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Aparelho Locomotor 2

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Prévia do material em texto

- -1
APARELHO LOCOMOTOR
UNIDADE 2 - COMO MOVIMENTAMOS O 
ESQUELETO AXIAL?
Jaqueline Santos Silva Lopes; Vivian Alessandra Silva
- -2
Introdução
Como você já deve saber, os benefícios para saúde física e mental resultantes da prática contínua de exercício são
bem conhecidos. Nesse cenário, diferentes profissionais de saúde se destacam por promover ações terapêuticas
e preventivas, sempre relacionadas à saúde da função do aparelho locomotor.
Por isso, é primordial que, antes de estabelecer qualquer diagnóstico ou plano de tratamento, o profissional de
saúde conheça o funcionamento normal do aparelho locomotor e como o movimento ocorre em cada segmento
corporal. Só assim será possível identificar disfunções, lesões e alterações, além de determinar a gravidade de
tais condições. Para atuação prática, algumas características e questões devem ser bem compreendidas, como:
quais movimentos cada articulação sinovial realiza? Em quais planos e eixos são observados? Quais músculos
atuam em movimentos específicos, como a flexão da coluna vertebral, por exemplo?
Nesta unidade, debateremos essas e outras questões relacionadas ao movimento humano. Apresentaremos,
também, conceitos básicos sobre a resolução de casos clínicos, a fim de demonstrar a importância do assunto na
prática do profissional de saúde.
Acompanhe com atenção, reflita e aprenda conosco! Vamos lá?
2.1 Principais movimentos articulares
Os movimentos articulares nos permitem desempenhar diversas atividades vitais no dia a dia, como digitar,
comer, andar etc. Entretanto, para que tais movimentos ocorram, é necessário que haja equilíbrio e fisiologia
normal dos tecidos envolvidos na articulação. Desequilíbrios ou disfunções, com etiologia multifatorial, são
responsáveis por desencadear impactos e bloqueios na movimentação normal da articulação, afetando de
maneira direta a qualidade de vida do indivíduo.
Neste tópico, entenderemos quais movimentos articulares são realizados nos planos e eixos do corpo humano e
conheceremos quais desses movimentos são realizados em cada articulação. Com isso, teremos uma base teórica
para interpretar as condições musculoesqueléticas de nossos pacientes e alunos. Acompanhe com atenção o
conteúdo apresentado a seguir!
2.1.1 Identificação dos movimentos articulares nos planos realizados
Em relação aos , tendo como ponto de partida a posição anatômica, observamos movimentos no plano sagital
os movimentos angulares de . Nos movimentos angulares, ocorre diminuição (flexão) ouflexão e extensão
aumento (extensão) do ângulo entre os segmentos.
Por exemplo, fique na posição anatômica e desloque seu antebraço na direção do braço. Percebeu como há uma
redução do ângulo entre o braço e o antebraço? Notou, ainda, que o braço ficou parado e que o antebraço se
aproximou do braço? Agora, retorne seu antebraço para a posição inicial. Note o aumento do ângulo entre o
braço e o antebraço. Viu que o braço ficou parado e que o antebraço se afastou do braço?
Agora, faça repetidamente os movimentos de flexão e extensão do cotovelo. Observe que, ao se deslocar, o
antebraço desenha no ar o plano sagital. Para que o movimento ocorra, é necessário um eixo de união entre os
segmentos: esse é o eixo horizontal. Continue fazendo os movimentos de flexão e extensão do cotovelo
repetidamente e imagine o antebraço deslizando em torno do eixo horizontal.
Aqui, atenção: uma diferença de nomenclatura dos movimentos angulares é observada na articulação do
tornozelo, em que o movimento que aproxima o dorso do pé à parte anterior da perna é denominado dorsiflexão,
ao passo que o movimento contrário, responsável por aproximar a planta do pé à parte posterior da perna, é
conhecido como flexão plantar.
Em relação aos , a e são os principais. Assim, a abdução se movimentos no plano frontal abdução adução
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Em relação aos , a e são os principais. Assim, a abdução se movimentos no plano frontal abdução adução
refere ao movimento que afasta o segmento corporal do plano mediano. A adução, por outro lado, move o
segmento corporal em sentindo contrário, aproximando-o do plano mediano. Nesse movimento, o eixo no qual o
segmento se desloca é o eixo sagital.
Outros movimentos no plano frontal estão elencados abaixo. Clique e confira!
• Elevação e depressão
Elevação e do ombro: o movimento de elevação caracteriza-se por movimento em sentidodepressão
superior da escápula. Já no movimento de depressão ocorre o inverso, com a descida da escápula em
sentido inferior.
• Flexão lateral 
Flexão lateral direita e esquerda do tronco (na coluna vertebral).
• Desvio ulnar e radial 
Desvio ulnar e radial (no punho): no movimento de desvio radial, a mão se afasta do plano mediano. Ao
contrário, no desvio ulnar a mão se aproxima do plano mediano.
