do padrão de cera, evitando a sua dis-
torção e facilitando o seu manuseio.
É seguro, entretanto não imperativo, que seja feito o enceramento completo da anatomia 
dos três dentes e, depois, seja realizado o desgaste uniforme de aproximadamente 1mm de 
cera, em toda a extensão, para definir a estrutura que será fundida (Figuras 49A-C).
Figura 49 – A) Enceramento completo da infraes-
trutura. B) Vista incisal do enceramento. C) Após 
remoção do modelo de gesso.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
No modelo de trabalho, após o enceramento da estrutura, cada troquel é serrilhado e re-
cortado para que o técnico em prótese dentária individualize a estrutura dentária do dente 
pilar e visualize a linha do término cervical durante a etapa de selamento de bordo (Figuras 
50A a 52C).
A B
C
50 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Figura 50 – A) Recorte do troquel com serra. 
B) Pre servação do limite do bordo do término cervical. 
C) Após o recorte, os pinos são deslocados da pri-
meira camada de gesso.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 51 – A) Troquéis separados do modelo de trabalho. B) Após o recorte do troquel, eliminando o exces-
so em gesso para a visualização do limite do término cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 51
 O enceramento completo deve ser obtido antes do recorte do troquel.
O selamento de bordo consiste em verter cera liquefeita, complementando o enceramento 
na região subgengival, só agora totalmente exposta, graças ao recorte dos tecidos adjacen-
tes no troquel (Figuras 53A-E).
Figura 52 – Troquéis recortados posicionados no 
modelo de trabalho, com o enceramento comple-
to da infraestrutura. Observa-se a falta de cera no 
bordo, próximo ao limite do término cervical: A) na 
vestibular; B) na palatina; C) espaço adequado para 
a futura aplicação da cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C
52 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 O objetivo do selamento de bordo é realizar o enceramento até a margem do tér-
mino cervical e, assim, promover a adaptação marginal correta da infraestrutura 
metálica em toda a extensão do término do preparo.
Todo o excesso de cera é removido com um instrumento sem corte para não danificar o 
troquel em gesso e regularizar o padrão de cera. Posteriormente, realiza-se a separação do 
padrão de cera com lâmina para barbear aquecida na região do pôntico de maneira oblíqua, 
região esta ideal para soldagem.22,23 Assim, os dois retentores serão fundidos em partes dis-
tintas, cada qual com metade do pôntico.
 A obtenção de estruturas em monobloco evita o processo de solda; no entanto, é 
um procedimento que pode incorporar insucessos ao tratamento por aumentar a 
possibilidade de desadaptações.
Figura 53 – A) Recorte do padrão de cera na região do pôntico com lâmina de barbear. B) Após o recorte no 
centro do pôntico. C) Cada metade é posicionada sobre o troquel e realizado o selamento de bordo do ence-
ramento com o gotejador aquecido e a cera fluida. D) Remoção de excessos de cera com espátula Lecron. 
E) Padrão de cera finalizado, com bordo adaptado ao término cervical.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D E
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 53
ATIVIDADE
17. Qual o objetivo do selamento de bordo?
I – Realizar o enceramento até a margem do término cervical.
II – Promover a adaptação marginal correta da infraestrutura metálica em toda a exten-
são do término do preparo.
III – Verter cera liquefeita, complementando o enceramento na região subgengival.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I.
B) Apenas a I e a II.
C) Apenas a I e a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo
18. Se o modelo antagonista aos preparos não for alterado no articulador, ele poderá:
A) ser substituído.
B) ser mantido.
C) ser descartado.
D) ser refeito adequadamente.
Resposta no final do artigo
19. Sobre os modelos de trabalho, pode-se afirmar que
A) com a obtenção do molde, realiza-se a confecção dos modelos de trabalho.
B) os modelos de trabalho devem ser cópia fiel de todos os dentes preparados.
C) o modelo de trabalho é obtido utilizando pino para troquel e gesso pedra especial 
tipo IV, o qual apresenta fácil manipulação, alta distorção e baixa resistência.
