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Referências ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p. ABNT. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. ABNT. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 6 p. COMARELLA, Rafaela Lunardi. Educação superior a distância: evasão discente. Florianópolis, 2009. 125 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. DAL MOLIN, Beatriz Helena et al. Mapa referencial para construção de material didático para o Programa e-Tec Brasil. Florianópolis: UFSC, 2008. 73 p. SOBRENOME, Nome. Título do livro. Cidade: Editora, ano. SOBRENOME, Nome. Título do artigo: complemento. Nome da Revista, Cidade, v. X, n. X, p. XX-XX, mês ano. SOBRENOME, Nome. Título do trabalho publicado. In: NOME DO CONGRESSO. Número, ano, cidade onde se realizou o Congresso. Anais ou Proceedings ou Resumos... Local de publicação: Editora: data de publicação. Volume, se houver. Páginas inicial e final do trabalho. AUTOR. Título. Informações complementares (Coordenação, desenvolvida por, apresenta..., quando houver etc...). Disponível em: <http://www...>. Acesso em: dia mês ano. Processos Produtivos Adolfo Santos Turbay 2011 Curitiba-PR PARANÁ Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Paraná © INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PARANÁ - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil - e-Tec Brasil. Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância Prof. Irineu Mario Colombo Reitor Profª. Mara Christina Vilas Boas Chefe de Gabinete Prof. Ezequiel Westphal Pró-Reitoria de Ensino - PROENS Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos Pró-Reitoria de Administração - PROAD Prof. Paulo Tetuo Yamamoto Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação - PROEPI Profª. Neide Alves Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos Estudantis - PROGEPE Prof. Carlos Alberto de Ávila Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional - PROPLADI Prof. José Carlos Ciccarino Diretor Geral de Educação a Distância Prof. Ricardo Herrera Diretor Administrativo e Financeiro de Educação a Distância Profª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado Diretora de Ensino de Educação a Distância Profª Cristina Maria Ayroza Coordenadora Pedagógica de Educação a Distância Prof. Roberto José Medeiros Junior Coordenador do Curso Prof. Marcos Antonio Barbosa Vice Coordenador Adriana Valore de Sousa Bello Cassiano Luiz Gonzaga da Silva Karmel Louise Pombal Schultz Rafaela Aline Varella Assistência Pedagógica Profª Ester dos Santos Oliveira Lídia Emi Ogura Fujikawa Profª Linda Abou Rejeili de Marchi Jaime Machado Valente dos Santos Luara Romão Prates Revisão Editorial Goretti Carlos Flávia Terezinha Vianna da Silva Diagramação e-Tec/MEC Projeto Gráfico e-Tec Brasil3 Apresentação e-Tec Brasil Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Janeiro de 2010 Nosso contato etecbrasil@mec.gov.br e-Tec Brasil55 Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil Sumário Palavra do professor-autor 11 Aula 01 – Processos produtivos 13 1.1 Conceito 13 1.2 Produção na organização 13 1.3 Planejamento estratégico e estratégia produtiva 14 Aula 2 – Histórico da administração de produção 17 2.1 Passado e presente 17 Aula 03 – Produção nas organizações 21 3.1 Classificação dos sistemas e produção 21 3.2 Modelo de transformação 24 Aula 04 – Relacionamentos internos 27 4.1 Consumidor e fornecedor internos 27 4.2 Proteção da produção 27 4.3 Tipos de operações 28 4.4 Entendimento dos objetivos estratégicos da produção 28 Aula 5 – Papel estratégico da produção 31 5.1 O que é Estratégia? 31 5.2 O papel da função produção 31 5.3 Objetivos de desempenho 31 Aula 6 – Prioridade de objetivos de desempenho 37 6.1 Escolha dos objetivos de desempenho 37 6.2 Influência do consumidor nos objetivos de desempenho 37 6.3 Objetivos Ganhadores de pedidos e qualificadores 37 6.4 Influência dos concorrentes nos objetivos de desempenho 38 6.5 Influência do Ciclo de Vida nos objetivos de desempenho 38 Aula 7 – Projeto de redes de operações 39 7.1 Decisões de projeto de rede 39 7.2 Integração vertical 40 7.3 Localização 41 7.4 Influências para localização 42 7.5 Técnicas de Localização 43 Aula 8 – Arranjo Físico e Fluxo 45 8.1 Arranjo físico 45 8.2 Tipos básicos de arranjo físico 45 Aula 9 – Natureza do planejamento e controle 49 9.1 O que é planejamento e controle? 49 9.2 Diferença entre planejamento e controle 50 9.3 Planejamento e Controle a longo, médio e curto prazo 50 Aula 10 – Tarefa de planejamento e controle 53 10.1 Volume e tempo 53 Aula 11 – Sistema just in time (JIT) 57 11.1 JIT – Sistema de planejamento e controle 57 11.2 Princípios do Just-in-Time 58 11.3 Planejamento e Controle: abordagem tradicional 59 11.4 Planejamento e Controle: abordagem JIT 59 Aula 12 – Filosofia das operações JIT 61 12.1 Filosofia JIT61 12.2 Técnicas JIT 61 Aula 13 – O sistema Kanban 65 13.1 Conceito 65 13.2 Regras do Kanban 65 13.3 Funcionamento do Sistema Kanban 66 13.4 Quais os benefícios? 68 Aula 14 – Dimensionamento Kanban 69 14.1 Escala Kanban: faixa amarela 69 14.2 Pontos positivos e negativos 70 Aulas 15 – A administração da qualidade no processo de produção 71 15.1 Conceitos 71 15.2 Definições de ideias de qualidade 73 15.3 Categorias de custos da qualidade: prevenção e avaliação 73 e-Tec Brasil 15.4 Categorias de custos da não qualidade: custos internos e externos dos defeitos 73 Aula 16 – Desdobramento da função da qualidade 75 16.1 Detalhamento do processo 75 16.2 Critérios e indicadores do prêmio europeu da qualidade 76 Aula 17 – Ergonomia e qualidade de vida 77 17.1 Conceito de ergonomia 77 17.2 A relação homem-ambiente: aspectos físicos e ambientais 77 17.3 Projeto ergonômico do local de trabalho 78 Aula 18 – Razões para investir em ergonomia 81 18.1 Investimento em ergonomia 81 18.2 Impactos da ausência de ergonomia na empresa 81 18.3 Fatores causais biomecânicos 81 18.4 Métodos de análise ergonômica 83 18.5 Soluções ergonômicas 83 Aula 19 – A cadeia logística e o lead time 85 19.1 Cadeia logística 85 19.2 As novas estratégias logísticas 85 19.3 As partes da cadeia logística 85 19.4 Mudanças na estratégia logística 86 19.5 A gestão do fluxo puxado 87 19.6 A terceirização 87 19.7 A transferência do estoque para o fornecedor 88 19.8 Centralização 88 Aula 20 – Lead Time – ou tempo de aprovisionamento 89 20.1 Conceito 89 20.2 Lead time e a logística 89 Referências 93 Atividades autoinstrutivas 95 Currículo do professor-autor 113 e-Tec Brasil e-Tec Brasil11 Palavra do professor-autor O presente livro tem como objetivo enriquecer o estudo acerca das ativida- des e práticas docentes relativas à disciplina de Processos Produtivos, moda- lidade de Educação a Distância, DO INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ - IFPR Contempla, também, o presencial por abranger a ação didática do professor, apresentação diferenciada das propostas de atividades práticas aliadas ao caráter teórico e reflexivo. Cada capítulo foi estruturado pensando em retomar conceitos elementares de Processos Produtivos, análise crítica e sugestões de aprofundamento. Os tópicos apresentados irão abordar a disciplina e respectivas técnicas de modo peculiar àquela já consolidada na prática. O livro encontra-se dividido de modo didático. Observa-se uma evolução de conceitos e técnicas apresentadas gradativamente. É importante ressaltar as atividades extraclasse. A intenção é valorizar a precisão e a grande possibili- dade de se explorar, por exemplo, a pesquisa e o interesse próprio na busca do conhecimento. Tal abordagem torna-se muito instrutiva, pois valoriza o aluno e a sua apren- dizagem, dando-lhe ensejo para o crescimento profissional, educacional, dentro de uma perspectiva sociointerativa. As primeiras aulas irão aproximar o aluno do processo teórico, dando-lhe abrangência e fundamentação, para que possa aplicar na prática e no cotidiano. A organização de cada AULA leva em consideração que as práticas educa- tivas, atividades de reflexões e interações ocorrerão concomitante à leitura (estudo) do livro, bem como anotações relativas a dúvidas, progressos entre outros. A ideia central é a de promover a crítica e incitar a criatividade jun- to à pesquisa, em uma perspectiva não reprodutivista, na medida em que conhecimentos teóricos e práticos sobre processo de produção são intima- mente relacionados na conjectura de atividades de ensino, aprendizagem e avaliação. Adolfo Santos Turbay e-Tec Brasil Aula 01 – Processos produtivos 1.1 Conceito Na modalidade de Processos Produtivos, o aluno está habilitado a projetar, dirigir e supervisionar sistemas de operações mecânicas, voltados a processos de fabricação. Domina o funcionamento, as características e a manutenção de máquinas operatrizes, máquinas e ferramentas, e dispositivos em geral, podendo administrar todo um processo de produção mecânica. Tem domí- nio também dos Processos Produtivos, com base na automação mecânica. Tem conhecimento dos controles administrativos da produção, podendo atuar na área de organização e no gerenciamento de sistemas de produção. Sabe como utilizar os materiais de construção mecânica. Tem domínio sobre projeto de máquinas, ferramentas e dispositivos de produção. Pode dedicar- -se ao ensino, à pesquisa tecnológica, bem como realizar vistoria, avaliação e elaboração de laudo técnico em seu campo profissional. São um conjunto de atividades interligadas e ordenadas, unidas por uma visão central e que busca realizar um objetivo. Ligadas às áreas especifícas, consome recursos e usa informações. Para guardar... O ciclo de produção da Fábrica é integrado, o que significa que muitos dos produtos resultantes de uma fabricação integram, como matéria-prima, o ciclo produtivo de outra unidade. O processo da produção trata da maneira pela qual a organização produz bens e serviços. 