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Anotações da disciplina de Fundamentos da América Latina I

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Índice
Aula 1 (22/09/2020):............................................................................................................................2
Vídeo 1: Conceitos Iniciais:.............................................................................................................2
Vídeo 2: Conceito X Definição:......................................................................................................2
1. Atividade:................................................................................................................................2
Aula 2: (01/05 – 15/10)........................................................................................................................3
Leitura: Armas, Germes e Aço. Capítulo 3: Enfrentamento em Cajamarca;..................................3
Vídeo 1 – Apresentação:..................................................................................................................4
Atividade 2:.................................................................................................................................4
Vídeo 2: Enfrentamento em Cajamarca:..........................................................................................4
Introdução:..................................................................................................................................4
Armas:.........................................................................................................................................5
Germes:.......................................................................................................................................5
Tecnologias:................................................................................................................................5
Escrita:........................................................................................................................................5
Conclusão:...................................................................................................................................5
Aula 3: [13 – 16 / 10]...........................................................................................................................6
Leitura: História da América Latina;...............................................................................................6
Introdução...................................................................................................................................6
A crise dos domínios coloniais na América................................................................................6
Vídeo 1: Apresentação:....................................................................................................................7
Vídeo 2: Entrevista com autoras do livro: Gabriela Pellegrino e Maria Lígia Prado....................7
Atividade 3: Elaborar resenha da leitura..........................................................................................7
Aula 4 [19/10-23/10]............................................................................................................................9
Vídeo 1: Apresentação.....................................................................................................................9
Leitura: Carta de Jamaica................................................................................................................9
Leitura: Decreto de Independência do Brasil................................................................................10
Leitura: O Movimento da Independência......................................................................................11
Vídeo 2: Movimentos de Independência na América Espanhola..................................................11
Vídeo 3: Independência do Brasil e seus legados..........................................................................12
Atividade 4:....................................................................................................................................13
Aula 5 [26 – 01/11].............................................................................................................................15
Leitura: América Latina X EUA....................................................................................................15
Prefácio:....................................................................................................................................15
Do Império à Independência:....................................................................................................15
Vídeo 1: Conteúdo.........................................................................................................................16
Atividade 5:....................................................................................................................................18
Prefácio.....................................................................................................................................18
Do Império à Independência:....................................................................................................18
Atividade 6:....................................................................................................................................19
Aula 6, 7, 8, 9:....................................................................................................................................20
Leitura: América Latina, da construção do nome à consolidação da ideia....................................20
Introdução:................................................................................................................................20
A gênese do nome “América”:..................................................................................................20
De Hispanoamérica à América Latina: O Papel dos Estados Unidos.......................................20
“América Latina” no campo das ideias:....................................................................................21
Atividade: O que é ser latino-americano?......................................................................................21
Anotações: FAL I
Aula 1 (22/09/2020):
Vídeo 1: Conceitos Iniciais:
FAL é um conteúdo comum sobre a América Latina para todos os estudantes da UNILA. 
1. Apenas 4% dos brasileiros se definem como ‘Latino-americanos’. Ao mesmo tempo, a
maioria dos brasileiros entendem que o país deve estabelecer um papel de liderança na regi-
ão da américa latina. 
2. Moniz Bandeira: O Brasil possui mais interesse na América do Sul do que na América Lati-
na, baseando todos os seus interesses e objetivos políticos e econômicos naquela.
1. No entanto, a América Latina, além de englobar a América do Sul, engloba toda a
América Central, o Caribe (por vezes representado dentro da América Central), e o sul
da América do Norte até a o fronteira México - Estados Unidos.
3. O professor em seguida introduz o conceito de América VS Estados Unidos, que gera dis-
cursos inflamados e romantizados sobre o tema: “Os Estados Unidos são a América.”.
4. Conceitos que convergem para definir a América Latina:
1. É uma região geográfica do continente americano.
2. Possui uma história comum de colonização ibérica.
3. Predominam as línguas latinas (Português, Espanhol e Francês).
Vídeo 2: Conceito X Definição:
Definição é uma maneira de enunciar o uso comum e corrente das palavras, bem como seus
limites. Algo absolutamente enunciável. Usa-se o termo de modo claro, específico e norma-
tivo.
Conceito é mais plástico e complexo do que uma definição, mas também pode ser enunciado
em alguns casos. Algo que pode ser usado mesmo sem ser definido. Fala-se mais frequente-
mente de utilizar um conceito, não de saber um conceito. Apesar disso, autores podem ex-
plicar conceitos de forma diferente (como o conceito de Democracia).
1. Atividade :
Elabore um parágrafo (100 palavras) utilizando corretamenteo conceito de América Latina
(Obs. Preocupe-se com o conceito correto, não com o parágrafo em si).
A América Latina é vista a partir de uma série de fatores que envolvem não apenas a sua his-
tória como um todo, mas particularmente, a história de cada nação que aqui se desenvolveu.
Em primeiro lugar, é parcialmente definida pelo processo de colonização, que foi predomi-
nantemente efetuado pelas nações Ibéricas e, em menor parte, pela França. Além disso, o
idioma ser predominantemente Espanhol e Português, línguas muito próximas em suas ori-
gens e estruturas, e os países possuirem muitas fronteiras adjacentes, tornou a comunicação
entre as nações muito mais eficiente e as aproximou ainda mais. Assim, a União desses fato-
res comuns com aspectos históricos, políticos e econômicos conceitua a América Latina
como uma estrutua regional única no cenário mundial.
https://www.youtube.com/watch?v=7hcUHcGwVN0
https://youtu.be/apG-eY3sAu4
https://www.youtube.com/watch?v=B9Wvll-8exE
Aula 2: (01/05 – 15/10) 
Leitura: Armas, Germes e Aço. Capítulo 3: Enfrentamento em 
Cajamarca;
O artigo começa a debater sobre a história e cronologia dos contatos entre Europes e Ameri-
canos. Ressalta-se que o início da colonização do continente ocorreu por volta de 12000 anos atrás,
e que o enfrentamento entre Europeus e Americanos tem início em 1492, quando Cristóvão Colom-
bo chega às Américas. 
O enfrentamento propriamente dito decorreu da captura do líder da mais desenvolvida ci-
dade-estado do império Inca. Francisco Pizarro, com 160 homens, que mantiveram o líder de mais
de 80000 nativos preso por 8 meses até receberem uma grande quantia em ouro e mesmo assim o
assassinaram. A captura de Atualpa, ressalta o autor, representa um dos choques mais decisivos para
a vitória espanhola. Além de retê-lo prisioneiro, os espanhóis enviaram expedições ao novo territó-
rio e pediram reforços pelo Panamá. Isso, além de aumentar seu poderio militar, permitiu a elabora-
ção de estratégias para a conquista do território em eventuais combates.
Por fim, o autor analisa 4 fatores fundamentais para a vitória espanhola sobre os Incas, e o
por quê não foi o contrário. Primeiramente, a vantagem militar, não quantitativa, mas qualitativa.
Em seguida, o processo de ruptura interna ao qual o império Inca sofria no momento. Após isso, a
questão das doenças que dizimaram 95% dos povos ameríndios. E, por fim, as vantagens da alfabe-
tização para a Espanha.
A vantagem militar se deve principalmente ao uso do aço e cavalos pelos espanhóis. En-
quanto os nativos mal possuíam cobre e malhas para se vestir, os espanhóis possuíam armaduras de
aço e sabiam manejar cavalos, que não só eram rápidos, como serviam para amedrontar os nativos.
Assim, a vitória foi fácil, mesmo com um exército 500 vezes menor do que o dos nativos. 
A ruptura interna tem a ver principalmente com um processo de disputas militares internas
que os Incas estavam travando. Além disso, as tensões se elevaram com a morte do imperador e sua
corte pela varíola, que deixou o reino para ser dividido entre seus dois filhos, Ataualpa (o captura-
do) e seu meio-irmão Huáscar. 
As doenças contribuíram para a vitória dos espanhóis pois: 1. Dizimaram boa parte da popu-
lação nativa. 2. Dizimaram, nesse processo, a corte do império Inca, estabelecendo um período ins-
tável no império Inca. 
A alfabetização contribuiu não apenas para que a comunicação entre espanhóis na América
fosse efetiva, mas que a comunicação com a metrópole acontecesse e as providências fossem devi-
damente tomadas. Além disso, a alfabetização permitiu aos generais conhecer estratégias de guerra
famosas e permitiu descrever o povo que estava para ser submetido. Além disso, o desconhecimento
da natureza dos Europeus levou os nativos e o imperador a agir com inocência e não considerar suas
intenções em capturá-lo. Fora isso, a alfabetização impediu uma organização melhor do governo
Inca, que, apesar de centralizado, sucumbiu com a captura de seu imperador.
