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A Conquista da Liberdade

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A Liberdade
Bibliografia: ARANHA, M. L . A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. Moderna, 2005, p. 131-134; 150-154.
Prof. Me. Clóvis Santa Fé Junior
FATEC – Sertãozinho / Curso: Tecnologia em Gestão Empresarial
Disciplina: Sociedade, Tecnologia e Inovação
1. O ser humano é determinado?
· Engano que podemos cometer: nos considerarmos capazes de liberdade absoluta.
· Se o próprio conhecimento científico se faz a partir do princípio do determinismo, o ser humano também se acha preso a determinismos.
· Exemplo disto é que seu corpo é sujeito a leis.
· O ser humano está preso aos determinismos psicológicos e culturais. 
O texto começa dando exemplo da metáfora de que a ave é livre. É uma metáfora pelo fato de que a ave se encontra regulada pelo instinto de sobrevivência típico de sua espécie.
 “A ciência só é possível porque o conhecimento da relação necessária entre causa e efeito [tudo que existe no mundo está sujeito à lei da causalidade] – isto é, o conhecimento dos determinismos naturais – leva à descoberta das leis da natureza e permite que sejam feitas previsões e desenvolvidas as técnicas.” (p. 131)
 Século XVIII: materialistas franceses (D’Holbach e La Mettrie) “reduziam os atos humanos a elos de uma cadeia causal universal”. O filósofo frances Taine, discípulo de Comte, no século XIX, asseverou que não éramos livres, “mas determinados pelo momento, pelo meio e pela raça”. Os psicólogos comportamentalistas contemporâneos, Watson e Skinner, herdaram essa visão determinista, e “admitem que o ser humano tem a ilusão de ser livre, mas na verdade apenas desconhece as causas que atuam sobre ele. A ciência do comportamento conheceria de tal forma as motivações, que seria possível prever e portanto planejar o comportamento humano”.
 Determinismos Psicológicos: é através de mecanismos da inteligência humana - tais como memória, invenção, intuição, abstração etc. – que entramos em contato com o mundo, conhecendo-o e reagindo afetivamente a ele.
 Determinismos Culturais: “ao nascer, encontramos um mundo já constituídos e recebemos como herança a moral, a religião, a organização social e política, a língua, enfim, os costumes que de certa forma moldam nossa maneira de sentir e pensar.” (p. 132)
2. As condições da liberdade
· Seres conscientes = conhecimento das causas = execução de uma ação transformadora.
· “É na ação, na prática, que se constrói a liberdade, a partir dos desafios que os problemas do existir apresentam ao ser humano.” (p. 132)
· Exigência de uma imaginação criadora.
· “Ao reconhecermos as forças que atuam sobre nós, somos capazes do exercício da vontade, transformadora da natureza.” (p. 132) 
“Os defensores da liberdade humana consideram que não somos apenas o resultado inevitável da situação dada, porque, como seres conscientes, ao tomarmos conhecimento das causas que atuam sobre nós, somos capazes de realizar uma ação transformadora a partir de um projeto de ação. Deixamos de ser passivos para sermos atuantes.” (p. 132)
3. Educar para a liberdade
· Educação: esforço de superação do estágio de dependência da força do desejo e das normas de comportamento herdadas.
· Narcisismo infantil versus heteronomia = autonomia.
· “Ter autonomia, portanto, é ser capaz de deliberação, de organizar suas próprias regras.” (p. 132)
· “A autodeterminação é o que mais radicalmente fundamenta a liberdade humana.” (p. 132, grifo meu)
· Autonomia ≠ individualismo – a vida moral resulta do processo de descentramento do indivíduo, que ao superar seu egoísmo infantil reconhece o outro – e daí o cultivo de valores como reciprocidade, cooperação e solidariedade.
“O narcisismo infantil vai cedendo espaço à heteronomia, pela submissão à lei imposta pelo outro (héteros, em grego, significa ‘outro’, ‘diferente’; e nomos quer dizer ‘lei’). Continuando o processo, a criança caminha em direção à autonomia (autós, em grego, significa ‘próprio’).” (p. 132) 
4. Liberdades
· A liberdade é um desafio que permeia todos os campos da atividade humana.
