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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E SERVIÇOS APOLS PROVAS RESUMO

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Prévia do material em texto

Planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar 
De acordo com David Hampton, é uma “combinação intencional de pessoas e de 
tecnologia para atingir um determinado objetivo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os produtos movem-se ao longo de uma linha e são montados por operadores 
continuamente repetindo uma única tarefa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA – A 
RESPOSTA – A 
 
RESPOSTA – B 
 
RESPOSTA – B 
 
RESPOSTA – A 
 
RESPOSTA – C 
 
 
RESPOSTA – A 
 
RESPOSTA – C 
 
RESPOSTA – B 
 
 
RESPOSTA – D 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERNATIVA CORRETA LETRA – D 
(PAGINA 334 DO LIVRO DE GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL) 
 
 
RESPOSTA – B 
 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA – C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
1 
Administração da Produção e Serviços
Aula 1 
Profa. Gilvane Marchesi
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
 
Conversa Inicial 
Olá, caro aluno! 
Seja bem-vindo à primeira aula da disciplina Administração da 
Produção e Serviços! 
Você sabe quais são as definições de Organização, Administração e 
Produção? E Produção enxuta? 
Neste encontro, veremos conceitos relacionados a cada um desses 
termos e, ainda, abordaremos as funções gerenciais, a evolução dos sistemas 
produtivos e a distinção entre produtos. 
No material on-line, você irá conhecer a professora Gilvane Marchesi, que 
nos ensinará esses e outros importantes temas no decorrer de nossas aulas! 
 
Contextualizando 
O termo país desenvolvido é sinônimo de país industrializado. As 
nações que atingiram altos níveis de industrialização apresentam, também, as 
maiores rendas per capita, ou seja, são os países mais ricos, com condições de 
oferecer uma vida melhor para seus cidadãos em termos de saúde, educação e 
infraestrutura. 
A evolução não seria possível sem uma ordenação dos esforços coletivos 
de pessoas trabalhando com um objetivo comum, ou seja, por meio de uma 
organização. 
A mudança do trabalho individual realizado por um artesão, para um 
trabalho feito por um grupo de pessoas, trouxe importantes consequências: de 
um lado, o trabalhador é separado do produto de seu trabalho, de outro, 
acontece uma radical alteração na produtividade. Assim, pela associação de 
várias pessoas realizando parte de um todo, o custo do produto final fica reduzido 
a níveis que propiciam sua venda em massa. 
Acesse o material on-line para conhecer um pouco mais sobre os 
conteúdos que veremos neste encontro! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
 
Pesquise 
 
Conceitos: Organização X Administração X Produção 
O mundo moderno é feito de organizações. Mas você sabe qual é a 
definição de organização? De acordo com David Hampton, é uma “combinação 
intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objetivo”. Se 
este objetivo é atingido ou não, ou se foi eficientemente alcançado, isso 
dependerá da forma como esse esforço foi coordenado, fator que concerne à 
administração. 
Chiavenato afirma que a tarefa da administração é “interpretar os 
objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por 
meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços 
realizados em todas as áreas e em todos os níveis a empresa, a fim de atingir 
tais objetivos”. 
Petrônio (1999) comenta que a função produção é entendida como “um 
conjunto de atividades que levam a transformação de um bem tangível em outro 
com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem.". A produção, 
portanto, pode ser entendida como um conjunto de atividades que levam à 
transformação de uma ideia, objeto ou serviço em um bem com maior 
utilidade/valor. 
A Administração da Produção e Operações é o campo de estudo dos 
conceitos de técnicas aplicáveis à tomada de decisões na função de Produção 
(empresas industriais) ou Operações (empresas de serviços). 
A Administração da Produção pode ser definida como sendo o processo 
empresarial que administra o fluxo de recursos materiais, humanos e 
informacionais entre um sistema predefinido, no qual esses recursos são 
reunidos e transformados, de uma forma controlada, a fim de agregar valor, de 
acordo com os objetivos da organização. Este processo é mostrado na figura a 
seguir: 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
 
 
 
Tais atividades, na tentativa de transformar insumos em produtos 
acabados e/ou serviços, consomem recursos e nem sempre agregam valor ao 
produto final. O objetivo da Administração de Produção e Operações é a gestão 
eficaz dessas atividades. 
 
Assista à videoaula deste tema em seu material on-line, para conhecer aspectos 
relacionados ao conceito de Administração da Produção. 
 
Tema 2 – Funções Gerenciais em Produção 
A Administração da Produção e Operações preocupa-se com o 
Planejamento, a Organização, a Direção e o Controle das operações produtivas, 
de modo a se harmonizarem com os objetivos da empresa. 
O Planejamento dá as bases para todas as atividades gerenciais futuras 
ao estabelecer linhas de ação que devem ser seguidas para satisfazer objetivos 
estabelecidos, bem como estipula o momento em que essas ações devem 
ocorrer. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
A Organização é o processo de juntar (combinar) os recursos produtivos: 
pessoal (mão de obra), matérias-primas, equipamentos e capital. Os recursos 
são essenciais à realização das atividades planejadas, mas devem ser 
organizados coerentemente para um melhor aproveitamento. 
A Direção é o processo de transformar planos que estão no papel em 
atividades concretas, designando tarefas e responsabilidades específicas aos 
empregados, motivando-os e coordenando seus esforços. 
O Controle envolve a avaliação do desempenho dos empregados, de 
setores específicos da empresa e dela própria como um bloco, e a consequente 
aplicação de medidas corretivas se necessário. 
O Planejamento e as tomadas de decisão que lhes são inerentes podem 
ser classificados em três grandes níveis, segundo a abrangência que terão 
dentro da empresa, afetando fatias maiores ou menores da companhia: 
 
Nível Estratégico 
Neste nível, planejamento e tomada de decisões são mais amplos em 
escopo, envolvendo políticas corporativas (grandes políticas da organização), 
escolha de linhas de produtos, localização de novas fábricas, armazéns ou 
unidades de atendimento, projeto de processos de manufatura etc. Os níveis 
estratégicos envolvem, necessariamente, horizontes de longo prazo e altos 
riscos. 
 
Nível Tático 
Este nível é mais estreito em escopo que o anterior e envolve, 
basicamente, a alocação e a utilização de recursos. Em indústrias, o 
planejamento tático ocorre em nível de fábrica, envolve médio prazo e moderado 
risco. 
 
 
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6 
Nível Operacional 
O planejamento e a tomada de decisões operacionais têm lugar nas 
operações produtivas, envolvem curtos horizontes de tempo e riscos 
relativamente menores. 
 
 
Para saber mais acerca das funções gerenciais da produção, não deixe de 
assistir à videoaula deste tema em seu material on-line! 
 
TEMA 3 – Evolução dos Sistemas Produtivos 
 
Antes do Século XVIII (até 1.764) 
A função produção acompanha o homem desde sua origem com a coleta 
de alimentos, passando pela caça, agricultura ou pastoreio. Quando polia a 
pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz, o homem pré-histórico 
estava executando uma atividade de produção. Nesse primeiro estágio, as 
ferramentas e utensílios eram utilizados por quem as produzia, não existindo o 
conceito de comércio. Com o passar do tempo, por meio da especialização de 
 
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7 
algumas pessoas naprodução de um bem, a produção teve início conforme as 
solicitações e especificações apresentadas por terceiros. Surgiam, então, os 
artesãos como a primeira forma de produção organizada, que tinha as principais 
características de: 
 Prazo de entrega 
 Fixavam preços 
 Especificações 
 Davam preferência para clientes 
 
Revolução Industrial (Séculos XVIII E XIX) 
Com a descoberta da máquina a vapor em 1764 por James Watt, tem 
início o processo de substituição da força humana pela força da máquina. Os 
artesãos começaram a ser agrupados nas primeiras fábricas. Essa revolução 
trouxe drásticas mudanças sociais: 
 Criação de fábricas 
 Utilização intensiva de máquinas 
 Movimentos sindicais 
 Separação do trabalho manual do intelectual 
 Problemas sociais 
 Mudanças na maneira como os produtos eram fabricados 
 Padronização de produtos 
 Padronização de processos 
 Treinamento e habilitação de mão de obra 
 Hierarquias de comando interno 
 Desenvolvimento de técnicas de administração 
 
 
 
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8 
Administração Científica de Taylor (Séc. XIX) 
 No fim do século XIX surgiram, nos EUA, os trabalhos de Frederick W. 
Taylor, considerado o pai da Administração Científica. Surge, então, o conceito 
de produtividade, isto é, a procura incessante por melhores métodos de 
trabalho e processo de produção, com o objetivo de se obter a melhoria da 
produtividade com o menor custo possível e a relação input/output. São ideias 
básicas do que ficou conhecido como Taylorismo: 
 Administrar cientificamente 
 Racionalização da produção 
 Estudo dos tempos 
 Divisão de trabalho 
 Especialização 
 Pagamento por peças 
 Aborda aspectos principalmente de dimensão técnica 
 Visão limitada do ser humano 
 
Na mesma época de Taylor, Fayol, na França, desenvolveu estudos que 
tinham foco nos aspectos administrativos e no processo, formulando os 14 
princípios básicos que os norteiam. As teorias de Taylor e Fayol compõem o que 
ficou conhecida como a Teoria Clássica da Administração. 
 