D) os modelos de trabalho são obtidos por meio de moldes plásticos envolvendo todos 
os dentes de uma só vez.
Resposta no final do artigo
54 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
INCLUSÃO E FUNDIÇÃO DOS RETENTORES SEPARADAMENTE
 O processo de inclusão consiste em envolver o padrão de cera com um material 
que duplique com exatidão a sua forma e os seus detalhes.
O material refratário para a inclusão do padrão de cera deve ser resistente para ser submetido 
a altas temperaturas, devendo o material ser poroso para permitir que a cera evapore, além 
de possuir coeficiente de expansão térmica compatível com a liga metálica que será injetada.
 Como a liga metálica sofre contração durante a sua solidificação, é necessário que 
o material de revestimento sofra expansão durante a sua presa em igual proporção 
para evitar distorçõesna futura estrutura metálica.24
Assim, após a inclusão do padrão de cera com o material de revestimento, o conjunto é 
levado ao forno para que, após a evaporação da resina e da cera, seja realizada a fundição 
da liga e a sua injeção para dentro do molde vazio do contorno do padrão de cera obtido 
pelo revestimento (Figuras 54A-E).17
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 55
 Essa técnica é chamada de fundição pela técnica da cera perdida.25 A injeção ocor-
re por canais de alimentação, que comunicam o meio externo com o interior do 
molde. O processo de injeção da liga fundida mais comum é o da centrifugação 
após a fundição dos lingotes de liga metálica pelo maçarico. Após a injeção da 
liga fundida, o conjunto não pode ser superaquecido, tampouco ser resfriado de 
maneira abrupta.
Terminada a fundição, o técnico em prótese dentária realiza a desinclusão dos retentores 
(estrutura fundida) e o seu ajuste com a remoção de bolhas internas utilizando carbono 
líquido sobre o troquel (Figuras 55A-C).
Figura 54 – A) Montagem do padrão de cera em base formadora de cadinho por meio de canais de alimen-
tação. B) Posterior colocação do anel de silicone. C) Inclusão do padrão de cera em revestimento. D) Aqueci-
mento do lingote de liga metálica com maçarico em cadinho refratário. E) Estruturas fundidas.
Fonte: Arquivo e imagens dos autores.
A B C
D E
56 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 O retentor é posicionado no troquel e as bolhas são marcadas com o carbono 
líquido no interior da infraestrutura metálica. O desgaste nas áreas internas dos 
retentores é realizado com brocas esféricas carbide e com muito cuidado para não 
comprometer a retenção da prótese.
O desgaste externo para a adaptação do metal no término cervical é feito com pedra de 
óxido de alumínio (Figura 56).
Figura 55 – A) Carbono líquido sobre cada troquel 
para a marcação de excessos no metal. B) Excesso do 
metal marcado com o carbono líquido. C) Remoção 
do excesso do metal com broca carbide esférica nº 1.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 56 – Ajuste do metal com pedra de óxido de 
alumínio com a infraestrutura posicionada no troquel.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A
B
C
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 57
Após esses ajustes, os retentores passam por jateamento com óxido de alumínio e são en-
viados ao cirurgião-dentista (Figura 57A-B).
Figura 57 – A) Infraestruturas divididas posicionadas sobre os troqueis. B) Haste metálica com retenções para 
a remoção da solda após os ajustes na boca.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Em uma prótese de três elementos, as estruturas são fundidas separadamente e unidas 
posteriormente, por um processo de solda, que será visto adiante.
3ª ETAPA CLÍNICA – AJUSTES DOS RETENTORES 
METÁLICOS E REMOÇÃO PARA SOLDAGEM
De posse das estruturas metálicas, passa-se ao seu ajuste, ainda em separado. Mesmo após 
a adaptação cervical dos retentores metálicos nos troquéis pode haver irregularidades que 
façam com que as infraestruturas não se encaixem, de forma adequada, no preparo.