1.2 Produção na organização A função produção é central para a organização porque produz os bens e serviços que são a razão de sua existência, mas não é a única nem, necessa- riamente, a mais importante. A função produção nas organizações representa a reunião de recursos desti- nados à produção de seus bens e serviços. e-Tec BrasilAula 01 – Processos produtivos 13 Qualquer organização possui uma função produção porque produz algum tipo de bem e/ou serviço. Gerentes de produção são os funcionários da organização que exercem res- ponsabilidade particular em administrar algum ou todos os recursos envolvi- dos pela função produção. À semelhança dos seres vivos, pode-se dizer que as empresas são organismos com vida própria, em constante transformação, sujeitos as leis do mercado. Quanto mais livre e dinâmico este mercado for, mais forte e resistente estas empresas serão, pois terão que conviver diariamente com oportunidades e ameaças ao seu desempenho produtivo. A perda do poder de competitividade das empresas nacionais deve-se em grande parte a obsolescência das práticas gerenciais e tecnológicas aplica- das aos seus sistemas produtivos, tendo sua origem atribuída a cinco pontos básicos, quais sejam: – Deficiência nas medidas de desempenho; – Negligência com considerações tecnológicas; – Especialização excessiva das funções de produção sem a devida inte- gração; – Perda de foco dos negócios; – Resistência e demora em assumir novas posturas produtivas. 1.3 Planejamento estratégico e estratégia produtiva O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas. Os impactos de suas decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as características das empresas no sentido de garantir o atendimento de sua missão. Para efetuar um planejamento estratégico, a empresa deve entender os li- mites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambien- te, de maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência, aproveitando-se de todas as situações que lhe trouxerem ganhos. Processos Produtivose-Tec Brasil 14 1.3.1 Critérios estratégicos da produção Devem refletir as necessidades dos clientes que se busca atingir para um determinado produto de maneira a mantê-los fiéis à empresa. Quadro 1.1 – Descrição dos critérios de desempenho Critérios Descrição Custo Produzir bens/serviços a um custo mais baixo do que a concorrência. Qualidade Produzir bens/serviços com desempenho de qualidade melhor que a concorrência. Desempenho de Entrega Terconfiabilidade e velocidade nos prazos de entrega dos bens/serviços melhores que a concorrência. Flexibilidade Ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e inesperados. Como todo sistema de produção possui uma atuação de desempenho limi- tada pelas forças estruturais que emprega, há necessidade de se priorizar e quantificar o grau de intensidade que se busca atingir em cada um dos critérios de desempenho citados. Em sistemas de produção convencionais trabalha-se com a curva de troca (trade offs), ou seja, para aumentar o desempenho de um critério, perde-se em outro; Atualmente, porém, com os modernos conceitos de produtividade associa- dos à filosofia JIT/TQC, parece ser mais coerente tratar a questão de priori- zação dos critérios dentro da ótica de quais são qualificadores, e quais são ganhadores de pedidos. 1.3.2 Áreas de decisão na produção Quadro 1.2 – Descrição das áreas de decisão Áreas de decisão Descrição Instalações Qual a localização geográfica, tamanho, volume e mix de produção, que grau de especialização, arranjo físico e forma de manutenção. Capacidade de Produção Que nível, como obtê-la e como incrementá-la. Tecnologia Quais equipamentos e sistemas, com que grau de automação e flexibilidade, como atualizá-la e disseminá-la. Integração Vertical O que a empresa irá produzir internamente, o que irá comprar de terceiros, e qual política implementar com fornecedores Organização Qual a estrutura organizacional, nível de centralização, formas de comunicação e controles das atividades. Recursos Humanos Como recrutar, selecionar, contratar, desenvolver, avaliar, motivar e remunerar a mão-de-obra. Qualidade Atribuição de responsabilidades, que controles, normas e ferramentas de decisões empregar, quais os padrões e formas de comparação. Planejamento e Controle da Produção Que sistema de PCP empregar, que política de compras e estoques, que nível de in- formatização das informações, que ritmo de produção manter e formas de controles. Novos Produtos Com que frequência lançar, como desenvolver e qual a relação entre produtos e processos. e-Tec BrasilAula 01 – Processos produtivos 15 1.3.3 A filosofia JIT/TQC Filosofia JIT/TQC • Satisfazer as necessidades do cliente • Eliminar desperdícios • Melhorar continuamente • Envolver totalmente as pessoas • Organização e visibilidade JIT TQC Produção focalizada; Produção orientada pelo cliente; Produção puxada; Lucro pelo domínio da qualidade; Nivelamento da produção; Priorizar as ações; Redução de leadtimes; Agir com base em fatos; Fabricação de pequenos lotes; Controle do processo; Redução de setups; Responsabilidade na fonte; Manutenção preventiva; Controle a montante; Polivalência; Operações a prova de falha; Integração interna e externa; etc. Padronização; etc. Anotações Processos Produtivose-Tec Brasil 16 e-Tec Brasil Aula 2 – Histórico da administração de produção 2.1 Passado e presente Há um século: educação = arte, literatura, linguagem, e clássicos; Hoje: educação = comércio, economia, ciência, e tecnologia. Administração da Produção = É o somatório de todos estes campos do conhecimento. 1776 – Adam Smith escreve Riqueza das Nações. Nasce a divisão do trabalho: Vantagens: Especialização, Economia de tempo, Invenção de máquinas e ferramentas. 1832 – Charles Babbage escreve Sobre a Economia da Maquinaria e Ma- nufaturas. Taylor: Administração Científica Os princípios da organização militar inspiraram as organizações industriais. – Transfira toda a responsabilidade da organização do trabalho do trabalhador para o gerente; – Uso do método científico para determinar as formas mais eficientes de fazer; – Selecione a melhor pessoa para desempenhar o cargo; – Treine o trabalhador para fazer o trabalho de forma eficiente; – Fiscalize o seguimento dos procedimentos e os resultados; Em trabalho conjunto com Mansuel White ele descobriu o aço rápido, descoberta que o enriqueceu. e-Tec BrasilAula 2 – Histórico da administração de produção 17 1911 – Frank e Lilian Gilbreth – estabelecimento do estudo dos movimentos. 1915 – F. W. Harris – primeira aplicação de modelos matemáticos ao controle de estoques. 1931 – Walter Shewart – primeira aplicação dos princípios da probabilidade ao controle de qualidade – CEP. 1934 – Tippett – estabelecimento da amostragem do trabalho. Após 1950 – Programação linear e outros métodos de programação da pro- dução; – Uso mais geral de outros modelos matemáticos; – Uso de computadores; – Simulação de problemas de produção; – Automação; – Engenharia Humana. Fatos importantes no desenvolvimento dos sistemas de produção ERA DO ARTESANATO RESOLUÇÃO INDUSTRIAL ADM. CIENTÍFICA SISTEMAS FLEXÍVEIS E ROBÓTICA PESQUISA OPERACIONAL Expansão da Automação Segunda Guerra Mundial Guerra Civil Expansão Colonial Expansão Industrial Expansão Financeira Guerra Revolucionária Pr od ut iv id ad e Cr es ce nt e D EP RE SS ÃO COMPUTADORES Processos Produtivose-Tec Brasil 18 A evolução do pensamento administrativo 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 Abordagens Clássicas Abordagens Contemporâneas Administração Científica Administração Quantitativa Comportamento Organizacional Teoria da Contingência Burocracia Gestão Administrativa Relações Humanas Teoria dos Sistemas Gestão da Qualidade Total Organização Inteligente Reengenharia Fonte: Batemann/Snel, p.49. Contribuintes da Administração Científica Contribuinte Principal contribuição James Watt (1764) Motor a vapor (força mecânica) Adam Smith (1776) Divulgação das vantagens da divisão do trabalho Frederick Taylor Administração Científica Henry Ford (1913) Produção em massa em linha de