• Inversão e eversão 
Inversão e (no pé): a inversão é realizada quando a planta do pé se volta para o plano mediano eversão
e a eversão é realizada quando a planta do pé se volta para o plano lateral.
Passando aos , os movimentos são caracterizados por rotação ao redor do movimentos no plano transverso 
eixo longitudinal do corpo. Sempre que o movimento de rotação afastar o segmento do corpo do plano mediano,
teremos a rotação lateral. Sempre que o segmento se aproximar do plano mediano, teremos a .rotação medial
No antebraço, os movimentos de rotação lateral e medial são denominados e ,supinação pronação
respectivamente.
O último movimento a ser estudado é o de , definida como um movimento que simula o traçado decircundação
um círculo imaginário no ar. Ela é caracterizada por movimentos de flexão, extensão, adução e abdução, e pode
ser realizada por articulações com, pelo menos, dois graus de liberdade, como dedos da mão, ombro e quadril.
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Figura 1 - Movimentos do corpo humano.
Fonte: Auttapon Wongtakeaw, Shutterstock, 2019.
A partir do conteúdo apresentado, deve ficar claro para você que os movimentos das articulações corporais
podem ser realizados em três diferentes planos (sagital, frontal e horizontal), que são determinados por
características específicas das articulações envolvidas. Desse modo, chamaremos de articulações uni ou
 as articulações que realizam movimento em apenas um único plano. Um bom exemplo demonoaxiais
articulação monoaxial é a do tornozelo, entre o tálus e a tíbia, pois ela realiza exclusivamente o movimento de
flexão e extensão. As articulações que realizam movimentos em dois planos são chamadas de , como abiaxiais
articulação radioulnar, no cotovelo. As articulações responsáveis por realizar movimentos em três planos, por
sua vez, são chamadas de , como é o caso da articulação glenoumeral, do ombro.triaxiais
Perceba que, quanto maior o número de planos em que o movimento é realizado, mais liberdade e mobilidade
são desempenhadas pela articulação. Por exemplo, é nítido que o ombro (triaxial) possui maior mobilidade que o
tornozelo (uniaxial).
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Agora que todos os movimentos realizados pelas articulações foram estudados, apresentaremos resumidamente
todos os movimentos e seus respectivos planos e eixos. Acompanhe e estude o quadro seguinte, que sintetiza
todas essas informações.
Quadro 1 - Descrição dos principais movimentos realizados pelas articulações sinoviais.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
Bom, agora que já conhecemos os principais movimentos realizados pelas articulações sinoviais, vamos
classificá-las morfologicamente? Vamos lá!
O profissional de Educação Física trabalha, em boa parte do seu tempo, com o movimento
humano. Para que possa atender bem aos seus alunos e clientes, é importante que conheça
cada gesto realizado na prática esportiva e cada músculo que participa da execução dos
movimentos.
Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido e aplicar o que
foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar o material de
apoio a seguir:
MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica
2019.
Assista também ao vídeo:
MOTUSHOMINIS. Flexão-extensão do cotovelo / Pronação-supinação do antebraço em 3D
. 4 mar. 2018. Disponível em: https://youtu.be/JjzKRnpIWW4.
Situação-problema:
Em sua casa, encontre um local com espaço e no qual você possa se movimentar com
segurança, sem esbarrar em objetos. Coloque-se na posição anatômica e execute o movimento
de flexão e extensão do cotovelo seguidamente. Após isso, volte à posição anatômica e execute
os movimentos de rotação do cotovelo, para medial (pronação) e para lateral (supinação).
Volte novamente à posição anatômica e faça a abdução e adução do ombro, tomando cuidado
para não ultrapassar a altura do seu ombro ao abduzir o braço. Ao executar cada um desses
movimentos, observe: qual segmento do membro superior se move e qual fica parado? Em
qual plano de secção ocorre cada movimento realizado? Qual é o eixo do corpo humano em que
cada movimento foi realizado?
https://youtu.be/JjzKRnpIWW4.
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2.1.2 Classificação morfológica das articulações
Vamos conhecer a classificação das articulações de acordo com a sua forma (morfologia)? Nessa classificação,
utilizamos como critério o formato das faces articulares para compreendermos qual movimento elas realizarão.
Em resumo, verificaremos o formato das peças articuladas para analisarmos como elas se “encaixam”.
Observe, na imagem abaixo, o esquema que representa cada uma dessas articulações.
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Figura 2 - Classificação morfológica das articulações sinoviais.
Fonte: Blamb, Shutterstock, 2019.
Com todas as informações detalhadas referentes aos movimentos articulares, os tópicos seguintes abordarão
características específicas sobre as articulações do corpo humano.
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características específicas sobre as articulações do corpo humano.
2.2 Crânio e tórax
Neste tópico, falaremos sobre as articulações e os movimentos realizados pelo crânio e tórax, respectivamente.