 Para realizar um bom ajuste dos retentores metálicos, devem-se remover as coroas 
provisórias e limpar qualquer resquício de cimento ou resíduos sobre os preparos 
dentários que possam impedir o assentamento adequado da estrutura e levar a 
uma desadaptação marginal.
Nesta etapa, cada estrutura metálica é ajustada individualmente na boca do paciente sobre 
os dentes pilares (Figuras 58A-B).
A B
58 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
O primeiro passo é a análise da adaptação cervical, tanto no sentido vertical quanto horizon-
tal, se positiva ou negativa.
 Obviamente, as áreas de pônticos que eventualmente estejam tocando em tecidos 
moles e/ou superfícies proximais podem impedir o assentamento correto da peça, 
e por isso os excessos devem ser identificados e removidos.
O mais comum, entretanto, é que, caso se identifiquem desajustes verticais, estes estejam 
relacionados a bolhas localizadas no interior do retentor. O ajuste interno do metal deve ser 
realizado, caso necessário, com a utilização de evidenciadores de contato ou elastômeros de 
consistência leve, para que sejam identificados pontos ou superfícies internas que estejam 
impedindo o correto assentamento das estruturas.
 Esses pontos ou superfícies interferentes devem ser cuidadosamente removidos 
com broca esférica carbide em alta rotação, até que a peça apresente assentamen-
to adequado de maneira uniforme.
A utilização de sonda exploradora nº 5 auxilia para complementar a observação da adapta-
ção vertical e horizontal de cada retentor metálico. Porém, é um método muito subjetivo, 
que depende da habilidade tátil do cirurgião-dentista.
Figura 58 – Verificação da adaptação do metal no término cervical com sonda exploradora sobre: A) o dente 
12; B) o dente 21, separadamente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 59
A ponta ativa de uma sonda tem, em média, de 50 a 150µm, impossibilitando a detecção de 
desajustes menores. A penetração da sonda entre o dente e a estrutura indica desajuste ver-
tical importante, que, se não melhorado, inviabiliza a sua utilização e determina a repetição 
do processo.
 No sentido horizontal, a sonda exploradora deve percorrer tanto no sentido do 
metal para o dente quanto do dente para o metal. Assim, é possível avaliar se há 
excesso ou falta de metal, ou seja, os desajustes horizontais, positivos ou negati-
vos, que podem ser ajustados, se não excessivos.
Vale ressaltar que o agente de fixação mais barato e eficiente para esse tipo de restauração 
é o cimento à base de fosfato de zinco e que, quanto menor for a desadaptação marginal 
da prótese, menor será a possibilidade de solubilização do referido cimento na região do 
término do preparo, aumentando a longevidade da reabilitação, já que a sua solubilização 
acarretaria fendas e risco de infiltração.
 Os desajustes horizontais positivos ocorrem quando o metal está maior do que o 
preparo (sobrecontorno). E o negativo quando falta material, ou seja, o preparo na 
região do término está maior do que o metal (subcontorno).
Ambos permitem ajustes quando em áreas de fácil acesso. O desgaste dos excessos exter-
nos do metal é realizado com pedras de óxido de alumínio, com a infraestrutura metálica 
posicionada no troquel de gesso.
Após a análise da adaptação cervical, analisa-se a retenção friccional de cada retentor sepa-
radamente, os quais devem ser facilmente instalados e removidos com ligeira pressão.
Ao finalizar o ajuste dos retentores, realiza-se a remoção para a solda. Para isso, o primeiro 
passo é o ajuste do espaço para a solda entre os dois retentores. A distância máxima entre 
os retentores deve ser de 0,2 a 0,5mm, dependendo da técnica para a soldagem.23
A usinagem é realizada com pedra de óxido de alumínio ou disco de carborundum até se 
atingir o espaço ideal para a solda, que pode ser avaliado colocando entre as partes um 
pedaço de papel A4 (gramatura 75g/m2) (Figuras 59A-C).
60 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 O espaço para a solda deve estar bem acabado e livre de irregularidades, manten-
do a superfície uniforme para o processo de soldagem.
