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Aula 10- América Latina, economia e fronteiras

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Geogra�a regional do mundo II
Aula 10: América Latina, economia e fronteiras
Apresentação
A América Latina tem sido considerado o quintal norte-americano desde os movimentos de independência, no século XIX.
A partir de então, seu crescimento econômico tem sido turbulento e instável, associado às mudanças de governo, regimes
militares e fortes desigualdades sociais.
Os blocos econômicos da região têm fortes possibilidades de potencializar as trocas econômicas, mas diferenças de
ordem política e territoriais têm servido de argumento para que não avancem.
Por outro lado, a China tem feito fortes investimentos na região.
Objetivos
Discutir questões socioeconômicas atuais;
Analisar a integração econômica e a presença da China;
Descrever os principais con�itos territoriais.
América Latina, economia e fronteiras
Questões socioeconômicas atuais
A América Latina é composta por várias nações, com níveis variados de complexidade econômica, mas a sua base é
associada à exportação de insumos básicos como café, cacau, banana, cana-de-açúcar, soja, carne, petróleo e metais
preciosos.
Os padrões socioeconômicos desses países foram estabelecidos na era colonial, quando a região era controlada pelos
impérios ibéricos. Mais recentemente, investimentos de capital estrangeiro permitiram o desenvolvimento de uma
infraestrutura variada (como ferrovias, portos e hidrelétricas), crescimento do setor trabalhista, fortalecimento de
instituições e expansão da educação, que contribuíram para o crescimento industrial e a expansão econômica.
 Vista do bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro, com a Rocinha em primeiro plano. | Fonte: Wikipedia
Para elaborar um objetivo, primeiro você precisa saber o que será
trabalhado como valência principal. Após essa de�nição, você poderá
garantir que os exercícios escolhidos estarão de acordo a proposta de�nida.
América Latina e Caribe compõem a região mais desigual do mundo, revela
comissão da ONU
Na América Latina as principais economias são Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile, conforme se observa no grá�co a
seguir.
Na década de 1970 a economia mundial havia sofrido mudanças signi�cativas e os países latino-americanos estavam vendo
os limites do desenvolvimento interno sendo encerrado.
No mundo desenvolvido, o aumento dos custos produtivos tornou mais agressiva a busca por locais de mão de obra mais
barata — para construir fábricas. As multinacionais possuíam capital móvel para investir em países em desenvolvimento,
principalmente na Ásia, o que contribuiu para o avanço da América Latina.
Os dez maiores PIBs (em milhões de US$) da América Latina – 2018
 Fonte: The World Bank
Saiba mais
Leia o matéria:
A in�uência das transnacionais na América Latina para saber mais
Evolução da dívida externa dos países latino-americanos (1970 - 2005)
 Fonte: The World Bank
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Os empréstimos dos países latino-americanos acabaram por expô-los a riscos extremos, quando as taxas de juros subiram nos
países emprestadores e os preços das commodities caíram nos países mutuários. Os �uxos de capital para a América Latina
foram revertidos, com a fuga de capitais, que acabou por quebrar grandes economias da região, a exemplo do Brasil.
A crise econômica na América Latina, na década de 1980 — considerada a década perdida — serviu de argumento para
movimentos neoliberalistas na região.
Você já ouviu falar em Consenso de Washington?
A expressão Consenso de Washington surgiu da denominação dada por John Williamson, economista e pesquisador do
Institute of International Economics, sediado em Washington, para a convergência de pensamento sobre as políticas públicas
dos anos 1980, a partir dos governos de Ronald Reagan e George Bush.
Williamson resumiu as teses que embasaram o Consenso de Washington em dez pontos estratégicos (MARTINS, 2019, s.p.):
Saiba mais
Leia a matéria Crise da dívida externa de 1982 provocou escassez de petróleo para saber mais.
Disciplina �scal.
Priorização do gasto público em saúde e educação.
Realização de uma reforma tributária
Estabelecimento de taxas de juros positivas.
Apreciação e �xação do câmbio, para torná-lo
competitivo.
Desmonte das barreiras tarifárias e para-tarifárias para
estabelecer políticas comerciais liberais.
Liberalização dos �uxos de investimento estrangeiro.
Privatização das empresas públicas.
Ampla desregulamentação da economia.
