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Aula 07
Medicina Legal p/ PC-MA (Delegado) Com videoaulas - Pós-Edital
Professor: Alexandre Herculano
 Medicina Legal ʹ Delegado - PCMA 
Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 07 
 
 
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Aula 07: Conceitos de identidade, de identificação e de 
reconhecimento. Principais métodos de identificação. (parte I) 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Introdução 1 
3. Identidade policial e judiciária 12 
4. Identidade e identificação 28 
5. Questões propostas 48 
6. Questões comentadas 63 
7. Gabarito 100 
 
Olá, pessoal! 
 
Neste encontro vou abordar Antropologia Forense: Identidade e 
Identificação: Conceitos; Identificação Humana e Perícias 
Biométricas (parte I). Separei em duas partes, pois o examinador 
deixou este tópico "muito aberto". 
 
Introdução 
 
Em 1870 fundou o primeiro laboratório de identificação criminal 
baseada nas medidas do corpo humano, criando a antropometria judicial, 
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Teoria e Exercícios 
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conhecida como "Sistema Bertillon", um sistema de identificação adotado 
rapidamente em toda a Europa e os Estados Unidos, e utilizado até 1970. 
Oficial de polícia francês nascido em Paris, conhecido como o criador 
da moderna Polícia Técnica, criando métodos, processos e noções 
utilizados para facilitar o inquérito judiciário, especialmente quando a 
serviço da Chefatura de Polícia de Paris, criou um método de identificação 
de criminosos por impressões digitais, denominado de antropometria 
(1882). Autor de vários trabalhos científicos capazes de eliminar a 
probabilidade de erros na solução dos problemas judiciários. Suas 
descobertas constituem a primeira etapa no caminho do progresso da 
Polícia Técnica. Entrou para a Prefeitura da Polícia de Paris (1880). 
Inicialmente encarregado de copiar relatórios e as cartas dos agentes 
secretos, cargo considerado de absoluta confiança, depois passou a 
trabalhar como assistente do laboratório fotográfico, onde percebeu a 
dificuldade da Polícia em identificar e reconhecer criminosos. Inventou o 
assinalamento antropométrico e a fotografia judiciária, adotados pela 
administração policial com grande sucesso, iniciando sua celebridade 
internacional como perito do mundo policial. Lançou em Paris (1879) um 
sistema de identificação humana que consistia na medição das diferentes 
partes do corpo. O sistema era uma ampliação de diversos princípios de 
antropologia aplicados aos criminosos e posteriormente passou a ser 
chamado de Bertillonage (1882) em homenagem ao seu criador. Baseado 
nos princípios de Quetelet, que as regras matemáticas presidiam à 
repartição das formas e à distribuição das dimensões da natureza, ele 
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teve a inspiração de considerar algumas medidas antropométricas para o 
estabelecimento e verificação da identidade. Seu sistema foi 
definitivamente consagrado com todas suas razões científicas, no primeiro 
Congresso Internacional de Antropologia Criminal realizado em Roma 
(1885), e a denominação Bertillonage foi aprovada pelos participantes. 
Segundo o França, a identificação judiciária ou policial independe de 
conhecimentos médicos, e sua fundamentação reside, sobretudo, no uso 
de dados antropométricos e antropológicos para a identidade civil 
e caracterização dos criminosos, quer primários, quer reincidentes. 
Esse processo é efetuado por peritos em identificação. 
Estudiosos mencionam que, em processos antigos, as leis 
prescreviam medidas de extremo rigor, bárbaras e cruéis, para o 
assinalamento dos malfeitores, sobretudo reincidentes, como símbolos, 
letras, flor de lis, marcas na fronte ou em outras áreas por ferro 
incandescente, mutilações das orelhas e nariz, ablação da língua, avulsão 
dos dentes etc. 
Originária da mais remota antiguidade, essa forma desumana de 
identificação prolongou-se até o início da Idade Contemporânea, quando o 
filósofo e jurista inglês Benjamin Bentham, movido por sentimento de 
respeito à dignidade humana, sugeriu o emprego da tatuagem (sistema 
dermográfico de Bentham) para identificação de criminosos primários e 
reincidentes e de todas as pessoas, indistintamente. 
Mais tarde, Icard preconizou a injeção de parafina em regiões 
encobertas do corpo, geradora de tumor facilmente perceptível, do qual 
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sempre resultaria cicatriz reveladora se extirpado cirurgicamente. O 
processo de Icard não teve acolhida na prática. Posteriormente, utilizou-
se o assinalamento sucinto ou sumário pelo emprego de expressões 
falhas, imprecisas e subjetivas como moço, velho, gordo, magro, alto, 
baixo, em arremedo grotesco de identificação judiciária. 
A descoberta da fotografia, que tanta euforia causou inicialmente 
nos meios policiais, pois pensou-se bastar fotografar os criminosos para 
que fossem facilmente reconhecidos, tornou-se de uso precário e de 
préstimos invalidados para a identificação, por ser passível de retoques, 
dificuldades para sua classificação etc. Com o surgimento, no entanto, em 
1882, em Paris, do método antropométrico de Bertillon, conferindo à 
identidade judiciária a sua mais estável base científica, a fotografia 
passou a ser aceita como meio subsidiário. 
Atualmente, os processos infamantes, que tinham por objetivo punir 
e identificar, e a bertilonagem deram vez a outros métodos mais 
seguros, de fácil aplicação e absoluta eficiência, que não maculam os 
direitos humanos. É a datiloscopia, estudo das impressões digitais, de 
técnica extremamente eficaz para a descoberta e identificação de 
criminosos, que não requer conhecimentos de Medicina e que a 
jurisprudência de todo o mundo tem prestigiado. Com efeito, dentre todos 
os existentes, é a datiloscopia o método mais fácil, econômico e seguro 
de identificação utilizado pela polícia, pois as impressões digitais, por suas 
qualidades de perenidade, imutabilidade e variedade. E o seu emprego 
aumenta a cada dia, pois atualmente é necessária e imprescindível a 
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identificação de todas as pessoas para fim policial, militar, administrativo 
e político, já que o nome de batismo, a fotografia e o testemunho são 
apenas indícios e não prova segura de identidade. 
 
