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Trabalho de didática

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SER EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA: A PRÁTICA DE CONSTRUÇÃO DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2020 
 
 
GABRIELA ANDREDE LEAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA: A PRÁTICA DE CONSTRUÇÃO DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A alegria não chega 
apenas no encontro do 
achado, mas faz parte do 
processo da busca. E ensinar e 
aprender não pode dar-se fora 
da procurar, fora da boniteza e 
da alegria. 
Paulo Freire. 
 
 
Didática: a prática de construção do aluno 
 
O texto apresentado como base para este trabalho relata o professor, certo 
de seus métodos, tentando lecionar aos seus alunos pássaros e, estes últimos, 
cansando de nenhum aprendizado absorvido. Ou seja, a didática usada pelo 
professor não resultou de nenhum ensinamento aos seus alunos pássaros. O 
professor não construía educação. 
Foi quando o professor percebeu, ou seja, deixou livres seus alunos e 
entendeu o que eles desejavam. O voar e bater as asas eram essenciais para seus 
alunos. Nesta situação o professor compreendeu de que maneira pode ensiná-los. 
A partir de então os alunos começaram a aprender e o professor a ensinar. E o 
professor aprendeu com seus alunos. 
Nesta estória se percebe que o “ensinar-aprendendo” fez a diferença. A 
didática dentro da pedagogia é a prática de ensino. É o que o professor aprendeu 
na teoria passando aos seus alunos. A pedagogia constrói o aluno. A construção é 
a interação do aluno com o professor. Na estória dos ‘pássaros’, o professor 
somente começou a construir quando ouviu seus alunos. Foi na interação que 
obteve uma didática certa: “O professor estaria passando (ensinando) ao aluno o 
prazer de aprender – com o professor aprendendo – e o prazer de ensinar – com o 
aluno ensinando” (TIBA, 2006). 
O professor deve conhecer os seus alunos: “antes de qualquer estímulo que 
sirva para detectar as condições de prontidão da criança, nada melhor do que 
conhecê-la. E para tal, uma forma agradável de iniciar o contato seria oferecer 
oportunidades para a criança falar de si mesma” (NICOLAU; MAURO, 1986). E 
antes de conhecer, primeiramente deve gostar de seus alunos, gostar de seu ofício. 
Ensinar não deve ser meramente uma profissão e sim uma vocação, do qual o 
professor se orgulhe do que faz. A didática parte do espírito do professor. O método 
da didática define o aprendizado do aluno, pois a educação é intencional. Deste 
modo, o professor deixa sempre uma marca ao aluno: “um bom professor é 
lembrado nos tempos de escola” (CURY, 2003). 
A didática é a prática pedagógica do qual se constrói o aprendizado do aluno. 
Esta construção se efetua quando, como já foi dito, o professor conhece seus 
alunos. E o processo de conhecimento se dá no diálogo. 
“Dirigindo a conversa com a criança, o professor pode fazer com que ela diga 
seu nome, sua idade, data de aniversário, nome dos pais, no que os pais trabalham, 
 
 
como é a sua família, quantos irmãos tem, onde e no que trabalham. Recupera-se, 
assim, a identidade da criança, valoriza-se o seu contexto familiar, considerando-a 
como interlocutor. E o professor obtém dados que permitem construir uma 
configuração social do seu grupo-classe. Outros temas podem tornar-se objeto 
dessa conversa de aproximação com a criança. Conversar com a criança sobre o 
trajeto de casa à escola, os fatos pitorescos normalmente observados nesse trajeto; 
as fontes de medo e ansiedade que porventura apresentem; as coisas do que gosta 
e sabe fazer, aquelas que acham difíceis; suas preferências; brinquedos de casa e 
de escola, tudo isso contribui para que haja uma aproximação e uma troca 
interpessoal entre professores e alunos. O importante é deixar a criança à vontade, 
propiciando-lhe condições para que se dê a conhecer e que o educador venha a 
amá-la, respeita-la e compreendê-la”. (NICOLAU; MAURO. 1986 pª 25). 
 
Interação professor - aluno 
 
O professor deve criar um vínculo com a criança. Através de sua criatividade, 
sua amizade, seus dons, ele conquista o aluno. Cada aluno não é mais um número 
na sala de aula, mas um ser humano abrangente, como necessidades particulares. 
O professor possui sensibilidade para falar ao coração dos seus alunos. Ensinar é 
transmitir o que se sabe a quem quer saber, portanto, é dividir a sabedoria. É um 
gesto de generosidade, humanidade e amor. A relação entre professor e aluno 
depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação 
empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de 
compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o 
deles. 
Com o objetivo de “desalinhar a população” com vistas a sua 
conscientização, Freire criou a “pedagogia do diálogo” orientando que a relação 
educando – educador se desse de forma horizontal. De acordo com essa visão, o 
processo educativo tem como ponto de partida “as situações vividas” pelo educador 
na realidade do educando. Nesse processo, a relação “educador-educando” 
converte-se na relação “educando-educador e educador-educando” da qual brotam 
os “temas geradores” ou “palavras geradoras” para serem trabalhadas nos círculos 
de cultura. Dessa forma, os círculos de cultura ocupavam-se dos temas geradores 
ou palavras geradoras que emanavam do diálogo sobre as experiências e 
dificuldades vividas pelo educando, compartilhadas pelo educador. Os “temas 
 