montagem Harrington Emerson Melhoria da eficiência empresarial F. W. Harris Primeiro modelo de lote econômico de compra Henry Grant Uso de sistemas de produção Walter Shewhart Controle estatístico da qualidade Elton Mayo Atenção aos fatores comportamentais L. H. C. Tippett Amostragem do trabalho Theodore Levitt (1972) Abordagem de linha de produção para serviços Sempre devemos procurar entender as teorias que aprendemos. E a melhor maneira é discutir assuntos relacionados. Convide a turma e faça um encontro (pipoca, refrigerantes, cachorro quente), e assistam juntos ao filme Tempos Modernos de Charles Chaplin http://www.adolfoturbay.com. br/category/videos/videos_ educacao/ – um filme que dará noções sobre: Processos Produtivos, Cadeia produtiva e Responsabilidade social corporativa; Liderança, Trabalho em equipe. e-Tec BrasilAula 2 – Histórico da administração de produção 19 e-Tec Brasil Aula 03 – Produção nas organizações 3.1 Classificação dos sistemas e produção Existem várias formas de classificar os sistemas de produção. As mais conhe- cidas são: – pelo grau de padronização dos produtos, – pelo tipo de operação que sofrem os produtos; – pela natureza do produto. A classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendi- mento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade do planejamento e execução das atividades produtivas. 3.1.1 Grau de padronização dos produtos Produtos padronizados são aqueles bens ou serviços que apresentam alto grau de uniformidade. São produzidos em grande escala, e os clientes esperam encontrá-los à dis- posição no mercado. Os sistemas produtivos podem ser organizados de for- ma a padronizar mais facilmente os recursos produtivos (máquinas, homens e materiais) e os métodos de trabalho e controles, contribuindo parauma maior eficiência do sistema, com consequente redução dos custos. Ex: fabricação de eletrodomésticos, combustíveis, automóveis, roupas, ali- mentos industrializados, etc., e serviços como: linhas aéreas, serviços bancá- rios, fast foods, etc. Produtos sob medida são bens ou serviços desenvolvidos para um cliente em específico. Como o sistema produtivo espera a manifestação dos clientes para definir os produtos, estes não são produzidos para estoque e os lotes normalmente são unitários. Devido o fato do prazo de entrega ser um fator determinante no atendi- mento ao cliente, os produtos sob medida possuem normalmente grande e-Tec BrasilAula 03 – Produção nas organizações 21 capacidade ociosa, e dificuldade em padronizar os métodos de trabalho e os recursos produtivos, gerando produtos mais caros do que os padronizados. A automação dos processos é menos aplicável. Ex: fabricação de máquinas-ferramentas, construção civil, alta costura, es- taleiros, etc., e serviços como restaurantes, táxis, projetos arquitetônicos, clínicas médicas, etc. 3.1.2 Tipo de operação Processos contínuos são empregados quando existe uma alta uniformi- dade na produção e demanda de bens ou serviços, fazendo com que os produtos e os processos produtivos sejam totalmente interdependentes, fa- vorecendo a automatização, não existindo flexibilidade no sistema. São necessários altos investimentos em equipamentos e instalações, a mão de obra é empregada apenas para a condução e manutenção das instalações, sendo seu custo insignificante em relação a outros fatores produtivos. Ex: produção de bens de base, como energia elétrica, petróleo e deriva- dos, produtos químicos de uma forma geral, etc.; serviços de aquecimen- to e ar condicionado, de limpeza contínua, sistemas de monitoramento por radar, etc. Processos repetitivos em massa são aqueles empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados. A demanda pelos produtos é estável fazendo com que seus projetos tenham pouca alteração no curto prazo, possibilitando a montagem de uma estru- tura produtiva altamente especializada e pouco flexível, onde os altos inves- timentos possam ser amortizados durante um longo prazo. Neste sistema produtivo, a variação entre os produtos acabados se dá geralmente apenas em nível de montagem final, sendo seus componentes padronizados de for- ma a permitir a produção em grande escala. Ex: fabricação de automóveis, eletrodomésticos, produtos têxteis, produ- tos cerâmicos, abate e beneficiamento de aves, suínos, gado, etc., e ser- viços em grande escala como transporte aéreo, editoração de jornais e revistas, etc. Processos Produtivose-Tec Brasil 22 Processos repetitivos em lote caracterizam-se pela produção de um volu- me médio de bens ou serviços padronizados em lotes, sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada à medida que as operações anteriores forem realizadas. O sistema produtivo deve ser relativamente flexível, empregando equipa- mentos pouco especializados e mão de obra polivalente, visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda. Ex: fabricação de produtos têxteis em pequena escala, alimentos industria- lizados, ferragens, etc. e serviços como oficinas de reparo para automóveis e aparelhos eletrônicos, laboratórios de análise químicas, restaurantes, etc. Processos por projeto têm como finalidade o atendimento de uma neces- sidade específica dos clientes, com todas as suas atividades voltadas para esta meta. O produto tem uma data específica para ser concluído e, uma vez concluído, o sistema produtivo se volta para um novo projeto. A especificação do pro- duto impõe uma organização dedicada ao projeto. Exige-se alta flexibilidade dos recursos produtivos, normalmente a custa de certa ociosidade enquanto a demanda por bens ou serviços não ocorrer. Ex: fabricação de bens como navios, aviões, usinas hidroelétricas, etc., e ser- viços específicos como agências de propaganda, escritórios de advocacia, arquitetura, etc. Contínuo Rep. em Massa Rep. em Lotes Projeto Volume de produção Alto Alto Médio Baixo Variedade de produtos Pequena Média Grande Pequena Flexibilidade Baixa Média Alta Alta Qualificação da MOD Baixa Média Alta Alta Layout Por produto Por produto Por processo Por processo Capacidade ociosa Baixa Baixa Média Alta Leadtimes Baixo Baixo Médio Alto Fluxo de informações Baixo Médio Alto Alto Produtos Contínuos Em lotes Em lotes Unitário 3.1.3 A natureza do produto Os sistemas de produção podem estar voltados para a geração de bens ou de serviços. e-Tec BrasilAula 03 – Produção nas organizações 23 Quando o produto fabricado é algo tangível, como um carro, uma geladeira ou uma bola, podendo ser tocado e visto, diz-se que o sistema de produção é uma manufatura de bens. Quando o produto gerado é intangível, podendo apenas ser sentido, como uma consulta médica, um filme ou transporte de pessoas, diz-se que o siste- ma de produção é um prestador de serviços. Diferencia-se quanto: Orientação do produto; contato com o cliente; unifor- midade dos fatores produtivos; avaliação do sistema. Desenvolvimento de produtos Marketing RH Compras Engenharia Contabilidade Administração da produção 3.2 Modelo de transformação Recursos Transformados Input Processo de Transformação Bens e Serviços Instalações Pessoal Materiais informações consumidores Recursos transformação Input OutputInput Processos Produtivose-Tec Brasil 24 Inputs para o processo de transformação: Recursos transformados – aqueles que são tratados, transformados ou convertidos de alguma forma. São um composto de: • materiais; • informações; • Consumidores. Recursos de Transformação – aqueles que agem sobre os recursos trans- formados. • Instalações: prédios, equipamentos, terreno e tecnologia do processo de produção; • Pessoal: aqueles que operam, mantêm, planejam e administram a pro- dução. Processo de transformação • Processamento de materiais: propriedades físicas, localização (entrega de encomendas), estocagem (armazém); • Processamento de informações: propriedades informativas (contado- res), estoque (bibliotecas), localização (empresas de telecom); • Processamento de consumidores: propriedades físicas, acomodar, lo- calização, estado fisiológico, estado psicológico. Output do processo de transformação: • Tangibilidade (bens são tangíveis e serviços intangíveis); • Estocabilidade (bens podem ser estocados e serviços não); • Transportabilidade (bens são transportáveis serviços não); • Simultaneidade (bens produzidos antes serviços na hora); • Contato com o consumidor (bens baixo contato serviços alto). • Qualidade (bens são evidentes serviços implícitos). Input e Output São palavras inglesas empregadas em diversas áreas do conhecimento e que podem significar respectivamente: Input (entrada/absorção/ insumo/fornecer/estímulo...) e Output (saída/produto/ produção/rendimento/ resultado...) e-Tec BrasilAula 03 – Produção nas organizações 25 e-Tec Brasil Aula 04 – Relacionamentos internos 4.1 Consumidor e fornecedor internos • Consumidor/Cliente interno: recebe outputs de qualquer micro operação; • Fornecedor interno: fornece outputs a qualquer micro operação; Inputs são bens e serviços decorrentes de outras macro e micro