 
 
Bertilonagem 
 
Método de identificação criminal com base em dimensões e 
características individuais do identificado, como cor de cabelo e olhos e 
fotografias (frente e perfil). Essas informações eram registradas em 
cartões, que eram posteriormente arquivados e possibilitavam consulta 
posterior. 
A padronização trazida pelo sistema Bertillon no mundo civilizado 
significou que pela primeira vez na história qualquer pessoa uma vez 
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identificada e devidamente classificada poderia ser novamente 
identificada no futuro. 
Tem por base a antropometria, complementando-se pelo retrato 
falado, a fotografia sinalética e as impressões digitais. A antropometria 
preconiza as medidas dos diâmetros longitudinale transversal do crânio, 
o diâmetro bizigomático, o tamanho dos dedos médio e mínimo, o do 
antebraço e do pé do lado esquerdo do corpo, a altura da orelha direita, a 
cor da íris esquerda, a estatura, a envergadura e a altura do busto, tudo 
anotado em milímetros, além do assinalamento descritivo de todos os 
sinais profissionais e individuais, tatuagens, deformidades, malformações 
e cicatrizes encontradas. O assinalamento antropométrico de Bertillon 
refere-se: 
✓ à fixação definitiva da ossatura a partir dos 20 anos; 
✓ à variabilidade extrema dos esqueletos humanos entre si; 
✓ à relativa precisão e facilidade de tomada das medidas do 
esqueleto e de determinadas partes do corpo. 
 
Observa-se assim que a antropometria não se aplica aos menores 
de 20 anos, pois eles ainda têm a ossatura em desenvolvimento, 
excluindo peremptoriamente as crianças. As medidas exatas, passíveis de 
erro por fator pessoal, nos velhos e nas mulheres, são difíceis de ser 
tomadas. Por isso, Bertillon adotou tabela de tolerância. Ademais, o 
processo tem o inconveniente de requerer tempo e técnicos 
experimentados. 
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Então, pelas frequentes incorreções das medidas, naturais ou dos 
técnicos, de quem se exige precisão de conhecimentos e larga 
experiência, e por aparecimento de técnicas de emprego mais fácil em 
sua execução, que a suplantam, a bertilonagem cedeu lugar à 
dactiloscopia, passando a ter valor histórico. 
O sistema (antropométrico) de Bertillon consistia em 3 tipos de 
assinalamento: 
✓ Assinalamento descritivo ou retrato falado - O 
assinalamento descritivo ou retrato falado referia-se à descrição 
do identificado, considerando as notações cromáticas (cores), 
as notações morfológicas (formas) e os traços complementares 
(detalhes); 
 
✓ Assinalamento de marcas particulares - Anotação de 
marcas que só aquele indivíduo identificado possuía; 
 
✓ Assinalamento antropométrico - O assinalamento 
antropométrico referia-se à tomada de medidas de onze partes 
do corpo: 
• Diâmetro Anteroposterior da cabeça 
• Diâmetro transversal da cabeça 
• Comprimento da orelha direita 
• Diâmetro bizigomático 
• Comprimento do pé esquerdo 
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• Comprimento do dedo médio esquerdo 
• Comprimento do dedo mínimo esquerdo 
• Comprimento do antebraço esquerdo (do cotovelo à 
ponta do dedo 
• médio) 
• Envergadura dos braços 
• Estatura 
• Largura do tronco (busto) 
 
 Dificuldades do sistema Bertillon: 
✓ Aplicava-se somente aos adultos de 20 a 65 anos; 
✓ Dificuldade em aplicar-se o método às mulheres; 
✓ As mesmas medidas apresentavam variedade nos 
resultados, mesmo se extraídas da mesma pessoa 
por dois peritos diferentes ou duas vezes pelo 
mesmo perito; 
✓ Não havia correspondência direta dos termos para 
classificação nos vários países (cada país chamava 
uma característica com um nome diferente); 
✓ Dois indivíduos diferentes poderiam apresentar 
valores antropométricos iguais. 
 
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 Mesmo estando em desuso em todos os países do mundo, o sistema 
bertillon apresenta grande valor histórico pelo motivo de ter sido a base 
dos atuais processos científicos da identificação civil ou criminal. 
 
Retrato falado 
 
É obtido pela descrição analítica dos caracteres antropológicos, 
morfológicos e cromáticos da face, em assinalamento sucinto de frente e 
perfil direito da fronte, nariz e orelha, supercílios, cabelos, barba, bigode, 
rugas, tatuagens, cicatrizes, nevos, verrugas, pálpebras, órbitas, olhos e 
sua cor, tudo codificado em expressões convencionais: pequeno, médio e 
grande. É possível, assim, ao perito, atendo-se a uma descrição rigorosa 
do indivíduo, traçar-lhe o retrato falado a distância, até por computador. 
 
