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PROJETO DE ENSINO A IMPORTANCIA DAS RELAÇÕES AFETIVAS ENTRE PROFESSOR E ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZADO

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4
Faculdades Integradas Norte do Paraná – UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA - LICENCIATURA
ANA CARLA FÉLIX DE OLIVEIRA
PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA
A IMPORTANCIA DAS RELAÇÕES AFETIVAS 
ENTRE PROFESSOR E ALUNO 
NO PROCESSODE ENSINO E APRENDIZADO
São Francisco do Itabapoana - RJ
2021
ANA CARLA FÉLIX DE OLIVEIRA
PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA
A IMPORTANCIA DAS RELAÇÕES AFETIVAS 
ENTRE PROFESSOR E ALUNO 
NO PROCESSODE ENSINO E APRENDIZADO
Projeto de Ensino apresentado à Faculdades Integradas Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Tutora à Distância: Profª. Lilian Amaral da Silva Souza.
São Francisco do Itabapoana - RJ
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1	TEMA GERAL	5
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	7
4	OBJETIVOS	8
4.1 OBJETIVO GERAL	8
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	8
5	PROBLEMATIZAÇÃO	9
6	REFERENCIAL TEÓRICO	10
7	METODOLOGIA	15
8	 CRONOGRAMA	17
9	RECURSOS 	19
10	AVALIAÇÃO 	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
As relações afetivas facilitam o processo de ensino aprendizagem, a empatia aproxima o professor e o aluno, que se sente estimulado e motivado. Na escolha do projeto sobre a Importância das relações afetivas se deu pela observação no dia a dia da criança na escola, percebe-se os efeitos de uma rotina de vida, com conflitos familiares, morais e sociais que influencia a construções de valores.
Na sala de aula o professor consegue identificar a influência desses fatores, que apresenta alunos desmotivados, agressivos, traumatizados e com total falta de interesse pelo ensino-aprendizagem. A escola tem um papel importante nessas situações ela sente a necessidade de preparar seus docentes, demonstrando interesse pelo aluno, que ele se sinta acolhido, bem, valorizado e amado, é quando a criança se sente importante que desperta nela o desejo de aprender, esse bom relacionamento contribui positivamente para ambas as partes.
O professor deve ter o controle de sua turma, conhecendo o seu aluno, entendendo cada um no seu individual e pessoal, mostrar que ele é importante respeitado e compreendido que a escola é seu refúgio, sua amiga, querendo sempre o seu bem, vivenciando assim um ambiente harmonioso, no qual compreende o aluno com olhar afetivos nas ações do cotidiano, amadurecendo assim suas personalidades.
É importante trabalhar esse assunto nas séries iniciais, pois é a partir dos 6 (seis) anos de idade que a criança adquire personalidade, passado do estágio de egocentrismo pra um estágio mais estruturado, criando novas relações com a sociedade, adquirindo valores e criando atitudes. Com objetivo de mudar a postura do aluno e do professor a respeito do afeto e carinho, promover conscientização do docente sobre o papel de ser o mediador na construção dessas boas relações no ambiente escolar, demonstrando a influência do afeto do professor no processo de ensino e desenvolvimento infantil anos iniciais do Ensino Fundamental.
A metodologia utilizada no projeto será a pesquisa bibliográfica, na qual será analisado e discutido como ocorre a afetividade nas práticas pedagógicas com pesquisas fundamentadas pelos autores: CURY, PIAGET, SALTINI, VYGOTSKY, EUGÊNIO CUNHA e ANTUNES, que defendem essa relação positiva entre professor e aluno, que o bom relacionamento é importante no processo de ensino.
1 	TEMA GERAL 
O Projeto tem como tema central a importância das relações afetivas entre professor e aluno no processo de ensino aprendizado nos primeiros anos do ensino fundamental, tendo como base autores que defendem a influência de um bom relacionamento entre professor e aluno, relacionamento que é responsável pelo bom andamento do ensino. Esse tema foi abordado e escolhido por fazer parte do processo educativo de maneira geral, contribuindo os estudos na reflexão sobre o papel do professor no ambiente escolar, se o educando está dando espaço para o aluno interagir com ele, se ele procura conhecer a realidade familiar do aluno, se ocorre o suporte emocional da escola.
