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Avaliação Final Discursiva - Literatura Portuguesa

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Disciplina: Literatura Portuguesa 
Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX 
 
 
1. Dentro da literatura, uma escola literária tende a opor outra, imediatamente anterior. 
Nesse sentido, na literatura portuguesa, Romantismo e Realismo opõem-se. A 
estética realista chega em oposição à estética romântica, que lhe é anterior. No 
Romantismo, tem-se o artista que trabalha com o que é ideal e não com o real. É o 
artista sonhador, criador, retórico, que tende à fuga. Romantismo é sonho, é 
apoteose, é sentimento. É a verdadeira arte. O Realismo reage a esta tendência, pois 
ele é crítica ao homem, à sociedade. É a arte que pinta o que se apresenta aos olhos. 
Esta tendência tenta abolir o tom artístico para promover a comoção. É uma arte que 
deseja a correção, que tem uma finalidade moral e que quer ensinar. Contudo, há que 
se entender que tanto a tendência romântica como a realista trabalham com a 
realidade, porém os olhares sobre esta são distintos. Explique o modo como o 
Romantismo e como o Realismo trabalham com a realidade. 
Resposta Esperada: 
O artista com visão romântica vale-se da realidade, mascarando-a. A visão romântica 
tende a ver a realidade e dela escapar, valendo-se de elementos geralmente da natureza 
como subterfúgios. A realidade, para o Romantismo, é mostrada de maneira ideal e não 
real. O artista romântico é sonhador, e, como tal, cria mundos imaginários, ideais, para 
esconder-se do que é real. O olhar do romântico sobre a realidade é subjetivo, ao 
contrário do realista, que é objetivo. Por isso, o artista realista apresenta o cotidiano, a 
realidade, desnudada, sem esconder nada, sem nada fantasiar. O olhar realista foca-se na 
necessidade popular, naquilo que não é correto, com o objetivo de provocar a reflexão e 
buscar mudanças. O foco do Realismo é aquilo que é aparente. 
 
2. Existem no primeiro período da literatura portuguesa diferentes tipos de cantigas, a 
saber, as cantigas de gênero satírico, que se compõem de cantigas de escárnio e 
cantigas de maldizer, e as cantigas de gênero lírico, compostas pelas cantigas de 
amor e as cantigas de amigo. As cantigas de escárnio apresentam um eu-lírico 
desejoso de criticar alguém, efetuando uma ridicularização de modo bastante sutil. Já 
as cantigas de maldizer apresentam um tom de agressividade. Ao mesmo tempo, 
efetuam uma crítica de modo mais aberto, direto, com o objetivo de difamar 
abertamente alguém. Certas cantigas de maldizer revelam o nome da pessoa à qual se 
refere a crítica. Por sua vez, as cantigas de amigo compõem-se de um eu-lírico do 
sexo feminino, porém sua autoria é de um homem. Estas cantigas manifestam o 
sofrimento de uma mulher por causa do amor de um homem, que não está presente. 
Quanto às cantigas de amor, estas são de origem provençal e manifestam o amor de 
um homem por causa de uma mulher, que é de classe superior, portanto inalcançável 
ao homem de classe inferior, eu-lírico destas cantigas. 
Isto posto, observe o trecho da cantiga que segue, identifique o tipo de cantiga no 
qual o texto se encaixa e apresente as suas características: 
 
Ai, dona fea! Fostes-vos queixar 
Que vos nunca louv?em meu trobar; 
Mais ora quero fazer um cantar 
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVUNDI=&action3=NjQ4NjAx&action4=MjAyMC8y&action5=MjAyMC0xMC0xMFQwMzowMDowMC4wMDAwMDBa&prova=MjM4MjY2MTE=#questao_1%20aria-label=
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVUNDI=&action3=NjQ4NjAx&action4=MjAyMC8y&action5=MjAyMC0xMC0xMFQwMzowMDowMC4wMDAwMDBa&prova=MjM4MjY2MTE=#questao_2%20aria-label=
Em que vos loarei toda via 
e vedes como vos quero loar: 
dona fea, velha e sandia! 
 
FONTE: BRAGA, Teófilo. História da literatura portuguesa ? Renascença. Lisboa: 
INCM, 2005. v. 2, p. 191. 
Resposta Esperada: 
Trata-se de uma cantiga de escárnio, pois ela mostra uma crítica individual ou social, 
sendo esta efetuada de maneira indireta. O tom dessa cantiga é sarcástico, zombeteiro, e 
efetuado por meio de uma linguagem ambígua. Esta cantiga apresenta certo 
menosprezo, ou desprezo e desdém. O texto da cantiga não traz diretamente a pessoa 
criticada, mas vale-se da ironia de maneira sutil, com um tom de humor.