No que se refere a essas duas estruturas ósseas, podemos identificar um ponto em comum: ambas
 .desempenham papel de proteção a órgãos vitais
Por outro lado, também são observadas muitas diferenças. Nesse sentido, o crânio é formado, na sua maioria, por
articulações imóveis, ao passo que o tórax realiza movimentos que permitem o processo de respiração. A leitura
dos tópicos seguintes abordará e explicará peculiaridades sobre tais estruturas que incluem aspectos
relacionados à anatomia e à fisiologia. Acompanhe!
2.2.1 Crânio
Entenda que o crânio possui função primordial de proteção ao encéfalo, bem como órgãos sensoriais da visão,
olfato, audição e paladar. No total, ele engloba 22 ossos.
As articulações do crânio são formadas por articulações do tipo fibrosa (com exceção da articulação
temporomandibular, que será discutida a seguir) com pouca ou nenhuma mobilidade. Especificamente no crânio,
são observadas articulações fibrosas do tipo sutura. Essas articulações são temporárias, já que, ao nascimento,
estão afastadas por grande quantidade de tecido conjuntivo, que vai diminuindo com a idade até desaparecer,
fazendo com que ocorra a fusão entre os ossos do crânio, um processo chamado de sinostose (soldadura de
ossos).
O excesso de tecido conjuntivo presente nas suturas ao nascimento recebem o nome de fontículos. Confira na
imagem abaixo.
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Figura 3 - Crânio do recém-nascido.
Fonte: logika600, Shutterstock, 2019.
A função dos fontículos é possibilitar a passagem do crânio pelo canal do parto e permitir o crescimento durante
a infância. É frequente que haja cavalgamento entre os ossos do neurocrânio durante o parto e que, em alguns
dias após o parto, o crânio volte ao normal. Os fontículos desaparecem após os dois anos de vida.
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Quando observamos a cabeça, é possível concluir que a única parte móvel é a responsável por movimentar a
mandíbula. Essa articulação recebe o nome de temporomandibular (ATM) por conectar o osso temporal com a
mandíbula. Constitui uma das articulações mais complexas, estando entre as mais usadas no corpo humano, pois
se move de 1.500 a 2.000 vezes por dia. É formada pelos côndilos convexos da mandíbula e pela fossa
mandibular. A ATM é indispensável nas atividades de vida diária, sendo responsável por funções relacionadas à
deglutição, à respiração, ao bocejo, à mastigação e à fonação.
A ATM possui um disco articular, fibrocartilaginoso, responsável por amortecer impactos mastigatórios e dar
congruência à articulação. Nela, também são observados os movimentos que listamos a seguir. Clique e confira!
Oclusão
Elevação da mandíbula, promovendo o contato dos dentes da arcada inferior com a arcada superior.
Protrusão
Movimenta a mandíbula para a frente.
Retrusão
Movimenta a mandíbula para trás.
A mandíbula é movimentada, principalmente, por um grupo de quatro músculos que, juntos, formam os
músculos da mastigação. São eles: temporal, masseter, pterigoideo medial e pterigoideo lateral.
Outro grupo importante de músculos são os músculos da face, responsáveis pela mímica facial. Confira alguns
deles no quadro a seguir.
VOCÊ SABIA?
A palpação dos fontículos anterior e posterior durante o primeiro ano de vida ajudam a
determinar: o grau de hidratação de um recém-nascido, pois, quando há desidratação, o
fontículo apresenta uma depressão; e o aumento da pressão intracraniana (PIC), pois quando a
PIC está aumentada, o fontículo fica projetado para fora do crânio. O exame dos fontículos é
especialmente importante para os enfermeiros que cuidam dos pequenos recém-nascidos na
UTI neonatal.
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Quadro 2 - Principais músculos do cabeça.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019. decade3d - anatomy online, Shutterstock, 2019.
A mímica facial é uma das maneiras que temos para expressar ao mundo nossos sentimentos e pensamentos.
Para ocorrer de maneira adequada, conta com diferentes músculos chamados de músculos da mímica ou da
expressão facial.
Os músculos da mímica apresentam um tendão de origem fixo ao osso e, diferentemente de outros músculos
estriados esqueléticos, um tendão de inserção que está preso à pele. Dessa maneira, toda vez que contraímos
esses músculos, movimentamos a pele da face.
Os músculos da mímica são em número de dezoito e dividem-se em cinco grupos de acordo com sua posição na
face, sendo:
Músculos do couro cabeludo. Formados por:
• Músculo occipitofrontal
• Músculos auriculares
• Músculos ao redor da órbita. Formados por:
• Músculo orbicular do olho
• Músculo corrugador do supercílio
Músculos ao redor do nariz. Formado por:
• Músculo nasal
• Músculo prócero
Músculos ao redor da cavidade oral. Formados por:
• Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz
• Músculo levantador do lábio superior
• Músculo zigomático menor
• Músculo zigomático maior
• Músculo levantador do ângulo da boca
• Músculo risório
• Músculo bucinador
• Músculo abaixador do ângulo da boca
• Músculo abaixador do lábio inferior
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• Músculo abaixador do lábio inferior
• Músculo mentual
• Músculo orbicular da boca
Músculos da região cervical. Formado por:
• Músculo platisma
Os músculos da mímica são inervados pelo nervo facial e executam movimentos de acordo com a liberação do
neurotransmissor acetilcolina pelas suas terminações nervosas. Eventualmente, o nervo facial pode ser
acometido por uma infecção e ter seu funcionamento interrompido. Nesse caso, dizemos que o paciente teve
uma paralisia do facial. A maior parte das paralisias do facial tem regressão espontânea em cerca de três meses.
