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Formação Econômica do Brasil - FEB - Livro Celso Furtado - Resumo

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1) DA EXPANSÃO COMERCIAL À EMPRESA 
AGRÍCOLA

- A ocupação das terras americanas constitui 
um episódio de expansão comercial da 
Europa;

- Turcos criam dificuldade de abastecimento e 
assim surge a necessidade de novas rotas;

- Ocupação do território brasileiro: 
consequência da pressão política exercida 
sobre Portugal e Espanha pelas demais 
nações; 

- Colônias de povoamento são criadas para 
abastecimento e defesa; 

- Espanha foca exclusivamente no eixo dos 
metais preciosos;

- Portugal inicia-se com a exploração agrícola 
das terras;

- Devido ao alto custo de transporte, somente 
as “especiarias” e os manufaturados tinha vez;



2) FATORES DO ÊXITO DA EMPRESA 
AGRÍCOLA

- Portugal já possuía certa experiência da 
produção do açúcar nas Ilhas do Atlântico;

- Crise na Europa de superprodução do açúcar 
pois o consumo era limitado;

- Produção do açúcar = Holanda + Portugal;

- Holanda possuía organização comercial para 
a expansão do mercado; Contribuíram com as 
instalações e com a importação de mão de 
obra;

- Mão de obra era escrava pois a européia era 
muito cara e não houve uma adaptação dos 

índios;

- Êxito da empresa = continuidade da 
ocupação pelos portugueses;

3) RAZÕES DO MONOPÓLIO 

- Espanha: mantinha o foco nos metais 
preciosos; fez surgir uma crise já que ocorreu 
um descontrole por parte do Estado; não 
desenvolveram outras atividades;

- Êxito português = decadência da economia 
espanhola + descoberta precoce dos metais 
preciosos;



Obs.: Graças ao foco nos metais por parte da 
Espanha, Portugal conseguiu o monopólio pois 
a Espanha tinha tudo para ter dominado os 
mercados (mdo indígena mais adaptada ao 
trabalho + poder financeiro concentrado+ 
abundância de terras produtivas);



4) DESARTICULAÇÃO DO SISTEMA

- Rompimento do controle e distribuição do 
açúcar por parte de Portugal com a Holanda;

- Consequência: ocupação militar;

- Holandeses conhecem técnicas brasileiras e 
acabam se instalando e cultivando no Caribe;

5) AS COLÔNIAS DE POVOAMENTO DO 
HEMISFÉRIO NORTE

- Franceses e ingleses se concentram nas 
Antilhas como forma de estar próximo à 
colônia espanhola (objetivo militar);

- Período de instabilidade nessas ilhas 
(conflitos religiosos e políticos);

- Escassez de mão de obra (pessoas eram 
muito mal tratadas);

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL
PARTE I - FUNDAMENTOS ECONÔMICOS DA 
OCUPAÇÃO TERRITORIAL
- Foram de certa forma um fracasso; 

- Condições climáticas das Antilhas favoreciam 
a produção de certos artigos (ex.: algodão e 
café);



6) CONSEQUÊNCIA DA PENETRAÇÃO DO 
AÇÚCAR NAS ANTILHAS 
- Agricultura tropical em êxito porém, com 
dificuldade de mão de obra; 

- As grandes plantações marcadas pela mão de 
obra escrava demonstravam ser um negócio 
vantajoso; 

- Holandeses expulsos focam em criar fora do 
Brasil um núcleo produtor de açúcar;

- As Antilhas se tornam uma grande produtora 
de açúcar (ótimo clima + “maquinário” 
excelente)

- Ilhas Caribenhas formou-se basicamente de 
mão de obra escrava;

- Colônias do Norte dos EUA também 
abasteciam as ilhas. Porém, prevaleciam as 
pequenas unidades produtivas (familiares); 
- Nas colônias mais ricas, de grande produção, 
a mão de obra utilizada era escrava;

- Nas Antilhas Inglesas, os grupos dominantes 
estavam intimamente ligados a poderosos 
grupos financeiros da metrópole;

Obs.: Grandes Unidades Produtivas (Mão de 
Obra Escrava) X Pequenas Propriedades (Mão 
de Obra Européia)

7) ENCERRAMENTO DA ETAPA COLONIAL

- Portugal para se manter como metrópole, 
firma acordos com a Inglaterra;

