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Processo de conhecimento

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@belbellitastudies 
 
Processo de conhecimento 
 
Processo versus procedimento 
↪ Procedimento é um “caminho” a ser 
percorrido durante a marcha processual. 
↪ Processo é um conjunto de atos 
coordenados conducentes ao julgamento do 
caso, composto pelo procedimento, relação 
jurídica e contraditório. 
↪ O CPC divide os procedimentos em 
comum (que é a regra) e especial 
(exceção). 
↪ O procedimento comum aplica-se 
subsidiariamente aos demais procedimentos 
especiais e ao processo de execução. 
↪ Sequência do procedimento comum: 
petição inicial – audiência de 
autocomposição – contestação – réplica (se 
houver) – saneamento – audiência de 
instrução e julgamento – sentença. 
Petição inicial 
↪ Também chamada de exordial, peça 
vestibular, inaugural e preambular, leva ao 
conhecimento do juiz uma lesão ou ameaça 
de lesão, em tese, a um direito. Por meio 
dela, o julgador conhece a demanda levada a 
juízo (há uma cognição acerca do processo) 
e são definidos elementos subjetivos 
(relativos às partes) e objetivos (referentes 
à causa de pedir e pedido). 
↪ Requisitos da petição inicial: o juízo 
(composto pelo juiz e auxiliares) a que é 
dirigida a peça, qualificação das partes, causa 
de pedir (fatos e fundamentos jurídicos), 
pedido, valor da causa, o conjunto probatório 
das alegações, se o autor possui ou não 
interesse na audiência de autocomposição. 
↪ Caso o postulante se equivoque quanto 
ao juízo, o juiz fará remessa, enviará para o 
juízo devido, ou seja, não haverá de plano 
indeferimento da inicial. 
↪ O postulante poderá requerer ao Poder 
judiciário diligências para obter os dados do 
requerido, porquanto, o juiz pode 
determinar consulta à base de dados dos 
seus jurisdicionados e obter informações 
necessárias à citação. 
↪ A falta de qualificação não será indeferida 
se for possível a citação do réu, de modo a 
integrá-lo ao processo, bem como não se 
indeferirá a petição se o acesso a essas 
informações tornar excessivamente oneroso 
o acesso à justiça ou mesmo impossível. 
↪ Os pedidos limitam a atuação do julgador 
com estribo no princípio da adstrição ou 
congruência. 
↪ Pedido imediato: é a tutela jurisdicional – 
intenta que o juiz profira sentença 
condenatória, constitutiva ou declaratória. 
↪ Pedido mediato: é o bem da vida 
pretendido. 
↪ Quando o valor da causa não puder ser 
fixado, será feito por estimativa. 
↪ O valor da causa poderá ser impugnado 
em preliminar de contestação. 
↪ O juiz, de ofício ou por arbitramento, 
poderá corrigir o valor da causa, quando 
perceber que a quantia não corresponde ao 
valor discutido ou do proveito econômico 
 