 
 
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Neste sistema, aproveitam-se minúcias, reveladas por pessoas de 
boa memória, que produzem detalhes mais importantes de uma 
fisionomia, emprestando-se maior destaque ao rosto. As testemunhas 
relatam uma série de pormenores até formar um fisionomia que, em 
certas ocasiões, coincide quase precisamente com o real. Estes 
pormenores são de ordem: 
 
✓ cromática (cor da íris, do cabelo e da pele); 
 
✓ morfológica (altura, inclinação e proeminência da fronte; 
forma, dimensão e particularidades do nariz; forma, 
separação e particularidades da orelha); 
 
✓ complementar (configuração do crânio, forma dos lábios e 
do queixo; configuração do cabelo e do penteado; destaque 
dos lábios, da barba, das sobrancelhas e bigodes). 
 
O retrato falado não é meio de prova; é tão somente um importante 
método auxiliar nas investigações policiais. Importa saber que, por não 
haver dois olhos absolutamente iguais e as orelhas guardarem sempre as 
mesmas características do nascimento até a morte, ambos os órgãos 
constituem valiosos elementos sinaléticos. 
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O retrato dessas pessoas procuradas pode ser feito por meios 
artísticos. Através do ident-kit e do photo-kit. O método artístico é feito 
por desenhistas que tentam produzir os aspectos físicos do procurado. 
 
Fotografia sinalética 
 
Preconizada por Bertillon, essa técnica resumia-se em fotografar de 
frente e de perfil o indivíduo, na redução fixa de 1/7. As fotografias 
obtidas dessa forma eram superpostas e comparadas em seus menores 
detalhes, como estatura da fonte, aspecto da fenda palpebral, diâmetro 
da boca e do nariz, altura do pavilhão auricular, entre outros. 
A comparação minuciosa dos elementos assim obtidos por 
superposição com outros elementos e o estudo de pormenores fixos, das 
partes ditas acima, contribuem para a identificação. 
 
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Vejamos o valor desse tipo de prova: 
“O reconhecimento fotográfico, levado a efeito na polícia, não é 
previsto em lei, sendo, pois, de nenhum ou escasso valor” (JTACrimSP, 
Ed. Lex, 61:265). 
Assim, é o reconhecimento fotográfico uma prova inanimada de 
valor relativo, e não absoluto, que pode e deve ser utilizada. O 
reconhecimento fotográfico, quando impreciso e duvidoso, feito de plano 
sem o necessário confronto com outras fotografias referentes a indivíduos 
diversos, algo parecidos, não pode ser tido como apto a lastrear um 
processo condenatório, pois a tal desiderato é mister certeza plena 
quanto à autoria do delito. Do mesmo modo, “a opinião comum dos 
autores rejeita a figura do reconhecimento em fotografia como meio 
exclusivo de prova no processo penal", nem se há de conferir validade ao 
reconhecimento fotográfico falho ou indeciso, realizado na Polícia e não 
ratificado em juízo. 
Todavia, quando estiver corroborado por outras provas diretas e 
circunstanciais, como a confissão extrajudicial do réu, pode legitimar o 
convencimento do julgador para condená-lo. 
 
Identidade policial e judiciáriaPessoal, para Federico Olóriz Aguilera “a identificação é o ato mais 
frequente e elementar da vida social”. Assim, são usados todos os nossos 
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sentidos, a visão, o olfato, a audição, o tato e o paladar, constantemente 
no processo de identificação, seja ele com pessoas ou coisas. Entretanto, 
quando nos deparamos com a necessidade específica de imputarmos uma 
responsabilidade a uma pessoa, e este é o objetivo da Polícia 
Científica, o termo “identificação” precisa ser diferenciado de 
“reconhecimento”. 
Não basta que as coisas sejam semelhantes ou parecidas, é 
obrigatório que sejam iguais ou idênticas. Uma testemunha reconhecerá 
um suspeito como semelhante ao que estava no local do crime, mas 
caberá à Polícia Científica o ônus da afirmativa de que aquela 
pessoa é idêntica ou não à que estava na cena do crime, a responsável 
pelo delito. 
Para este procedimento de identificação é fundamental que haja um 
método capaz de estabelecer uma relação unívoca entre os elementos em 
questão, criando um conjunto de caracteres próprios que possam 
diferenciar pessoas ou coisas entre si. Afinal, mais do que apenas 
reconhecer uma pessoa, é preciso individualizá-la, estabelecendo uma 
identidade. 
 