- Acordos eram extremamente favoráveis à 
Inglaterra;

- A colônia entra em crise devido a 
desorganização do mercado de açúcar;

- Descoberta do ouro;

- Para o Brasil, diminuiu a população de 
escravos e aumentou a de origem européia;

- Para a Inglaterra, gerou um estímulo ao 
desenvolvimento manufatureiro;

- Para Portugal, gerou uma aparência de 
riqueza;

- Portugal se transfere para o Brasil;

- Inglaterra preocupava-se em manter seus 
privilégios no Brasil;

- É com o surgimento do café que ampliam-se 
as relações econômicas com os EUA;

- É com todo a lógica cafeeira criada que a 
etapa colonial se encerra de fato;

































8) CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA 
COLÔNIA AÇUCAREIRA

- Intenso investimento português no setor 
açucareiro;

- Mão de obra continua como um problema;

- Ocorre tráfico indígena para ajudar os 
colonos “pobres” no plantio;

- Com a mão de obra escrava, o 
desenvolvimento da colônia aumenta;

- A alta renda gerada pelo açúcar estava 
concentrada nas mãos dos senhores de 
engenho (não sendo aplicada em outras 
atividades);

- Gado e lenha eram comprados de outros 
locais o que representava um vínculo com 
outros núcleos;

- Parte da renda gerada ía para fora da colônia;

9) FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO

- Produção de açúcar iniciou-se em larga escala 
com capitais importados;

- Parte dos escravos era destinada a produzir 
alimento para a população do local (engenho) 
e outra parte pela instalação e tarefas 
“industriais”;

- Gastos de consumo: importação de artigos de 
consumo e utilização do escravo para serviços 
pessoais;

- Fluxo de renda: unidade produtiva para o 
exterior (renda revertida quase totalmente 
para o empresário);

- Crescimento do setor açucareiro representava 
ocupação de novas terras e aumento de 
importações; 

- Economia escravista dependia da procura 
externa;

- Crise do açúcar: concorrência antilhana e o 
surgimento da economia mineira (a qual 
atraiu mão de obra especializada encarecendo 
a mão de obra escrava);



Obs.: Quanto maior a produção, maior o 
número de escravos traficados;

10) PROJEÇÃO DA ECONOMIA 
AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA 
- Surge para atender a economia açucareira;

- O mercado do açúcar era de enormes 
dimensões fazendo com que outras regiões se 
desenvolvessem;

- Expansão da economia açucareira: alta 
utilização do animal de carga (para carregar 
lenha);

- Carne: bem de consumo importado que 
poderia ser produzido internamente;

- Pecuária: desenvolve-se no Nordeste e 
estimula a ocupação do interior; ocupação da 
terra extensiva quase itinerante;

- Incialmente, a pecuária foi induzida pelo 
açúcar e era pouco rentável;

- Essa atividade era atrativa para os colonos 
sem capital;

- Expansão da pecuária: aumento do rebanho 
e incorporação da mão de obra;

- Pecuária também servia como atividade de 
subsistência (fonte de alimento e do couro);



11) FORMAÇÃO DO COMPLEXO 
ECONÔMICO NORDESTINO 

- A pecuária era uma atividade que se repunha 
automaticamente, sem exigir gastos 
monetários altos;

PARTE II - ECONOMIA ESCRAVISTA DE 
AGRICULTURA TROPICAL (SÉC. XVI E XVII)
- Dependia do crescimento vegetativo do 
gado; 
- Concorrência antilhana > queda do açúcar > 
pecuária continua de forma lenta; 

- Couro passa a ser muito utilizado 
(exportações de bens de consumo cai);

- Início do século XIX: economia nordestina 
atrofia;

- Queda do açúcar > Imigração para o interior;

- Como a pecuária também estava em baixa, 
aumenta a economia de subsistência; 

- Aumento do crescimento demográfico; 
- A formação da população nordestina e de sua 
precária economia de subsistência estão 
ligadas ao declínio do açúcar;



12) CONTRAÇÃO ECONÔMICA E 
EXPANSÃO TERRITORIAL

- Crise do açúcar: invasões holandesas + 
quebra do monopólio;

- Maranhão: abandonado aos seus próprios 
recursos (entre outras regiões do Norte);