@belbellitastudies 
 
intentado pelo autor e proceder ao 
recolhimento das custas correspondentes. 
↪ É possível formar um conjunto 
probatório, com provas lícitas e legítimas, 
em aberto, pois ainda não se sabe quais 
provas serão necessárias durante o curso 
do processo. 
↪ Se o autor não tiver interesse em 
autocompor, ele deverá indicar em sua peça 
inicial. Porém, o fato de o postulante indicar 
o desinteresse não é suficiente, haja vista 
que o réu também deverá evidenciar não 
estar interessado na conciliação ou 
mediação, com prazo de 10 dias de 
antecedência. O silêncio acerca da audiência 
presume a aceitação. 
↪ Alguns documentos são indispensáveis à 
propositura da ação e devem ser 
apresentados junto com a inicial, como por 
exemplo, a procuração ad judicia (quando 
não for o caso de jus postulandi), 
comprovante de preparo (pagamento das 
custas judiciais) ou documentos que 
evidenciem o casamento (em caso de ação 
de divórcio). 
↪ É lícito às partes, em qualquer tempo, 
juntar aos autos documentos novos, quando 
destinados a fazer prova de fatos ocorridos 
depois dos articulados ou para contrapô-los 
aos que foram produzidos nos autos. 
↪ Admite-se também a juntada posterior de 
documentos formados após a petição inicial 
ou a contestação, bem como dos que se 
tornaram conhecidos, acessíveis ou 
disponíveis após esses atos, cabendo à 
parte que os produzir comprovar o motivo 
que a impediu de juntá-los anteriormente e 
incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar 
a conduta da parte. 
↪ Caso o juiz, ao avaliar a petição inicial, 
perceba que há algum vício, alguma 
incorreção, deverá fornecer o prazo de 15 
dias para que a parte corrija (seja por 
emenda ou complemento). O juiz deverá 
indicar o erro. Caso o autor não corrija a 
incorreção, a petição inicial será indeferida. 
↪ O autor pode alterar o pedido e a causa 
de pedir até a citação do réu de modo 
unilateral, ou seja, não depende da anuência 
do adverso. Contudo, após o ato citatório, o 
réu deverá concordar com a alteração, 
assegurado o contraditório mediante a 
possibilidade de manifestação deste no 
prazo mínimo de 15 dias, facultado o 
requerimento de prova suplementar. Após o 
saneamento, não será permitida alteração, 
mesmo com a concordância do réu. 
Pedido 
↪ É o motivo da controvérsia. Deverá ser 
certo (identificado) e determinado 
(quantidade do que é pleiteado). 
↪ É lícito, porém, formular pedido genério: 
- Nas ações universais (ex: ações que 
envolvam herança), se o autor não puder 
individuar os bens demandados 
- Quando não for possível determinar, 
desde logo, as consequências do ato ou do 
fato 
- Quando a determinação do objeto ou do 
valor da condenação depender de ato que 
deva ser praticado pelo réu (nesse caso, só 
será possível quando o réu praticar uma 
atitude que viabilize a determinação do 
valor). 
Pedidos implícitos 
↪ O julgador poderá avaliar aquilo que não 
foi pedido na inicial, sem que isso acarrete 
lesão ao princípio da adstrição ou 
congruência. O CPC estabelece essa 
possibilidade em caso de juros legais, 
honorários advocatícios e verbas 
sucumbenciais. 
 
@belbellitastudies 
 
↪ Na ação que tiver por objeto 
cumprimento de obrigação em prestações 
sucessivas, essas serão consideradas 
incluídas no pedido, independentemente de 
declaração expressa do autor, e serão 
incluídas na condenação, enquanto durar a 
obrigação, se o devedor, no curso do 
processo, deixar de pagá-las ou de 
consigná-las. 
Cumulação de pedidos 
↪ A cumulação objetiva se refere aos 
pedidos cumulados em um único processo. 
Cumulação subjetiva se refere à 
multiplicidade de pessoas (litisconsórcio). 
Cumulação objetiva 
Se divide em: 
↪ Cumulação objetiva própria simples: é a 
cumulação de diversos pedidos no mesmo 
processo, de modo que um não depende 
do outro. O juiz pode acolher todos, apenas 
um ou mais de um, a depender do número 
de pleitos. É necessário que todos os 
pedidos tenham compatibilidade entre si e 
sejam regidos pelo mesmo procedimento. 
↪ Cumulação objetiva própria sucessiva: 
nesse caso, há dois ou mais pedidos e o 
acolhimento de um depende do outro ser 
admitido. Se um deles não for acolhido, 
haverá prejuízo em relação ao provimento 
do outro. Nesse caso, o valor da causa será 
a soma de valores de todos os pedidos. 
Cumulação objetiva imprópria 
Divide-se em: 
↪ Cumulação objetiva imprópria alternativa: 
quando o autor postula mais pedidos, sendo 
que um exclui o outro (Ou um Ou outro). 
Nessas ações, o valor da causa será o 
pedido de maior valor. 
↪ Cumulação objetiva imprópria subsidiária: 
nesse caso, o autor faz mais pedidos, um 
principal e outro subsidiário, de modo que o 
juiz conhecerá do posterior (subsidiário) 
quando não der provimento ao anterior 
(principal). Aqui, o valor da causa será o valor 
do pedido principal. 
↪ O requisito da compatibilidade dos pedidos 
não se aplica à cumulação imprópria. 
Requisitos de admissibilidade 
para cumulação de pedidos: 
↪ Compatibilidade entre os pedidos: cabíveis 
nas cumulações próprias simples e 
sucessivas 
↪ Juízo competente para conhecer dos 
pedidos (se for o caso de incompetência 
relativa, havendo conexão, continência, 
prorrogação ou derrogação, é possível que 
ojuiz examine todos os pedidos). 
↪ Procedimento adequado para todos os 
tipos de pedidos. Quando, para cada pedido 
corresponder tipo diverso de procedimento, 
será admitida a cumulação se o autor 
empregar o procedimento comum, sem 
prejuízo do emprego das técnicas 
processuais diferenciadas previstas nos 
procedimentos especiais a que se sujeitam 
um ou mais pedidos cumulados, que não 
forem incompatíveis com as disposições 
sobre o procedimento comum. 
↪ O valor relativo ao dano moral deverá ser 
certo, não genérico. A quantia deverá ser 
determinada. No entanto, segundo 
entendimento do STJ, é possível pedido 
genérico em indenização por dano moral 
(verificar se o comando da prova faz 
menção ao CPC ou à posição do STJ). 
↪ Segundo entendimento do STJ, são 
cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo 
fato. 
 
