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EA2 - Planos de aula

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Plano	de	Aula:	Títulos	de	Crédito
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Títulos	de	Crédito
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
1
Tema
Títulos	de	Crédito:	Teoria	Geral	dos	títulos	de	crédito.
Objetivos
-	 compreender	 o	 conceito	 de	 Título	 de	Crédito,	 bem	como	 relacioná-lo	 com	o
direito	das	obrigações;
-	analisar	os	atributos	dos	títulos	de	crédito	quais	sejam,	a	negociabilidade	e
executoriedade;
-	 compreender	 os	 princípios	 gerais	 dos	 títulos	 de	 crédito,	 para	 aplicar	 aos
casos	concretos;
-	 distinguir	 as	 modalidades	 de	 classificação	 e	 aplicá-las	 à	 especificidade	 de
cada	título	de	crédito.
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Noções	introdutórias:	conceito	de	títulos	de	crédito.
	
De	acordo	com	Cesare	Vivante,	Título	de	Crédito:	 "É	o	documento	necessário
para	 o	 exercício	 do	 direito	 literal	 e	 autônomo	 nele	 mencionado".	 De	 acordo
com	o	artigo	887	do	Código	Civil,	“O	título	de	crédito,	documento	necessário	ao
exercício	 do	 direito	 literal	 e	 autônomo	 nele	 contido,	 somente	 produz	 efeito
quando	preencha	os	requisitos	da	lei”.	A	natureza	jurídica	do	título	de	crédito	é
a	 de	 títulos	 executivos	 extrajudiciais,	 conforme	 determina	 o	 artigo	 784,	 I	 do
Código	de	Processo	Civil.	Historicamente,	nasceram	na	época	do	comércio	das
navegações,	e	alguns	autores	discutem	se	foi	a	letra	de	câmbio	ou	o	cheque,
os	primeiros	títulos	que	surgiram	no	mercado	como	um	todo.	São	Atributos	dos
títulos	de	Crédito:	A	Negociabilidade	e	a	Executividade	ou	Executoriedade.
	
2.	Princípios	dos	Títulos	de	Crédito:
	
São	Princípios	dos	Títulos	de	Crédito:
i.	 Cartularidade:	 O	 Título	 deve	 ser	 representado	 por	 uma	 cártula,	 um	 papel,
para	 que	 seja	 válido	 como	 título	 e	 para	 que	 possa	 ser	 cobrado.	 Sem	 a
apresentação	 do	 título,	 não	 se	 tem	 como	 executar	 o	 devedor	 e	 pagando	 o
título,	a	quitação	deverá	ser	realizada	na	própria	cártula.
ii.	 Literalidade:	 Ou	 seja,	 "vale	 o	 que	 está	 escrito".	 Todas	 as	 pessoas	 que
figurarem	 no	 título	 serão	 coobrigados,	 respeitando-se	 os	 valores,	 datas	 e
locais	de	pagamento	do	Título	de	Crédito.
iii.	 Autonomia:	 As	 obrigações	 que	 se	 apresentam	 no	 título,	 são	 autônomas
entre	si.	Os	co	obrigados	possuem	no	caso,	autônomas	as	suas	obrigações	e
mesmo	sendo	inválida	a	obrigação	de	um	dos	co	obrigados,	não	vicia	o	título	e
nem	as	demais.	Este	Princípio	se	subdivide	em	dois	sub-princípios:	Abstração	e
Inoponibilidade	das	exceções	aos	terceiros	de	boa	fé.
	
3.			Classificação	dos	Títulos	de	Crédito:
	
i.	Quanto	ao	Modelo:	Livres	(	Letra	de	Câmbio	e	Nota	Promissória)	e	Vinculados
(Cheque	e	Duplicata).
ii.	 Quanto	 à	 estrutura:	 Ordem	 de	 Pagamento,	 temos	 a	 Letra	 de	 Câmbio	 a
Duplicata	e	o	Cheque	como	exemplos.	E	a	Promessa	de	pagamento,	no	caso,	a
Nota	Promissória.
iii.	Quanto	às	hipóteses	de	Emissão:	Não	Causais,	no	 caso	o	 cheque,	a	Nota
Promissória	e	a	 Letra	de	Câmbio	e	Causais,	 a	Duplicata,	pois	 somente	nasce
de	uma	Compra	e	Venda	mercantil	ou	de	uma	Prestação	de	Serviços.
iv.	Quanto	à	forma	de	circulação:	À	Ordem,	pois	circulam	através	do	endosso	e
Não	á	Ordem,	pois	circulam	através	da	Cessão	Civil	de	Crédito.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
Fernando	 emitiu	 um	 título	 de	 crédito	 em	 favor	 de	 Renata,	 o	 qual	 circulou
através	 de	 diversos	 endossos	 até	 o	 atual	 portador.	 Após	 o	 prazo	 de
vencimento,	o	portador	decidiu	executar	um	dos	endossantes,	tendo	em	vista
que	o	 título	 não	 foi	 pago	pelo	 devedor	 original.	 Todavia,	 ao	 ser	 executado,	 o
endossante	alegou	em	sua	defesa	que	não	poderia	ser	executado,	haja	vista
que	recebeu	o	 título	de	um	menor,	o	qual	não	teria	capacidade	civil,	e	o	que
tornaria	 nula	 a	 cadeia	 de	 endossos.	 Diante	 dessa	 situação	 hipotética,
pergunta-se:
	
a)	Tem	fundamento	a	defesa	apresentada	pelo	endossante?
	
b)	Qual	o	princípio	que	pode	ser	aplicado	no	caso	em	tela?
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA	1:
	
São	princípios	gerais	dos	títulos	de	crédito:
	
a)	literalidade,	forma	e	causa.
b)	forma,	causa	e	abstração.
c)	negociabilidade,	anterioridade	e	literalidade.
d)	modelo,	cártula	e	autonomia
e)	cartularidade,	literalidade	e	autonomia
	
QUESTÃO	OBJETIVA	2:
Quanto	à	classificação	dos	títulos	de	crédito,	é	incorreto	afirmar:
	
a)	Quanto	ao	modelo,	os	 títulos	podem	ser	classificados	como	 livres	 (letra	de
câmbio	e	nota	promissória)	e	vinculados	(cheque	e	duplicata).
b)	quanto	à	estrutura,	os	títulos	se	classificam	como	ordem	de	pagamento	ou
promessa	de	pagamento.
c)	 como	exemplo	de	ordem	de	pagamento,	 temos	a	 letra	de	câmbio,	e	 como
promessa	de	pagamento	a	nota	promissória.
d)	 quanto	 às	 hipóteses	 de	 emissão,	 os	 títulos	 de	 créditos	 podem	 ser
classificados	em	causais	e	não	causais.
e)	todos	os	títulos	de	crédito	existentes	no	Brasil	podem	ser	considerados	não
causais,	visto	que	não	dependem	de	causa	específica	para	serem	emitidos.
Plano	de	Aula:	Atos	cambiais
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Atos	cambiais
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
2
Tema
Atos	 cambiais:	 Saque	 e	 emissão;	 Apresentação,	 aceite,	 endosso	 e	 aval;
Vencimento	e	pagamento.
Objetivos
-	 compreender	 a	 dinâmica	 da	 transferência	 do	 título	 de	 crédito	 e	 os	 efeitos
jurídicos	decorrentes;
-	entender	a	função	do	aceite	e	seus	reflexos	jurídicos,	e	fazer	uma	correlação
aos	demais	títulos	de	crédito;
-	 compreender	 as	 características	 de	 cada	 uma	 das	 modalidades	 de
vencimento;
-	analisar	e	entender	a	função	do	instituto	do	aval	e	seus	reflexos	jurídicos.
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Instituto	do	endosso
	
Para	 que	 um	 título	 de	 crédito	 possa	 facilmente	 ser	 transferido	 e	 se	 opere	 a
circulação	 dos	 direitos	 de	 crédito	 nele	 incorporados,	 emprega-se	 um	 meio
próprio	dos	 títulos	de	 crédito	 chamado	de	endosso,	 que	 consiste	na	 simples
assinatura	 do	 proprietário	 no	 verso	 do	 título,	 antecedida	 ou	 não	 de	 uma
declaração	 indicando	 a	 pessoa	 a	 quem	 a	 soma	 deve	 ser	 paga	 -	 com	 essa
assinatura	a	pessoa	que	endossa	o	 título,	 chamada	endossante,	 transfere	a
outrem	 chamado	 endossatário,	 a	 propriedade	 da	 letra	 (L.U.,	 art.	 14)	 -	 nessa
condição,	 o	 endossatário	 ao	 receber	 a	 letra	 torna-se	 o	 titular	 dos	 direitos
emergentes	 nela	 contidos,	 podendo,	 assim,	 praticar	 todos	 os	 atos	 que	 se
fizerem	 necessários	 para	 resguardar	 a	 sua	 propriedade.	 O	 endosso	 é	 ato
cambiário	 que	 opera	 a	 transferência	 do	 crédito,	 representado	 por	 título	 “à
ordem”.	A	alienação	do	crédito	fica	condicionada,	também,	à	tradição	do	título,
levando-se	em	conta	o	Princípio	da	Cartularidade.	 Já	que	se	está	transferindo
um	direito,	quem	pode	faze-lo	é	opossuidor	do	título.
	
2.	Instituto	do	aceite:
	
É	o	ato	cambial	pelo	qual	o	sacado	concorda	em	acolher	a	ordem	incorporada
pela	 letra	 de	 câmbio.	 É	 de	 livre	 iniciativa	 do	 sacado	 aceitar	 ou	 não	 a	 ordem
recebida.	 O	 aceite	 é	 ato	 exclusivo	 de	 sua	 vontade.	 Resulta	 da	 simples
assinatura	do	sacado	no	anverso	do	título;	no	verso,	a	assinatura	vem	seguida
da	 palavra	 “aceito”	 ou	 qualquer	 outra	 equivalente.	 O	 aceitante	 é	 o	 devedor
principal	da	letra	de	câmbio.
	
3.			Instituto	do	aval:
	
Entende-se	por	aval	a	obrigação	cambiária	assumida	por	alguém	no	intuito	de
garantir	o	pagamento	da	letra	de	câmbio	nas	mesmas	condições	de	um	outro
obrigado.	 É	 uma	 garantia	 especial,	 que	 reforça	 o	 pagamento	 da	 letra,
podendo	 ser	 prestada	 por	 um	 estranho	 ou	 mesmo	 por	 quem	 já	 se	 haja
anteriormente	obrigado	no	título.	A	pessoa	que	dá	tal	garantia	tem	o	nome	de
avalista	e	aquela	a	quem	ele	se	equipara,	e	por	intermédio	da	qual	é	assumida
a	 obrigação	 de	 pagar	 o	 título,	 denomina-se	 avalizado.	 Para	 assumir	 tal
obrigação	 o	 avalista	 necessita	 ser	 capaz,	 como,	 aliás,	 deve	 acontecer	 com
todos	quantos	se	obrigam	cambialmente.
	
4.	Vencimento	e	pagamento
Aplicação	Prática	Teórica
CASOCONCRETO:
	
Fernando	 Lopes	 emite	 uma	 letra	 de	 câmbio	 em	 face	 de	 Luan	 e	 a	 favor	 de
Eduarda,	 que	 a	 endossa	 em	 branco	 para	 Rebeca,	 a	 qual	 endossa	 em	 preto
para	 Maria	 que,	 por	 sua	 vez,	 também	 endossa	 em	 preto	 para	 João.	 Este
endossa	 em	 branco	 e	 repassa	 o	 título	 para	 Dora,	 que	 repassa	 o	 título	 por
tradição	para	Eunice,	e	assim	vai	por	Emerson	e	Vitor.	Por	fim,	Vitor	transmite	o
título	para	Miro,	através	de	endosso	em	preto.	Diante	disso:
	
a)	Determine	quais	os	obrigados	pelo	pagamento	do	referido	título.
	
b)	Especifique	o	principal	efeito	do	endosso	realizado	por	Vitor.
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA	1:
	
No	que	se	refere	ao	instituto	do	aval,	assinale	a	alternativa	correta:
	
a)	o	aval	tem	exatamente	os	mesmos	efeitos	do	endosso.
b)	em	qualquer	título	de	crédito,	é	vedado	o	aval	parcial,	conforme	determina	o
artigo	897,	parágrafo	único	do	Código	Civil.
c)	 no	 caso	 das	 letras	 de	 câmbio,	 é	 permitido	 o	 aval	 parcial,	 por	 força	 de
previsão	em	legislação	especial.
d)	 o	 aval	 corresponde	 a	 um	 tipo	 de	 fiança,	 tendo	 em	 vista	 que	 possui	 as
mesmas	características.
e)	 assim	 como	 a	 fiança,	 o	 aval	 admite	 benefício	 de	 ordem,	 ou	 seja,
primeiramente	 a	 cobrança	 deve	 recair	 sobre	 o	 avalizado,	 e	 depois	 sobre	 o
avalista.
LAA
Destacar
Plano	de	Aula:	Atos	Cambiais	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Atos	Cambiais	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
3
Tema
Protesto	e	Ações	Cambiais
Objetivos
-	 identificar	 e	 entender	 o	 conceito	 e	 os	 tipos	 de	 protesto	 previstos	 na
legislação;
-	 compreender	 os	 procedimentos	 necessários	 para	 a	 execução	 de	 título	 de
crédito	em	virtude	da	inadimplência	do	devedor	ou	da	recusa	de	aceite;
-	analisar	os	tipos	de	ações	cambiais	previstas	no	ordenamento	jurídico	para	a
cobrança	de	um	título	de	crédito	em	Juízo;
-	analisar	os	prazos	de	prescrição	das	ações	tendentes	à	cobrança	judicial	do
título	de	crédito.
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Protesto:	conceito,	objetivo,	tipos	e	prazo.
	
