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ESTELITA THIMÓTEO CORRÊA DA SILVA ESTUDO DE CASO: CHEQUES INDEVIDOS CORRIGINDO UM ERRO DE VÁRIOS MILHÕES DE DOLÁRES Atividade de Percurso apresentado como requisito avaliativo para aprovação na Disciplina Sistema de Controle na Administração Pública do Curso de Pós- Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Instituições Públicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia. SETEMBRO DE 2020 PORTO VELHO –RO A responsabilidade com o gasto público é o tema maior quando discutimos a Prestação de Contas, Tomada de Contas e a Tomada de Contas Especiais. Nesta Atividade de Percurso eu escolhi para você um estudo de caso disponibilizado na Casoteca da Escola Nacional de Administração Pública - ENAP. Este caso escolhido se apresenta na forma de um texto de 8 páginas que conta uma história fictícia adaptado para o português de um pagamento de subsídio agrícola em um programa do governo federal e do governo de províncias. Nele um procedimento indevido leva a um erro de vários milhões de dólares. Baseando-se nos conteúdos discutidos na Unidade II da nossa disciplina leia atentamente o caso e responda as seguintes questões: 1) Quais são os problemas neste caso, do ponto de vista dos seguintes atores individuais? Quem é responsável, neste caso, pelo quê? Descreva, em linhas gerais, as responsabilidades de cada ator. • Ministra • Vice-ministro • Secretária de Administração e Finanças do Ministério (Joan Hull) • Secretário de Programas Agrícolas do Ministério (Peter de Franco) Primeiramente, descreveremos as responsabi l idades de cada ator: Um ministro é responsável pela gestão de uma pasta de uma área de governo. No caso, a Ministra (Rosal ine de Groot) é a responsável pelo Ministério da Alimentação e Agricultura (MMA) que gerencia um programa que envolve o governo federal e governos provinciais a mais de 150 mil agricultores em todas as províncias. O vice-ministro tem a função de representar o ministro, onde somente por delegação executa tarefas designadas. Nesse estudo ver if icamos que o vice-ministro é o responsável para informar diretamente a ministra (Rosal ine de Groot) sobre a crise f inanceira a respeito dos pagamentos a maior de sua gestão. A Secretária de Administração e Finanças do MMA (Joan Hull) , é responsável pelos serviços de auditoria interna do ministério, além de vár ias outras áreas: f inanças, recursos humanos, tecnologia da informação e planejamento e gestão de capital, também é responsável por centro de atendimento a clientes agrícolas (fo rmado por escritór ios locais em centros agrícolas-chave e um pequeno cal l center). O Secretário de Programas Agrícolas do MMA (Peter de Franco), é responsável pelo desenho do programa, e também pela equipe que decide se um agricultor está ou não qual if ica do para receber o subsidio agrícola. É a equipe dele que aprova ou reprova os pagamentos. Observamos neste estudo de caso uma divergência de pensamentos, claramente a Secretária de Administração e Finanças (Joan Hull) não entende-se com o Secretário de Programas Agrícolas do MMA (Peter de Franco) pois os cheques emit idos pela Secretaria de Programas Agrícolas indicaram um aumento alarmante nas taxas de erros, onde os erros sempre favoreciam ao agricultor, o que consequentemente gerou um déf icit de milhões de dólares ao governo local. Joan Hul l tenta esclarecer a crise ao vice - ministro, argumenta, diz não entender Peter Franco. O vice-ministro exige uma solução. Ao ler o texto de Andrew Graham, encontramos uma ministra rural e que negocia diretamente com a sociedade local. A própria administração do MMA é composta por diversos funcionár ios provincianos. O que claro, fortalece o agricultor. Devido a part icipação da comunidade ser muito forte, seguir as recomendações dos auditores não é algo assim tão simples, que por vár ias vezes terminou engavetado no gabinete do vice -ministro. Entretanto, após uma conversa com a diretora de auditoria de sua conf iança, tomou ciência dos pagamentos a maior de subsídios agrícolas, que não poderiam mais ser ignorados devido ao alto índice de erros. A Secretária de Administração e Finanças da MMA parecia estar sozinha na causa “pagamentos a maior”. Ela preocupadíssima com os números, porém, a ministra, o vice-ministro e o Secretário de Programas Agrícolas do MMA pareciam estar em maior s intonia. Por várias vezes tentou alertar o vice-ministro e mesmo argumentar com Peter de Franco, que sempre defendia o seu programa com “unhas e dentes”, e que os auditores para ele seriam apenas números. Diante desses impasses e para manter a harmonia da equipe do ministério, o que restava a Joan Hull era torcer para uma desgraça maior em outro ministér io, que desviasse os olhos da impressa e do parlamento para o seu ministér io. Atender as necessidades do povo e ser ét ico muitas das vezes são contraditórios. Devia obediência às leis, mais também t inha um compromisso com os seus super iores que sempre a lembravam desse detalhe. Por dever ét ico, Joan Hul l deveria emit ir uma nota para conhecimento do vice-ministro e assim ter um respaldo caso as coisas piorassem. Joan Hull estava encurralada. Quando falamos em dinheiro público vem a obr igação da prestação de contas da sua boa e regular apl icação. Caso o concedente sol ic itasse uma Tomada de Contas Especial, isso representar ia o f im do programa e consequentemente um processo administrat ivo devidamente formalizado para a devolução dos recursos. O dever da prestação de contas é sempre responsabil idade do gestor que está em exercício na data def inida de sua apresentação. Bem, esses repasses teriam que ser muito bem just if icados. Por sorte, em se tratando de direito público, apesar das leis e formalidade s, também possui recursos pr ivi legiados, como f ixação de cláusulas e alterações poster iores. E por f im, esses desentendimentos na equipe do MMA teriam que acabar. Usamos o dinheiro? Usamos!!! Mais não fugimos da f inalidade, dependendo da just if icat iva, talvez o governo federal até mandasse mais dinheiro para esse programa. Devido a super ior idade da administração pública poder ia encerrar o contrato a qualquer tempo, porém antes di sso, todas as alternativas de tentar salvar o programa dever iam ser fei tas. 2) Escreva uma Nota ao vice-ministro, resumindo as recomendações do que deve ser feito para apurar os acontecimentos descritos neste caso. MINISTÉRIO DA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS DEPARTAMENTO FINANCEIRO NOTA INFORMATIVA 001/2020-DAFMMA Recomendações ao vice-ministro para adequações quanto aos pagamentos a maior do Ministério da Alimentação e Agricultura MMA Tendo em vista o Programa do Governo Federal res ponsável pela emissão de cheques para o pagamento de subsídios agrícolas, a Secretaria de Administração e F inanças, responsável pelos serviços de auditória interna do Ministér io de Al imentação e Agricultura – MMA, recomenda atenção às medidas a serem observadas para control e de pagamentos a maior. I – Manter o f luxo de caixa posit ivo, planilhas de entradas e saídas devem ser emitidas ao Departamento Financeiro semanalmente; I I – Levantamento quanto aos pagamentos indevidos e a solici tação dos valores por parte dos responsáveis; I I I – Suspensão temporária do Programa, para adequações e reformas; IV – Cooperação e busca de parcer ias para novos programas, com o intu ito de melhorarias; V – O prazo para pagamentos dos futuros subsídios devem ser superiores a 60 dias; Pelo exposto, a Secretaria de Administração e F inanças reforçaa importância dessas recomendações para melhorias e equi l íbrio deste programa agríco la. Joan Hull Secretaria de Administração e Finanças do MMA
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