@belbellitastudies 
 
Indeferimento da petição 
inicial 
↪ Se o defeito afeto à petição inicial for 
insanável, haverá o indeferimento da exordial 
e, consequentemente, a extinção do 
processo sem julgamento de mérito, antes 
da citação do réu. 
↪ O autor poderá apelar desse 
indeferimento, sendo facultado ao juiz 
retratar-se no prazo de 5 dias. 
A petição inicial será indeferida quando: 
↪ For inepta (quando a petição não está 
apta a produzir os efeitos pretendidos, seja 
porque não foi encartado o pedido, a causa 
de pedir, o pedido foi indeterminado, não 
houve uma lógica entre os fatos e a 
conclusão ou incompatibilidade entre os 
pedidos e ainda quando o pedido for 
indeterminado, ressalvadas as hipóteses 
legais em que se permite o pedido 
genérico). 
↪ A parte for manifestamente ilegítima 
↪ O autor carecer de interesse processual 
↪ Não atendidas as prescrições dos arts.106 
e 321. Advogado que postula em causa 
própria, o qual deverá instruir a inicial com 
endereço, inscrição na OAB, nome da 
sociedade na qual está inserido, a fim de ser 
intimado. Caso os dados não estejam na 
peça inaugural, o juiz dará 5 dias para suprir 
a falta e citar o réu, do contrário será o 
caso de indeferimento da inicial. Além disso, 
o juiz indeferirá a exordial caso não venha 
acompanhada com os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. Nesse 
caso, o julgador dará o prazo de 15 dias para 
emenda ou complemento da inicial antes de 
indeferir a petição inicial. 
↪ O indeferimento da inicial conduz à 
extinção do processo sem julgamento de 
mérito, cujo recurso cabível é o de 
apelação. Porém, existe a possibilidade de 
retratação pelo juiz, o qual poderá alterar a 
sentença. Caso não haja a retratação, o réu 
será citado para oferecer resposta ao 
recurso. Sendo a sentença reformada pelo 
tribunal, o prazo para a contestação 
começará a correr da intimação do retorno 
dos autos. Não interposta a apelação, o réu 
será intimado do trânsito em julgado da 
sentença. 
Improcedência liminar do 
pedido 
↪ O CPC estabelece os casos de aplicação 
de improcedência liminar do pedido. Acaso o 
juiz perceba a incidência das hipóteses, 
julgará improcedente o pedido do autor, 
sem a citação do réu e necessidade de 
instrução do processo. É um julgamento 
antecipado, sem ouvir o réu. 
↪ Nas causas que dispensem a fase 
instrutória, o juiz, independentemente da 
citação do réu, julgará liminarmente 
improcedente o pedido que contrariar: 
- Enunciado de súmula do STF ou do STJ 
- Acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ, 
em julgamento de recursos repetitivos 
- Entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência 
- Enunciado de súmula de tribunal de justiça 
sobre direito local 
↪ O juiz também poderá julgar 
liminarmente improcedente o pedido se 
verificar, desde logo, a ocorrência de 
decadência ou de prescrição. 
↪ O exame acerca da improcedência liminar 
do pedido recai sobre questão de direito, 
não sobre questão de fato. 
↪ Acaso o autor deseje recorrer da decisão 
que decreta a improcedência liminar do 
 