O	protesto	está	regulamentado	na	Lei	n°	9.492/97	Um	título	não	aceito	ou	não
pago	 no	 vencimento	 incidirá	 em	 uma	 ação	 de	 execução	 que	 será
fundamentada	 pelo	 protesto	 cambial,	 ato	 notarial	 extrajudicial	 de
responsabilidade	do	portador	do	título.	Entende-se	por	protesto	o	ato	solene
destinado	 principalmente	 a	 comprovar	 a	 falta	 ou	 recusa	 do	 aceite	 ou	 do
pagamento	do	título	de	crédito.	Vale	ressaltar,	que	o	protesto	apenas	atesta
esses	fatos,	não	criando	direitos	e	consiste	num	simples	meio	de	prova	para	o
exercício	 do	 Direito	 Cambiário.	 Dessa	 forma,	 com	 o	 protesto,	 o	 juiz	 tem	 o
convencimento	de	que	o	credor	esgotou	todas	as	tentativas	para	a	cobrança
do	título.	Se	não	forem	observados	os	prazos	fixados	na	lei	para	a	extração	do
protesto,	 o	 portador	 do	 título	 perderá	 o	 direito	 de	 regresso	 contra	 os
coobrigados	 da	 letra,	 permanecendo	 o	 direito	 contra	 o	 devedor	 principal	 -
diante	dessas	consequências	previstas	em	lei,	a	doutrina	costuma	classificar	o
protesto	 em	 necessário	 (contra	 os	 coobrigados)	 ou	 facultativo	 (contra	 o
devedor	principal	e	seu	avalista).	Tais	consequências	não	se	aplicam	no	caso
da	 letra	 de	 câmbio	 contemplar	 a	 cláusula	 “sem	 despesa”,	 “sem	 protesto”	 ou
outra	equivalente	(L.U.,art.	46),	que	dispensa	o	portador	de	fazer	um	protesto
por	 falta	de	aceite	ou	de	pagamento,	para	poder	exercer	os	seus	direitos	de
ação.	Compelido	a	comparecer	em	cartório	para	datar	o	título,	se	não	o	fizer,	a
data	do	aceite	pode	ser	pautada	a	partir	da	data	do	protesto	ou	considerar	o
aceite	praticado	no	último	dia	do	prazo	para	a	apresentação	da	letra	(ou	seja,
um	ano	da	data	do	saque).
	
2.	Ações	Cambiais.
	
Se	o	título	de	crédito	não	for	pago	no	vencimento,	o	credor	poderá	promover	a
execução	 judicial	 contra	 qualquer	 devedor	 cambial,	 observadas	 as	 condições
de	 exigibilidade	 do	 crédito	 e	 a	 cadeia	 de	 anterioridade	 e	 posterioridade,	 já
examinada.	 Vale	 ressaltar	 que	 os	 títulos	 de	 crédito	 têm	 natureza	 jurídica	 de
título	 executivo	 extrajudicial,	 nos	 temos	 do	 que	 dispõe	 o	 art.	 784,	 I	 do	 CPC,
razão	pela	qual	cabe	a	execução	do	crédito	correspondente.
	
3.	Prescrição.
	
Para	 o	 exercício	 do	 direito	 de	 cobrança	 por	 via	 de	 execução	 a	 lei	 determina
prazos	 prescricionais,	 ressaltando	 que	 a	 depender	 do	 título	 o	 prazo	 pode
variar,	conforme	determina	a	legislação	especial	aplicável	ao	referido	título	de
crédito,	 como,	 por	 exemplo,	 a	 Letra	 de	 Câmbio	 que	 tem	 os	 prazos	 de
prescrição	 previstos	 no	 artigo	 70	 da	 Lei	 Uniforme,	 que	 são:	 3	 anos,	 contra	 o
sacado	 aceitante,	 o	 avalista	 do	 aceitante	 e	 sacador;	 1	 ano,	 contra	 os
endossantes	 e	 avalistas	 dos	 demais	 coobrigados;	 6	 meses,	 dos	 coobrigados
contra	os	demais	coobrigados.
	
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(VIII	 Exame	 Unificado	 da	 OAB	 –	 2ª	 Fase	 –	 Empresarial	 –	 Prático-Profissional	 –
2012)	 Pedro	 emite	 nota	 promissória	 para	 o	 beneficiário	 João,	 com	 o	 aval	 de
Bianca.	Antes	do	vencimento,	João	endossa	a	respectiva	nota	promissória	para
Caio.	 Na	 data	 de	 vencimento,	 Caio	 cobra	 o	 título	 de	 Pedro,	 mas	 esse	 não
realiza	 o	 pagamento,	 sob	 a	 alegação	 de	 que	 sua	 assinatura	 foi	 falsificada.
Após	realizar	o	protesto	da	nota	promissória,	Caio	procura	um	advogado	com
as	seguintes	indagações:
	
A)	Tendo	em	vista	que	a	obrigação	de	Pedro	é	nula,	o	aval	dado	por	Bianca	é
válido?
	
B)	 Contra	 qual(is)	 devedor(es)	 cambiário(s)	 Caio	 poderia	 cobrar	 sua	 nota
promissória?
	
Responda,	justificadamente,	empregando	os	argumentos	jurídicos	apropriados
e	indicando	os	dispositivos	legais	pertinentes.
	
.
	
	
	
QUESTÃO	OBJETIVA	:
	
(MAGISTRATURA/MG	–	VUNESP	–	2012)	É	correto	afirmar	que	o	cancelamento	do
protesto,	após	quitação	do	débito:
	
a)				é	ônus	do	credor
b)				é	ônus	do	devedor
c)				é	ônus	do	tabelião	de	protestos,	que	deverá	proceder	de	ofício.
d)	 	 	 	 dependerá	 sempre	 de	 intervenção	 do	 Poder	 Judiciário,	 mediante
alvará	ou	mandado,	conforme	seja	jurisdição	voluntária	ou	contenciosa
	
	
Plano	de	Aula:	Títulos	de	crédito	em	espécie
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Títulos	de	crédito	em	espécie
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
4
Tema
Letra	de	Câmbio	e	Nota	Promissória
Objetivos
-	 analisar	 a	 letra	 de	 câmbio	 como	 título	 de	 crédito,	 suas	 características,
principais	aspectos	e	importância	no	contexto	das	relações	cambiais;
-	 reconhecer	 uma	 nota	 promissória	 e	 diferenciá-la	 de	 uma	 letra	 de	 câmbio,
pela	aplicação	dos	institutos	cambiais	e	classificações	aplicáveis.
-	 analisar	 a	 aplicação	 de	 todos	 os	 institutos	 anteriormente	 estudados	 nos
referidos	títulos	de	crédito.
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Letra	de	Câmbio:
	
A	Letra	de	Câmbio	consiste	numa	ordem	dada,	por	escrito,	a	uma	pessoa,	para
que	 pague	 a	 um	 beneficiário	 indicado,	 ou	 à	 ordem	 deste,	 uma	 determinada
importância	 em	dinheiro.	 A	 letra	 de	 câmbio	 é	 um	 título	 de	 crédito	 dotado	 de
literalidade	 e	 de	 autonomia	 das	 obrigações.	 Desempenha	 importantíssima
função	econômica	pela	ampla	utilização	do	crédito	que	proporciona.	Portanto,
é	 uma	 ordem	 de	 pagamento	 à	 vista	 ou	 a	 prazo.	 Tem	 como	 figuras
intervenientes:	i)	sacador,	subscritor	ou	emitente	-	aquele	que	dá	a	ordem
de	 pagamento,	 ou	 seja,	 que	 cria	 e	 emite	 a	 letra;	 ii)	 sacado	ou	devedor	 -	
aquele	a	quem	a	ordem	é	dada,	contra	quem	a	ordem	é	dirigida.	Em	princípio	o
sacado	não	tem	obrigação	nenhuma	com	o	título,	nem	de	aceitá-lo	e	nem	de
pagá-lo.	Somente	se	torna	obrigado	principal,	com	o	seu	aceite,	em	razão	do
Princípio	 da	 Literalidade;	 iii)	 tomador	ou	beneficiário	 -	 é	 aquele	 a	 favor	 de
quem	é	emitida	a	ordem	 -	é	aquele	que	porta	o	 título	e	que	 fica	no	 lugar	do
credor.
	
	
2.	Nota	Promissória.
	
Consistenuma	promessa	de	pagamento	à	vista	ou	a	prazo,	que	uma	pessoa
faz	em	favor	de	outra.	Tem	como	figuras	intervenientes:	i)	sacador,	emitente,
subscritor	ou	devedor	–	emite	a	Nota	Promissória.	Nesta	espécie	de	título,	o
sacador	 também	 é	 o	 devedor	 principal	 da	 obrigação;	 e	 ii)	 tomador,
beneficiário	ou	credor	-	em	favor	de	quem	o	sacador	fez	a	promessa.	A	Nota
Promissória	está	sujeita	às	mesmas	normas	aplicadas	com	relação	à	Letra	de
Câmbio,	 com	 as	 exceções	 estabelecidas	 pela	 Lei	 Uniforme	 (arts.	 77	 e	 78).	 O
subscritor	da	nota	promissória	é	o	seu	devedor	principal.	A	lei	prevê	a	mesma
responsabilidade	 para	 o	 aceitante	 da	 letra	 e	 o	 subscritor	 da	 promissória.	 O
exercício	 do	 direito	 de	 crédito	 contra	 o	 emitente	 prescreve	 em	 3	 anos
contados	a	partir	da	data	do	vencimento.	Também	encontramos	a	previsão	da
Ação	 Cambial	 ou	 de	 Locupletamento	 quando	 a	 nota	 promissória	 encontra-se
ligada	 a	 um	 contrato	 individual	 e	 onde	 for	 observado	 o	 enriquecimento	 ilícito
por	 parte	 do	 credor.	 Todas	 as	 normas	 relativas	 à	 Letra	 de	 Câmbio	 serão
aplicadas	à	Nota	Promissória	naquilo	que	não	desnaturar	a	essência	do	Título
(L.U.G,	art.	77).
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(OAB	–	XIV	Exme	–	Prático-Profissional	–	2ª	Fase	–	2014)	Uma	letra	de	câmbio	foi
sacada	 por	 Celso	 Ramos	 com	 cláusula	 “sem	 despesas”	 e	 vencimento	 no	 dia
11.09.2013.	O	tomador,	Antônio	Olinto,	transferiu	a	cambial	por	endosso	para
Pedro	Afonso	no	dia	 03.09.2013.	O	 título	 recebeu	 três	 avais,	 todos	 antes	do
vencimento,	 sendo	 dois	 em	 branco	 e	 superpostos,	 e	 um	 aval	 em	 preto	 em
favor	 de	 Antônio	 Olinto.	 A	 letra	 de	 câmbio	 foi	 aceita	 e	 o	 endossatário
apresentou	 o	 título	 para	 pagamento	 ao	 aceitante	 no	 dia	 12.09.2013.	 Diante
da	recusa,	o	portador,	no	mesmo	dia,	apresentou	o	título	a	protesto	por	falta
de	pagamento,	que	foi	lavrado	no	dia	18.09.2013.
	
Com	 base	 nas	 informações	 contidas	 no	 texto	 e	 na	 legislação	 cambial,
responda	aos	seguintes	itens.
	
A)	Quem	é	o	avalizado	nos	avais	em	branco	prestados	na	letra	de	câmbio?	São
avais	simultâneos	ou	sucessivos?	Justifique.
B)	Nas	condições	descritas	no	enunciado,	indique	e	justifique	quem	poderá	ser
demandado	em	eventual	ação	cambial	proposta	pelo	endossatário?
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(TJMG	 –	 Juiz	 –	 2014)	 Com	 relação	 à	 nota	 promissória,	 analise	 as	 afirmativas,
assinalando	com	V	as	verdadeiras	e	com	F	as	falsas.
	
(	 )	O	prazo	para	ajuizamento	de	ação	monitória	em	 face	do	emitente	de	nota
promissória	 sem	 força	 executiva	 é	 quinquenal,	 a	 contar	 do	 dia	 seguinte	 ao
vencimento	do	título.
(	 )	 A	 ação	 cambial	 contra	 o	 endossador	 e	 o	 avalista	 da	 nota	 promissória
prescreve	 em	 trinta	 e	 seis	 meses	 contados	 do	 dia	 em	 que	 ação	 pode	 ser
proposta.
(		)	O	devedor	somente	poderá	opor	ao	portador	da	nota	promissória	exceção
fundada	 em	 direito	 pessoal,	 na	 nulidade	 de	 sua	 obrigação	 e	 na	 falta	 de
requisito	necessário	ao	exercício	da	ação	cambial.
(	 )	 Sendo	a	 nota	 promissória	 rural,	 emitida	por	 uma	 cooperativa	 em	 favor	 de
seus	 cooperados,	 um	 título	 de	 crédito	 de	 natureza	 causal,	 a	 respectiva
execução	se	encontra	vinculada	à	eficácia	do	negócio	jurídico	subjacente.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	sequência	CORRETA.
	
a)				FVVF
	
b)				VFVV
	
c)				VVFF
	
d)				FFFV
Plano	de	Aula:	Títulos	de	crédito	em	espécie	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Títulos	de	crédito	em	espécie	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
5
Tema
Cheque
Objetivos
-	compreender	a	classificação	do	cheque	como	ordem	de	pagamento	à	vista,	e
suas	decorrências	jurídicas;
-	 identificar	 e	 analisar	 os	 tipos	 de	 cheque	 usualmente	 emitidos,	 bem	 como
suas	implicações	jurídicas;
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Cheque:	Noções	gerais,	natureza	jurídica	e	requisitos	essenciais.
	