Características morfológicas de identificação 
 
O mais antigo de todos esses métodos é o “Nome”. Utilizado pelo 
homem para reconhecer seus semelhantes e as coisas que o circundam, e 
embora muitas vezes feita de forma leviana na cultura ocidental moderna, 
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era objeto de grandes preocupações no passado, por ser visto como um 
presságio. É o termo que identifica uma pessoa natural na vida em 
sociedade, bem como do ponto de vista jurídico, tem grande importância, 
pois é com ele que o indivíduo adquire bens, participa de associações, 
abre contas bancárias e tira documentos. 
Seguindo, conceitua-se identidade como o conjunto de 
caracteres que individualiza uma pessoa ou uma coisa, fazendo-a distinta 
das demais. Para Afrânio Peixoto, a identidade é o conjunto de sinais e 
propriedades que caracterizam um indivíduo entre todos, ou entre muitos, 
e o revelam em determinada circunstância, e que estes sinais são 
específicos e individuais, originários ou adquiridos. 
Arbenz ensinava que identidade é o conjunto de atributos que 
caracterizam alguma coisa ou alguma pessoa. E fazia diferença entre 
semelhança, igualdade e identidade, vejamos: 
✓ Semelhança como relação de qualidade; 
✓ Igualdade como relação de quantidade; 
✓ Identidade como a essência de uma coisa ser ela mesma. 
Assim, cabe ressaltar, aqui que temos duas formas de identidades, 
segundo estudiosos, a objetiva e a subjetiva, no primeiro caso, é 
aquela que nos permite afirmar tecnicamente que determinada pessoa é 
ela mesma por apresentar um elenco de elementos positivos e mais ou 
menos perenes que a faz distinta das demais. Já na subjetiva, é tida 
como a sensação que cada indivíduo tem de que foi, é e será ele mesmo, 
ou seja, a consciência da sua própria identidade, ou do seu “eu”. 
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Pessoal, os fundamentos biológicos ou técnicos que qualificam 
e que preenchem as condições para um método de identificação a ser 
considerado, são: 
✓ Unicidade – também chamado de individualidade, ou seja, 
que determinados elementos sejam específicos daquele 
indivíduo e diferente dos demais; 
✓ Imutabilidade – são características que não mudam e não se 
alteram ao longo do tempo; 
✓ Perenidade – consiste na capacidade de certos elementos 
resistirem à ação do tempo, e que permanecem durante 
toda a vida, e até após a morte, como exemplo o esqueleto; 
✓ Praticabilidade – um processo que não seja complexo, tanto 
na obtenção como no registro dos caracteres; 
✓ Classificabilidade - este requisito é muito importante, pois é 
necessário certa metodologia no arquivamento, assim como 
rapidez e facilidade na busca dos registros. 
 
Conforme já falei, o reconhecimento é diferente da 
identificação. Pois o primeiro significa apenas o ato de certificar-se, 
conhecer de novo, admitir como certo ou afirmar conhecer. Já a 
identificação é o conjunto de meios científicos ou técnicas específicas 
empregadas para que se obtenha uma identidade. É um procedimento 
médico-legal cuja finalidade é afirmar efetivamente por meio de 
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elementos antropológicos ou antropométricos que aquele indivíduo é ele 
mesmo e não o outro. 
Aqui, vamos estudar a identificação médico-legal. Neste processo 
de identificação, exigem-se não só conhecimentos e técnicas médico-
legais, como também entendimento de suas ciências acessórias, tal 
procedimento é sempre feito pelos legistas. 
Muito importante para a prova de vocês é o estudo dos tipos étnicos 
fundamentais, assim, Ottolenghi classifica esses em cinco tipos: 
✓ Tipo caucásico: pele branca ou trigueira; cabelos lisos ou 
crespos; louros ou castanhos; íris azuis ou castanhas; 
contorno crânio facial anterior ovoide ou ovoide-poligonal; 
perfil facial ortognata e ligeiramente ptognata; 
✓ Tipo mongólico: pele amarela; cabelos lisos; face achatada de 
diante para trás; fronte larga e baixa; espaço interorbital 
largo; maxilares pequenos e mento saliente; 
✓ Tipo negroide: pele negra; cabelos crespos, em tufos; crânio 
pequeno; perfil facial prognata; fronte alta e saliente; íriis 
castanhas; nariz pequeno, largo e achatado; perfil côncova e 
curto; narinas espessas e afastadas, visíveis de frente e 
circulares; 
✓ Tipo indiano: Não se afigura como um tipo racial definido. 
Estatura alta; pele amarelo-trigueira, tendente ao 
avermelhado; cabelos pretos, lisos, espessos e luzidios; íris 
castanhas; crânio mesocéfalo; supercílios espessos; orelhas 
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pequenas; nariz saliente, estreito e longo; barba escassa; 
fronte vertical; zigomas saliente e largos. 
✓ Tipo australoide: estatura alta; pele trigueira; nariz curto e 
largo; arcadas zigomáticas largas e volumosas; prognatismo 
maxilar e alveolar; cinturas escapular larga e pélvica estreita; 
dentes fortes; mento retraído; arcadas superficiliares 
salientes e crânio dolicocéfalo. 
 
 Seguindo, temos os elementos de caracterização racial, que são os 
elementos mais comuns observados na caracterização racial. Vejamos: 
• Forma do crânio - sua relação é com as figuras geométricas 
vistas de cima para baixo, de diante para trás e lateralmente. 
Quando vistos de cima para baixo, são classificados em 
formas longas – dolicocrânios, formas curtas – braquicrânios, 
e formas médias – mesocrânios. Quando vistos de diante 
para trás, em crânios altos e estreitos – esternocrânios, em 
baixos e largos – tapinocrânios, e nos de forma 
intermediária – matriocrânios. E, finalizando, quando vistos 
lateralmente, em crânios altos – hipsicrânios, nos baixos – 
platicrânios, e nos intermediários – mediocrânios; 
 
• Índice cefálico – obtém-se pela relação entre larguras e o 
comprimento do crânio, utilizando-se a fórmula de Retzius. 
Vejamos: 
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Largura x 100/comprimento do crânio 
Daí surgem, segundo o França, os seguintes tipos: 
✓ Dolicocéfalos: índice igual ou inferior a 75; 
✓ Mesaticéfalos: índice de 75 a 80; 
✓ Braquicéfalos: índice superior a 80. 
 