14 princípios universais: 
 Divisão do trabalho 
 Autoridade e responsabilidade 
 Disciplina 
 Unidade de comando 
 Unidade de direção 
 Subordinação 
 Remuneração do pessoal 
 Centralização de decisões 
 
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9 
 Hierarquia 
 Ordem 
 Equidade 
 Iniciativa 
 Estabilidade do pessoal 
 
Início do Século XX 
Na década de 1910, Henry Ford cria a linha de montagem seriada, 
revolucionando os métodos e processos produtivos até então existentes. 
Surge o conceito de produção em massa caracterizada por meio da 
padronização de todos os elementos que envolvem o processo produtivo: 
máquinas, materiais, matéria-prima, equipamentos, mão de obra e produtos, 
tornando esses veículos acessíveis às classes populares no início do século XX. 
Para Ford, deveria haver uma economia de movimento e de pensamento do 
operador, onde deveria fazer somente uma coisa com um só movimento. 
Essa busca da melhoria da produtividade por meio de novas técnicas 
definiu o que se denominou engenharia industrial. Novos conceitos foram 
introduzidos, tais como: 
 Linha de montagem 
 Posto de trabalho 
 Estoques intermediários 
 Monotonia do trabalho 
 Arranjo físico 
 Balanceamento de linha 
 Produtos em processo 
 Motivação 
 Sindicatos 
 Manutenção preventiva 
 Controle estatístico da qualidade 
 Fluxogramas de processos 
 
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Modelo Japonês de Produção – Toyotismo (A partir da década de 50) 
Após o final da Segunda Guerra, o Japão saiu devastado, sem recursos 
para investimentos para produção em massa, tal qual o modelo de Henry Ford. 
Além disso, o mercado interno era pequeno e demandava uma grande variedade 
de veículos: grandes (autoridades), pequenos (cidades lotadas) e caminhões 
(agricultura e indústrias). O sindicato se organizou e se fortaleceu, exigindo 
garantias de emprego. Além disso, conseguiu restringir os direitos das empresas 
de demitir, fato que ocorria com frequência em uma produção em massa. Para 
conseguir competir, então, nos grandes mercados, a Toyota precisaria modificar 
e simplificar o sistema da empresa americana Ford. 
Na procura por soluções para esse encaminhamento, Toyota e seu 
especialista em produção, Taichi Ohno, iniciaram um processo de 
desenvolvimento de mudanças na produção. 
 Técnicas foram desenvolvidas para que fosse possível alterar as 
máquinas rapidamente durante a produção, de modo a ampliar a oferta e a 
variedade de produtos, pois, para eles, era onde se concentrava a maior fonte 
de lucro. Obtiveram excelentes resultados com essa ideia e esta passou a ser a 
essência do modelo japonês de produção. A partir de então, regras criteriosas 
foram incorporadas gradativamente à produção, caracterizando o que passou a 
ser chamado Toyotismo, (ou Ohnismo, devido aos nomes Toyota e Ohno). 
Esse princípio parte da ideia de que qualquer elemento que não 
agregasse valor ao produto deveria ser eliminado, pois era considerado 
desperdício. Este foi classificado da seguinte maneira: 
 Tempo que se perdia para consertos ou refugo 
 Produção maior do que o necessário 
 Produção antes do tempo necessário 
 Operações desnecessárias no processo de manufatura 
 Transporte 
 Estoque 
 Movimento humano e espera 
 
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11 
Esse modelo tem como características: 
 Automatização 
 Just-in-time 
 Trabalho em equipe 
 Administração por estresse 
 Flexibilização da mão de obra 
 Gestão participativa 
 Controle de qualidade 
 Subcontratação 
 
Para conhecer mais detalhes a respeito do sistema Toyota de produção e 
o histórico de produção, veja o texto indicado em seu material on-line, bem como 
a videoaula preparada pela professora Gilvane Marchesi! 
 
Produção enxuta 
 Produção Enxuta (do original em inglês, “lean manufacturing”) é um termo 
cunhado no final dos anos 1980 por pesquisadores do MIT, para definir um 
sistema de produção muito mais eficiente, flexível, ágil e inovador do que a 
produção em massa fordista; habilitado a enfrentar melhor um mercado em 
constante mudança. 
Trata-se de um poderoso sistema de gerenciamento da produção, cujo 
objetivo é o aumento do lucro por meio da redução dos custos. Esse objetivo, 
por sua vez, só pode ser alcançado através da identificação e eliminação das 
perdas, isto é, atividades que não agregam valor ao produto. 
Em um mercado altamente competitivo, uma companhia não pode ter 
lucro, a menos que as perdas sejam absolutamente eliminadas. A Produção 
Enxuta introduziu, entre outros, os seguintes conceitos: 
 
a) Just-in-time: Processo que gerencia a produção, objetivando o maior 
volume possível, usando o mínimo de matéria-prima, embalagens, 
 
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estoques intermediários, recursos humanos, no exato momento que 
requerido, tanto pela linha de produção, quanto pelo cliente. É necessário 
um controle rígido para que o abastecimento aconteça exatamente quando 
solicitado, com qualidade, evitando-se gerar estoque em excesso, 
escassez ou desperdício do produto. 
 
b) Engenharia Simultânea: Conceito que se refere à participação de todas 
as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do projeto do produto. 
Tanto os clientes quanto os fornecedores são também envolvidos, com o 
objetivo de reduzir prazos, custos e problemas na fabricação e 
comercialização. 
 
c) Tecnologia de Grupo: Uma filosofia de engenharia e manufatura que 
identifica as similaridades físicas dos componentes com roteiros de 
fabricação semelhantes agrupando-os em processos produtivos comuns. 
 
d) Células de Produção: Unidade de manufatura e/ou serviços que consiste 
em uma ou mais estaçõesde trabalho, com mecanismos de transporte e 
de estoques intermediários entre elas. As estações de trabalho são 
geralmente dispostas em forma de “U”, com o objetivo de haver maior 
velocidade de produção. Exige que o funcionário seja polivalente, ou seja, 
participe de todo o processo com todos os funcionários estabelecendo a 
integração da equipe de trabalho. Visa à melhoria de controle da 
qualidade: o defeito pode ser detectado e corrigido na própria estação. 
 
e) Consórcio modular: É uma formatação de processo em que os diversos 
parceiros de uma indústria trabalham juntos dentro de uma planta, nos 
seus respectivos módulos, para a montagem do produto final. Ao 
trabalharem juntos, é necessário que haja uma padronização e 
especificação dos processos, uma vez que existem várias empresas com 
 
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13 
culturas organizacionais distintas. Cada parceiro deve especificar os 
processos, prover recursos materiais, peças necessárias para a 
montagem, ferramentas e controles utilizados. Como principais vantagens, 
o consórcio modular permite a redução nos custos de produção e 
investimentos. Diminui, ainda, os estoques e o tempo de produção, 
aumentando a eficiência e a produtividade. 
 
f) TQC (Total Quality Control): O TQC (controle de qualidade total) tem 
como papel principal a satisfação total de ambas as partes. De um lado, 
fabricantes. De outro, os clientes, num ciclo mercadológico em que fatores 
diversos influirão neste ciclo de satisfação. O uso do TQC se dá em 
qualquer empresa ou estabelecimento que queira a otimização do serviço, 
por meio de técnicas de relacionamento, aperfeiçoamento, controle, 
padronização, entre outras que seguem no trabalho visando o aumento do 
lucro. 
 
g) Sistemas Flexíveis de Manufatura: Conjunto de máquinas de controle 
numérico interligadas por um sistema central de controle e por um sistema 
automático de transporte. 
 
 Para saber mais sobre o sistema Lean Manufacturing e analisar exemplos 
da implementação de conceitos e ferramentas da produção enxuta, leia os textos 
indicados no material on-line desta aula. Aproveite para assistir à explicação 
deste tema com a professora Gilvane Marchesi! 
 
 
 
 
 
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14 
Tema 5 – Distinção entre Produtos e Serviços 
A atividade industrial, em sua forma mais característica, implica na 
fabricação de um produto físico, tangível. Por sua vez, um serviço é prestado e 
implica em uma ação, embora meios físicos possam estar presentes para 
facilitar ou justificar o serviço. Para que produtos e serviços sejam oferecidos ao 
público, as atividades correspondentes devem ser planejadas, organizadas e 
controladas. 
Ramos tão diferentes podem ser estudados em conjunto. Em ambos os 
casos, é necessário determinar o tamanho da fábrica, do hospital ou da escola, 
a capacidade, o local e, finalmente, são comuns as atividades de programação 
da rotina diária e do seu controle. 
 
Algumas das diferenças mais marcantes entre produtos e serviços são: 
 
1. A natureza do que se oferece ao cliente e do seu consumo 
A atividade de serviços obriga a um contato muito mais estreito com o 
cliente, se comparada à atividade industrial. A prestação de serviço pode se 
confundir com o seu consumo. No caso da indústria, existe, via de regra, uma 
separação maior entre a produção de um produto e o seu consumo. Produtos 
podem ser estocados, serviços não, embora os meios físicos para sua 
consecução possam implicando e haver uma distinção também nas técnicas de 
controle de estoque para cada tipo. 
 
2. A uniformidade dos insumos necessários 
Na indústria, cada produto tem uma lista de insumos necessários, tais 
como matérias-primas e certas habilidades humanas e é possível controlar com 
algum rigor a qualidade desses insumos. Já nos serviços, com bastante 
frequência é muito variável dependendo da demanda do cliente. 
 
 
 
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15 
3. As possibilidades de mecanização 
A área de serviços é caracterizada “intensiva em mão de obra”, ou seja, 
mais dependente do trabalho humano, com tarefas mais difíceis de serem 
mecanizadas. 
 
4. O grau de padronização daquilo que é oferecido, independentemente 
do cliente considerado. 
O próprio fato de as indústrias serem mais passíveis de mecanização faz 
com que os produtos oferecidos sejam mais padronizáveis que serviços em 
geral. 
Por outro lado, não há grande possibilidade de se prestar duas vezes o 
mesmo serviço exatamente da mesma maneira. 
 