É	 uma	 ordem	 de	 pagamento,	 sempre	 à	 vista,	 sacada	 (emitida)	 contra	 um
banco	 ou	 instituição	 financeira	 que	 seja	 reputada	 como	 tal,	 com	 suficiente
provisão	 de	 fundos.	 O	 cheque	 está	 disciplinado	 pela	 Lei	 7.357/85	 e
subsidiariamente	 pela	 Lei	 Uniforme	 do	 Cheque	 promulgada	 pelo	 Decreto
57.595/66,	 naquilo	 que	 não	 foi	 derrogada.	 Devemos	 observar,	 além	 dessas,
todas	 as	 outras	 normas	 que	 regulam	 o	 cheque:	 tributárias,	 CDC,	 normas	 do
Banco	 Central,	 etc.	 São	 figuras	 intervenientes:	 i)	 emitente:	 é	 a	 pessoa
autorizada	 a	 emitir	 cheques	 sobre	 os	 fundos	 disponíveis,	 em	 virtude	 de	 um
contrato	 (de	abertura	de	conta	corrente,	depósito	ou	abertura	de	crédito).	É
quem	dá	a	ordem	de	pagamento	para	o	sacado	(banco)	efetuar	o	pagamento.
É	 o	 sacador	 da	 ordem.	 ii)	 sacado:	 é	 o	 banco	 ou	 instituição	 financeira	 a	 ele
equiparado,	que	detém	os	fundos	à	disposição	do	sacador;	iii)	beneficiário:	é	a
pessoa	a	quem	o	sacado	deve	pagar	a	ordem	emitida	pelo	sacador.
	
2.	Prescrição	e	ação	por	falta	de	pagamento.
	
O	rito	da	ação	do	cheque	é	executivo	e	está	regulado	nos	termos	do	art.	784,
I,	CPC	e	o	valor	a	receber	é	o	da	 importância	do	cheque	não	pago,	acrescida
de	 juros	 moratórios,	 taxa	 legal	 e	 das	 despesas	 que	 houver	 feito	 com	 o
protesto.	 A	 proibição	 da	 lei	 na	 cobrança	 de	 juros	 é	 com	 relação	 aos
compensatórios	 (art.	 10)	 e	 a	 permissão	 contida	 em	 seus	 arts.	 52	 e	 53	 se
referem	a	 juros	moratórios,	 isto	é,	devidos	pela	 falta	de	pagamento.	Ação	de
Enriquecimento	 Indevido:	 O	 portador	 que	 não	 exerceu	 a	 competente	 ação
executiva	(6	meses	a	partir	da	expiração	do	prazo	de	apresentação)	no	prazo
legal,	 contra	 o	 sacador	 ou	 endossantes,	 tem	 o	 direito	 de	 agir,	 já	 não	 mais
cambiariamente,	mas	em	ação	comum,	contra	o	sacador	ou	endossantes	que
hajam	feito	 lucros	 ilegítimos	às	suas	custas.	Nesse	 tipo	de	ação,	não	poderá
agir	 contra	 os	 avalistas,	 pois	 estes	 são	 sempre	 obrigados	 cambiários	 e,
prescrito	o	cheque,	o	documento	perde	a	sua	natureza	cambiaria.	A	ação	de
execução	prescreve	em	6	meses	a	contar	da	data	em	que	expirou	o	prazo	para
a	 apresentação	 ou	 da	 data	 do	 protesto.	 Não	 interposta	 a	 ação	 nos	 prazos
acima	mencionados,	prescreveu	os	direitos	do	portador	à	dita	ação,	perdendo
o	 cheque	 a	 sua	 natureza	 cambiária.	 Poderá	 o	 portador,	 alegando
enriquecimento	 de	 outrem	 à	 sua	 custa	 (rito	 ordinário),	 entrar	 com	 uma	 ação
ordinária	de	locupletamento,	que	prescreve	em	2	(dois)	anos,	contados	do	dia
em	que	se	consumar	a	prescrição	da	ação	de	execução.
	
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
Maria	e	Bernardo	são	casados	e	possuem	conta	corrente	no	Banco	Brasileiro
S.A.	 Para	 efetuar	 o	 pagamento	 de	 um	 tratamento	 dentário	 da	 esposa,
Bernardo	emite	um	cheque	no	valor	de	R$	10.000,00	 (dez	mil	 reais)	em	 favor
do	 dentista	 Alberto.	 Sendo	 assim,	 o	 dentista	 depositou	 o	 cheque	 e	 foi
surpreendido	 pela	 devolução	 do	 cheque	 por	 falta	 de	 fundos.	 Tendo	 em	 vista
que	não	conseguiu	o	pagamento	do	cheque,	Alberto	promoveu	execução	em
face	 de	 Maria,	 tendo	 em	 vista	 que	 foi	 a	 usuária	 do	 tratamento	 dentário.
Analisando	caso	concreto,	responda	as	seguintes	questões:
	
a)	 Tendo	 em	 vista	 que	 a	 conta	 corrente	 é	 conjunta,	 será	 procedente	 a
execução	em	face	de	Maria?
	
b)	Quais	os	requisitos	legais	que	devem	conter	num	cheque?
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(TJCE	–	Juiz	–	2014)	Antônio	emitiu	um	cheque	nominativo	a	José	contra	o	Banco
Brasileiro	 S.A.	 No	 mesmo	 dia,	 José	 endossou	 o	 cheque	 a	 Ricardo,	 fazendo
constar	 do	 título	 que	 não	 garantiria	 o	 seu	 pagamento	 e	 que	 a	 eficácia	 do
endosso	 estava	 subordinada	 à	 condição	 de	 que	 Maria,	 irmã	 de	 Ricardo,	 lhe
pagasse	uma	dívida	que	venceria	dali	a	dez	(10)	dias.	Vinte	(20)	dias	depois	da
emissão	 do	 título	 e	 sem	 que	 Maria	 tivesse	 honrado	 a	 dívida	 para	 com	 José,
Ricardo	 apresentou	 o	 cheque	 para	 pagamento,	 mas	 o	 títulolhe	 foi	 devolvido
porque	 João	 não	 mantinha	 fundos	 disponíveis	 em	 poder	 do	 sacado.	 Nesse
caso,
	
a)	Ricardo	não	poderá	endossar	o	cheque	a	terceiro,	pois	o	cheque	só	admite
um	único	endosso.
b)	o	endosso	em	preto	de	cheque	nominativo	exonera	o	emitente	do	título	de
responsabilidade	pelo	seu	pagamento.
c)	por	força	de	lei,	o	emitente	do	cheque	deve	ter	fundos	disponíveis	em	poder
do	 sacado,	 e	 a	 infração	 desse	 preceito	 prejudica	 a	 validade	 do	 título	 como
cheque.
d)	 José	 responderá	 perante	 Ricardo	 pelo	 pagamento	 do	 cheque,	 porque	 se
reputa	não	escrita	cláusula	que	isente	o	endossante	de	responsabilidade	pelo
pagamento	do	título.
e)	a	despeito	do	 inadimplemento	de	Maria,	Ricardo	ostenta	 legitimidade	para
cobrar	o	pagamento	do	título	porque	se	reputa	não	escrita	qualquer	condição
a	que	o	endosso	seja	subordinado.
	
Plano	de	Aula:	Títulos	de	crédito	em	espécie	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Títulos	de	crédito	em	espécie	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
6
Tema
Duplicata
Objetivos
-	 compreender	 a	 dinâmica	 da	 duplicata,	 sua	 emissão,	 remessa,	 aceite	 e
devolução.
-	Identificar	os	aspectos	legais	de	sua	causalidade.
-	 compreender	 a	 aplicação	 dos	 institutos	 cambiais,	 suas	 diferenças	 e
especificidades	em	relação	aos	demais	títulos.
Estrutura	do	Conteúdo
	
1.	Duplicata:	Noções	gerais	e	requisitos
	
A	Duplicata	pode	ser	entendida	como	um	título	de	crédito	formal,	caracterizado
por	 um	 saque	 fundado	 em	 crédito	 concedido	 pelo	 vendedor	 ao	 comprador,
baseado	 em	 contrato	 de	 compra	 e	 venda	 mercantil	 ou	 de	 prestação	 de
serviços	celebrado	entre	ambos,	cuja	circulação	é	possível	mediante	endosso.
Dessa	forma,	é	uma	ordem	de	pagamento	do	preço	estipulado	numa	compra	e
venda	 mercantil	 ou	 na	 prestação	 de	 serviços.	 É	 um	 título	 de	 natureza
vinculada,	 ou	 seja,	 apesar	 de	 serem	 autônomas	 as	 relações,	 o	 princípio	 da
autonomia	 não	 se	 perfaz	 totalmente	 por	 estar,	 a	 duplicata,	 vinculada	 a	 um
contrato	 de	 compra	 e	 venda	 mercantil	 ou	 de	 prestação	 de	 serviços.	 Os
Requisitos	da	Duplicata	estão	previstos	no	artigo	2º	da	Lei	nº	5.474/68.
	
	
2.	Fatura
	
É	o	documento	representativo	do	contrato	de	compra	e	venda	mercantil	ou	de
prestação	de	serviços,	emitido	pelo	comerciante	ou	prestador	de	serviços,	por
ocasião	 da	 venda	 de	 produto	 ou	 de	 serviço,	 descrevendo	 o	 objeto	 do
fornecimento,	quantidade,	qualidade	e	preço	além	de	outras	circunstâncias	de
acordo	com	os	usos	da	praça.	Por	Nota	Fiscal/Fatura	entende-se	o	documento
que	resultou	do	convênio	firmado,	em	1970,	entre	o	Ministério	da	Fazenda	e	as
Secretarias	 de	 Fazenda	 dos	 Estados	 e	 do	 Distrito	 Federal,	 pelo	 qual	 a	 nota
fiscal	 passa	 a	 funcionar,	 também,	 como	 fatura	 comercial	 contendo	 as
informações	necessárias	às	finalidades	tributárias.
	
3.	Ações	fundadas	na	duplicada	e	triplicata
	
A	duplicata	poderá	ser	protestada	por	 falta	de	aceite,	por	 falta	de	devolução
ou	 por	 falta	 de	 pagamento.	 O	 prazo	 para	 protesto	 é	 de	 30	 dias	 a	 contar	 da
data	do	vencimento.	O	protesto	pode	ocorrer	mediante	a	prova	de	remessa	ou
entrega	 de	 mercadoria.	 Essa	 forma	 de	 protesto	 supre	 a	 falta	 de	 aceite,
podendo	 servir	 de	 subsídio	 para	 fundamentar	 a	 ação	 de	 cobrança,	 pois	 é
sabido	 que,	 de	 acordo	 com	 a	 Lei	 5.474/68,	 a	 duplicata	 é	 Título	 Executivo
Extrajudicial.	A	ação	 fundada	na	duplicata	é	a	Ação	de	Execução,	conforme	o
disposto	 no	 art.	 784,	 I,	 CPC.	 O	 prazo	 de	 prescrição	 da	 ação	 de	 cobrança	 da
duplicata	 é	 de	 3	 anos,	 contra	 o	 sacado	 e	 respectivos	 avalistas,	 contados	 da
data	 do	 vencimento	 do	 título;	 de	 1	 ano,	 contra	 endossante	 e	 seus	 avalistas,
contado	da	data	do	protesto;	e	de	1	ano,	de	qualquer	dos	coobrigados,	contra
os	demais	exercendo	o	direito	de	regresso,	contado	da	data	em	que	haja	sido
efetuado	 o	 pagamento	 do	 título.	 A	 Triplicata	 é	 a	 reprodução	 da	 duplicata
mercantil	 ou	 da	 prestação	 de	 serviços	 em	 caso	 de	 perda	 ou	 extravio	 (Lei
5.474/68,	art.	23).
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(TJ/	DF	/Juiz/	2012)	A	respeito	da	assim	chamada	"duplicata	virtual	'',	"duplicata
escritural"	ou	"duplicata	eletrônica",	esclareça	como	se	dá	o	seu	saque	e	quais
são	 os	 requisitos	 necessários	 para	 que	 tenha	 eficácia	 executiva,	 bem	 como
forneça	 dois	 argumentos,	 retirados	 exclusivamente	 da	 Lei	 5.474168	 que,	 em
tese,	não	permitiriam	a	constituição	do	crédito	cambial	na	forma	esclarecida.
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(Magistratura	PE	–	FCC/2011)	No	que	tange	à	duplicata:
a)	o	comprador	poderá	deixar	de	aceitá-la	por	vícios,	defeitos	e	diferenças	na
qualidade	ou	na	quantidade	das	mercadorias,	exclusivamente.
b)	 é	 lícito	 ao	 comprador	 resgatá-la	 antes	 do	 aceite,	 mas	 não	 antes	 do
vencimento.
c)	 trata-se	de	 título	 causal,	que	por	 isso	não	admite	 reforma	ou	prorrogação
do	prazo	de	vencimento.
d)	 é	 título	 protestável	 por	 falta	 de	 aceite,	 de	 devolução	 ou	 de	 pagamento,
podendo	 o	 protesto	 ser	 tirado	 mediante	 apresentação	 da	 duplicata,	 da
triplicata,	ou	ainda	por	simples	 indicações	do	portador,	na	falta	de	devolução
do	título.
e)	 em	 nenhum	 caso	 poderá	 o	 sacado	 reter	 a	 duplicata	 em	 seu	 poder	 até	 a
data	 do	 vencimento,	 devendo	 comunicar	 eventuais	 divergências	 à
apresentante	com	a	devolução	do	título.
	