• Ângulo facial — Serve para determinar o prognatismo, ou 
seja, a proeminência, especialmente dos maxilares, das 
raças. Quanto mais agudo for o ângulo facial, tanto mais 
pronunciado será o prognatismo. Suas medidas se fazem com 
os goniômetros, como o de Broca, e obedecem a vários 
critérios. Para Jacquart, o ângulo é dado por uma linha 
vertical que passa pela fronte e pela espinha nasal anterior — 
linha facial — e por uma outra que vai da espinha nasal 
anterior ao meio da linha biauricular — linha aurículo-espinal. 
Segundo Cloquet, essas duas linhas se encontram no rebordo 
alveolar. Curvier preconiza a intersecção dessas duas linhas 
na margem cortante dos incisivos. Atualmente tem mais 
valia o método de Rivet para estudar o prognatismo. 
Consiste esse processo em se traçar um triângulo facial por 
intermédio das linhas facial e aurículo-espinal como foram 
descritas no método de Jacquart, e uma outra linha tangente 
ao mento e aos incisivos mediais inferiores. Conhecidos os 
comprimentos dos três lados do triângulo obtido, calcula-se 
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facilmente os seus ângulos por meio de tábuas logarítmicas. 
Daí termos os seguintes tipos: 
— ortognatas: mais de 73º; 
— mesognatas: de 72,99º a 70º; 
— prognatas: menos de 70º. 
 
 Com relação ao sexo e segundo o França, nesse processo de 
identificação, não existe somente um sexo – o somático, mas sim nove 
tipos de sexo, vejamos: 
✓ Sexo morfológico – é representado pela configuração 
fenotípica do indivíduo; 
✓ Sexo cromossomial – é definido pela avaliação dos 
cromossomas sexuais e pelo corpúsculo fluorescente. É 
masculino aquele que apresentar 46 XY e tiver corpos 
fluorescentes, e feminino quando apresentar uma 
constituição cromossômica de 46 XX e não conter corpos 
fluorescentes. Este conjunto de cromossomos chama-se 
cariótipo; 
✓ Sexo gonadal – caracteriza o masculino como portador de 
testículos e o feminino como portador de ovários; 
✓ Sexo cromatínico - determinado pelos corpúsculos de Barr, 
pequenos corpos de cromatina que se encontram no nucléolo 
das células dos organismos femininos, daí a classificação em 
cromatínicos positivos – femininos e cromatínicos negativos – 
d
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masculinos. Segundo especialistas, cada cromossomo encerra 
informações codificadas em genes através de moléculas de 
DNA; 
✓ Sexo genitália interna - caracteriza o masculino quando 
houve o desenvolvimento dos ductos de Wolff, e o feminino 
quando desenvolvidos os ductos de Muller; 
✓ Sexo da genitália externa – define o masculino com a 
presença de pênis e escroto, e o feminino com a presença de 
vulva, vaginas e mamas; 
✓ Sexo jurídico – é o designado no registro civil, ou quando a 
autoridade legal manda que se registre uma pessoa num ou 
noutro sexo, após suas convicções médicos-legais, morais ou 
doutrinarias; 
✓ Sexo de identificação ou psíquico ou comportamental – 
é aquele cuja identificação o indivíduo faz de si próprio e que 
se reflete no comportamento; 
✓ Sexo médico-legal – aqui, é constatado por meio de uma 
perícia médica nos portadores de genitália dúbia complexa ou 
sexo aparentemente duvidoso, como por exemplo, um 
portador de uma grande hipospádia, facilmente confundível 
com uma cavidade vaginal. 
 Determinar o sexo no vivo e no cadáver recente e sem mutilações 
do aparelho reprodutor e dos caracteres sexuais secundários, 
habitualmente, não oferece dificuldade. Não é assim, no entanto, no 
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pseudo-hermafroditismo, no vivo ou no cadáver putrefeito, ou no 
carbonizado, ou reduzido a esqueleto. 
 O crânio e o tórax propiciam elementos de presunção. O crânio 
feminino tem a fronte mais vertical, a articulação frontonasal curva, 
saliências ósseas e as apófises mastoides e estiloides menos 
desenvolvidas que o crânio masculino. Modo geral, aceita-se a capacidade 
do crânio feminino correspondendo a nove décimos da capacidade do 
masculino.O tórax na mulher tende à forma ovoide, mais achatado no 
sentido ântero-posterior, e no homem, à forma conoide. Na mulher, a 
capacidade torácica é menor e as apófises transversas das vértebras 
dorsais mostram-se mais dirigidas para trás. O útero persiste, algumas 
vezes, nos grandes incêndios. Reuter afirma ser possível a demonstração 
histológica no útero carbonizado. Esse órgão pode, também, resistir à 
putrefação adiantada. 
 É a bacia (imagem abaixo), contudo, que fornece os caracteres 
diferenciais mais importantes. Integrante do nobre mister da 
maternidade, a bacia feminina tem constituição mais frágil que a do 
homem e maiores os diâmetros transversais; a grande e a pequena bacia, 
mais largas, o sacro mais baixo e côncavo somente na sua metade 
inferior, o ângulo sacrovertebral mais fechado (107º), o forame 
obturador maior e triangular e o ângulo subpubiano amplo, com cerca de 
110º. A inclinação da sínfise vertical é menos pronunciada na mulher. As 
dimensões verticais da bacia masculina sobrepujam as correspondentes 
da bacia feminina. A partir da puberdade, o ângulo formado pela diáfise 
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femoral e o plano dos côndilos é de 80º para o homem e de 76º 
para a mulher, conforme Sterwart e Washington. 
 Pessoal, no cadáver mutilado ou em fase de putrefação avança, a 
técnica mais comum é a de abrir a cavidade abdominal, ensejando a 
consequente presença de útero e ovários ou de próstata. 
 