· Podemos compreender a liberdade sob vários enfoques:
· Liberdade ética refere-se ao sujeito moral, capaz de decidir com autonomia em relação a si mesmo e aos outros;
· Liberdade econômica a autêntica supõe uma atividade produtiva exercida com cuidado para que as relações de dependência entre as pessoas sejam de colaboração e não de competição desenfreada e nem de exploração de uns pelos outros;
· Liberdade jurídica conquista das modernas sociedades democráticas defensoras da igualdade perante a lei;
· Liberdade política expressa-se no espaço público ocupado pelo cidadão, como participante dos destinos da cidade – conviver com a ≠.
· Ter liberdade política é amadurecer para optar pela coletividade sempre, é também impedir que a liberdade individual seja silenciada por um Estado totalitário.
5. Conclusão
· A liberdade resulta de um projeto de ação.
· “Os descaminhos da liberdade surgem quando ela é sufocada à revelia do sujeito – tal como nos casos de escravidão, prisão injusta, exploração do trabalho, governo autoritário – ou quando nós próprios a ela abdicamos, seja por comodismo, medo ou insegurança.” (p. 134)
· A construção da liberdade: a importância dos grupos da sociedade civil como formadores de consciência e instigadores à ação coletiva que garantirá a expressão dos diversos tipos de liberdade.
· Cidadãos: devem denunciar as formas de prepotência e a ação silenciosa da alienação e da ideologia.
Globalização: da política dos Estados à política das empresas.
Prof. Me. Clóvis Santa Fé Junior
BIBLIOGRAFIA: SANTOS, Milton. “Da política dos Estados à política das empresas”, In: Por uma outra globalização. Atlas, 2008, p.61-78.
Globalização
· O ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista.
· Segundo Milton Santos, pode-se entende-la como:
· unicidade técnica;
· unicidade do tempo (instantaneidade);
· motor único;
· cognoscibilidade do planeta;
· um período que é uma crise. 
· Dois elementos são fundamentais para entender esse processo: o estado das técnicas e o estado da política.
· “Tirania do dinheiro e tirania da informação são os pilares da produção da história atual do capitalismo globalizado.” (p. 35)
Território e identidade coletiva
· Primórdios da história humana a relação entre os setores da vida social se dava diretamente – sem intermediações.
· Territorialidade genuína economia, cultura, linguagem e a política estavam intimamente relacionadas com o território.
· Território criava o sentido de identidade entre as pessoas e o seu espaço geográfico ideia de comunidade. 
· Territorialidade genuína “A economia e a cultura dependiam do território, a linguagem era uma emanação do uso do território pela economia e pela cultura, e a política também estava intimamente com ele intimamente relacionada.” (p. 62)
· Havia uma territorialidade absoluta, “no sentido de que, em todas as manifestações de sua existência, os moradores pertenciam àquilo que lhes pertencia, isto é, o território. Isso criava um sentido de identidade entre as pessoas e o seu espaço geográfico, que lhes atribuía, em função da produção necessária à sobrevivência do grupo, uma noção particular de limites [fronteiras], acarretando, paralelamente, uma compartimentação do espaço, o que também produzia uma ideia de domínio. Para manter a identidade e os limites, era preciso ter claro essa ideia de domínio, de poder. A política do território tinha as mesmas bases que a política da economia, da cultura, da linguagem, formando um conjunto indissociável. Criava-se, paralelamente, a ideia de comunidade, um contexto limitado no espaço” (p.62).
O salto para os sistemas técnicos: a organização sociotécnica do trabalho, do território e do fenômeno do poder
· Toda relação do homem com a natureza é portadora e produtora de técnicas.
· Últimos séculos avanço dos sistemas técnicos.
· Século XVIII surgem as técnicas das máquinas alteram as relações entre países e entre sociedades e indivíduos.
· Exige dos homens comportamentos previsíveis previsibilidade = visão racional do mundo. Resultaem dois fenômenos importantes:
a) Produção das técnicas das máquinas revalorizam o trabalho e o capital, requalificam os territórios e permitem a conquista de novos espaços;
b) ideias filosóficas que se iriam tornar forças da política enciclopedistas, revolução americana e Revolução Francesa. 
