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Brasil -DE COLÔNIA AGROEXPORTADORA A PAÍS INDUSTRIALIZADO- FORMAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRAFICO BRASILEIRO Teve início com a chegada dos europeus, em 1500, que tornaram o país colônia de Portugal, iniciando a exploração comercial dos recursos naturais. Os indígenas apresentaram resistência à ocupação, mas ainda sim tiveram sua terra invadida pelo colonizador europeu. Com uma área de aproximadamente 8,5 milhões de km2, o Brasil possui um dos maiores territórios do mundo., que foi formado no transcorrer dos séculos, por meio de invasões, compras e anexações de áreas que pertenciam a outros países. Inicialmente o espaço geográfico brasileiro tinha que atender aos interesses europeus, que incluíam a exploração dos recursos naturais. Como não encontraram os metais de imediato, exploraram o pau- brasil e iniciaram as plantações de cana-de-açúcar e a criação de gado bovino. SISTEMA COLONIAL Divido em dois polos: as metrópoles (centro) e suas colônias ultramarinas (periferia), sendo essas subordinadas politica e economicamente àquelas. As colônias eram classificadas como de povoamento e de exploração. Povoamento: possuíam uma produção agrícola voltada para subsistência e o consumo interno, com pequenas e médias propriedades rurais, com mão de obra livre. Exploração: grandes propriedades, utilizavam o trabalho escravo, e a produção era voltada para o mercado externo, sendo dependentes da metrópole. INÍCIO DA COLONIZAÇÃO Caracteriza-se pelas atividades econômicas estabelecidas no litoral. O pau-brasil foi intensamente explorado entre os anos de 1500 e 153º, quase chegando a extinção. Retiravam a madeira para a fabricação de moveis e a seiva para tingir tecidos. Posteriormente, o ciclo da cana-de-açúcar também se estabeleceu na região litorânea. Os solos férteis, o clima tropical, a proximidade com os portos e o alto valor comercial da cana, estimularam os portugueses a cultivar em larga escala, acelerando o processo de degradação de Mata Atlântica. As modificações paisagísticas no Período Colonial foram intensas. Antes da ocupação europeia, a utilização dos recursos naturais por parte dos grupos indígenas era realizada em caráter de @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA Figura 1Possessões portuguesas no século XVIII. subsistência. Muitas florestas foram destruídas, a fim de praticar a coleta de madeira e de estabelecer extensas lavouras para atender aos interesses da metrópole europeia. Atualmente, grande parte do território encontra-se ocupada, tendo sofrido modificações no espaço natural, como a intensa urbanização e a construção de estradas, ferrovias, prédios, indústrias e o estabelecimento do comercio. A faixa litorânea foi a que mais sofreu modificações com o passar do tempo. GRANDES NAVEGAÇÕES E COLONIZAÇÃO DO BRASIL Marcado por extensas viagens marítimas feitas pelos europeus que desejavam expandir suas rotas comercias e desvendar os limites do mundo. Os europeus contornaram a África, estabeleceram novas rotas comerciais com o Oriente e colonizaram as Américas. Essas navegações foram impulsionadas também pelo interesse da Península Ibérica em difundir a fé cristã por outras regiões do planeta PORTUGAL - PAÍS PIONEIRO Pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições favoráveis, como o fato de ter sido o 1° Estado Nacional a se formar na Europa; a experiência em navegações; perícia na confecção de caravelas; além de uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e da nobreza, interessados no lucro. Somente a partir de 1530 que se iniciou a real colonização da terra, a qual passou a ser povoada, explorada e dominada por estrangeiros, que desrespeitaram o direito dos indígenas à terra que já habitavam. Essa ocupação foi motivada pelo receio que Portugal tinha de que as novas terras fossem invadidas por outras nações, além da necessidade da Coroa de obter lucros com as riquezas naturais da colônia. Durante os primeiros 30 anos, a extração de pau-brasil era exercida com a ajuda do