A remoção para a soldagem, com ambos os retentores posicionados e estáveis sobre os 
preparos, pode ser realizada de duas maneiras diferentes:
§ coloca-se cera entre os retentores e envolve-se a área com RAAQ. A cera impede que 
a resina preencha o espaço para a solda e, no laboratório, influencie negativamente 
no escoamento da solda. Essa técnica é muito prática quando da união de retentores 
contíguos (próteses com pônticos em cantilever);
§ união dos retentores com o auxílio de uma haste metálica preparada previamente 
com retenções nas extremidades(por exemplo, brocas descartadas ou fio ortodôn-
tico reto de 2mm). Coloca-se RAAQ vermelha nas extremidades para unir a haste 
metálica aos retentores, deixando livre o espaço para a solda (Figuras 60A-B). Essa 
técnica é mais comumente utilizada quando da presença do pôntico convencional 
entre os dois pilares.
Figura 59 – Metal posicionado sobre os dentes pila-
res é verificado. A) Espaço para a solda. B) Quando 
necessário, remover o excesso de metal com a pedra 
de óxido de alumínio. C) Espaço para a solda ade-
quado, verificado com um papel-folha A4.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 61
 Após a polimerização da resina, deve ser feito o teste de báscula, pressionando 
alternadamente os retentores. A peça não deve sofrer qualquer tipo de movimen-
tação. Se aprovada, a peça é removida da boca e enviada ao laboratório de prótese 
dentária para a soldagem. O provisório deve ser cuidadosamente cimentado.
ATIVIDADE
20. Em que consiste o processo de inclusão?
__________________________________________________________________________
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21. “A injeção ocorre por canais de alimentação, que comunicam o meio externo com o 
interior do molde”. Essa técnica se chama:
A) processo de injeção da liga fundida.
B) centrifugação após fundição.
C) fundição pela técnica da cera perdida.
D) injeção da liga fundida.
Resposta no final do artigo
Figura 60 – A infraestrutura metálica é removida para solda com o auxílio de: A) haste metálica com reten-
ções; B) resina acrílica nas extremidades.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
62 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
22. O desgaste externo para a adaptação do metal no término cervical é feito com:
A) molde de hidróxido de zinco.
B) pedra de óxido de zinco.
C) molde de hidróxido de alumínio.
D) pedra de óxido de alumínio.
Resposta no final do artigo
23. Para realizar um bom ajuste dos retentores metálicos, deve-se:
A) isolar as coroas provisórias.
B) limpar qualquer resquício de cimento ou de resíduos sobre os preparos dentários.
C) limpar apenas o resquício de resíduos sobre os preparos dentários.
D) impedir o assentamento adequado da estrutura.
Resposta no final do artigo
2ª ETAPA LABORATORIAL – INCLUSÃO E 
SOLDAGEM DA INFRAESTRUTURA METÁLICA
A estrutura metálica a ser soldada é incluída em revestimento especial para soldagem com 
altura de 1,5 a 2,0cm para a região da solda, considerando a técnica de solda por brasagem 
(Figuras 61A-B).
Figura 61 – A) Infraestrutura metálica removida para solda. B) Infraestrutura metálica incluída em revesti-
mento para o procedimento de soldagem por brasagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 63
 Um bastão de cera utilidade é colocado sob a área a ser soldada, para permitir a 
visualização e facilitar a limpeza, o acesso da chama e o aquecimento uniforme.12,22-24
O bloco de revestimento com a estrutura é levado ao forno para eliminar a umidade, os pos-
síveis contaminantes, a cera e a resina. Após o resfriamento do bloco, a área a ser soldada 
deve ser limpa com jato de óxido de alumínio e aplicado o agente de fluxo.
Para iniciar o processo de soldagem, o bastão (metal) de solda é aquecido com a chama do 
maçarico, se funde e escoa para que preencha o gap entre os retentores. A solda deve apre-
sentar ponto de fusão inferior à liga da infraestrutura para que ocorra a união das partes 
sem distorção da infraestrutura.