Plano	de	Aula:	Contratos	Empresariais
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Contratos	Empresariais
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
7
Tema
Contratos	Empresariais:	características,	princípios	gerais	e	espécies.
Objetivos
-	 analisar	 as	 principais	 características	 desses	 tipos	 de	 contrato,	 bem	 como
seus	requisitos	de	validade.
-	compreender	os	princípios	aplicáveis	a	esses	tipos	de	contratos.
-	 conhecer	 os	 contratos	 empresariais	 e	 identificar	 suas	 espécies	 e
aplicabilidade.
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Contratos	Empresariais:	características	e	princípios	gerais.
	
Basicamente,	 contratos	 empresariais	 são	 aqueles	 celebrados	 entre
empresários,	 ressaltando	 que	 o	 regime	 jurídico	 que	 será	 aplicado	 aos
contratos	 realizados	 entre	 empresários	 varia	 de	 acordo	 com	 o	 tipo	 e	 a
natureza	do	negócio	jurídico	realizado,	tendo	em	vista	que	se	a	relação	jurídica
for	caracterizada	como	uma	relação	de	consumo,	serão	aplicadas	as	regras	do
direito	consumerista.	Nesse	aspecto,	os	contratos	empresariais	estudados	na
presente	 aula,	 serão	 analisadas	 sob	 o	 prisma	 da	 legislação	 aplicável	 aos
contratos	 realizados	entre	empresários	no	exercício	da	atividade	empresarial.
Vários	 princípios	 podem	 ser	 aplicados	 a	 esses	 tipos	 de	 contrato,	 como	 os
princípios	da	autonomia	da	vontade;	princípio	do	consensualismo;	princípio	da
relatividade;	princípio	da	boa-fé,	dentre	outros.
	
	
2.	Espécies	de	contratos
	
	
2,1,	A	Compra	e	Venda	Mercantil:
	
Na	Compra	e	Venda	Mercantil,	comprador	e	vendedor	devem	ser	empresários	e
o	 objeto	 da	 compra	 é	 comprar	 para	 revender.	 A	 partir	 de	 2002,	 o	 regime
jurídico	da	Compra	e	Venda	Mercantil	passou	a	ser	basicamente	o	mesmo	de
qualquer	 outro	 contrato	 de	 Compra	 e	 Venda	 Civil.	 Os	 conceitos	 e
especificidades	de	cada	contrato	foram	mantidos,	mesmo	com	a	uniformização
legislativa	 do	 direito	 privado.	 A	 única	 distinção	 repousa	 na	 delimitação	 dos
direitos	e	obrigações	dos	contratantes,	no	que	diz	respeito	às	conseqüências
nos	casos	de	insolvência	ou	falência.	Na	Compra	e	Venda	Mercantil,	em	casos
de	 falência,	 procede-se	 a	 execução	 concursal	 do	 devedor.	 A	 obrigação
principal	do	comprador	é	pagar	o	preço	no	prazo	e	no	 local	avençados,	como
também	 receber	 a	 coisa	 no	 prazo,	 modo	 e	 localcontratado.	 Quanto	 ao
devedor,	 são	 três	 suas	 obrigações:	 a)	 Proceder	 a	 entrega	 da	 coisa	 no	 prazo
estipulado;	b)	responder	pelos	vícios	da	coisa;	c)	responder	pelaevicção.
	
2.2.	Representação	Comercial	ou	Agência	ou	Distribuição:
	
Este	contrato	encontra-se	definido	no	artigo	710	do	Código	Civil,	como	aquele
em	que	uma	das	partes,	o	representante	comercial,	se	obriga,	mediante	uma
remuneração,	 a	 angariar	 negócios	 mercantis,	 como	 a	 compra	 e	 venda,	 dos
produtos	 fabricados	 ou	 comercializados	 pelo	 representado.	 Pelo	 novo	 Código
Civil,	 o	 Contrato	 de	 Representação	 Comercial,	 adotou	 a	 denominação	 de
Contrato	 de	 Agência.	 Não	 se	 confunde	 este	 contrato	 com	 o	 Contrato	 de
Mandato	 Mercantil,	 pois	 o	 representante	 não	 age	 em	 nome	 do	 representado
(fabricante),	quem	conclui	a	compra	e	venda	é	sempre	o	representado.
	
2.3.Comissão	Mercantil:
	
O	artigo	693	do	Código	Civil	define	o	Contrato	de	Comissão,	como	aquele	que
”tem	 por	 objeto	 a	 aquisição	 ou	 a	 venda	 de	 bens	 pelo	 comissário,	 em	 seu
próprio	 nome,	 à	 conta	 do	 comitente.”	 Tem-se	 de	 um	 lado	 o	 comissário,
empresário	que	angaria	negócios	em	seu	próprio	nome,	mas	por	conta	e	risco
do	empresário	comitente,	empresário,	fabricante	ou	fornecedor.	Este	contrato
se	 diferencia	 do	 mandato	 na	 medida	 em	 que	 o	 comissário	 atua	 em	 nome
próprio,	 assumindo	 a	 responsabilidade	 pessoal	 perante	 terceiros	 por	 seus
atos	praticados	e	no	mandato	o	mandatário	atua	em	nome	do	mandante.
	
2.4.Concessão	Mercantil:
	
Este	 contrato	 se	 define	 como	 aquele	 em	 que	 um	 empresário,	 denominado
concessionário,	 se	 obriga	 a	 comercializar	 os	 produtos	 fabricados	 por	 outro
empresário,	denominado	concedente.	Este	contrato	pode	ter	ou	não	cláusula
de	 exclusividade	 ou	 territorialidade.	 Por	 exclusividade,	 entende-se	 que	 o
concessionário	 se	 obriga	 a	 não	 comercializar	 com	 produtos	 diversos	 dos
fabricados	pelo	concedente	e	por	territorialidade,	e	a	proibição	do	concedente
em	 comercializar	 na	 área	 de	 atuação	 do	 concessionário,	 em	 razão	 da
Concorrência	Desleal,	pois	o	 fabricante,	óbvio,	venderia	o	produto	a	preço	de
fábrica.
	
2.5.	Franquia:
	
É	 o	 contrato	 através	 do	 qual	 um	 empresário	 (franqueador),	 concede	 a	 outro
empresário	 (franqueado),	 o	 uso	 de	 sua	 marca,	 prestando-lhe	 serviços	 de
organização	 empresarial,	 para	 comercializar	 produtos	 ou	 as	 marcas	 de	 sua
propriedade,	 mediante	 uma	 remuneração,	 sem	 que	 os	 mesmos	 estejam
ligados	por	qualquer	vínculo	de	subordinação.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(TJRJ	–	XLIV	Concurso	–	Magistratura	–	2ª	fase	–	adaptada)	A	Representações	de
Papéis	 Ltda,	 com	 sede	 nesta	 cidade,	 é	 notificada	 por	 B	 Celulose	 S/A,	 dando
conta	da	extinção	do	contrato	firmado	entre	as	partes,	em	maio	de	2017,	que
vigorava	por	prazo	indeterminado.	Na	oportunidade,	foi	esclarecido	que	a	partir
do	 recebimento	 da	 referida	 notificação,	 novos	 negócios	 em	 nome	 da
notificante,	 não	 poderiam	 ser	 realizados,	 pois	 esta	 passaria	 a	 operar
diretamente	 com	 os	 clientes	 os	 respectivos	 pedidos.	 Inconformada,	 A	 propõe
ação	em	face	de	B,	onde	sustenta	que	fez	grandes	investimentos	no	interesse
desta	 última,	 não	 deu	 causa	 à	 extinção	 do	 contrato,	 cujos	 negócios	 dele
oriundos	representavam	80%	do	seu	faturamento,	não	tendo	sido	observado	o
prazo	 legal	 para	 que	 a	 notificação	 pudesse	 surtir	 o	 efeito	 pretendido.	 Além
disso,	 a	 cessação	 abrupta	 da	 atividade	 desenvolvida	 acarretara	 danos
materiais	 e	 morais	 que	 pretendia	 ver	 indenizados.	 Esclareça	 qual	 a	 disciplina
legal	 a	 ser	 adotada,	 bem	 como	 explique	 as	 peculiaridades	 do	 contrato	 e	 o
alegado	direito	à	indenização.
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(ADVOGADO	PETROBRÁS	–	CESGRANRIO/2011)	Quando	um	empresário	licencia	o
uso	de	sua	marca	a	outro,	prestando-lhe	serviços	de	organização	empresarial,
com	ou	sem	venda	de	produtos,	mediante	remuneração	direta	ou	indireta,	sem
que	fique	caracterizado	vínculo	empregatício,	tem-se	um	contrato	de:
a)				compra	e	venda	mercantil.
b)				comodato.
c)				franquia.
d)				corretagem.
e)				comissão	mercantil.
Plano	de	Aula:	Contratos	Empresariais	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Contratos	Empresariais	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
8
Tema
Espécies	de	Contratos	Empresariais:	Contratos	Bancários.
	
Objetivos
-	analisar	os	tipos	de	contratos	bancários	próprios	e	impróprios.
-	identificar	a	prática	usual	dos	contratos	bancários,	e	a	aplicabilidade	do	CDC..
-	analisar	os	contratos	de	financiamento	usuais	do	mercado.
Estrutura	do	Conteúdo
1.	Contrato	de	Depósito	Bancário:
	
Quando	a	Instituição	Financeira	assume	na	relação	negocial	o	polo	passivo,	ela
se	 encontra	 na	 posição	 de	 devedora,	 pois	 tais	 contratos	 têm	 a	 função
econômica	de	captação	de	recursos	dos	quais	o	banco	necessita	para	poder
desenvolver	 a	 sua	 atividade	 bancária.	 Neste	 tipo	 de	 atividade	 podemos	 citar
principalmente	 os	 Contratos	 de	 Depósito	 e	 Conta	 Corrente.	 No	 caso,	 o
Contrato	de	Depósito	é	aquele	através	do	qual	uma	pessoa,	física	ou	jurídica,
depositante,	 entrega	 valores	 monetários	 a	 um	 banco,	 depositário,	 que	 se
obriga	 a	 restituí-los	 quando	 solicitado	 pelo	 depositante.	 Este	 é	 um	 dos
contratos	mais	comuns,	realizados	pelos	chamados	bancos	comerciais,	sendo
o	cartão	de	débito	e	o	cheque	um	dos	instrumentos	de	restituição	dos	valores
depositados.
	
2.	Contrato	de	Mútuo	Bancário:
	
Este	tipo	de	contrato	possui	peculiaridades	próprias,	pois	o	mútuo	bancário	é
o	 contrato	 através	 do	 qual	 o	 banco,	 mutuante,	 empresta	 a	 seu	 cliente	 uma
determinada	 quantia	 em	 dinheiro,	 cobrando	 juros	 e	 encargos	 devidos	 pelo
mutuário	em	razão	da	utilização	do	dinheiro,	objeto	do	contrato.	O	Contrato	de
Mútuo	Bancário	se	classifica	como	um	contrato,	unilateral	e	real,	pois	o	banco
não	 assume	 obrigação	 alguma	 perante	 o	 cliente	 após	 a	 entrega	 da	 quantia
contratada	 e	 somente	 se	 concretiza	 com	 a	 efetiva	 entrega	 do	 dinheiro	 ao
cliente	 mutuário.	 As	 obrigações	 do	 mutuário,	 portanto	 são	 duas	 a	 partir	 da
efetiva	 entrega	 do	 dinheiro:	 1)	 Devolver	 o	 valor	 emprestado	 no	 prazo
avençado,	 pagando	 juros,	 correção,	 taxas	 e	 encargos,	 se	 for	 o	 caso;	 2)
Amortizar	a	quantia	emprestada	dentro	dos	prazos	estabelecidos	no	contrato.
	
	
3.	Contrato	de	Desconto	Bancário:
	
No	desconto	propriamente	dito	o	banco	antecipa	ao	cliente	o	valor	do	crédito
deste	contra	terceiros.	Note-se	bem,	o	 instrumento	deste	contrato	tem	como
base	 os	 Títulos	 de	 Crédito,	 como	 Letras	 de	 Câmbio,	 Notas	 Promissórias,
Duplicatas	 e	 Cheques	 e	 os	 demais	 equiparados	 por	 legislação	 específica	 do
Direito	Cambiário.	Este	tipo	de	contrato	encontra-se	regulamentado	e	tutelado
pela	 doutrina	 e	 pelas	 Leis	 Cambiarias,	 ou	 seja,	 pelos	 princípios	 básicos	 do
direito	cambiário.	Acentue-se	que	o	instituto	do	endosso	é	ato	indispensável	à
concretização	do	Desconto.	No	caso,	se	o	título	não	for	pago	na	data	aprazada
pelo	 devedor	 principal	 ou	 por	 seus	 coobrigados,	 o	 banco	 tem	 o	 direito	 de
cobrar	 do	 cliente	 o	 crédito	 consignado	 no	 título	 que	 não	 foi	 realizado	 pelo
terceiro	devedor,	protegido	por	toda	a	legislação	cambiaria	e	processual.
	
