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6 Antagonistas Adrenérgicos - Super Material SanarFlix

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Sistema nervoso autônomo ................................... 5
3. Transmissão adrenérgica ........................................ 9
4. Antagonistas de receptores α-adrenérgicos .....12
5. Antagonistas de receptores β-adrenérgicos .....18
Referências Bibliográficas ........................................27
3ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
1. INTRODUÇÃO
Os antagonistas adrenérgicos 
(também denominados bloqueadores 
adrenérgicos ou simpaticolíticos) li-
gam-se aos adrenoceptores, mas não 
iniciam os usuais efeitos intracelula-
res mediados pelos receptores. Esses 
fármacos atuam ligando-se reversível 
ou irreversivelmente aos adrenocep-
tores, evitando, assim, sua ativação 
pelas catecolaminas endógenas. 
Os antagonistas adrenérgicos são 
classificados de acordo com suas 
afinidades relativas para os recepto-
res α ou β no sistema nervoso sim-
pático. Numerosos antagonistas 
adrenérgicos têm papéis importantes 
na clínica, principalmente para tratar 
doenças associadas com o sistema 
cardiovascular.
4ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO AOS ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Não seletivos
ANTAGONISTAS 
DOS RECEPTORES 
ADRENÉRGICOS
α1-seletivos α2-seletivos Não seletivos (1ª geração)
β1-seletivos 
(2ª geração)
Não seletivos 
(3ª geração)
β1-seletivos 
(3ª geração)
Fenoxibenzamina
Fentolamina
Prazosina
Terazosina
Doxazosina
Alfuzosina
Tansulosina
Indoramina
Urapidil
Bunazosina
Ioimbina
Idazoxano
Nadolol
Pembutolol
Pindolol
Propranolol
Timolol
Sotalol
Levobunolol
Metipranolol
Acebutolol
Atenolol
Bisoprolol
Esmolol
Metoprolol
Carteolol
Carvedilol*
Bucindolol
Labetalol*
*Também 
bloqueiam α1
Betaxolol
Celiprolol
Nebivolol
Antagonistas dos 
receptores β
Antagonistas dos 
receptores α
5ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
2. SISTEMA NERVOSO 
AUTÔNOMO
O sistema nervoso autônomo (SNA) 
é composto por três divisões anatô-
micas principais: a simpática, a pa-
rassimpática e o sistema nervoso 
entérico. Os sistemas simpático e pa-
rassimpático estabelecem um vínculo 
entre o sistema nervoso central e os 
órgãos periféricos. O sistema nervo-
so entérico compreende os plexos 
nervosos intrínsecos do trato gas-
trointestinal, que estão intimamen-
te interconectados com os sistemas 
simpático e parassimpático.
O sistema nervoso autônomo con-
duz todas as informações provenien-
tes do sistema nervoso central para o 
restante do organismo, exceto para a 
inervação motora dos músculos es-
queléticos. Os principais processos 
que ele regula, em maior ou menor 
extensão, são:
• A contração e o relaxamento 
da musculatura lisa de vasos e 
vísceras;
• Todas as secreções exócrinas e al-
gumas endócrinas;
• Os batimentos cardíacos;
• O metabolismo energético, parti-
cularmente no fígado e nos mús-
culos esqueléticos.
A via eferente autônoma consiste em 
dois neurônios dispostos em série, 
que são conhecidos, respectivamen-
te, como pré-ganglionar e pós-gan-
glionar. No sistema nervoso simpá-
tico, as sinapses estão localizadas 
em gânglios autônomos, que se lo-
calizam fora do sistema nervoso cen-
tral e contêm as terminações nervo-
sas das fibras pré-ganglionares e os 
corpos celulares dos neurônios pós-
-ganglionares. Nas vias parassim-
páticas, as células pós-ganglionares 
são encontradas principalmente nos 
órgãos-alvo, e gânglios parassimpá-
ticos isolados (ex: gânglio ciliar) são 
encontrados apenas na cabeça e no 
pescoço.
HORA DA REVISÃO!
Os corpos celulares dos neurônios 
simpáticos pré-ganglionares locali-
zam-se no corno
lateral da substância cinzenta dos seg-
mentos torácicos e lombares da medula 
espinhal, e as fibras deixam a medu-
la espinhal em nervos espinhais como 
emergência simpáticotoracolombar. As 
fibras pré-ganglionares fazem sinapse 
nas cadeias paravertebrais de gânglios 
simpáticos, localizadas em ambos os 
lados da coluna vertebral. Esses gân-
glios contêm os corpos celulares dos 
neurônios simpáticos pós-gangliona-
res, cujos axônios se reúnem no nervo 
espinhal. Muitas das fibras simpáticas 
pós-ganglionares alcançam seus desti-
nos periféricos por meio de ramos dos 
nervos espinhais. Outras, cujos destinos 
são as vísceras abdominais e pélvicas, 
têm seus corpos celulares em um gru-
po de gânglios pré-vertebrais despro-
vidos de par e localizados na cavidade 
abdominal. A única exceção a essa es-
trutura formada por dois neurônios é a 
6ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
inervação da medular da glândula suprarrenal. As células secretoras de 
catecolaminas da medula suprarrenal são, na realidade, neurônios simpá-
ticos pós-ganglionares modificados, e os nervos que inervam a glândula 
são equivalentes às fibras pré-ganglionares.