01-enfrentamento_em_cajamarca.pdf
01-enfrentamento_em_cajamarca.pdf
01-enfrentamento_em_cajamarca.pdf
Vídeo 1 – Apresentação:
Como uma centena de espanhóis conseguiu dominar milhares de guerreiros nativos?
Chegou-se à América pelo Estreito de Behring. Esses grupos humanos se desenvolveram pa-
ralelamente, não possuíam as tecnologias europeias, mas possuíam várias técnicas e organizações
próprias. 
“Descoberta” → Chegada de espanhóis à América Central e portugueses ao Brasil.
“Conquista” → Fenômeno que ocorreu exclusivamente em terras espanholas na América.
Conceito que explica os acontecimentos. Subjugação de sociedades complexas. Dura de 1492, com
a chegada de Cristóvão Colombo, até 1532, com a subjugação dos Incas. Tem a ver também com a
retirada de ouro pela metrópole e exploração dos nativos para tal, coisa que não ocorre no Brasil no
princípio do seu descobrimento. 
“Colonização” → Relacionado a exploração do espaço em que se encontravam portugueses
e espanhóis. Dura de 1492 até o século XIX, com as independências. 
Atividade 2:
Elabore um texto (máximo 300 palavras) explorando UM dos argumentos apresentados pelo
autor do capítulo 3, sobre como uma centena de espanhóis derrotou uma centena de nativos guerrei-
ros. 
A conquista espanhola sobre o império Inca certamente não teria êxito sem o determinante
da alfabetização dos espanhóis. Embora o próprio comandante da operação contra Atahualpa não
fosse alfabetizado, ele certamente utilizava de muitos benefícios decorrentes desse advento. A co-
meçar pela própria comunicação entre espanhóis dentro da América, que era possível graças a cartas
e comunicados escritos. Além disso, para se comunicar com a própria metrópole os espanhóis utili-
zavam de relatos escritos, tanto que a carta de Hernan Cortés só foi uma obra tão difundida pela ca-
pacidade dos espanhóis de compreenderem a linguagem de seus relatos, que foram precisamente de-
talhados para retratar a cultura e hábito dos nativos, além de seus próprios feitos. 
Outro ponto facilitador da conquista advindo da alfabetização foi a possibilidade de se estu-
dar estratégias de guerras já utilizadas, relatadas e praticadas. Assim, comandantes de batalhões,
mesmo pouco numerosos, possuíam muito mais poder de idealização de estratégias contra inimigos.
Em uma análise mais precisa, pode-se afirmar ainda que os Incas, por desconhecerem uma
linguagem mais sofisticada, agiram com demasiada inocência ao tratarem com os espanhóis. Por
não possuírem experiência com europeus e suas tecnologias, a falta da escrita impediu que relatos
mais bem detalhados dos novos visitantes chegassem ao imperador, além de não reconhecerem as
vantagens qualitativas das armas dos espanhóis, o imperador agiu com pouca cautela, e permitiu-se
ser capturado por eles.
Por fim, a alfabetização permitiu aos espanhóis uma organização muito melhor de recursos e
materiais para estocagem que, no longo prazo, poderiam ter permitido ao império Inca se tornar
muito mais poderoso.
Vídeo 2: Enfrentamento em Cajamarca:
Introdução:
O professor inicia o vídeo com uma comparação entre a situação dos espanhóis e os incas. O
s espanhóis, constituídos de 168 ‘esfarrapados’, pisando em terreno desconhecido, comandados por
Pizarro e sem possibilidade de reforços, estavam encarando mais de 80000 guerreiros incas, em ter-
https://www.youtube.com/watch?v=HFJ2U6kWgj4
https://www.youtube.com/watch?v=5POC6zvSbpo
reno conhecido, liderados pelo próprio imperador Atahualpa e saídos de uma série de vitórias pré-
vias de distensões internas. 
Em seguida o professor explora 3 das principais teorias a respeito da vitória espanhola: o
efeito psicológico causado pelas armas e cavalos dos espanhóis nos nativos, a percepção de que es-
panhóis eram, na verdade, deuses, e, por fim, uma série de conflitos internos incas que podem ter
enfraquecido o império. 
Armas:
Nesse ponto, o professor introduz a ideia da superioridade militar dos espanhóis usada para
conquistas os incas. Armas de aço, como espadas,Armaduras, Superioridade em táticas militares e a
domesticação do cavalo foram pontos decisivos para concretizar a vitória dos espanhóis.
Germes:
Germes, Varíola e Guerra Civil. Bases Políticas, Império Dividido. 95% dos nativos mortos.
Tecnologias:
Navegação (Caravela) e Organização Política.
Escrita:
Cartas de relação de Cortés. Pizarro analfabeto, mas bem informado. Escrita = Conhecimen-
to acumulado. Estratégia baseada no “Case” (Caso do Hernán Cortés). 
Conclusão:
Fato é que o domínio é espanhol. Conquista tinha um objetivo de retorno rápido (ouro). A
partir de 1535 não há mais nenhuma grande civilização americana. Isso tudo culminou na coloniza-
ção do continente. 
Aula 3: [13 – 16 / 10]
Leitura: História da América Latina;
Introdução
O termo “América Latina” foi cunhada pelos Franceses no século XIX e gerou certa adesão
na Europa, já que franceses viam a América do Sul com visões unificadas e homogêneas. No entan-
to, alguns intelectuais no sul da América não se satisfizeram com tal denominação, como por exem-
plo o Uruguaio Arturo Adao, que defende que a denominação foi inicialmente utilizada por um Co-
lombiano na metade do século XIX, como defesa da potência a que os Estados Unidos estavam se
tornando, passando a ameaçar a união sul-americana. Monica Quijada foi uma argentina que defen-
deu a ideia de que o termo não foi imposto aos latino-americanos, mas cunhado por eles a partir de
suas próprias reivindicações. Isso em oposição aos Anglo-americanos. 
A crise dos domínios coloniais na América.
Nessa parte do livro, as autoras iniciam uma análise do estilo de vida dos habitantes do vice-
reino do Peru, onde o império Inca estava estabelecido, até 1573. No decorrer de impostos e opres-
são colonial, um insurgente, que dizia ser descendente direto da família que governava o império
Inca, Tupac Amaru, organizou uma revolta e foi para Cuzco tentar tomar o poder, em 1770, acabou
que não houve negociação e a rebelião foi controlada. Isso, pelo menos, até a tomada da Espanha
por Napoleão Bonaparte. Então, Simón Bolívar e San Martín fizeram suas incursões pelo território a
fim de libertar os países dominados do controle espanhol. O medo de uma guerra generalizada, com
índios e crioulos, intensificou-se após a rebelião no Haiti, em que escravos expulsaram os coloniza-
dores Franceses no início de 1800. 
A Colônia do Haiti correspondia a 2/3 do comércio externo que a França possuía na
época. Em 1794, já com o fim da escravidão oficial pela assembleia em controle da
França (no período de revolução) e a influência dos ideais iluministas, o país passou
a enfrentar rebeliões no Haiti. Mackandal foi o primeiro insurgente, tendo sido traí -
do e queimado vivo. O segundo, criado de modo diferenciado aos demais escravos,
sabendo ler e calcular, François Dominique Toussant, mais tarde conhecido como
Toussant L’Ouverture, foi quem acendeu de verdade chama da revolução, mesmo
tendo sido extraditado e morto em 1803, em 1804, as tropas imperiais foram expul-
sas da Ilha e o controle foi estabelecido pelos escravos.
O Haiti tornou-se o primeiro e único país das Américas a associar a independência
ao fim da escravidão. Nas demais colônias francesas no Novo Mundo, Martinica,
Guadalupe e Guiana, a instituição sobreviveu até 1848. O mesmo ocorreu nas colô-
nias espanholas na América, onde as guerras de independência favoreceram a al-
forria de muitos escravos que lutaram com os exércitos revolucionários, mas não
asseguraram a abolição da escravatura. 
Nessa última parte do livro, a autora exibe como foi pensada e realizada a administração das
terras, a resolução de conflitos e a evolução da administração nas colônias até a sua libertação do
domínio espanhol. A autora expõe como o crescimento econômico e, concomitantemente, político
dos vice-reinos os separou em vice-reinos cada vez menores e mais autônomos, até chegar ao Rio
da Prata. Nesse ponto, a Espanha Impõe restrições e cuidados extras para se precaver dos ataques
ingleses e até mesmo dos ataques internos dos criollos do vice-reino.
Para ingleses e criollos envolvidos com o comércio, as restrições monopolísticas impostas
pela Espanha estiveram na base de crescentes tensões com a metrópole. Não por acaso, Buenos Ai-
res constituiu um centro irradiador da luta contra a condição colonial ao longo da segunda década
do século XIX.
04-historia_da_america_latina_primeiro_capitulo.pdf
Vídeo 1: Apresentação:
O professor começa o vídeo afirmando que o desdobramento com que a América e o Brasil
se desenvolveram tem muito a ver com o modelo de colonização imposto aqui. O modelo de coloni-
zação visa principalmente exploração de riquezas. 