operações Micro operação consumidor interno fornecedor interno 4.2 Proteção da produção A produção é vulnerável às incertezas ambientais em termos de oferta e demanda. Uma forma dos gerentes de produção minimizar a influência dos problemas ambientais na produção é:Proteção física: manter estoques e recursos seja inputs para o processo de transformação ou output; A razão de buscarem esta proteção é que as atividades se tornam mais or- ganizadas. Proteção organizacional: alocar as responsabilidades das várias funções da organização, de modo que a função produção seja protegida do ambiente externo pelas mesmas. Busca-se a estabilidade do núcleo (produção), vital para que a organização busque a eficiência máxima. e-Tec BrasilAula 04 – Relacionamentos internos 27 Proteção Proteção Sistema de produção Proteção de Input Proteção de output Estoques Banco de dados Filas listas de esperas Processamento de materiais Bens acabados Serviços on-line Não aplicável Processadores de informação Processadores de consumidores 4.3 Tipos de operações Implicações Implicações Alta repetibilidade Especialização Sistematização Capital intensivo Custo unitário baixo VolumeAlta Baixa Baixa repetição Funcionários participam do trabalho Menor sistematização Custo unitário alto Flexível Complexo Atende a necessidade dos consumidores Custo unitário alto VariedadeAlta Baixa Bem definida Rotinizada Padronizada Regular Baixo custo unitário Capacidade mutante Antecipação Flexibilidade Ajustado com a demanda Custo unitário alto Variação de demandaAlta Baixa Estável Rotineira Previsível Alta utilização Custo unitário baixo Tolerância de espera limitada Qualidade = percepção do consumidor Habilidade de contato Custo unitário alto Contato com consumidorAlta Baixa Tempo entre produção e consumo Padronização Alta utilização de funcio- nários Centralização 4.4 Entendimento dos objetivos estratégicos da produção Objetivos de desempenho: – Qualidade – Velocidade – Confiabilidade – Flexibilidade – Custo Processos Produtivose-Tec Brasil 28 4.4.1 Desenvolvimento de uma estratégia de produção para a organização Administração da produção envolve centenas de decisões minuto a minuto. Em função disso é vital que os gerentes de produção tenham um conjunto de princípios gerais que possam orientar a tomada de decisão em direção aos objetivos a longo prazo da organização. • Design e projeto de produtos e serviços; • Planejamento e controle da produção; • Melhoria do desempenho da produção. Anotações Design Palavra inglesa empregada em diversas situações e com muitos significados, exemplos: projeto, desenho, esboço, esquema, modelo, plano entre outros. Um vídeo sobre processos contínuos. Vamos lá pessoal. Vale a pena assistir. http://www.youtube.com/ watch?v=6_kgCSZM86c e-Tec BrasilAula 04 – Relacionamentos internos 29 e-Tec Brasil Aula 5 – Papel estratégico da produção 5.1 O que é Estratégia? É o padrão global de decisões e ações que posicionam a organização em seu ambiente e têm o objetivo de fazê-la atingir seus objetivos de longo prazo. Entendemos as decisões quando: • Têm efeito abrangente e por isso são significativas na parte da organiza- ção à qual a estratégia se refere; • Definem a posição da organização relativamente a seu ambiente; • Aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo. 5.2 O papel da função produção Por que qualquer empresa precisa preocupar-se com a função produção? Apoio à estratégia empresarial: deve desenvolver seus recursos para que forneçam as condições necessárias para permitir que a organização atinja os objetivos estratégicos. Implementação da estratégia empresarial: é a produção quem coloca a estratégia em prática. Impulsão da estratégia empresarial: é a produção quem impulsiona a estratégia, dando-lhe vantagem competitiva a longo prazo. 5.3 Objetivos de desempenho Mas o que é desempenho? É fazer o que deve ser feito para atingir o resultado esperado a partir dos objetivos traçados. e-Tec BrasilAula 5 – Papel estratégico da produção 31 Para simplificar e facilitar o entendimento os exemplos apresentados serão os mesmos para todos os objetivos de desempenho. Figura 5.1 – Hospital. Fonte: www.flickr.com/photos/agecom- bahia/5819443263/ Figura 5.2 – Supermercado. Fonte: www.flickr.com/photos/abras- net/5229098320/ Figura 5.3 – Fábrica de automóveis. Fonte: www.grupokeystone.com.br Figura 5.4 - Empresa de ônibus. Fonte: http://silvanalves.com.br/wp-content/ uploads/2011/06/DSC03652_532x355.jpg 5.3.1 Qualidade Qualidade = fazer certo as coisas. Varia conforme o tipo de operação. • Hospital: – Pacientes recebem o tratamento mais adequado; – O tratamento é conduzido de maneira correta; – Os funcionários são corteses, agradáveis e solícitos. • Empresa de ônibus urbano: – Os ônibus são limpos e arrumados; – O horário é rigoroso e atende a necessidade dos clientes; – Os ônibus são silenciosos e não emitem gases poluentes. • Supermercado: – Os produtos estão em boas condições; – A loja é limpa e agradável; – A decoração é agradável e atraente. Processos Produtivose-Tec Brasil 32 • Fábrica de automóvel: – A montagem atende às especificações; – O produto é confiável; – O produto é atraente e sem defeitos; – Qualidade reduz custos; – Qualidade aumenta a confiabilidade. 5.3.2 Rapidez Rapidez significa quanto tempo os consumidores precisam esperar para re- ceber os produtos ou serviços. • Hospital: – Tempo entre a solicitação de tratamento e sua realização é mínimo; – Tempo para exames é mínimo. • Empresa de Ônibus: – O tempo total de viagem para o usuário é mínimo. • Supermercado: – O tempo total de permanência na loja é mínimo; – Imediata disponibilidade de bens. • Fábrica de automóveis: – O tempo entre o pedido de um carro e sua chegada ao cliente é mínimo; – O tempo de espera na assistência técnica é mínimo. 5.3.3 Objetivo confiabilidade Confiabilidade significa fazer as coisas em tempo para os consumidores re- ceberem os bens ou serviços quando foram prometidos. Confiabilidade na operação interna Economiza tempo Economiza dinheiro Proporciona estabilidade e-Tec BrasilAula 5 – Papel estratégico da produção 33 • Hospital: – Consultas feitas no horário programado; • Empresa de ônibus: – Fixa o horário em todos os pontos do trajeto. • Supermercado: – Expõe horário de funcionamento; – O tempo de fila é mínimo; – A proporção de bens em falta é mínima. • Fábrica de automóveis: – Entrega os veículos aos revendedores no tempo previsto; – Entrega peças de reposição aos centros de serviços no tempo previsto. 5.3.4 Objetivo Flexibilidade Significa ser capaz de mudar a operação de alguma forma. Pode se alterar o que a operação faz, como faz ou quando faz. Mudança é a ideia chave. Flexibilidade na operação interna Flexibiliza e agiliza a resposta Flexibiliza e maximiza tempos Flexibiliza e mantém a confiabilidade – Flexibilidade de produtos e serviços: produtos e serviços diferentes; – Flexibilidade de composto (mix): ampla variedade de bens estocados; – Flexibilidade de volume: quantidades ou volumes diferentes de pro- dutos e serviços; – Flexibilidade de entrega: tempos de entregas diferentes; 5.3.5 Objetivo Custo É o último objetivo a ser coberto. Para empresas que concorrem diretamente em preços, o custo será o principal objetivo da produção. – Custos de funcionários; – Custos de instalações, tecnologia e equipamentos; – Custos de materiais. Processos Produtivose-Tec Brasil 34 O custo é afetado por outros objetivos de desempenho: – Operação de alta qualidade não desperdiça tempo e retrabalhos; – Operações rápidas reduzem o nível de estoques, e custos administra- tivos indiretos; – Operações confiáveis não causam qualquer surpresa desagradável aos clientesinternos; – Operações flexíveis adaptam-se rapidamente a situações mutantes. Fazer certo as coisas Vantagem em qualidadeProporciona Fazer as coisas com rapidez Vantagem em rapidezProporciona Fazer as coisas em tempo Vantagem em confiabilidadeProporciona Mudar o que você faz Vantagem em flexibilidadeProporciona Fazer as coisas mais baratas Vantagem em custosProporciona Anotações e-Tec BrasilAula 5 – Papel estratégico da produção 35 e-Tec Brasil Aula 6 – Prioridade de objetivos de desempenho 6.1 Escolha dos objetivos de desempenho A importância relativa dos objetivos de desempenho para qualquer opera- ção produtiva sofrerá influências diferentes. Três coisas são especialmente importantes na determinação de quais objetivos de desempenho devem ser enfatizados: – As necessidades específicas dos grupos de consumidores da empresa; – As atividades dos concorrentes da empresa; – O estágio do ciclo de vida do produto no qual se encontra o produto ou serviço. 