Os nervos parassimpáticos emergem de duas regiões diferentes do sis-
tema nervoso central. A emergência craniana consiste em fibras pré-gan-
glionares de certos nervos
cranianos, ou seja, do nervo oculomotor (que transporta fibras parassim-
páticas destinadas aos olhos), dos nervos facial e glossofaríngeo (que 
transportam fibras para as glândulas salivares e para a nasofaringe) e do 
nervo vago (que transporta fibras para as vísceras torácicas e abdomi-
nais). Os gânglios encontram-se espalhados e em íntima relação com os 
órgãos-alvo; os neurônios pós-ganglionares são muito curtos quando 
comparados aos do sistema simpático. As fibras parassimpáticas cujos 
destinos são as vísceras abdominais e pélvicas saem da medula espinhal 
como emergência sacral. Trata-se de um feixe de nervos conhecido como 
nervos eretores (porque sua estimulação provoca ereção genital – um fato 
de certa importância para os responsáveis pela inseminação artificial do 
gado). Essas fibras fazem sinapse em um grupo de gânglios pélvicos dis-
persos, de onde as fibras pós-ganglionares curtas saem e rumam para te-
cidos-alvo como a bexiga, o reto e os órgãos genitais. Os gânglios pélvicos 
transportam tanto fibras simpáticas quanto parassimpáticas, e as duas 
divisões não são anatomicamente distintas nessa região.
Simpático Parassimpático
Pré-ganglionares
Pós-ganglionaresEferência segmentar
Cadeia simpática 
paravertebral 
(bilateral)
Nervos erigentes
Gânglios pélvicos
Gânglios 
pré-vertebrais 
(linha mediana)
Estruturas da 
cabeça e pescoço: 
Olho
Vasos sanguíneos
Glândulas 
salivares etc.
Coração
Pulmões
Medula 
suprarrenal
Fígado
Trato GI
Bexiga
Genitália
Vasos sanguíneos
Glândulas 
sudoríparas etc.
Glândulas 
salivares
Glândula lacrimal
Olho
Coração 
Pulmão
Trato TGI superior
Trato TGI inferior
Bexiga
Genitália
M
C
T
L
S
X
IX
III
VII
Figura 1. Esquema básico do sistema nervoso autônomo de mamíferos. C, cervical; 
GI, gastrointestinal; L, lombar; S, sacral; T, torácico. Fonte: Rang & Dale: Farmacologia, 
2016
7ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Em alguns locais (ex: no músculo liso 
visceral do intestino e da bexiga, e no 
coração), os sistemas simpático e pa-
rassimpático produzem efeitos opos-
tos; há, contudo, outros locais em que 
apenas uma divisão do sistema autô-
nomo opera. As glândulas sudorípa-
ras e a maioria dos vasos sanguíneos, 
por exemplo, têm apenas inervação 
simpática; ao passo que o músculo ci-
liar do olho tem apenas inervação pa-
rassimpática. Existem outros exem-
plos, como as glândulas salivares, em 
que os dois sistemas produzem efei-
tos semelhantes, e não opostos. 
SE LIGA! É um erro considerar os sis-
temas simpático e parassimpático sim-
plesmente como oponentes fisiológicos. 
Cada um cumpre sua própria função 
fisiológica e pode estar mais ou menos 
ativo em determinado órgão ou tecido de 
acordo com a necessidade do momento.
Os dois principais neuro-
transmissores que ope-
ram no sistema autôno-
mo são a acetilcolina e 
a norepinefrina. Algu-
mas regras gerais são as 
seguintes:
• Todas as fibras nervo-
sas autonômicas que 
deixam o sistema ner-
voso central liberam 
acetilcolina, que age nos receptores 
nicotínicos (embora, nos gânglios 
autônomos, uma pequena parte da 
estimulação seja resultante daati-
vação de receptores muscarínicos);
• Todas as fibras parassimpáticas 
pós-ganglionares liberam ace-
tilcolina, que age nos receptores 
muscarínicos.
• Todas as fibras simpáticas pós-
-ganglionares (com uma exceção 
importante) liberam norepinefrina, 
que pode agir sobre receptores α 
ou β-adrenérgicos. A única exce-
ção consiste na inervação simpá-
tica das glândulas sudoríparas, em 
que a transmissão resulta da ação 
da acetilcolina sobre receptores 
muscarínicos. 
Parassimpático
Receptor Ach 
nicotínico
Somático
Simpático 
suprarrenal
Simpático
[Nn]
Receptor Ach nicotínico
[Nn]
Glândula suprarrenal
Receptor Ach 
nicotínico
[Nn]
Receptor Ach 
muscarínico
[M1M5]
Órgão
Órgão
Receptor 
adrenérgico
[α e β]
Agonistas α e β
na circulação 
[adrenalina/
noradrenalina 
liberadas]
Músculo 
esquelético
Receptor Ach nicotínico
[NM]
Figura 2. Fisiologia e farmacologia autônoma e somática: compartimentos neuroanatômicos. ACh, acetilcolina; NN, 
receptor nicotínico neuronal; NM, receptor nicotínico neuromuscular; M, receptor muscarínico (cinco subtipos); α/β, 
receptores adrenérgicos alfa e beta. Fonte: Kester et al., Farmacologia, 2008
8ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
antagonistas adrenérgicos e podem 
ser resumidas da seguinte forma:
As ações do sistema nervoso autô-
nomo são importantes para com-
preensão dos efeitos dos fármacos 
ÓRGÃO OU 
SISTEMA
TÔNUS 
DOMINANTE
RESPOSTA COLINÉRGICA 
(RECEPTOR)
RESPOSTA ADRENÉRGICA (RECEPTOR)
Coração Parassimpático
Diminuição da frequência (M2)
Diminuição da força (M2)
Aumento da frequência (β1)
Aumento da força (β2)
Vasos 
sanguíneos
Simpático Dilatação
Bifásico
Constrição (α1): Tônus de repouso aumenta a PA
Dilatação (β2): diminui a RVP total e a PA
Árvore brônquica Parassimpático Broncoconstrição Broncodilatação
Olho
Íris, músculo 
radial
Simpático - Contração (midríase; α1)
Íris, músculo 
circular
Parassimpático Contração (miose) -
Músculo ciliar Parassimpático Contração (visão para perto) Relaxamento (β2) (visão para longe)
Gastrointestinal
Motilidade Parassimpático Aumento da motilidade Diminuição da motilidade (α1)
Esfincteres Parassimpático Relaxamento Constrição (α1)
Secreções Parassimpático Estímulo Diminuição (α1)
Bexiga urinária
Detrusor Parassimpático Contração Relaxamento (β2)
Trígono e 
esfíncter
Simpático Relaxamento Contração (α1)
Glândulas 
sudoríparas e 
salivares
Parassimpático Aumento da secreção Aumento da secreção (α1)
Tabela 1. Resposta fisiológica à atividade nervosa autônoma. Fonte: Kester et al., Farmacologia, 2008
9ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
3. TRANSMISSÃO 
ADRENÉRGICA
Os neurônios noradrenérgicos na pe-
riferia são neurônios pós-gangliona-
res simpáticos, cujos corpos celulares 
encontram-se nos gânglios simpáti-
cos. Eles geralmente têm axônios lon-
gos que terminam em uma série de 
varicosidades inseridas ao longo da 
rede de ramos terminais. Essas vari-
cosidades contêm numerosas vesí-
culas sinápticas, que são os locais de 
síntese e liberação de norepinefrina 
e mediadores coliberados, tais como 
ATP e neuropeptídeo Y, que são ar-
mazenadas em vesículas e liberadas 
por exocitose. 
