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Regras de Mandela e institutos da LEP

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Regras de Mandela e institutos da LEP.
O documento revisto em 2015, incorpora as garantias de assegurar tratamento digno às pessoas em situações de privação de liberdade. O documento estabelecer as regras e bons princípios e práticas no tratamento do recluso. A primeira parte define que todos os reclusos devem ser tratados com o respeito inerente ao valor e dignidade do ser humano.
Já na quarta parte a regra estabelece que os objetivos de uma pena de prisão ou de qualquer outra medida restritiva da liberdade são prioritariamente proteger a sociedade contra a criminalidade e reduzir a reincidência. 
A sua quarta regra estabelece que os objetivos de uma pena de prisão ou de qualquer outra medida restritiva da liberdade são, prioritariamente, proteger a sociedade contra a criminalidade e reduzir a reincidência.
Podemos percebe-se que o sistema carcerário brasileiro se encontrar bem longe do cumprimento das regras de Mandela, o nosso sistema, caracterizado por problemas como a superlotação, péssimas condições. 
A Regra 11 define que as diferentes categorias de reclusos devem ser mantidas em estabelecimentos prisionais separados ou em diferentes zonas de um mesmo estabelecimento prisional, tendo em consideração o respetivo sexo e idade, antecedentes criminais, razões da detenção e medidas necessárias a aplicar”. No cenário brasileiro, apesar de a LEP dispor também nesse sentido, não é o que se observa na prática. A realidade nacional é serem misturados presos provisórios, condenados de diferentes idades e níveis de periculosidade etc.
O fato de que o RDD é fundado sobre o fato de que o regime permite como sanção o isolamento em cela individual por 360 dias, ou mesmo por tempo indeterminado nas hipóteses do §§1º e 2º do art. 52 da Lei de Execuções Penais:
1ª - O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
2ª - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
As Regras de Mandela proíbem expressamente o confinamento solitário indefinido ou prologado como sanção disciplinar (Regra 43), bem como a utilização do confinamento solitário como consequência da sentença do preso (Regra 45).
As Regras de Mandela, na verdade, expõem a miséria que é o sistema prisional brasileiro e o quanto ainda estamos longe do cumprimento de regras mínimas para o tratamento de presos. 
Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou uma versão em português das “Mandela’s Rules”, permitindo um acesso bem mais amplo ao documento. Segundo o site oficial do CNJ, o documento oferece balizas para a estruturação dos sistemas penais nos diferentes países e reveem as Regras Mínimas para o Tratamento de Presos aprovadas em 1955. As normas vão ao encontro de programas implantados pelo CNJ para melhoria das condições do sistema carcerário e garantia do tratamento digno oferecido às pessoas em situação de privação de liberdade, como os programas Audiência de Custódia e Cidadania nos Presídios.

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