 
 
O sistema de operações de serviços, em comparação com o sistema de 
manufatura, apresenta dificuldades especiais, como exemplificadas a seguir: 
a) Quanto à intangibilidade do serviço: 
 Pouca objetividade na avaliação da qualidade 
 Baixa padronização 
 Descrição dependente da comunicação verbal 
 Forte influência da imagem do prestador do serviço 
 Pouca segurança antes da aquisição 
 
 
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16 
b) Quanto à necessidade de participação do cliente: 
 Espera pelo serviço 
 Eventuais deslocamentos do cliente 
 Presença do cliente 
 Eventual uso obrigatório de tecnologia 
 
c) Quanto à simultaneidade entre produção e o consumo do serviço: 
 Impossibilidade de estocar o serviço 
 Balanceamento da demanda com a capacidade 
 Ações corretivas na qualidade 
 Interação com os prestadores do serviço 
 
Estas dificuldades típicas das operações de serviços exigem cuidados 
especiais, tanto no projeto, quanto na operação do sistema de serviço. As 
operações de uma empresa possuem interfaces com as diversas áreas da 
empresa, não envolvem muita movimentação de materiais; por outro lado, elas 
exigem maior interação entre pessoas de áreas funcionais distintas. Reconhecer 
quais são essas interações facilitam o projeto e o controle da qualidade do 
serviço. 
Que tal, agora, aprofundar seus conhecimentos sobre a distinção entre produtos 
e serviços? Para isso, assista à explicação da professora Gilvane Marchesi em 
seu material on-line! 
 
Trocando ideias 
Acesse o fórum desta disciplina, no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA) e compartilhe com seus colegas exemplos já vivenciados da aplicação 
dos temas que vimos nesta aula. Esta troca facilitará a fixação dos conteúdos e 
agregará mais conhecimentos sobre cada uma das temáticas! 
 
 
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17 
Na Prática 
Acesse o material on-line para testar seus conhecimentos a respeito dos 
temas vistos nesta aula! 
 
Síntese 
Chegamos ao fim deste encontro! Hoje pudemos aprender as definições 
de Organização, Administração, Produção e Produção enxuta. Também 
estudamos as funções gerenciais, a evolução dos sistemas produtivos e a 
distinção entre produtos. Compartilhe com seus conhecidos os conteúdos vistos 
hoje e dissemine as informações que puder, para que todos conheçam a 
importância destes temas! 
 
Referências 
MARTINS, P. G.; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da 
Produção. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: 
Cengage Learning, 2006. 
PARANHOS FILHO, M. Gestão da Produção Industrial. 1 ed. Curitiba: 
Ibpex, 2007. 
SLACK, N.; CHAMBERSISON, S; JOHNSTON, R. Administração da 
Produção. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
1
Administração da 
Produção e Serviços
Aula 1
Profa. Me. Gilvane Marchesi
Administração da
Produção de Serviços
� Organização X Administração 
X Produção
� Funções gerenciais 
� Evolução dos sistemas 
produtivos
� Produção enxuta 
� Distinção entre produtos 
e serviços
Vídeo 1
O que significa 
Administração 
da Produção?
� Interpretar os objetivos
propostos e transformá-los
por meio de planejamento, 
organização, direção 
e controle
Produção
� Transformar 
� Ideia 
� Objeto 
� Serviço� Bem com maior 
utilidade/valor
2
Administração da Produção 
de Operações 
� Estudo de tomada de decisões
• Função de produção 
(indústrias) 
• Operações (serviços)
� Administra o fluxo de 
recursos materiais, 
humanos e informacionais
que reunidos criam 
uma forma controlada
de agregar valor
Vídeo 2
Funções Gerenciais 
da Produção
� Planejamento – define bases 
gerenciais futuras, linhas 
de ação e o momento
� Organização: combina recursos
� Direção: transforma planos 
em atividades concretas
� Controle: avalia desempenho 
e corrige se necessário
� Nível estratégico
� Nivel tático 
� Nível operacional
3
Vídeo 3
Histórico da Produção
� Século XVIII (1764) –
artesãos 
� Revolução Industrial (XVIII 
e XIX) – máquina a vapor 
• Fábricas
• Sindicatos
• Padronização
� Administração Científica 
de Taylor (século XIX)
• Produtividade
• Processos de produção
� Início do século XX
• 1910 Fordismo –
produção em massa
� Década de 50 –
modelo japonês de 
produção – Toyotismo
• Variedade de produção
• Eliminar desperdícios
Vídeo 4
Produção Enxuta –
Qual sua Importância
Produção Enxuta 
ou Lean Manufacturing
� Just in time
� Engenharia simultânea
� Tecnologia de grupo
� Células de produção
� TQC 
� Sistemas flexíveis de manufatura
4
Vídeo 5
Distinção Entre 
Produtos e Serviços
Característica Indústria
Empresa 
serviços
Produto
Estoques
Padronização dos insumos
Influência da mão de obra 
Padronização dos produtos 
Físico
Comuns 
Comum
Média/Pequena
Comum 
Intangível
Impossível 
Difícil
Grande
Difícil 
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1 
Administração da Produção e Serviços
Aula 2 
Profa. Gilvane Marchesi
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
 
Conversa Inicial 
Olá, caro aluno! 
Seja bem-vindo ao segundo encontro da disciplina Administração da 
Produção e Serviços! 
Agora que você viu aspectos sobre as funções gerenciais e a produção 
enxuta, que tal aprofundar seus conhecimentos a respeito dos sistemas de 
produção? Nesta aula, aprenderemos sobre suas variáveis, bem como questões 
concernentes à produtividade, tempos, movimentos e cálculos de tempos. 
 
Preparado para aprender mais sobre esses temas? Então, acompanhe a 
introdução de nossa aula com a professora Gilvane Marchesi no material on-line 
e bons estudos! 
 
Contextualizando 
Um controle eficaz dos processos produtivos é fator essencial para uma 
boa gestão de empresa. Desta forma, o estudo de tempos e métodos de trabalho 
está diretamente relacionado com a melhoria de qualidade, custos, cumprimento 
de prazos e outros fatores que uma organização necessita reunir. 
 
Quer saber como esse controle funciona na prática? Leia o artigo a seguir, que 
trata da aplicação do estudo de tempos dentro do âmbito de sistemas e métodos 
de trabalho: 
http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2008_3_Juliana-Martins.pdf 
 
 
 
 
http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2008_3_Juliana-Martins.pdf
 
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3 
PESQUISE 
Tema 1 – Sistemas de Produção 
 Sistemas de produção são aqueles que têm por objetivo a fabricação de 
bens manufaturados, a prestação de serviços ou o fornecimento de informações. 
Todo sistema compõe-se de três elementos básicos: 
 entradas (inputs) 
 saídas (outputs) 
 funções de transformação 
 
 
Fonte: MARTINS, 2006. 
 
Os inputs são os insumos, ou seja, o conjunto e todos os recursos 
necessários, tais como instalações, capital, mão de obra, tecnologia, energia 
elétrica, informações e outros. 
Os outputs (no caso do sistema de produção) são os produtos 
manufaturados, serviços prestados ou informações fornecidas. 
Produto/Serviço é o resultado dos sistemas produtivos, podendo ser um 
bem manufaturado, um serviço ou uma informação. 
 
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Exemplos de Transformações nas Grandes Empresas 
 
 
 
 
 
 
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Insumos consistem na denominação mais usual entre economistas e 
administradores de empresas para representar todos os recursos usados na 
produção, sejam diretos – isto é, incorporam-se ao produto final – sejam 
indiretos, como máquinas, instalações, energia elétrica, tecnologia, entre outros. 
Sistema de Controle é a designação genérica que se dá ao conjunto de 
atividades que visa assegurar que programações sejam cumpridas, padrões 
sejam obedecidos, recursos estejam sendo usados de forma eficaz e que a 
qualidade desejada seja obtida. O sistema de controle promove a monitoração 
dos três elementos do sistema de produção (inputs, transformações e outputs). 
O sistema como um todo não funciona no vazio, isoladamente. Ele sofre 
influências, de dentro e de fora da empresa, que podem afetar seu desempenho. 
Ele sofre a influência de um ambiente externo e de um ambiente interno. 
 O Ambiente interno é caracterizado quando o sistema encontra-se na 
esfera de influência das outras áreas funcionais da empresa (Marketing, 
Finanças, Recursos Humanos, etc.) e, para o qual, denominaremos subsistemas 
de controle, que você vê na figura a seguir: 
 
 
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Subsistemas de Controle 
 
Finanças são a Administração dos recursos financeiros da empresa. Seu 
envolvimento com a produção e planejamento e controle de produção é 
providenciar orçamento e o acompanhamento de receitas e despesas. Também 
deve administrar a provisão de fundos para atender este orçamento e a análise 
econômica dos investimentos produtivos. 
A função do Marketing é encarregada de abastecer a produção com 
informações sobre demanda, potenciais necessidades dos clientes visando 
desenvolvimento de novos produtos; vender e promover os produtos atuais, 
tomando decisões sobre estratégias de publicidade e estimativas de preços. 
O envolvimento do Suporte com a produção e planejamento e controle 
de produção deve prover o sistema com infraestrutura necessária para a 
produção. Como funções de suporte, podemos citar: recursos humanos, 
telecomunicações, informática, manutenção, compras/suprimentos, etc. 
 
 
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Quatro dos mais importantes ambientes externos são: 
 condições econômicas gerais do país; 
 políticas e regulações governamentais; 
 competição e a tecnologia. 
 