4.	Contrato	de	Abertura	de	Crédito:
	
Popularmente	conhecido	como	“Cheque	Especial”,	representa	o	contratos	pelo
qual	 o	 banco	 coloca	 à	 disposição	 do	 seu	 cliente,	 determinada	 quantia	 a	 seu
favor,	que	poderá	ou	não	ser	utilizada	por	este.	Se	o	cliente	utilizar	este	limite,
será	obrigado	a	pagar	os	encargos	e	juros	provenientes	da	apropriação	deste
crédito.	 Tal	 contrato	 encontra-se	 intimamente	 vinculado	 aos	 Contratos	 de
Conta	 Corrente	 e	 Depósito.	 O	 Contrato	 de	 Abertura	 de	 Crédito	 classifica-se
como	consensual	e	bilateral,	podendo	o	Banco,	 terminado	o	prazo	contratual
ou	 por	 questões	 de	 conveniência	 quando	 não	 for	 mais	 do	 seu	 interesse
disponibilizar	o	crédito	ao	seu	cliente,	extingui-lo,	ou	seja,	cortar	o	crédito.5.	Contratos	bancários	Impróprios.
	
5.1	Contrato	de	Arrendamento	Mercantil	(Leasing):
	
Quando	 mencionamos	 a	 expressão	 Leasing,	 nos	 vem	 à	 ideia	 de	 uma	 compra
financiada.	 Isto	 para	 os	 leigos	 de	 uma	 forma	 geral.	 Para	 os	 estudiosos	 no
assunto,	 o	 Leasing	 ou	 Arrendamento	 Mercantil	 é	 definido	 doutrinariamente
como	um	contrato	de	natureza	mista	que	envolve	uma	locação	de	um	bem	que
é	caracterizada	pela	 faculdade	que	possui	o	 locatário,	ao	 término	da	 locação
de	 optar	 pela	 compra	 deste	 bem	 locado.	 Na	 realidade	 este	 contrato	 reúne
intrinsecamente	dois	contratos,	o	da	locação	e	o	opcional	de	compra	e	venda.
Por	 ato	 unilateral,	 o	 arrendatário	 ou	 locatário	 do	 bem,	 findo	 o	 prazo	 locatício
pode	 optar	 pela	 compra	 deste	 bem	 pagando	 o	 chamado	 valor	 residual,	 ou
seja,	 pagando	 o	 equivalente	 ao	 valor	 do	 bem	 locado	 debitado	 as	 prestações
anteriormente	pagas	durante	a	locação	a	título	de	aluguel.
	
5.2.	Alienação	Fiduciária	em	Garantia:
	
É	 o	 contrato	 através	 do	 qual	 uma	 das	 partes	 denominada	 fiduciante,
proprietária	 do	 bem,	 objeto	 do	 contrato,	 aliena-o	 em	 confiança	 (em	 fidúcia)
para	 outra	 parte,	 denominada	 fiduciário,	 que	 se	 obriga	 a	 devolver	 a
propriedade	 deste	 bem	 ao	 fiduciante,	 de	 acordo	 com	 as	 condições
estabelecidas	 no	 contrato.	 No	 caso,	 o	 fiduciante	 é	 o	 devedor	 e	 mutuário	 e	 o
fiduciário	o	mutuante,	credor.	Em	outras	palavras,	dando	o	exemplo	da	compra
e	venda	de	veículos,	o	proprietário	do	bem	é	o	fiduciante,	que	aliena	o	veículo
à	 financeira	 que	 lhe	 concedeu	 o	 financiamento	 para	 o	 pagamento	 deste
veículo.	 Sendo	 quitada	 a	 dívida	 pelo	 fiduciante,	 o	 fiduciário,	 credor	 ou
mutuante,	que	é	a	financeira,	devolve	ao	fiduciante	a	propriedade	do	bem.
	
5.3.	Contrato	de	Factoring:
	
Também	 chamado	 de	 fomento	 mercantil,	 o	 Contrato	 de	 Faturização	 ou
Factoring	é	aquele	através	do	qual	o	faturizador	(Instituição	Financeira)	presta
ao	 faturizado	 (Empresário)	 o	 serviço	 de	 administração	 de	 crédito,	 garantindo
ao	empresário	o	pagamento	das	faturas	por	ele	emitidas.	Nos	dias	atuais,	em
razão	 da	 grande	 concorrência	 no	 comércio,	 na	 indústria	 e	 na	 prestação	 de
serviços,	se	o	empresário	não	colocar	à	disposição	do	consumidor	ou	de	seu
cliente	a	 facilitação	no	pagamento	das	mercadorias	ou	serviços,	pode	perdê-
los	 para	 outro	 empresário	 concorrente.Permitindo	 o	 pagamento	 com	 prazos
maiores	instrumentados	por	cheques,	promissórias	ou	duplicatas,	realiza	a	sua
atividade	 empresária	 a	 contento	 e	 em	 contrapartida,	 utiliza-se	 do	 mecanismo
da	faturização	para	a	antecipação	destes	créditos.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(XIII	 Exame	 OAB	 -	 2014.1	 (FGV	 –	 MAR/14)	 Direito	 Empresarial	 	 	 Banco	 Colares
S/A,	 com	 fundamento	 no	 inadimplemento	 de	 contrato	 de	 alienação	 fiduciária
em	garantia	celebrado	nos	termos	do	artigo	66-B,	da	Lei	nº	4.728/65,	requereu
a	busca	e	apreensão	do	bem,	com	pedido	de	liminar.	Previamente	ao	pedido,	o
fiduciário	 comprovou	 o	 não	 pagamento	 por	 Augusto	 Corrêa,	 fiduciante,	 das
quatro	 últimas	 parcelas	 do	 financiamento.	 O	 pedido	 foi	 deferido	 e	 a	 liminar
executada.	O	 fiduciante	não	apresentou	resposta	no	prazo	 legal,	porém,	dois
dias	após	executada	a	 liminar,	pagou	a	 integralidade	da	dívida	pendente,	em
conformidade	com	os	valores	apresentados	pelo	fiduciário	na	inicial.	Diante	do
pagamento	comprovado	nos	autos,	o	Juiz	determinou	a	entrega	do	bem	livre	de
ônus,	mas	este	já	havia	sido	alienado	pelo	fiduciário	durante	o	prazo	legal	para
o	 pagamento	 da	 dívida.	 O	 fiduciário	 justificou	 sua	 conduta	 pela	 ausência	 de
resposta	do	fiduciante	ao	pedido	de	busca	e	apreensão.
	
a)	Poderá	ser	aplicada	alguma	penalidade	ao	fiduciário	pela	alienação	do	bem,
ou	este	agiu	em	exercício	regular	do	direito?	Justifique
	
b)	 Comprovado	 pelo	 fiduciante	 que	 a	 alienac¸a~o	 do	 bem	 lhe	 causou	 danos
emergentes	e	lucros	cessantes,	que	medida	podera´	propor	seu	advogado	em
face	do	fiducia´rio?
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(MAGISTRATURA/DF	 –	 2011)	 Espécie	 de	 leasing	 em	 que	 o	 bem	 arrendado	 já
pertence	à	empresa	arrendadora	é:
	
A)			leasing	financeiro;
B)			leasing	de	retorno;
C)			leasing	operacional;
D)			nenhuma	das	alternativas	anteriores	é	correta.
	
Plano	de	Aula:	Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
9
Tema
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência:	Disposições	Preliminares.
Objetivos
-	Conhecer	o	plano	de	ensino	da	disciplina	e	sua	importância;
-	 Visualizar	 através	 da	 apresentação	 do	 mapa	 conceitual	 o	 encadeamento
existente	entre	as	unidades	que	compõe	a	ementa	da	disciplina;
-	 Compreender	 a	 evolução	 histórica	 dos	 institutos	 Falência,	 Recuperação
Judicial	e	Extrajudicial;
-	Verificar	as	disposições	preliminares	estabelecidas	na	Lei	11.101/2005;
Estrutura	do	Conteúdo
Os	 institutos	 da	 Recuperação	 Judicial,	 Extrajudicial	 e	 Falência	 estão
disciplinados	pela	Lei	n°	11.101/2005,	que	prevê	todas	as	disposições	comuns
e	específicas	dos	referidos	institutos.	Importante	mencionar	que	a	referida	Lei
não	 se	 aplica	 às	 empresas	 públicas	 e	 sociedades	 de	 economia	mista;	 assim
como	às	instituições	financeiras	públicas	ou	privadas,	cooperativas	de	crédito,
consórcios,	 entidades	 de	 previdência	 complementar,	 sociedades	 operadoras
de	 plano	 de	 assistência	 à	 saúde,	 sociedades	 seguradoras,	 sociedades	 de
capitalização	 e	 outras	 entidades	 legalmente	 equiparadas	 às	 anteriores.	 Vale
ressaltar	ainda,	que	na	Recuperação	Judicial	e	na	Falência	não	são	exigíveis	do
devedor	 as	 obrigações	 a	 título	 gratuito,	 bem	 como	 as	 despesas	 que	 os
credores	fizerem	para	tomar	parte	na	recuperação	judicial	ou	na	falência,	salvo
as	custas	judiciais	decorrentes	de	litígio	com	o	devedor.	Além	disso,	de	acordo
com	 a	 Lei	 n°	 11.101/2005,	 a	 decretação	 da	 falência	 ou	 o	 deferimento	 do
processamento	da	recuperação	 judicial	suspende	o	curso	da	prescrição	e	de
todas	 as	 ações	 e	 execuções	 em	 face	 do	 devedor,	 inclusive	 aquelas	 dos
credores	particulares	 do	 sócio	 solidário.	 As	 disposições	previstas	 nos	 artigos
7°	 ao	 20	 da	 aludida	 Lei	 referem-se	 aos	 procedimentos	 adotados	 para	 a
verificação	 e	 habilitação	 créditos	 tanto	 no	 Processo	 de	 Recuperação	 Judicial
quanto	na	Falência.	
	
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(XXII	 Exame	 de	 Ordem	 Unificado	 –	 2017.1)	 Na	 recuperação	 judicial	 de	 Têxtil
Sonora	S/A,	o	Banco	Japurá	S/A,	titular	de	58%	dos	créditos	com	garantia	real,
indicou	 ao	 juiz	 os	 representantes	 e	 suplentes	 de	 sua	 classe	 no	 Comitê	 de
Credores.	 Xinguara	 Participações	 S/A,	 credora	 da	mesma	 classe,	 impugnou	 a
referida	 indicação,	alegando	descumprimento	do	Art.	35,	 inciso	 I,	alínea	b,	da
Lei	 nº	 11.101/2005,	 porque	 a	 assembleia-geral	 de	 credores	 tem	 por
atribuições	deliberar	sobre	a	constituição	do	Comitê	de	Credores,	assim	como
escolher	 seus	 membros	 e	 sua	 substituição,	 não	 tendo	 havido	 deliberação
nesse	 sentido.	Ademais,	 aduz	a	 impugnante	que	não	houve	manifestação	do
Comitê	de	Credores,	 já	 constituído	apenas	 com	 representantes	dos	 credores
trabalhistas	 e	 quirografários,	 sobre	 a	 proposta	 do	 devedor	 de	 alienação	 de
unidade	 produtiva	 isolada	 não	 prevista	 no	 plano	 de	 recuperação.	 Ouvido	 o
administrador	judicial,	este	não	se	manifestou	sobre	a	primeira	impugnação	e,
em	 relação	 à	 segunda,	 opinou	 pela	 sua	 improcedência	 em	 razão	 de	 não
constar	do	rol	de	atribuições	legais	do	Comitê	manifestar-se	sobre	a	proposta
do	devedor.	Com	base	na	hipótese	apresentada,	responda	aos	itens	a	seguir.
	
a)	 Deveria	 ter	 sido	 convocada	 assembleia	 de	 credores	 para	 eleição	 dos
representantes	 da	 classe	 dos	 credores	 com	 garantiareal,	 como	 sustenta	 a
credora	Xinguara	Participações	S/A?
	