Os receptores adrenérgicos consti-
tuem uma família de proteínas estrei-
tamente relacionadas, tanto estrutural 
quanto funcionalmente, aos recepto-
res acoplados à proteína G (RAPG) 
de uma ampla variedade de outros 
hormônios e neurotransmissores. 
Eles incluem dois subtipos de recep-
tores α (α1 e α2), cada um compre-
endendo três subclasses (α1A, α1B, 
α1D e α2A, α2B, α2C) e três subtipos 
de receptor β (β1, β2 e β3) – ao todo, 
nove subtipos distintos.
Cada um dos três principais subti-
pos de receptores está associado a 
um sistema específico de segundos 
mensageiros. Assim, os receptores 
α1 estão acoplados à fosfolipase C e 
produzem seus efeitos principalmen-
te pela liberação de Ca2+ intracelu-
lar; os receptores α2 estão negativa-
mente acoplados à adenilil ciclase e 
reduzem a formação de AMPc, assim 
como inibem canais de Ca2+ e ativam 
canais de K+; e todos os três tipos de 
receptores β agem por estimulação 
da adenilil ciclase. 
SI
ST
EM
A 
N
ER
VO
SO
 C
EN
TR
AL
ACh
(nic)
Sistema somático 
eferente
Músculo 
esquelético
ACh
(nic)
Medula 
suprarrenal
ACh
(nic)
ACh
(mus)
Glândulas 
sudoríparas
ACh
(nic)
NE 
(α, β)
Vasos 
sanguíneos etc.
Sistema 
simpático
Sistema 
parassimpático
ACh
(nic)
ACh
(mus)
Glândulas 
salivares etc.
10ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
α1 α2 β1 β2 β3
Segundos 
mensageiros e 
efetores
Ativação da fosfo-
lipase C
↑ Trifosfato de 
inositol
↑ Diacilglicerol
↑ Ca2+
↓ AMPc
↓ Canais de 
cálcio
↑ Canais de 
potássio
↑ AMPc ↑ AMPc ↑ AMPc
Ordem de potên-
cia dos agonistas
NE > E >> ISO
E > NE >> 
ISO
ISO > NE > E ISO > E > NE ISO > NE = E
Agonistas 
seletivos
Fenilefrina
Methoxamina
Clonidina
Dobutamina
Xamoterol
Salbutamol
Terbutalina
Salmeterol
Formoterol
Clembuterol
Mirabegron
Antagonistas 
seletivos
Prazosina
Doxazocina
Ioimbina
Idazoxano
Atenolol
Metoprolol
Butoxamina
Tabela 2. Características dos adrenoceptores. E, epinefrina; ISO, isoprenalina; NE, norepinefrina. Fonte: Rang & Dale: 
Farmacologia, 2016
TECIDOS E 
EFEITOS
α1 α2 β1 β2 β3
Músculo liso
Vasos sanguíneos Constrição
Constrição/
dilatação
– Dilatação –
Brônquios Constrição – – Dilatação –
Trato
gastrointestinal
Relaxamento
Relaxamento (efeito
pré-sináptico)
– Relaxamento –
Esfíncteres
gastrointestinais
Contração – – – –
Útero Contração – – Relaxamento –
Detrusor da bexiga – – – Relaxamento Relaxamento
Esfíncter da bexiga Contração – – – –
Vias seminais Contração – – Relaxamento –
Íris (músculo 
radial)
Contração – – – –
Músculo ciliar – – – Relaxamento –
11ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
TECIDOS E 
EFEITOS
α1 α2 β1 β2 β3
Coração
Frequência 
cardíaca
– – Aumento Aumento* –
Força de contração – – Aumento Aumento* –
Outros tecidos/células
Músculo 
esquelético
– – –
Tremor
Aumento da 
massa muscular e 
da velocidade de 
contração
Glicogenólise
Termogênese
Fígado 
(hepatócitos)
Glicogenólise – – Glicogenólise –
Gordura 
(adipócitos)
– – – – Lipólise
Ilhotas 
pancreáticas
(células B)
–
Diminuição da
secreção de
insulina
– – –
Glândulas 
salivares
Liberação de 
K+
–
Secreção 
de
amilase
– –
Plaquetas – Agregação – – –
Mastócitos – – –
Inibição da libera-
ção de histamina
–
Tronco encefálico –
Inibição do efluxo
simpático
– – –
Terminações nervosas
Adrenérgicas –
Diminuição da
liberação
–
Aumento da 
liberação
–
Colinérgicas –
Diminuição da
liberação
– – –
Tabela 3. Distribuição e efeitos dos receptores adrenérgicos. Fonte: Rang & Dale: Farmacologia, 2016
*Em geral, esse efeito é de importância menor, mas pode tornar-se significativo na insuficiência cardíaca.
12ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
SE LIGA! A distinção entre receptores β1 e β2 adre-
nérgicos é importante, pois os receptores β1 são 
encontrados principalmente no coração, no qual são 
responsáveis pelos efeitos inotrópicos e cronotrópi-
cos das catecolaminas. Por outro lado, os receptores 
β2 são responsáveis pelo relaxamento da musculatu-
ra lisa em vários órgãos.
4. ANTAGONISTAS 
DE RECEPTORES 
α-ADRENÉRGICOS
Fármacos que bloqueiam os adre-
noceptores α afetam profundamente 
a pressão arterial. Como o controle 
MAPA MENTAL: TRANSMISSÃO ADRENÉRGICA
α1 α2 β1 β2 β3
Vasoconstrição
Inibição da 
liberação de 
transmissores 
Aumento da 
frequência e da 
força de contração 
cardíacas
Broncodilatação Lipólise e termogênese
Relaxamento da 
musculatura lisa 
gastrointestinal
Inibição da 
agregação 
plaquetária
Hipertrofia 
cardíaca tardia Vasodilatação
Relaxamento 
do músculo 
detrusor 
da bexiga
Secreção salivar
Inibição da 
contração do 
músculo liso 
vascular
Relaxamento da 
musculatura lisa 
visceral
Glicogenólise 
hepática
Inibição da 
liberação 
de insulina
Glicogenólise 
hepática
Tremores 
musculares
simpático normal dos vasos ocorre 
em grande parte por ações agonis-
tas nos receptores α-adrenérgicos, o 
13ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOSbloqueio desses receptores reduz o 
tônus simpático dos vasos sanguíne-
os, resultando em menor resistência 
vascular periférica. Isso induz a taqui-
cardia reflexa resultante da redução 
da pressão arterial. A intensidade da 
resposta depende do tônus simpáti-
co do indivíduo quando o fármaco é 
administrado. Os bloqueadores α-a-
drenérgico têm aplicações clínicas 
limitadas.
Os principais grupos de antagonistas 
de receptores α-adrenérgicos são:
• Não seletivos entre os subtipos 
(ex: fenoxibenzamina, fentolamina)
• α1 seletivos (ex: prazosina, doxa-
zosina, terazosina).
• α2 seletivos (ex: ioimbina, 
idazoxano).
Antagonistas α-adrenérgicos não 
seletivos
A fenoxibenzamina não é específi-
ca para os receptores α, pois também 
antagoniza as ações da acetilcolina, 
histamina e 5-HT. Ela é de longa du-
ração de ação porque se liga covalen-
temente ao receptor. A fentolamina 
é mais seletiva, mas sua ligação ao 
receptor é reversível e seus efeitos 
são de curta duração. 
Fenoxibenzamina
Ligação 
covalente
Rápido
Membrana 
da célula 
efetora
Adrenoceptor
α1 inativado covalentemente
Figura 3. Inativação covalente do adrenoceptor α1 pela 
fenoxibenzamina. Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
Em humanos, esses fármacos cau-
sam queda na pressão arterial (por 
causa do bloqueio da vasoconstrição 
mediada pelos receptores α) e hipo-
tensão postural. O débito cardíaco e a 
frequência cardíaca são aumentados. 
Essa é uma resposta reflexa à queda 
da pressão arterial, mediada através 
dos receptores β. O bloqueio conco-
mitante dos receptores α2 tende a 
aumentar a liberação de norepinefri-
na, fato este que potencializa a taqui-
cardia reflexa por efeito de qualquer 
agente redutor da pressão sanguínea. 
A fenoxibenzamina conserva um 
uso restrito (mas vital) no prepa-
ro pré-cirúrgico de pacientes com 
14ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
feocromocitoma; seu antagonismo ir-
reversível e a depressão resultante no 
máximo da curva dose-resposta do 
agonista são desejáveis em situações 
em que a manipulação cirúrgica do 
tumor possa liberar um grande bólus 
de aminas pressoras na circulação.
Catecolaminas
Isoproterenol 
(mmHg)
Epinefrina
Norepinefrina
200
200
200
0
0
0
Controle 
não
tratado
Pré-
tratamento 
com α-
bloqueador
Pré-
tratamento 
com β-
bloqueador
Bloqueadores α-adrenérgicos não 
têm efeito nas ações do 
isoproterenol, que é um β-agonista 
puro 
Os bloqueadores α-adrenérgicos 
revertem a ação vasoconstritora da 
epinefrina
Figura 4. Resumo dos efeitos dos bloqueadores adre-
nérgicos nas alterações da pressão arterial produzidas 
por isoproterenol, epinefrina e norepinefrina. Fonte: 
Farmacologia ilustrada, 2016
HORA DA REVISÃO!
O feocromocitoma é um tumor do te-
cido cromafim secretante de catecola-
minas que causa hipertensão grave e 
inicialmente episódica. A maneira mais 
efetiva de controlar a pressão arterial 
nesses casos é uma combinação de an-
tagonistas α e β-adrenérgicos. O tumor 
pode ser removido cirurgicamente, sen-
do essencial bloquear os receptores α e 
β antes do início da cirurgia, para evitar 
os efeitos de uma liberação súbita de 
catecolaminas quando o tumor é mani-
pulado. Uma combinação de fenoxiben-
zamina e atenolol mostra-se eficaz para 
esse objetivo.
A fenoxibenzamina pode causar hi-
potensão postural, congestão nasal, 
náuseas e êmese. Ela pode inibir a 
ejaculação. Também pode causar ta-
quicardia reflexa, mediada pelo refle-
xo barorreceptor. A fenoxibenzamina 
deve ser usada com cautela em pa-
cientes com doença cerebrovascular 
ou cardiovascular.