 
geradores” ou as “palavras geradoras” deviam ser aprofundadas na perspectiva da 
“problematização”, desenvolvendo no educando “uma visão crítica” de sua 
realidade”. (BIZERRA, 2001 pª 267). 
Mesmo sabendo que esta é uma ferramenta difícil, o professor deve passar 
ao aluno o gosto pelo estudo: “Ao demonstrar o prazer de aprender com o aluno e 
agradecer-lhe, olhando-o no fundo dos olhos, o professor passa sentimentos 
progressivos que, com certeza, vão agradar bastante o aluno” (TIBA, 2006). Esse 
aluno vai sentir na sua alma o prazer e a utilidade de ensinar. 
A sala de aula é um dos espaços privilegiados, onde o conhecimento é 
construído, compartilhado e reconstruído. Os vínculos estabelecidos entre 
professor e aluno são muito fortes para o desenvolvimento pessoal e intelectual do 
aluno. A sala de aula é uma grande rede de interações sociais. E, para que essa 
organização funcione como instrumento de aprendizagem, é muito importante que 
haja uma boa comunicação entre o professor e os alunos: “a sala de aula não é um 
exercício de pessoas caladas nem um teatro onde o professor é o único ator e os 
alunos, espectadores passivos. Todos são atores da educação. A educação deve 
ser participativa”. (CURY, 2003). 
Nas interações, em sala de aula, cada aluno tem o direito de expressar suas 
ideias, de mostrar o seu jeito próprio de ver o mundo. E tem um jeito criativo de 
inventar tarefas, de promover o aprendizado. Cada aluno sabe algo que seus 
colegas e seu professor não sabem. É muito importante conseguir que os alunos 
façam parte de sua própria aprendizagem. 
“O professor deve aprender rapidamente o nome dos alunos que é uma 
forma básica de aproximação entre os dois: pesquisas indicam que as crianças 
desenvolvem atitudes mais positivas quando a relação com os professores é mais 
calorosa. Se ao contrário é marcada pela distância, pela frieza, os alunos vão reagir 
através da oposição aberta à aula ou ao professor. Outra atitude do professor está 
relacionada a manter o "radar" em funcionamento: os professores de sucesso 
tendem a ressaltar no diálogo com os alunos os aspectos curriculares em prejuízo 
do mau comportamento, ou seja, a centralidade do professor sobre os 
comportamentos de indisciplina pode constituir-se como um reforço dos mesmos” 
(WILD, 2009 pª 04). 
Professor e aluno aprendemjuntos. O diálogo é de suma importância para 
esta interação. Deve haver colaboração de ambos, a união numa base empática. 
Neste diálogo se diverge a honestidade, do qual se entrará em um clima de 
confiança. Favorecer este diálogo é algo que não ocorre de maneira espontânea, 
 
 
pois, o professor deve ter um conhecimento atento de sua turma. A interação em 
sala de aula é um dos aspectos que contam para o bom desenvolvimento da 
aprendizagem. 
 
O aluno pensador 
 
Na estória “Os pássaros”, apresentada acima, os alunos tinham o desejo de 
ficar fora da gaiola, ou seja, tinham pensamento próprio, eram críticos. Essa é uma 
tendência da educação transformadora. O aluno entra na escola e sai diferente de 
como entrou. Esse “sair” significa o aluno ter adquirido ideias próprias, ter tornado 
autocrítico. 
O aluno aprende a ser crítico a partir da interação entre este e o professor. 
Não se pode ficar apenas nas respostas de livros. O aluno deve ter 
autoconhecimento, autocrítica, replicar suas questões e dúvidas. É preciso adquirir 
ideias próprias, ser racionalista nos estudos. 
O professor deve fazer com que o aluno trabalhe suas questões: Quando o 
professor começa uma aula contando uma notícia relacionada ao conteúdo da aula 
do dia e pede comentários aos alunos, está dissimulando a capacidade de 
compreensão, interpretação e comunicação dos que sabem, bem como a 
curiosidade dos que não sabem. (TIBA, 2006). 
O professor deve fazer com que o aluno fale, responda, discuta, debata. É 
preciso fazer com que o aluno exercite. 
“O professor-orientador dirige as explicações recebidas ao tema que 
interessa à aula, pedindo aos alunos que sabem para explicarem aos que não 
sabem. Além de estimular o entrosamento entre os alunos, cria-se um bom “ibope” 
com o professor-orientador, cuja aula passa a ter a responsabilidade de alinhavar 
as informações, complementando com tópicos de que ele precisaria falar. E o que 
torna uma informação mais atraente são os temperos do humor, da clareza, além 
da sua assertividade e utilidade” (TIBA, 2006 pª 42). 
A sociedade atual pede seres humanos dotados com criatividade, 
inteligência, capazes de resolver questões e assumir responsabilidades próprias. 
Para tempos novos, obras novas. Devido a isso hoje o aluno deve construir seu 
pensamento próprio. “O objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem 
pensadores e não repetidores de informações” (CURY, 2003). Os alunos de hoje 
serão os médicos, advogados, cientistas e políticos do amanhã. 
 
 
Promover o aluno a um estudo crítico e/ou uma busca por ideias particulares, 
a Escola coopera para a construção e promoção social, isto é, o aluno se torna 
responsável pelo meio social em que ele vive, permite conhecer e ouvir o outro, o 
egocentrismo se torna uma universalidade recíproca. A partir da aprendizagem se 
parte uma construção para a vida. Tudo parte da aprendizagem, ou como disse 
Piaget: “Não se pode ter aprendido sem algum pensamento, nem se pode 
desenvolver o pensamento sem algum aprendizado” (FURTH; WACHS, 1979).

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