b)	Deve	 ser	 acatada	a	 opinião	do	administrador	 judicial	 sobre	 a	 dispensa	de
oitiva	do	Comitê	de	Credores	por	falta	de	previsão	legal?
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(Ministério	 Público/SP	 –	 2011)	 A	 atual	 Lei	 de	 Falências,	 que	 regula	 a
Recuperação	Judicial,	a	Extrajudicial	e	a	Falência	do	empresário	e	da	sociedade
empresária,	 instituída	por	meio	da	Lei	n.º	11.101,	de	9	de	 fevereiro	de	2005,
trouxe	uma	profunda	reforma	no	direito	falimentar	brasileiro.	Das	alternativas	a
seguir,	a	única	correta	é:
	
a)	 	 	 	 a	 suspensão	 das	 ações	 de	 execução	 contra	 o	 devedor,	 na
Recuperação	 Judicial,	 não	 excederá	 o	 prazo	 de	 180	 (cento	 e	 oitenta)
dias,	 contados	 do	 deferimento	 do	 processamento	 da	 Recuperação,
prorrogáveis	uma	única	vez	por	60	(sessenta)	dias,	a	critério	do	Juiz.
b)				a	remuneração	do	administrador	judicial	não	pode	exceder	a	10%
(dez	 por	 cento)	 do	 valor	 devido	 aos	 credores	 submetidos	 à
Recuperação	Judicial.
c)				a	constituição	do	Comitê	de	Credores	é	obrigatória,	na	Falência	e
na	 Recuperação	 Judicial,	 e,	 dentre	 suas	 responsabilidades,	 estão	 a
fiscalização	e	o	exame	das	contas	do	administrador	judicial.
d)	 	 	 	havendo	objeção	ao	Plano	de	Recuperação	 Judicial,	o	 Juiz	deverá
deliberar	 sobre	 o	 assunto,	 após	 parecer	 do	 Comitê	 de	 Credores,
administrador	judicial	e	Ministério	Público.
e)	 	 	 	 a	 intimação	do	Ministério	Público	 será	 realizada,	no	processo	de
Recuperação	 Judicial,	 após	 o	 deferimento	 do	 processamento	 da
Recuperação	Judicial.
Plano	de	Aula:	Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
10
Tema
Disposições	Comuns	à	Recuperação	judicial	e	à	Falência.
Objetivos
-	Analisar	 as	disposições	 comuns	aos	 institutos	da	Recuperação	 Judicial	 e	da
Falência.
-	 Compreender	 os	 procedimentos	 legais	 para	 habilitação	 e	 verificação	 de
créditos.
-	Conhecer	os	órgãos	atuantes	na	Recuperação	Judicial	e	Falência;
-	Compreender	a	importância	do	administrador	judicial;
-	Compreender	a	atuação	do	Comitê	e	Assembleia	de	Credores.
Estrutura	do	Conteúdo
A	 Lei	 n°	 11.101/2005	 prevê	 algumas	 disposições	 que	 são	 comuns	 aos
institutos	da	Recuperação	Judicial	e	da	Falência,	e	que	consistem	basicamente
no	 procedimento	 de	 verificação	 e	 habilitação	 dos	 créditos,	 bem	 como	 nos
órgãos	atuantes	nos	dois	processos.	Nesse	sentido,	do	artigo	7º	ao	artigo	20
da	referida	Lei,	estão	previstas	as	disposições	sobre	a	verificação	e	habilitação
dos	 créditos,	 que	 deverão	 ocorrer	 nos	 dois	 processos,	 disciplinando	 os
procedimentos	e	os	prazos	que	devem	ser	adotados	pelos	órgãos	atuantes	na
Recuperação	Judicial	e	na	Falência.	A	partir	do	artigo	21,	a	Lei	n°	11.101/2005
passa	a	dispor	 sobre	os	órgãos	atuantes	nos	dois	 tipos	de	processo.	Nesse
contexto,	 do	 artigo	 21	 ao	 35,	 a	 Lei	 disciplina	 a	 atuação	 do	 Administrador
Judicial	e	do	Comitê	de	Credores,	determinando	suas	funções,	prerrogativas	e
competências.	Ao	Administrador,	dentre	outras	coisas,	compete	fornecer,	com
presteza,	todas	as	informações	pedidas	pelos	credores	interessados;	exigir	dos
credores,	 do	 devedor	 ou	 seus	 administradores	 quaisquer	 informações;	 bem
como	 contratar,	 mediante	 autorização	 judicial,	 profissionais	 ou	 empresas
especializadas	 para,	 quando	 necessário,	 auxiliá-lo	 no	 exercício	 de	 suas
funções.	 Quanto	 ao	 Comitê	 de	 Credores,	 este	 órgão	 também	 tem	 funções
definidas	no	artigo	27	da	referida	Lei,	dentre	as	quais,	fiscalizar	as	atividades	e
examinar	 as	 contas	 do	 administrador	 judicial;	 zelar	 pelo	 bom	 andamento	 do
processo	e	pelo	cumprimento	da	lei;	e	comunicar	ao	juiz,	caso	detecte	violação
dos	direitos	ou	prejuízo	aos	interesses	dos	credores.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(FGV	 -	 OAB	 –	 VIII	 Exame	 –	 Prova	 Prático-Profissional	 –	 2014	 –	 adaptada)	 Em
29/01/2010,	 ABC	 Barraca	 de	 Areia	 Ltda.	 ajuizou	 sua	 recuperação	 judicial,
distribuída	à	1ª	Vara	Empresarial	da	Comarca	da	Capital	do	Estado	do	Rio	de
Janeiro.	 Em	 03/02/2010,	 quarta-feira,	 foi	 publicada	 no	 Diário	 de	 Justiça
Eletrônico	 do	 Rio	 de	 Janeiro	 (“DJE-RJ”)	 a	 decisão	 do	 juiz	 que	 deferiu	 o
processamento	da	recuperação	judicial	e,	dentre	outras	providências,	nomeou
o	 economista	 João	 como	 administrador	 judicial	 da	 sociedade.	 Decorridos	 15
(quinze)	 dias,	 alguns	 credores	 apresentaram	 a	 João	 as	 informações	 que
entenderam	 corretas	 acerca	 da	 classificação	 e	 do	 valor	 de	 seus	 créditos.
Quarenta	e	cinco	dias	depois,	 foi	publicado,	no	DJE-RJ	e	num	jornal	de	grande
circulação,	novo	edital,	 contendo	a	 relação	dos	credores	elaborada	por	 João.
No	 dia	 20/04/2010,	 você	 é	 procurado	 pelos	 representantes	 de	 XYZ	 Cadeiras
Ltda.,	 os	quais	 lhe	apresentam	um	contrato	de	 compra	e	venda	 firmado	com
ABC	Barraca	de	Areia	Ltda.,	datado	de	04/12/2009,	pelo	qual	aquela	forneceu
a	esta	1.000	(mil)	cadeiras,	pelo	preço	de	R$	100.000,00	(cem	mil	reais),	que
deveria	ter	sido	pago	em	28/01/2010,	mas	não	o	foi.	Diligente,	você	verifica	no
edital	 mais	 recente	 que,	 da	 relação	 de	 credores,	 não	 consta	 o	 credor	 XYZ
Cadeiras	 Ltda.	 E,	 examinando	 os	 autos	 em	 cartório,	 constata	 que	 o	 quadro-
geral	de	credores	ainda	não	foi	homologado	pelo	juiz.
	
Diante	 da	 situação	 narrada	 no	 enunciado	 da	 questão,	 qual	 seria	 a	 medida
processual	cabível	e	o	respectivo	fundamento	legal	para	que	a	sociedade	XYZ
Cadeiras	 Ltda.	 possa	 ser	 incluída	 no	 quadro	 de	 credores	 da	 referida
recuperação	judicial?
.
	
QUESTÕES	OBJETIVAS:
	
1.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (CESPE	 –	 OAB/SP	 –	 2007)	 No	 tocante	 à	 habilitação	 de	 crédito	 e
impugnação	previstas	na	Lei	n.º	11.101/05,	é	correto	afirmar	que:
a)	 	 	 	na	 recuperação	 judicial,	os	 titulares	de	créditos	 retardatários,	com
exceção	daqueles	derivados	da	 relação	de	 trabalho,	não	 terão	direito	a
voto	 nas	 deliberações	 da	 assembléia	 geral	 de	 credores,	 ressalvada	 a
hipótese	 de	 homologação	 do	 quadro	 geral	 de	 credores	 contendo	 tais
créditos.
b)	 	 	 	 na	 falência,	 os	 credores	 retardatários	 farão	 jus	 aos	 rateios	 extras
eventualmente	realizados,	mas	ficarão	sujeitos	ao	pagamento	de	custas,
não	 se	 computando	 os	 acessórios	 compreendidos	 entre	 o	 término	 do
prazo	e	a	data	do	pedido	de	habilitação.
c)	 	 	 	 após	 a	 homologação	 do	 quadro	 geral	 de	 credores,	 é	 vedado
qualquer	pedido	de	retificação	para	inclusão	de	créditos	retardatários.
d)				da	decisão	judicial	sobre	a	impugnação	caberá	recurso	de	apelação.
	
	
2.												(EJEF	–	Juiz	Estadual/MG	–	2008)	Quanto	à	falência	e	à	recuperação
judicial,	é	INCORRETO	afirmar	que:
a)				Na	falência,	os	créditos	retardatários	perderão	o	direito	a	rateios
eventualmente	 realizados	 e	 ficarão	 sujeitos	 ao	 pagamento	 de	 custas,
não	se	computando	os	acessórios	compreendidos	entre	o	 término	do
prazo	e	a	data	do	pedido	de	habilitação.
b)	 	 	 	 Após	 a	 homologação	 do	 quadro-geral	 de	 credores,	 aqueles	 que
não	 habilitaram	 seu	 crédito	 poderão,	 observado,	 no	 que	 couber,	 o
procedimento	ordinário	previsto	no	Código	de	Processo	Civil,	 requerer
ao	juízo	da	falência	ou	da	recuperação	judicial	a	retificação	do	quadro-
geral	para	inclusão	do	respectivo	crédito.
c)				Na	recuperação	judicial,	os	titulares	de	créditos	retardatários	têm
direito	a	voto	nas	deliberações	da	assembléia-geral	de	credores.
d)	 	 	 	As	 habilitações	 de	 crédito	 retardatárias,	 se	 apresentadas	 antes
da	 homologação	 do	 quadro-geral	 de	 credores,	 serão	 recebidas	 como
impugnação.
Plano	de	Aula:	Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semanade	Aula
11
Tema
Recuperação	Extrajudicial:	Conceito,	Pressupostos	e	Processamento.
Objetivos
	
-	Identificar	os	requisitos	da	Recuperação	Extrajudicial;
-	Conhecer	os	Créditos	abrangidos	na	Recuperação	Extrajudicial;
-	Verificar	a	Homologação	do	Plano	de	Recuperação	Extrajudicial;
-	Identificar	a	Impugnação	ao	plano.
Estrutura	do	Conteúdo
A	Lei	n°	11.101/2005	também	disciplina	o	instituto	da	Recuperação	Extrajudicial
nos	seus	artigos	161	a	167,	e	prevê,	dentre	outras	disposições,	que	o	devedor
que	 preencher	 os	 requisitos	 para	 requerer	 Recuperação	 Judicial	 (art.	 48),
poderá	 propor	 e	 negociar	 com	 credores	 plano	 de	 recuperação	 extrajudicial.
Todavia,	o	devedor	não	poderá	requerer	a	homologação	de	plano	extrajudicial,
se	 estiver	 pendente	 pedido	 de	 recuperação	 judicial	 ou	 se	 houver	 obtido
recuperação	 judicial	 ou	 homologação	 de	 outro	 plano	 de	 recuperação
extrajudicial	 há	 menos	 de	 2	 (dois)	 anos.	 Além	 disso,	 o	 devedor	 poderá
requerer	 a	 homologação	 em	 juízo	 do	 plano	 de	 recuperação	 extrajudicial,
juntando	 sua	 justificativa	 e	 o	 documento	 que	 contenha	 seus	 termos	 e
condições,	com	as	assinaturas	dos	respectivos	credores	que	a	ele	aderiram.
Vale	 ressaltar	 que	 a	 homologação	 do	 plano	 de	 recuperação	 extrajudicial
depende	 da	 juntada,	 por	 parte	 do	 devedor:	 i)	 da	 exposição	 da	 situação
patrimonial	 do	 devedor;	 ii)	 das	 demonstrações	 contábeis	 relativas	 ao	 último
exercício	social	e	as	levantadas	especialmente	para	instruir	o	pedido;	e	iii)	dos
documentos	 que	 comprovem	 os	 poderes	 dos	 subscritores	 para	 novar	 ou
transigir,	 relação	 nominal	 completa	 dos	 credores,	 com	 a	 indicação	 do
endereço	 de	 cada	 um,	 a	 natureza,	 a	 classificação	 e	 o	 valor	 atualizado	 do
crédito,	discriminando	sua	origem,	o	 regime	dos	 respectivos	vencimentos	e	a
indicação	dos	registros	contábeis	de	cada	transação	pendente.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(BNDES	 –	 Advocacia	 –	 2010)	 Uma	 empresa	 propôs	 aos	 seus	 credores
recuperação	 extrajudicial	 em	 15	 de	 janeiro	 de	 2014,	 solicitando	 a
homologação	 judicial	 2	 (dois)	 meses	 depois,	 com	 a	 assinatura	 de	 2/3	 (dois
terços)	das	dívidas	com	credores	trabalhistas	e	3/5	(três	quintos)	das	dívidas
com	 credores	 quirografários.	 Esse	 pedido	 foi	 acompanhado	 do	 respectivo
plano	de	 recuperação,	 nos	mesmos	moldes	 do	 que	 havia	 sido	 concedido	 em
dezembro	 de	 2012	 pelo	mesmo	 Juízo.	O	 procedimento	 adotado	 pela	 empresa
teve	 como	 principal	 finalidade	 afastar	 qualquer	 possibilidade	 de	 pedido	 de
falência,	bem	como	priorizar	o	recebimento	dos	créditos	que	estavam	vencidos
em	detrimento	 dos	 vincendos,	 caso	 afalência	 fosse	 decretada.	 Considerando
esses	dados,	emita	sua	opinião	legal,	de	maneira	fundamentada,	com	base	no
pedido	formulado	pela	empresa,	à	luz	do	ordenamento	jurídico	em	vigor.
	