Os fatores econômicos incluem as taxas de juros, a inflação, maior ou 
menor disponibilidade de crédito, e assim por diante. Taxas de juros altas, bem 
como restrições ao crédito, tendem a inibir os investimentos e, 
consequentemente, o crescimento dos sistemas produtivos. As políticas de 
governo podem estimular ou coibir a produção, sejam elas a política fiscal, a 
política monetária, ou a cambial. Outra atuação do governo que causa influencia 
na produção são leis ambientais, como leis antipoluição. 
Outro fator altamente influenciador na produção é a fatia de mercado da 
empresa e como ela reage às estratégias competitivas dos concorrentes, que 
têm marcada influência nas linhas de produtos e nos processos afetos ao 
sistema de produção. Novas tecnologias em processos de manufatura, 
equipamentos e materiais podem afetar drasticamente projetos de produtos e 
métodos de produção. A busca por inovações e melhorias em produto e 
processo deve ser constante para a empresa se manter competitiva. 
 
 
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Na matéria a seguir, são retratadas a queda da produção industrial e suas 
causas. A baixa confiança dos empresários e consumidores, o aumento do 
desemprego e a queda de renda das famílias são alguns desses fatores. Leia e 
conheça esse cenário de modo geral e suas motivações: 
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,producao-industrial-encolhe-6-3-
no-1o-semestre-,1737725 
 
Na videoaula deste tema, você verá aexplicação preparada pela professora 
Gilvane Marchesi sobre os subsistemas de controle. Acompanhe no material on-
line. 
 
TEMA 2 – Variáveis do Sistema de Produção 
Todo processo produtivo funciona como um sistema, em que agem e 
interagem muitas variáveis. Existem algumas delas que são comuns a todos os 
processos produtivos industriais e devem ser analisadas sempre que houver a 
ocorrência de um problema. Essa metodologia foi inicialmente proposta por Imai, 
como a lista dos 6Ms que são os seguintes: 
 
1. Mão de obra: esta variável é frequentemente indicada como sendo a 
causa da maioria dos erros de operação. Todavia, um estudo mais 
profundo, para uma busca real da causa de problemas relacionados à 
mão de obra, leva-nos a considerar outras causas, como treinamento, 
adaptação, tipo físico, competência e habilidade. 
 
 O operador é qualificado para executar o processo? Houve seleção 
adequada em função da complexidade da tarefa? 
 O operador está treinado ou apenas foi colocado ao lado de um 
funcionário mais experiente para aprender a operar o equipamento. 
 O operador possui a experiência necessária compatível com a tarefa? 
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,producao-industrial-encolhe-6-3-no-1o-semestre-,1737725
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,producao-industrial-encolhe-6-3-no-1o-semestre-,1737725
 
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 Os padrões de execução estão disponíveis de forma clara e o operador 
consegue entendê-las. 
 As condições de trabalho são adequadas para a perfeita execução do 
processo? 
 O operador sabe manejar os instrumentos de medida? 
 
2. Material: esta variável aparece em todo processo de manufatura e é 
sempre motivo de muita atenção, pois existem muitos aspectos a serem 
considerados como qualidade, especificação, condições de 
armazenagem, entre outros. 
 
 Existem erros de classificação? 
 Existem erros de especificação? 
 O material está em conformidade com o que foi especificado? 
 O corte está correto? 
 
3. Máquina: a variável máquina ou equipamento é mais fácil de ser 
identificada porque normalmente apresenta sinais visíveis quando há 
ocorrência de problemas. 
 
 Atende às necessidades de tolerância? 
 Atende a capacidade do processo? 
 Está em perfeitas condições ou possui folgas que necessitam de 
compensações. 
 Possui nível normal de vibração e de ruído? 
 O layout é adequado com espaço para ser operado normalmente? 
 
 
 
 
 
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4. Método: um método técnico bem estudado pode fazer a diferença para a 
qualidade de um processo e minimização de falhas. 
 
 A sequência do método está correta? 
 Os padrões estabelecidos estão claros? 
 O método é seguro? 
 O método garante a qualidade do produto e a eficiência do processo? 
 O layout foi bem estudado? 
 Os dispositivos e ferramentas são adequados à execução? 
 
5. Meio Ambiente: o meio ambiente influi na operação, tanto nos aspectos 
físicos como o frio, ou calor, ventilação ou qualquer outra alteração física, 
quanto no sentido de clima organizacional. 
 
a) Meio ambiente físico: é o local onde acontece o processo. 
 A temperatura ambiente afeta as peças que estão sendo executadas? 
 A ventilação influi no processo? 
 A iluminação é adequada? 
 A umidade do ambiente afeta o produto? 
 
b) Meio ambiente organizacional: é a esfera de influência das outras áreas 
da empresa e da cultura organizacional. 
 O gerente entende o processo como um sistema e está preparado para 
administrá-lo? 
 O supervisor é qualificado para administrar pessoas e o processo? 
 O clima organizacional é saudável? 
 Os conflitos são resolvidos de forma justa? 
 
6. Medição: são os padrões pré-estabelecidos para que o produto ou 
serviços seja processado sempre dentro de uma conformidade. 
 
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 As instruções de medição estão corretas? 
 As instruções são compreendidas pelo operador? 
 Os instrumentos estão de acordo com o projeto da peça? 
 O erro do instrumento está de acordo com a tolerância do projeto? 
 Os instrumentos estão calibrados e há um plano de calibração periódico? 
 
 
 
Que tal aprofundar seus conhecimentos a respeito das variáveis do 
sistema de produção? Confira a videoaula com a professora Gilvane 
Marchesi, que explica detalhadamente este tema. Acesse no material on-line. 
 
TEMA 3 – Produtividade 
Dado um sistema de produção em que insumos são combinados para 
fornecer uma saída, a produtividade refere-se ao maior ou menor 
aproveitamento dos recursos nesse processo de produção. Um crescimento da 
produtividade implica um melhor aproveitamento de funcionários, máquinas, da 
energia e dos combustíveis consumidos, da matéria-prima, e assim por diante. 
A produtividade é a relação entre o volume de produção e o volume de 
recursos utilizados para obter esta produção. É, acima de tudo, uma medida de 
eficiência do processo de produção. 
 
 
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Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia apresentou uma definição 
formal de produtividade como sendo “o quociente obtido pela divisão do 
produzido por um dos fatores de produção”. Dessa forma, pode-se falar da 
produtividade do capital, das matérias-primas, da mão de obra e outros. 
a) Produtividade parcial: a relação entre o produzido, medido de alguma 
forma, e o consumido de um dos insumos (recursos) utilizados. Assim, a 
produtividade da mão de obra é uma medida de produtividade parcial. O 
mesmo é válido para a produtividade do capital. 
 
Exemplo: Determinar a produtividade parcial da mão de obra de uma 
empresa que faturou $ 70 milhões em certo ano fiscal no qual os 350 
colaboradores trabalharam em média 170 horas/mês. 
Solução: 
Mão de Obra (input) = 350 homens. 170 horas/mês. 12mês/ano 
 Input = 714.000 homens.hora/ano 
 Output = $ 70.000.000,00/ano 
Produtividade = 70.000.000 / 714.000 homens.hora.ano = $ 98,04/ homem.hora 
 
b) Produtividade Total: a relação entre o output total e a soma de todos os 
fatores de input. Assim reflete o impacto conjunto de todos os fatores de 
input na produção do output. 
 
Exemplo: Determinar a produtividade total da empresa ABC, fabricante 
de autopeças, no período de um mês, quando produziu 35.000 unidades que 
foram vendidas a $ 12,00/unidade. Foram gastos $ 357.000,00 
Solução: 
Output = 35.000/unidades x $ 12,00/unidade = $ 420.000,00 
Input = $ 357.00,00 
Produtividade = 420.000 / 357.000 = 1,18 ou 118% 
 
 
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Por que monitorar a produtividade na empresa? 
As medidas de produtividade são usadas como ferramenta gerencial: 
mede-se a produtividade para se detectar problemas ou verificar o acerto nas 
decisões tomadas. Mede-se, também, para atestar a utilidade de programas de 
treinamento, o acerto na introdução de novos produtos e de políticas de 
investimentos. As medidas são um termômetro, tanto para auxiliar no 
diagnóstico, quanto para acompanhar os efeitos nas mudanças gerenciais e de 
trabalho. 
As medidas de produtividade podem ser usadas como instrumento de 
motivação. Tal fator faz com que as pessoas passem a incorporar a 
produtividade em suas preocupações rotineiras de trabalho. As medidas servem 
para comparar o desempenho de unidades da mesma empresa, quando há o 
caso de organizações que possuem lojas ou fábricas em cidades, estados ou 
países diferentes e desejam ter uma ideia global de desempenhos comparados. 
Indicadores de desempenho 
a) Eficácia – “Fazer a coisa certa” 
Mede o grau de atingimento das metas programadas. 
b) Eficiência – “Fazer certo a coisa” 
Mede o grau de acerto na utilização dos recursos empregados. É a 
relação do que se obteve (output) e o que se consumiu em sua produção (input) 
medidosna mesma unidade. 
c) Lucratividade 
Mede a relação entre o valor ($) obtido pelas SAÍDAS GERADAS e o valor 
($) gasto com as ENTRADAS CONSUMIDAS. 
d) Efetividade 
É a razão de ser do empreendimento. Mede o grau de utilidade dos 
“RESULTADOS ALCANÇADOS”. Procura medir se está realmente “valendo a 
pena” ter qualidade no dia a dia, sendo eficaz, eficiente, produtivo, lucrativo e 
competitivo. 
 
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Fatores que determinam a produtividade de uma empresa 
 
Relação capital-trabalho: indicam o nível de investimento em máquinas, 
equipamentos, e instalações em relação à mão de obra. 
 
Escassez de recursos: este fator tem gerado problemas de produtividade como 
a energia elétrica em que o aumento de custos gera grande impacto nos 
processos industriais. 
 
Mudanças na mão de obra: decorrentes de alterações nos processos 
produtivos, há uma exigência de mão de obra especializada com maior grau de 
instrução. 
 