No período de duração da doença, o paciente fica bastante incomodado, com dificuldade para falar e mastigar, já
que os músculos da face ficam paralisados sem o controle do nervo facial. O nervo facial também supre as
glândulas lacrimais, nasais e salivares, levando o paciente a sentir um ressecamento na conjuntiva ocular na
cavidade nasal e na cavidade oral.
2.2.2 Tórax
O tórax constitui segmento corporal delimitado superiormente pelo pescoço, inferiormente pelo músculo
diafragma e lateralmente pelas costelas. Anteriormente, o tórax está delimitado pelo esterno e, posteriormente,
pela colunatorácica. As costelas formam o limite lateral da caixa torácica e se articulam tanto com o esterno
quanto com a coluna torácica. Tenha em mente que essa estrutura tem função primordial de proteção aos órgãos
vitais do tórax (pulmão e coração). A caixa torácica é modificada durante os movimentos respiratórios, graças à
ação dos músculos intercostais e diafragma.
Além da função de proteção mencionada, os movimentos articulares realizados pelo tórax desempenham papel
primordial na respiração. Além disso, o tórax serve de suporte para fixação dos músculos respiratórios, colabora
para manutenção da coluna vertebral e auxilia os movimentos dos membros superiores (KAPANDJI, 2009c).
Agora que já sabemos a constituição e as funções da caixa torácica, passaremos às articulações que formam essa
estrutura. Clique e confira!
Costocondrais São caracterizadas pela união das costelas com a cartilagem costal, na região anterior. 
Condroesternais São formadas por meio da articulação da cartilagem costal com o esterno.
Em relação aos , temos que o ciclo respiratório é composto por movimentos do tórax durante a respiração
dois movimentos: a inspiração e a expiração. A inspiração corresponde à etapa em que o tórax aumenta de
volume e o ar entra nos pulmões, enquanto na expiração o ar sai dos pulmões e o tórax retorna ao tamanho
inicial.
Os músculos serrátil anterior e serrátil posterior também são músculos do tórax e de fundamental importância
para os movimentos respiratórios.
Veja, no quadro abaixo, a origem e inserção dos músculos do tórax.
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Quadro 3 - Músculos do tórax e toracoapendiculares.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
Os músculos toracoapendiculares estão na caixa torácica, mas movimentam o membro superior. Correspondem
aos músculos peitoral maior, peitoral menor, músculo serrátil anterior.
2.3 Coluna vertebral
No que se refere ao estudo anatômico e fisiológico da coluna vertebral, destacamos que se trata de um segmento
complexo, responsável por desempenhar diversas funções importantes. Além disso, serão apresentados neste
tópico as características particulares da coluna vertebral, incluindo as generalidades anatômicas, os desvios
posturais comuns, os movimentos realizados e a ação muscular.
Iniciaremos com a abordagem sobre os tópicos acima mencionados, relacionados à coluna vertebral.
Acompanhe!
2.3.1 Generalidades da coluna vertebral
A coluna vertebral humana é formada por 33 vértebrase se divide em regiões: cervical (7 vértebras); torácica
(12 vértebras); lombar (5 vértebras); sacral (5 vértebras); e coccígea (4 vértebras). As vértebras sacrais e
coccígeas se fundem, formando os ossos do sacro e cóccix.
As principais funções da coluna vertebral incluem:
• sustentação do peso corporal;
• proteção da medula espinal;
• mobilidade;
• equilíbrio.
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A coluna mede cerca de 70 centímetros em homens e 60 centímetros em mulheres. O conjunto de ligamentos,
que se estende desde o sacro até a base do crânio, fornece resistência mecânica à coluna vertebral. São eles:
ligamento longitudinal anterior; ligamento longitudinal posterior; ligamento amarelo; ligamento interespinhoso
e ligamento supraespinhoso.
A coluna apresenta curvaturas primárias, de concavidade anterior, que herdamos da nossa vida fetal: são as
curvaturas torácica e pélvica. Todos nós nascemos com as curvaturas primárias, mas, durante a vida, adquirimos
as curvaturas secundárias, compensatórias, que permitem que nos equilibremos em pé apoiados por este eixo
ósseo, que é a coluna vertebral. São as curvaturas cervical e lombar e ambas apresentam concavidade posterior.
Figura 4 - A – Curvatura primária da coluna vertebral desenvolvida durante a vida fetal. Observe a concavidade 
anterior. B – Curvaturas primárias da coluna vertebral, com concavidade anterior, originadas na vida fetal e 
curvaturas secundárias, com concavidade posterior, adquiridas no processo de sustentação de cabeça, sentar-se 
e andar.