· As técnicas das máquinas alteram as relações sociais, pois proporcionam “ao homem um menor esforço na produção, no transporte e nas comunicações, mudando a face da terra” (p. 63).
· Além de assegurar uma visão mais racional do mundo e também dos lugares, conduz a uma organização sociotécnica do trabalho, do território e do fenômeno do poder. Daí o desencantamento progressivo do mundo.” (p. 63).
· Portanto, a evolução do capitalismo foi acompanhada de ideias filosóficas (que também eram ideias morais), o que impediu um utilitarismo desenfreado, com uma prática avassaladora do lucro e da concorrência. “A mesma ética glorificava o indivíduo responsável e a coletividade responsável.” (p. 64)
· “Indivíduo e coletividade eram chamados a criar juntos um enriquecimento recíproco que iria apontar para a busca da democracia, por intermédio do Estado Nacional, do Estado de Direito e do Estado Social, e para a produção da cidadania plena, reivindicação que se foi afirmando ao longo desses séculos. (...) A cidadania plena é um dique contra o capital pleno.” (p. 64)
· “O nascimento da técnica das máquinas, o reforço da condição técnica na vida social e individual e as novas concepções sobre o homem se corporificam com as ideias filosóficas que se iriam tornar forças da política.” (p. 63)
Tecnociência, globalização e história sem sentido
· Globalização rompe com o processo de evolução social e moral.
· A globalização se realiza, mas não a serviço da humanidade:
· mata a noção de solidariedade;
· reduz as noções de moralidade pública e particular. 
· Período atual casamento entre ciência e técnica uso é condicionado pelo mercado nem sempre é progresso moral.
· O Iluminismo considerava que o progresso técnico (uso da razão) emanciparia globalmente a civilização humana, o que de fato não aconteceu como podemos ver.
· “Pior, talvez, do que isso: a ausência desse progresso moral e tudo o que é feito a partir dessa ausência vai pesar fortemente sobre o modelo de construção histórica dominante no último quartel do século XX.” (p. 65)
Globalização como fator de enfraquecimento do Estado.
· Dois processos paralelos:
· produção das condições materiais (base da produção econômica, dos transportes e da comunicação);
· produção de novas relações sociais entre países, classes e pessoas. 
· Essa nova situação mundializada se alicerça em duas colunas centrais:
· o dinheiro;
· a informação – mediada por empresas que a deformam.
· Informação e dinheiro se impõem como algo autônomo face à sociedade, à economia.
· O mundo se torna fluido as fronteiras territoriais se tornam porosas enfraquece e muda a natureza dos Estados nacionais.
· O Estado se omite quanto aos interesses das populações e se torna mais flexível aos capitais globalizados. 
· “Dentro de cada país, sobretudo entre os mais pobres, informação e dinheiro mundializados acabam por se impor como algo autônomo face à sociedade e, mesmo, à economia, tornando-se um elemento fundamental da produção, e ao mesmo tempo da geopolítica, isto é, das relações entre países e dentro de cada nação.” (p. 65)
· “Apesar de as condições técnicas da informação permitirem que toda a humanidade conheça tudo o que o mundo é, acabamos na realidade por não sabê-lo, por causa dessa intermediação deformante.” (p. 66)
· Os condutores da globalização necessitam de um Estado flexível a seus interesses. Neste sentido, “a instalação desses capitais globalizados supõe que o território se adapte às suas necessidades de fluidez, investindo pesadamente para alterar a geografia das regiões escolhidas. De tal forma, o Estado acaba por ter menos recursos para tudo o que é social, sobretudo no caso das privatizações caricatas, como no modelo brasileiro, que financia as empresas estrangeiras candidatas à compra do capital social nacional” (p. 66).
As empresas globais e a morte da política
· A política agora é feita no mercado os atores são as empresas globais.
· A própria lógica de sobrevivência da empresa global sugere que funcione sem nenhum altruísmo.
· Terceiro setor empresas privadas assumiriam um trabalho de “assistência social” escolheriam os beneficiários essa “politica” das empresas equivale à morte da Política. 
