Buscar

O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS

Prévia do material em texto

ECONOMIA JURÍDICA
ECONOMIA JURÍDICA
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS 
FMI , BANCO MUNDIAL, OMC
					
SUMÁRIO 
1. Introdução ..................................................................................................03
2. Instituições Multilaterais..............................................................................03 
3. Surgimento das Instituições Multilaterais....................................................03
4. Bases estratégicas de atuação das Instituições Multilaterais.....................04 
5. FMI - Fundo Monetário Internacional..........................................................04 
5.1 Histórico e objetivo....................................................................................05 
5.2 Finalidades do FMI ..................................................................................06 
6. Banco Mundial............................................................................................07 
6.1 História do Banco Mundial.......................................................................07 
6.2 Membros..................................................................................................10 
6.3 Iniciativas do Ar Limpo.............................................................................11 
6.4 Grupos que formam o Banco Mundial.....................................................11 
7. OMC – Organização Mundial do Comércio...............................................13
7.1 História da OMC......................................................................................14
7.2 Países Membros da OMC.......................................................................15 
8. Bibliografia.................................................................................................16 
1. Introdução
Ouvimos muitas vezes citar os nomes de instituições como o “Banco Mundial” e “Fundo Monetário Internacional”, sem nos darmos conta, do que trata estas instituições, das suas atuações, e das implicações que elas trazem para a vida das empresas e para os interesses dos cidadãos. Este trabalho tem o objetivo de descortinar as atuações destas instituições e como elas interferem direta e indiretamente nos países.
2. Instituições Multilaterais
As Instituições Multilateriais, são entidades criadas pelas principais nações do mundo (podemos dizer, que são as mais poderosas) com o objetivo do desenvolvimento a ser alcançado nas diversas áreas da atividade humana, como: política, economia, saúde, segurança, etc.
São órgãos de atuação global, profundamente entrelaçados com o fenômeno da globalização. Esta atuação é principalmente, e quase sempre nas áreas econômica e política.
Podem também ser consideradas, como sociedades entre os estados (países), estas relações normalmente são feitas através de tratados ou acordos internacionais, tendo como principal finalidade a cooperação entre os seus membros, a fim de alcançar seus objetivos comuns.
3. Surgimento das Instituições Multilaterais
Boa parte das instituições multilaterais da atualidade surgiu no pós-II Guerra Mundial. O FMI e Banco Mundial surgiram durante a II Guerra Mundial em decorrência da Conferência Financeira e Monetária das Nações Unidas em Bretton Woods, New Hampshire, julho de 1944, como parte de um esforço conjunto para financiar a reconstrução da Europa após a devastação provocada pela guerra, e para salvar o mundo de depressões econômicas
Futuras.
4. Bases estratégicas de atuação das Instituições Multilaterais
· Adoção de normas comuns a todos os países-membros, no que tange ao comportamento político, social, etc.; 
· Prevenção, planejamento e concretização de ações em casos de urgência, exemplo: forças de paz e etc.;
· Realização de pesquisas em conjunta em áreas específicas; 
· Prestação de serviços de cooperação econômica, cultural, médica, etc.;
5. FMI - Fundo Monetário Internacional
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional que tem como princípio assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de câmbio e da balança de pagamentos, através de assistência técnica e financeira, é uma instituição mantida com os recursos dos contribuintes do mundo todo.
Sua criação ocorreu pouco antes do final da segunda guerra mundial, em julho de 1944, está sediado em Washington, DC, Estados Unidos. Conta hoje com cerca de 187 nações. 
Foi criado para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo, oferece empréstimos a juros baixos para países em dificuldades financeiras. Em troca, exige desses países que se comprometam na perseguição de metas macroeconômicas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e infraestrutura. 
5.1 Histórico e objetivo
O FMI foi criado em 1944 com 45 países representados inicialmente em Bretton Woods, New Hampshire, nos EUA. 