Para que o projeto desenvolva e ocorra de forma correta será analisado a realidade educacional, de como é o relacionamento dos alunos e professores, se existe ou não essa qualidade de afetividade, mas a realidade pode ser um pouco diferente, atualmente a sala de aula não tem proporcionado um ambiente agradável nas relações entre professor e aluno, faltando assim a afetividade entre ambas as partes, causando desinteresse educacional, aonde o aluno não aprende e o professor não se sente motivado em ensinar.
A pedagogia afetiva é a linha de estudo em que o professor deve seguir em sala de aula, demonstrando respeito, afeto, empatia, dedicação, e compromisso com o bem estar do aluno, pois essa relação é cargo chefe no desenvolvimento da criança e responsável pela forma de alcançar os objetivos propostos no ensino e aprendizado. Sabendo disso é possível perceber a interação do aluno quando se existe um relacionamento saudável com o professor, transmitindo confiança e essa confiança quando adquirida se torna mutua. 
A afetividade é responsável pelos bons relacionamentos interpessoais, contribuindo de forma significativa para professores e alunos, tornando assim o ambiente prazeroso, confiável e amigável, podendo assim conviver em sala de aula e lidar com os problemas do cotidiano juntos. 
A intenção após a conclusão do trabalho é que o estudo contribua para que o professor seja mais compromissado e preocupado com o bem estar do aluno, dando importância para as relações afetivas, se preocupando com o pessoal do aluno, passando a confiança necessária para atingirem seus objetivos pessoais e educacionais.
2 	JUSTIFICATIVA
O tema foi escolhido por haver uma preocupação entre os professores e alunos de pedagogia, em como trabalhar e se comportar para que aconteça a interação entre aluno e professor no cotidiano escolar, e qual é a melhor maneira de agir em sala de aula, apontando as dificuldades nessas relações, que podem ser reflexos do ambiente em que o aluno vive como, por exemplo: problemas familiares, problemas sociais, e etc., ou profissionais licenciados mal preparados, falta de apoio da escola, da gestão escolar, e comunidade em que vive, esses podem ser fatores responsáveis pelo mau relacionamento em sala de aula, causando agressividade, falta de interesse e prejudicando o processo de aprendizado. 
Nesse momento que entra afetividade, a atenção especial com o aluno, apesar de sabermos que há diversos desafios que impedem o desenvolvimento da educação, o afeto é um grande aliado do professor para que alcance o objetivo educacional, e uma forma de aproximação com a criança de entender o seu individual, através desse bom relacionamento entre professor e aluno serão construídos valores humanos que influenciaram o aluno em sua perspectiva de vida, durante toda sua vida, talvez ele esqueça algum problema de matemática, ou alguma colocação gramatical, mas nunca de uma boa relação que teve com aquele professor, um ensinamento pessoal que o profissional passou de forma carinhosa, respeitosa, transformando assim o aluno um cidadão melhor, mais confiante e dedicado com suas tarefas.
O autor (CURY, 2003, p. 65) resumidamente diz o seguinte, “os professores são insubstituíveis apesar de suas dificuldades, porque a solidariedade, a inclusão, gentileza, a afetividades e todas as áreas da sensibilidade não se pode ser ensinadas por máquinas e nem por livros, mas sim por seres humanos preparados e comprometidos com o bem estar dos alunos”. Cury em sua tese mostra-nos a importância da atuação do profissional docente que independente de suas limitações, se mostra necessário e presente na vida do aluno, transformando de forma especial dentro e fora da sala de aula.
Na comunidade em que vivo esse relacionamento entre aluno e professor pode ser ainda mais estreitado pois a cidade é pequena e todos nós conhecemos, frequentamos lugares em comum e nosso convívio passa a ser mais presente e significativo.3 	PARTICIPANTES
O Projeto apresentado e pesquisado tem como público alvo alunos com idade acima de 6 anos, ou seja, os primeiros anos do ensino fundamental e professores da rede de ensino, buscando compreender a melhor maneira de manter o relacionamento afetivo entre aluno e professor, buscando uma prática pedagógica diferenciada, e para que isso aconteça é necessário a existências de estímulos que transformem a vida do aluno de maneira legal e prazerosa, a utilização de pedagogia afetiva permite o professor conhecer o aluno em suas particularidades, para Cunha (2008, p. 67): 
São as nossas emoções que nos ajudam a interpretar os processos químicos, elétricos, biológicos e sociais que experimentamos, e as vivenciadas experiências que amamos é que determinará a nossa qualidade devida. Por essa razão, todos estão aptos a aprender quando amarem, quando desejarem, quando forem felizes.