@belbellitastudies 
 
pedido, o recurso cabível será o de 
apelação, no prazo de 15 dias. Se o autor 
apelar, é possível que o juiz retrate sua 
decisão, o que é possível no prazo de 5 
dias. Após esse lapso temporal, citará o réu 
para que se manifeste por meio de 
contestação. Se não houver retratação, o 
réu deverá ser citado para apresentar 
contrarrazões em 15 dias. 
↪ Se houver mais de um pedido, algum 
deles poderá ser objeto de improcedência 
liminar (o que será combatido por meio de 
agravo de instrumento). A decisão de todos 
os pedidos tem como recurso adequado a 
apelação. 
↪ O trânsito em julgado da sentença 
proferida em favor do réu antes da citação 
deve ser comunicado pelo escrivão ou 
chefe de secretaria. 
Audiência de conciliação ou de 
mediação 
↪ Se a petição inicial estiver em termos e 
não for o caso da improcedência liminar do 
pedido, será designada a audiência de 
conciliação e mediação. 
↪ A audiência será marcada com uma 
antecedência de 30 dias e o réu deverá ser 
citado com, no mínimo, 20 dias de 
antecedência. 
↪ A depender do nível de litigiosidade entre 
autor e réu, não será possível uma 
composição na primeira audiência, de modo 
que poderá ocorrer mais de uma sessão, 
com intervalo máximo de 2 meses da 
realização da primeira sessão até a segunda. 
↪ A comunicação adequada para que o 
autor compareça à audiência será feita na 
pessoa do advogado, haja vista que as 
partes deverão estar acompanhadas em 
juízo por seus advogados ou defensores 
públicos. 
↪ A audiência não será realizada se o autor 
e o réu manifestarem, de forma expressa, o 
desinteresse pela composição. 
↪ Direitos indisponíveis não admitem 
autocomposição. 
↪ O réu deverá manifestar desinteresse em 
um prazo de 10 dias, contados da data 
marcada para a audiência. Se houver mais 
de um litigante nos polos da demanda, o 
desinteresse deverá ser manifestado por 
todos os envolvidos para produzir efeitos. 
↪ Se as partes não comparecerem à 
audiência de conciliação de modo 
injustificado, esse fato será atentatório à 
dignidade da justiça e acarretará sanção de 
até 2% da vantagem econômica intentada 
na ação ou do valor da causa. Essa quantia 
será destinada à União ou estado. 
↪ A audiência pode realizar-se por meio 
eletrônico, nos termos da lei. 
↪ A parte poderá constituir representante, 
por meio de procuração específica, com 
poderes para negociar e transigir. 
↪ A autocomposição obtida será reduzida a 
termo e homologada por sentença. 
↪ A pauta das audiências será organizada 
de modo a respeitar o intervalo mínimo de 
20 minutos entre o início de uma e o início 
da seguinte. 
Contestação 
↪ É a possibilidade de o réu se defender, 
rebater as alegações de fato e de direito 
em seu desfavor. 
↪ Incumbe ao réu alegar, na contestação, 
toda a matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito com que 
impugna o pedido do autor e especificando 
as provas que pretende produzir. 
 