Tem como objetivo básico zelar pela estabilidade do sistema monetário internacional, através da promoção da cooperação e da consulta de assuntos monetários entre os seus 187 países membros. Com exceção de Coréia, Cuba, Liechtenstein, Andorra, Mônaco, Tuvalu e Nauru, todos os membros da ONU fazem parte do FMI. Juntamente com o BIRD, o FMI emergiu das Conferências de Bretton Woods como um dos pilares da ordem econômica internacional do pós-Guerra, além disso, foi necessária a sua criação para evitar a repetição das desastrosas políticas econômicas que contribuíram para a Grande Depressão de 1929. O FMI tem como meta, evitar que desequilíbrios nos balanços de pagamentos e nos sistemas cambiais dos países membros que possam prejudicar a expansão do comércio e dos fluxos de capitais internacionais. O Fundo favorece a progressiva eliminação das restrições cambiais nos países membros e concede recursos temporariamente para evitar ou remediar desequilíbrios no balanço de pagamentos. Além disso, o FMI planeja e monitora programas de ajustes estruturais e oferece assistência técnica e treinamento para os países membros.
O FMI se auto-proclama como uma organização de 187 países, trabalhando por uma cooperação monetária global, assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de emprego e desenvolvimento econômico sustentável, além de reduzir a pobreza.
Os objetivos da organização são; promover a cooperação monetária internacional, fornecendo um mecanismo de consulta e colaboração na resolução dos problemas financeiros; favorecer a expansão equilibrada do comércio, proporcionando níveis elevados de emprego e trazendo desenvolvimento dos recursos produtivos; oferecer ajuda financeira aos países membros em dificuldades econômicas, emprestando recursos com prazos limitados e contribuir para a instituição de um sistema multilateral de pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios.
5.2 Finalidades do FMI 
1º) Promover a cooperação monetária internacional, através de uma instituição permanente que forneça a maquinaria para a colaboração em problemas monetários internacionais. 
2º) Para facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio internacional, e para contribuí-los desse modo há a promoção e à manutenção de níveis de emprego elevados e da renda real e ao desenvolvimento dos recursos produtivos de todos os membros como objetivos preliminares da política econômica. 
3º) Para promover a estabilidade de troca, para manter arranjos de troca em ordem entre membros, e para evitar a depreciação do competidor da troca. 
4º) Para ajudar no estabelecimento de um sistema multilateral dos pagamentos no respeito de transações atuais entre membros e na eliminação das limitações de troca estrangeira que rompe o crescimento do comércio de mundo. 
5º) Para dar a confiança aos membros fazendo os recursos gerais do fundo temporariamente disponível a eles sob proteções adequadas, assim fornecendo as com a oportunidade de corrigir desajustamentos em seu contrapeso de pagamentos sem recorrer àsmedidas destrutivas da prosperidade nacional ou internacional. 
6º) De acordo com o acima, para encurtar a duração e para diminuir o grau de desequilíbrio nos contrapesos de pagamentos internacionais dos membros.
6. Banco Mundial
Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que fornece empréstimos para países em desenvolvimento em programas de capital.
O Banco é composto por duas instituições: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e Associação Internacional de Desenvolvimento (AID). O Grupo Banco Mundial abrange estas duas e mais três: Sociedade Financeira Internacional (SFI), Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI).
6.1 História do Banco Mundial
O Banco Mundial começou a partir da criação do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) nas Conferencias de Bretton Woods, em 1944, junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). Por costume, a presidência das duas instituições é dividida entre a Europa e os Estados Unidos, sendo o Banco Mundial presidido por um norte-americano, enquanto o FMI é presidido por um europeu.
Logo após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e o Reino Unido dominaram as negociações nas Conferências de BrettonWoods.
A missão inicial do Banco Mundial, até então somente o BIRD, foi de financiar a reconstrução dos países devastados pela Segunda Guerra Mundial. Com o tempo a missão evoluiu para a de financiamento do desenvolvimento dos países mais pobres e de auxílio financeiro.
1945 – 1968
Desde a sua criação até 1967, o banco concedeu um nível de empréstimos relativamente baixos. Conservadorismo fiscal e uma rigorosa seleção dos pedidos de empréstimos eram comuns. Os funcionários do Banco tentaram equilibrar as prioridades de conceder empréstimos para a reconstrução de desenvolvimento, com a necessidade de gerar confiança no Banco.