O labetalol e o carvedilol são fárma-
cos mistos, que bloqueiam receptores 
α1 e β- adrenérgicos, embora clinica-
mente ajam predominantemente nos 
receptores β. O carvedilol é usado 
principalmente no tratamento da hi-
pertensão e da insuficiência cardía-
ca; o labetalol é usado no tratamento 
da hipertensão durante a gravidez. 
A fentolamina também pode causar 
arritmias e dor anginosa, sendo con-
traindicada em pacientes com doen-
ça arterial coronariana.
15ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Antagonistas α1 seletivos
A prazosina foi o primeiro antago-
nista α1 seletivo. Atualmente, são 
preferíveis fármacos similares com 
meias-vidas mais longas (p. ex., do-
xazosina, terazosina), que têm a 
vantagem de tornar possível admi-
nistração em dose diária única. Eles 
são altamente seletivos para recepto-
res α1-adrenérgicos e causam vaso-
dilatação e queda da pressão arterial, 
mas com menos taquicardia do que 
os antagonistas α não seletivos, pre-
sumivelmente, porque não aumentam 
a liberação de norepinefrina pelas ter-
minações nervosas simpáticas. Pode 
ocorrer hipotensão postural, mas é 
menos problemático do que com a 
utilização da prazosina, um fármaco 
de curta duração.
Os antagonistas de receptores α1 
causam relaxamento da musculatu-
ra lisa do colo da bexiga e da cáp-
sula prostática e inibem a hipertrofia 
desses tecidos; por isso, são úteis no 
tratamento da retenção urinária asso-
ciada à hipertrofia prostática benigna. 
A tansulosina, um antagonista dos 
receptores α1A-adrenérgicos, mos-
tra certa seletividade para a bexiga e 
causa menos hipotensão do que fár-
macos como a prazosina, que agem 
sobre receptores α1B-adrenérgicos, 
importantes no controle do tônus 
vascular.
Acredita-se que os receptores α1A 
participem da hipertrofia patológica 
não apenas na musculatura lisa vas-
cular e prostática, mas também na 
hipertrofia cardíaca que ocorre na hi-
pertensão e na insuficiência cardíaca. 
O uso de antagonistas seletivos α1A 
para tratar essas condições crônicas 
está sob investigação.
Os α1-bloqueadores podem causar 
tontura, falta de energia, congestão 
nasal, cefaleia, sonolência e hipo-
tensão ortostática (embora em me-
nor intensidade do que observado 
com fenoxibenzamina e fentolamina). 
Ocorre efeito anti-hipertensivo adi-
cional quando os α1-antagonistas 
são administrados com vasodilatado-
res, como os nitratos ou inibidores da 
5-fosfodiesterase (PDE-5) (ex: silde-
nafila), necessitando cautelosa titu-
lação da dose e uso da menor dose 
possível. Bloqueando os receptores α 
nos ductos ejaculatórios e impedindo 
a contração da musculatura lisa, os 
α1-antagonistas podem causar inibi-
ção da ejaculação e ejaculação retró-
grada. Esses fármacos podem causar 
síndrome da íris flácida, uma condi-
ção na qual a íris ondula em resposta 
à cirurgia intraoperatória do olho. 
16ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Figura 5. A primeira dose do bloqueador do receptor 
α1 pode provocar hipotensão ortostática e resultar em 
síncope (desmaio). Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
Antagonistas α2 seletivos
A ioimbina é um alcaloide de ocor-
rência natural; vários análogos sinté-
ticos foram produzidos, como o ida-
zoxano. Esses fármacos são usados 
experimentalmente para análise de 
subtipos de receptores α, e a ioimbi-
na, provavelmente em virtude de seu 
efeito vasodilatador, ganhou notorie-
dade como afrodisíaca, mas nenhum 
deles é usado terapeuticamente. Ela 
é contraindicada em doença cardio-
vascular, condições psiquiátricas e 
disfunções renais, pois pode agravar 
tais condições.
SE LIGA! Usos clínicos dos antagonis-
tas de receptores α-adrenérgicos:
• Hipertensão grave: antagonistas se-
letivos de receptores α1 (ex: doxa-
zosina) em combinação com outros 
fármacos.
• Hipertrofia prostática benigna (ex: 
tansulosina, um antagonista seletivo 
de receptores α1A).
• Feocromocitoma: fenoxibenzamina 
(antagonista irreversível) no preparo 
pré-cirúrgico.
17ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
MAPA MENTAL: TRANSMISSÃO ADRENÉRGICA
Fenoxibenzamina Fentolamina Prazosina Tansulosina Iombina
Ação: Antagonista 
α (não seletivo, 
irreversível); 
Inibidor da 
recaptação
Ação: Antagonista 
α (não seletivo), 
vasodilatador
Ação: 
Antagonista α1A 
(“urosseletivo”)
Ação: 
Antagonista α1
Ação: 
Antagonista α2
Uso: 
Feocromocitoma
Uso: 
Raramente usado
Uso: 
Hiperplasia da 
próstata
Uso: 
Hipertensão
Uso: 
Não é utilizado 
clinicamente, tido 
como afrodisíaco
Efeitos adversos: 
Hipotensãopostural, 
taquicardia, 
congestão nasal, 
impotência
Efeitos adversos: 
Hipotensão 
postural, 
taquicardia, 
congestão nasal, 
impotência
Efeitos adversos: 
Dificuldade na 
ejaculação
Efeitos adversos: 
Hipotensão 
postural, 
taquicardia, 
congestão nasal, 
impotência
Efeitos adversos: 
Excitação, 
hipertensão
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, t1/2 
plasmático ~12h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Geralmente 
administrado via 
IV, metabolizado 
pelo fígado, t1/2 
plasmático ~2h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, t1/2 
plasmático ~4h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, 
Metabolizado 
pelo fígado, t1/2 
plasmático ~4h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, 
Metabolizado 
pelo fígado, t1/2 
plasmático ~4h
Antagonistas 
de receptores 
α-adrenérgicos
18ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
5. ANTAGONISTAS 
DE RECEPTORES 
β-ADRENÉRGICOS
Todos os β-bloqueadores disponí-
veis para a clínica são antagonistas 
competitivos. Os β-bloqueadores não 
seletivos atuam em receptores β1 e 
β2, ao passo que os β-antagonistas 
cardiosseletivos bloqueiam principal-
mente receptores β1. Não há β2-an-
tagonistas clinicamente úteis. Esses 
fármacos também diferem na ativi-
dade simpaticomimética intrínseca 
(ASI), nos efeitos no SNC, no bloqueio 
dos receptores simpáticos, na vasodi-
latação e na farmacocinética. Embo-
ra todos os β-bloqueadores reduzam 
a pressão arterial, eles não causam 
hipotensão postural, pois os adreno-
ceptores α permanecem funcionais. 