Inovação e tecnologia: são as grandes responsáveis pelo aumento da 
produtividade nos últimos anos. Investimentos em pesquisas e desenvolvimento 
são indicativos de produtividade. 
 
Restrições legais: tem imposto limitações a certas empresas, forçando-as a 
implantar equipamentos de proteção ambiental, com impactos na produtividade. 
 
Melhoria na qualidade: o aumento da produtividade está relacionado à 
satisfação do cliente, redução dos refugos e retrabalhos e redução nos estoques 
de matéria-prima. 
 
A administração da produtividade corresponde ao processo formal de 
gestão, envolvendo todos os níveis de gerência e colaboradores, a fim de reduzir 
os custos de manufatura, distribuição e venda de um produto ou serviço por meio 
da integração de todas as fases do ciclo da produtividade. As quatro fases que 
formam o ciclo da produtividade são: medida, avaliação, planejamento e 
melhoria. 
 
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Fonte: MARTINS, 2006. 
 
Você pode conferir uma análise sobre a evolução da produtividade industrial 
e do trabalho no Brasil no vídeo a seguir, em que a diretora da ABDI, Maria 
Luisa Leal e o consultor legislativo do Senado Federal, Luiz Ricardo 
Cavalcante, explanam sobre o assunto: 
https://www.youtube.com/watch?v=jiciKLaWgvQ 
 
Na matéria a seguir, são mostrados pontos de um estudo que do IPEA, que 
fez a leitura do cenário econômico recente do Brasil para analisar os motivos 
pelos quais o país não obtém ganhos consistentes na produtividade da 
indústria. Acompanhe: 
http://economia.ig.com.br/2014-11-20/sem-mao-de-obra-qualificada-
produtividade-nao-avanca-no-brasil-mostra-ipea.html 
 
Quer saber mais sobre a produtividade de mão de obra, de máquina e de 
custos, além das razões pelas quais é necessário monitorar a produtividade? 
Confira a explicação da professora Gilvane Marchesi, que também aborda os 
fatores determinantes desta temática, no vídeo disponível no material on-line. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=jiciKLaWgvQ
http://economia.ig.com.br/2014-11-20/sem-mao-de-obra-qualificada-produtividade-nao-avanca-no-brasil-mostra-ipea.html
http://economia.ig.com.br/2014-11-20/sem-mao-de-obra-qualificada-produtividade-nao-avanca-no-brasil-mostra-ipea.html
 
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Tema 4 – Tempos e Movimentos 
O estudo de movimentos analisa o movimento do corpo humano ao 
realizar uma operação, com os objetivos de tornar o trabalho menos enfadonho, 
aumentar a produtividade, eliminar movimentos desnecessários ou danosos e 
visualizar maneiras de melhorar o processo. Estuda a economia de movimentos, 
que analisa os movimentos de três formas: 
 
 Uso do corpo humano: movimentos em linha reta que evitam 
acelerações e desacelerações fortes. Ambas as mãos devem iniciar e 
terminar os movimentos ao mesmo tempo e organizar o trabalho de modo 
que o ritmo seja o mais natural possível. 
 Organização do ambiente de trabalho: organizar de maneira a 
economizar deslocamentos, minimizar esforços e propiciar conforto ao 
trabalhador. Ex: dispor ferramentas de maneira visível e ordenada, manter 
o local de trabalho limpo e iluminado, ajustar a posição de trabalho para 
a comodidade do operário. 
 Projeto de equipamentos, ferramentas e instalações: Sempre que 
possível, projetar instalações que tornem o trabalho menos cansativo ou 
danoso à saúde Ex: projetar botões ou alavancas que exijam o mínimo de 
esforço para sua utilização, combinar ferramentas, aproveitar a utilização 
do pé para aliviar o esforço com as mãos etc. 
 
Finalidade do estudo de tempos 
As medidas de tempos e padrões de produção são dados importantes 
para: 
 Estabelecer padrões para os programas de produção, planejar a fábrica e 
avaliar o desempenho de produção. 
 Fornecer dados para a determinação dos custos padrões para 
levantamento de custos de produção, determinação de orçamento 
budgets, e estimativa do custo de um produto novo. 
 
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 Fornecer dados para o estudo de balanceamento de estrutura de 
produção, comparar roteiros de fabricação e analisar o planejamento da 
capacidade. 
 
O artigo a seguir apresenta um estudo de caso realizado em um salão de beleza 
para determinar a capacidade produtiva da atividade de parte de seus 
funcionários, por meio do estudo de tempos cronometrados. Confira: 
http://www.researchgate.net/profile/Vitor_Martins7/publication/269763032_Dete
rminao_da_capacidade_produtiva_de_um_salo_de_beleza_atravs_do_estudo_
de_tempos_cronometrados/links/5495a3140cf29b9448241165.pdf 
 
 
Metodologia e equipamentos para estudo de tempos 
 
Equipamentos mais utilizados: cronômetro, filmadora, folha de observação, 
prancheta. 
 
Etapas para Determinação do Tempo Padrão: cronometragem preliminar, 
tempo médio (TM), avaliar o fator de ritmo da operação, tempo normal (TN) e 
tolerâncias para fadiga. 
 
Divisão da operação em elementos: verificação de um método de trabalho com 
a obtenção de uma medida precisa. 
 
Determinação do número de ciclos a serem cronometrados: deve ser feita 
uma amostragem de 10 a 20 cronometragens. 
 
Avaliação da velocidade do operador: Operações onde se tenha 
convencionado o tempo que representa a velocidade normal 100. A velocidade 
http://www.researchgate.net/profile/Vitor_Martins7/publication/269763032_Determinao_da_capacidade_produtiva_de_um_salo_de_beleza_atravs_do_estudo_de_tempos_cronometrados/links/5495a3140cf29b9448241165.pdf
http://www.researchgate.net/profile/Vitor_Martins7/publication/269763032_Determinao_da_capacidade_produtiva_de_um_salo_de_beleza_atravs_do_estudo_de_tempos_cronometrados/links/5495a3140cf29b9448241165.pdf
http://www.researchgate.net/profile/Vitor_Martins7/publication/269763032_Determinao_da_capacidade_produtiva_de_um_salo_de_beleza_atravs_do_estudo_de_tempos_cronometrados/links/5495a3140cf29b9448241165.pdf
 
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do operador V é determinada pelo cronometrista e a denomina velocidade 
normal de operação. 
Tipos de tempos 
 
Tempo Real (TR): é aquele que decorre realmente quando é feita uma operação. 
É obtido por cronometragem direta do Operador em seu posto de trabalho e varia 
de Operador para Operador. 
 
Tempo Normal (TN): é o tempo requerido para um Operador completar a sua 
operação com velocidade normal. Velocidade normal é aquela que pode ser 
mantida por um Operador de eficiência média durante um dia típico de trabalho. 
 
Tempo Padrão (TP): é aquele requerido por uma operação quando as 
interrupções e condições normais de operação forem levadas em conta. São 
acrescentados ao tempo normal percentuais de Tempos, chamados tolerâncias, 
que ocorrem devido às condições com que o trabalho é realizado. 
 
Amostragem de trabalho 
A amostragem de trabalho foi introduzida na indústria em 1934 por Tippet 
e utiliza ferramentasmais simples de análise no chão de fábrica como grupos de 
círculo de controle de qualidade (CCQs), grupos-tarefa envolvidos em estudos 
de kaizen, etc., por ser uma avaliação mais simples. 
 
Conceito: Consiste em fazer observações intermitentes em um período 
consideravelmente maior do que no estudo de tempos por cronometragem. 
Envolve uma estimativa da proporção de tempo despendido em um dado tipo de 
atividade, em certo período, por meio de observações instantâneas intermitentes 
e espaçadas. 
 
 
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O método tem as seguintes aplicações: 
 Estimativa de tempo de espera inevitável, base de estabelecimento de 
tolerância e espera. 
 Estimativa da utilização de máquinas em fábricas, equipamentos e 
transporte; 
 Estimativa de tempos gastos em várias atividades 
 Estimativa do tempo padrão pela combinação dos processos de avaliação 
e de amostragem do trabalho. 
 
Metodologia da amostragem do trabalho 
Estima-se ao acaso o tempo de que um grupo de trabalhadores gasta no 
trabalho e fora dele. Esse percentual é classificado em “trabalhando” ou “ocioso” 
e determina uma estimativa da taxa de desocupação do operário ou da máquina. 
A precisão da estimativa depende do número de observações e devem-
se estabelecer limites de precisão e níveis de confiança. 
 
 
 
Agora é hora de aprofundarmos ainda mais a finalidade do estudo de 
tempos, sua metodologia e os equipamentos mais utilizados, que envolvem 
a determinação do tempo padrão, do número de ciclos e a avaliação da 
velocidade do operador. Pronto para saber mais sobre esses assuntos? 
 
 
 
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Acompanhe a videoaula disponível no material on-line. 
 
Tema 5 – Cálculo de tempos 
 
Determinação das tolerâncias 
Devem ser previstas interrupções no trabalho para as necessidades 
pessoais e para proporcionar um descanso. 
 Necessidades pessoais: tempo entre 10 a 25 minutos por dia. 
 Alívio da fadiga: resultam do trabalho realizado, condições ambientais 
no local de trabalho. A média de tolerância varia entre 15% e 20% do 
tempo, para trabalhos normais em ambientes industriais. 
 
Cálculo em função do tempo que a empresa se dispõe a conceder: 
determina-se a porcentagem do tempo p concedida em relação ao tempo de 
trabalho diário e calcula-se o fator de tolerâncias como sendo: 
FT = 1 / (1-p) 
Costuma-se adotar FT = 1,05 para escritórios e FT entre 1,10 a 1,20 em 
unidades industriais. 
 
