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1 Introdução à Farmacologia - Super Material SanarFlix

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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
SUMÁRIO
1. Definição ....................................................................... 3
2. Conceitos Iniciais........................................................ 5
3. Formas de Apresentação ....................................... 7
4. Grau de Ionização do Fármaco: ..........................10
5. Lipossolubilidade e Tamanho da Molécula ...11
Referências Bibliograficas .........................................15
3INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
1. DEFINIÇÃO
A farmacologia corresponde ao es-
tudo das substâncias que interagem 
com sistemas vivos por meio de liga-
ção à moléculas reguladoras que ati-
vam ou inibem processos corporais 
normais.
As substâncias químicas podem pro-
duzir efeitos no organismo que va-
riam entre benéficos e maléficos. 
Quando o efeito produzido é benéfi-
co, chamamos a substância química 
em questão de fármaco e a farmaco-
logia médica é a ciência que estuda 
esses fármacos e seu uso para pre-
venir, diagnosticar ou tratar doenças, 
através de efeitos no próprio organis-
mo humano ou por efeitos tóxicos re-
guladores em parasitas que infectam 
o paciente. 
Quando o efeito produzido é apenas 
maléfico, chamamos a substância 
química em questão de agente tóxico 
e a ciência que estuda essa substân-
cia e sua toxicidade é a toxicologia. 
Alguns fármacos podem apresentar 
efeitos benéficos e maléficos simul-
taneamente, nestes casos, os efeitos 
maléficos são chamados de efeitos 
adversos e uso é realizado de acor-
do com o ponderamento entre a ação 
benéfica x maléfica da substância.
4INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
MAPA MENTAL - DEFINIÇÃO
ESTUDA A INTERAÇÃO ENTRE
FARMACOLOGIA
SUBSTÂNCIA QUÍMICA ORGANISMO VIVO
POSSÍVEIS EFEITOS
EFEITO BENÉFICO EFEITO MALÉFICO/ADVERSO
FÁRMACO AGENTE TÓXICO
FARMACOLOGIA MÉDICA TOXICOLOGIA
5INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
2. CONCEITOS INICIAIS
Droga é um conceito amplo, que se 
refere a toda substância química que 
interage com receptores presentes 
em organismos vivos gerando uma 
ação, benéfica ou maléfica. Atual-
mente, o termo droga está muito rela-
cionado com substâncias de uso abu-
sivo, como maconha, cocaína, LSD, 
entre outras.
Fármaco é toda e qualquer substân-
cia química que tem uma estrutura 
química bem definida, juntamente 
com os seus efeitos, sendo utilizado 
exclusivamente com caráter benéfi-
co ou terapêutico ao organismo. Os 
fármacos, mesmo sendo utilizados 
exclusivamente pelos seus efeitos 
benéficos e terapêuticos, podem ge-
rar efeitos adversos nos pacientes. 
Entretanto, esses efeitos são direta-
mente proporcionais à quantidade de 
fármaco utilizado, duração da terapia 
medicamentosa, de doenças de base 
relacionadas ao paciente etc.
Medicamento é a formulação química 
que contém o princípio ativo (fárma-
co) e demais substâncias associadas 
(polímeros, açúcares, excipientes etc.), 
encontrado em farmácias e hospitais. 
Por conter o fármaco, todo medica-
mento é utilizado com fins benéficos, 
mas podem existir efeitos maléficos.
SE LIGA! Os medicamentos são en-
contrados em diversas “apresentações”, 
como comprimidos, cápsulas, xarope, 
supositório, entre outras.
O conceito de remédio é extrema-
mente amplo, pois pode ser um me-
dicamento, que contém um fármaco, 
ou algo que não contém substâncias 
químicas. Dessa forma, remédio signi-
fica qualquer ação ou substância que 
promova uma efeito benéfico, como 
fisioterapia, massagem, conversas, 
terapias, alguns alimentos, etc.
Veneno são drogas cujos efeitos são 
quase exclusivamente deletérios ao 
paciente. Um dos exemplos mais co-
nhecidos é o carbamato (ou chumbi-
nho), substância utilizada como vene-
no de ratos. As toxinas são venenos 
de origem biológica, produzidas por 
animais ou plantas. Seus efeitos 
também são quase exclusivamente 
deletérios.