Após a remoção da chama, aguarda-se o resfriamento para, então, desincluir a prótese do 
revestimento e dar acabamento no metal com brocas diamantadas e pedras montadas, 
disco de carborundum, jateamento com óxido de alumínio e, em seguida, novamente en-
caminhar a infraestrutura ao cirurgião-dentista.
4ª ETAPA CLÍNICA – AJUSTE DA INFRAESTRUTURA 
METÁLICA SOLDADA, REGISTRO INTERMAXILAR, 
MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA (REMONTAGEM) 
E SELEÇÃO DA COR
Nesta etapa clínica, é realizado o ajuste da infraestrutura metálica soldada (Figuras 62A-B), 
para, além de novamente verificar a adaptação dos retentores e o assentamento passivo 
da infraestrutura agora unida, analisar o espaço disponível para a cerâmica de cobertura e 
obter um novo modelo, chamado modelo de remontagem, que será montado em ASA e 
utilizado para a aplicação da cerâmica sobre a infraestrutura metálica.
Figura 62 – A) Infraestrutura metálica após a solda. B) Remoção dos excessos na região da solda com broca 
maxicut.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
64 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 Após a remoção do provisório e limpeza dos dentes pilares, a infraestrutura metáli-
ca é posicionada até a completa adaptação no término cervical, seguindo a mesma 
sequência empregada anteriormente.
Observar a ausência de báscula, pressionando alternadamente na região incisal/oclusal dos 
retentores, e verificar a adaptação marginal com a sonda exploradora nº 5. Caso se identi-
fique a báscula, a peça deverá ser seccionada obliquamente na região do retentor com disco 
diamantado fino e nova remoção para a solda realizada.20
Outro cuidado indispensável é a avaliação do espaço para a aplicação da cerâmica. Se ne-
cessário, realizar o desgaste controlando a espessura da infraestrutura metálica utilizando 
especímetro. Importante ressaltar que não é necessário, neste momento, acertar a quanti-
dade ideal de desgaste, mantendo uniformemente o espaço mínimo de 0,9-1mm para a 
cerâmica.
 Portanto, basta que a estrutura esteja em infraoclusão para que se possa avançar 
para as etapas de registro intermaxilar e moldagem, sendo que no modelo que 
será obtido o técnico em prótese dentária procederá finalizando a usinagem em 
questão.
O registro intermaxilar é realizado com resina acrílica vermelha (RAAQ), que ficará aderida à 
infraestrutura metálica (Figuras 63A-E).
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 65
 Assim, deve-se vaselinar os dentes antagonistas e colocar resina envolvendo a face 
vestibular e a lingual da infraestrutura com uma porção de RAAQ suficiente para 
reter o registro no metal e registrar o contato oclusal da região antagonista.
Esse registro tem como objetivo orientar a remontagem do modelo em ASA. O registro em 
resina deve estar bem preso à infraestrutura, sugerindo-se que, antes mesmo da infraestru-
tura ser levada à boca, o local do registro seja estabelecido e a infraestrutura seja envolvida 
com resina, de maneira a garantir que após a polimerização o registro não seja deslocado.
Figura 63 – A) Prova da infraestrutura soldada. Veri-
fi car a adaptação no término cervical e a ausência 
de báscula. B) Resina acrílica ativada quimicamente 
sen do colocada sobre os retentores para registro 
intermaxilar. C) Vaselinar os dentes antagonistas. 
D) Obtenção do registro intermaxilar em oclusão. 
E) Vista lingual do registro obtido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D
E
66 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Com o registro intermaxilar finalizado, procede-se à moldagem de transferência da infraestru-
tura metálica utilizando alginato ou silicone de consistência densa e leve (Figuras 64A-B).
Figura 64 – A) Inserção de alginato na região do pôntico e nas proximais. B) Moldagem de transferência da 
infraestrutura metálica com moldeira total e alginato.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A etapa de moldagem de transferência deve ser realizada, pois o modelo de trabalho uti-
lizado para a confecção da infraestrutura metálica foi recortado e, portanto, não apresenta 
as papilas e o contorno gengival. Essa etapa é imprescindívelpara a confecção do modelo de 
remontagem, para, assim, se obter a correta posição dos preparos dentários para a aplicação 
de cerâmica de cobertura.