Determinação do tempo padrão 
Calcular a média das n cronometragens válidas, obtendo-se o tempo 
cronometrado (TC), ou tempo médio (TM); 
Calcular o tempo normal (TN): TN = TC X V 
Calcular o tempo padrão (TP): TP = TN X FT 
 
 
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Tempo padrão com atividades acíclicas: 
 Determinar o tempo padrão de cada operação em que a peça é 
processada. 
 Somar todos os tempos padrões. 
 Verificar a ocorrência de setups e o tempo de finalizações. 
 
 
Setups ou preparação: trabalho feito para colocar um equipamento em 
condição de produzir uma nova peça com qualidade em produção normal. O 
tempo do setup é o tempo gasto na preparação do equipamento até o instante 
em que a máquina é liberada, inclui-se neste tempo o try-out, ou seja, a produção 
das primeiras peças para verificar se o equipamento pode ser liberado para 
produção normal. 
O setup é considerado atividade acíclica dentro do processo de produção 
por ocorrer cada vez que é produzido um lote de peças, e não somente uma 
peça. 
A seguir, você verá um interessante vídeo que mostra a perfeição com que é 
realizada a manutenção do carro de fórmula 1, no exato momento de um pit-
stop, graças ao uso otimizado do tempo. Confira! 
https://www.youtube.com/watch?v=aHSUp7msCIE 
 
Leia o artigo que se segue, em que são apresentados os resultados obtidos por 
meio da aplicação da metodologia TRF na operação de setup de uma empresa 
do setor de bebidas: 
http://www.revista-ped.unifei.edu.br/documentos/V10N01/04-1010-V10-N1-
2012.pdf 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=aHSUp7msCIE
http://www.revista-ped.unifei.edu.br/documentos/V10N01/04-1010-V10-N1-2012.pdf
http://www.revista-ped.unifei.edu.br/documentos/V10N01/04-1010-V10-N1-2012.pdf
 
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22 
Tempo padrão do produto = (TS/q) + (Σ TPi) + TF/L 
 
TS= tempo padrão de setup. 
q= quantidade de peças para as quais o setup é suficiente. 
TPi= tempo padrão da operação i. 
TF= tempo padrão das atividades de finalização. 
L= lote de peças para que ocorra a finalização. 
 
Os tempos de setups de finalização de uma operação devem ser 
separados do tempo de operação propriamente dito e devem ser objeto de 
cronometragem distintos. 
 
Tempo padrão para um lote da mesma peça 
 Verificar o número de vezes que deve ser feito o setup e o número de 
finalizações que são feitas para o lote de peças. O Tempo padrão é: 
 
Tempo padrão lote = (n X TS) + p X (Σ X TSE) + (f X TF) 
 
n= número de setups que devem ser feitos. 
f= número de finalizações que devem ser feita. 
p= quantidade de peças do lote. 
 
Outra forma muito utilizada pelas empresas é o rateio do setup dividindo-
o pela quantidade de peças para o qual o tempo de setup é valido. 
 
 
 
 
 
 
 
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Tempo padrão por peça X Tempo para o lote 
 
Tempos Históricos 
Denominamos tempos históricos àqueles derivados dos próprios estudos 
de tempos da empresa, registrados em arquivos e/ou relatórios. 
VANTAGEM: dispensa a necessidade de cronometragem e elimina a 
necessidade de avaliar a eficiência do Operador, já que o tempo do arquivo já 
está normalizado ou é uma média de muitos registros feitos por operadores 
lentos e rápidos. 
DESVANTAGEM: é o cuidado exigido para manutenção de tal arquivo e sua 
constante atualização; além disso, pode perpetuar medidas erradas feitas no 
passado. 
 
Tempos predeterminados ou sintéticos 
É possível calcular o tempo padrão para um trabalho ainda não iniciado. 
Existem dois sistemas principais de tempos sintéticos: 
 Work-factor: Fator de trabalho. 
 Methods-time measurement (MTM) ou métodos de medidas de tempo. 
 
Identificam os micromovimentos que um operador executa para fazer uma 
operação. Para cada micromovimento são determinados tempos em função da 
distância e da dificuldade do movimento que se encontram tabelados. Obtém-se 
o tempo padrão somando os tempos de todos os micromovimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
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24 
Uma análise de tempo padrão de acordo com o MTM irá classificar os 
micromovimentos em: 
 Alcançar: levar as mãos até 
um objeto. 
 Movimentar: mover um 
objeto. 
 Girar: girar as mãos 
 Agarrar: agarrar um objeto 
 Posicionar: montar um objeto 
ou posicioná-lo 
 Soltar: soltar um objeto 
 Desmontar: desmontar um 
objeto 
 Tempo para os olhos; tempo 
para que os olhos se voltem 
para determinado ponto. 
 
Leia o artigo a seguir, que faz uma breve revisão histórica dos estudos que 
levaram à formação da ferramenta Methods-Time Measurement (MTM), e suas 
atuais aplicações na indústria, especialmente no que diz respeito à redução de 
custos de produção, sendo a sua aplicação uma decisão estratégica. 
http://www.producaoonline.org.br/rpo/article/view/606/645 
 
 
Tempo Padrão – Exemplo 
Calcular a média das n cronometragens válidas, obtendo-se o tempo 
cronometrado (TC), ou tempo médio (TM); 
Calcular o tempo normal (TN): TN = TC X V 
Calcular o tempo padrão (TP): TP = TN X FT 
Tempo padrão do produto = (TS/q) + (Σ TPi) + TF/1 
TS = tempo padrão de setup. 
q = quantidade de peças para as quais o setup é suficiente. 
TPi = tempo padrão da operação i. 
TF = tempo padrão das atividades de finalização. 
1 = lote de peças para que ocorraa finalização. 
 
http://www.producaoonline.org.br/rpo/article/view/606/645
 
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25 
Exemplo: Um disco de freio é processado em 3 operações e que a soma 
dos tempos padrões é de 3,5 min. (TPi). O tempo padrão do setup é de 5,0 min. 
para 1000 peças (TS/q). As peças produzidas são colocadas em uma 
embalagem com capacidade para 100 peças, quando cheia é fechada e 
colocada ao lado. Gasta nesta atividade 1,50 min. (TF/1). 
Calcular o tempo padrão para o produto: 
 
(TS/q) + (soma TPi) + TF/1 
(5,0/1000) + 3,5 + (1,5/100) = 
(0,005) + 3,5 + (0,015) = 3,52min.) 
 
Fórmulas: 
Tempo padrão lote = (n X TS) + p X (X TPi + (f X TF) 
n = número de setups que devem ser feitos 
f = número de finalizações que devem ser feita 
p = quantidade de peças do lote 
 
Para um lote de 1500 discos de freio são necessários 2 setups e 15 
finalizações sendo: 
(n X TS) + p X ( X TPi + (f X TF) 
(2 x 5,0) + 1500 x (3,50) + (15 x 1,50) = 
(10) + 5250 + 22,5 = 5.282 min. 
Outra forma de cálculo: 
Tempo padrão por peça = 3,250 min./peça 
Tempo para o lote 1.500 peças = 1500 x 3,520 min. = 5,280 
 
 
 
 
 
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26 
Vamos aprender mais acerca dos setups e do tempo padrão do produto? 
Assista à videoaula deste tema disponível no material on-line, preparada pela 
professora Gilvane Marchesi. 
 
 
TROCANDO IDEIAS 
Agora é o momento de trocar informações sobre o seu aprendizado. Entre 
no fórum desta disciplina e responda: o que você entendeu sobre os fatores de 
influência da produtividade nos âmbitos industrial e empresarial? 
Participe através do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)! 
 
NA PRÁTICA 
Na sequência, aproveite para testar os conhecimentos adquiridos na aula 
de hoje! Caso fique com dúvidas, retorne ao conteúdo e às videoaulas e realize 
o teste novamente. 
 
1. Descreva as funções de Produção, Marketing e Finanças para um sistema 
produtivo de bens (Malharia). Na função de Produção, descreva o processo 
colocando as Entradas, Transformações e Saídas. 
 
2. Assinale a alternativa correta para a determinação com atividades 
acíclicas ou com setups do problema abaixo. 
 
Tempo padrão do produto = (TS/q) + (Σ TPi) + TF/ L 
 
Um produto industrial tem um tempo padrão do setup de 4,0 min para 
1000 peças. O produto é processado em três operações corte =1 min, pintura 
=1,5 min, acabamento =1 min. 
 
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27 
As peças produzidas são colocadas em uma caixa com capacidade para 
100 peças que, quando cheia, é fechada e colocada ao lado. O tempo necessário 
para essa atividade é de 1,20 min. Calcule o tempo padrão de cada peça. 
a) 3,504 minutos. c) 231,04 segundos 
b) 3,51 minutos. d) 7,51 minutos. 
 
 
SÍNTESE 
Chegamos ao fim de nosso encontro! 
Na aula de hoje pudemos aprender os aspectos relacionados aos 
sistemas de produção, como os cálculos de tempos e os movimentos. Assim, 
vimos questões concernentes aos fatores de influência da produtividade nos 
âmbitos industrial e empresarial. 
 
 
REFERÊNCIAS 
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. 1. ed. 
São Paulo: Saraiva, 1999 
MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. São Paulo: 
Cengage Learning, 2006. 
PARANHOS FILHO, M. Gestão da Produção Industrial. 1. ed. Curitiba: 
Ibpex, 2007 
 
 
 
 
 
 
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28 
GABARITO 
1. 
a) Sistema produtivo de bens: Malharia Função Produção 
 
A função Produção transforma insumos em roupas, por meio dos 
processos de conversão instalados. 
 