O placebo é um “remédio simulado”, 
ou seja, uma substância química ou 
ação com pouco ou nenhum efeito, 
que o paciente acredita ser benéfi-
co. Medicamentos simulados são os 
placebos mais comuns, mas um pla-
cebo também pode ser uma dieta 
ou qualquer intervenção terapêutica 
simulada.
6INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
MAPA MENTAL - CONCEITOS INICIAIS
CONCEITOS INICIAIS
DROGA FÁRMACO MEDICAMENTO REMÉDIO VENENO TOXINA PLACEBO
EFEITO 
BENÉFICO
EFEITO 
MALÉFICO/
ADVERSO
CONCEITO 
AMPLO
SUBSTÂNCIA 
QUÍMICA
DOIS 
POSSÍVEIS 
EFEITOS
ESTRUTURA EFEITOS
SUBSTÂNCIA 
QUÍMICA
BEM 
DEFINIDOS
O QUAL
SE BUSCA 
SEMPRE O EFEITO 
BENÉFICO
PORÉM, PODEM 
OCORRER EFEITOS 
MALÉFICOS/
ADVERSOS
trocar
OUTRAS 
SUBSTÂN-
CIAS
FÁRMACO
FORMULAÇÃO 
QUÍMICA QUE 
CONTÉM
CORRESPONDE 
AO QUE 
ENCONTRAMOS 
À VENDA
CONCEITO 
AMPLO
QUALQUER 
AÇÃO QUE 
GERE
EFEITO 
BENÉFICO
NÃO 
NECESSA-
RIA MENTE 
É UM
INORGÂ-
NICA ORGÂNICA
CONCEITO 
AMPLO
DROGAS CUJOS 
EFEITOS SÃO QUASE 
SEMPRE DELETÉRIOS
PODEM 
TER 
ORIGEM
CONCEITO 
RESTRITO
CORRES-
PONDEM A 
VENENOS 
DE ORIGEM
REMÉDIO 
SIMULADO
NÃO 
CONTÉM O 
PRINCÍPIO 
ATIVO
O PACIENTE 
NÃO SABE 
QUE É 
SIMULADO
7INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
3. FORMAS DE 
APRESENTAÇÃO
Um mesmo medicamento pode ser 
encontrado sob várias formas de 
apresentação, facilitando, assim, sua 
administração em casos de restrições. 
A apresentação está diretamente re-
lacionada à via de administração de-
terminada em prescrição médica.
Os medicamentos disponíveis na 
forma sólida são divididos em com-
primidos, drágeas, pós, granulados, 
cápsulas, pílulas, supositórios e óvu-
los. Os medicamentos na forma lí-
quida são as soluções, os xaropes, os 
elixires, as suspensões, as emulsões 
e os injetáveis. Já os medicamentos 
na forma gasosa são os aerossóis e 
os semissólidos são os cremes, as 
pomadas, os unguentos, as loções, os 
géis e as pastas.
Forma sólida
• Cápsula: o medicamento é envol-
vido por um invólucro de substân-
cia gelatinosa, normalmente no 
formato cilíndrico. Apresenta como 
vantagens a possibilidade de eli-
minar o sabor e/ou o odor desa-
gradável do medicamento, facilitar 
a deglutição e a sua liberação.
• Comprimido: o medicamento sóli-
do (pó) é submetido à compressão 
e apresenta formato específico. Os 
comprimidos podem ou não ser re-
vestidos por substância açucarada.
• Drágea: normalmente é um com-
primido revestido por uma subs-
tância resistente à acidez gástri-
ca. Nesse caso, o medicamento é 
liberado no intestino. Apresenta 
as vantagens de eliminar o odor e/
ou o sabor desagradável da dro-
ga, além de facilitar a deglutição e 
proteger o medicamento da ação 
estomacal. 
• Granulado: constitui-se de peque-
nos grãos a serem dissolvidos em 
água, podendo ser efervescente 
ou não. Após a diluição total, o me-
dicamento fica com aspecto líqui-
do, favorecendo a ingestão.
• Óvulo: medicamento em for-
ma ovoide destinado à aplicação 
vaginal.
• Pastilha: essa forma apresenta a 
capacidade de dissolver-se lenta-
mente na cavidade bucal. Encon-
tra-se disponível em vários sabo-
res para satisfazer o paladar do 
paciente, facilitando seu uso.
• Pílula: medicamento em forma de 
pó submetido à compressão, to-
mando o formato esférico. Pode ou 
não ser revestido com substância 
açucarada.