@belbellitastudies 
 
↪ Depois da contestação, só é lícito ao réu 
deduzir novas alegações quando relativas a 
direito ou a fato superveniente. 
↪ Incumbe ao réu, antes de discutir o 
mérito, alegar inexistência ou nulidade da 
citação, incompetência absoluta e relativa, 
incorreção do valor da causa, inépcia da 
petição inicial, perempção (abandono da 
causa por três vezes), litispendência, coisa 
julgada, conexão, incapacidade da parte, 
defeito de representação ou falta de 
autorização, convenção de arbitragem (se 
não for alegada, haverá a aceitação da 
jurisdição estatal e renúncia da justiça 
arbitral), ausência de legitimidade ou de 
interesse processual, falta de caução ou de 
outra prestação que a lei exige como 
preliminar, indevida concessão do benefício 
de gratuidade de justiça. 
↪ A incompetência absoluta pode ser 
alegada em qualquer tempo ou grau de 
jurisdição. Já a incompetência relativa deverá 
ser alegada em preliminar de contestação.Caso a relativa não seja alegada, haverá 
prorrogação de competência. 
↪ Não existe mais a exceção de 
incompetência, tampouco a exceção de 
impedimento e suspeição. Essa matéria é 
alegada em preliminar de contestação. 
Prazo para oferecer a 
contestação 
↪ A contestação deverá ser oferecida em 
15 dias, cujo termo inicial será a data: 
- Da audiência de conciliação ou de 
mediação, ou da última sessão de 
conciliação, quando qualquer parte não 
comparecer ou, comparecendo, não houver 
autocomposição. 
- Do protocolo do pedido de cancelamento 
da audiência de conciliação ou de mediação 
apresentado pelo réu. 
- De acordo com o modo como foi feita a 
citação. 
↪ Alegando o réu, na contestação, ser 
parte ilegítima ou não ser o responsável 
pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao 
autor, em 15 dias, alteração da petição inicial 
para substituição do réu. 
↪ Não existe mais a nomeação à autoria, 
prevista no código anterior, a qual permitia 
chamar a parte legítima para integrar a 
relação jurídica processual. Nos tempos 
atuais, o réu poderá indicar quem deverá 
integrar a lide. Se não fizer isso, arcará com 
as despesas do processo, além de ter que 
indenizar o autor pelos prejuízos sofridos. 
↪ Realizada a substituição, o autor 
reembolsará as despesas e pagará os 
honorários ao procurador do réu excluído, 
que serão fixados entre 3 e 5% do valor da 
causa ou, sendo este irrisório, nos termos do 
art.85, §8º (o juiz fixará o valor por 
apreciação equitativa). 
↪ No prazo de 15 dias, o autor pode optar 
por alterar a petição inicial para incluir como 
litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo 
réu. 
↪ Havendo alegação de incompetência 
relativa ou absoluta, a contestação poderá 
ser protocolada no foro do domicílio do réu, 
fato que será imediatamente comunicado ao 
juiz da causa, preferencialmente por meio 
eletrônico. 
↪ A contestação será submetida a livre 
distribuição ou, se o réu houver sido citado 
por meio de carta precatória, juntada aos 
autos dessa carta, seguindo-se a sua 
imediata remessa para o juízo da causa. 
↪ Reconhecida a competência do foro 
indicado pelo réu, o juízo para o qual for 
distribuída a contestação ou a carta 
precatória será considerado prevento. 
 