· Ó mercado global não existe como ator, mas como uma ideologia, um símbolo.
· As empresas globais não tem preocupações éticas, nem finalísticas – se defrontam na lógica da competitividade.
· Se o Estado não pode se solidário e a empresa não pode ser altruísta, a sociedade como um todo não tem quem a valha.
· Caberia as empresas do terceiro setor escolher quais os beneficiários, haveria portanto “frações do território e da sociedade a serem deixadas por conta, desde que não convenham ao cálculo das firmas. Essa política das empresas equivale à decretação de morte da Política” (p. 67).
O desequilíbrio social provocado pelas grandes corporações
· Por definição a política é ampla e supõe uma visão de conjunto – o “bem comum”.
· Hoje a não-política é que predomina e é feita pelas grandes corporações.
· A política “se realiza quando existe a consideração de todos e de tudo. Quem não tem visão de conjunto não chega a ser político” (p. 67) – a eliminação da pobreza é um problemas estrutural e a política tem de cuidar do conjunto de realidades e do conjunto de relações.
· Explicação das engrenagens instalação das grandes empresas e suas técnicas propõe uma maneira particular de comportamento e “traz para os lugares novas formas de relacionamento” alterando as relações sociais dentro de cada comunidade. “Muda a estrutura do emprego, assim como as outras relações econômicas, sociais, culturais e morais dentro de cada lugar, afetando igualmente o orçamento público, tanto na rubrica da receita como no capítulo da despesa.” (p. 68) 
· O enfraquecimento do Estado (promotor do bem comum) resulta no abandono da noção e da prática da solidariedade; “estamos, pelo menos a médio prazo, produzindo as precondições da fragmentação e da desordem, claramente visíveis no país, por meio do comportamento dos territórios, isto é, da crise praticamente geral dos estados e municípios” (p. 69). PROPOR A DISCUSSÃO SOBRE OS MOVIMENTOS DE JUNHO DE 2013 ENCABEÇADO PELO COLETIVO “PASSE LIVRE”.
Política versus não-política
· Crença da indispensabilidade dessas empresas (Discurso Oficial) versus Enfraquecimento dos institutos encarregados de cuidar do interesse geral (Contradição). 
· Essas empresas não compartilham uma identidade nacional, somente os próprios interesses.
· A médio prazo estamos produzindo as precondições da fragmentação e da desordem, claramente visíveis no país, por meio da crise praticamente geral dos estados e municípios. 
UMA COLISÃO DE ONDAS – CAPÍTULO 1: A SUPERLUTA
TOFFLER, Alvin. A terceira onda. 28. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.
A gênese de uma nova civilização
· Primeira Onda de Mudança – Revolução Agrícola.
· Segunda Onda de Mudança – Revolução Industrial.
· Vivemos a Terceira Onda – Sociedade Pós-industrial? Sociedade da Informação? Aldeia Global?
O aparecimento da agricultura
Fim do século XVII: a Revolução Industrial
Uma Terceira Onda ainda mal compreendida
O resultado da colisão de Ondas de Mudança Social
Duas imagens equivocadas do futuro cravadas na imaginação popular:
A premissa revolucionária de Alvin Toffler
Sem o reconhecermos estamos construindo uma notável civilização nova desde os alicerces:
· Novos estilos de família;
· Modos de trabalhar;
· Amar e viver diferentes;
· Nova economia;
· Novos conflitos políticos;
· E uma consciência alterada.
· E QUE COMEÇARÁ A CICATRIZAR A RUPTURA HISTÓRICA ENTRE O PRODUTOR E O CONSUMIDOR, GERANDO A ECONOMIA DO “PROSSUMIDOR” DE AMANHÃ.
· Muito dessa nova civilização nascente contradiz a velha tradicional civilização industrial: 
·Simultaneamente altamente tecnológica e anti-industrial.
· Baseada em fontes de energia diversificadas e renováveis.
· Novos métodos de produção que tornam obsoletas as linhas de montagem das fábricas.
· Com novas famílias não-nucleares.
· Em escolas e companhias do futuro, radicalmente modificadas.
· Inscrevendo um novo código de comportamento para nós.