Por fim, o professor afirma que existem 3 variantes de Américas: Espanhola, Portuguesa e
Anglo-saxã. Ele apresenta mapas que ilustram a realidade das colônias espanholas e portuguesas no
século XVIII, e como a forma de se administrar a colônia refletiu no fato de hoje haver uma divisão
relevante no território, que era da Espanha, e de como o território português se manteve uma única
unidade. 
Concluindo, o professor apresenta mais um tópico relevante para o assunto que é o Tratado
de Madrid e suas consequências no desdobramento das guerras Guaraníticas, em que Portugal mas-
sacra índios e organizações Jesuíticas ao longo da região do Rio da Prata.
Vídeo 2: Entrevista com autoras do livro: Gabriela Pellegrino e
Maria Lígia Prado.
As autoras iniciam a entrevista explicando o formato e o público a que o livro se direciona.
Segundo elas, por focar em uma narrativa, não em uma estruturação didática, o livro se volta mais
para o público em geral e estudantes de nível médio até a graduação. Em seguida, é discutida a in-
trodução do livro e a cunhagem do termo “América-Latina” e de como os nativos latino-americanos
pensavam essa questão. Isso varia tanto em termos de se distanciar da definição francesa, quanto na
aquisição de uma identidade própria que reforçasse os laços das nações que aqui se desenvolviam,
inibindo em certo aspecto os poder de influência estado-unidense e bretão. Por fim, a autora Gabrie-
la Pellegrino passa um detalhe ausente no livro, que é a recorrência da nomeação da América Latina
como Indo América, termo que não se estabeleceu. 
Em seguida, é perguntado se as autoras possuíam algum posicionamento quanto ao trata-
mento da história, o que é negado, e, além disso, ressaltado a importância de se observar diferentes
fontes históricas para a tomada de conclusões a respeito da história em si. 
A discussão se encaminha para a presença do Brasil no livro, já que o país é parte integrante
da história latino-americana. As autoras ressaltam que, por haver já muita bibliografia focando espe-
cificamente o Brasil, foram ressaltados os aspectos mais marcantes da América Latina como um
todo, com um espaço reservado à descrição do Brasil em momentos propícios. Um exemplo citado
é a Guerra do Paraguai e suas consequências para a consolidação dos Estados Nacionais Modernos.
Outro exemplo citado são as ditaduras, que, apesar de possuírem alguma contemporaneidade, não
foram em si iguais umas às outras. Por fim, elas explicam como as tensões e conflitos internacionais
contribuíram para a transformação dos cenários políticos dos países da América Latina. 
Atividade 3: Elaborar resenha da leitura.
Título: Os Sinais do Esgotamento do Período Colonial.
Máximo: 600 palavras. 
Ler → Resumo (1o Parágrafo) → Resenha (Com Ênfase no Título).
As autoras iniciam o livro com uma introdução a respeito do termo “América Latina”. Se-
gundo elas, ele foi cunhada pelos Franceses no século XIX e gerou certa adesão na Europa, já que
franceses viam a América do Sul com visões unificadas e homogêneas. No entanto, alguns intelec-
tuais ao sul do Brasil não se satisfizeram com tal denominação, como por exemplo o Uruguaio Ar-
turo Adao, que defendia que a denominação foi inicialmente utilizada por um Colombiano na meta-
de do século XIX, como defesa da potência a que os Estados Unidos estavam se tornando, passando
https://tvcultura.com.br/videos/34861_livros-82-historia-da-america-latina-gabriela-pellegrino-e-maria-ligia-prado.htmlhttps://www.youtube.com/watch?v=vwcwEet1bT8
a ameaçar a união sul-americana. Além dele, Monica Quijada foi uma argentina que defendia a ideia
de que o termo não foi imposto aos latino-americanos, mas cunhado por eles a partir de suas pró-
prias reivindicações.
No Primeiro Capítulo do livro, as autoras iniciam uma análise do estilo de vida dos habitan-
tes do vice-reino do Peru, onde o império Inca estava estabelecido até 1527. No decorrer de impos-
tos e opressão colonial, um insurgente, que dizia ser descendente direto da família que governava o
império Inca, Tupac Amaru, organizou uma revolta e foi para Cuzco tomar o poder em 1780, aca-
bou que não houve negociação e a rebelião foi controlada pela Espanha. Isso, pelo menos, até a to-
mada da Espanha por Napoleão Bonaparte. Então, Simón Bolívar e San Martín fizeram suas incur-
sões pelo território a fim de libertar os países dominados do controle espanhol. O medo de uma
guerra generalizada, com índios e crioulos, intensificou-se após a rebelião no Haiti, em que escra-
vos expulsaram os colonizadores Franceses no início de 1800. Por fim, na última parte do capítulo,
a autora exibe como foi pensada e realizada a administração das terras, a resolução de conflitos e a
evolução da administração nas colônias até a sua libertação do domínio espanhol. 
O livro traz uma linguagem direta e de fácil compreensão, permitindo a análise de vários fa-
tores possíveis para a crise do sistema colonial. No final do primeiro capítulo, a autora expõe como
o crescimento econômico e, concomitantemente, político, dos vice-reinos os separou em vice-reinos
cada vez menores e mais autônomos, até chegar ao Rio da Prata. Nesse ponto, a Espanha Impõe res-
trições e cuidados extras para se precaver dos ataques ingleses e até mesmo internos dos criollos do
vice-reino. No entanto, essas restrições da Espanha apenas contribuiram para a difusão dos ideais de
independência aos quais as colônias estavam aderindo, pelo menos na região Sul do continente
americano. 
Na região boreal da América Latina, no entanto, os ideais da revolução francesa e do ilumi-
nismo contribuíram para uma derrocada de rebeliões e movimentos contrários ao controle da metró-
pole ibérica. A associação disso com a libertação haitiana aos controles imperiais da França contri-
buiu não apenas com o crescimento desse ideal libertário, mas com o surgimento de iniciativas que
previam a formação de Estados completamente independentes entre si, até mesmo dentro da própria
unidade dos vice-reinos. A atuação Napoleônica na Europa contribuiu para o enfraquecimento do
controle metropolitano e, também, para o fortalecimento do ideal de líderes como Símon Bolívar e
San Martín, que, após libertarem o último reduto espanhol na América do Sul, previram caminhos
diferentes para as ex-colônias. Isso, no entanto, só foi possível pelos ideais da época e, com certeza,
foi um dos pontos-chave para a consolidação dos Estados Nacionais encontrados atualmente na
América Latina.
Aula 4 [19/10-23/10]
Vídeo 1: Apresentação
O professor faz uma breve apresentação dos tópicos que serão trabalhados nessa semana e
na semana que vem, tendo em vista que as aulas com ele terminarão em três semanas, finalizando a
primeira parte da disciplina, quem dará continuidade após isso será a professora Heloísa. Primeira-
mente, será trabalhada a questão da independência latino-americana, e, na próxima semana, a ques-
tão do imperialismo norte-americano. 
Orientações para a leitura da Carta da Jamaica – Observar como desde a independência ha-
via uma ideia de integrar as ex-colônias espanholas. Símon Bolívar se preocupava, basicamente,
com o império do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa.
Colocar como Atividade 4 no preenchimento da atividade.
O professor ressalta ainda a live do dia 5 de Novembro, às 9 horas, destinada a tirar dúvidas
dos alunos acerca dos tópicos estudados. 
Leitura: Carta d e Jamaica 
A carta foi escrita por Símon Bolívar como resposta a uma carta anterior. Símon inicia citan-
do uma frase falada pelo remetente em uma carta anterior, a que ele se referia às barbaridades co-
metidas pelos espanhóis em solo americano três séculos atrás, e de como tais coisas são impensá-
veis até mesmo de serem ditas. Em outra passagem, Símon diz-se honrado pelo remetente desejar
sucesso à sua empreitada na América. Símon também relata ser menos difícil unir os dois continen-
tes do que conciliar as diferenças entre o espírito dos espanhóis com os americanos. 
Símon, adiante, cita a experiência de libertação dos países do Rio da Prata e de como isso in-
fluencia sua jornada. Em seguida ele ressalta a dor sofrida pelos milhões de habitantes do Peru,
Nova Granada, Panamá e Santa Marta por não conseguiram se livrar do domínio espanhol, tendo
em vista que, para ele, foram as regiões mais submissas à metrópole. Por fim, ele cita os casos da
Venezuela, Guatemala, Porto Rico e Cuba e dá razões pelas quais esses povos precisam ser liberta-
dos dos domínios espanhóis.