Fonte: 3Dstock, Shutterstock, 2019/sciencepics, Shutterstock, 2019.
As curvaturas secundárias se formam quando a criança se torna capaz de sustentar a cabeça (terceiro mês de
VOCÊ QUER LER?
As doenças relacionadas à coluna vertebral estão entre as que causam maior índice de
afastamento do trabalho no mundo. Sua biomecânica é complexa e os hábitos de vida moderna
não ajudam na manutenção da saúde da coluna vertebral. Para conhecer mais sobre a coluna
leia a obra , organizada porQuiropraxia – diagnóstico e tratamento da coluna vertebral
Djalma José Fagundes.
- -15
As curvaturas secundárias se formam quando a criança se torna capaz de sustentar a cabeça (terceiro mês de
vida extrauterina), no caso da curvatura cervical; quando a criança começa a engatinhar e andar (primeiro ano
de vida), no caso da curvatura lombar.
O exagero das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral pode causar importantes distúrbios posturais. Ao
exagero das curvaturas primárias chamamos de cifose, enquanto o das curvaturas secundárias chamamos de
lordose. Vale a pena comentar que a coluna vertebral deve sempre estar posicionada no plano mediano. Seu
desvio do plano mediano é chamado de escoliose, porém é normal uma pequena escoliose para a direita em
indivíduos destros e um pouquinho para a esquerda em indivíduos canhotos.
VOCÊ O CONHECE?
O pesquisador e médico ortopedista Adalbert Ibrahim Kapandji nasceu em 17 de abril de 1928
em Paris, na França. Suas realizações são referências para estudiosos e profissionais da área de
saúde, relacionadas ao sistema locomotor. Seus feitos incluem muitos procedimentos
cirúrgicos com técnicas inéditas, além de invenção de próteses específicas.
- -16
Agora que conhecemos os tipos de desvios posturais, você deve se atentar às situações nas quais é preciso
exercitar a avaliação postural, utilizando os conhecimentos adquiridos e observações. Uma estratégia
interessante é observar a postura de pessoas pelos lugares por onde passamos, como ruas, supermercados,
bancos e refletir sobre a possível presença de desvios posturais ou não. Clique nos itens para aprender mais
sobre o tema.
De maneira geral, as vértebras são formadas pelo corpo, anterior e com função de sustentar peso, e o arco
vertebral, posterior e com função de proteger a medula espinal.
Na coluna vertebral, as vértebras sustentam apenas o peso da cabeça, por isso observamos um corpo vertebral
pequeno. Em compensação, nessa região há muita mobilidade, já que a coluna cervical movimentará a cabeça.
Essa mobilidade se traduz em um forame vertebral grande, onde há bastante espaço para a medula espinal se
ajustar durante o movimento. Na região cervical, encontramos também um espaço que dá passagem à artéria
vertebral: é o forame transversário.
Veja o quadro a seguir e conheça as características típicas de uma vértebra cervical.
A coluna vertebral passa por grandes alterações desde a sua formação na vida intrauterina até
seu completo amadurecimento, por volta da terceira década de vida. Durante o período fetal,
você aprendeu que a coluna apresenta um formato de C, uma curvatura primária com
concavidade anterior, e que, com o amadurecimento do sistema nervoso na vida extrauterina,
a criança começa a controlar melhor os movimentos e estes levam ao surgimento da
curvaturas secundárias, de concavidade posterior nas regiões cervical e lombar.
Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido, analisar e
aplicar o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar os
materiais de apoio a seguir:
MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica
2019.
STRIANO, P. : anatomia ilustrada. Barueri: Manole, 2015. p. 8 a 13.Coluna saudável
Situação-problema:
Você é professor de Educação Física em uma escola de Ensino Fundamental. Às terças-feiras
pela manhã, você dá aula para a turminha do 1º ano, com alunos de 6 a 7 anos. Enrico é seu
aluno e demonstra muita aversão à atividade física, demandando bastante do seu tempo na
tentativa de fazê-loparticipar com as outras crianças. Na última aula, você estava com a turma
toda na quadra da escola, fazendo um treino de lateralidade, quando uma forte e repentina
chuva começou. Você e a criançada correram de volta para o interior da escola, mas ainda
assim ficaram muito molhados. As crianças tiraram a camiseta para se secar e, nesse momento,
você observou que Enrico apresenta uma coluna claramente em formato de S, com um desvio
significativo em relação ao plano mediano para o lado esquerdo. Qual o nome dessa alteração?
Qual a posição normal que a coluna de Enrico deveria estar? Como você imagina que os
músculos do dorso podem ter se adaptado a esta condição? Essa anormalidade pode levar a
quais disfunções?
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Quadro 4 - Características das vértebras cervicais.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
Na região cervical, há duas vértebras atípicas com características adaptadas à rotação da cabeça: são a primeira
vértebra cervical, também conhecida como atlas, e a segunda vértebra cervical, conhecida como áxis.
Veja a imagem a seguir.
Figura 5 - Vértebras cervicais.