Proteção à propriedade privada.
O que pode se concluir é que esses princípios concentraram-se na
liberalização da política comercial, redução do papel do Estado e
ortodoxia �scal. Neoliberalismo puro! 
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Os governos latino-americanos empreenderam uma série de reformas estruturais nas décadas de 1980 e 1990, incluindo a
liberalização do comércio e a privatização.
Durante esse período, a taxa de crescimento do Chile teve importantes reviravoltas. Nem mesmo o grande número de
empréstimos durante a ditadura e as ações de ajustamento �scal, promovidas pelo Consenso de Washington, resultaram em
crescimento continuado e empolgante do Chile. Muito pelo contrário!
Acompanhe a seguir o grá�co que demonstra que a taxa de crescimento do PIB chegou a ser negativa em alguns anos.
Nos últimos anos muitos países da região têm passado por mudanças de base política, que repercutiram nas questões
socioeconômicas.
Exemplo
VO Chile que havia experimentado o golpe militar em 1973, implementou mudanças econômicas radicais na década de 1970,
como se observa na �gura a seguir.
1974-1978
Privatização
1975
Reforma �nanceira
1979
Reforma trabalhista
1981
Reforma da Previdência
Taxa de crescimento do Chile (1970 a 1991)
 Fonte: The World Bank




Observe os nomes na �gura a seguir. Eles fazem parte dessa onda de políticos de esquerda, que frequentemente declaram-se
socialistas ou anti-imperialistas (muitas vezes implicando oposição às políticas dos EUA em relação à região).
Os apertos gerados pela política neoliberal no período anterior reduziram o poder de compra das massas populares, que foram
às ruas em busca de reformas. E a resposta foi nas urnas, elegendo governos de esquerda que prometiam atender às
demandas sociais.
Na Bolívia, Evo Morales Nacionalizou as empresas de exploração de gás natural, grande preciosidade econômica do país.
Dentre as primeiras ações presidenciais, houve a redução do próprio salário, nacionalização das empresas estrangeiras e a
revisão dos contratos de fornecimento de gás.
O país passou a receber um percentual muito maior do que antes com a venda do produto, capitalizando o governo e
fortalecendo a liderança de Morales internamente.
Ao longo do seu governo o presidente promoveu melhor distribuição da renda e da riqueza mineral, bem como retirou milhões
de indígenas bolivianos da pobreza absoluta, melhorando índices de analfabetismo, saneamento básico e moradia popular.
A verdade, no entanto, é que a maior parte das economias da América Latina tiveram um bom impulso na redução das
desigualdades sociais, o que signi�ca distribuição de renda menos traumática. Na �gura a seguir observe o crescimento do PIB
per capita no período entre 1980 e 2010.
 Fonte: Wikipedia
Hugo Chavés
Venezuela
 Fonte: Wikipedia
Ricardo Lagos e Michelle
Bachelet
Chile
 Fonte: Wikipedia
Lula da Silva e Dilma Russeff
Brasil
 Fonte: Wikipedia
Néstor Kirchner e Cristina
Fernández
Argentina
 Fonte: Wikipedia
Tabaré Vázquez e José Mujica
Uruguai
 Fonte: Wikipedia
Evo Morales
Bolívia
 Fonte: Wikipedia
Daniel Ortega
Nicarágua
 Fonte: Wikipedia
Rafael Correa
Equador
 Fonte: Wikipedia
Fernando Lugo
Paraguai
 Fonte: Wikipedia
Manuel Zelaya
Honduras
 Fonte: Wikipedia
Mauricio Funes e Salvador
Sánchez Céren
El Salvador
 Fonte: Wikipedia
Leonel Fernandéz
República Dominicana
Saiba mais
Leia a matéria A ascensão dos governos de esquerda na América Latina para saber mais
Saiba mais
Leia a matéria "O que está por trás do sucesso econômico da Bolívia na era Evo Morales?" para saber mais
javascript:void(0);
javascript:void(0);Desde a década de 1980 até o início dos anos 2000, os dados demonstram grande variabilidade, com altos e baixos. A partir de
2002, com as políticas socioeconômicas dos governos de esquerda, houve aumento constante do PIB per capita, até a crise
econômica internacional de 2008.