Símon observa a deficiência militar em que se encontra a Espanha, e de como isso poderá
contribuir para a independência das colônias, bem como seu exército, seu comércio e a produção ar-
tística estão em declínio, fato denotado por ele. Além disso, ele defende que, mesmo que não se ini-
cie uma revolução já, os filhos das pessoas que nasceram na América certamente a farão em menos
tempo. Porém, ressalta Símon, a falta de apoio tanto dos países mais desenvolvidos da Europa,
quanto da América do Norte, impôs um empecilho para a libertação das colônias, não sabendo ele
até onde vai a influência da metrópole espanhola. 
Mais à frente na carta, Símon cita o interesse do remetente em saber das futuras intenções
das colônias, se formarão uma república, uma monarquia, ou várias repúblicas/monarquias. Símon
diz que será muito difícil realizar uma união com todas as colônias, pois já é suficientemente difícil
administrar cada colônia por si, com a maioria da sua população preenchida por pessoas do campo.
Símon descreve a imagem que ele possui da situação atual como caótica e imprevisível. 
Yo considero el estado actual de América, como cuando desplomado el imperio ro-
mano cada desmembración formó un sistema político, conforme a sus intereses y si-
tuación, o siguiendo la ambición particular de algunos jefes, famílias o corporacio-
nes, con esta notable diferencia, que aquellos miembros dispersos volvían a resta-
blecer sus antiguas naciones con las alteraciones que exigían las cosas o los suce-
sos;
06-carta_da_jamaica.pdf
06-carta_da_jamaica.pdf
06-carta_da_jamaica.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=DTUohLKOAF0
A explicação para que não fosse formada uma única república, segundo Bolívar, era que a
falta de contato com o mundo administrativo com que os moradores das colônias sempre se subme-
teram, além da rapidez com que as revoluções e independências ocorreram, impediu uma organiza-
ção eficiente de um sistema administrativo organizado e único, tendo cada província que lidar com
um governo próprio e dividido dos demais. Símon então relata como cada província lidou com a sua
libertação em termos políticos e militares, focalizando a posição das capitais e as juntas administra-
tivas escolhidas. Por fim, ele ressalta como essa organização democrática precoce facilitou a derro-
cada econômica e social dos países em questão, citando Monstequieu:
Es más difícil, dice Montesquieu, sacar un pueblo de la servidumbre, que subyugar
uno libre.
Símon então revela seu maior desejo:
Yo deseo más que otro alguno ver formar en América la más grande nación del mun-
do, menos por su extensión y riquezas que por su libertad y gloria. 
No entanto, ele sabe ser impossível a concretização desse feito, ao menos com uma repúbli-
ca ou uma monarquia. Sabe também que um governo perfeito jamais existirá e, para tal, deveria ha-
ver algum homem capaz de governar como um Deus ou com todas as virtudes dos homens. Portan-
to, ele acha de grande valia a divisão da América em dezesseis estados independentes,como foi fei-
to, mas acha inútil uma administração monárquica. Bolívar também compara como as repúblicas
tendem a durar mais, principalmente se pequenas, e como as maiores sempre se tornam um império,
citando o exemplo de Roma, ele ressalta que, apesar de ter virado um império, a homogeneidade
das leis em seu território permitiu certa durabilidade a sua estrutura. 
Por exigir tamanha virtude, Símon não propõe a formação de federações na América, mas
um sistema como o encontrado na Inglaterra, onde ainda há uma aristocracia, mas também há a re-
pública, ou seja, será uma monarquia mista. Primeiramente, Bolívar propõe a junção da Venezuela e
da Nova Granada, formando a Colômbia. Ele descreve as vantagens de tal junção bem como o siste-
ma de governo adequado para tal – o sistema inglês. Em seguida ele ressalta como a Argentina (Bu-
enos Aires) certamente terá uma resistência a se unir e como o Chile poderá ser livre, principalmen-
te por ter tido sempre um território muito limitado. Ao expor mais alguns pontos sobre o Peru, ele
conclui com o seguinte:
De todo lo expuesto, podemos deducir estas consecuencias: las provincias america-
nas se hallan lidiando por emanciparse, al fin obtendrán el suceso; algunas se consti -
tuirán de un modo regular en repúblicas federales y centrales; se fundarán monarquí-
as casi inevitablemente en las grandes secciones, y algunas serán tan infelices que
devorarán sus elementos, ya en la actual, ya en las futuras revoluciones, que una
gran monarquía no será fácil consolidar; una gran república imposible.
Concluindo, Símon expõe então sua ideia de que, se acaso viesse a ocorrer tal união na
América, isso seria o suficiente para unir os povos do mundo todo, e gerar um respeito muito gran-
de para os americanos em qualquer negociação. ,
Leitura: Decreto de Independência do Brasil
O decreto inicia com o esclarecimento de que o povo quer a proclamação da República e
quem for dissidente não terá espaço no país. 
Todoo Portuguez Europeo , ou o Brasileiro , que abracar o actual systema do Brasil,
e estiver prompto a defende-lo usará por distinccáo da flor verde dentro do ángulo
de oiro no braco esquerdo, com a legenda = INDEPENDENCIA , ou MORTE. =¡=
Todo aquele porém que nao quizer abrácalo : nao devendo participar com os bons
CidadSos dos beneficios da sociedade cujos direitos náo respeite , deverá sahir do
logar, em que reside dentro de trinta días , e do Brasil dentro de quatro mezes ñas
Cidades centraes, e dois mezes ñas marítimas*, contados do dia, em que for publica-
do este Meu Real Decreto ñas respectivas
07-Decreto_de_ind_do_BR.pdf
Leitura: O Movimento da Independência
O autor descreve com detalhes os momentos antes da aclamação da república, descrevendo
os encontros e personagens principais que protagonizaram a organização do evento. Além disso,
descreve como as opiniões políticas dos conselheiros do imperador influenciaram a decisão do tipo
de governo a ser adotado. Porém, o imperador não disfarçava em negar a possibilidade de instaura-
ção de uma república, o que ele queria era a manutenção da Monarquia, como demonstrado por esse
excerto:
Entretanto instigado pelo seu ministro, a quem os adversarios não poupavam e pen-
savam em depor por meio de um pronunciamento que os· levasse ao poder, Dom Pe-
dro patenteava não renunciar á sua funcção suprema, tanto mais prestigiosa quanto
na sua modalidade se combinavam n'este caso a feição tradicional e a fei·ção popu-
lar. Nem hesitou em approvar uma serie de medidas contra os seus apologistas radi-
caes.
O autor também esclarece como, apesar de terem opiniões diferentes, o Imperador D. Pedro
I relutava em aceitar a demissão de José Bonifácio, tanto que este ficou. 
Por fim, o autor relata as comemorações populares após a independência, seguindo pelo dia
do fico e de comentários a respeito de possíveis conspirações para tornar a uma república; 
Vídeo 2: Movimentos de Independência na América 
Espanhola.
A entrevista, realizada com a professora Gabriela Pellegrini, foca na independência dos paí-
ses da América Latina como um evento concertado, embora a professora, já de início, alegue que a
independência do México ocorreu paralelamente aos países da América do Sul. Primeiramente, a
professora afirma que as motivações principais para o início do processo de independência foram as
reformas Bourbônicas ocorridas na Europa, que visavam facilitar a colonização na América, isso
desagradou não apenas às Elites Criollas, como também a população latino-americana, pois retirava
o pouco de autonomia que ainda existia nas sociedades nativas.
Em seguida, a professora explica como a situação da Espanha na Europa influenciou a dimi-
nuição do controle da metrópole sob suas colônias. As Guerras contra a França, por exemplo, direci-
onaram a atenção da Corte para um extremo (norte-oriental) do país, enquanto outro extremo (sul)
iniciava um movimento de instauração de uma nova constituinte, a ponto que rebeliões foram for-
madas no Sul da Espanha, diminuindo ainda mais sua força nas frentes Francesas. Assim, com sua
atenção voltada aos problemas Europeus, a Espanha permite que vários projetos de emancipação to-
massem curso na América Espanhola, de tal modo que a independência dos países já era esperada
pelos revolucionários.
Além disso, a ausência do Rei no trono espanhol, durante o império de Bonaparte, permitiu
que mais iniciativas de instaurar uma República através da elaboração de uma nova constituição se
estabelecessem. 