trabalho indígena, que, em troca, recebiam utensílios. Utensílios metálicos, como pregos, tesouras facas e machados, desconhecidos pelos indígenas. A partir de 1530, outras nações, como a França e a Holanda, passaram a questionar o domínio ibérico nas Américas e iniciaram invasões. Com as ameaças de invasão, Portugal abandona a política de exploração e iniciasse o povoamento. Em 1530, Martim Afonso de Sousa fundou o 1° centro de exploração colonial no litoral do atual estado de São Pulo. Essa 1° ocupação deu origem à Vila de São Vicente. @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA CAPITANIAS HEREDITÁRIAS Inicia-se a administração a colônia, por meio do sistema de capitanias hereditárias. Baseava-se na doação de grandes lotes de terras a comerciantes, nobres e burocratas portugueses, que passavam a ter total domínio sobre essas regiões e tinham funções de protege- las e povoá-las, com direito de cobrar impostos. Diante do fracasso das capitanias, Portugal cria o sistema de Governo-geral, no qual o governador-geral (indicado pela Coroa) centralizava o poder. O governador deveria adotar medidas em favor da criação de vilas, da exploração econômica das terras e do combate a piratas e contrabandistas. Contava com a ajuda dos missionários da Companhia de Jesus, que disseminavam o cristianismo, catequizando os nativos e justificando a vinda dos portugueses por meio da fé. TRATADO DE TORDESILHAS O território na América do Sul pertencente à Portugal foi separado do território pertencente à Espanha por meio desse tradado., assinado em junho de 1494, que determinava a divisão das áreas conquistadas entre as duas nações. Foi substituído pelo Tratado de Madrid em 1750, o qual dava fim às disputas pela posse das terras da América do Sul, expandindo o território brasileiro para áreas que antes pertenciam a Espanha. Esses eventos deram início ao Período Colonial. No decorrer de quase 3 séculos, os portugueses empreenderam negócios rentáveis à custa de uma estrutura administrativa centralizada e voltada para os interesses da metrópole. OBS: → o Tratado de Tordesilhas foi assinado em 7 de junho de 1494 pelos reis dom João II, de Portugal, e dom Fernando II, da Espanha, para dividir as terras descobertas por ambas as Coroas fora do território europeu → O Tratado de Madri, foi firmado na capital espanhola por dom João V, de Portugal, e dom Fernando VI, d Espanha, em 13 de janeiro de 1750, para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas. @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA BRASIL - PAÍS AGROEXPORTADOR O país foi colônia de exploração e atendia aos interesses da politica mercantilista como fornecedor de matéria-prima e gêneros agrícolas para a metrópole (Portugal), o que limitou, durante muito tempo, sua economia à produção agropecuária com base na monocultura em latifúndios e no trabalho escravo. Atualmente a economia agraria brasileira contempla dois modelos: → Agricultura tradicional: praticado desde a época do Brasil Colônia, o qual utiliza ferramentas arcaicas, intensa mão de obra, poucos investimentos e baixa produtividade. Produção voltada para subsistência e/ou mercado interno → Agricultura moderna: utiliza maquinas modernas, mão de obra qualificada, elevados investimentos, biotecnologia e alta produtividade. Produção tanto para o mercado inteiro como para a exportação. Nesse sentido, o Brasil é, atualmente, um dos maiores produtores de alimentos do mundo. CONTROLE DAS TERRAS BRASILEIRAS Entre 1500 e 1822, as terras brasileiras eram controladas pelo governo, que doava ou cedia o direito de uso para pessoas de sua confiança. Entre 1822 e 1850, vigorou no Brasil o sistema de posse livre em terras devolutas (terrenos pertencentes ao Estado e que nunca foram propriedade particular). Durante esse período a terra não tinha valor de troca, tendo somente valor de uso a quemquisesse cultivar e vender sua produção. 