· Levando-nos além da padronização, sincronização e da centralização – além da concentração de energia, dinheiro e poder.
· Eliminará a burocracia.
· Reduzirá o papel do Estado-Nação.
· Irá gerar economias semiautônomas num mundo pós-imperialista.
· Exigirá governos mais simples, eficazes e democráticos.
· Terá seu próprio modo de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a causalidade.
· COMEÇARÁ A CICATRIZAR A RUPTURA HISTÓRICA ENTRE O PRODUTOR E O CONSUMIDOR, GERANDO A ECONOMIA DO “PROSSUMIDOR” DE AMANHÃ.
Muito dessa nova civilização nascente contradiz a velha tradicional civilização industrial
· Simultaneamente altamente tecnológica e anti-industrial.
· Baseada em fontes de energia diversificadas e renováveis.
· Novos métodos de produção que tornam obsoletas as linhas de montagem das fábricas.
· Com novas famílias não-nucleares.
· Em escolas e companhias do futuro, radicalmente modificadas.
· Inscrevendo um novo código de comportamento para nós.
· Levando-nos além da padronização, sincronização e da centralização – além da concentração de energia, dinheiro e poder.
· Eliminará a burocracia.
· Reduzirá o papel do Estado-Nação.
· Irá gerar economias semiautônomas num mundo pós-imperialista.
· Exigirá governos mais simples, eficazes e democráticos.
· Terá seu próprio modo de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a causalidade.
· COMEÇARÁ A CICATRIZAR A RUPTURA HISTÓRICA ENTRE O PRODUTOR E O CONSUMIDOR, GERANDO A ECONOMIA DO “PROSSUMIDOR” DE AMANHÃ.
Mas como identificar essas mudanças e analisá-las?
A predominância de uma onda de mudança
· Favorece discernir qual será o padrão de desenvolvimento futuro.
· Percepção do triunfo do industrialismo e suas consequências: tecnologias + poderosas, cidades maiores, transporte mais rápido, educação em massa, etc.
· Efeitos políticos: organização de partidos e movimentos políticos – minorias étnicas e raciais exigiam acesso a empregos, habitação urbana, melhores salários, educação pública em massa etc.
· Efeitos psicológicos: imagem partilhada de um futuro industrial tendia a definir opções, a dar um grau de estabilidade e senso de si mesmo em meio a extrema mudança.
A “superluta” de amanhã
· O conflito entre esses agrupamentos é a tensão política central que rompe atualmente em nossa sociedade.
· Questão política urgente, mas superficial: independente dos partidos e suas ideologias a disputa entre eles é por quem obterá mais vantagens do que resta do decadente sistema industrial.
· A questão política essencial (ocultada) “não é quem controla os últimos dias da sociedade industrial, mas quem modela a nova civilização que surgirá rapidamente para substituí-la” (p.30).
· A superluta: guerrilheiros do passado industrial versus aqueles que acreditam que os problemas mais urgentes do mundo não podem mais ser resolvidos pelo industrialismo.
· A compreensão dessa luta violenta que se trava atualmente fornece uma poderosa chave nova para compreender o mundo e mudá-lo - quer estejamos estabelecendo estratégias para uma companhia ou para nós.
Texto: “Prólogo: a Rede e o Ser.”
Prof. Me. Clóvis Santa Fé Junior
Curso: Gestão Empresarial/Fatec – STZ, SP.
CASTELLS, MANUEL. A sociedade em rede. 8.ed. vol.1., São Paulo: Paz e Terra, 2007, p. 39-66.
Análise de Castells
· Abrangente e multissetorial.
· Paradigma tecnológico princípios organizadores de um novo “modo de desenvolvimento”.
· Identificação de uma nova estrutura social, marcada pela presença e o funcionamento de um sistema de redes interligadas.
· Joga luz sobre questões essenciais como: homogeneização social versus diversidade cultural; transformações estruturais do emprego e consequentemente a vulnerabilização da mão-de-obra; as novas práticas empresariais e a nova divisão internacional do trabalho (mecanismo de inclusão e exclusão social).
· Base para uma nova reflexão sobre temas como: Globalização, Estados Nacionais e a sua capacidade de atuar para a promoção do desenvolvimento.