@belbellitastudies 
 
↪ Alegada a incompetência, será suspensa 
a realização da audiência de conciliação ou 
de mediação, se tiver sido designada. 
↪ Definida a competência, o juízo 
competente designará nova data para a 
audiência de conciliação ou de mediação. 
Reconvenção 
↪ Dentro da contestação é possível intentar 
um contra-ataque em desfavor do ocupante 
do polo ativo da relação processual, por 
meio da reconvenção, a qual será uma 
outra ação dentro do processo existente. 
↪ O réu passa a se chamar reconvinte e o 
autor, reconvindo. 
↪ É necessário que a pretensão por parte 
do réu seja conexa com a ação principal 
(exista a mesma causa de pedir ou pedido) 
ou com os fundamentos da defesa, isto é, o 
pedido ou a causa de pedir mantém uma 
relação com a fundamentação da 
contestação, de modo que os fundamentos 
da defesa embasam a pretensão. 
↪ Proposta a reconvenção, o autor será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para 
apresentar resposta no prazo de 15 dias. 
↪ A reconvenção possui uma relativa 
independência com o processo principal. Se 
ocorrer a extinção do processo e isso 
prejudicar o julgamento do mérito, ainda 
assim a ação reconvencional prosseguirá. 
Então, o sujeito pode contestar sem 
reconvir e reconvir sem contestar. 
↪ A reconvenção admite litisconsórcio, 
tanto no polo ativo quanto no polo passivo 
da relação processual. 
↪ Na legitimação extraordinária e 
substituição processual, o substituto propõe 
ação em nome próprio na defesa de direito 
alheio. Quando isso ocorrer na reconvenção, 
a ação pode ser proposta se o autor, ora 
substituto na ação principal, puder ser 
substituto também na reconvenção. 
↪ Caso o réu não proponha reconvenção 
no momento da contestação, essa poderá 
ser proposta em momento posterior e 
encaminhada ao juiz competente para julgar 
a ação anterior (distribuição por 
dependência), até para evitar decisão 
conflitante. 
↪ A reconvenção é cabível em processo 
de conhecimento e procedimentos especiais 
que confluirão, em determinado momento, 
para o procedimento comum, não sendo 
admitidos em processos de execução, nem 
em expedientes. 
↪ Se o réu não contestar os argumentos 
trazidos na inicial, mas reconvir e a 
reconvenção refutar os fatos aduzidos na 
exordial, não serão aplicados os efeitos da 
revelia. No entanto, se não houver a contra 
argumentação, haverá a presunção de 
veracidade das informações da inicial, porém 
o réu deverá ser intimado dos atos 
processuais posteriores. 
↪ O tribunal de cidadania já afirmara 
entendimento no sentido de que havia mera 
irregularidade quando ocorresse a 
apresentação de contestação e 
reconvenção em peça única e não havia de 
se falar em revelia. 
Revelia 
↪ Se o réu não contestar a ação, será 
considerado rever e presumir-se-ão 
verdadeiras as alegações de fato formuladas 
pelo autor. 
↪ É uma presunção de veracidade relativa, 
a qual admite prova em contrário. 
↪ A revelia não produz o efeito 
mencionado se: 
- Havendo pluralidade de réus, algum deles 
contestar a ação 
 