O presidente do Banco, John McCloy, escolheu a França como o primeiro receptor de ajuda proveniente do BIRD; outros dois pedidos da Polônia e do Chile foram recusados. O empréstimo foi no valor de 250 milhões de dólares, metade do valor pedido, e chegou sob condições restritivas. Técnicos do Banco Mundial monitoraram o uso dos fundos, assegurando que o governo francês apresentaria um orçamento equilibrado e que daria prioridade ao pagamento da dívida ao Banco sobre a com outros países. O Departamento de Estado dos Estados Unidos disse ao governo de França que teria de retirar os membros comunistas presentes no gabinete francês. O governo francês aceitou a condição dos norte-americanos e removeu os Comunistas da coalizão de governo. Horas mais tarde foi aprovado o empréstimo.
O Plano Marshall de 1947 fez com os empréstimos se alterassem a medida que vários países europeus recebiam ajuda direta que competia com os empréstimos do Banco Mundial. O foco virou-se então para os países não-europeus e, até 1968, os empréstimos eram destinados a projetos que permitissem a um país devedor conseguir pagar o respectivo empréstimo (são exemplos projetos de portos, auto-estradas e usinas de energia).
1968 – 1980
Entre 1968 e 1980, o Banco preocupou-se em ir ao encontro das necessidades básicas das populações dos países em desenvolvimento. O número e o montante dos empréstimos aumentaram consideravelmente à medida que os respectivos objetivos se expandiram das infraestruturas para os serviços sociais e outros setores. 
Estas mudanças podem ser atribuídas a Robert McNamara, que foi nomeado para a presidência em 1968 por Lyndon B. Johnson.  McNamara importou o estilo tecnocrático de gestão para Banco, que tinha usado enquanto Secretário de Defesa dos Estados Unidos e Presidente da Ford Motor Company. McNamara virou as políticas do Banco em direção a medidas tais como a construção de escolas e hospitais, o melhoramento da alfabetização e para uma reforma agrícola. McNamara criou um novo sistema de recolha de informação sobre os potenciais candidatos a empréstimo, permitindo ao Banco processar os pedidos mais rapidamente. Para financiar mais empréstimos, McNamara disse ao tesoureiro do Banco, Eugene Rotberg, para procurar novas fontes de capital fora dos bancos do norte dos Estados Unidos, que até então tinham sido a fonte primária de financiamento do banco. Rotberg usou o mercado de título a nível global para aumentar o capital disponível. Uma consequência do período de concessão de empréstimos para redução da pobreza foi a rápida ascensão da dívida do terceiro mundo. Entre 1976 e 1980, a dívida dos países em desenvolvimento cresceu a uma taxa média de 20% ao ano. 
Em 1980, foi estabelecido o Tribunal Administrativo do Banco Mundial para tomar decisões sobre disputas entre o Grupo do Banco Mundial e os seus funcionários, tendo sido feitas alegações de não cumprimento de contratos de trabalho ou termos de nomeação que não foram honrados. 
1980 – 1989
Em 1980, A.W. Clausen substituiu McNamara depois de ter sido indicado pelo Presidente americano Jimmy Carter. Clausen substituiu um grande número de técnicos da era McNamara e instituiu um novo foco ideológico no Banco. A substituição do Economista Chefe, HollisChenery, por Anne Krueger, em 1982, marcou uma notável mudança das políticas do Banco. Krueger era conhecida pelo ser uma crítica do financiamento do desenvolvimento e de governos de países do terceiro mundo dependentes.
Os empréstimos aos países em desenvolvimento marcaram os anos 80. Políticas de ajuste estrutural que visam à racionalização das economias de nações em desenvolvimento foram também grandes bandeiras do Banco Mundial neste período. A UNICEF informou que no final dos anos 80 os programas de ajuste estrutural do Banco Mundial eram responsáveis pelos "níveis reduzidos de saúde, nutrição e educação para dez milhões de crianças na Ásia, na América Latina e na África". 
1989 – presente
A partir de 1989, a política do Banco Mundial mudou face às críticas vindas de vários grupos. Grupos ambientais e ONGs foram incluídos no financiamento do Banco de forma a mitigar efeitos do passado que desperta tão fortes críticas. 
6.2 Membros
O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) possui 187 países membros, enquanto a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) tem 168 membros. Cada Estado membro do BIRD deve ser também um membro do Fundo Monetário Internacional (FMI) sendo que somente os membros do BIRD estão autorizados a juntar-se a outras instituições dentro do Banco (como a IDA).