Fonte: stihii, Shutterstock, 2019.
Na coluna torácica, as vértebras sustentam o peso da cabeça e dos membros superiores, por isso observamos um
corpo vertebral um pouco maior. Nessa região, observamos pouca mobilidade e encontram-se estruturas
adaptadas para a articulação com as costelas (MOORE, 2019).
Veja o quadro a seguir e conheça as características típicas de uma vértebra torácica.
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Quadro 5 - Características das vértebras torácicas.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
Na coluna lombar, as vértebras sustentarão o peso da cabeça, do pescoço, dos membros superiores e do tronco.
Dessa maneira, o corpo vertebral é bastante robusto. Há mais mobilidade nessa região quando comparado à
região torácica. O processo transverso é longo e assemelha-se a uma pequena costela, por isso, nessa região, o
processo transverso recebe o nome de processo costiforme.
Veja o quadro abaixo e conheça as características típicas de uma vértebra lombar.
Quadro 6 - Características das vértebras lombares.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
Na região sacral, está o osso sacro, formado por cinco vértebras fundidas. No osso sacro, encontramos os
processos espinhosos fundidos, formando a crista sacral mediana; os processos articulares fundidos, formando a
crista sacral média; os processos trasnversos fundidos, formando a crista sacral lateral. Ao final do sacro,
encontramos o hiato sacral, uma abertura que dá acesso ao canal vertebral.
O pequeno osso cóccix é formado por 3-4 vértebras coccígeas fundidas.
A estrutura óssea da coluna vertebral é extremamente complexa e reflete a complexidade de seu funcionamento.
Em alguns países, há profissionais com bacharelado que se dedicam prioritariamente ao tratamento não
medicamentoso da coluna vertebral. Esses profissionais são os quiropraxistas e tratam as dores da coluna,
fazendo o realinhamento das vértebras e deixando-as em uma posição ótima.
Vamos conhecer mais sobre a coluna vertebral? Continue a leitura do texto.
2.3.2 Fisiologia articular da coluna vertebral: sínfise intervertebral e 
articulação dos processos articulares
As duas articulações da coluna vertebral são a sínfise intervertebral, que desempenha função estática, uma vez
que permanece fixa, unida pelo disco intervertebral, e as articulações dos processos articulares.
A sínfise intervertebral apresenta um formato discoide e, por isso, também é chamada de disco ontervertebral.
Acompanhe mais sobre a formação do disco nas abas abaixo. Clique e confira!
Núcleo pulposo
Trata-se da parte mais central, com aspecto gelatinoso, constituído predominantemente por água. O núcleo
contém também fibras colágenas e é totalmente avascular, o que dificulta sua regeneração em caso de lesão.
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contém também fibras colágenas e é totalmente avascular, o que dificulta sua regeneração em caso de lesão.
Anel fibroso
É formado por diversas camadas concêntricas de fibrocartilagem que circundam e envolvem o núcleo pulposo,
protegendo-o e evitando que saia do seu local de origem.
No decorrer da vida, o disco sofre alterações marcantes em seu formato, seu volume e sua composição, afetando
amplamente sua habilidade em responder às cargas a que é submetido, resultando em alteração da biomecânica
da coluna. Assim, o comportamento biomecânico do disco depende diretamente do estado de degeneração. O
disco apresenta taxa de metabolismo baixa, com grande parte de sua nutrição ocorrendo por difusão.
Clique nas setas abaixo e aprenda mais sobre o tema.
Os discos intervertebrais são estruturados para atuarem como atenuador de cargas, com o núcleo pulposo
atuando hidrostaticamente na pressurização do disco. A pressão dentro do disco é uniforme no núcleo e na
camada externa do anel fibroso, e é diretamente relacionada à compressão axial aplicada no disco. A presença de
pressão compressiva faz com que a água saia do disco. Quando as forças são removidas, as fibras elásticas e
colágenas retomam seu comprimento original de pré-carga (KAPANDJI, 2009c).
Migração de água do núcleo pulposo: o núcleo pulposo localiza-se na região central do disco intervertebral,
que se aloja no platô vertebral. O platô vertebral, por sua vez, apesar de ser uma parte cartilaginosa, possui
numerosos poros microscópicos. Desse modo, quando uma pressão excessiva é imposta ao eixo da coluna
vertebral (como o peso corporal resultante de ficarmos em pé por prolongadas horas), a água contida no núcleo
pulposo migra para o platô vertebral. Por isso, podemos verificar que, ao final de um longo dia, no qual
permanecemos sobre a influência de cargas compressivas, o núcleo diminui de tamanho por estar menos
hidratado (KAPANDJI, 2009c). 
Sobre tal aspecto, é possível notar que, para indivíduos normais, a perda de líquido do núcleo pode resultar em
perda de até dois centímetros na espessura do disco intervertebral. Por outro lado, durante a noite, quando
normalmente o indivíduo se deita, sem a influência de pressão axial, a água retorna ao núcleo pulposo e recupera
a hidratação perdida. Aqui, devemos relembrar que isso ocorre em razão do núcleo possuir hidrofilia, ou seja,
tendência de atrair água. Por isso, no início da manhã, podemos dizer que o núcleo recuperou sua espessura
inicial.