A participação do aluno e professor é de extrema importância nesse processo afetivo, ambas as partes estão ganhando, pois desenvolver o afeto será algo determinante na vida do aluno, se sentirá amado e consequentemente o desejo de aprender, se tornando um cidadão feliz e o professor realizado conseguindo atingir os objetivos propostos nos currículos nacionais de educação
4 	OBJETIVO
4.1 OBJETIVO GERAL
O trabalho tem como objetivo geral e primordial de mostrar o impacto positivo no processo de ensino e aprendizado através das relações afetivas entre o professor e o aluno, nas crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, de como a afetividade transforma e molda a personalidade da criança, para que no futuro se torne um cidadão de exemplo na sociedade.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Debater e analisar, através da opinião do aluno e pesquisas com os autores envolvidos de qual é o perfil de um bom professor.
· Causar um impacto entre os professores, de como está sendo desempenhado o seu papel como mediador da educação, se está sendo afetivo e se preocupando com o bem estar do aluno.
5 	PROBLEMATIZAÇÃO
Compreendemos que o papel do professor em relação à afetividade é de tamanha importância para o desenvolvimento do aluno, notamos com a pesquisa a abordagem de muitos teóricos falando em respeito da aprendizagem, podemos citar Vygotski que afirma que: “o aluno carrega consigo uma bagagem de conhecimento no quais adquiridos através de sua experiência e momentos vividos, conhecido como o conhecimento prévio, e é através desse conhecimento prévio que o professor ira ensinar novas teorias para aquele aluno” (1996, p. 40). Porém, se não houver uma situação de confiança entre os envolvidos, provavelmente o professor não irá conseguir determinar o conhecimento prévio do aluno, comprometendo a aprendizagem. Sendo necessária a construção de uma relação amigável, afetiva e confiável entre aluno e professor. 
Para Montessori apud Cunha (2008, p. 59) diz que:
Um educador mal preparado para observar a alma infantil e o dinamismo nas nuances de seu desenvolvimento cognitivo pode calcar a sua natural necessidade para o aprendizado escolar e, consequentemente de expressar-se. É necessário manter a prodigiosa aptidão da criança que, enquanto vive plenamente, aprende. 
A autora defende a importância de se estar devidamente preparado e com a sensibilidade focada no bem estar do aluno, atendendo expectativas e promovendo momentos marcantes e significativos e um educador mal preparado impede que esse desenvolvimento aconteça, causando consequências e suas vidas adultas.
6 	REFERENCIAL TEÓRICO
O professor na atualidade desenvolve um papel de mediador do ensino para o aluno e uma ferramenta que facilita e estreita esse relacionamento é a afetividade. Piaget (2005) aborda a afetividade como uns dos principais elementos da inteligência, colaborando com o desenvolvimento do aluno, como também pode prejudicar com o excesso de cuidado dos pais, por exemplo, pais super protetores. 
Por isso é importante conhecermos bem o ser humano e praticar corretamente a pedagogia afetiva. Segundo Cunha (2008, p. 51):
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares que, muitas vezes estão fechados às possiblidades acadêmicas. Considerando o nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até comportamentos agressivos na escola hoje em dia, seria difícil encontrar algum outro mecanismo de auxílio ao professor mais eficaz. 
O autor nos mostra a importância que o professor deve ter em conhecer o seu aluno no particular e individual, principalmente nos estágios de desenvolvimento cognitivos, utilizando de recursos e ao mesmo tempo estimulados, facilitando o processo de ensino e aprendizado. Para Saltini:
Inicialmente, educar seria, então, conduzir ou criar condições para que, na interação, na adaptação da criança de zero até seis anos, fosse possível desenvolver as estruturas da inteligência necessárias ao estabelecimento de uma relação lógico-afetivo com o mundo (SALTINI, 2008, p. 12).