Função Marketing 
É responsável pela venda e divulgação do produto, tomando decisões 
sobre estratégias de publicidade e estimativas de preços. Também é 
encarregada de contatar o cliente e perceber as mudanças ocorridas no 
mercado, visando fornecer à Produção, a médio e curto prazo, informações sobre 
a demanda do produto, permitindo o planejamento e programação da produção, 
bem como, a longo prazo, buscar informações sobre futuras necessidades dos 
clientes, visando o projeto de novos produtos. 
 
Função Finanças 
Deve administrar os recursos financeiros e alocá-los onde forem 
necessários, bem como providenciar a orçamentação e acompanhamento de 
receitas e despesas, a provisão de fundos para atender a este orçamento, e a 
análise econômica dos investimentos produtivos. Periodicamente, junto com as 
funções Produção e Marketing, deve preparar um orçamento de longo prazo, 
considerando a necessidade de recursos para operacionalizar a capacidade 
produtiva projetada, além da provisão destes por meio de fontes de 
financiamento. 
 
 
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29 
2. 
O tempo de padrão para a produção deste produto, considerando os 
tempos de setup, estão nas alternativas B e C, estando ambas corretas. Uma 
está em minutos e a outra em segundos. 
 
 
 
 
1
Administração da
Produção e Serviços
Aula 2
Profa. Me. Gilvane Marchesi
Administração da
Produção de Serviços
� Sistemas de produção
� Variáveis do sistema de produção
� Produtividade
� Tempos e movimentos
� Cálculos de tempos
Vídeo 1
Operação Entradas Transformação Saídas
Linhas 
aéreas
Aeronave 
pilotos 
comissários 
equipe de terra
passageiros
cargas
Movimentação 
de passageiros 
e cargas 
(transformação
de localização)
Passageiros
e cargas
transportados
Loja
Bens à 
venda 
vendedores
caixas 
consumidores
Exibição de bens 
orientação de 
vendedores
venda de bens 
(transformação 
de mudança de 
propriedade)
Bens
ajustados
necessidades
consumidores
Subsistemas de controle
2
Vídeo 2
Processo de Transformação
Material 
variável de 
recurso de 
transformação
Produto 
resultado do 
processo de 
transformação
Mão de obra
Máquina
Medição
Meio 
ambiente
Método
Variáveis do 
processo
Processo de 
transformação
Vídeo 3
Produtividade
Produtividade
Quantidade de recursos produzidos = output
Quantidade de recursos utilizados = input
Produtividade de mão de obra
2000 peças produzidas = 100 pc/HH
5 funcionários x 4 horas
Produtividade de máquina
6000 toneladas = 200 ton/TH
10 horas x 3 tornos
3
Produtividade custos
2.000.000 ton = R$ 45,45 ton/R$
R$ 44.000,00/mês 
Por que monitorar 
a produtividade?
� Ferramenta gerencial
� Detecta problemas e acertos
� Políticas de investimento
� Introdução de novos produtos
� Compara desempenhos
Fatores Determinantes 
da Produtividade
� Relação capital-trabalho
� Escassez de recursos
� Mão de obra
� Inovações
� Qualidade
Vídeo 4
Estudo de Tempos
Finalidade do 
Estudo de Tempos
� Padrões nos programas 
de produção
� Planejar a fábrica 
e o desempenho
� Fornecer dados para custos
� Determinação de orçamento
� Balanceamento de produção
� Roteiros de fabricação
� Analisar capacidade
4
Metodologia e Equipamentos 
Estudo de Tempos
� Equipamentos mais utilizados 
� Determinação do 
tempo padrão
� Determinação do 
número de ciclos
� Avaliação da velocidade 
do operador
Vídeo 5
Tempos e Setups
Setups
� Prepara o 
equipamento
� Atividade 
acíclica
Tempo padrão do produto 
(TS/q) + (Σ TPi) + TF/L
� TS = tempo padrão de setup
� q = quantidade de peças 
para um setup é suficiente
� TPi = tempo padrão da 
operação i
� TF = tempo padrão das 
atividades de finalização
� L = lote de peças para que 
ocorra a finalização
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1 
Administração da Produção e Serviços
Aula 3 
Profa. Gilvane Marchesi
 
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2 
 
Conversa Inicial 
Olá, caro aluno! 
Seja bem-vindo ao segundo encontro da disciplina Administração da 
Produção e Serviços! 
Hoje vamos falar sobre os tipos de sistemas de produção, tipos de layout, 
arranjofísico e produção em massa. O objetivo desta aula é apresentar, de forma 
interligada, os tipos de sistemas de produção e como se moldam aos tipos de 
layout. 
 
Preparado para aprender mais sobre esses temas? Então, acompanhe a 
introdução de nossa aula com a professora Gilvane Marchesi no material on-line 
e bons estudos! 
 
Contextualizando 
Para o aprendizado dos temas desta aula, é importante lermos a respeito 
dos tipos de layout e suas definições. 
 
No texto disponível em seu material on-line, você poderá estudar sobre os 
objetivos, fatores de influência na produção e a relevância do arranjo físico. 
 
 
 
 
 
 
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3 
PESQUISE 
Tema 1 – Tipos e sistemas de Produção 
 
 Os tipos de produção são classificados de acordo com a tecnologia 
empregada. Assim, podemos ter, para um mesmo produto, formas diferentes de 
fabricá-lo. Os produtos podem ser iguais e servir para a mesma finalidade, mas 
a tecnologia de produção pode ser diferente em função das quantidades a serem 
produzidas. 
 O produto, o volume e a variedade requerida são condições 
primárias para definirmos que tipo de produção deve ser empregado. Além disso, 
temos algumas decisões a serem tomadas no momento da fabricação de um 
produto, as quais irão impactar no tipo de produção. Decisões em relação ao 
projeto do produto, volume e tecnologia de manufatura. Confira, na tela seguinte, 
quais são essas decisões: 
 
Projeto do produto: como será o produto, o seu projeto, de que materiais 
será composto, quais as tolerâncias de fabricação, quais normas deverão 
ser seguidas e que variedade de modelos serão ofertados. 
 
Volume: qual a quantidade de produtos a serem produzidos por unidade de 
tempo: dia, mês ou hora. 
 
Tecnologia de Manufatura: como será fabricado, que tecnologia de 
manufatura será empregada, que máquinas e quais processos serão 
utilizados na fabricação. 
 
Conheça as formas de classificação da produção mais usuais: 
 
Grau de padronização dos produtos: divide os produtos em: padronizados, 
quando existe um padrão para que um produto seja sempre idêntico aos outros, 
e sob encomenda, quando é específico para atender a uma necessidade. 
 
 
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4 
Tipo de operação: Encontramos dois tipos de sistemas de produção: produção 
de produtos discretos que se constitui de unidades isoladas, como peças para 
uma geladeira, um veículo ou um sapato, os quais podem, ainda, ser 
subclassificados em processo repetitivo em massa, em lotes e por projeto, e 
outro processo é a produção de produtos de forma contínua que são produtos 
que no resultado não podem ser identificados individualmente, como por 
exemplo, produtos químicos, refrigerantes e papel. 
 
Natureza dos produtos: essa classificação considera dois tipos de produção: a 
de bens manufaturados ou tangíveis e a de serviços ou bens intangíveis. 
Assim, podemos generalizar, para melhor entendimento, os principais 
sistemas de produção, como na figura Classificação dos sistemas de produção. 
 
 
 
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5 
Para estudarmos os sistemas de produção, o tipo de produto a ser utilizado 
nesse processo precisa ser analisado. Quer saber mais sobre os tipos de 
produtos? Acompanhe, em seu material on-line, a explicação preparada pela 
professora Gilvane Marchesi. 
 
TEMA 2 – Classificação dos tipos de Produção 
 
 Embora alguns autores, como Tubino, prefiram distinguir a 
produção em massa de produção por lotes repetitivos, neste estudo vamos 
considerar a produção em lotes como um caso particular da produção em massa 
para quantidades consideradas baixas, mas ainda feitas em série. Estudaremos 
a seguinte classificação dos tipos de produção: 
 
1. Artesanal 
Nesse sistema o produto é fabricado um por vez, pode ser desenvolvido 
ou mesmo alterado à medida que é reduzido e, sendo específico para 
determinada utilização, o volume normalmente é unitário, portanto um produto 
sempre é diferente do outro. Ex: produção de roupa em alfaiate. 
 
Características: 
 Mão de obra habilidosa. 
 Utilização de máquinas de uso geral. 
 Volume de produção unitário ou muito baixo. 
 Não padronização de produtos. 
 Alto custo do produto. 
 
2. Produção sob projeto 
Difere da Artesanal por ter como base um projeto concebido para um 
produto, como um prédio, uma ponte ou uma estrutura metálica. A variedade na 
produção sob projeto é alta, pois o produto é função do projeto e, de acordo com 
todas as exigências solicitadas pelo usuário, sob medida para aquela aplicação. 
 
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6 
Podendo, por vezes, ser alterado durante a sua produção (até certo estágio) em 
razão de situações não previstas. 
 
Características: 
 Os produtos são projetados para uma finalidade específica. 
 São produzidos unitariamente na maioria dos casos ou em um lote 
realizado a partir do mesmo projeto. 
 Emprega-se mão de obra especializada. 
 Utilizam equipamentos de uso geral. 
 
Embora o produto em si não seja padronizável, pois ele tem uma 
aplicação única, muitas de suas partes podem ser comuns a outros produtos e 
muitas soluções podem ser iguais, se o conjunto possuir as mesmas funções. 
 