.
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(MPT	–	Procurador	do	Trabalho	–	2008)	A	respeito	da	recuperação	extrajudicial
assinale	a	alternativa	CORRETA:
	
a)	 	 	 	 os	 credores	 trabalhistas,	 tributários,	 titulares	 de	 posição	 de
proprietário	 fiduciário	 de	 bens	 móveis	 ou	 imóveis,	 de	 arrendador
mercantil,	 de	 proprietário	 ou	 promitente	 vendedor	 de	 imóveis	 cujos
respectivos	 contratos	 contenham	 cláusula	 de	 irrevogabilidade	 ou
irretratabilidade,	e	de	proprietário	em	contrato	de	venda	com	 reserva
de	 domínio	 e	 o	 credor	 decorrente	 de	 adiantamento	 de	 contrato	 de
câmbio	 para	 exportação,	 não	 serão	 atingidos	 pelo	 plano	 de
recuperação	extrajudicial;
b)	 	 	 	 para	 simplesmente	 procurar	 seus	 credores	 e	 tentar	 encontrar,
junto	 com	 eles,	 uma	 saída	 negociada	 para	 a	 crise,	 o	 empresário	 ou
sociedade	 empresária	 precisará	 atender	 aos	 requisitos	 da	 Lei	 para	 a
recuperação	extrajudicial;
c)				não	haverá	qualquer	requisito	a	ser	preenchido	pelo	empresário	e
a	 sociedade	 empresária	 para	 requerer	 a	 homologação	 do	 acordo	 de
recuperação	extrajudicial;
d)	 	 	 	 a	 desistência	 da	 adesão	 ao	 plano	 por	 parte	 do	 credor	 poderá
ocorrer	 a	 qualquer	 momento,	 independentemente	 da	 distribuição	 do
pedido	de	homologação;
Plano	de	Aula:	Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
12
Tema
Recuperação	Judicial:	Conceito,	Pressupostos,	Pedido	e	Processamento.
Objetivos
-	 Conhecer	 a	 recuperação	 Judicial:	 Conceito.	 Pressupostos.	 Do	 pedido.
Processamento.
-	 Identificar	 as	 consequências	 do	 Despacho	 de	 Deferimento	 de
Processamento:	Efeitos.	Recursos.
-	Conhecer	o	Plano	Especial	da	Microempresa	e	Empresa	de	Pequeno	Porte,	o
conceito	e	características;
-	Identificar	os	casos	de	convolação	da	recuperação	judicial	em	falência	e	seu
processamento;
Estrutura	do	Conteúdo
O	 instituto	da	Recuperação	 Judicial	está	disciplinado	na	Lei	n°	11.101/2005,	a
partir	 do	 artigo	 47,	 e	 pode	 ser	 entendido	 como	 o	 processo	 que	 tem	 por
objetivo	 viabilizar	 a	 superação	 da	 situação	 de	 crise	 econômico-financeira	 do
devedor,	a	fim	de	permitir	a	manutenção	da	fonte	produtora,	do	emprego	dos
trabalhadores	 e	 dos	 interesses	 dos	 credores,	 promovendo,	 assim,	 a
preservação	da	empresa,	sua	função	social	e	o	estímulo	à	atividade	econômica.
Posteriormente,	em	seu	artigo	48,	a	 referida	Lei	prevê	os	 impedimentos	para
requerer	 recuperação	 judicial.	 Além	disso,	 há	 a	 previsão	 dos	 possíveis	meios
de	 recuperação	 judicial	 que	 podem	 ser	 adotados	 pelos	 devedores	 que
optarem	 pela	 recuperação	 judicial.	 Vale	 ressaltar	 que	 se	 trata	 de	 um	 rol
exemplificativo,	 e	 traz	 alguns	meios	 de	 recuperação,	 tais	 como,	 a	 concessão
de	prazos	e	condições	especiais	para	pagamento	das	obrigações	vencidas	ou
vincendas;	 a	 alteração	 do	 controle	 societário;	 a	 substituição	 total	 ou	 parcial
dos	 administradores	 do	 devedor	 ou	 modificação	 de	 seus	 órgãos
administrativos;	a	concessão	aos	credores	de	direito	de	eleição	em	separado
de	 administradores	 e	 de	 poder	 de	 veto	 em	 relação	 às	matérias	 que	 o	 plano
especificar;	o	aumento	de	capital	social,	dentre	outros.	Os	artigos	posteriores
trazem	 as	 disposições	 sobre	 o	 Pedido	 e	 o	 processamento	 da	 recuperação
judicial,	 sendo	que	o	 artigo	51	elenca	os	 documentos	que	deverão	 instruir	 a
petição	 inicial,	 e	 os	 artigos	 55	 a	 69	 descrevem	 o	 procedimento	 da
Recuperação	Judicial.
Importante	 mencionar	 que	 a	 Lei	 nº	 11.101/2005	 também	 disciplina	 o	 Plano
Especial	 de	 Recuperação	 Judicial	 que	 poderá	 ser	 apresentado	 pelas
microempresas	 e	 empresas	 de	 pequeno	 porte,	 e	 que	 prevê,	 dentre	 outras
coisas,	 o	 parcelamento	 em	 até	 36	 (trinta	 e	 seis)	 parcelas	mensais,	 iguais	 e
sucessivas,	 acrescidas	 de	 juros	 equivalentes	 à	 taxa	 SELIC,	 podendo	 conter
ainda	a	proposta	de	abatimento	do	valor	das	dívidas,	além	do	pagamento	da
1a	 (primeira)	parcela	no	prazo	máximo	de	180	(cento	e	oitenta)	dias,	contado
da	distribuição	do	pedido	de	recuperação	judicial;
	
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(TJRJ	–	Juiz	-	2013)	Determinada	empresa	ingressa	com	pedido	de	recuperação
judicial	 perante	 uma	 das	 Varas	 Empresarias	 do	 Tribunal	 de	 Justiça	 do	 Rio	 de
Janeiro,	tendo	o	juiz	deferido	seu	processamento.
	
a)	Discorra	sobre	a	possibilidade,	ou	não,	da	prorrogação	do	prazo	de	180	dias
previsto	no	art.	6º,	parágrafo	4º	da	Lei	nº	11.101/2005.
	
b)	 Responda,	 de	 forma	 fundamentada,	 se	 o	 crédito	 decorrente	 de
adiantamento	de	
contrato	de	câmbio	se	sujeita	à	recuperação	judicial.
	
	
QUESTÕES	OBJETIVAS:
	
1.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (TJDFT	 –	 Juiz	Substituto/2005)	Assinale	a	alternativa	 incorreta.	Nos
termos	 da	 Lei	 nº	 11.101/2005,	 na	 hipótese	 de	 recuperação	 judicial,	 pode-se
afirmar	que:
	
a)		 	 	não	tem	legitimidade	para	obter	o	benefício	quem	já	o	obteve	há
menos	de	5anos;
b)				se	o	sócio	controlador	tiver	sido	condenado	por	crime	falimentar.
c)				pode	ser	requerida	pelos	herdeiros	do	devedor.
d)	 	 	 	 que	 são	 legitimados	 para	 o	 pedido	 apenas	 as	 sociedades
empresárias	e	não	o	empresário	individual.
	
2.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (FCC	 –	 TRT	 6ª	 Região/PE	 –	 Juiz	 do	 Trabalho	 –	 2013)	 O	 plano	 de
recuperação	 judicial	poderá	prever,	observada	a	 legislação	pertinente	a	cada
caso,	dentre	outros	meios	de	recuperação,
	
a)				a	ineficácia	dos	contratos	de	alienação	fiduciária.
b)		 	 	a	alienação	de	bem	objeto	de	garantia	real,	com	a	supressão	da
garantia,	 independente	 de	 aprovação	 expressa	 do	 credor	 titular	 da
respectiva	garantia.
c)	 	 	 	 nos	 créditos	 em	moeda	 estrangeira,	 o	 afastamento	 da	 variação
cambial,	 independentemente	 de	 aprovação	 expressa	 do	 credor	 titular
do	respectivo	crédito.
d)	 	 	 	 a	 redução	 salarial	 e	 a	 redução	 da	 jornada,	mediante	 acordo	 ou
convenção	coletiva
e)				o	parcelamento	dos	créditos	tributários	no	prazo	máximo	de	quinze
anos.
Plano	de	Aula:	Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
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Título
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
13
Tema
Falência:	Conceito,	Princípios,	Objetivos,	Legitimidade	e	Pressupostos.
Objetivos
-	 Identificar	 o	 conceito	 de	 falência,	 os	 princípios,	 objetivos,	 pressupostos	 e
legitimidade;
-	 Verificar	 as	 causas	 de	 insolvência,	 a	 impontualidade,	 execução	 individual
frustrada	e	os	atos	de	falência;
-	Conhecer	as	defesas	pré	falimentares;
-	Conhecer	o	depósito	elisivo,	bem	como	as	causas	impeditivas	da	falência.
Estrutura	do	Conteúdo
O	 processo	 de	 Falência	 está	 disciplinado	 na	 Lei	 n°	 11.101/2005,	 a	 partir	 do
artigo	75,	e	prevê	que	tal	instituto,	ao	promover	o	afastamento	do	devedor	de
suas	 atividades,	 visa	 a	 preservar	 e	 otimizar	 a	 utilização	 produtiva	 dos	 bens,
ativos	 e	 recursos	 produtivos,	 inclusive	 os	 intangíveis,	 da	 empresa.	 Cumpre
ressaltar	que	a	Falência	atenderá	aos	princípios	da	celeridade	e	da	economia
processual.	 Nesse	 contexto,	 a	 falência	 pode	 ser	 compreendida	 como	 o
processo	 de	 execução	 coletiva	 contra	 o	 devedor	 empresário	 em	 crise
econômico-financeira.
	
Uma	 vez	 confirmado	 o	 estado	 falimentar	 do	 devedor,	 a	 falência	 pode	 ser
decretada	por	três	caminhos	procedimentais,	quais	sejam,	a	falência	litigiosa,
a	falência	voluntária	e	a	falência	incidental.
	
A	 falência	 litigiosa,	 caracterizada	 pela	 possibilidade	 de	 contraditório,	 será
ensejada	 por	 três	 situações	 distintas:	 i)	 por	 impontualidade,	 conforme	 artigo
94,	 I	da	Lei	nº	11.101/2005;	 ii)	por	execução	 frustrada,	 conforme	artigo	94,	 II
da	Lei	nº	11.101/2005;	e	iii)	por	atos	de	falência,	conforme	artigo	94,	III.
	
A	 Falência	 voluntária	 é	 aquela	 requerida	 pelo	 próprio	 devedor,	 conforme
preconiza	 o	 artigo	 105	 da	 Lei	 nº	 11.101/2005,	 e	 que	 também	 é	 conhecida
como	 autofalência.	 Nesse	 caso,	 a	 lei	 determina	 que	 o	 devedor	 em	 crise
econômico-financeira	que	 considere	não	atender	 aos	 requisitos	para	pleitear
sua	recuperação	judicial,	deve	requerer	falência.
	
Já	 a	 Falência	 incidental	 decorre	 da	 convolação	 de	 recuperação	 judicial	 em
falência,	 e	 recebe	 essa	 classificação	 de	 incidental	 porque	 é	 proveniente	 de
algum	 incidente	 ocorrido	 no	 processo	 de	 recuperação	 judicial,	 conforme
determina	 o	 artigo	 73	 da	 Lei	 nº	 11.101/2005.	 Tal	 convolação	 ocorrerá	 nas
seguintes	 hipóteses:	 i)	 por	 deliberação	 da	 assembléia-geral	 de	 credores;	 ii)
pela	 não	 apresentação,	 pelo	 devedor,	 do	 plano	 de	 recuperação	 no	 prazo
previsto	em	Lei;	iii)	quando	houver	sido	rejeitado	o	plano	de	recuperação;	e	iv)
por	 descumprimento	 de	 qualquer	 obrigação	 assumida	 no	 plano	 de
recuperação	judicial	apresentado	pelo	devedor.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(OAB	 –	 XI	 Exame	 de	 Ordem	 –	 Prático	 Profissional	 –	 2013)	 José,	 empresário
individual	que	teve	sua	falência	decretada	em	20.10.2011,	vendeu	um	sítio	de
sua	 propriedade	 para	 Antônio,	 em	 agosto	 de	 2011.	 Antônio	 prenotou	 a
escritura	 de	 compra	 e	 venda	 do	 sítio	 em	 18.10.2011,	 mas	 o	 registro	 da
transferência	imobiliária	só	foi	efetuado	em	05.11.2011,	15	(quinze)	dias	após
a	decretação	da	falência.	Isto	posto,	responda	aos	itens	a	seguir.
	
A)	É	válida	e	eficaz	a	compra	e	venda	acima	referida?
	
B)	A	referida	compra	e	venda	poderia	eventualmente	vir	a	ser	revogada?
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
1.												(TJDFT	–	Juiz	Substituto/DF	–	2007)	Assinale	a	assertiva	correta:
	
	
a)		 	 	A	falência	cessa	os	efeitos	do	mandato,	cabendo	ao	mandatário,
de	imediato,	prestar	contas	de	sua	gestão	ao	juízo	falimentar.
b)	 	 	 	 Os	 juros	 bancários	 posteriores	 à	 decretação	 da	 falência,
debitados	da	conta	do	falido,	devem	ser	creditados	de	novo,	a	não	ser
que	 o	 banco	 depositário	 desconhecesse	 a	 falência	 de	 seu	 cliente
quando	apurou	o	lançamento.
c)	 	 	 	 O	 credor	 de	 coobrigados	 solidários	 cujas	 falências	 sejam
decretadas	 tem	 o	 direito	 de	 concorrer	 em	 apenas	 uma	 delas,	 pela
totalidade	de	seu	crédito.
d)	 	 	 	A	decretação	da	 falência	não	suspende	o	exercício	do	direito	de
retenção	sobre	os	bens	sujeitos	à	arrecadação.
	