Em seguida, o apresentar questiona a presença do povo nas rebeliões para a emancipação da
América Espanhola. Pellegrini cita a iniciativa de Tupac Amaru como um primeiro estopim para as
revoltas subsequentes na região dos Andes. As consequências de tais rebeliões foi uma repressão vi-
olenta da Espanha. Ao mesmo tempo, na virada para o século XIX, o Haiti inicia seu processo de li-
bertação da França, esse sim, com êxito. A professora usa desse exemplo para citar a abolição da es-
cravidão no Haiti, que era a base da força de trabalho no país, enquanto na América Espanhola, a
escravidão não era tão generalizada. Além de não ser a força de trabalho dominante, o número de
alforrias concedidas foi significativo no pós-independência para todos os escravos que lutaram. Por
isso, os senhores de terras buscaram o apoio de indígenas para concretizar esse movimento de inde-
pendência, o que permitiu a dissolução desse ideal escravocrata. 
https://www.youtube.com/watch?v=vF-9ievViNE&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=vF-9ievViNE&feature=youtu.be
./05-movimento%20da%20independ%C3%AAncia%20%5Bler%20cap%C3%ADtulo%20XXI%5D.pdf
A professora então inicia a discussão sobre as primeiras independências na América. A co-
meçar pela Venezuela, em 1811, que instaurou uma República sob a liderança de Símon Bolívar e
alguns companheiros, mas que foi rapidamente sufocada. Símon Bolívar vira então um Refugiado,
produzindo a sua Carta de Cartagena, um dos principais documentos desse momento, em que ele
apela para a emoção dos Venezuelanos para apoiar a causa da independência, tratando-a como um
fato certo de acontecer. A sua carta é importante para reunir os setores da elite da Venezuela, pois
era ela quem temia a instauração de uma revolta por escravos ou indígenas após a emancipação, tor-
nando-se em parte contra a independência. A ressurgência fracassa e Bolívar se refugia novamente,
desta vez na Jamaica, onde produz a Carta De Jamaica, um documento com mais apelo popular ain-
da do que a primeira carta. Nisso de apelar a todos os setores da sociedade, Bolívar enfrenta certa
oposição, já que as elites possuíam medo de armar escravos para a luta e, assim, iniciar uma revolu-
ção. No entanto, como ressalta a historiadora, a experiência de guerra com vários estratos sociais é
um dos principais pontos transformadores da mentalidade das elites para com os escravos e cama-
das mais baixas da sociedade. Por fim, ela relata a experiência da trajetória do exército de Símon
Bolívar até as planícies Andinas no Perupara libertá-lo.
Em seguida, ela explica como o conceito de independência para a proclamação de uma repú-
blica não era bem estabelecido, visto que não se tinha uma opinião bem estabelecida pelos povos
nesse quesito. Um exemplo citado foi a independência curta do México em 1810, em que foi procla-
mada uma monarquia, mas que não se sustentou. Ainda segundo a autora, os estilos republicanos to-
mados nas independências tenderam a seguir um trajeto próximo: no início, os países que tendiam a
adotar uma república mais democrática, acabam cedendo para a centralização dos poderes em go-
vernos centrais. Um caso exemplificado é a de Buenos Aires, que, apesar de querer a centralização
do poder, acaba por perder o Paraguai (que se emancipa) e perde também e banda oriental (Uru-
guai). 
Concluindo, a dificuldade encontrada nos países da América Espanhola após a independên-
cia foi a busca por uma identidade própria, que legitimasse o território e a organização das nações.
Enquanto que no Brasil, o símbolo maior emanava do Imperador proclamado após a independência,
no restante da América Latina esse reconhecimento de uma propriedade comum ao povo do país
inexistia ou era muito fraca. 
Vídeo 3: Independência do Brasil e seus legados.
O professor inicia a palestra explicando as diferentes razões pelas quais alguém se interessa-
ria em aprender história. A história da independência do Brasil, para o historiador, não se trata ape-
nas da história do Brasil, mas também da história de Portugal, bem como da história do mundo. 
O Brasil já chegou a ser, em momentos distintos, 3 colônias diferentes do mesmo país. A di-
visão administrativa do país foi cancelada ao término do seu processo de independência. A história
da independência começa em 1807, quando Portugal entra em crise devido a invasão napoleônica
em seu território, e a destituição da nobreza do país. No entanto, o príncipe regente da época, Dom
João VI, vem ao Brasil em 1808 a fim de preservar sua monarquia, trazendo consigo nobres, minis-
tros e exército, visto que não era plausível aos portugueses enfrentar o exército napoleônico. Desse
modo, observa-se a criação de divergências internas de interesses dentro do Brasil, visto que ele
agora não é mais uma colônia de Portugal, mas a sede do império. 
Em 1815, portanto, Brasil é elevado a reino, oficializando sua posição quanto a Portugal.
Em 1817, instaura-se a Revolução de Pernambuco, que era republicana e desafiou por 3 meses a au-
toridade portuguesa. Em 1820, por fim, ocorre a Revolução do Porto, que visava a limitação dos po-
deres de D. João VI. 
Continuando, o professor explica como a história não é um organismo em evolução, sim-
plesmente por não ser possível a previsão de seus fatos continuamente. Dois exemplos citados por
ele são as inconfidências Mineira e Baiana. Ambas foram de caráter emancipacionista, mas nenhu-
https://www.youtube.com/watch?v=-yWg_7d4bgw&feature=youtu.be
06-carta_da_jamaica.pdf
ma previa a emancipação do Brasil todo, muito pelo contrário, previam apenas a libertação do Esta-
do das amarras de Portugal. Essa característica implica que não havia interesse em libertar o Brasil
todo, pelo menos até 1800, configurando o resultado de um processo, não o desfecho natural de
uma história. Além disso, o professor retoma que a independência não foi uma luta entre brasileiros
e portugueses, principalmente pelos primeiros ainda nem estarem estabelecidos como nação, ou te-
rem qualquer ideia do que seria uma nação propriamente dita. 
O professor ainda elucida que o movimento de independência não tem um caráter isolado,
ímpar na história, já que tudo no mundo se relaciona a outros eventos. As ligações para a indepen-
dência do Brasil e seu contexto foram, dentre outras: as revoluções americanas nos Estados Unidos,
a Revolução Haitiana e as independências na América Espanhola, além da Revolução Francesa. O
professor também explica que achar que o Brasil passou a ser colônia da Grã-bretanha após a inde-
pendência é errado pois, apesar de estar em uma condição subalterna em relação aos demais países
(afinal, ele saiu em desvantagem após a independência) ele ainda era independente. 
Outro fator relevante aponta é o de que a independência foi um movimento das elites para
baixo, ou seja, ele foi projetado para manter a posição social das elites. Apesar de isso ter se mostra-
do verdadeiro, a independência não foi só isso, pois o desafio de se estruturar uma nação é muito
maior do que a justificativa de para quem ela foi planejada. O último ponto levantado pelo historia-
dor é o de que a independência não foi um movimento pacífico, visto que diligências, como a pro-
víncia do Maranhão, existiam, e teriam de ser dominadas pela força para reconhecer o império do
Brasil independente de Portugal. A violência, portanto, é constitutiva da história do Brasil, e seu
legado ressoa até hoje nas grandes cidades do país.
Em seguida, o professor discute a questão da identidade, nação e estado nacional brasileiro,
e de como esses termos vieram a tona após a independência do país. Retomando ideias anteriores, o
professor explica como a independência se apoiou no racismo e na escravidão, de modo que esta
apenas aumentou de proporção e intensidade após a libertação. Assim, segundo o professor, há uma
relação íntima entre a violência, exclusão social e racismo na história da independência brasileira. 
Atividade 4: 
Elabore um texto de no máximo 500 palavras comparando a independência da América Es-
panhola e da América Portuguesa.
Primeiramente, a principal diferença explicitada quanto as duas independências é o fator so-
cial. Enquanto a independência do Brasil possuía um apoio muito mais elitizado, as independências
na América Espanhola claramente dependeram das ações dos povos dos países, não apenas das suas
elites. Apesar disso, nenhuma das independências foi concebida de modo pacífico, enquanto na
América Espanhola os embates eram travados contra a própria metrópole e senhores das terras, no
Brasil os embates se deram dentro das províncias que se recusavam a atestar a validade independen-
te do território, tais como a província do Maranhão, a qual se recusou a se desvincular de Portugal
senão pela força. 
Assim, um ponto que reflete o modo como o processo se desenrolou é a questão da escravi-
dão e racismo no império. Enquanto na América Espanhola houve guerras com a presença de todos
os estratos sociais, no Brasil isso não ocorreu, o que impediu uma aproximação da elite com as ca-
madas populares. Por isso, a escravidão foi, se não imediatamente, em pouco tempo abolida nos pa-
íses da América Espanhola, enquanto no Brasil ela só foi reconhecidamente extinta ao final do sécu-
lo XIX. Esses pontos refletem não apenas a política de independência, como também a mentalidade
racista que se desenvolveu e se amplificou após a década de 1820, visto que a importação de escra-
vos não sofreu redução alguma por vários anos.
Outro fator a se levar em conta nas emancipações foi seu resultado. Enquanto nos demais
países da América a proclamação da República foi uma via de regra – em alguns países até beirando
o liberalismo excessivo, o Brasil seguiu em um modelo monárquico, com o poder centralizado nas
mãos do monarca, uma espécie de absolutismo disfarçado, visto que havia um Parlamento no país,
mas controlado pelo poder Moderador do imperador. Essa via de regra da América Latina possuía,
no entanto, algumas exceções, tais como o caso do México, que brevemente proclamou-se uma Mo-
narquia, antes de ser absolvida e a República ser instaurada. 