6.2 Influência do consumidor nos objetivos de desempenho Fatores Competitivos Preço baixo Qualidade Alta Entrega rápida Entrega confiável Produtos inovadores Ampla gama de produtos Habilidade de mudar a quantidade ou prazo de entrega Objetivos de desempenho Custo Qualidade Rapidez Confiabilidade Flexibilidade (produtos/serv.) Flexibilidade (mix de produtos) Flexibilidade (volume e/ou en- trega) 6.3 Objetivos Ganhadores de pedidos e qualificadores Critérios ganhadores de pedidos são os que direta e significativamente contribuem para a realização de um negócio, para se conseguir um pedido. São considerados pelos consumidores como razões-chaves para comprar o produto ou serviço; Critérios qualificadores podem não ser os principais determinantes do sucesso competitivo, mas são importantes de outra forma. São aqueles as- pectos da competitividade nos quais o desempenho de produção deve estar acima de um nível determinado, para ser sequer considerado pelo cliente. e-Tec BrasilAula 6 – Prioridade de objetivos de desempenho 37 6.4 Influência dos concorrentes nos objeti- vos de desempenho Os clientes têm uma influência importante na prioridade dos objetivos de desempenho de uma operação produtiva, mas a produção pode ser influen- ciada pelas atividades dos concorrentes. Mesmo sem qualquer mudança direta nas preferências de seus consumido- res, uma organização pode ter que mudar a forma como compete e, por- tanto, mudar a prioridade dos objetivos de desempenho que espera de sua produção. 6.5 Influência do Ciclo de Vida nos objeti- vos de desempenho – Uma forma de generalizar o comportamento de clientes e concorren- tes é associá-lo com o ciclo de vida dos produtos ou serviços que a operação está produzindo. – Do momento que é introduzido por uma empresa ao ponto em que os clientes não estão mais interessados em comprá-lo, um produto ou serviço passa através de diversas etapas distintas. – Em cada etapa, a empresa experimentará desafios diferentes tanto na venda como na produção do produto ou serviço. 6.5.1 Consequências do ciclo de vida do produto – Os produtos (ou serviços) têm vida limitada; – As vendas do produto (ou serviço) passam por quatro estágios distin- tos (Introdução, Crescimento, Maturidade, Declínio), cada um colo- cando diferentes desafios ao vendedor (e produtor); – Os lucros aumentam e diminuem nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto; – Os produtos e serviços exigem diferentes estratégias de marketing, de finanças, de manufatura (ou produção), de compras e de pessoal em cada etapa do ciclo de vida. Este é o vídeo, minha gente. Vocês vão adorar. Nem vão precisar de pipoca e guaraná, só da alegria de aprender. Assistam: http://www.youtube.com/wat ch?v=6vmdVR9dzPM&feature =related Processos Produtivose-Tec Brasil 38 e-Tec Brasil Aula 7 – Projeto de redes de operações Nenhuma operação produtiva ou parte dela existe isoladamente. Todas as operações fazem parte de uma rede maior, interconectadas com outras ope- rações. Agência seleção Serviço segurança Material limpeza Serviço limpeza Fornecedor peças Serviço manutenção Shopping Center Varejista Clientes Fornecedor automação Serviço park Fornecedores de segunda camada Fornecedores de primeira camada Clientes de primeira camada Clientes de segunda camada Por que considerar a rede? – Ajuda a empresa a compreender como pode competir efetivamente; – Ajuda a identificar ligações entre nós especialmente significativos na rede; – Ajuda a empresa a focalizar uma perspectiva de longo prazo na rede. 7.1 Decisões de projeto de rede Qual parte da rede de operações produtivas nós deveríamos possuir? Para responder essa pergunta, precisamos fazer e responder mais cin- co questionamentos. 1. Onde deve ser localizada cada operação da parte da rede pertencente à empresa? 2. Como a empresa do shopping center deve escolher uma localização es- pecífica para seu shopping? e-Tec BrasilAula 7 – Projeto de redes de operações 39 3. Que capacidade de produção deve ter cada operação da parte da rede pertencente à empresa ao longo do tempo? 4. Se precisar expandir-se deverá fazê-lo em pequenos ou grandes incre- mentos de capacidade? 7.2 Integração vertical Localização das operações produtivas Gestão de capacidade produtiva Integração vertical Projeto da rede de operações Integração Vertical: é o grau de posse de uma organização da rede da qual faz parte. Em sentido estratégico envolvem a análise pela organização, da conveniên- cia de adquirir fornecedores e/ou clientes. Efeitos da integração vertical: • Afeta a qualidade: problemas mais facilmente rastreáveis; • Afeta a rapidez; • Afeta a confiabilidade: melhor comunicação na rede. • Afeta a flexibilidade: positiva e negativamente; • Afeta os custos: diminui os custos unitários; aumenta o volume de capital investido. Processos Produtivose-Tec Brasil 40 7.3 Localização Figura 7.1 - Representação de Posição Geográfica. Fonte: www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=1282512 A localização é a posição geográfica de uma operação, relativamente aos recursos, a outras operações ou clientes com os quais interage. Importância da localização: – O impacto sobre o comércio varejista é evidente; – O impacto sobre um quartel de bombeiros impacta no tempo médio de viagens; – O impacto sobre uma fábrica: atração de mão de obra, distância dos centros consumidores. "Nenhuma operação deseja mudar de local frequentemente". 7.3.1 Razões para decisões de localização • Alteração na demanda de bens e serviços; • Alteração na oferta de insumos para a operação. 7.3.2 Objetivos da decisão de localização • Os custos especialmente variáveis da operação; • O serviço que a operação é capaz de prestar a seus clientes; • A receita potencial da operação. e-Tec BrasilAula 7 – Projeto de redes de operações 41 7.4 Influências para localização Fornecedores • Custo da Mão de Obra: salários, benefícios, capacitação. • Custos da Terra; • Custos de Energia; • Custos de Transportes: insumos e produtos acabados. Alemanha Suíça Bélgica França Inglaterra 10 15 25 U$/hr Salário por hora Encargos Japão EUA Fatores da Comunidade • Impostos locais; • Restrições de movimentações de capitais; • Assistência financeira do governo; • Assistência de planejamento do governo; • Estabilidade política; • Atitudes locais em relação a investimentos estrangeiros no país; • Língua; • Amenidades locais: escolas, teatros, lojas, etc. • Disponibilidade de serviços de apoio; • Histórico de relações trabalhistas; • Absenteísmo da mão de obrae taxas de rotatividade; • Restrições ambientais e disposição de rejeitos; • Procedimentos e restrições de planejamento. Demanda • Habilidade da mão de obra; • Adequação do local em si; • Imagem do local; • Conveniência para os clientes. Absenteísmo Falta de assiduidade dos empregados, ou seja, falta frequente dos trabalhadores ao trabalho. Processos Produtivose-Tec Brasil 42 7.5 Técnicas de Localização 7.5.1 Pontuação Ponderada Primeiro Passo: identificação de critérios que podem ser usados para avaliar as diversas localizações. Segundo Passo: Definição da importância relativa de cada critério e a atri- buição de fatores de ponderação (pesos) para cada um deles. Terceiro Passo: Avaliar cada localização segundo critério específico. A escala de pontuação é arbitrária. Exemplo: indústria de embalagens para produtos farmacêuticos Critério Importância Pontuação – Local A B C Custo do local 4 80 65 60 impostos locais 2 20 50 80 Disponibilidade de mão-de-obra 1 80 60 40 Acesso a auto-estradas 1 50 60 40 Acesso a aeroportos 1 20 60 70 Potencial para expansão 1 75 40 55 Pontuação ponderada total 585 580 605 7.5.2 Método do centro de Gravidade O método do centro de gravidade é usado para encontrar uma localização que minimiza os custos de transporte. A B C Devemos lembrar sempre que... Capacidade Produtiva em Longo Prazo As decisões de capacidade que precisam ser tomadas em uma rede com- preendem escolher a capacidade ótima para cada local, balancear os di- versos níveis de capacidade das operações na rede e programar as altera- ções da capacidade de cada parte da rede. Arbitrária Diz-se de algo que não é regulado por lei, não é obrigatório, mas facultativo depende somente do critério ou de vontade. e-Tec BrasilAula 7 – Projeto de redes de operações 43 e-Tec Brasil Aula 8 – Arranjo Físico e Fluxo 8.1 Arranjo físico O arranjo físico de uma operação produtiva preocupa-se com a localização física dos recursos de transformação. Colocado de forma simples, definir o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipa- mentos e pessoal da produção. Razões práticas pelas quais as decisões de arranjo físico são importantes: • Arranjo físico é frequentemente uma atividade difícil e de longa duração devido às dimensões físicas dos recursos de transformação movidos; • O rearranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funcio- namento suave, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção; • Se o arranjo físico está errado, pode levar a padrões de fluxo excessiva- mente longos ou confusos, estoque de materiais, filas de clientes for- mando-se ao longo da operação, inconveniências para os clientes, tem- pos de processamento desnecessariamente longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis e altos custos. 