@belbellitastudies 
 
- O litígio versar sobre direitos indisponíveis 
- A petição inicial não estiver acompanhada 
de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato 
- As alegações de fato formuladas pelo 
autor forem inverossímeis ou estiverem em 
contradição com prova constante dos autos. 
↪ Caso o réu quede-se inerte quanto a sua 
defesa, os prazos relativos ao processo em 
que ele figura no polo passivo serão 
contados a partir da data da publicação da 
decisão; não haverá mais a necessidade de 
intimá-lo. 
↪ O réu poderá intervir no processo em 
qualquer fase, porém receberá e atuará no 
processo no estado em que ele estiver. Ou 
seja, os atos pretéritos sofreram os efeitos 
da preclusão e sobre eles não há mais o 
que se fazer. 
↪ Se o revel constituir patrono, deverá ser 
intimado acerca dos atos do processo. 
↪ A Defensoria pública, advogado dativo e 
curador dativo podem fazer alegações 
genéricas, em razão das dificuldades que os 
aludidos profissionais podem encontrar na 
defesa do revel. 
↪ Se os fatos contestados pela inicial forem 
modificativos, extintivos ou impeditivos de 
direitos, será conferido ao autor da ação o 
direito à réplica. 
Réplica 
↪ Após a contestação e reconvenção (caso 
haja), encerra-se a fase postulatória e inicia-
se a fase ordinatória do processo. 
↪ A réplica ocorrerá no processo quando o 
réu, em sede de contestação, apresentar 
preliminares ou aduzir na peça de defesa 
fatos extintivos, impeditivos ou modificativos 
de direito. Nesses casos, o julgador 
oportunizará ao autor a possibilidade de se 
manifestar em relação às alegações aduzidas 
pelo réu na peça defensiva. 
↪ O prazo para réplica é de 15 dias, 
contados da data em que for intimado da 
contestação. 
↪ Vencida a fase da réplica, o juiz verifica 
se existe algum vício sanável no processo 
ou alguma outra irregularidade. Caso 
perceba, irá conferir prazo, o qual nunca 
será superior a 30 dias, para que seja 
sanado. Caso o vício seja insanável, o 
julgador extinguirá o processo sem 
resolução de mérito. 
Julgamento conforme o estado 
do processo 
↪ Uma vez que os vícios ou irregularidades 
relativas ao processo forem sanados, o 
julgador poderá enfrentar a demanda com o 
julgamento do processo no estado em que 
ele estiver. Pode ocorrer o julgamento de 
todos os pedidos da inicial, ou de apenas um 
ou alguns deles, caso sejam múltiplos 
(julgamento parcial de mérito). 
Possibilidades conferidas ao juiz no que se 
refere ao julgamento conforme o estado do 
processo: 
↪ Extinção do processo: o juiz extinguirá o 
processo se ocorrerem quaisquer dashipóteses em que o processo será julgado 
sem resolução do mérito. 
↪ Julgamento antecipado do mérito: o juiz 
pode julgar o pedido de forma antecipada e 
proferir sentença com resolução de mérito, 
caso não haja necessidade de serem 
produzidas outras provas ou quando o réu 
for revel e não houve requerimento de 
provas para contraposição dos fatos 
alegados na inicial. 
↪ Julgamento antecipado parcial de mérito: 
é admitido o julgamento parcial quando um 
ou mais dos pedidos for incontroverso ou 
 
@belbellitastudies 
 
estiver em condições de ser julgado, seja 
porque operaram-se os efeitos da revelia ou 
não houve necessidade de produção de 
provas. A decisão parcial poderá recair 
sobre obrigação líquida ou ilíquida. A 
liquidação ou execução da obrigação 
reconhecida de modo parcial pode ser 
reconhecida mesmo sem caução ou que 
ainda haja recurso contra essa decisão. O 
recurso cabível contra decisão parcial é de 
agravo de instrumento. 
Saneamento e organização do 
processo 
↪ Tem o objetivo de resolver questões 
pendentes e delimitar sobre quais fatos será 
necessária a atividade probatória, proceder a 
distribuição do ônus da prova e, se o 
julgador entender necessário, designar 
audiência de instrução e julgamento a fim 
de pautar a decisão a ser proferida. 
↪ O saneamento e organização do 
processo ocorrerão se não houver 
julgamento antecipado de mérito e as 
providências preliminares realizadas. Após o 
saneamento, as partes podem solicitar 
esclarecimentos ou ajustes no prazo 
comum de 5 dias. Após, a decisão proferida 
se torna estável. 
↪ Se houver complexidade sobre matéria 
de fato ou de direito, o juiz deverá designar 
audiência para que o saneamento seja feito 
com a cooperação das partes. 
↪ Caso seja necessária a oitiva de 
testemunhas, o julgador fixará o prazo, não 
superior a 15 dias, comum para ambas as 
partes, para que apresentem as 
testemunhas de fato. É limitada a quantidade 
de testemunhas em, no máximo, 10, sendo, 
no máximo, 3 para prova de cada fato. 
↪ O juiz poderá limitar o número de 
testemunhas, levando em conta a 
complexidade da causa e dos fatos 
individualmente considerados. 
↪ Caso tenha sido determinada a produção 
de prova pericial, o juiz deve estabelecer, 
desde logo, calendário para sua realização. 
↪ As pautas deverão ser preparadas com 
intervalo mínimo de 1 hora entre as 
audiências.

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