Poder de voto
Em 2010, o poder de voto no Banco Mundial foi revisto para aumentar a voz dos países em desenvolvimento, especialmente a China. Os países com maior poder de voto são, no momento, os Estados Unidos (15,85%), Japão (6,84%), China (4,42%), Alemanha (4,00%), o Reino Unido (3,75%), França (3,75%), e Índia (2,91%). De acordo com as mudanças, conhecidas como 'Reforma da Voz - Fase 2', outros países que tiveram ganhos significativos incluíram Coréia do Sul, Turquia, México, Singapura, Grécia, Brasil, Índia e Espanha. O poder de voto da maioria dos países desenvolvidos foi reduzido, enquanto os países como Nigéria, Estados Unidos, Rússia e Arábia Saudita não tiveram seu poder de voto alterado. 
As mudanças foram trazidas com o objetivo de tornar o voto mais universal no que diz respeito às normas, baseadas em regras com indicadores objetivos e transparentes, entre outras coisas. Além disso, o poder de voto é baseado na dimensão econômica para além das contribuições da Associação Internacional de Desenvolvimento. 
Estratégias de redução da pobreza
Para os mais pobres países em desenvolvimento do mundo, os planos de assistência do Banco são baseados em estratégias de redução da pobreza, combinando uma mistura de grupos locais com uma extensa análise da situação financeira e econômica do país. O Banco Mundial desenvolve uma estratégia exclusivamente para o país em questão. O governo então identifica as prioridades do país e as metas para a redução dapobreza, enquanto o Banco Mundial alinha os seus esforços de ajuda.
Quarenta e cinco países se comprometeram a destinar 25,1 bilhões de dólares em "ajuda para os países mais pobres do mundo", ajuda que vai para a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), do Banco Mundial, que distribui os empréstimos a oitenta países pobres. Enquanto as nações mais ricas, por vezes, financiam seus projetos de ajuda próprios, incluindo aqueles para doenças, e embora a IDA seja alvo de muitas críticas, Robert B. Zoellick, presidente do Banco Mundial, disse que quando os empréstimos foram anunciados em 15 de dezembro de 2007, o dinheiro da IDA "é o financiamento de base do qual os mais pobres países em desenvolvimento dependem".
6.3 Iniciativa do ar limpo
Clean Air Initiative (CAI) é uma iniciativa do Banco Mundial para promover formas inovadoras para melhorar a qualidade do ar nas cidades através de parcerias em regiões selecionadas do mundo através da partilha de conhecimentos e experiências. Ele inclui veículos elétricos.
6.4 Grupos que Formam o Banco Mundial
Deve-se saber distinguir o Banco Mundial do Grupo Banco Mundial. O Banco Mundial propriamente dito é composto pelo BIRD e pela AID, que são duas das cinco instituições que compõem o Grupo Banco Mundial.
As cinco instituições estão estreitamente relacionadas e funcionam sob uma única presidência. São elas: BIRD, AID, IFC, AMGI e CIADI.
· BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
O BIRD lida diretamente com os governos dos países subdesenvolvidos, facilitando para que adquiram credibilidade no Mercado Internacional e fazendo a intermediação entre o Mercado Financeiro Internacional e as necessidades de recursos destes países. Oferece assessoria técnica e econômica através de suas equipes ou missões, como são chamadas.
O BIRD proporciona empréstimos e assistência para o desenvolvimento a países de rendas médias com bons antecedentes de crédito. O poder de voto de cada país-membro está vinculado às suas subscrições de capital, que por sua vez estão baseadas no poder econômico relativo de cada país. O BIRD levanta grande parte dos seus fundos através da venda de títulos nos mercados internacionais de capital. Juntos, o BIRD e a AID formam o Banco Mundial. A última informação sobre os trabalhos do BIRD, corresponde a um levantamento mundial sobre a realidade socioeconômica dos países pobres.
· AID - Associação Internacional de Desenvolvimento
A ADI - criada em 1960, a Associação de Desenvolvimento Internacional utiliza recursos do orçamento dos países-membros para financiar a juros muito baixos e a longo prazo os países mais periféricos ou até os países que, mesmo não sendo da extrema periferia, apresentam grandes bolsões de pobreza absoluta de acordo com os critérios de IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, elaborados pela Organização das Nações Unidas a partir de 1991.