A primeira década de trajetória na Venezuela, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia e Uruguai resultou na redução da miséria e
aumento de políticas de inclusão e do Produto Interno Bruto (PIB). Todos esses governos conseguiram se reeleger e fazer
sucessores.
Algo, porém, deu errado nos últimos anos, levando a maioria dessas nações a enfrentar crises de cunho político-econômico.
Em 2014 a América Latina registrou a menor taxa de crescimento em cinco anos, conforme avaliação da Comissão Econômica
para a América Latina e Caribe (Cepal). E os países que mais contribuíram para o baixo crescimento foram Brasil, Argentina e
Venezuela.
Nos últimos anos a esquerda vem perdendo força na América Latina. Os escândalos de corrupção, a queda nos índices
econômicos, a má gestão e o avanço da direita (no mundo) são os principais responsáveis pelo descontentamento da
população com relação a esses governos.
Evolução do PIB per capita nas grandes economias da América Latina (1980 a 2010)
 Fonte: The World Bank
Saiba mais
Leia a matéria "Corrupção e problemas econômicos tiram a esquerda do poder na América do Sul" para saber mais
Integração Econômica e a presença da China
As últimas décadas foram marcadas por maior integração econômica na América Latina. Inicialmente, foi a construção
da Associação de Livre Comércio do Caribe (1958–1962), que mais tarde foi expandida para a Comunidade do Caribe.
 Fonte: testing / Shutterstock
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O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) de 1994 foi uma expansão do acordo bilateral entre os EUA e o
Canadá, para incluir o México. Quando assumiu a presidência, Donald Trump colocou em dúvida a manutenção do bloco
econômico, argumentando que o país perdia muito com o pacto. A verdade, contudo, é que o maior perdedor é o México, que
teve seus índices salariais reduzidos.
O México ingressou no Nafta a partir de uma manobra dos Estados Unidos e do Canadá, que tinham o objetivo de instalar suas
empresas em território mexicano e usufruir de benefícios �scais, mão de obra barata, matéria-prima etc.
Além disso, os Estados Unidos pretendiam �xar os mexicanos em seu país, diminuindo a incidência de entrada ilegal de
imigrantes (FREITAS, 2019, s.p.).
A questão é que houve redução da qualidade de vida dos mexicanos, na fronteira com os EUA, com as maquiladoras e nunca
houve redução nas tentativas de migração ilegal para o país vizinho. E Trump queria mudanças! O principal ponto desejado pelo
presidente norte-americano era o do protecionismo à indústria estadunidense, enquanto os mercados dos outros dois países
seguissem liberalizados.
Por outro lado, ao longo das negociações muito se falou em modernizar o NAFTA para as características do mundo do século
XXI. Foi criado, então, o USMCA (United States – México – Canadá – Agreement).
Saiba mais
Leia a matéria "Mercado Comum e Comunidade Do Caribe (CARICOM)" para saber mais
Saiba mais
Leia a matéria "Nafta bene�ciou pouco o México" para saber mais
Saiba mais
Leia a matéria "USMCA: entenda o novo NAFTA " para saber mais
Outro grande bloco econômico criado foi o Mercosul, estabelecido em 1991.
Inicialmente constituído por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, depois
houve a introdução da Venezuela — que foi suspensa em 2016.
O objetivo do Mercosul é promover o livre comércio e a �uida circulação de mercadorias, pessoas e moedas. Desde a sua
fundação, as funções do Mercosul foram atualizadas e alteradas várias vezes. Atualmente limita-se a uma união aduaneira, na
qual existe livre comércio intrazona e uma política comercial comum entre os países membros.
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A China tem sido o principal parceiro comercial do bloco e, em
segundo lugar, os Estados Unidos. Entre os principais produtos
exportados estão carne, soja e minério de ferro.
Nos últimos anos vários intelectuais têm questionado o compromisso do bloco com a democracia, especialmente porque os
presidentes de direita da Argentina e do Brasil minimizaram a gravidade das ditaduras militares de seus países nos anos 1970 e
1980.
A suspensão de um ano do Paraguai pelo Mercosul em 2012 e a suspensão inde�nida da Venezuela em 2016 também
revelaram fraturas dentro do grupo.