8.2 Tipos básicos de arranjo físico – Arranjo físico posicional ou de posição fixa; – Arranjo físico por processo; – Arranjo físico celular; – Arranjo físico por produto; – Arranjos físicos mistos. 8.2.1 Arranjo físico posicional Em vez de materiais, informações ou clientes fluírem através de uma opera- ção, quem sofre o processamento fica estacionário. Exemplos: – Construção de uma rodovia – Cirurgia de coração aberto – Restaurante de alta classe – Manutenção de computador de grande porte. e-Tec BrasilAula 8 – Arranjo Físico e Fluxo 45 Figura 8.1 – Arranjo físico posicional. Fonte: arquivos.unama.br / www.griffonhospital.com.br/ 8.2.2 Arranjo físico por processos As necessidades e conveniências dos recursos transformados que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico. Exemplos: – Hospital; – Usinagem de peças utilizadas em motores de aviões; – Supermercado. Máquina A Máquina A Máquina D Máquina B Máquina E Máquina C Máquina F Peça 2 Peça 2 Peça 4 Peça 1 Pe ça 1 Pe ça 2 Pe ça 4 Peça 2 Peça 1 Peça 1 Peça 1 Pe ça 3 Peça 4 Peça 3 Peça 3 Peça 4 Peça 4 Pe ça 1 Peça 3 Peça 3 Peça 2 Figura 8.2 - Arranjo físico por processo Fonte: arquivos.unama.br 8.2.3 Arranjo físico celular É aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré- -selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) onde os recursos transformadores se encontram. Depois de serem processados na célula, os recursos transformados podem prosseguir para outra célula. Processos Produtivose-Tec Brasil 46 Exemplos: – Algumas empresas manufatureiras de componentes de computador; – Área para produtos específicos em supermercados; – Maternidade em um hospital. célula Peça A entrando na célula Peça A saindo da célula e continuando o processo Peça A caminhando pelo processo Figura 8.3 - Arranjo físico celular Fonte: arquivos.unama.br 8.2.4 Arranjo físico por produto Envolve localizar os recursos produtivos transformadores inteiramente se- gundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro predefi- nido no qual a sequência de atividades requerida coincide com a sequência nas quais os processos foram arranjados fisicamente. Exemplos: – Montagem de automóveis; – Programa de vacinação em massa; – Restaurante self-service. CT1 CT1 CT4 CT2 CT2 CT5 CT3 CT3 CT6 CTn CTn CT = Centro de TrabalhoOperações em série e em paralelo: Figura 8.4 - Arranjo físico por produto. Fonte: arquivos.unama.br e-Tec BrasilAula 8 – Arranjo Físico e Fluxo 47 8.2.5 Arranjo físico mistos Muitas operações ou projetam arranjos físicos mistos, que combinam ele- mentos de alguns ou todos os tipos básicos de arranjo físico ou, alternativa- mente, usam tipos básicos de arranjo físico de forma “pura” em diferentes partes da operação. Exemplos: – Hospital (arranjo físico por processo), mas cada departamento utiliza diferentes tipos de arranjos; – Restaurante com uma única cozinha, mas que serve o tradicional (ar- ranjo físico posicional), o buffet (arranjo físico celular) e o bandejão (arranjo físico por processo). AnotaçõesHoje vamos ver alguns vídeos de como se faz arranjos em uma empresa. Mas cuidado, hein? Alguns exemplos aqui não podem ser seguidos. Mas vale a pena assistir. Vamos lá. http://www.youtube.com/ watch?v=7KuwiglpzTM&NR=1 http://www.youtube.com/ watch?v=gs02vYldpd0 &feature=related http://www.youtube.com/ watch?v=wSv2nDUHsIg &feature=related http://www.youtube. com/watch?v=ccnZ_ R03v0o&feature=related Processos Produtivose-Tec Brasil 48 e-Tec Brasil Aula 9 – Natureza do planejamento e controle 9.1 O que é planejamento e controle? O propósito do planejamento e controle é garantir que a produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços como deve. Isto requer que os recursos produtivos estejam disponíveis: • na quantidade adequada; • no momento adequado; • no nível de qualidade adequada. O planejamento e controle preocupam-se em gerenciar as atividades da ope- ração produtiva de modo a satisfazer a demanda dos consumidores; Atividades com um alto grau de imprevisibilidade são mais difíceis de plane- jar enquanto as que têm alto grau de contato com o consumidor são mais difíceis de controlar; A função de planejamento e controle concilia o fornecimento dos produtos e serviços de uma operação com sua demanda. 9.1.1 Conciliação de fornecimento e demanda Existem duas entidades: Por um lado temos os recursos de operação que tem a capacidade de fornecer ao consumidor, mas aos quais ainda não foram dadas instruções de como fazer isso. Por outro lado, temos um conjuntode demandas, tanto gerais como específicas, dos consumidores, tanto atuais como potenciais, para os serviços da operação. As atividades de planejamen- to e controle proporcionam os sistemas, procedimentos e decisões que con- ciliam estas duas entidades. Conectam recursos capazes de fornecer bens e serviços para a demanda que foi projetada para satisfazer. 9.1.2 Limitações à tarefa de planejamento e controle Genericamente, as limitações de planejamento e controle são as seguintes: Limitações de custo: os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de custos determinados; e-Tec BrasilAula 9 – Natureza do planejamento e controle 49 Limitações de capacidade: os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de limites de capacidades projetados para a operação; Limitações de tempo: os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de um intervalo de tempo, nos quais eles ainda têm valor para o consumidor; Limitações de qualidade: os produtos e serviços devem ter conformidade aos dados limites de tolerância projetados para o produto ou serviço. 9.2 Diferença entre planejamento e controle Podemos definir o plano como um conjunto de intenções e o controle como um conjunto de ações que visam o direcionamento do plano. O controle inclui o monitoramento do que aconteceu na realidade, a com- paração com o que fora planejado e as ações para providenciar as mudanças necessárias de realinhamento do plano. Ex.: um artista temperamental que queira atrasar a entrada no palco, o con- trole deve enviar alguém para persuadir o artista a estar pronto mais rapi- damente, enquanto outras pessoas estão provendo outros serviços comple- mentares como música e entretenimento para a plateia que aguarda. 9.3 Planejamento e Controle a longo, médio e curto prazo Controle Planejamento H o ra s/ d ia s D ia s/ se m /m es es M es es /a n o s Planejemanto e Controle de longo prazo: • usa previsões de demanda agregada; • determina recurso de forma agregada; • objetivos estabelecidos financeiramente. Planejamento e Controle de médio prazo: • usa previsões de demanda desagregada parcialmente; • determina recursos e contingências; • objetivos tanto financeiros e operacionais. Planejamento e controle de curto prazo: • usa demanda real; • faz intervenções nos recursos para corrigir desvios; • consideração de objetivos operacionais. Processos Produtivose-Tec Brasil 50 9.3.1 Planejamento e controle de longo prazo No planejamento e controle de longo prazo os gerentes de produção criam planos relativos ao que eles pretendem fazer, que recursos eles precisam e quais objetivos eles esperam atingir. Ao levar avante as atividades de planejamento, os gerentes de produção estarão preocupados principalmente com atingir as metas financeiras. Serão desenvolvidos orçamentos que identifiquem as metas de custos e receitas que se pretende alcançar. 9.3.2 Planejamento e controle de médio prazo Os gerentes estão preocupados com planejar em mais detalhes e re-planejar, se necessário. Não menos importante, os planos e contingências terão que ser pensados de forma a permitir leves desvios dos planos. Essas contingên- cias agirão como recurso de “reserva” e farão o planejamento e controle mais fácil no curto prazo. 9.3.3 Planejamento e controle de curto prazo Neste planejamento e controle muitos dos recursos terão sido definidos e será difícil fazer mudanças de grande escala nos recursos. Ao fazer intervenções de curto prazo e mudanças no plano, os gerentes de produção estarão tentando equilibrar a qualidade, a rapidez, a confiabilidade, a flexibilidade e os custos das operações de forma “ad hoc” (caso a caso). Anotações e-Tec BrasilAula 9 – Natureza do planejamento e controle 51 e-Tec Brasil Aula 10 – Tarefa de planejamento e controle O planejamento e o controle requerem a conciliação do fornecimento e da demanda em termos de volume, tempo e qualidade. Vamos tratar neste aula somente volume e tempo. 10.1 Volume e tempo Para conciliar o volume e o tempo, são desempenhadas três atividades dis- tintas, embora integradas: • Carregamento: determinação do volume com o qual uma operação produtiva pode lidar; • Sequência: determinação da prioridade de tarefas a serem desempe- nhadas; • Programação: decisão do tempo (momento) de início e fim para cada tarefa. 