Por isso, o controle simpático normal 
dos vasos é mantido. Os β-bloquea-
dores são eficazes no tratamento de 
hipertensão, angina, arritmias cardía-
cas, infarto do miocárdio, insuficiência 
cardíaca, hipertireoidismo e glauco-
ma. Também são usados na profilaxia 
das enxaquecas.
Antagonistas β-adrenérgicos não 
seletivos
O propranolol é o protótipo dos β-an-
tagonistas adrenérgicos e bloqueia 
os receptores β1 e β2 com a mesma 
afinidade. O propranolol diminui o 
débito cardíaco, tendo efeitos crono-
trópicos e inotrópicos negativos. Ele 
deprime diretamente a atividade dos 
nodos sinoatrial e atrioventricular. Em 
geral, a bradicardia limita a sua dosa-
gem. Durante exercício ou estresse, 
quando o sistema nervoso simpático 
está ativado, os β-bloqueadores ate-
nuam o esperado aumento da frequ-
ência cardíaca. O débito cardíaco, o 
trabalho e o consumo de oxigênio di-
minuem pelo bloqueio dos receptores 
β1, e esses efeitos são úteis no trata-
mento da angina. Os β-bloqueadores 
são eficazes para atenuar as arritmias 
cardíacas supraventriculares, mas, 
em geral, não são eficazes contra as 
arritmias ventriculares (exceto as in-
duzidas pelo exercício).
O bloqueio não seletivo dos recep-
tores β impede a vasodilatação nos 
músculos esqueléticos mediada pelos 
receptores β2 e aumenta a resistên-
cia vascular periférica. A redução do 
débito cardíaco produzida por todos 
os β-bloqueadores leva à diminuição 
da pressão arterial, o que desenca-
deia vasoconstrição periférica reflexa 
e se reflete na redução do fluxo de 
sangue na periferia. Em pacientes hi-
pertensos, a resistência periférica to-
tal retorna ao normal ou diminui com 
o uso prolongado de propranolol. Há 
uma redução gradual das pressões 
arteriais sistólica e diastólica nos pa-
cientes hipertensos.
O bloqueio dos receptores β2 nos 
pulmões dos pacientes suscetíveis 
causa contração da musculatura 
lisa bronquiolar. Isso pode precipitar 
19ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
agravamento em pacientes com do-
ença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC) ou asma. Por isso, os β-blo-
queadores, em particular os não sele-
tivos, são contraindicados em pacien-
tes com DPOC ou asma.
O bloqueio β também diminui a glico-
genólise e a secreção de glucagon. Por 
isso, se o propranolol é dado a um pa-
ciente diabético sob tratamento com 
insulina, é essencial monitorar a gli-
cemia cuidadosamente, porque pode 
ocorrer hipoglicemia acentuada após 
a injeção de insulina. Os β-bloquea-
dores também atenuam a resposta 
fisiológica normal à hipoglicemia.
Os β-bloqueadores não seletivos, 
incluindo o propranolol, têm ainda 
a capacidade de bloquear as ações 
do isoproterenol (β1 e β2-agonista) 
no sistema cardiovascular. Assim, na 
presença de um β-bloqueador, o iso-
proterenol não produz estimulação 
cardíaca (mediada por β1) ou redu-
ções na pressão arterial média e na 
pressão diastólica (mediada por β2). 
Na presença do β-bloqueador não 
seletivo, a epinefrina não diminui a 
pressão diastólica ou estimula o co-
ração, mas sua ação vasoconstritora, 
mediada por receptores α, permane-
ce ativa. As ações da norepinefrina no 
sistema cardiovascular são mediadas 
primariamente pelos receptores α e, 
portanto, não são afetadas.
Vasocons
trição 
periférica 
reflexa
Maior 
retenção 
de sódio
Bronco-
constrição
Menor 
frequência
Débito 
cardíaco 
diminuído
β1
β2
β2
Propanolol
Propanolol
Propanolol
Propanolol
Acebutolol
Atenolol
Metoprolol
Nebivolol
Figura 6. Ações do propranolol e de outros β-bloquea-
dores. Fonte: Farmacologia ilustrada, 2016
20ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Os efeitos adversos do propranolol 
incluem: 
• Broncoconstrição;
• Arritmias;
• Comprometimento sexual; 
• Distúrbios no metabolismo: pode 
ocorrer hipoglicemia de jejum, os 
pacientes que recebem β-bloque-
adores não seletivos têm maior 
quantidade de LDL, aumento de 
triglicerídeos e redução de HDL. 
• Efeitos no SNC: incluem depressão, 
tonturas, letargia, fadiga, fraque-
za, distúrbios visuais, alucinações, 
perda de memória de curta dura-
ção, fragilidade emocional, sonhos 
intensos (incluindo pesadelos) e 
depressão.
• Interações: os fármacos que in-
terferem ou inibem a biotransfor-
mação do propranolol, como ci-
metidina, fluoxetina, paroxetina e 
ritonavir, podem potencializar seus 
efeitos anti-hipertensivos. Aque-
les que, ao contrário, estimulam 
ou induzem a sua biotransforma-
ção, como barbitúricos, fenitoína 
e rifampicina, podem reduzir seus 
efeitos.