· Desenha os contornos de uma sociedade globalizada e centrada no uso e aplicação da informação e na qual a divisão do trabalho se efetua, não tanto segundo jurisdições territoriais, mas sobretudo segundo um padrão complexo de redes interligadas. 
· “Castells nos adverte, no fundo, de que é preciso levar a sérios as mudanças introduzidas em nosso padrão de sociabilidade em razão das transformações tecnológicas e econômicas que fazem com que a relação dos indivíduos e da própria sociedade com o processo de inovação técnica tenha sofrido alterações consideráveis” (p. 36)
· “Isso é evidente, por exemplo, na sua análise da maneira pela qual o novo formato de organização social – a sociedade em rede, baseada no paradigma econômico-tecnológico da informação se traduz, não apenas em novas práticas sociais, mas em alterações da própria vivência do espaço e do tempo como parâmetros da experiência social” (p. 36) – apresentando-se aí as ideias de um “espaço de fluxos” e de um “tempo intemporal”.
Revolução Tecnológica
· Concentrada nas TI começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado.
· Apresentou nova forma de relação entre a economia, o Estado e a sociedade.
· Capitalismo processo de profunda reestruturação:
· maior flexibilidade de gerenciamento;
· descentralização das empresas e sua organização em redes;
· fortalecimento do papel do capital defronte o trabalho;
· declínio da influência dos movimentos de trabalhadores;
· individualização e diversificação cada vez maior das relações de trabalho;
· incorporação maciça das mulheres na força de trabalho remunerada (em condições discriminatórias);
· intervenção estatal para desregular os mercados de forma seletiva e desfazer o estado de bem-estar social;
· aumento da concorrência econômica global em um contexto de progressiva diferenciação dos cenários geográficos e culturais para a acumulação e a gestão do capital. 
· (2) economias por todo mundo passaram a manter interdependência global.
· “Portanto, a nova sociedade emergente desse processo de transformação é capitalista e também informacional, embora apresente variação histórica considerável nos diferentes países, conforme sua história, cultura, instituições e relação específica com o capitalismo global e a tecnologia informacional.” (p.50)
· “No processo, o desenvolvimento e as manifestações dessa revolução tecnológica foram moldados pelas lógicas e interesses do capitalismo avançado, sem se limitarem às expressões desses interesses.” (p.50)
Economia global
· Funciona como uma unidade em tempo real.
· Acentua um desenvolvimento desigual.
· Redes interativas de computador crescem exponencialmente e criam novas formas e canais de comunicação.
· Consciência ambiental.
· Crise estrutural de legitimidade dos sistemas políticos. 
1) Incorporação de preciosos segmentos de economias do mundo inteiro em um sistema interdependente que funciona como uma unidade em tempo real.
2) Entre os segmentos e territórios dinâmicos da sociedade e aqueles que correm o risco de tornar-se não pertinentes sob a perspectiva da lógica do sistema, ou seja, “observamos a liberação paralela de forças produtivas consideráveis da revolução informacional e a consolidação de buracos negros da miséria humana na economia global” – Chiapas, por exemplo (p. 40).
3) moldam a vida e são moldadas por ela.
4) Permeou as instituições da sociedade “e seus valores ganharam apelo político a preço de serem refutados e manipulados na prática diária das empresas e burocracias” (p. 41).
5) Movimentos sociais tendem a ser fragmentados, locais, com objetivo único e efêmeros. 
A questão da Identidade
· As pessoas tendem a reagrupar-se em torno de identidades primárias: religiosas, étnicas, territoriais, nacionais.
·A busca da identidade (coletiva ou individual, atribuída ou construída) torna-se a fonte básica de significado social.
· “Cada vez mais, as pessoas organizam seu significado não em torno do que fazem, mas com base no que elas são ou acreditam que são.” (p. 41)
· Esquizofrenia estrutural entre a função e o significado – colocam os padrões de comunicação social em crescente tensão. 