• Pó: divide-se em dois tipos: os fa-
cilmente solúveis em água e os não 
solúveis em água. Pode ser mistu-
rado em alimentos, para disfarçar 
eventual sabor desagradável.
8INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
• Supositório: medicamento em 
formato cônico ou ogival, com fi-
nalidade de administração por via 
retal.
Forma líquida
• Ampola: recipiente de plástico e/
ou de vidro, utilizado para acondi-
cionar o medicamento líquido ou 
em pó. É necessário aspirar o con-
teúdo com seringa e agulha para 
administrar ao paciente.
• Elixir: preparado líquido contendo 
álcool, açúcar, glicerol ou propile-
noglicol. Normalmente, apresen-
ta como característica, o sabor do 
álcool.
• Emulsão: é uma solução que con-
tém pequenas partículas de um 
líquido dispersas em outro líqui-
do. Geralmente, as emulsões en-
volvem a dispersão de água em 
óleo. É necessário agitar antes de 
administrar.
• Frasco-ampola: é o acondiciona-
mento de medicamento em um 
frascoque permite a retirada de 
doses parciais, sendo possível o 
reaproveitamento da dosagem 
restante, considerando-se os cui-
dados necessários de manuseio e 
conservação. Possibilita o fraciona-
mento da dose total em doses me-
nores, permitindo sua reutilização.
• Suspensão: é uma forma de apre-
sentação em que se percebe niti-
damente a forma sólida e a forma 
líquida. Ao agitar-se o frasco, a so-
lução torna-se homogênea. 
Forma semissólida
• Creme: emulsão semissólida con-
tendo água e óleo. Apresenta boa 
penetração na pele.
• Xarope: solução preparada à base 
de açúcar e água com adição do 
medicamento. Existe versão para 
pacientes diabéticos e para crian-
ças, com diversos sabores. Apre-
senta sabor mais agradável devido 
à presença do açúcar.
• Gel: formado por um material ge-
latinoso no qual a parte dispersa 
encontra-se em estado líquido, e 
a parte dispersante, em estado 
sólido.
• Loção: formada por um pó inso-
lúvel em água ou por substâncias 
dissolvidas em líquido espesso. É 
necessário agitar a loção antes de 
administrá-la.
• Pasta: caracteriza-se pela elevada 
porcentagem de sólidos insolúveis 
em sua composição. Produz efei-
to protetor, oclusivo e secante na 
pele onde é aplicada.
• Pomada: preparado de consis-
tência pastosa, preferencialmente 
oleosa e de fácil adesão ao local de 
9INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
aplicação. Apresenta pouca pene-
tração na pele.
• Unguento: é o medicamento com 
aparência de “papa”, utilizado em 
áreas do organismo que estejam 
doloridas ou inflamadas. Pode ser 
extraído de plantas, gordura de 
animais ou resíduos minerais.
MAPA MENTAL – FORMAS DE APRESENTAÇÃO
SÓLIDA LÍQUIDA SEMISSÓLIDA
Cápsula
Comprimido
Drágea
Granulado
Óvulo
Pastilha
Pó
Supositório
Ampola
Elixir
Emulsão
Frasco-ampola
Suspensão
Creme
Xarope
Gel
Loção
Pasta
Pomada
Unguento
10INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
4. GRAU DE IONIZAÇÃO 
DO FÁRMACO:
Fármacos são ácidos ou bases orgâ-
nicas fracas, definidos através do pKa 
dessas substâncias. Substâncias com 
pKa baixo são ácidos fracos (quanto 
mais baixo o pKa, mais forte é o ácido 
fraco) e substâncias com pKa alto são 
consideradas bases fracas (quanto 
mais alto o pka, mais forte é a base 
fraca).
De acordo com o pH do meio em que 
o fármaco se encontra ele pode ou 
não adquirir carga. Caso ele adqui-
ra carga, o fármaco se torna parcial-
mente ionizado, o que dificulta a sua 
absorção (transposição de barreiras). 
Fármacos ácidos se tornam ionizados 
em pH básico, dessa forma, são me-
lhor absorvidos em meios ácidos. Já 
fármacos básicos se tornam ioniza-
dos em pH ácido, sendo melhor ab-
sorvidos em meios com pH básico.
[Box Se liga!: Bases fracas se acumu-
lam em pH ácido, enquanto ácidos 
fracos se acumulam em pH básico.]