Fadiga
Disfunção 
sexual
Bronco-
constrição
Arritmias (após 
interrupção 
abrupta do uso)
Figura 7. Efeitos adversos comumente observados em indivíduos tratados com propranolol. Fonte: Farmacologia 
ilustrada, 2016
O nadolol e o timolol também blo-
queiam os adrenoceptores β1 e 
β2 e são mais potentes do que o 
propranolol. O nadolol tem uma dura-
ção de ação muito longa. O timolol re-
duz a produção de humor aquoso. Ele 
21ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
menos efeitos na função pulmonar, 
na resistência periférica e no metabo-
lismo de carboidratos. Apesar disso, 
os pacientes com asma tratados com 
esses fármacos devem ser monito-
rados cuidadosamente, para garantir 
que a atividade respiratória não seja 
comprometida. Em adição à sua ação 
β-bloqueadora cardiosseletiva, o ne-
bivolol libera óxido nítrico das células 
endoteliais e causa vasodilatação.
Antagonistas com atividade 
agonista parcial
Acebutolol (β1-antagonista seletivo) 
e pindolol (β-bloqueador não seletivo) 
não são antagonistas puros. Esses 
fármacos também têm a capacidade 
de estimular fracamente os recepto-
res β1 e β2 por terem leve atividade 
simpaticomimética intrínseca (ASI). 
Esses agonistas parciais estimulam 
o receptor β ao qual se ligam, mas 
inibem a estimulação pelas cateco-
laminas endógenas mais potentes, 
epinefrina e norepinefrina. O resulta-
do dessas ações opostas é um efeito 
bem diminuído na frequência e no dé-
bito cardíaco se comparado ao efeito 
de β-bloqueadores sem ASI.
Os β-bloqueadores com ASI minimi-
zam os distúrbios no metabolismo 
de carboidratos e lipídeos observa-
dos com outros β-bloqueadores. Por 
exemplo, esses fármacos não dimi-
nuem os níveis de HDL no plasma.
é usado topicamente no tratamento 
do glaucoma de ângulo aberto crôni-
co e, às vezes, no tratamento sistêmi-
co de hipertensão.
Outros β-bloqueadores de uso tópico, 
como betaxolol e carteolol, também 
são eficazes para diminuir a pressão 
intraglobular no glaucoma. Isso ocor-
re por diminuição da secreção do hu-
mor aquosopelo corpo ciliar. 
Antagonistas β1 seletivos
Fármacos que bloqueiam preferen-
cialmente os receptores β1 minimi-
zam a indesejada broncoconstrição 
(efeito β2) observada com o uso do 
propranolol em pacientes asmáticos. 
Os β-bloqueadores cardiosseletivos, 
como acebutolol, atenolol e meto-
prolol, antagonizam os receptores β1 
em doses de 50 a 100 vezes menores 
do que as necessárias para bloquear 
os receptores β2. Essa cardiosseleti-
vidade é mais pronunciada nas doses 
baixas e se perde nas doses elevadas. 
Esses fármacos reduzem a pressão 
arterial na hipertensão e aumentam 
a tolerância ao exercício na angina. 
O esmolol tem meia-vida muito cur-
ta devido à biotransformação de uma 
ligação éster. Está disponível apenas 
para via intravenosa (IV) e é usado 
para controlar a pressão arterial ou o 
ritmo cardíaco durante procedimen-
tos cirúrgicos ou diagnósticos. Em 
contraste com o propranolol, os β-blo-
queadores cardioespecíficos têm 
22ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Figura 8. Comparação de agonistas, antagonistas e 
agonistas parciais dos adrenoceptores β. Fonte: Farma-
cologia ilustrada, 2016
Antagonistas de adrenoceptores α 
e β
O labetalol e o carvedilol são β-blo-
queadores com ações α1-bloquea-
doras concomitantes que produzem 
vasodilatação periférica, reduzindo a 
pressão arterial. Eles contrastam com 
outros β-bloqueadores que produ-
zem vasoconstrição periférica inicial 
e, por isso, são úteis no tratamento de 
pacientes hipertensos para os quais o 
aumento da resistência vascular peri-
férica é indesejável. O carvedilol tam-
bém diminui a peroxidação lipídica e 
o engrossamento da parede vascular, 
efeitos benéficos na insuficiência car-
díaca. Hipotensão ortostática e ton-
turas são associadas com o bloqueio 
α1. 
A
Propanolol
BAgonistas
(p. ex., epinefrina)
Antagonistas
(p. ex., propranolol)
EFEITOS CELULARES
Receptores β1 e β2 ativados 
Receptores β1 e β2
Propanolol
Epinefrina
Receptores β1 e β2 
bloqueados, mas não ativados 
C Agonistas parciais
(p. ex., pindolol e 
acebutolol)
Receptores β1 e β2 parcialmente ativados, 
mas incapazes de responder às 
catecolaminas mais potentes
EFEITOS CELULARES 
DIMINUÍDOS
23ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
SE LIGA! Usos clínicos dos antago-
nistas de receptores β-adrenérgicos:
Cardiovasculares:
• Angina de peito;
• Infarto agudo do miocárdio e infar-
tos subsequentes;
• Prevenção de arritmias recorren-
tes (principalmente se induzidas 
por ativação simpática);
• Insuficiência cardíaca (em pacien-
tes bem compensados);
• Hipertensão (não são mais de pri-
meira escolha).