2.	 (VUNESP	 –	 Procurador	 do	 Município/Ribeirão	 Preto-SP	 –	 2007)	 O	 prazo	 de
contestação	na	ação	de	falência	será	de:
	
a)				24	horas
b)				48	horas
c)				5	dias
d)				10	dias
e)				15	dias
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Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
14
Tema
Sentença	no	processo	de	falência:	natureza	jurídica,	elementos	constitutivos,
efeitos	e	recursos.
Objetivos
-	Conhecer	a	sentença	denegatória	da	falência,	natureza	jurídica	e	recurso;
-	 Identificar	 a	 sentença	 de	 decretação	 da	 falência,	 a	 natureza	 jurídica	 e
recurso;
-	Identificar	os	elementos	constitutivos	da	sentença	de	decretação	da	falência.
-	Identificar	e	analisar	os	efeitos	da	sentença	de	decretação	da	falência
Estrutura	do	Conteúdo
A	sentença	que	decreta	a	falência	do	devedor	está	prevista	no	artigo	99	na	Lei
n°	11.101/2005,	que	prevê	que	tal	decisão:		 i)	conterá	a	síntese	do	pedido,	a
identificação	 do	 falido	 e	 os	 nomes	 dos	 que	 forem	 a	 esse	 tempo	 seus
administradores;	 ii)	fixará	o	termo	legal	da	falência,	sem	poder	retrotraí-lo	por
mais	 de	 90	 (noventa)	 dias	 contados	 do	 pedido	 de	 falência,	 do	 pedido	 de
recuperação	 judicial	 ou	 do	 1o	 (primeiro)	 protesto	 por	 falta	 de	 pagamento,
excluindo-se,	para	esta	 finalidade,	os	protestos	que	tenham	sido	cancelados;
iii)	 ordenará	 ao	 falido	 que	 apresente,	 no	 prazo	 máximo	 de	 5	 (cinco)	 dias,
relação	 nominal	 dos	 credores,	 indicando	 endereço,	 importância,	 natureza	 e
classificação	dos	respectivos	créditos,	se	esta	já	não	se	encontrar	nos	autos,
sob	 pena	 de	 desobediência;	 iv)	 explicitará	 o	 prazo	 para	 as	 habilitações	 de
crédito;	 v)	 ordenará	 a	 suspensão	 de	 todas	 as	 ações	 ou	 execuções	 contra	 o
falido;	 vi)	 proibirá	 a	 prática	 de	 qualquer	 ato	 de	 disposição	 ou	 oneração	 de
bens	 do	 falido,	 submetendo-os	 preliminarmente	 à	 autorização	 judicial	 e	 do
Comitê	de	Credores,	se	houver,	ressalvados	os	bens	cuja	venda	faça	parte	das
atividades	 normais	 do	 devedor	 se	 autorizada	 a	 continuação	 provisória;	 vii)
determinará	 as	 diligências	 necessárias	 para	 salvaguardar	 os	 interesses	 das
partes	envolvidas,	podendo	ordenar	a	prisão	preventiva	do	 falido	ou	de	 seus
administradores	quando	 requerida	 com	 fundamento	 em	provas	da	prática	de
crime	 definido	 nesta	 Lei;	 viii)	 ordenará	 ao	 Registro	 Público	 de	 Empresas	 que
proceda	 à	 anotação	 da	 falência	 no	 registro	 do	 devedor,	 para	 queconste	 a
expressão	 "Falido",	 a	 data	 da	 decretação	 da	 falência	 e	 a	 inabilitação
empresarial	do	falido;	ix)	nomeará	o	administrador	judicial,	que	desempenhará
suas	 funções	de	acordo	com	Lei	nº	11.101/2005;	x)	determinará	a	expedição
de	 ofícios	 aos	 órgãos	 e	 repartições	 públicas	 e	 outras	 entidades	 para	 que
informem	 a	 existência	 de	 bens	 e	 direitos	 do	 falido;	 xi)	 pronunciar-se-á	 a
respeito	 da	 continuação	 provisória	 das	 atividades	 do	 falido	 com	 o
administrador	 judicial	 ou	 da	 lacração	 dos	 estabelecimentos;	 xii)	 determinará,
quando	entender	conveniente,	a	convocação	da	assembléia-geral	de	credores
para	 a	 constituição	 de	 Comitê	 de	 Credores,	 podendo	 ainda	 autorizar	 a
manutenção	 do	 Comitê	 eventualmente	 em	 funcionamento	 na	 recuperação
judicial	 quando	 da	 decretação	 da	 falência;	 xiii)	 ordenará	 a	 intimação	 do
Ministério	Público	e	a	comunicação	por	carta	às	Fazendas	Públicas	Federal	e	de
todos	os	Estados	e	Municípios	em	que	o	devedor	 tiver	estabelecimento,	para
que	tomem	conhecimento	da	falência.
	
Vale	 ressaltar	 que	 da	 decisão	 que	 decreta	 a	 falência	 cabe	 agravo,	 e	 da
sentença	que	julga	a	improcedência	do	pedido	cabe	apelação.	Isso	porque,	a
decisão	 que	 decreta	 a	 falência	 tem	 natureza	 de	 decisão	 interlocutória,	 haja
vista	 que	 o	 processo	 continuará	 tramitando	 até	 o	 encerramento	 da	 falência.
No	caso	da	decisão	que	 julga	 improcedente	o	pedido	de	falência,	 trata-se	de
uma	decisão	de	natureza	terminativa,	culminando	com	a	extinção	do	processo,
razão	 pela	 qual	 o	 recurso	 cabível	 nesse	 tipo	 de	 decisão	 é	 o	 recurso	 de
apelação.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(FGV	 –	 OAB	 -	 XV	 Exame	 de	 Ordem	 Unificado	 –	 2014	 -	 Adaptada)	 João	 Lima
Artigos	 Esportivos	 Ltda.	 celebrou	 contrato	 de	 locação	 de	 imóvel	 comercial,
localizado	 na	 Galeria	 Madureira,	 para	 a	 instalação	 do	 estabelecimento
comercial	 da	 sociedade.	 Atingida	 por	 forte	 crise	 setorial,	 a	 sociedade
acumulou	 dívidas	 vultosas	 e	 não	 conseguiu	 honrá-las.	 Com	 a	 decretação	 da
falência,	 como	 ficaria	 a	 situação	do	 contrato	de	 locação	 comercial	 celebrado
pelo	locatário?
	
.
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
(OAB/MG	–	2007)	São	efeitos	da	sentença	declaratória	da	falência,	exceto:
	
a)	 	 	 	a	perda	da	administração	dos	bens	do	 falido,	que	passam	a	ser
guardados	 e	 conservados	 pelo	 administrador	 judicial	 nomeado	 pelo
juiz.
b)				a	sujeição	dos	credores	ao	concurso	universal	da	falência.
c)				o	encerramento	dos	contratos	bilaterais	do	falido.
d)				o	encerramento	das	contas	correntes	do	falido.
Plano	de	Aula:	Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
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Título
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência	(Cont)
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Número	de	Semana	de	Aula
15
Tema
Ações	Incidentais;	Liquidação	do	Ativo	e	Pagamento	do	Passivo;	Encerramento
da	Falência;	e	Crimes	Falimentares.
Objetivos
-	 Identificar	 a	 liquidação	 do	 ativo	 na	 Falência,	 bem	 como	 as	 formas	 de
liquidação;
-	Conhecer	o	pagamento	do	passivo	na	falência	e	as	restituições.
-	Conhecer	o	encerramento	da	Falência;
-	Identificar	as	formas	de	extinção	das	obrigações;
Estrutura	do	Conteúdo
Dentre	 as	 ações	 incidentais	 previstas	 na	 Lei	 nº	 11.101/2005,	 está	 a	 ação
revocatória	 que	 pode	 ser	 proposta	 para	 revogar	 os	 atos	 praticados	 com	 a
intenção	 de	 prejudicar	 credores,	 provando-se	 o	 conluio	 fraudulento	 entre	 o
devedor	 e	 o	 terceiro	 que	 com	 ele	 contratar	 e	 o	 efetivo	 prejuízo	 sofrido	 pela
massa	 falida.	 Tal	 ação	 deve	 ser	 proposta	 pelo	 administrador	 judicial,	 por
qualquer	credor	ou	pelo	Ministério	Público	no	prazo	de	3	 (três)	anos	contado
da	 decretação	 da	 falência,	 e	 pode	 ser	 promovida	 contra	 todos	 os	 que
figuraram	 no	 ato	 ou	 que	 por	 efeito	 dele	 foram	 pagos,	 garantidos	 ou
beneficiados,	bem	como	seus	herdeiros;	e		contra	os	terceiros	adquirentes,	se
tiveram	 conhecimento,	 ao	 se	 criar	 o	 direito,	 da	 intenção	 do	 devedor	 de
prejudicar	os	credores.	Vale	salientar	que	a	sentença	que	julgar	procedente	a
ação	revocatória	determinará	o	retorno	dos	bens	à	massa	 falida	em	espécie,
com	 todos	 os	 acessórios,	 ou	 o	 valor	 de	 mercado,	 acrescidos	 das	 perdas	 e
danos.
	
Além	disso,	a	Lei	nº	11.101/2005	determina	que	logo	após	a	arrecadação	dos
bens,	com	a	juntada	do	respectivo	auto	ao	processo	de	falência,	será	iniciada
a	 realização	 do	 ativo.	 Tal	 alienação	 dos	 bens	 deverá	 ser	 realizada,
preferencialmente	na	seguinte	ordem:	 i)	 alienação	da	empresa,	 com	a	venda
de	seus	estabelecimentos	em	bloco;	ii)	alienação	da	empresa,	com	a	venda	de
suas	 filiais	 ou	 unidades	 produtivas	 isoladamente;	 iii)	 alienação	 em	 bloco	 dos
bens	que	integram	cada	um	dos	estabelecimentos	do	devedor;	e	iv)	alienação
dos	bens	individualmente	considerados.
	
No	 que	 se	 refere	 ao	 pagamento	 do	 passivo,	 a	 lei	 determina	 que	 após	 a
realização	 das	 restituições,	 o	 pagamento	 dos	 créditos	 extraconcursais,	 e	 a
consolidação	 do	 quadro-geral	 de	 credores,	 as	 importâncias	 recebidas	 com	 a
realização	do	ativo	serão	destinadas	ao	pagamento	dos	credores,	atendendo
à	classificação	dos	créditos	prevista	na	Lei	nº11.101/2005.
	
Nos	 artigos	 154	 a	 160,	 a	 Lei	 nº	 11.101/2005	 traz	 as	 disposições	 sobre	 o
encerramento	da	falência	e	a	extinção	das	obrigações	do	falido,	e	a	partir	do
artigo	168	a	referida	lei	disciplina	os	crimes	falimentares.
Aplicação	Prática	Teórica
CASO	CONCRETO:
	
(FGV	 –	OAB	 -	XIII	 Exame	de	Ordem	Unificado	 –	2014	 -	Adaptada)	A	assembleia
geral	 de	 credores	 da	 sociedade	 falida	 “Concessionária	 de	 Veículos	 Pereira
Ltda.”	 aprovou,	 com	 o	 voto	 favorável	 de	 credores	 que	 representam	 3/4	 (três
quartos)	 dos	 créditos	 presentes	 à	 assembleia,	 a	 constituição	 de	 sociedade
formada	 pelos	 empregados	 do	 próprio	 devedor.	 Sobre	 esta	 modalidade	 de
realização	do	ativo,	determinado	credor	que	votou	contrariamente,	questiona
sobre	 a	 legalidade	 desse	 procedimento.	 Responda	 ao	 questionamento	 do
credor,	fundamentando	sua	resposta.
	
.
	
QUESTÃO	OBJETIVA:
	
1.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	(OAB/MG	–	2008)	Na	falência,	o	crédito	trabalhista	habilitado	conta
com	 posição	 de	 destaque	 na	 hierarquia	 da	 classificação	 dos	 credores	 até	 o
valor	 de	 150	 salários	mínimos.	 Em	 relação	 ao	 credor	 trabalhista	 cujo	 crédito
superar	esse	limite,	é	verdade	afirmar:
	
a)				os	saldos	excedentes	do	seu	crédito	serão	incluídos	na	classe	dos
créditos	quirografários.
b)				os	saldos	excedentes	do	seu	crédito	serão	incluídos	na	classe	dos
créditos	subordinados.
c)				os	saldos	excedentes	do	seu	crédito	serão	incluídos	na	classe	dos
créditos	com	privilégio	especial.
d)				os	saldos	excedentes	do	seu	crédito	não	poderão	ser	reclamados
na	falência.
	
	
	
2.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (OAB/MG	 –	 2008)	 A	 preferência	 do	 crédito	 com	 garantia	 real	 na
falência:
	
a)				é	limitada	a	150	(cento	e	cinquenta)	salários	mínimos.
b)				é	limitada	a	ao	valor	do	bem	gravado.
c)				é	limitada	a	50%	da	avaliação	dos	bens	arrecadados.
d)				é	ilimitada.
Plano	de	Aula:	Revisão	do	Conteúdo	Programático
DIREITO	EMPRESARIAL	APLICADO	II	-
CCJ0134
Título
Revisão	do	Conteúdo	Programático
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
16
Tema
Revisão	do	Conteúdo	Programático:	Títulos	de	crédito,	Atos	Cambiais,
Recuperação	Judicial,	Extrajudicial	e	Falência.	
Objetivos
Rever	os	pontos	abordados	da	disciplina	Direito	Empresarial	Aplicado	II.
Fortalecer	e	solidificar	o	conhecimento	de	direito	empresarial,	especificamente
no	 que	 se	 refere	 aos	 títulos	 de	 crédito,	 contratos	 empresariais	 e	 direito
falimentar.
Estrutura	do	Conteúdo
UNIDADE	I
1.	 Teoria	Geral	dos	Títulos	de	Crédito
1.1.								Evolução	histórica;	
1.2.								Conceito	e	função	do	crédito	e	dos	títulos	de	crédito.
1.3.								Princípios	do	direito	cambiário:

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