Desempenha um papel importante na missão do Banco que é a redução da pobreza. A assistência da AID concentra-se nos países mais pobres, aos quais proporciona empréstimos sem juros e outros serviços. A AID depende das contribuições dos seus países membros mais ricos - inclusive alguns países em desenvolvimento - para levantar a maior parte dos seus recursos financeiros.
· IFC - Corporação Financeira Internacional
O IFC ou CFI - Corporação Financeira Internacional, é uma entidade que arrecada recursos do mercado de capitais, para financiar investimentos particulares e as empresas privadas que investem no Terceiro Mundo. 
A IFC promove o crescimento no mundo em desenvolvimento mediante o financiamento de investimentos do setor privado e a prestação de assistência técnica e de assessoramento aos governos e empresas. Em parceria com investidores privados, a IFC proporciona tanto empréstimos quanto participação acionária em negócios nos países em desenvolvimento.
· AMGI - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos
AMGI ajuda a estimular investimentos estrangeiros nos países em desenvolvimento por meio de garantias a investidores estrangeiros contra prejuízos causados por riscos não comerciais. A AMGI também proporciona assistência técnica para ajudar os países a divulgarem informações sobre oportunidades de investimento.
· CIADI - Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos
O CIADI proporciona instalações para a resolução- mediante conciliação ou arbitragem - de disputas referentes a investimentos entre investidores estrangeiros e os seus países anfitriões.
7. OMC - Organização Mundial do Comércio
A OMC, Organização Mundial do Comércio, sediada em Genebra, Suíça, tem como missão facilitar, ampliar e estabelecer as “regras do comércio” entre seus 150 Estados membros (junho/2007). Neste sentido, a organização busca a liberalização do comércio, atuando também como um fórum para que representantes de diferentes governos discutam acordos e resolvam possíveis disputas comerciais.
7.1 História
Terminada a Segunda Guerra Mundial, vários países decidiram estabelecer regras para as relações comerciais internacionais. Nascia assim o primeiro grande acordo para liberar e impulsionar o comércio após a crise de 1929, momento onde inúmeras barreiras protecionistas foram erguidas.
A partir de 1946, representantes de 23 governos iniciavam as negociações que resultaram em inúmeras concessões tarifárias e o estabelecimento de normas denominadas de GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) em 1948. Inicialmente estes acordos serviriam de base para a criação da OIC (Organização Internacional do Comércio), mas o governo americano decidiu não levar adiante este ambicioso projeto e assim o GATT que teria atuação provisória acabou por vigorar por mais de quatro décadas.
Em 1986, na cidade de Montevidéu, Uruguai, começava a mais longa negociação do GATT, denominada Rodada Uruguai. Neste instante, questões relacionadas a serviços, medidas anti-dumping e direitos sobre patentes e propriedades intelectuais em geral passaram a fazer parte das discussões do órgão. No término da Rodada Uruguai em 1994 foi anunciada a criação da OMC – Organização Mundial do Comércio – que entraria em vigor em 1995.
Neste momento um dos maiores impasses entre os Estados membros da OMC (Organização Mundial de Comércio) estava no combate à pirataria e por este motivo a República Popular da China tardou a entrar na organização. Alguns especialistas afirmam que com a entrada da China na OMC o comércio mundial poderá se expandir de maneira sem precedente na história. 
As negociações que visam à entrada da Rússia acabaram sendo interrompidas por inúmeras divergências. A última reunião da OMC, Rodada de Doha (Catar, 2001), ficou marcada pela aceitação da China e pela tentativa liderada pelo Brasil (G20) de forçar os países ricos a reduzir suas barreiras protecionistas e assim permitir um maior desenvolvimento dos países agro-exportadores.
Considerada uma rodada falida, exceto pela aceitação da China, a Rodada de Doha não foi oficialmente finalizada e no momento (Junho/2007) representantes do G4 (Estados Unidos, União Européia, Brasil e Índia) se reunem em Potsdam, Alemanha, para buscar retomar as negociações e salvar a Rodada. 
Os americanos alegam que seus subsídios agrícolas se justificam pelo alto custo de produção interno e acusam o Brasil de não reduzir o protecionismo aos produtos industrializados. A União Européia alega que sem o protecionismo seus agricultores e pecuaristas não sobreviveriam no atual mercado globalizado. Enquanto isso, Brasil e a Índia insistem em negociar, mas pouco tem a oferecer.