 
 
Quanto à estatura, é a altura total do indivíduo. Varia com a raça, 
idade, sexo, desenvolvimento do indivíduo, influências hormonais etc. Há 
certa correlação entre a estatura e a idade. As mulheres, em geral, são de 
masculino 
feminino 
a
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menor estatura que os homens. A estatura é medida no vivo, de pé, pelo 
antropômetro; no cadáver e nas crianças as medidas são tomadas em 
decúbito dorsal por dois planos verticais que passam pelo vértice e pela 
planta dos pés. 
Detalhe técnico importante: no cadáver, deve-se deduzir 16mm da 
medida total, correspondente ao achatamento natural dos discos 
intervertebrais sobre as cartilagens intra-articulares, e, no esqueleto em 
posição normal, deve-se aumentar, nessa medida total, 6cm 
correspondentes às partes moles destruídas. É obviamente um cálculo 
empírico. 
Para fragmentos ou ossos isolados existem tabelas comparativas da 
média das medidas em ambos os sexos. Dessa forma, Lacassagne e 
Martin afirmam ser possível determinar a altura do indivíduo 
multiplicando-se o comprimento de um dos ossos longos pelos seguintes 
números:d
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Com relação à idade, são as seguintes as fases etárias da vida 
humana: 
— vida intrauterina: embrião, até o 3.º mês; feto, até o parto; 
— infante nascido: o nascido que ainda não recebeu cuidados 
higiênicos; 
— recém-nascido: o que, nascido, recebeu cuidados higiênicos; 
— 1.ª infância: até os 7 anos; 
— 2.ª infância: dos 8 aos 11 anos; 
— adolescência: dos 12 aos 18 anos; 
— mocidade: dos 19 aos 21 anos; 
— idade adulta: dos 22 aos 60 anos; 
— velhice: dos 61 aos 80 anos; 
— senilidade: depois dos 80 anos. 
 
A determinação da idade é imprescindível tanto para o foro civil 
como para o foro criminal, quando faltar a certidão de nascimento. O 
aspecto exterior possibilita no vivo e no cadáver íntegro uma avaliação 
aproximada da idade. Com efeito, não é difícil distinguir-se uma 
criança de um adulto ou de um velho. É no período de transição das 
fases etárias da vida humana que surgem as dificuldades, pois a 
aparência do indivíduo modifica-se paulatinamente com o evolver dos 
anos. Assim é que na infância, em geral, o corpo é coberto de tênue 
penugem; no homem púbere, aparecem pelos no púbis e nas axilas dos 
13 aos 15 anos e no rosto aos 16 anos, abundando na idade adulta, 
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notadamente na linha mediana abdominal e ao redor das aréolas 
mamárias. Na mulher, os pelos pubianos costumam surgir dos 12 aos 13 
anos e os axilares dos 14 aos 15 anos. 
A calvície e as cãs são de apontamento irregular. As rugas, a 
flacidez, a secura e a pigmentação da pele e nos olhos, o círculo 
colesterínico (gerontoxon ou arcus senilis corneae, que não é sempre 
constante e senil) são sinais de velhice. 
No caso das malformações, devemos saber que os defeitos 
congênitos, como o lábio leporino, a sindactilia, a polidactilia, a 
bradidactilia, o genu varum e o genu valgum, a spina bífida, as 
malformações genitais, os vícios ósseos são valiosos para a identificação. 
Já nos sinais profissionais, os estigmas que a constância de um 
trabalho imprime nos obreiros, como as unhas dos fotógrafos, a 
calosidade labial dos sopradores de vidro, os resíduos perduráveis 
corporais, as ulcerações e os vestígios de doenças peculiares às indústrias 
insalubres têm real importância na identificação médico-legal, pois dão 
indicação segura das profissões exercidas por esses indivíduos. 
Quanto aos sinais individuais, todo sinal personalíssimo, como, 
por exemplo, a forma e a disposição dos olhos, a forma e a implantação 
das orelhas, os nevos, as discromias e as verrugas, os desgastes, as 
cáries e as próteses dentárias, a consolidação viciosa das fraturas, as 
cicatrizes etc., fornece elementos importantes para a caracterização dos 
indivíduos, ou mesmo para excluí-la. As unhas podem indicar hábitos 
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pessoais; a onicofagia permitiu a Hoffmann identificar uma das vítimas do 
célebre incêndio do Ring Theatre de Viena. 
O estudo da língua, em seu aspecto morfológico macroscópico 
(dimensões, sulcos, V lingual, folículos, freio, aspecto das pregas 
franjadas) de elementos patológicos (cicatrizes, impressões dentárias) e 
até, se caso for, de sua morfologia microscópica, também pode fornecer 
valioso subsídio para a identificação, posto que “não deve haver, não 
pode haver duas línguas iguais”, conforme a palavra de Bovero. 
De origem polinésia, To-Tatu, To-Tau ou Tatahou, a palavra 
“tatuagem” significa desenho. Consegue-se a tatuagem por meio de 
picadas de agulhas, escarificações, incisões superficiais e, modernamente, 
por aplicação do raio laser, para deposição de pigmentos corantes na 
derme. Mais comum no sexo masculino, entre os criminosos reincidentes 
e em certas profissões, como os marítimos e soldados, vem sendo 
praticada, em nossos dias, por modismo ou como uma forma de protesto 
social, pelos jovens ociosos da sociedade. 
Em geral, a falta de assepsia pode ser causa de infecções primárias 
e de transmissão de doenças, como a sífilis e a AIDS, por exemplo. 
Conforme as imagens que representam, as tatuagens são ditas 
emblemáticas, ornamentais, belicosas ou militares, religiosas, afetivas, 
eróticas ou imorais, históricas, patrióticas, ou inscrições comuns. 
A tatuagem pode ser copiada pelo emprego de papel transparente, 
a cópia valendo mais em arquivo pericial do que sua simples descrição ou 
sua fotografia. A tatuagem pode ser, também, transformada ou 
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sobrecarregada. Visando descaracterizá-la, o indivíduo sobrecarrega a 
tatuagem existente, transformando-a em outra, em ledo engano, pois a 
perícia sempre decifrará o desenho anterior, oculto ou camuflado. 
 É notório que as tatuagens constituem sinais de identidade 
particular, pois indicam o passado, os costumes, a profissão do indivíduo; 
ademais, traduzem informes raciais, regionais, afetivos, criminais, e até o 
estado d’alma do tatuado no que tange aos seus pendores sexuais. Como 
exemplos, botas tatuadas no pênis indicam ser o portador pederasta 
ativo; serpente tatuada nas costas, tendo a cabeça voltada para o ânus, 
designa ser o indivíduo pederasta passivo. Também os criminosos 
contumazes são reconhecidos entre si e pela vigilante polícia nas 
penitenciárias quanto à natureza dos delitos que praticaram, a função de 
chefe de quadrilha etc., através de tatuagens em forma de pontuação ou 
desenhos representando túmulos, cruz de caravaca, borboletas, conforme 
sejam as suas cores. Assim é que uma tatuagem no rosto em forma de 
pontuação quer significar mãezinha de presídio; tatuagem pontuada nas 
costas indica estuprador que serviu de mãezinha em presídio; uma cruz 
pontuada na face dorsal da mão esquerda aponta homicida, e, assim, 
sucessivamente. 
As cores dos símbolos podem significar falanges: falange vermelha, 
falange azul ou serpente negra, conhecidíssimas facções do crime 
organizado de alta periculosidade. 
 