Por fim, vale ressaltar a relação entre a proximidade das datas das independências com even-
tos que ocorreram na Europa na época. Devido à crise que a Espanha sofria pelo ataque napoleônico
à corte, além de várias diligências internas no país, o controle do território americano foi fragiliza-
do, mesmo que as cobranças e limitações tenham ficado mais severas. Isso facilitou a organização
de militâncias contra o governo da metrópole e colonos espanhóis, de modoque o apoio dos criol-
los foi facilmente conquistado com tais iniciativas, além do apoio do próprio povo. No Brasil, as
consequências dos ataques de Napoleão foi a elevação do país a um posto de igualdade com a me-
trópole europeia, de tal modo que vários setores da sociedade não viam alternativa se não a liberta-
ção do país do domínio português, fatos explicitados pelas várias revoluções que ocorreram na épo-
ca, como a Revolução Pernambucana e a Revolução do Porto, que visava controlar os poderes do
imperador no país.
Aula 5 [26 – 01/11]
Leitura: América Latina X EUA.
Prefácio:
O autor inicia a obra relatando alguns momentos de tensão entre o sul e o norte e como este
último, muita vezes, olha para o sul com sentimento de menosprezo. Segundo o autor, o ápice dessa
tensão entre os países ocorreu durante a Guerra Fria. Recentemente as divergências se intensifica-
ram após o ataque de 11 de Setembro, na administração de Bush. No entanto, o início disso tudo se
deve ao término da Guerra Hispano-americana, que foi responsável pelo estabelecimento do prote-
torado cubano e da anexação de Porto Rico pelos EUA. 
Ainda segundo o autor, antes disso tudo, os Estados Unidos já haviam substituído a Inglater-
ra como principal parceiro comercial da América Latina. Para o autor, os países latino-americanos
adotaram uma estratégia política diferente da dos EUA ao longo da história, a qual não envolvia o
protagonismo externo constante (agency). 
Do Império à Independência:
O autor inicia o capítulo explicando que a semelhança principal em todos os países da
América é que todos foram colônias em algum momento da história. Os principais protagonistas
dessa colonização foram, portanto, Reino Unido, Espanha e Portugal. 
Em primeiro lugar, os espanhóis foram os mais ambiciosos em termos de conquista de terri-
tório e mineração. Além disso, tiveram que lidar com sociedades indígenas bem organizadas e hie-
rarquizadas. Seus esforços se concentraram no altiplano e no México, onde havia mais recursos para
exploração. Em segundo lugar, os britânicos lidaram com relativamente poucos índios e que esta-
vam em sociedades relativamente pouco organizadas, até a primeira nação mais bem organizada, no
século XVIII e XIX, que os britânicos a até os próprios americanos expulsaram no território, os
Cherokee. Assim, estabeleceu-se o principal objetivo dos americanos em seu próprio território,
torná-lo produtivo, principalmente com mão de obra escrava africana.
Para os espanhóis, portanto, a mineração e consequente exportação de minérios era a princi-
pal fonte de atenção e cuidados administrativos, embora algumas commodities como o cacau e o
café também fossem produzidos e bem administrados. Isso gerou uma rede de contrabandos de pro-
dutos agrícolas intenso na região da Venezuela e no Rio da Prata. O contrabando gerou um efeito
inesperado ao aproximar contrabandistas de compradores britânicos e banqueiros. As diferenças são
nítidas quando se compara essa situação com a do Norte, o qual possuía um controle ainda mais
ameno dos excedentes agrícolas e sequer possuíam uma igreja oficial, sendo que a maioria dos habi-
tantes era formada por dissidentes da igreja anglicana. 
A autonomia resultante para as colônias do norte contrastavam com o controle administrati-
vo forte da Espanha nas suas colônias (pelo menos nas minas, portos e centros administrativos).
Isso permitiu aos Americanos do Norte a elaboração de leis e centros de decisão política próprios,
além de lucros maiores com seus negócios. Por fim, o Norte possuíam conexões claras e bem esta-
belecidas entre suas regiões, planejadas pelos próprios colonos, enquanto a coesão dos Vice-reinos
da Espanha era fraca, o que impediu a integração do território mais à frente. 
O elemento decisivo para que as colônias do Norte se voltassem contra o império britânico
foi o desenvolvimento de uma nova visão de mundo, em que eles consideravam inúteis as guerras
travadas pela coroa contra a França, uma guerra que, para eles, não lhes pertencia e era um gasto
desnecessário de recursos. Para o colono, portanto, pertencer ao império britânico era uma desvan-
tagem terrível. George Washington retirou duas lições das guerras as quais ele participou e coman-
08-america_latina_x_eua_leia_um_trecho.pdf
dou: A propinquidade, ou proximidade, em que afirmava o perigo ser proveniente de quem não tem
os mesmos interesses, mas que estão fisicamente pertos, e a perfídia autoritária, que afirmava não
ser seguro confiar nas monarquias europeias, já que no fundo elas visavam apenas o interesse da
monarquia e sequer ouviam seu súditos. Eles tinham uma abordagem racional sobre a atuação po-
lítica e uma perspectiva realista sobre os assuntos públicos. A questão da política externa dos Esta-
dos Unidos foi por muito tempo ainda discutida e analisada, desenvolvendo duas correntes, uma re-
alista e uma libertária, que influenciaram inclusive o confronto entre Sul e Norte do país mais tarde.
Em seguida no texto, o autor faz uma breve exposição de fatos decorrentes da época, princi-
palmente a exportação dos ideais iluministas para a América, salientando que tanto a América do
Norte quanto a do Sul teve acesso às ideias mais novas da Europa ao mesmo tempo. Além disso, o
autor expõe algumas tentativas de se tomar os territórios espanhóis na Jamaica, que acabou sendo
controlado pela Inglaterra por um período. 
O autor então inicia a discussão de como o conhecimento das ações empreendidas nos EUA
eram de conhecimento dos líderes latino-americanos, e de como isso foi mais um ideal a ser utiliza-
do por eles do que propriamente uma estratégia de política internacional pós-independência. Muitos
dos países que se libertaram inclusive receberam apoio do Norte. No entanto, como se percebeu, os
poderes concedidos pela Espanha aos governos locais não passou disso, local. Por isso, o contraste
dos EUA no seu modo de lidar com o resto do mundo é evidente quando se olha para a América La-
tina, que mal conseguiu um acordo formal com a metrópole. 
Outra diferença fundamental entre os processos de independência foi a participação da co-
munidade marginalizada no período de colônia. Nos EUA, a escravidão tornou-se institucionaliza-
da, na América Latina, escravos e índios tinham certo espaço de discussão em questões de cidada-
nia. Isso refletiu inclusive no modo como a independência da América Latina foi vista pelo mundo.
Para quem acreditava em uma irmandade de homens, a conclusão seguinte é que deveria haver
também uma irmandade coletiva de nações, em que as pessoas e os cidadãos fossem livres. 
A falta de transparência nas políticas externas dos novos países latino-americanos indepen-
dentes abriu espaço para que governos autoritários se estabelecessem, em contraste com a transpa-
rência visível do governo norte-americano. No entanto, os líderes independentes reconheciam as nu-
ances da política internacional, a tal ponto que todos possuíam clareza quanto aos problemas de de-
pendência de empréstimos, mas sabiam de sua importância para a estabilização da economia. Ainda
segundo o autor, um dos principais problemas para a política externa da América do Sul foi a incon-
sistência de suas fronteiras e de como os países estavam sempre brigando entre si pelas fronteiras,
enquanto isso os Estados Unidos conquistavam mais Estavam e definiam favoravelmente suas fron-
teiras com o Canadá. 
A discussão então segue ao ponto em que os EUA se questionam a respeito de sua própria
expansão, e como isso se compara ao próprio pensamento de Bolívar de formar uma União entre os
países da América Latina. O autor finaliza enfatizando a importância do discurso bolivariano de
unir a América e de como isso ressoa até hoje nas reuniões entre países latino-americanos. O objeti -
vo primário era, na época, se proteger da força da metrópole espanhola, embora eles também possu-
íssem receios do próprio Estados Unidos. Essa mensagem foi firmada no Congresso Anfictiônico do
Panamá, para só então ser confirmada por James Monroecom a sua Doutrina Monroe, que marcou
uma pretensão agressiva dos EUA para com a América Latina. Apesar de tentarem negar veemente-
mente isso até hoje, os países latino-americanos ainda consideram essa a estratégia principal dos Es-
tados Unidos pelos últimos 200 anos. 
Vídeo 1: Conteúdo
O professor inicia a videoaula retomando alguns conceitos já estudados e introduzindo o as-
sunto principal da semana. Os conceitos, divididos em períodos históricos, são:
• Descobrimento → Um novo mundo para os Europeus.
https://www.youtube.com/watch?v=2-zv7KwmpWo&feature=youtu.be
• Conquista → Choque entre civilizações.