Na busca de projeção econômica, as lideranças do Mercosul insistem em uma relação econômica com a União Europeia. Em
2019 houve uma evolução na discussão com os países que fazem parte da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA,
sigla em inglês), composta por Suíça, Liechtenstein, Noruega e República da Islândia.
Originalmente criada em 1969 como Pacto Andino e depois, em 1996, como Comunidade Andina (CAN), esta é uma união
aduaneira composta pelos seguintes países da América do Sul: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
Originalmente o maior parceiro comercial da América Latina, após os movimentos de independência, eram os Estados Unidos,
mas esse foi substituído pela China, sobretudo após a crise das hipotecas nos EUA, em 2008.
Na última década a América Latina expandiu amplamente suas exportações para a China, que agora são de aproximadamente
US $ 100 bilhões anualmente. Essas exportações concentram-se em matérias-primas e não transformadas, principalmente:
soja, minério de ferro, petróleo e cobre.
As exportações da China para a América Latina, por outro lado, são bens de maior valor agregado, como bens eletrônicos de
consumo e bens de capital, como máquinas.
Barragens e usinas hidrelétricas estão sendo construídas por empresas chinesas na �oresta amazônica e na Patagônia.
Milhares de quilômetros de ferrovia estão sendo instalados no Brasil, Peru e Venezuela. China e Argentina estão negociando a
construção de uma instalação nuclear de US $ 8 bilhões na província de Buenos Aires.
 A importância da região foi reconhecida no ano passado, quando Pequim convidou os países da América Latina e do Caribe a
ingressar em sua ambiciosa Iniciativa do Cinturão e Rota — estratégia comercial global que visa expandir os vínculos
econômicos por meio de portos, estradas, aeroportos, oleodutos e outros projetos de infraestrutura.
Saiba mais
Leia a matéria "Comunidade Andina busca reforçar integração em cúpula" para saber mais
Saiba mais
Leia a matéria "As garras da China na América Latina" para saber mais
Saiba mais
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Para os Estados Unidos, a presença crescente da China na América Latina tem sido muito mais do que um pequeno incômodo
em seu quintal geopolítico. Em abril o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, alertou em uma excursão pela região que
práticas de empréstimos "predatórias" e outros comportamentos "malignos ou nefastos" de Pequim injetaram "capital corrosivo
na corrente sanguínea econômica, dando vida à corrupção e corroendo a boa governança" (CARVALHO, 2019).
Leia a matéria "Cinturão e Rota, a nova iniciativa da China na América Latina" para saber mais
Saiba mais
Leia a matéria "América Latina: riscos e oportunidades da crescente presença da China" para saber mais
 Con�itos territoriais
É encorajador notar que algumas das disputas fronteiriças
mais duradouras e sérias da América do Sul foram
resolvidas desde 1990. As disputas fronteiriças
semelhantes têm crescido, sobretudo nos casos da Guiana,
Venezuela e Colômbia e na América Central. Cada um
desse segundo conjunto de países está envolvido em pelo
menos uma disputa interestadual militarizada.
Entenda os principais con�itos a seguir.
 Fonte: Google Maps
Clique nos botões para ver as informações.
As nações disputam as reservas de petróleo presentes no golfo no Caribe e cada uma determina onde os limites
fronteiriços deveriam ser colocados. Em 2015, a Venezuela estabeleceu, com um decreto unilateral, a delimitação
marítima entre os doispaíses.
É importante considerar também a presença de agentes criminosos, tra�cantes de drogas, paramilitares e guerrilheiros
colombianos na fronteira. Há relatos de que Hugo Chavez apoiava os movimentos oposicionistas ao governo central da
Colômbia.
1 - Colômbia x Venezuela 
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Na Guerra do Pací�co de 1879-1883 e no Tratado de Paz e Amizade de 1904, o Chile recebeu o litoral boliviano. Como
resultado, a Bolívia perdeu seu acesso ao oceano e a terras ricas em cobre e nunca desistiu de seu objetivo de recuperar o
acesso ao mar. Em 24 de abril de 2013 a Bolívia levou o caso à CIJ. O caso ainda está pendente. O caso foi levado em abril
de 2013 pelo presidente boliviano Evo Morales à Corte Internacional de Haia.