O envelhecimento altera as características elásticas do disco intervertebral e em idosos o processo de absorção
de impactos e descompressão do disco estão prejudicados.
VOCÊ SABIA?
Pesquisas demonstram que levantar peso de maneira inadequada, com os joelhos estendidos e
tronco inclinado para frente, pode aumentar em até 100% a carga imposta ao disco
intervertebral. Tal hábito, quando realizado por tempo prolongado, caracteriza um dos
motivos do surgimento de hérnia de disco. Leia sobre o tema no artigo de Ferreira e
Nascimento (2015), disponível em: https://www.uninter.com/revistasaude/index.php
./saudeDesenvolvimento/article/view/497/302
https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/497/302
https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/497/302
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2.3.3 Músculos do tronco
De forma geral, os músculos da coluna vertebral possuem função relacionada à estabilidade dinâmica dos
segmentos e são divididos em função de sua localização, sendo ou e músculos pré-vertebrais anteriores pós-
 ou . Desse modo, são responsáveis primordialmente por funções relacionadas àvertebrais posteriores
sustentação e à mobilidade.
Estados de fraqueza e desequilíbrio muscular estão diretamente relacionados à exposição e incidência de lesões
do sistema musculoesquelético. Nesse sentido, é importante entender que grande parte das intervenções
recuperativas dos mais diversos tipos de lesões devem ser baseadas na recuperação do condicionamento
muscular (KAPANDJI, 2009c).
O principal extensor da coluna vertebral é o músculo eretor da coluna. Trata-se de um complexo muscular que se
estende desde o sacro até a cabeça e faz a manutenção da postura ereta.
As doresda coluna afetam um número enorme de pessoas em todo o mundo. A maior parte
delas decorre de uma postura inadequada durante o trabalho, do sedentarismo, da obesidade e
de maus hábitos, como o fumo. O profissional de Educação Física é um importante aliado da
população na promoção da saúde da coluna vertebral e na prevenção de seus distúrbios.
Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que foi lido, analisar e
aplicar o que foi aprendido na sua prática profissional. Para auxiliá-lo, você pode consultar os
materiais de apoio a seguir:
MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,Anatomia orientada para a clínica
2019.
STRIANO, P. : anatomia ilustrada. Barueri: Manole, 2015. p. 16 a 18.Coluna saudável
Situação-problema:
Marília é executiva de uma multinacional e mora no Rio de Janeiro. Tem 37 anos e há dois anos
toda a operação da empresa foi movida para o interior de Minas Gerais. A maior parte dos
executivos foi convidada a trabalhar em sistema de . Nesses dois últimos anos,home-office
Marília engordou oito quilos e passou a sofrer de dor nas costas. Ela relaciona essa dor com as
muitas horas que passa sentada em frente ao computador diariamente. Ela procura um
profissional de Educação Física para atendimento domicilar. Você atende Marília e propõe
exercícios de alongamento da coluna vertebral com o uso de bola suíça. Quais músculos pós
vertebrais serão alongadas em cada região da coluna? Quais músculo pré-vertebrais poderão
estar encurtados e deverão ser alongados? Como a bola suíça pode ajudar nos exercícicos para
manter a coluna saudável?
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No que se refere à ação muscular dos músculos descritos, é importante que você saiba e entenda que os
músculos anteriores estão associados ao movimento de flexão da coluna vertebral. Os músculos posteriores
estão relacionados ao movimento de extensão. Já os músculos látero-vertebrais, associam-se ao movimento de
flexão lateral da coluna vertebral.
A palpação dos músculos é uma técnica que permite mensurar a condição do músculo e outros tecidos, que nem
sempre são detectados na avaliação visual. A palpação se refere, ainda, a uma técnica específica que fornece
cenário para verificar limitações em que estruturas anatômicas podem estar relacionadas à origem da lesão.
Por fim, a utilização e a aplicação adequadas da palpação fornecem subsídio adequado para que o profissional
atue e sugira intervenções precisas, promovendo melhora clínica e funcional certeira, em menor intervalo de
tempo. Para tanto, o sucesso da anatomia palpatória depende de conhecimentos prévios a respeito da localização
específica de grupos musculares e suas respectivas ações.
VOCÊ QUER LER?