Em casos de intoxicação, deve-se for-
çar a eliminação do fármaco na urina, 
ou seja, fazer com que esse fármaco 
se acumule na urina. Para tal, o grau 
de ionização é uma ferramenta impor-
tante. Para intoxicações por fármacos 
ácidos se deve aumentar o pH da uri-
na, originando um meio mais básico 
ao administrar, por exemplo, bicarbo-
nato ou citrato. Já em intoxicações por 
medicamentos básicos, se deve dimi-
nuir o pH da urina, ou seja, torná-la 
mais ácida ao administrar, por exem-
plo, cloreto de amônio. Essa mudança 
no pH da urina fará com que o fárma-
co em questão se acumule, facilitan-
do a sua eliminação.
Alguns medicamentos contêm metais 
pesados e, com o uso abusivo, pode 
ter efeitos deletérios ao organismo. 
A ingestão de metais tóxicos através 
do consumo de medicamentos fito-
terápicos pode contribuir significati-
vamente para a ingestão semanal to-
lerável provisória (PTWI), chegando 
a 442% da PTWI para chumbo em 
castanha da Índia. Com o aumento 
do consumo de medicamentos fito-
terápicos pela população brasileira, 
os níveis de metais pesados tóxicos 
presentes devem ser estimados e os 
riscos da exposição para a saúde hu-
mana avaliados.
A presença de metais pesados em 
preparações de medicina alternativa 
ou medicamentos à base de ervas 
medicinais, pode advir tanto de con-
taminações ambientais do solo, água 
ou ar e consequente contaminação 
das plantas, bem como de adições 
intencionais.
11INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
5. LIPOSSOLUBILIDADE E 
TAMANHO DA MOLÉCULA 
A lipossolubilidade e o tamanho da 
molécula são um dos principais fato-
res que podem influenciar na absor-
ção de um fármaco já que este, para 
que exerça sua função, deve atraves-
sar membranas citoplasmáticas. A 
membrana citoplasmática é uma du-
pla camada fosfolipídica que permite 
a passagem de substâncias seletiva-
mente. Por sua característica lipídica, 
substâncias lipossolúveis tendem a 
atravessar essa membrana com fa-
cilidade. Além disso, pela organiza-
ção da membrana, substâncias pe-
quenas, mesmo que hidrossolúveis 
também apresentam fácil absorção 
e transporte pelas membranas. Des-
sa forma, para que as substâncias 
transponham membranas com fa-
cilidade estas não devem ser muito 
grandes e devem apresentar certa 
lipossolubilidade.
A maioria dos fármacos apresentam 
pesos moleculares entre 100 e 1000. 
E existe essa faixa de limite do tama-
nho para um fármaco, pois para se 
conseguir uma ligação seletiva entre 
fármaco e receptor, é necessário que 
ele tenha, no mínimo, 100 unidades 
PM de tamanho e para que ele se lo-
comova dentro do corpo, ele precisa 
ter, no máximo 1000 unidades PM 
de tamanho. Fármacos maiores do 
que esse tamanho não se difundem 
MAPA MENTAL – GRAU DE IONIZAÇÃO DOS FÁRMACOS
GRAU DE 
IONIZAÇÃO
FÁRMACO ÁCIDO É MELHOR 
ABSORVIDO EM MEIO ÁCIDO CASO ADQUIRA CARGA
FÁRMACO BÁSICO É MELHOR 
ABSORVIDO EM MEIO BÁSICO
ÁCIDO FRACO BASE FRACA
↓ ABSORÇÃO
12INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
de imediato entre compartimentos 
do corpo, dificultando ou impedindo a 
sua ação.
SE LIGA! Fármacos que apresentam 
tamanhos muito grandes, como o caso 
da Alteplase, uma enzima que dissolve 
coágulos, precisam ser administrados 
diretamente no compartimento onde 
exercem a sua ação. Isso ocorre pois se 
esses medicamentos fossem adminis-
trados por outras vias, eles dificilmente 
se difundiriam até o local onde seriam 
necessários.
Necessidade de encaixe adequado
O formato da molécula de um fárma-
co deve ser tal que permita a agluti-
nação a seu sítio receptor por meio de 
ligações covalentes, forças eletrostá-
ticas ou ligações de hidrogênio. Em 
excelentes condições, o fármaco e o 
seu receptor agem como uma chave 
e uma fechadura, onde seus formatos 
se encaixam perfeitamente.