 
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 Identidade e identificação 
 
 Antes de entrarmos nas legislações sobre a identidade, faz-se 
necessário um breve histórico e a abordagem de alguns conceitos que os 
ajudarão no entendimento deste curso. Por exemplo? Como surgiu a 
identificação papilar? O que é papiloscopia? O que é datiloscopia? E a 
quiroscopia e a podoscopia? Vamos lá! 
 Pessoal, os estudos nos mostram que há várias evidências que o 
interesse humano em impressões digitais data da pré-história. Em uma 
face de precipício na Nova Escócia há um desenho que mostra uma mão 
com uma digital em espiral presumivelmente feito por nativos pré-
históricos. Há registro de placas de cerâmica antigas retiradas de uma 
cidade soterrada no Turquestão, com os seguintes dizeres: 
 
 "Ambas as partes concordam com estes termos que são justos e 
claros e afixam as impressões dos dedos que são marcas inconfundíveis". 
 
 Na China do século VII, nos casos de divórcio, o marido tinha que 
dar um documento para a divorciada, autenticado com suas impressões 
digitais. No séculoIX na Índia, os analfabetos tinham seus documentos 
legalizados com as suas impressões digitais. Apesar da difusão do 
emprego da impressão digital como ferramenta de identificação, não 
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havia até então uma aplicação científica do seu uso para identificação 
humana. 
 Em 1686, Marcello Malphighi, professor de anatomia na 
Universidade de Bolonha - Itália, com o auxílio de um microscópio (recém 
inventado), estudou a superfície da pele e notou os cumes elevados na 
região dos dedos. Em 1823, o checo Johannes Evangelista Purkinje, 
professor de anatomia na Universidade de Breslau, publicou sua tese 
onde citava nove padrões de impressões digitais. Francis Galton, 
antropólogo britânico, começou seu trabalho com impressões digitais em 
1880. Em 1892, publicou seu livro "Impressões digitais", estabelecendo 
sua individualidade e perenidade. 
 O primeiro método científico de identificação amplamente aceito foi 
desenvolvido pelo francês Alphonse Bertillon em 1879 (aprofundarei este 
assunto nas próximas aulas). A antropometria, também chamada de 
Bertillonage em homenagem a seu criador, tratava-se de uma 
combinação de medidas físicas coletadas por procedimentos 
cuidadosamente prescritos. É um sistema complexo e completo de 
identificação humana, além dos assinalamentos antropométrico, 
descritivo e dos sinais particulares, apresenta a fotografia do identificado 
de frente e de perfil, reproduzida a um sétimo e as impressões digitais 
que foram introduzidas por Bertillon em 1894, obedecendo uma 
classificação original. 
 Juan Vucetich Kovacevich (estudaremos mais a frente o Sistema 
datiloscópico de Vucetich), nascido aos 20 de Julho de 1858 na cidade de 
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Dalmácia, atual Iugoslávia, naturalizou-se argentino, e aos 24 anos de 
idade ingressou na polícia de La Plata - Buenos Aires. Vucetich foi 
incumbido de trabalhar no setor de identificação de La Plata, ainda com o 
sistema de Bertillonage. Inventou o seu próprio sistema de arquivamento 
e identificação através das impressões digitais dando-lhe o nome de 
icnofalangometria. 
 Em 1º de setembro de 1891, seu sistema foi implantado na Polícia 
de La Plata, onde foram identificados 23 presos. A ele deve-se também o 
primeiro caso autêntico de identificação de um autor de crime através das 
impressões digitais, ocorrido 1892 , quando uma mulher chamada 
Francisca Rojas mata dois filhos, corta a própria garganta e acusa um seu 
vizinho como sendo o criminoso. A Polícia encontra na porta da casa a 
marca de vários dedos molhados de sangue. As impressões encontradas 
coincidiam exatamente com as de Francisca, que é tida como verdadeira 
culpada. No ano de 1894, o argentino Francisco Latzina publicou no jornal 
"La Nacion", de Buenos Aires, um artigo no qual critica favoravelmente o 
sistema de Vucetich, sugerindo, entretanto, que o nome 
icnofalangometria, fosse substituído por dactiloscopia. 
 Seguindo, a identificação papiloscópica evoluiu meramente de um 
número estabelecido de pontos característicos que identificam somente 
impressões digitais até a possibilidade de identificar quaisquer áreas que 
possuam papilas dérmicas, com uma filosofia avançada de identificação. 
Esta filosofia é baseada na pesquisa científica da formação das papilas 
dérmicas, em técnicas melhoradas de revelação de impressões latentes, e 