O autor Saltini diz também que o professor precisa além dos conhecimentos teóricos, conhecer o seu aluno, entende–ló, o professor não é dono do Saber e deve reconhecer quando cometer algum erro, o aluno deve ser visto como um sujeito ativo e não um expectador, aonde somente é repassado conteúdos, mais sim aprender de forma significativa.
Porque educar não é apenas transmitir conhecimento, mas sim dar a oportunidade para o aluno de conhecer e buscar a aprender, suas próprias verdades e sabendo disso o professor deve usar vários fatores para que esse desejo no aluno desperte.
O afeto realmente é muito importante na relação entre aluno e professor, procurando uma boa perspectiva por parte do aluno em querer aprender e se tornar participativo. Santini (2008) comenta que é através dessa interação afetiva que ocorre a troca de conhecimentos, diálogos, no qual o aluno desenvolve intelectualmente na interação das atividades. 
No estudo de Piaget comprova os estágios cognitivos, no qual cada estágio deve ser seguindo e orientado pelo professor, pois cada etapa exige conhecimento intelectual e amadurecimento das emoções e desenvolvimento da afetividade infantil, resultando assim em ótimos resultados. Para Cunha (2008), diz que: 
É importante que o professor conheça os estágios do desenvolvimento cognitivo do seu aluno, para utilizar os mecanismos educativos apropriados que promovam práticas pedagógicas estimativas, não restritivas, adequadas ao período de amadurecimento de cada idade. 
Esse autor mostra a importância de seguirmos os estágios do desenvolvimento cognitivo da criança, influenciando diretamente nas práticas pedagógica. Continuamos com Cunha (2008) dizendo o seguinte:
O modelo de educação que funcionava verdadeiramente é aquele que começa pela necessidade de quem aprende e não pelos conceitos de quem ensina. Ademais, a prática pedagógica para afetar o aprendente deve ser acompanhada por uma atitude vicária do professor. 
Deixando claro que o aluno durante a prática pedagógico é o ativo mais importante, o professor deve refletir sobre sua ação se está desenvolvendo essas práticas, o aluno deve ter suas necessidades respeitas, o ensinar deve ser encarado como uma experiência prazerosa pelo aluno no qual ele aprende se divertindo. Saltini (2008) mostra a importância do vínculo afetivo com o aluno, entender que se tratando de crianças elas já são dotadas de sentimentos e vontades próprias, devendo conhecê-lo e estar sempre disposto a ajuda-los para que essa convivência em sala de aula se torne prazerosa.
O professor (educador) obviamente precisa conhecer e ouvir a criança. Deve conhecê-la não apenas na sua estrutura bi fisiológica e psicossocial, mas também na sua interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca constantemente compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola (SALTINI, 2008, p. 63).
Já Cunha 2008 (p. 69): 
Há professores – mesmocom pouquíssimos recursos - que afetam tanto que são capazes de transformar suas aulas em dínamos de inteligências, mesmo recitando o catálogo telefônico. Pode ser um exagero usar o catálogo como metáfora, mas na verdade, em nossa memória, o que mais conservamos são as coisas que nos afetam, para o bem ou para o mal.
Compreende a importância de o professor aplicar e dirigir uma boa aula, não somente com conteúdos ricos, mas também com um toque de carinho e um olhar afetivo pelo aluno, transformando o ambiente de aprendizado algo libertador e interessante deixando marcas positivas na vida da criança. Sendo fundamental esse vínculo pois facilita o aprendizado, causando impactos e trocas de experiências. Segundo Saltini (2008, p. 98):
O educador sensível é aquele que questiona suas ações baseando-se na abordagem que a criança faz da realidade, verbalizando uma realidade vista do seu modo (criança), com suas capacidades estruturais, funcionais e afetivas. 
O professor que adquire esse olhar sensível trabalha com seus alunos de forma atenciosa e confiante, melhorando seus valores e perspectivas de um futuro melhor, se tornando cidadãos do bem que colaboram com a comunidade em que vivem. Essa relação permite uma significativa aquisição de conhecimentos e esses momentos em conjunto promovem a educação de qualidade, momentos esse de afetividade e como já estudado e apresentado o cognitivo não pode se separar do afetivo, devem andar na mesma linha de pensamento.