Um estudo recente verificou que o fortalecimento adequado e periodizado dos músculos do
tronco é responsável pela redução dos níveis de lombalgia em mulheres jovens. Os resultados
mostraram a efetividade da técnica de estabilização central sobre o equilíbrio muscular e
consequente diminuição da dor, melhorando a qualidade de vida e trabalho desses sujeitos,
tornando desnecessário o uso adicional de drogas ou terapias analgésicas (REINEHR; CARPES;
MOTA, 2008). Confira em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051
./18399
CASO
Um homem de 49 anos de idade, obeso e diabético procurou atendimento no pronto-socorro
com queixa de dor intensa ao longo de toda a extensão posterior na perna esquerda e coluna
‘travada’. A equipe de Enfermagem o acolheu e fez os primeiros atendimentos. Após a
avaliação completa do paciente, constatou-se:
O diagnóstico dado pelo médico foi ciatalgia, inflamação do nervo isquiático por compressão
discal. O paciente foi tratado com analgésicos e anti-inflamatórios e encaminhado para o setor
de Fisioterapia para o tratamento das disfunções posturais. O médico recomendou ainda que o
paciente procure um profissional de educação física e inicie, logo após a remissão dos
sintomas, um programa de atividades físicas que o ajude a tratar a obesidade e que não agrave
os problemas na coluna.
• fraqueza muscular em músculos do membro inferior, lombar e abdômen;
• limitação de movimento da perna esquerda e na coluna vertebral;
• alteração de sensibilidade na região lombar, ao nível da quinta vértebra;
• espasmo muscular na perna direita;
• disfunções posturais no quadril e na coluna vertebral.
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https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051/18399
https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051/18399
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Síntese
Finalizamos aqui esta unidade. Apresentamos os movimentos articulares, bem como os eixos e planos de
movimentos nos quais esses movimentos ocorrem. Também apresentamos os músculos da região do tronco e
sua importância para a respiração e a postura. O entendimento dos conceitos apresentados constitui a base para
atuação do profissional de saúde, já que só podemos realizar diagnósticos, traçar objetivos e propor condutas se
conhecermos todas as estruturas e os tecidos envolvidos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• identificar os planos e descrever os eixos nos quais cada movimento ocorre;
• analisar os movimentos realizados por cada articulação;
• identificar as articulações do crânio e tórax e entender os movimentos realizados por elas;
• compreender as características da coluna vertebral, suas articulações, movimentos e ação muscular;
• conhecer quais músculos são observados na região do tronco e sua importância.
• sintetizar o conhecimento adquirido para futura aplicação na prática profissional.
Bibliografia
CAEL, C. . Barueri: Manole, 2013.Anatomia palpatória e funcional
FAGUNDES, D. J. (org.). Quiropraxia - diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São Paulo: Roca, 2013.
FERREIRA, R. G. S.; NASCIMENTO J. L. Lombalgia provocada pelo transporte manual de carga: uma reflexa
coletiva sobre a saúde do trabalhador. , Curitiba, Uninter, v. 8, n. 4, p. 207-Revista Saúde e Desenvolvimento
221, jan.-jul. 2015. Disponível em: https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento
. Acesso em: 29 jul. 2019./article/view/497/302
HALL, S. J. . 7. ed. Biomecânica básica Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
HANKIN, M. H. Anatomia clínica: uma abordagem por estudos de casos. Porto Alegre: Artmed, 2015.
KAPANDJI, I. A. . Membros inferiores. v. 1. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009a.Fisiologia articular
KAPANDJI, I. A. . Membros inferiores. v. 2. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009b.Fisiologia articular
KAPANDJI, I. A. . Tronco e coluna vertebral. v. 3. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Fisiologia articular
2009c.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. . 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.Anatomia e fisiologia
MOORE, K. L. . 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.Anatomia orientada para a clínica
MOTUS HOMINIS. . 4 mar. 2018.Flexão-extensão do cotovelo / Pronação-supinação do antebraço em 3D
Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2019.https://youtu.be/JjzKRnpIWW4
REINEHR, F. B.; CARPES, F. P.; MOTA, C. B. Influência do treinamento de estabilização central sobre a dor e
estabilidade lombar. , Curitiba, PUC-PR, v. 21, n. 1, p. 123-129, jan.-mar.Revista Fisioterapia em Movimento
2008. Disponível em: . Acesso em: 29https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051/18399
jul. 2019.
SIQUEIRA, G. R.; SILVA, G. A. P. Alterações posturais da coluna e instabilidade lombar no indivíduo obeso: uma
revisão de literatura. , Curitiba, PUC-PR, v. 24, n. 3, p. 557-566, jul.-set. Revista Fisioterapia em Movimento
2011.
STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada. Barueri: Manole, 2015.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. . 12. ed. Rio de Janeiro: GuanabaraPrincípios de anatomia e fisiologia
Koogan, 2015.
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https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/497/302
https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/497/302
https://youtu.be/JjzKRnpIWW4
https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051/18399
	Introdução
	2.1 Principais movimentos articulares
	2.1.1Identificação dos movimentos articulares nos planos realizados
	Elevação e depressão
	Flexão lateral
	Desvio ulnar e radial
	Inversão e eversão
	2.1.2 Classificação morfológica das articulações
	2.2 Crânio e tórax
	2.2.1 Crânio
	2.2.2 Tórax
	2.3 Coluna vertebral
	2.3.1 Generalidades da coluna vertebral
	2.3.2 Fisiologia articular da coluna vertebral: sínfise intervertebral e articulação dos processos articulares
	2.3.3 Músculos do tronco
	Síntese
	Bibliografia

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