2 - Chile x Bolívia 
As Ilhas Malvinas (ou Falklands) estão sob controle britânico desde 1771, mas, após a sua independência, a Argentina
vem reivindicando o território. Na eventual divisão da Antártica, os europeus poderão controlar parte do continente,
baseando-se na partilha a partir de posses no Hemisfério Sul.
Em 1982, militares argentinos invadiram as ilhas, iniciando uma guerra rápida, que resultou em inúmeros mortos. A
verdade é que os ilhéus votaram em um referendo para manter seu status de Território Ultramarino Britânico.
A retórica é acalorada, mas é improvável uma ação militar. Atualmente, a Argentina tem se utilizado de fóruns multilaterais
como a ONU, a UNASUL e a Cúpula das Américas para apresentar sua reivindicação territorial.
O Reino Unido tem perspectivas de exploração de petróleo nas águas territoriais das Malvinas e o projeto vem sendo
repudiado pela Argentina.
3 - Argentina x Reino Unido 
Os Estados ocupam Guantánamo, uma parte do território cubano, de 1898 até hoje como base militar. Após a Revolução
Cubana os nativos solicitaram a devolução, que foi negada e tem gerado tensões até hoje.
Atualmente, é usada como campo de detenção de prisioneiros da “guerra ao terror”, iniciada em 2001 pelo então
presidente George W. Bush após os atentados do grupo terrorista Al-Qaeda contra as Torres Gêmeas, em Nova York
4 - Cuba x EUA 
A disputa decorre de reivindicações do século XIX entre ex-colônias sobre ilhas do Caribe, embora as nações tenham
assinado o Tratado de Esguerra-Bárcenas em 1928, concedendo soberania à Colômbia sobre as Ilhas San Andrés,
Providencia e Santa Catalina. Em 1980, o governo sandinista nicaraguense renunciou ao tratado, a�rmando que foi
assinado devido à pressão dos Estados Unidos
Em 2001, a Nicarágua submeteu a disputa ao Tribunal Internacional de Justiça, que concedeu as ilhas à Colômbia em
2012, mas reformulou a fronteira marítima, concedendo à Nicarágua quase 40.000 milhas náuticas de território. Em 2013
a Nicarágua decidiu proteger o espaço marítimo ainda em disputa e entrou com outra ação para expandir sua fronteira
marítima além das atuais 200 milhas náuticas.
O que está em jogo são as áreas pesqueiras e ricas em petróleo dessas águas.
5 - Nicarágua x Colômbia 
3/4 do território da Guiana são reivindicadas pela Venezuela. Quando a Guiana era uma colônia britânica, a Venezuela
reivindicou a região da Guiana Essequiba (a oeste do rio Essequibo) como sua e o rio como a fronteira entre as nações. A
posse dessas áreas, no entanto, pela Guiana, é regida por um pacto �rmado entre o Reino Unido e a Venezuela, em 1899,
mas Caracas não reconhece o documento.
A região é rica em ouro e as águas da região são potencialmente ricas em hidrocarbonetos.
Em setembro de 2011 a Guiana pediu à ONU que estendesse sua plataforma continental ao largo da costa de Essequibo
por 150 milhas náuticas, onde a Venezuela a�rma ter soberania. Em 2015 houve tensões na fronteira, com a presença do
exército dos dois países. Eles aguardam a decisão da ONU.
6 - Venezuela x Guiana 
A Guiana é, de longe, o país mais ameaçado quando se trata de demandas territoriais. Além de ter de lidar com a
reivindicação da Venezuela sobre três quatros do seu território, os guianeses tentam conter ainda o assédio do Suriname,
que pede para si o equivalente a 7% do país vizinho.
A disputa entre guianenses e surinameses envolve uma região de selva chamada Tigri, que também faz fronteira com o
Brasil. Embora as rusgas tenham se iniciado no século XIX, o clima esquentou de verdade em 1969, quando tropas da
Guiana invadiram a região do Triângulo do Rio Novo e ocupam-na desde então.
Em setembro de 2011 a Guiana pediu à ONU que estendesse sua plataforma continental ao largo da costa de Essequibo
por 150 milhas náuticas, onde a Venezuela a�rma ter soberania. Em 2015 houve tensões na fronteira, com a presença do
exército dos dois países. Eles aguardam a decisão da ONU.