1850, foi criada a Lei de Terras, que estabelecia que todas as terras devolutas pertenceriam ao Estado e só poderiam ser adquiridas por meio da compra, sendo vendidas em leilões. Essa lei foi um dos principais fatores responsáveis pela concentração fundiária no Brasil, pois beneficiou apenas quem tinha dinheiro, prejudicando os negros e os agricultores menos favorecidos. Impedia que os escravizados obtivessem posse de terras por meio do trabalho Previa subsídios do governo à vinda de colonos do exterior para serem contratados no país, desvalorizando ainda mais o trabalho dos negros e negras. PLANTATION Grandes fazendeiros eram donos do capital e o trabalho era escravo, posteriormente substituído pela mão de obra imigrante e assalariada. Esse sistema sofreu uma crise no início do século XX, devido ao colapso na Bolsa de Nova York, que atingiu a economia cafeeira e todo o setor agrário brasileiro. O Nordeste sofreu. Na região Sul, o prejuízo foi econômico foi menor. Essa estrutura agraria sofreu grandes modificações a partir do século XX, quando se instaurou, no BR, uma política de desenvolvimento industrial durante a Era Vargas, vigorando a produção de industrializados como atividade principal. @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA URBANIZAÇÃO O Brasil tem se tornado cada vez mais urbano. Segundo o IBGE, passou de 81,2% no ano de 2000 para 84,8%no ano de 2013. Menos de 20% da população trabalha na agricultura, uma parte em condições de trabalho rudimentares, pois a concentração fundiária ainda é muito grande, e a mecanização vem retirando o homem, aumentando o êxodo rural, fazendo com que a população cresça de maneira desordenada nas cidades, gerando problemas sociais e ambientais. BRASIL PAÍS INDUSTRIALIZADO A situação econômica passou por profundas mudanças durante o século XX, que proporcionaram a transição para uma economia industrializada, sobretudo no Sudeste. Destaque mundial em produção agrícola. O desenvolvimento do Sudeste deve-se, à economia cafeeira, que possibilitou a construção de estradas e portos, bem como a ampliação do comércio, de modo a atrais grande quantidade de mão de obra. 1930 o processo de industrialização se intensifica. Durante o governo de Vargas, nos quais se verificou uma forte nacionalização e substituição das importações, além de investimentos no setor de base. Começa a funcionar a Companhia Siderúrgica Nacional (1946) e a Petrobras (1953), constituindo o setor de base estatal. OBS: substituição de importações: processo no qual um país privilegia a produção interna de modo a diminuir as importações. EXPANSÃO DO SETOR INDUSTRIAL Intensifica a partir de 1950 e passa a ser fundamental para a economia do país. Essa fase ficou conhecida como internalização, pois o governo brasileiro proporcionou a instalação de empresas estrangeiras que dominaram o setor de bens de consumo duráveis no país. Atualmente, o Brasil possui o maior parque industrial da América Latina. As categorias que mais geram renda são as siderúrgicas, metalúrgicas, químicas, têxteis, calçadistas, eletrônicas, automobilísticas, navais, militares, alimentícias e de papel e celulose. NEOLIBERALISMO A partir de 1990 o processo de industrialização do BR tomou um novo rumo, aderindo à privatização de grande parte das estatais e à abertura da economia ao capital internacional. Verifica-se uma relativa descentralização industrial no BR. Algumas industrias optam por não se instalar no Sudeste, motivadas pelas vantagens econômicas oferecidas nas outras regiões, como incentivos fiscais, disponibilidade de matéria-prima, mão de obra barata, boa localização para o escoamento de mercadorias e aumento do mercado consumidor. Com a globalização da economia, o BR se torna, de certa forma, competitivo no setor industrial, conquistando mercados internacionais e posicionando-se na liderança da América Latina, principalmente no Mercosul. A economia brasileira se modificou no último século: de país agrário e país industrializado. O BR está mais preparado para as relações econômicas internacional, sendo possível investir em novas tecnologias e em pesquisas, possibilitando a geração de mais empregos. @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA DÍVIDA