As possibilidades de arranjos físicos da produção sob projeto são 
restritas, pois o pessoal da produção quase que obrigatoriamente atua em volta 
ou sobre o produto. A construção ou montagem é realizada no lugar definitivo, 
sendo impossível ou muito difícil removê-lo ou reaproveitá-lo por inteiro. Em 
alguns casos, partes podem ser reaproveitadas como as construções metálicas 
parafusadas. 
Os produtos discretos sob encomenda também podem ser de 
características precisas e de tamanho pequeno. Esses são produtos 
normalmente processados em equipamentos universais, os quais exigem alto 
nível de habilidade da mão de obra para sua operação. Um exemplo desse 
modelo de produção sob projeto e sob encomenda é o praticado pelas 
ferramentarias, em que, embora possuam itens padronizados, como colunas, 
pinos de fixação e bases, o produto é feito realmente de acordo com a aplicação 
específica do cliente. 
 
 
 
 
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7 
3. Produção por processamento contínuo 
 
Ocorre quando o seu processamento se inicia em um equipamento e é 
transferido através de tubulações para o seguinte e assim sucessivamente. 
O material, quando líquido ou pastoso, flui por meio do sistema, sofrendo 
alterações em seu estado físico ou químico e sendo alterado por adição de 
componentes ou submetido a diferenças de temperaturas ou processos, como 
aeração, alta rotação e filtração. Um exemplo são as indústrias de 
processamento de produtos químicos como a produção de óleos, refrigerantes, 
detergentes, produtos para limpeza e papel. 
 
Em razão da característica de processamento contínuo, com menos 
necessidade de mão de obra e mais controle por instrumentação, a estrutura 
organizacional desse tipo de empresa apresenta grande quantidade de níveis e 
alta qualificação de técnicos. 
O controle de qualidade é geralmente automatizado, pois o controle do 
processo pode ser feito por instrumentos e análises de amostras da produção, 
sendo o planejamento relativamente simples, pois o número de itens para serem 
processados é baixo. Por sua vez a manutenção de uma planta de 
processamento contínuo é complexa, pois o sistema todo simplesmente não 
pode parar. 
 
Características: 
 A fábrica é projetada para o produto. 
 O arranjo físico já nasce com a fábrica. 
 Os funcionários são qualificados para operar instrumentos. 
 Há necessidade de laboratórios de análises de amostras da produção 
 O alto nível de pessoal da manutenção tem relevância e importância na 
operação. 
 
 
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Agora, acompanhe a explicação deste tema em seu material on-line, com a 
professora Gilvane Marchesi. 
 
TEMA 3 – Produção em massa 
 
 Dando continuidade na explanação sobre tipos de produção, 
faremos uma explanação mais detalhada sobre a Produção em massa, pois, 
por todas as suas características, ficam evidentes os motivos que fizeram com 
que esse tipo de processo seja, destacadamente, o mais utilizado por toda 
indústria e responsável pela disponibilidade de produtos dos mais variados. 
 A produção em massa tem como característica constituir-se de um 
sistema de produção de grandes volumes de produtos idênticos. Os processos 
são previamente estudados e padronizados, para exigir o mínimo possível de 
habilidade e esforço do profissional que irá executá-lo, permitindo, assim, a 
utilização de mão de obra pouco especializada na maioria das atividades da 
produção. Essa condição, aliada a outras como a padronização da matéria-prima 
e a utilização de máquinas de grande potencial de produção, permite que esse 
sistema facilite a minimização do custo do produto. 
Nesse processo, o posto trabalho pode ser minuciosamente projetado 
para uma única operação com equipamentos de auxílio, dispositivos, 
ferramentas, processos estudados e padronizados, além de layout (arranjo 
físico) adequado. Tudo isso com a única finalidade de montar um componente 
específico em determinada estação de produção. Nessa operação, o montador 
adquire o conhecimento de forma mais rápida, para poder executar uma função 
repetitiva de montagem simplificada. 
 O custo da mão de obra pode ser, assim, drasticamente reduzido, 
pois um ajustador com muita habilidade pode ser facilmente substituído por um 
montador sem conhecimento ou experiência anterior. 
 
 
 
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9 
Características: 
 A fabricação intermitente realizada em lotes com montagem, na maioria 
das vezes, sequência e em linha. 
 A exigência de mão de obra pouco habilidosa, treinada para a execução 
de tarefas repetitivas. 
 A existência de uma evidente baixa motivação para o trabalho. 
 A tendência à supervisão autoritária. 
 A padronização das tarefas e dos processos. 
 A padronização da matéria-prima. 
 A padronização das peças. 
 Os estudos de tempo e de métodos para cada micromovimento. 
 A separação dos que pensam daqueles que fazem. 
 As máquinas de uso geral são rápidas e por vezes dedicadas, em função 
dos volumes. 
 Os altos volumes de estoques e os grandes lotes de fabricação. 
 O desperdício excessivo no processo. 
 A organização conta com muitos setores de apoio à produção. 
 Um ferramental dedicado a cada operação. 
 
 
Produção em massa de baixo volume 
 É uma produção intermitente de produtos padronizados, com 
média de 2.000 a 5.000 unidades por ano. A fabricação de colheitadeiras 
agrícolas, que gira em torno de 2.500 unidades/ano, servirá de exemplo desse 
volume. Uma operação de produção com esses volumes, embora em série, 
encontra dificuldades. Uma delas é a definição de seus equipamentos, que não 
podem ser dedicados, pois não justificariam os custos de aquisição do 
equipamento. Assim, são utilizadas máquinas universais (máquinas de uso 
geral, como centros de usinagem, tornos, furadeiras, etc.). Consequentemente, 
o tempo de execução é maior e o nível dos operadores é mais alto, por ser 
necessária habilidade de produção em diferentes peças. 
 
 
 
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10 
Essas variáveis impactam diretamente na complexidade da manufatura e no 
custo do produto, além de existirem dificuldades, pelo mesmo motivo – o de 
baixo volume – com fornecedores que exigem lotes mínimos de matérias-primas 
ou de componentes mais custosos. 
 
Produção em massa de volume médio 
 
É a produção de produtos padronizados com 15.000 a 20.000 unidades 
por ano. A produção de tratores, por exemplo, opera com volumes acima de 
10.000 unidades/na. Nesse caso, a empresa pode adotar lotes maiores, 
justificando-se, assim, economicamente a utilização de alguns equipamentos 
dedicados, de alta produção, para o fabrico de peças comuns a vários modelos. 
Assim, somados os volumes, eles atingem quantidades que justificam a 
automatização. Esses processos podem ser automatizados com vantagens, pois 
reduzem significativamente os custos. 
Os custos com fornecedores ainda são altos nessa proporção de volumes, 
existindo exigência de lotes mínimos que levam a quantidade de material em 
estoque, além das dificuldades, nesse caso específico, com os fornecedores que 
são comuns às indústrias de alto volume – os quais, normalmente, priorizam 
estas em detrimento de produções médias. 
 
Produção em massa de alto volume 
 
 É a produção de produtos padronizados acima de 200.000 
unidades por ano. A indústria automobilística é um exemplo desse tipo de 
produção, pois fabrica grandes volumes de produtos idênticos. Ela apresenta 
redução no custo unitário por produto, como consequência, principalmente, do 
grande volume de produção, o que justifica investimentos em máquinas 
dedicadas em todo o seu processo de fabricação. São equipamentos produzidos 
sob encomenda para a produção de componentes específicos. 
 
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11 
 Por exemplo, os fabricantes de automóveis encomendam máquinas projetadas 
exclusivamente para a fabricação de uma peça ou família de peças (peças 
semelhantes que apenas diferem em algumas medidas). Essas máquinas não 
produzem outras peças, por isso são dedicadas, e, se o projeto da peça mudar, 
a máquina não servirá mais. 
 
Um componente produzido em uma máquina dedicada ou em uma linha 
dedicada, como as linhas transfer (sequência de máquinas em que a matéria-
prima é alimentada no início da linha e automaticamente transferida de uma 
estação próxima até a peça ser finalizada), o componente pode ser produzido 
até dez vezes mais rápido do que se tivesse sido feito em equipamentos de 
utilização geral. 
 
O tipo de fábrica a que nos referimos na produção em massa com alto 
volume constitui-se de muitas linhas transfer e com movimentação de material 
automatizada, bem como de robôs para operações repetitivas como as de solda 
a ponto (na própria linha de montagem), e nos processos de pintura, as linhas 
são frequentemente automatizados por completo, correndo a grandes 
velocidades. 
 
Relação entre os tipos de produção 
 
 Finalizando a apresentação dos tipos de produção, apresentamos as 
principais características de um sistema produtivo: 
O volume de produção: quanto maior o volume, maior a chance de 
redução de custo e maior a padronização do quadro e do processo. 
O grau de padronização: quanto mais padronizado o produto e o 
processo, mais facilitada a gestão da produção. 
A flexibilidade: quanto menor for o volume, mais fácil para mudar de um 
modelo para o outro, sendo, assim, mais flexível. 
O custo: o custo é a função direta da padronização e do volume. 
 
 
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12 
 
A figura a seguir demonstra a relação entre os tipos de produção, o 
volume, a flexibilidade e o custo. 
 
RELAÇÃO DOS TIPOS DE PRODUÇÃO X VOLUME X FLEXIBILIDADE 
X CUSTOS 
 
Fonte: PARANHOS FILHO, 2007. 
 
A competitividade entre as empresas torna cada vez mais necessária uma 
estrutura orientada a processos de negócios. Os modelos de referência, nesse 
sentido, tornam-se relevantes para o correto mapeamento e a documentação 
dos processos de negócios. No artigo sugerido em seu material on-line, é 
apresentado um modelo de referência para o processo de negócio de Gestão da 
Produção, para empresas que montam seus produtos finais sob encomenda. 
Não deixe de conferir! 
 
Que tal aprofundar seus conhecimentos a respeito das classificações do 
sistema de produção e da produção em massa? Confira a explicação da 
professora Gilvane

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