• Colonização → Modelo de exploração.
• Independência → Com a noção de ‘comunidade’.
O professor então inicia um detalhamento maior do último período, o período das indepen-
dência na América. Esse período durou de 1776 até a década de 1820, embora seus efeitos se esten-
dessem até muito depois. Iniciou com a independência dos Estados Unidos, e teve alguns pontos
fortes quanto a isso, a destacar:
• Thomas Jefferson e sua ideia de “Hemisfério Ocidental” → Tal qual a Europa teria um he-
misfério para si, os Estados Unidos também teriam o seu. O conceito mais simples, portanto,
trata de englobar todas as Américas, e isso seria o Ocidente. A definição vem para substituir
a noção de “Novo Mundo”, predominante no período colonial.
• Símon Bolívar e A Confederação (1826): Bolívar tinha o sonho de unir toda a América Es-
panhola em uma única confederação, o objetivo para tal seria tanto fazer frente aos Estados
Unidos quanto fazer frente ao Brasil. 
• Doutrina Monroe (1823): Política externa norte-americana “América para os Americanos”
→ Tentativa de impedir a recolonização dos países da América pelas potências europeias
(período da “Santa Aliança” pós-Napoleão). 
 O professor então inicia uma análise da política externa dos Estados Unidos na época da sua
independência. Segundo ele, os EUA tiveram uma vantagem de algumas décadas em relação aos pa-
íses da América Latina para se organizar em um Estado independente. Os principais pontos destaca-
dos foram:
• Expansão das fronteiras no século XIX.
• Imperialismo na virada para o século XX.
• Política para o hemisfério: União Pan-americana (1889)
• Imperialismo X Resistência. →Ocorrência mais conhecida a de Cuba.
Em seguida é citado a política do “Big Stick” (“Grande porrete”) de Theodor Roosevelt, que
era usada para controlar a política dos países da América Central. Ela se resumia em “Falar manso
mas com um porrete nas mãos”. 
Por conseguinte, muito do imperialismo x resistência tem a ver com a experiência do Caribe
e da América Central. Nesse cenário, “resistir” tornou-se uma pauta muito associada à identidade
“latino-americana”, principalmente na Argentina. E com isso, associou-se o termo ‘antiamericanis-
mo’ a essa identidade e à América Latina.
No entanto, quando se olha para o Brasil, percebe-se a existência de uma história própria de
política externa que não se encaixa na definição “antiamericana”. Tanto que, após 1945, os EUA
passam a considerar a América Latina “as a group” (embora hajam divergências na Literatura). O
Brasil então, nessa época (XIX) não vê mais os EUA como uma ameaça a América, mas como uma
nova potência que substituirá as antigas Inglaterra, França e Alemanha. O centro de poder, portanto,
encontrava-se cada vez mais próximo, e isso condizia com a política externa brasileira da época.
Concluindo esse ponto, o professor explora o diálogo recorrente na década de 1940 de que o Brasil
se achava próximo aos Estados Unidos não apenas por uma questão política, mas identitária. Que,
assim como eles se distinguiam na América, o Brasil também se distinguia na América Latina, e,
portanto, serviria como mediador nas negociações entre países aqui. 
Por fim, o professor conclui apresentando 4 considerações importantes sobre o tema:
• Com as independências surgem as noções de comunidade americana.
• O fator imperialismo na política externa norte americana.
• A identidade latino-americana associada ao antiamericanismo.
• A visão brasileira de EUA e AL. 
Atividade 5:
Elabore um fichamento do texto com pelo menos 5 tópicos. (Obs.: fazer anotação de página
e comentário. Em tópicos)
Prefácio
• O autor inicia o livro afirmando como, muitas vezes, o Norte tem olhado para o Sul com
sentimento de menosprezo. Isso se deve a momentos de tensão entre as duas regiões, o ápi-
ce dessas tensões ocorreu durante a Guerra Fria. (p.9)
• Para o autor, os países latino-americanos adotaram uma estratégia política diferente da dos
EUA ao longo da história, a qual não envolvia o protagonismo externo constante (agency).
(p.10) 
Do Império à Independência:
• Segundo o autor, os espanhóis foram os mais ambiciosos em questão de território e explora-
ção de riquezas do continente americano, foram os mais sortudos nesse quesito, mas enfren-
taram a maior resistência dos nativos. Os britânicos, por outro lado, se viam em terra parti-
cularmente pobre de recursos e com poucas resistências indígenas. (p.14)
• A administração precária para recursos produzidos na colônia espanhola (commodities) per-
mitiu o crescimento de uma grande rede de contrabando de produtos, principalmente na re-
gião da Venezuela e Rio da Prata. (p.15)
• As colônias britânicas do norte gozavam de certa liberdade administrativa e autonomia pro-
dutiva, além de pouco controle da Igreja inglesa, o que permitiu tanto o enriquecimento dos
colonos, quanto o desenvolvimento de conexões entre as várias regiões de controle inglês, o
que viria a se tornar uma vantagem proeminente no futuro. (p.16)
• Os colonos ingleses consideravam as disputas da Coroa inglesa inúteis e dispendiosas, isso
contribuiu para o desenvolvimento de ideais próprios entre os americanos, que passaram a
ver a monarquia como retrógrada e não confiável. (p.17)
• Após a independência, a escravidão nos EUA tornou-se marginalizada, enquanto na América
uma parte considerável de escravos participou do processo de luta, isso refletiu em políticas
externas de outros países inclusive, como ressaltado na afirmação do autor: “Para quem
acreditava em uma irmandade de homens, a conclusão seguinte é que deveria haver tam-
bém uma irmandade coletiva de nações, em que as pessoas e os cidadãos fossem livres”.
(p.22)
• Segundo o autor, um dos principais problemas para a política externa da América do Sul foi
a inconsistência de suas fronteiras e de como os países estavam sempre brigando entre si por
elas, enquanto isso os Estados Unidos conquistavam mais Estados e definiam favoravelmen-
te suas fronteiras com o Canadá. (p.23)
• O autor finaliza o capítulo enfatizando a importância do discurso bolivariano de unir a
América Espanhola e de como isso ressoa até hoje nas reuniões entre países latino-america-
nos. O objetivo primário era, na época, se proteger da força da metrópole espanhola, embora
eles também possuíssem receios contra os próprios Estados Unidos e o Brasil. (p.24-25)
https://www.youtube.com/watch?v=F-T2YwTu-ZA&feature=youtu.be
Atividade 6:
Elabore uma autoavaliação contemplando dois aspectos:
1. Como tem sido seu desempenho nessa disciplina? Conseguiu acompanhar? Quanto ao que
aprendeu, era um conteúdo novo ou algo que você já sabia? 
Acho que meu desempenho na disciplina foi bom. O assunto era um relativamente novo para
mim, considerando que não lembrava mais do estudado durante o Ensino Médio. As explicações e
os textos foram bastante fáceis de se acompanhar e as atividades tiveram uma dosagem boa de difi-
culdade. Com o estudo através de fichamentos, a proposta de se fazer análises dos textos lidos e ví-
deos assistidos ficou bem mais fácil, inclusive recomendaria esse método de estudo para outros alu-
nos. 
2. Como você avalia o que tem sido ensinado até aqui? Os conteúdos estão adequados? Está
muito fácil/difícil? O que poderia melhorar? 
O conteúdo foi bastante relevante, considerando os temas das aulas. As leituras foram bas-
tante esclarecedoras e me deixaram com certa curiosidade parair atrás de mais acerca do assunto.
Gostei das aulas do professor, acho que ele ensina de maneira bastante didática e com calma, de
modo que até quem não nunca teve contato com o assunto poderia resolver as atividades sem pro-
blemas. Na questão de melhorias, penso que a disciplina está bem organizada, mas que se fosse pos-
sível realizar duas provas, em vez de apenas uma ao fim do curso, seria mais bem aproveitado, já
que o assunto poderia ser mais bem explorado nas questões.
https://www.youtube.com/watch?v=F-T2YwTu-ZA&feature=youtu.be
Aula 6, 7, 8, 9:
Leitura: América Latina, da construção do nome à 
consolidação da ideia.
Introdução:
A autora inicia o artigo explicando tamanha dificuldade imposta ao se pensar no que, de
fato, é, ou foi, a América Latina. Segundo ela, a construção do nome deixou de lado a consideração
por quaisquer povos que aqui habitavam ou que para cá foram trazidos. Portanto, “compreender o
processo de construção do nome compõe um esforço maior de entender nossa situação colonial, de
questionar nossa identidade, a fim de buscar superar nosso complexo de Caliban”.