7 - Guiana x Suriname 
Os dois vizinhos centro-americanos divergem sobre a posse de dezenas de ilhas e de uma área de mais de 11 mil km2, o
que equivale à metade do estado de Sergipe. A disputa teve início em 1859 na partilha de territórios que foram colônia da
Inglaterra e da Espanha.
8 - Guatemala x Belize 
Os três disputam a �xação de limites fronteiriços no Golfo de Fonseca. Os países são pequenos, mas �zeram barulho. O
caso foi parar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na Corte de Haia e na OEA (Organização dos Estados
Americanos), com sede em Washington.
9 - El Salvador x Honduras x Nicarágua 
Os três disputam a �xação de limites fronteiriços no Golfo de Fonseca. Os países são pequenos, mas �zeram barulho. O
caso foi parar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na Corte de Haia e na OEA (Organização dos Estados
Americanos), com sede em Washington.
10 - Nicarágua x Costa Rica 
Atividades
1. (Fuvest 2006) Analise os grá�cos e responda à questão:
O aumento da dívida externa na América Latina, evidenciado no grá�co, ocorreu, principalmente, devido:
 Fonte: Banco Mundial 2002
a) À ampliação das trocas comerciais entre países.
b) Ao desequilíbrio comercial em relação aos países ricos.
c) Ao importante incremento do capital especulativo
d) À queda do PIB e à valorização das commodities
e) Ao aumento das taxas de juros externos
2. O Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) e que agora se chama USMCA, é um bloco econômico formado por três
países da América do Norte. São eles:
a) Estados Unidos, Chile e Brasil.
b) Canadá, Cuba e México.
c) Argentina, Canadá e Estados Unidos.
d) México, Canadá e Estados Unidos.
e)Estados Unidos, Canadá e Brasil.
3. (FUNIVERSA 2010) Leia o texto:
Argentina edita decreto que limita ação da Inglaterra nas Ilhas Malvinas
governo da Argentina aumentou a pressão sobre a Inglaterra ao decretar que todos os barcos e navios que quiserem
transitar por águas do país devem pedir autorização o�cial. “O decreto é parte da estratégia de defesa de nossos
legítimos direitos (sobre as Malvinas), que são desconhecidos sistematicamente pelo governo britânico", a�rmou.
Segundo Cristina Kirchner, o objetivo do decreto é defender os direitos dos argentinos. A execução do decreto será
coordenada por uma comissão interministerial, formada por cinco ministérios sob a coordenação das Relações
Exteriores e da Economia.
Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2010/02/argentina-edita-decreto-que-limita-acao-da-inglaterra-nas-ilhas-malvinas. Acesso em:
13 dez. 2019.
Acerca do assunto abordado no texto acima, assinale a alternativa correta.
a) EA medida ocorre quando as empresas de petróleo inglesas anunciaram o início das atividades de exploração de hidrocarbonetos na
área das ilhas Malvinas.
b) Argentinos e ingleses disputam o controle sobre as ilhas desde o século XVI. No governo do ex-presidente, Néstor Kirchner, houve
campanha para retomar o controle da região.
c) O decreto do governo argentino foi interpretado pela comunidade internacional como uma resposta ao ataque de barcos da Marinha
inglesa a pesqueiros argentinos que navegavam em águas de soberania britânica.
d) O arquipélago das Malvinas integrou o território argentino até 1982, quando tropas britânicas retomaram as ilhas, mantendo sua
presença até os dias atuais.e)O forte movimento separatista dos nativos das ilhas busca a incorporação do arquipélago à Argentina, bem como a mudança do atual
nome da capital do arquipélago (Port Stanley) para Puerto Argentino, como ocorrera no século XX.
Referências
CARVALHO, R. China in Latin America: partner or predator? Revista Latinoamericana. 25/05/2019. Disponível em:
//latinoamericana.wiki.br/verbetes/c/consenso-de-washington. Acesso em: 12 dez. 2019.
FREITAS, E. A participação do México no Nafta. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geogra�a/nafta2.htm. Acesso em: 12 dez. 2019.
MARTINS, C. E. Consenso de Washington. Enciclopédia Latinoamericana. Disponível em
//latinoamericana.wiki.br/verbetes/c/consenso-de-washington. Acesso em: 12 dez. 2019.
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10 dados que provam que o Nafta não bene�ciou o México
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