 É muito importante que o material de moldagem seja posicionado com o dedo 
pelo operador na região abaixo do pôntico e nas proximais para o posterior rela-
cionamento do pôntico com o rebordo edêntulo e o ponto de contato da cerâmica 
com os dentes vizinhos.
Em seguida, procede-se à seleção da cor, passo que possui caráter subjetivo, de forma a 
prover informações suficientes para que o técnico em prótese dentária aplique a cerâmica 
de cobertura sobre a infraestrutura metálica de forma adequada (Figura 65).20
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 67
A seleção da cor previamente ao preparo protético é sempre orientada, mas, caso não tenha 
sido feita, é imprescindível que a mesma seja realizada neste momento. As diversas dimen-
sões da cor, como valor, croma, matiz, intensidade e caracterizações, devem ser levadas em 
consideração preferencialmente em luz ambiente (natural) para a adequada seleção.
 O paciente deve ser orientado que a cor é dependente da luz transmitida pelo 
ambiente, e, então, que poderá sofrer leves alterações quando em ambientes de-
pendentes de iluminação artificial.
3ª ETAPA LABORATORIAL – OBTENÇÃO DO MODELO 
DE TRABALHO PARA A REMONTAGEM EM 
ARTICULADOR SEMIAJUSTÁVEL, PREPARO DO METAL 
E APLICAÇÃO DE CERÂMICA DE COBERTURA
O modelo de trabalho é confeccionado com aplicação de vaselina sólida na superfície inter-
na da infraestrutura metálica, seguida de inserção de resina acrílica com uma haste metálica 
(por exemplo, parafuso), para dar retenção e resistência na conexão da resina com o gesso 
(Figuras 66A e B).
Figura 65 – Seleção de cores para a aplicação de 
cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
68 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Uma camada de resina resiliente pode ser colocada, de forma a criar uma gengiva artificial, 
ou mesmo silicones especialmente desenvolvidos para a reprodução gengival em modelos 
de prótese fixa, e não danificar o modelo quando o técnico em prótese dentária remover a 
infraestrutura metálica (Figura 67).
Figura 66 – A) Para a confecção do modelo de trabalho, vaselinar a região interna da infraestrutura metálica 
e inserir resina acrílica autopolimerizável. B) Posicionar um parafuso em cada retentor.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 67 – Resina acrílica resiliente é colocada na 
região de cada retentor como gengiva artificial.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
 A gengiva artificial mantém a margem gengival intacta, auxiliando o ajuste da ce-
râmica após os ciclos de sinterização. O modelo de trabalho é confeccionado com 
uma camada de gesso especial tipo IV nas regiões dos dentes e gesso tipo III para 
a complementação.
O modelo de trabalho anteriormente troquelizado e montado em ASA será, então, substi-
tuído pelo modelo de remontagem obtido com a infraestrutura metálica e o registro inter-
maxilar. Para a remontagem em ASA, são feitas as retenções no modelo, e a articulação e 
a fixação com o modelo antagonista utilizando palitos de madeira e/ou cola instantânea 
(Figuras 68A-C).
A B
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 69
 O modelo é remontado em ASA com gesso tipo III, com o pino guia na marcação 
zero para que o articulador fechado fique com os ramos superior e inferior paralelos.
A partir da remontagem no articulador, passa-se ao ajuste da infraestrutura metálica, para, 
então, proceder-se à aplicação da cerâmica de cobertura. Inicialmente, verifica-se a neces-
sidade de realizar desgastes na infraestrutura, a fim de se obter espaço de, no mínimo, 1mm 
para a cerâmica (Figuras 69A-C).
Figura 68 – A) Modelo de trabalho finalizado. 
B-C) Re montagem do modelo no ASA a partir do 
registro intermaxilar.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C
70 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
 Deve-se tomar cuidado extra em medir a espessura do metal nas áreas que neces-
sitarem de maiores desgastes, para que seja mantida uma espessura mínima de 0,2 
a 0,3mm da infraestrutura metálica.