Outros usos:
• Glaucoma (ex: timolol em colírio);
• Tireotoxicose, como adjuvan-
te do tratamento definitivo (ex: 
pré-operatório);
• Ansiedade, no controle dos sin-
tomas somáticos (ex: palpitações, 
tremor);
• Profilaxia da enxaqueca;
• Tremor essencial benigno (distúr-
bio familiar). Figura 9. Algumas aplicações 
clínicas dos β-bloqueadores. AV, 
atrioventricular. Fonte: Farmaco-
logia ilustrada, 2016
Hipertensão
Propranolol, metoprolol, timolol e 
outros β-bloqueadores diminuem o 
débito cardíaco e a secreção de renina
Glaucoma
Timolol e outros β-bloqueadores 
diminuem a secreção de humor 
aquoso
Enxaqueca
O propranolol apresenta 
um efeito profilático
Tirotoxicose
O propranolol diminui a 
frequência cardíaca e o 
potencial para arritmias
Profilaxia de arritmias após infarto do 
miocárdio
Propanolol e metoprolol diminuem o 
débito cardíaco e a secreção de renina
Taquicardia supraventricular
Propanolol e esmolol diminuem a 
velocidade de condução AV
Angina pectoris
Propanolol, nadolol e outros β-
bloqueadores reduzem a frequência 
cardíaca e a força de contração cardíaca
Alguns fármacos atuam no neurônio 
adrenérgico, interferindo na liberação 
do neurotransmissor das vesículas de 
armazenamento ou alterando a cap-
tação do neurotransmissor para den-
tro do neurônio adrenérgico. Contudo, 
devido ao advento de fármacos novos 
e mais potentes, com menos efeitos 
adversos, esses fármacos raramente 
são usados em terapêutica. A reser-
pina é um dos remanescentes desta 
categoria.
24ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
MAPA MENTAL: ANTAGONISTAS DE RECEPTORES Β-ADRENÉRGICOS
Propranolol Alprenolol Metoprolol Nebivolol Butoxamina
Ação: 
Antagonista β 
(não seletivo)
Ação: Antagonista 
β (não seletivo) 
(agonista parcial)
Ação: Antagonista 
β1, Aumenta a 
síntese de NO
Ação: 
Antagonista β1
Ação: 
Antagonista β2, 
Agonista α fraco
Uso: Angina, 
hipertensão, 
arritmias, 
ansiedade, 
tremores, 
glaucoma
Uso: Angina, 
hipertensão, 
arritmias, 
ansiedade, 
tremores, 
glaucoma
Uso: 
Hipertensão
Uso: Angina, 
hipertensão, 
arritmias
Uso: Sem 
usos clínicos
Efeitos adversos: 
Broncoconstrição, 
IC, extremidades 
frias, fadiga 
e depressão, 
hipoglicemia
Efeitos adversos: 
Broncoconstrição, 
IC, extremidades 
frias, fadiga 
e depressão, 
hipoglicemia
Efeitos adversos: 
Fadiga, dores de 
cabeça
Efeitos adversos: 
IC, extremidades 
frias, fadiga 
e depressão, 
hipoglicemia, 
menor risco de 
broncoconstrição
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, Extenso 
metabolismo pré-
sistêmico, t1/2 
plasmático ~4h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, 
Metabolizado 
pelo fígado, t1/2 
plasmático ~4h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, t1/2 
plasmático ~10h
Aspectos 
farmacocinéticos: 
Absorvido 
oralmente, 
Metabolizado 
majoritariamente 
no fígado, t1/2 
plasmático ~3h
ANTAGONISTAS 
DE RECEPTORES 
Β-ADRENÉRGICOS
25ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
MAPA MENTAL: ANTAGONISTAS DE RECEPTORES α E β-ADRENÉRGICOS
ANTAGONISTAS 
DE RECEPTORES Α E 
Β-ADRENÉRGICOS
Labetalol Carvedilol
Ação: 
Antagonista α/β
Ação: 
Antagonista β/α1
Uso: 
Hipertensão na gravidez
Uso: 
Insuficiência cardíaca
Efeitos adversos: 
Hipotensão postural, 
broncoconstrição
Efeitos adversos: 
Iguais aos restantes 
bloqueadores β, Agravamento inicial 
da IC, Insuficiência renal
Aspectos farmacocinéticos: 
Absorvido oralmente, Conjugado no 
fígado, t1/2 plasmático ~4h
Aspectos farmacocinéticos: 
Absorvido oralmente, 
t1/2 plasmático ~10h
26ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
MAPA MENTAL: ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Não seletivos: propranolol, nadolol, 
timolol, betaxolol, carteolol
Antagonistas 
adrenérgicos
Antagonistas de 
receptores α adrenérgicos
Não seletivos: 
fenoxibenzamina, 
fentolamina
Antagonistas de 
receptores β adrenérgicos
β1 seletivos: acebutolol, atenolol, 
metoprolol, esmolol, nebivolol
Antagonistas com atividade 
agonista parcial: acebutolol, pindolol
Antagonistas α e β: 
labetalol, carvedilol
↓ PA
Efeito antianginoso
Broncoconstrição
Redução da FC e bloqueio cardíaco
IC
Hipoglicemia e diminuição da 
resposta simpática à hipoglicemia
Extremidades frias
Fadiga
Angina pectoris
IAM
Prevenção de arritmias
IC
HAS
Glaucoma
Tireotoxicose
Ansiedade
Profilaxia de enxaqueca
Tremor essencial benigno
Grupos
Efeitos 
farmacológicos
Efeitos 
adversos
Usos clínicos
α1 seletivos: 
prazosina, doxazosina, 
terazosina
α2 seletivos: 
ioimbina, idazoxano
↓ PA
↑ FC
↓ tônus da 
musculatura lisa no 
colo da bexiga
Taquicardia
Hipotensão postural
Congestão nasal
Impotência
Hipertensão grave
Hipertrofia 
prostática benigna
Feocromocitoma
Grupos
Efeitos 
farmacológicos
Efeitos 
adversos
Usos clínicos
27ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
Whalen, Karen. Finkel, Richard. Panaveli, Thomas A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016.
Rang H. P., et al. Rang & Dale: farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
Bruntos, Laurence L. Chabner, Bruce A. Knollmann, Bjorn C. As bases farmacológicas da 
terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
28ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS

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