Propiciar um ambiente favorável à aprendizagem em que sejam trabalhados a autoestima, a confiança, o respeito mútuo, a valorização do aluno sem contudo esquecermos da importância de um ambiente desafiador, [...] mas que mantenha um nível aceitável de tensões e cobranças, são algumas das situações que devem ser pensadas e avaliadas pelos educadores na condução do seu trabalho (MARTINELLI, 2005, p. 116).
A afetividade deve fluir em sala de aula, no qual observamos a educação emocional da criança e avaliamos se ela está passando por problemas que indiretamente as deixam desmotivadas dos estudos, e assim perdendo o interesse pela escola, essa observação também é capaz de demonstrar ao professor a melhor forma de melhorar as relações interpessoais e, por consequência desses fatos a criança acaba tendo mais facilidade em aprender e desenvolver intelectualmente, pois tem suas necessidades atendidas pelo educador e o mesmo procura sempre melhorar suas práticas pedagógicas pensando no bem estar de seu aluno.
Em razão do conhecimento prévio do conteúdo, o professor possui o domínio da matéria e, por conseguinte, sabe como promover o aprendizado dos seus alunos. Entretanto, além disso, ele ama o que faz. O seu amor provoca o amor da classe, como resultado, há fixação do que foi ensinado. A essa pedagogia, podemos chamar de pedagogia afetiva (CUNHA, 2008, p. 91).
O papel do professor é tão especial e importante que é capaz de direcionar os sentimentos dos seus alunos, um sorriso e um abraço já é o suficiente para que aquela criança que sofre com problema por falta de afeto familiar se sinta amada, até mesmo uma palavra de carinho já transforma a vida de uma criança. Não existe maior recompensa para um professor do que aquela sensação de dever cumprido e saber que foi o responsável pelo crescimento do seu aluno e ver num futuro próximo o resultado das flores regadas que agora se tornaram lindas rosas.
Bons professores falam com a voz, professores fascinantes falam com os olhos. Bons professores são didáticos, professores fascinantes vão além. Possuem sensibilidade para falar ao coração de seus alunos (CURY, 2003, p. 64).
O educador não pode ser aquele que fala horas a fio a seus alunos, mas aquele que estabelece uma relação e um diálogo íntima com ele, bem como uma afetividade que busca mobilizar sua energia interna. É aquele que acredita que o aluno tem essa capacidade de gerar ideias e colocá-las ao serviço de sua própria vida (SALTINI, 2008, p. 69).
E completamos com o significado de professor para Cunha (2008, p. 80):
A professora ou professor é o guardião do seu ambiente. A começar pelos seus movimentos em sala, que devem ser adequados e gentis. A postura, o andar, o falar, são observados pelos alunos, que o vê como modelo. Independente de idade, da pré-escola à universidade, o professor será sempre observado. 
Ambos os autores caracterizarão os professores de forma com suas palavras, mas cada um em sua particularidade, porém, a linha de pensamento é a mesma, pois o docente deve utilizar das ferramentas afetivas para que possa aproximar e estreitar seu relacionamento com o aluno, esse processo de amizade e companheirismo é essencial para o desenvolvimento pedagógico.
A igualdade e justiça são itens que devem ser mantidos em sala de aula, porém, os alunos devem ser amados e sentir a confiança que estão protegidos com a presença do docente, não havendo comparações com outras crianças mas sim fazendo-os se sentir capaz e confiante de si mesmo e suas atitudes. Saltini (2008) deixa claro que o professor é responsável em preparar o aluno, através de uma interação afetiva, estimulando o mesmo a realizar atividades na construção do pensamento.
A serenidade e a paciência do educador, mesmo em situações difíceis, fazem parte da paz que a criança necessita. Observa a ansiedade, a perda de controle e a instabilidade de humor vão assegurar à criança ser o continente de seus próprios conflitos e raivas, sem explodir, elaborando-os sozinha ou em conjunto com o educador (SALTINI, 2008, p. 102).
Seria ótimo manter um diálogo com a criança, em que se possa perceber o que está acontecendo, usando tanto o silêncio quanto o corpo, abraçando-a quando ela assim o permitir, compartilhar com os demais da classe os sentimentos que estão sendo evidenciados nesse instante é um trabalho quase terapêutico. {...} Dar oportunidade para a criança colocar seus sentimentos na escola, não apenas sua inteligência ou sua capacidade de aprender (SALTINI, 2008, p. 102).