Após a usinagem do metal com pedras de óxido de alumínio e discos de carborundum (Figu ras 
70A e B), a infraestrutura metálica, quando confeccionada com liga de níquel-cromo (NiCr) 
sem berílio, é levada ao forno para o procedimento de degaseificação e formação de cama-
da de óxidos aderentes, que são imprescindíveis na adesão química da cerâmica ao metal.24
Figura 69 – A) Ajuste do metal com broca maxicut. B) A espessura do metal deve ser avaliada antes de cada 
ajuste. C) Manter o mínimo de 0,3mm de metal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 70 – A-B) Com os modelos montados em ASA, é possível verificar o espaço disponível para a aplicação 
de cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
A B C
Em seguida, o metal é jateado com partículas de óxido de alumínio para criar microrreten-
ções e aumentar a retenção micromecânica.
 Após o jateamento, é feita a limpeza da infraestrutura em equipamento ultrassôni-
co com água destilada ou álcool isopropílico ou, então, apenas com vapor d’água. 
Após a limpeza, a infraestrutura é manuseada apenas com pinça para a aplicação 
da cerâmica de forma a evitar contaminações.
 | PRO-ODONTO PRÓTESE E DENTÍSTICA | CICLO 7 | VOLUME 2 | 71
Para a confecção de prótese fixa metalocerâmica, a cerâmica feldspática é aplicada pela 
técnica da estratificação sobre a infraestrutura metálica, que previamente recebe duas apli-
cações de opaco para mascarar o metal.
A técnica de estratificação consiste em dois ou três ciclos de sinterização de cerâmicas de 
diferentes cores e diferentes níveis de translucidez, de acordo com a necessidade, até que a 
anatomia final da prótese seja obtida.
 Estudos relatam a dificuldade técnica na aplicação das camadas de cerâmica de 
cobertura sobre a infraestrutura metálica, sendo essa etapa extremamente depen-
dente da habilidade do técnico em prótese dentária.26,27
Primeiramente, são aplicadas duas camadas de cerâmica opaca, com o objetivo de diminuir 
a transmissão de luz e, assim, mascarar a infraestrutura metálica, além de promover a união 
da cerâmica ao metal (Figuras 71A-C).
Figura 71 – A) Aplicação da camada de opaco. B) Aplicação de massas cerâmicas nas cores selecionadas. C) 
Cerâmica com caracterização intrínseca após a queima no forno.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C
Após a queima da segunda camada de opaco, as camadas seguintes são de cerâmica de den-
tina (corpo) na cor selecionada em pequenos incrementos para iniciar a anatomia e a escultura 
dentária. A região do pôntico deve possuir forma convexa para facilitar a higienização.
 As caracterizações e a distribuição de cores são realizadas nos terços incisal, médio 
e cervical. Por fim, uma camada de cerâmica translúcida ou incisal propicia a esté-
tica final da prótese, aproximando às propriedades dos dentes naturais.
Durante a aplicação da cerâmica é importante seguir as características de translucidez, fluo-
rescência e opalescência dos dentes contíguos naturais, no intuito de mimetizar as estrutu-
ras dos dentes.
72 SEQUÊNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL DE UMA PRÓTESE FIXA METALOCERÂMICA DE TRÊS ELEMENTOS
Entretanto, no processo de queima da cerâmica feldspática ocorre grande contração e por 
isso a aplicação da cerâmica de cobertura deve ser feita levando em consideração 15 a 20% 
a mais do que o tamanho final do dente.
 Após a obtenção da prótese, ainda sobre o modelo é realizado ajuste da cerâmica 
pelo ponto de contato proximal, para que a prótese se encaixe completamente 
sobre os dentes pilares e tenha adaptação no término cervical.
Posteriormente, é feito o ajuste da região de contato do pôntico com a prótese metalocerâ mi-
ca posicionada sobre os dentes pilares no modelo e o ajuste oclusal

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