· “Enquanto isso, as redes globais de intercâmbios instrumentais conectam e desconectam indivíduos, grupos, regiões e até países, de acordo com sua pertinência na realização do objetivos processados na rede, em um fluxo contínuo de decisões estratégicas. Segue-se uma divisão fundamental entre o instrumentalismo universal abstrato e as identidades particularistas historicamente enraizadas. Nossas sociedades estão cada vez mais estruturadas em uma oposição bipolar entre a Rede e o Ser.” (p. 41)
(4) “E quando a comunicação se rompe, quando já não existe comunicação nem mesmo de forma conflituosa (como seria o caso de lutas sociais ou oposição política), surge uma alienação entre os grupos sociais e indivíduos que passam a considerar o outro um estranho, finalmente uma ameaça. Nesse processo, a fragmentação social se propaga, à medida que as identidades se tornam mais específicas e cada vez mais difíceis de compartilhar.” (p. 41) Sociedade Informacional é também o mundo da Milícia Norte-Americana, das ambições teocráticas islâmicas/cristãs e do genocídio recíproco de hutus e tutsis. 
Projeto do livro
· Contesta o pós-modernismo e várias formas de niilismo intelectual e descrença política.
· É partidário da razão como instrumento de compreensão e libertação.
· Acredita nas oportunidades de ação social significativa e de política transformadora.
· Acredita no poder libertador da identidade (não aceitando sua individualização e/ou captura pelo fundamentalismo).
· Observar, analisar e teorizar é um modo de ajudar a construir um mundo diferente e melhor. 
Tecnologia e Sociedade
· A tecnologia não determina a sociedade: incorpora-a.
· A tecnologia é a sociedade, e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas.
· Década de 1970 novo paradigma tecnológico (base TI nos EUA) cultura da liberdade + inovação individual + iniciativa empreendedora (oriunda dos campi norte-americanos) = concretizou um novo estilo de produção, comunicação, gerenciamento e vida. 
· A sociedade não determina a inovação tecnológica: utiliza-a. Há uma interação dialética entre a sociedade e a tecnologia, segundo historiadores como Fernand Braudel.
· (3) Década de 1970 novo paradigma tecnológico (base TI nos EUA) foi um segmento específico da sociedade norte-americana, em interação com a economia global e a geopolítica mundial, que concretizou um novo estilo de produção, comunicação, gerenciamento e vida. 
Modo Informacional de desenvolvimento
· Nele, a fonte de produtividade acha-se na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e de comunicação de símbolos.
· O informacionalismo visa o desenvolvimento tecnológico.
· Este modo de desenvolvimento difunde-se por todo o conjunto de relações e estruturas sociais, penetrando no poder e na experiência, modificando-os capitalismo informacional. 
· Específico é a ação de conhecimentos sobre os próprios conhecimentos como principal fonte de produtividade. 
· Informacionalismo nova base material, tecnológica, da atividade econômica e da organização social. “Essa nova estrutura social está associada ao surgimento de um novo modo de desenvolvimento, o informacionalismo, historicamente moldado pela reestruturação do modo capitalista de produção, no final do século XX.” (p.51) 
· Se o industrialismo é voltado para a maximização da produção, o informacionalismo visa o desenvolvimento tecnológico (acumulação de conhecimentos e maiores níveis de complexidade do processamento da informação).
· (3) “Dessa forma, os modos de desenvolvimento modelam toda a esfera do comportamento social, inclusive a comunicação simbólica. Como o informacionalismo baseia-se na tecnologia de conhecimentos e informação, há uma íntima ligação entre cultura e forças produtivas e entre espírito e matéria, no modo de desenvolvimento informacional. Portanto, devemos esperar o surgimento de novas formas históricas de interação, controle e transformação social.” (p. 54)
· Modos de produção capitalismo, estatismo / modos de desenvolvimento industrialismo, informacionalismo. 
Síntese do pensamento de Castells
“As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Dessa forma, os usuários podem assumir o controle da tecnologia como no caso da internet. Há, por conseguinte, uma relação muito próxima entre os processos sociais de criação e manipulação de símbolos (a cultura da sociedade) e a capacidade de produzir e distribuir bens e serviços (as forças produtivas). Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo.” (Manuel CASTELLS, A sociedade em rede, p.69) 
· Tecnologias da Informação conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e hardware), telecomunicações/radiodifusão, optoeletrônica e engenharia genética e seu crescente conjunto de desenvolvimentos e aplicações (decodificação, manipulação e reprogramação dos códigos de informação da matéria viva). 