A OMC Trata das regras do comércio entre as nações. Seus membros negociam e formulam acordos que, depois, são ratificados pelos parlamentos de cada um dos países-membros. Tem como objetivo desenvolver a produção e o comércio de bens e serviços entre países-membros, além de aumentar o nível de qualidade de vida nesses mesmos países. 
7.2 Países Membros da OMC
	Albânia
	Belize
	Catar
	Costa do Marfim
	Alemanha
	Benin
	Chade
	Croácia
	Angola
	Bolívia
	Chile
	Cuba
	Antígua e BarbudaBotsuana
	China
	Dinamarca
	Argentina
	Brasil
	Chipre
	Djibuti
	Austrália
	Brunei
	Cingapura
	Dominica
	Áustria
	Bulgária
	Colômbia
	Equador
	Bahrein
	Burkina Faso
	Comunidades Européias
	Egito
	Bangladesh
	Burundi
	Congo
	 
	Barbados
	Camarões
	Coréia
	 
	Bélgica
	Canadá
	Costa Rica
	 
A partir do crescimento de transações comercias em nível mundial e do intenso processo de globalização de capitais, mercadorias e da própria produção, que são itens ligados diretamente à dependência dos países, sobretudo, dos pobres em relação aos ricos, surge a necessidade da criação de organismos internacionais e órgãos financeiros que possam regular as disparidades econômicas e comerciais existentes no mundo.
Apesar de todos os países às vezes agirem em pleno consentimento ou em conjunto, sempre os desenvolvidos conseguem exercer pressão sobre aqueles de menor desenvolvimento, sobressaindo conforme seus interesses, essa diferença é extremamente elástica.
Diante desses fatores, torna-se relevante a implantação de uma organização que avalie as relações comerciais e que possa zelar pelo interesse de países que sofrem pressões e que, em vários casos, ficam prejudicados.
Com objetivo de tentar amenizar o processo, a OMC (Organização Mundial do Comércio) ocupa um lugar de destaque no cenário mundial, no mesmo patamar que se encontra importantes órgãos financeiros internacionais como o FMI e o Banco Mundial. A OMC, criada em 1995, está sediada na cidade de Genebra, Suíça.
No ano de 2000, a OMC era integrada por 142 países, o órgão tem como finalidade impor regras e normas para estabelecer um entendimento entre os países e as instituições internacionais que atuam no campo econômico.
Antes da instauração da OMC existia o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) que foi implantado a partir de 1947 para estabelecer o livre comércio, no entanto, não havia uma consideração em relação às disparidades existentes entre os países, dessa forma, todos os tributos de exportação e importação eram iguais, com isso as economias fragilizadas nem sempre conseguiam prosperar economicamente.
As maiores dificuldades que a Organização Mundial do Comércio encontra estão relacionadas ao protecionismo, como as que ocorrem na França, que taxou todos os produtos agropecuários, a inserção de tributos impede a entrada de mercadorias dessa natureza, oriundos de outros lugares, com essa atitude o governo visa proteger os seus produtores.
Na verdade, a intenção dos países desenvolvidos é que as barreiras alfandegárias sejam retiradas, no entanto, somente para entrada de seus produtos em outros territórios, já no processo contrário querem estabelecer medidas protecionistas.
Uma das funções da organização é atuar como um intermediador, no momento em que dois países geram conflitos por motivos comerciais, derivados por medidas protecionistas de um dos lados. Um exemplo claro desse processo aconteceu em 2001, quando a empresa canadense Bombardier acionou a OMC por se sentir prejudicada, pois segundo ela, a empresa brasileira Embraer estaria sendo custeada ou subsidiada pelo governo brasileiro, de forma que esse procedimento vai contra as regras implantadas na organização. Nesse caso, as duas empresas lutam por um mercado extremamente lucrativo.
Nesse exemplo, a OMC não aceitou o pedido da empresa canadense, ou seja, indeferiu o pedido.
8. Bibliografia:
http://www.google.com.br/ 
http://pt.wikipedia.org/
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/fmi.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/fmiebancomundial.htm
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/criacao-do-banco-mundial.html 
2

Continue navegando