7 	METODOLOGIA
O conteúdo pesquisado e usado por base no trabalho foi obtido através do embasamento teórico, através da reflexão da interação do aluno e professor tendo como partida a afetividade entre ambos, tratando de assuntos de como ser um bom professor, a influência de uma boa relação de afetividade para um desenvolvimento do ensino aprendizado e a melhora nas práticas pedagógicas a partir desses fatores, aplicados nos anos iniciais do ensino fundamental. Para Saltini (2008, p. 100):
[...] a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento. 
Para Piaget trabalhar a afetividade em sala de aula é como se fosse a gasolina que ativa o motor do carro, mas não modifica sua forma e estrutura, ou seja fundamental para que a máquina da aprendizagem funciona, a afetividade se torna um estado psicológico causando influência no comportamento e aprendizado da criança. A criança que recebe atenção e afeto de seus pais e professores, desenvolve sentimentos como: respeito, interesses, valores, antipatia, simpatia e muitos outros sentimentos bons que impactam positivamente na vida de cada aluno. Na escola a criança precisa de carinho e amor, para assim encontrar o prazer pelo aprender. 
O projeto será desenvolvido de acordo com a faixa etária que no presente trabalho será com alunos acima de 6 anos, ou seja, do ensino fundamental anos iniciais com objetivo de estimular o desenvolvimento intelectual, expressar sentimentos através da música, produzir histórias, manifestar afetividade com o professor e colegas, participar da brincadeira “Correio do Amigo” e melhorar a produção de textos, serão realizadas 3 atividades de aproximadamente 60 minutos cada, sendo realizadas no período 3 semanas, uma atividade por semana.As atividades desenvolvidas numa roda de conversa na qual a professora perguntará a cada aluno “porque eu gosto da minha professora?” e cada um terá a oportunidade de falar abertamente o que pensa e, logo após a conversa apresentar a turma a música de Milton Nascimento – Canção das Américas, leem e contarem juntos e após essa experiência cada um comentar sobre a música. 
Na segunda atividade será retomada com a turma a importância da amizade, e porque é bom ter amigos? Enfatizando que amizade também é cuidar, ter respeito, ser paciente, pois cada um pensa de uma maneira e é legal ser diferente, a proposta será a produção de texto sobre a amizade, aonde se reunirão em dupla e cada um escreverá sobre o colega. 
A terceira atividade será a brincadeira do Correio Amigo, o professor irá escrever o nome de cada aluno em um papel, colocar em uma caixa e realizar um sorteio e cada aluno pegará um nome, como se fosse um amigo secreto, em seguida o aluno terá que escrever em uma folha de papel uma mensagem para o colega que sorteou, e depois ler para toda a sala.
8 		CRONOGRAMA
A realização do projeto foi executada em algumas etapas conforme citadas na metodologia utilizada.
	ETAPAS DO PROJETO
	PERÍODO
	PLANEJAMENTO
	O docente deve conhecer sua turma e pesquisar brincadeiras e conteúdos para que o envolvimento entre os colegas melhore, que a afetividade entre ambos seja otimista e boa, pois o aluno quando se sente amado e acolhido pelos colegas e pelo professor fica mais confiante e seu aprendizado será de excelência.
	EXECUÇÃO
	A execução dos trabalhos será durante 3 semanas com atividades com duração de 60 minutos aproximadamente, sendo uma atividade por semana. Na primeira semana a atividade desenvolvida é uma roda de conversa na qual a professora perguntará a cada aluno: “porque eu gosto da minha professora?” e cada um terá a oportunidade de falar abertamente o que pensa e, e logo após a conversa apresentar a turma a música de Milton Nascimento – Canção das Américas, leem e contarem juntos e, após essa experiência cada um comentar sobre a música que é sobre a união e a amizade. Na segunda semana, a atividade será retomada com a turma a importância da amizade, e porque é bom ter amigos? Enfatizando que amizade também é cuidar, ter respeito, ser paciente, pois cada um pensa de uma maneira e é legal ser diferente, a proposta será a produção de texto sobre a amizade, aonde se reunirão em dupla e cada uma escreverá sobre o colega. A terceira será realizada na terceira semana, será a brincadeira do Correio Amigo o professor irá escrever o nome de cada aluno em um papel, colocar em uma caixa e realizar um sorteio e cada aluno pegará um nome, como se fosse um amigo secreto, em seguida o aluno terá que escrever em uma folha de papel uma mensagem para o colega que sorteou e depois ler para toda a sala.