10.1.1 Carregamento O carregamento é a quantidade de trabalho alocado para um centro de trabalho. máximo tempo disponível tempo plan. disponível tempo de operação tempo disponível tempo real tempo normal não trabalhado tempo de troca de ferramentas Intervenções de manutenção corretivas Há duas abordagens principais para carregamento de máquinas - carrega- mento finito e infinito. a) Carregamento Finito O carregamento finito é uma abordagem que somente aloca trabalho a um centro de trabalho, uma pessoa, uma máquina, ou talvez um grupo de pes- soas ou máquinas, até um limite estabelecido. Este limite é a capacidade de trabalho estimada do centro. e-Tec BrasilAula 10 – Tarefa de planejamento e controle 53 É possível limitar a carga num sistema de marcação de horas num consul- tório médico, ou um dentista. É necessário limitar a carga por motivos de segurança como o número de pessoas e bagagens em navios e aviões. O custo da limitação de carga não é proibitivo, como a fila de compra de um carro esportivo de renome - Ferrari - onde a fila até melhora a demanda e não prejudica como era de se esperar. b) Carregamento Infinito O carregamento infinito é uma abordagem de carregamento que não limita a aceitação do trabalho. Não é possível limitar o carregamento, por exemplo: um departamento de acidentes e emergências em um hospital não pode recusar chegadas que precisam de atenção; não é necessário limitar o car- regamento – os quiosques de fast-food são projetados para flexibilizar a ca- pacidade para cima e para baixo, para corresponder às taxas de variáveis de demanda. O custo de limitação do carregamento é proibitivo - se um banco de varejo recusasse clientes na porta porque certa quantidade de pessoas estivesse dentro, a clientela se sentiria menos satisfeita com o serviço. 10.1. 2 Sequenciamento Quando o trabalho chega, decisões devem ser tomadas sobre a ordem em que as tarefas serão executadas. Essa atividade é denominada sequencia- mento. As prioridades dadas ao trabalho em uma operação são frequente- mente, estabelecidas por um conjunto predefinido de regras, que são: – Prioridade ao Consumidor; – Data prometida; – LIFO; – FIFO; – Operação mais longa primeiro; – Operação mais curta primeiro. Prioridade ao Consumidor: as operações, algumas vezes, permitem que sejam processadas antes de outros, independentemente da ordem de chega- da do consumidor, quer seja um consumidor importante ou um consumidor temporariamente ofendido. Todavia, sequenciar o trabalho segundo a prio- ridade do consumidor pode significar que consumidores de grande porte recebem um serviço de muito alto nível, mas o serviço para os outros muitos Processos Produtivose-Tec Brasil 54 consumidores é prejudicado. Isto pode prejudicar a qualidade e a produtivi- dade de toda a operação, fazendo-a menos eficiente como um todo. Data Prometida: Priorizar pela data prometida significa que o trabalho é sequenciado de acordo com a data prometida de entrega. Este tipo de operação melhora a confiabilidade e a média de rapidez de en- trega da empresa. Pode ser flexível quando da chegada de trabalhos emer- genciais. LIFO: Last In First Out (Último a entrar, Primeiro a sair) é um método de se- quenciamento usualmente escolhido por razões práticas. Por exemplo:ele- vador, carregamento de porta malas, etc. A sequência não é determinada por razões de qualidade, flexibilidade ou custo, assim, nenhum destes objetivos de desempenho é bem servido por esse método. FIFO: Algumas operações servem aos consumidores na exata sequência das suas chegadas (First In First Out). Por exemplo: cartórios, votação, emissão de carteira de trabalho, etc. A rapidez de entrega e a confiabilidade de entrega não estão em seu nível mais alto. Também é difícil ser flexível. Operação mais longa primeiro: Sob certas circunstâncias, as operações podem sentir-se obrigadas a sequenciar seus mais longos trabalhos em pri- meiro lugar. Isso tem a vantagem de ocupar os centros de trabalho dentro da operação por longos períodos. Esta regra não leva em conta a rapidez, a confiabilidade ou a flexibilidade de entrega. Na verdade, ela até pode traba- lhar contra esses objetivos. Operação mais curta primeiro: A maioria das operações tornam-se limi- tadas por disponibilidade de caixa. Nessas situações, as regras de sequen- ciamento podem ser ajustadas para atacar primeiro os trabalhos curtos. Isso tem um efeito no melhoramento do desempenho de entrega, se a unidade de medida da entrega é o número de trabalhos completados. Todavia, ela pode afetar adversamente a produtividade total e pode prejudicar consumi- dores maiores. e-Tec BrasilAula 10 – Tarefa de planejamento e controle 55 e-Tec Brasil Aula 11 – Sistema just in time (JIT) 11.1 JIT – Sistema de planejamento e controle O Just in Time surgiu no Japão nos meados da década de 70, na Toyota Motor Company. O Japão é um país pequeno com recursos mínimos e uma grande popula- ção. Portanto, os japoneses sempre tomaram cuidado para não desperdiçar recursos, porque o país tem pouco espaço e mínimos recursos naturais. Tam- bém lhes foi necessário manter o respeito um pelo outro para trabalharem e morarem juntos de forma tranquila e eficiente. O que é o Just in Time? Significa produzir bens e serviços exatamente no momento em que são ne- cessários - não antes para que não se transformem em estoque, e nem depois para que os clientes não tenham que ficar esperando. “O JIT visa atender à demanda instantaneamente, com qualidade perfeita e sem desperdícios.” Podemos lembrar sempre que JIT é... “um conjunto integrado de atividades projetado para obter uma produção de alto volume usando um mínimo de estoques de maté- rias-primas, estoques em processos e produtos acabados”. É baseado na lógica de que nada será produzido até que seja necessário. Deve-se fornecer: • O que o cliente deseja; • Quando o cliente deseja; • Quanto o cliente deseja. Com o mínimo de esforços e recursos. e-Tec BrasilAula 11 – Sistema just in time (JIT) 57 11.2 Princípios do Just-in-Time • Criar Fluxo Contínuo • Sincronizar a Produção com o Tempo Takt (Takt Time) • Implantar o Sistema de Puxar na Produção (Kanban) 11.2.1 Produção em Fluxo Contínuo 11.2.2 Tempo Takt (Takt Time) A palavra Takt significa um in- tervalo preciso de tempo, como na métrica musical. Ela pode ser entendida como ritmo. O tempo Takt sincroniza o fluxo na produção com a demanda do cliente 11.2.3 Implantar o Sistema de Puxar na Produção (Kanban) • Palavra de origem japonesa que significa etiqueta ou cartão • Dispositivo sinalizador que fornece instruções para a produção de itens. • Método para programação de produção, que utiliza um quadro e cartões. Este procedimento nós veremos em uma futura aula. Processos Produtivose-Tec Brasil 58 11.3 Planejamento e Controle: abordagem tradicional Estágio A Estágio B Estágio C Estoque Estoque Quanto maior o estoque isolador maior o grau de independência entre os estágios, permitindo que eles trabalhem de forma eficiente, ininterrupta- mente. A desvantagem é o estoque (capital empatado), e o fato de esconder os problemas de cada estágio. 11.4 Planejamento e Controle: abordagem JIT Estágio A Estágio B Estágio C Pedidos Entregas Pedidos Entregas Qualquer problema que ocorra em um estágio é rapidamente sentido nos demais estágios. (não tem estoques). Um problema em qualquer dos estágios, não é mais problema do estágio, e sim problema de todos. 11.4.1 Preceitos • Círculos de controle da qualidade; • Lotes de produção pequenos; • Qualidade absoluta; • Manutenção preventiva, etc. e-Tec BrasilAula 11 – Sistema just in time (JIT) 59 Excesso de estoques mascara problemas. Figura 11.1 – Charge mostrando os problemas de produtividade. Fonte: slides de aula professor Miguel Antonio Pelizan - UNINFRA JIT diminui estoques e permite detectar e corrigir os problemas. Anotações Processos Produtivose-Tec Brasil 60 e-Tec Brasil Aula 12 – Filosofia das operações JIT 12.1 Filosofia JIT Prega a eliminação de desperdício, envolvimento de todos e aprimoramento contínuo. 