- Maranhão não consegue iniciar um processo 
de desenvolvimento já que não possuía solos 
férteis como no Nordeste e devido a 
desorganização do mercado de produtos 
tropicais;

- População, em busca de sobreviver pela 
subsistência, caça os índios para que os 
mesmos os auxiliassem;

- Essa busca pelo interior fez com que 
descobrissem suas potencialidades (cacau, 
baunilha, cravo, por exemplo);

- A colheita desses produtos dependia de mão 
de obra indígena a qual, trabalhando na 
floresta, vivia dispersa;

- A crise do açúcar afeta também as regiões do 
Sul gerando uma escassez de mercadoriacomercial;

- Os setores subsistência do Norte, no Sul e no 
interior do Nordeste cresciam cada vez mais, e 
ficava difícil a arrecadação e transferência dos 
impostos para a Metrópole; 


13) POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS 
REGIÕES MERIDIONAIS

- Ouro: única chance para a colônia sair da 
crise;

- Economia mineira criou novo ciclo migratório 
para a colônia;

- Essa atividade oferecia uma possibilidade 
para as pessoas de recursos limitados; 

- Permitia uma maior “liberdade”/mobilidade 
social dos escravos; 
- A empresa mineira não permitia uma forte 
ligação com a terra. A qualquer momento 
poderiam se deslocar do locam onde estavam;

- Devido a alta lucratividade na etapa inicial, a 
fome acompanhava a riqueza na empresa 
mineradora devido aos altos preços dos 
alimentos;

- Por estar distante do litoral, a economia 
mineira dependia de um excelente sistema de 
transporte;

- Criou-se um grande mercado de animais de 
carga;

- A economia mineira articulou as regiões do 
Sul do país;

- A economia mineira elevou a renda da 
pecuária nas regiões, além de torná-las mais 
interdependentes (pois cada uma focava em 
um tipo de criação (corte, engorda e criação);

PARTE III - ECONOMIA ESCRAVISTA 
MINEIRA (SÉC. XVIII)
14) FLUXO DA RENDA

- As regiões mais ricas foram as de vida 
produtiva mais curta;

- Economia Mineira: possuía renda média 
mais baixa que a açucareira porém, com maior 
potencialidade (a renda era menos 
concentrada); 
- Devido a distância dos portos, os produtos 
importados chegavam a preços altíssimos o 
que fazia desenvolver mais atividades ligadas 
ao mercado interno; 

- Foi devido a incapacidade de importar que 
fez surgir a necessidade de produzir 
internamente tudo aquilo que o açúcar 
permitiu importar;

- Acordo de Methuen: evidente que Portugal 
não ía conseguir pagar com vinhos os tecidos 
que consumia;

- O ouro do Brasil teve um efeito tanto mais 
positivo quanto o estímulo por ele criado. Se 
concentrou no país mais bem aparelhado para 
dele tirar o máximo proveito;



15) REGRESSÃO ECONÔMICA E 
EXPANSÃO DA ÁREA DE SUBSISTÊNCIA

- Ns regiões mineiras não foram criadas 
atividades permanentes. Com o declínio da 
produção, houve uma rápida e geral 
decadência (lenta diminuição do capital 
aplicado no setor); 

- Uma região cujo povoamento ocorreu em um 
sistema de alta produtividade, e em que a mão 
de obra era escassa, e acabou por involuir 
numa massa de população totalmente 
desarticulada, trabalhando com baixíssima 
produtividade numa agricultura de 
subsistência;

16) O MARANHÃO E A FALSA EUFORIA DO 
FIM DA ÉPOCA COLONIAL 
- Fim do século XVIII: Crise do açúcar;

- Economia brasileira: vários sistemas, alguns 
articulados entre si e outros continuavam 
isolados;

- As operações articulavam-se entre o açúcar e 
o ouro (a pecuária nordestina era, de certa 
forma, atrelada ao açúcar);

- Núcleos isolados no Norte: Pará e Maranhão;

- Pará: economia extrativista florestal, 
utilizando mão de obra indígena;

- Maranhão: articulava-se com a região 
açucareira devido a pecuária;







PARTE IV - ECONOMIA ESCRAVISTA 
MINEIRA (SÉC. XVIII)

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