Formato do fármaco
Todo e qualquer fármaco tem um for-
mato tridimensional, estando nos três 
planos: x, y e z. Esse fármaco precisa 
se acoplar corretamente ao seu re-
ceptor, na sua célula alvo, para que 
seja gerado o mecanismo de ação e, 
na sequência, a sua resposta tera-
pêutica. Existe um fenômeno na far-
macologia, chamado fenômeno da 
quiralidade ou estereoisomerismo 
que, resumidamente, significa que 
ainda que algumas moléculas tenham 
a mesma fórmula química, elas se 
apresentam tridimensionalmente de 
maneiras diferentes, não conseguin-
do haver o encaixe chave-fechadura.
Para entender melhor o fenômeno da 
quiralidade, citado acima, alguns con-
ceitos básicos são importantes:
• Isômeros são compostos que pos-
suem os mesmos constituintes 
atômicos, porém suas disposições 
na molécula são diferentes, confe-
rindo consequentemente caracte-
rísticas químicas diversas.
• Estereoisômeros são aqueles isô-
meros cujos átomos ou grupos de 
átomos possuem uma distribui-
ção espacial diferente na molécula. 
Eles podem ser divididos em geo-
métricos ou ópticos. 
Os isômeros geométricos são es-
tereoisômeros que não apresentam 
atividade óptica e sua terminologia 
está centrada em cis (do mesmo lado) 
e trans (lados opostos) para descre-
ver sua disposição espacial. Para os 
alquenos, na maioria da vezes, pode-
-se igualmente falar em Z e E para cis 
e trans, respectivamente.
Isômeros ópticos são aqueles que 
apresentam atividade óptica, pos-
suindo centros quirais ou centros 
assimétricos.Dentro deste concei-
to, podemos dizer que a quiralidade 
13INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
manifesta-se quando a molécula pos-
suir uma das seguintes características:
• Um centro de quiralidade.
• Um eixo de quiralidade (alenos, 
espiranos).
• Um plano de quiralidade.
• Uma forma de hélice (hexaeliceno).
As moléculas com um elemento de qui-
ralidade apresentam enantiomeria.
Os enantiômeros são estereoisô-
meros relacionados entre si por 
uma simetria em relação a um pla-
no e são também conhecidos como 
antípodas ópticos.
As moléculas que apresentam dois 
ou mais elementos de quiralidade 
apresentam a diastereoisomeria.
Diastereoisômeros não são enan-
tiômeros; por exemplo, para uma 
molécula com dois centros quirais, 
teremos neste caso dois diastereoisô-
meros e todos os seus quatro isô-
meros não serão sobreponíveis no 
espelho plano.
Enquanto que os enantiômeros pos-
suem as mesmas características físi-
cas, como solubilidade ou ponto de 
fusão, os diastereoisômeros podem 
apresentar diferentes propriedades 
físicas e também químicas.
A maioria dos fármacos são pares 
enantioméricos, onde um desses 
enantiômeros é mais potente do que o 
outro. Infelizmente, uma parcela con-
siderável dos estudos não leva isso 
em consideração, sendo realizado 
com mistura racêmica dos fármacos.
Isso traz uma forte implicação clínica, 
pois poucos medicamentos quirais 
utilizados clinicamente são comer-
cializados como isômeros ativos (a 
maior parte é comercializada como 
uma mistura racêmica), o que faz com 
que muitos medicamentos tenham 
cerca de 50% de substâncias menos 
ativas, inativas ou ativamente tóxicas.
SE LIGA! A ketamina/quetamina, um 
anestésico dissociativo, apresenta dois 
enantiômeros: o positivo e o negativo. 
O enantiômero positivo é muito mais 
potente e muito menos tóxico do que o 
outro. Esse medicamento normalmente 
é comercializado em uma mistura racê-
mica (mistura dos dois enantiômeros), 
porém algumas indústrias farmacêuti-
cas comercializam o enantiômero mais 
potente, com isso, os anestesiologistas 
precisam levar em consideração esse 
fenômeno e esse fato para a utilização 
do medicamento.