	AVALIAÇÃO
	E por fim, o professor é responsável em observar se o aluno participou de cada atividade, se cada aluno se sentiu feliz e importante diante dos colegas, dessa maneira individual e através de registros será observada as facilidades e dificuldades de cada um, em se relacionar, em conversar, em entender da importância da amizade e bom relacionamento com todos.
9 	RECURSOS
No projeto de ensino foram utilizados vários recursos, sendo os recursos materiais: obras literárias em livros, pesquisas na internet e conhecimento adquirido nas aulas de pedagogia, no qual me proporcionou o resultado esperado. 
Os recursos humanos foram as observações realizadas na sala de aula de uma escola do município de São Francisco do Itabapoana - RJ, pois nota-se a dificuldade dos docentes em formação de não saberem como lidar com essas situações em sala de aula.
O trabalho atingiu seu objetivo podendo conscientizar profissionais sobre sua importância através das relações afetivas no processo de ensino.
10 		AVALIAÇÃO
A avaliação final desse projeto de ensino que tem como tema proposto a Importância das relações afetivas entre professor e aluno no processo de ensino e aprendizado alcançou seus objetivos, no qual pretende conscientizar o professor em relação a sua postura e processo de valorização da afetividade, no qual deve ser amigo do aluno, demonstrar afeto, carinho e respeito, momento em que o aluno se sente confiante e amado, despertando assim o interesse de aprender e proporcionar um desenvolvimento educativo. 
A escola também tem um papel importante no tema abordado, é responsável em proporcionar um ambiente agradável e de confiança, nas formações das turmas e até na rotina escolar, para melhorar o desenvolvimento do educando.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor, educador não é uma mera profissão e sim uma Arte, “manipulamos a educação com duas mãos a do afeto e a da lei das regras” (SALTINI, 2008, p. 2). Ou seja, o autor se refere no que ser um educador é ter comprometimento e responsabilidade com o conteúdo que transmite ao aluno, sendo ele afetivo, tanto como as regras e as leis que a escola segue, esses dois seguimentos caminham juntos, construindo valores, trabalho feito com carinho e dedicação pelos professores, atingindo o objetivo de manter o respeito e organização em sala de aula.
Conclui-se através das pesquisas realizadas que todo ser humano necessita de uma relação de afeto no momento de aprendizado, e é o que acontece nas salas de aulas, o aluno se sente amado, respeitado, compreendido tem um rendimento muito melhor do que daquele aluno que não recebe do seu professor um voto de afeto. Percebe-se também que a autoestima do aluno fica elevada, tornando o aprendizado prazeroso e construtivo, um ambiente harmonioso.
Os resultados serão atingidos através do interesse do professor em conhecer o seu aluno no individual, ser seu amigo e compreender sua dificuldade, valorizando os aspectos afetivos, tendo paciência e sensibilidade para ouvi-los em qualquer ocasião ou momento de dificuldade que estejam enfrentando.
O professor tem o poder de afetar o aluno diretamente, sendo com efeitos positivos ou negativos, por isso dá importância da afetividade nas relações entre professor e aluno no processo de aprendizado nos anos iniciais do ensino fundamental. Espero que o trabalho possa contribuir positivamente entre os acadêmicos do curso de Pedagogia, que enfrentaram essa dificuldade em sala de aula no futuro, ficando assim o tema livre para que possa ser abordado em outras situações que possam vir a colaboram com o desenvolvimento do aluno.
REFERÊNCIAS 
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e Aprendizagem, relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
CURY, Augusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
CERVO, Amado Luís; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço social: identidade e alienação. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. 24ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. (Original de 1964).
SALTINI, Cláudio J.P. Afetividade e Inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008. 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, Vanilza. Projeto: Afetividade, uma lição de carinho. Cantinho da Tia Nilza. Colinas do Tocantins, Tocantins, publicado em: 06 de outubro de 2012. Disponível em: http://educacaoinfantilvanilza.blogspot.com/2012/10/projeto-afetividade-uma-licao-de-carinho.html Acesso em: 15 de ago. de 2021.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes,1996. 
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.

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