Primeiro ponto decisivo de desenvolvimento social humano.
E sendo a primeira grande onda de mudança social avança desde seu surgimento a uma certa velocidade.
Há 8000 a.C. a revolução agrícola avançou lentamente pelo globo, espalhando aldeias, colônias, terra cultivada e um novo modo de vida.
A extensão de seu domínio durou até aproximadamente 1650/1750 d.C.
Segunda grande onda de mudança social planetária, surge na Europa e marcha muito mais rapidamente através de nações e continentes.
Essa civilização industrial introduziu a fábrica como novo modo de produção que colocou em situação de interdependência duas novas classes: a burguesia versus o proletariado.
“Assim, dois processos de mudança, separados e distintos, rolavam através da terra simultaneamente, a velocidades diferentes” (p.27).
Porém, a Primeira Onda já está extinta e a Segunda ainda não esgotou sua força.
A extensão de seu domínio durou até 1955.
Surgiu nos EUA do pós-guerra, auge do industrialismo, transformando tudo o que tocava e alcançou as outras nações industrializadas.
Década de 1950: testemunhou “a introdução generalizada do computador, o jato comercial, a pílula anticoncepcional e muitas outras inovações de alto impacto” (p.28).
Todas as nações de alta tecnologia do mundo atual oscilam sob a colisão entre a Terceira Onda e as obsoletas economias e instituições da Segunda – exemplo: a atual crise dos EUA.
A compreensão desse processo ajuda a dar sentido a grande parte do conflito político e social contemporâneo.
Torna extremamente difícil definir o sentido das mudanças e conflitos que surgem na sociedade atingida por elas.
A imagem do futuro apresenta-se fraturada.
Nos EUA, por exemplo, essa colisão cria tensões sociais, conflitos perigosos e novas formas de agir e pensar que cortam através das divisões usuais de classes, raças, sexos ou partidos – velhas polarizações e coalizões se desagregam.
A compreensão dos conflitos produzidos por estas colisões, além de nos mostrar caminhos, mostra-nos também um raio X das forças políticas e sociais que atuam sobre nós.
Nesta colisão, ou somos pessoas da Segunda Onda empenhados em manter essa Ordem Social que agoniza ou somos gente da Terceira Onda construindo um amanhã radicalmente diferente ou, por fim, uma mistura auto-anuladora das duas.
A ideia de que o mundo do modo como o conhecemos durará indefinidamente – nada abalará a estrutura econômica familiar e a estrutura política.
A outra ideia contrastante- formatada por filmes apocalípticos, más notícias etc. - conclui que a sociedade de hoje não pode ser projetada no futuro porque não há futuro.
Efeitos psicológicos e políticos: ambas levam à paralisia da imaginação e da vontade, ou seja, na primeira muito pouco será necessário de preparação; e na segunda, fadados ao fim não há nada que possamos fazer.
Pressupõe que somos a última geração de uma velha geração e a primeira de uma geração nova.
Pressupõe que nossa desorientação e angústia advém da ausência de percepção quanto a isto.
Pressupõe que as mudanças súbitas que estamos experimentando, além de formar um padrão vivo e discernível, são cumulativas (transformando a maneira como vivemos, trabalhamos, brincamos e pensamos).
Pressupõe uma revolução global e a possibilidade de um futuro melhor quando compreendermos esse processo.
Pressupõe que temos uma escolha além daquelas duas visões equivocadas do futuro.
Através de uma nova analise descontínua da “orla dianteira” da onda (“mudança”) social.
“Ela olha a História como uma sucessão de ondas de mudança em marcha e pergunta onde a orla dianteira de cada onda nos está levando” (p.27).
Com foco nas inovações e interrupções, buscará identificar os padrões chaves de mudança à medida que forem aparecendo, a fim de podermos influenciá-los.
 consequência é um pesado processo de desiquilíbrio
Alteram as relações sociais dentro de cada comunidade
Grande Empresa normas+ técnicas
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