A primeira dificuldade apontada trata da própria imprecisão do termo América Latina, como
exemplo, é citado o caso de Porto Rico, nem latino nem norte-americano. Em seguida é abordada a
questão negativa de se considerar uma extensão região heterogênea em sua composição, cultura e histó-
ria, como algo único e homogêneo. Por fim, a autora ressalta que o termo América Latina não é gerado
nos discursos dos “povos excluídos”, mas da Elite Criolla da Amércia Espanhola.
A autora então cita o filósofo uruguaio Arturo Adao como uma referência importante para a ela-
boração do artigo, e de como lamenta o seu desconhecimento no campo acadêmico brasileiro.
A gênese do nome “América”:
Adao ressalta 3 etapas importantes para a formação identitária da América:
1. Ausência de noção e nome para o recorte geográfico específico.
Antes de ser América, ficou chamada de Índias/ Novo Mundo. 
2. Percepção da existência de uma região específica, mas sem nome.
Américo Vespúcio realiza que Colombo chegou a uma região específica desconhecida
dos mapas europeus. 
3. Percepção para a ser acompanhada de um nome que a determina especificamente.
Martin Waldseemuler, geógrafo alemão, 1507, “América” em homenagem a Américo.
Miguel Rojas Mix afirma que “se durante a colônia o americano admitia ser chama-
do de ‘criollo’, ‘indiano’ ou ‘espanhol das Índias’, em começos do século XIX, asso-
ciado aos processos de independência, o problema da identidade se apresenta sob
uma nova perspectiva”, com o processo emancipatório terminando “por impor o
nome de ‘americano’”
Assim, a partir do século XIX o termo rescindiu em uma necessidade de se diferenciar do
inimigo Europeu. Ou seja, representava a necessidade de se implantar uma ideologia continental nas
ex-colônias. Tais ideologias, no entanto, só foram praticadas pela elite da época. 
De Hispanoamérica à América Latina: O Papel dos Estados Unidos.
“Segundo Arturo Ardao, a então emergente “hispanoamericanidade” apareceu no contexto
dessa luta [guerra dos EUA X México em 1840], quando se procurava “definir e afirmar a identida-
de comum frente aos Estados Unidos, o jovem império que ameaçava a partir da América e com o
nome de América”. Assim, percebe-se a apropriação do termo “América” pelos Estados Unidos.
Mesmo que Símon Bolívar chamasse a Hispanoamérica de América, a necessidade de se definir
uma nova identidade frente aos Estados Unidos favoreceu o surgimento de novos termos para iden-
tificar a América Latina. 
./Segundo%20professor/1.%20AL_-_da_construo_do_nome__consolidao_da_ideia_-_Farret__Pinto.pdf
./Segundo%20professor/1.%20AL_-_da_construo_do_nome__consolidao_da_ideia_-_Farret__Pinto.pdf
“América Latina” no campo das ideias:
A autora inicia explorando as ideias de John Leddy Phelan, acerca do panlatinismo. Segundo
ele, foram os franceses quem, ao introduzir sua política de conquista europeia com Napoleão III em
1852 quem cunhou o termo América Latina. Suas intenções eram muito mais de controle da região
do que de estabelecimento de um protetorado. Além disso, Phelan considera que o primeiro uso do
termo foi na década de 1860 durante o pós-guerra de Secessão, em que a França invade o México. 
Ardao, no entanto, considera que o primeiro uso do termo América Latina foi em 1856 por
José Maria Torres Caicedo, jornalista colombiano residente em Paris. Em seguida, os autores anali-
sam a criação do termo frente as 3 etapas já descritas por Ardao, desde 1830 até 1856.
Há apenas um tópico em que Ardao e Phelan parecem concordar em relação ao pro-
cesso de gênese: trata-se do contexto histórico e geográfico em que aquele se deu,
isto é, o do panlatinismo da França de meados do século XIX. Mas, as divergências
distanciam-nos enormemente. A primeira parece óbvia: cinco anos antes de L. M.
Tisserand escrever o termo “L’Amerique Latine”, Torres Caicedo, em 1861, já o ha-
via criado (em espanhol) e o difundido na própria França, em diversos escritos.
Por fim, os autores analisam a visão de Miguel Rojas Mix em seu livro Cien Nombres de
America, em que ele constrasta aspectos das visões tanto de Phelan quanto de Ardao:
Entretanto, Rojas Mix afirma que Ardao também se equivocara ao desconsiderar o
pensamento do intelectual chileno Francisco Bilbao (1823-1865) que, entre os anos
de 1855 e 1857 residira em Paris. Ele propagava, assim como alguns intelectuais
hispanoamericanos exilados na França, a união dos povos das repúblicas de origem
espanhola para fazer frente ao imperialismo ianque. Porém, segundo Rojas Mix, em
junho de 1856 – ou seja, três meses antes de Torres Caicedo – o pensador chileno te-
ria criado o termo “América Latina” durante uma conferência em Paris.
A questão principal, no entanto, não concerne ao uso do termo América Latina em si, mas da
mudança do uso do termo América latina, com L minúsculo (ajetivo) para América Latina, com L
maiúsculo (substantivo). Rojas Mix, ao ser criticado por Ardao defende-se alegando que Torres Cai-
cedo (o fundador do termo segundo Ardao) teria plagiado o uso em sua obra ao ouvir Bilbao (o fun-
dador considerado por Rojas Mix) recitá-lo em sua conferência em Paris (3 meses antes de Caicedo
publicar seu livro). Por fim, os autores fecham afirmando: “Como resultado do debate entre Ardao e
Rojas Mix podemos concluir que, independentemente das divergências existentes entre eles, fica
claro que o certificado do nascimento do termo ‘América Latina’ coube aos intelectuais hispanoa-
mericanos. Assim, a tese de Phelan parece não ter mais validade.”
Os autores inserem um nota para o tratamento da questão no cenário brasileiro, ressaltando o
desconhecimento dos textos de Rojas, Ardao e, até mesmo de Phelan, por muitos historiadores do
tema. Isso reflete a falta de interesse por assuntos das américas no Brasil, situação que tenta se in-
verter. 
Atividade: O que é ser latino-americano?
Ser Latino-americano é ver a América Latina a partir de uma série de fatores que envolvem
não apenas a sua história como um todo, mas particularmente, a história de cada nação que aqui se
desenvolveu. Em primeiro lugar, é entender seu processo de colonização, que foi predominante-
mente efetuado pelas nações Ibéricas e, em menor parte, pela França, reconhecendo as origens dos
povos que historicamente dominaram os nativos. Além disso, reconhecer que o idioma da região é
predominantemente Espanhol e Português, línguas muito próximas em suas origens e estruturas, e
que os países possuem muitas fronteiras adjacentes, tornando a as nações muito próximas, mas tam-
bém muito distintas, resultando em um ambiente muito heterogêneo, apesar da sua história comum.
Assim, a União desses fatores comuns com aspectos históricos, políticos e econômicos permite con-
ceber o "ser latino-americano" como algo único no mundo, parte de uma estrutura dinâmica com
uma história de conflitos e desavenças que culminaram no que hoje se conhece como América Lati-
na.
	Aula 1 (22/09/2020):Vídeo 1: Conceitos Iniciais:
	Vídeo 2: Conceito X Definição:
	1. Atividade:
	Aula 2: (01/05 – 15/10)
	Leitura: Armas, Germes e Aço. Capítulo 3: Enfrentamento em Cajamarca;
	Vídeo 1 – Apresentação:
	Atividade 2:
	Vídeo 2: Enfrentamento em Cajamarca:
	Introdução:
	Armas:
	Germes:
	Tecnologias:
	Escrita:
	Conclusão:
	Aula 3: [13 – 16 / 10]
	Leitura: História da América Latina;
	Introdução
	A crise dos domínios coloniais na América.
	Vídeo 1: Apresentação:
	Vídeo 2: Entrevista com autoras do livro: Gabriela Pellegrino e Maria Lígia Prado.
	Atividade 3: Elaborar resenha da leitura.
	Aula 4 [19/10-23/10]
	Vídeo 1: Apresentação
	Leitura: Carta de Jamaica
	Leitura: Decreto de Independência do Brasil
	Leitura: O Movimento da Independência
	Vídeo 2: Movimentos de Independência na América Espanhola.
	Vídeo 3: Independência do Brasil e seus legados.
	Atividade 4:
	Aula 5 [26 – 01/11]
	Leitura: América Latina X EUA.
	Prefácio:
	Do Império à Independência:
	Vídeo 1: Conteúdo
	Atividade 5:
	Prefácio
	Do Império à Independência:
	Atividade 6:
	Aula 6, 7, 8, 9:
	Leitura: América Latina, da construção do nome à consolidação da ideia.
	Introdução:
	A gênese do nome “América”:
	De Hispanoamérica à América Latina: O Papel dos Estados Unidos.
	“América Latina” no campo das ideias:
	Atividade: O que é ser latino-americano?

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