O carvedilol, um fármaco da classe dos 
betabloqueadores, também apresenta 
dois enantiômeros, sendo um negativo 
(mais potente – consegue antagonizar 
melhor os receptores β) e um positivo 
(que se liga 100 vezes mais fracamen-
te ao receptor β). Uma particularidade 
desses enantiômeros é que ambos têm 
a mesma potência como bloqueadores 
do receptor α, o que faz com que esse 
medicamento também seja considerado 
um α-bloqueador.]
14INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
Interação fármaco-corpo
Todo fármaco vai agir no paciente e, 
consequentemente, ser absorvido, 
distribuído e eliminado pelo organis-
mo desse paciente. A parte da farma-
cologia que estuda esses processos é 
a farmacocinética. Já a farmacodinâ-
mica, é a parte da farmacologia que 
estuda quais ações o fármaco pro-
duziu no organismo. Ambos temas 
serão abordados com detalhes em 
aulas e super materiais próprios.
MAPA MENTAL - FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
FÁRMACO
FARMACOCINÉTICA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ABSORÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
BIOTRANSFORMAÇÃO
ELIMINAÇÃO
ORGANISMO
FARMACODINÂMICA
LOCAL DE AÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO
EFEITOS
15INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
MAPA MENTAL – INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
trocar
FORMA 
SÓLIDA
UM MESMO 
MEDICAMENTO PODE 
TER VÁRIAS FORMAS ÁCIDO FRACO BASE FRACA
FÁRMACOS 
LIPOSSOLÚVEIS
FÁRMACOS 
PEQUENOS
↓CARGA 
ELÉTRICA DO 
FÁRMACO
GRAU DE 
IONIZAÇÃO
FORMAS DE 
APRESENTAÇÃO
FORMA 
LÍQUIDA
FORMA 
SEMISSÓLIDA FORMA 
GASOSA
DIRETAMENTE 
RELACIONADAÀ 
VIA DE 
ADMINISTRAÇÃO
FÁRMACO 
ÁCIDO É 
MELHOR 
ABSORVIDO 
EM MEIO 
ÁCIDO
CASO ADQUIRA 
CARGA
FÁRMACO 
BÁSICO É 
MELHOR 
ABSORVIDO 
EM MEIO 
BÁSICO
LIPOSSOLUBILIDADE
ATRAVESSAM 
A MEMBRANA 
PLASMÁTICA 
MAIS 
FACILMENTE
TAMANHO DA 
MOLÉCULA
ATRAVESSAM 
A MEMBRANA 
PLASMÁTICA 
MAIS 
FACILMENTE
AINDA QUE 
NÃO SEJAM
CARGA DA 
MOLÉCULA
↑PERMEABI-
LIDADE PELOS 
COMPARTI-
MENTOS
DEVE PERMITIR 
AGLUTINAÇÃO AO 
SEU SÍTIO RECEPTOR
PODEM SER
FARMACO-
CINÉTICA
ENCAIXE 
FÁRMACO-
RECEPTOR
EM UM MODELO 
SEMELHANTE 
À CHAVE-
FECHADURA
LIGAÇÃO AO 
RECEPTOR
COVALENTES
LIGAÇÕES DE 
HIDROGÊNIO
FORÇAS 
ELETROSTÁ-
TICAS
LIGAÇÕES 
FORTES
LIGAÇÕES MAIS 
FRACAS
MESMA 
FÓRMULA 
QUÍMICA
DIFERENTE 
CONFORMAÇÃO 
TRIDIMENSIONAL
TRIDIMENSIONAL
FENÔMENO DA 
QUIRALIDADE DEVE 
SER OBSERVADO
MOLÉCULAS 
APRESENTAM
IMPORTANTE 
NA PRÁTICA 
CLÍNICA
ALGUNS ENANTIÔMEROS 
SÃO MAIS POTENTES DO 
QUE OUTROS
FORMATO DA 
MOLÉCULA
INTERAÇÃO 
FÁRMACO-
CORPO
FARMACO-
DINÂMICA
CAMINHO QUE 
O FÁRMACO FAZ 
NO ORGANISMO
EFEITOS DO 
FÁRMACO NO 
ORGANISMO
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
↓ABSORÇÃO
16INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
Rang, H.P., Dale, M.M., Ritter, J.M., Flower, R.J., Henderson, G. Farmacologia. 7ª
Vera Lucia Eifler Lima. OS FÁRMACOS E A QUIRALIDADE: UMA BREVE ABORDAGEM. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/qn/v20n6/v20n6a15.pdf
17INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA

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