EXTERNA E DESENVOLVIMENTO 1° empréstimo externo pedido pelo BR ocorreu em 1824, concedido pela Inglaterra, no valor de 3,7 milhões de libras, quantia solicitada para pagar a Portugal o reconhecimento da independência brasileira. Em 1958, o BR recorreu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para adquirir empréstimos com a finalidade de estabilizar a economia nacional e investir no crescente processo industrial. Em 1974, a dívida externa era de 17 bilhões de dólares; em 1980, 53,8 bilhões: 1990, 121 bilhões; em 2009, 200 bilhões. Segundo o Banco Central, em abril de 2016 a divida estava em torno de 337,8 bilhões de dólares Os juros elevaram-se a partir da década de 1970, depois de duas crises do petróleo (1973 e 1979), gerando um rápido crescimento da dívida. Em 1980 o país não conseguiu pagar nem mesmo as parcelas da dívida, sendo necessário declarar moratória em 1987. → Moratória: Estado declara a suspensão do pagamento de sua dívida externa. CONSEQUÊNCIAS DA DÍVIDA EXTERNA Consequências negativas para a população, pois os investimentos direcionados para a educação, segurança, transporte, habitação, saúde, saneamento básico etc. foram reduzidos para pagá-las. A divida aumenta a partir da 2° metade do século XX. Atualmente a dívida encontra-se controlada, pois as reservas internacionais são superiores à própria dívida. Em 2009, o Brasil deixou 4,5 bilhões de dólares à disposição do FMI, tornando-se credor dessa instituição. Isso ocorreu, pois o país passou a ter reservas superiores à sua dívida externa do setor público e do setor privado, deixando de ser devedor líquido. Atualmente, o BR apresenta um maior desenvolvimento em relação às décadas anteriores, pois a economia cresceu, tornando o país industrializado e avançando os investimentos tecnológicos. O obstáculo para o desenvolvimento é a situação social do país, elevada desigualdade social devido à grande concentração de renda em uma pequena parcela da população e à existência de milhares de pessoas marginalizadas. Para a melhora, são necessários maiores investimentos em educação, possibilitando mais qualidade da mão de obra e maior conscientização política, geração de empregos para diminuir o nível de pobreza da parcela marginalizada. SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS Em 2008 o cenário mundial estava conturbado, pois a crise econômica que se iniciou nos EUA atingiu a economia mundial com a recessão, a falência de empresas e a redução de investimentos. O BR foi atingido, provocando alterações na economia interna, como a redução do consumo e a elevação dos juros. A vantagem do BR foi o lucro elevado das empresas nos últimos anos, resultando na redução de suas dívidas. A arrecadação do governo com impostos garante grandes reservas cambiais. Em 2015, o PIB brasileiro foi de 5,9 trilhões de reais. O BR possui destaque para a exportação de commodities. → Commodity(ies): mercadoria em estado bruto ou produto básico de grande importância no comércio internacional. @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA ECONOMIA EMERGENTE o Brasil é uma das grandes economias emergentes, integrando o Brics, porém o Brasil não mantém expectativas satisfatórias de crescimento econômico, dada a crise política, econômica e institucional a qual o país vem passando. Os reflexos dessa crise são sentidos nos baixos indicies de crescimento econômico do país. No BR, os avanços alcançados nas duas últimas décadas não foram suficientes, sendo necessários ainda elevados investimentos para melhorar a qualidade da educação, além de obras que possibilitem melhor estrutura para os setores industrial e energético, e uma rede de transporte que reduza o tempo de viageme o custo dos fretes, tornando o país mais competitivo no mundo globalizado.. → Economias emergentes: países em desenvolvimento que buscam alinhar suas políticas econômicas ao modelo capitalista e apresentam grande potencial industrial, energético, tecnológico e social Fonte: Geekie One @RESUMOS_DE_UMA_QUARETENA
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