12.1.1 Eliminação de desperdícios (Toyota – 7 tipos) • Superprodução • Tempo de espera • Transporte • Processo • Estoque • Movimentação • Produtos defeituosos 12.1.2 Envolvimento de todos • Cultura organizacional • Resolução de problemas por equipes • Inclusão de tarefas de manutenção e set-up • Rotação de cargos • Multi habilidades • Responsabilidade pessoal e engajamento 12.1.3 Aprimoramento contínuo (Kaizen) • Desempenho real x ideal • Aproximação com o tempo. • Critério – medida de desempenho – qualidade – velocidade – confiabilidade – flexibilidade – custo 12.2 Técnicas JIT • Práticas básicas de trabalho – Disciplina – Flexibilidade e-Tec BrasilAula 12 – Filosofia das operações JIT 61 – Igualdade – Autonomia (autoridade parar linha, coleta de dados, programação de materiais, resolução de problemas) – Desenvolvimento de pessoal – Qualidade de vida no trabalho – Criatividade. • Projeto para a manufatura – Projeto determina 70 a 80% dos custos de produção; – Redução do número de componentes – Redução do número de submontagens – Melhor uso de materiais – Melhor uso de métodos. • Foco na operação – Simplicidade, repetição e experiência trazem competência; – Focalizar conjunto limitado e gerenciável de produtos, tecnologias, volumes e mercados; – Estabelecer políticas básicas de manufatura estruturadas em uma úni- ca missão de manufatura. • Máquinas simples e pequenas – Usar várias máquinas pequenas em detrimento de uma grande; – Equipamento barato e feito em casa para modificar máquinas uni- versais; – Qualificação da engenharia; – Flexibilidade do arranjo físico; – Minimização dos riscos de investimento. • Arranjo físico e fluxo – Fluxo suave de materiais, dados e pessoas; – Posto de trabalho próximo evita estoque; – Arranjo para a visibilidade; – Linhas em forma de U para balancear a capacidade; – Arranjo físico celular. Processos Produtivose-Tec Brasil 62 • Redução de set-up – Set-up = tempo decorrido na troca do processo do final da produção de um lote até a produção da primeira peça boa do próximo lote. – Tempo para busca de ferramentas e equipamentos; – Pré-preparação de tarefas; – Prática de rotinas de set-up; – Auxílios mecânicos simples. – Transformar set-up interno em externo – ferramentas pré-montadas; – montagem de ferramentas ou matrizes em um dispositivo padrão; – dispositivos para carga e descarga de novas ferramentas e matrizes. • Envolvimento total das pessoas – Seleção de novos funcionários – Negociação direta com fornecedores sobre programação, qualidade e informações sobre entrega; – Autoavaliação de desempenho; – Orçamento de melhorias; – Planejamento e a revisão do trabalho diário; – Negociação direta com o cliente sobre problemase necessidades. • Visibilidade – Exibição de medidas de desempenho no local de trabalho; – Luzes coloridas indicando paradas; – Exibição de gráficos de controle da qualidade; – Listas de verificação e técnicas de melhoria visíveis; – Produtos bons e ruins, e produtos concorrentes; – Controle visual com Kanban; – Arranjo físico sem divisórias. • Fornecimento JIT – Parcerias para entrega no momento necessário; – Problema de JIT forçado. Como será que o fast food Mcdonalds faz seu atendimento tão perfeito? Seria um JIT bem elaborado? Só assistindo para vermos essa eficiência toda. Vamos lá pessoal. Só espero que não estejam na hora do lanche, pois vão ficar com fome. Bom lanche, ops, vídeo. http://www.youtube.com/watc h?v=QPaXpQqMKgg&feature =related e-Tec BrasilAula 12 – Filosofia das operações JIT 63 e-Tec Brasil Aula 13 – O sistema Kanban 13.1 Conceito 1. Palavra de origem japonesa que significa etiqueta ou cartão. 2. Dispositivo sinalizador que fornece instruções para a produção de itens. 3. Método para programação de produção, que se utiliza de um quadro e cartões. O sistema kanban funciona baseado no uso de sinalizações para ativar a produção e movimentação dos itens pela fábrica. Estas sinalizações são convencionalmente feitas com base nos cartões kan- ban e nos painéis porta-kanbans, porém pode utilizar-se de outros meios, que não cartões, para passar estas informações. Os cartões kanban convencionais são confeccionados de material durável para suportar o manuseio decorrente do giro constante entre os estoques do cliente e do fornecedor do item. Cada empresa, ao implantar seu sistema kanban, confecciona seus próprios cartões de acordo com suas necessidades de informações. 13.2 Regras do Kanban Regra 1: O cliente somente retira peças do estoque quando isto realmente for necessário. Regra 2: O fornecedor só pode produzir peças dos quais possui kanbans de produção e nas quantidades definidas nestes. Regra 3: Somente peças boas podem ser colocadas em estoque. Regra 4: Os cartões devem ficar nas embalagens cheias ou no Quadro Kanban. e-Tec BrasilAula 13 – O sistema Kanban 65 13.3 Funcionamento do Sistema Kanban Para cada peça temos uma sequência de posições, onde são colocados os cartões; As posições vazias indicam o estoque disponível (embalagens cheias), e cada cor indica o grau de urgência da reposição. Os cartões são colocados do verde para o vermelho. Lote Resposta Segurança Faixa Verde: Define o nivelamento da produção. Faixa Amarela: É o tempo de resposta. Faixa Vermelha: É a segurança necessária para que os clientes não parem de produzir. O estoque de cada peça é dividido em três faixas: A Na medida em que os cartões chegam ao quadro, eles são inseridos primei- ramente sobre a faixa verde, depois amarela e por fim a vermelha. A Os cartões que não estão no quadro estão no estoque acompanhado de embalagens cheias de peças. A Processos Produtivose-Tec Brasil 66 Quando o quadro está cheio de cartões, o estoque está vazio e vice-versa. A Quantas caixas há no supermercado agora? 3 caixas Cartão Kanban Local onde são produzidas as peças.Código da peça Modelo Nome da peça Qtde. Pç/Embalagem Identificação do Cliente Cartão de produção Quadro Kanban Figura 13.1 – Quadro Kanban. Fonte: Acervo do autor. e-Tec BrasilAula 13 – O sistema Kanban 67 Código da peça Item Modelo Escala Kanban Código de Cores Cartões devem ficar nos racks cheios... ... Ou no quadro. 13.4 Quais os benefícios? O nivelamento permite reduções drásticas de estoque de produtos acabados e de matéria-prima e, consequentemente, de lead time; Ele também aumenta a flexibilidade de resposta para o cliente, permitindo a produção mais próxima da demanda real; Mudanças nos pedidos deixam de ser catastróficas, a empresa pode ajustar o seu rumo durante o dia, semana ou mês. Processos Produtivose-Tec Brasil 68 e-Tec Brasil Aula 14 – Dimensionamento Kanban 14.1 Escala Kanban: faixa amarela 20h 4h – Resposta 4h – Segurança Lote de Produção Dimensionamento da Escala Kanban É importante entender que quando o quadro só tiver cartões sobre a faixa verde, não será necessário produzir. Que tamanho deve ter a faixa amarela então? A faixa amarela deve ser grande o suficiente para que o cliente continue a sua produção no seu ritmo sem que a faixa vermelha do quadro seja invadi- da por cartões. (T1) Tempo de fila: estimativa do tempo que se pode esperar entre o pri- meiro cartão entrar no amarelo e o fornecedor fazer o setup para produzi-lo. (T2) Tempo de Setup: tempo entre a última peça do lote anterior até a primeira peça boa do próximo item (T3) Tempo de produção do lote de transferência (T4) Tempo de transporte até o estoque: Tempo até o lote de transferên- cia ficar disponível para o cliente. e-Tec BrasilAula 14 – Dimensionamento Kanban 69 O tempo de fila é maior quanto maiores forem os lotes que o fornecedor produz. Na prática, a faixa amarela, por conter uma parcela estimada, que é o tempo de fila, deve ser calculada baseada no somatório destes tempos e na experi- ência dos operadores. 14.2 Pontos positivos e negativos Pontos positivos • Sistema “On-line” de controle de estoque e produção. • Transfere para o chão de fábrica a responsabilidade pela programação diária da produção. • Aumenta a flexibilidade de resposta para o cliente. • Totalmente visual e simples (baixo custo). Pontos Negativos • Demanda instável • Emergência afeta funcionamento do sistema; • Baixo índice de confiabilidade dos equipamentos • Falta de comprometimento das pessoas (indisciplina operacional). Assistam a este vídeo para que possam ter uma noção maior sobre Kanban. Ah, não se esqueçam da pipoca, guaraná e da alegria de estarem juntos. Bom vídeo pra todos! http://www.youtube.com/ watch?v=hpPBUVs9t1s Processos Produtivose-Tec Brasil 70 e-Tec Brasil Aulas 15 – A administração da qualidade no processo de produção 15.1 Conceitos Ao falar em desempenho de processos e de organizações temos que ter em mente a Qualidade do Processo de Produção. Então conceituar os termos qualidade, produção e produtividade. 15.1.1 Qualidade Conjunto de características de todo produto e serviço ou relação planejada, praticada e verificada, visando superar as expectativas de satisfação das pes- soas envolvidas. A Qualidade Total extrapola os conceitos de qualidade dos produtos e ser- viços, estendendo-se desde a limpeza do restaurante, atenção no atendi- mento, apresentação e exposição dos alimentos, banheiros amplos e sempre limpos, funcionários bem vestidos, educados e bem treinados, funcionários trabalhando satisfeitos, pós-vendas e serviço de atendimento ao cliente. Hoje a Qualidade Total estende-se até às questões de qualidade de vida e qualidade ambiental. 15.1.2 Produção Vamos definir produção como sendo a razão entre a saída, ou o resultado final, de um processo e a entrada, que representa os recursos necessários à obtenção da saída. De outra forma: Produtividade = (saída/ entrada). O resultado desta pequena equação nos diz quantas unidades de “saída” con- seguimos obter para uma unidade de “entrada”. 15.1.3 Produtividade Não podemos interpretar de maneira equivocada a equação da produtividade. Devemos deixar de lado o pensamento de que, para aumentar a produtivida- de é necessário fazer duas coisas: ou aumentamos a saída mantendo a mesma quantidade de recursos, ou, para uma mesma saída, diminuímos os recursos. Isto implica que quando colocamos como recursos as pessoas necessárias para a produção de um dado
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