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no refinamento de nossa habilidade de executar a análise comparativa 
das cristas papilares. 
 Como indicado muito bem colocado por Ashbaugh no texto 
“Ridgeology”, há três estágios no processo da identificação. São: análise, 
comparação, e avaliação. A impressão latente é analisada para 
determinação da área de onde a impressão pode ter vindo das minúcias 
presentes, e da visibilidade dessas minúcias. A impressão latente é 
comparada então com o exemplar padrão. Neste tempo as similaridades 
ou as diferenças entre a impressão latente (questionada) e a impressão 
padrão são avaliadas para estabelecer uma positivação ou uma 
eliminação. 
 O elemento mais importante na identificação papiloscópica é a 
experiência do examinador. O perito papiloscopista deve ser 
completamente treinado em como as papilas dérmicas são formadas e em 
porque todas as áreas cobertas por papilas dérmicas são originais e 
permanentes. Tendo um conhecimento completo da base científica da 
identificação papiloscópica, os peritos papiloscopistas podem melhor 
explicar e defender suas conclusões com confiança, quanto estiverem na 
condição de testemunha. Para obter uma experiência de qualidade, este 
treinamento deve ser seguido pela uma extensiva e supervisionada 
experiência em confrontos. 
 Na próxima aula eu vou voltar neste assunto e abordar o Sistema 
datiloscópico de Vucetich, que é bem cobrado nas provas! 
 Feitas as considerações, vamos às perguntas que acima. Vejamos: 
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✓ Papiloscopia é a ciência que trata da identificação humana por 
meio das papilas dérmicas. A palavra papiloscopia é 
resultante de um hibridismo greco-latino (papilla = papila e 
skopêin = examinar). Papilas são pequenas saliências de 
natureza neurovascular, situadas na parte externa 
(superficial) da derme, estando os seus ápices reproduzidos 
pelos relevos observáveis na epiderme; 
✓ Datiloscopia é o processo de identificação por meio das 
impressões digitais (daktilos = dedos e skopêin = examinar). 
A datiloscopia foi a primeira área da papiloscopia a ser 
estudada e utilizada. Graças à variação classificação dos 
padrões nos dez dedos foi possível a criação grandes arquivos 
de impressões digitais, possibilitando o seu emprego na 
expedição de carteiras de identidade. Atualmente ganhou 
novo impulso com os Sistemas Automáticos de Impressões 
Digitais; 
✓ Quiroscopia é o processo de identificação por meio das 
impressões palmares, isto é, das palmas das mãos. É 
utilizada mais como uma forma de ampliar as possibilidades 
de identificação criminal. Atualmente volta-se o interesse em 
coletar impressões palmares a fim de auxiliar nas 
investigações policiais, pois é frequente encontrar-se 
fragmentos de impressões palmares em locais de crime; 
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✓ Podoscopia é o processo de identificação por meio das 
impressões plantares, isto é, das plantas dos pés. A aplicação 
da podoscopia ficou consagrada na identificação de recém 
nascidos, em razão das dificuldades operacionais de 
identificação datiloscópica dos mesmos. Nos hospitais e 
maternidades colhem-se as impressões plantares dos bebês 
com a digital da mãe, com objetivo de serem utilizadas 
sempre que houver desaparecimento ou suspeitas de trocas 
de bebês. A polícia não tem tradição de manter arquivos 
podoscópicos, porém, eventualmente papiloscopistas realizam 
identificação de suspeitos que deixaram impressões plantares 
em locais de crime. 
 
 Vamos, agora, ao estudo das legislações, e mais a frente, na 
próxima aula,vou aprofundar mais esta parte sobre papiloscopia. 
 
 Lei Federal nº 7.116/83 
 
 Meus caros, conforme abordei na aula demonstrativa, a Lei nº 
7.116/83 assegura a validade nacional das Carteiras de Identidade, bem 
como, a regulação desta. Assim, a Carteira de Identidade – CI emitida por 
órgãos de Identificação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios 
tem fé pública e validade em todo o território nacional. 
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 Pessoal, ao retirar uma CI será exigida do interessado a 
apresentação certidão de nascimento ou de casamento, somente, pois a 
Lei veda a exigência de qualquer outro documento. Entretanto, a 
requerente do sexo feminino apresentará obrigatoriamente a certidão de 
casamento, caso seu nome de solteira tenha sido alterado em 
consequência do matrimônio, ok? Ah, o brasileiro naturalizado tem que 
apresentar o Certificado de Naturalização. Outra coisa, a primeira emissão 
da Carteira de Identidade é gratuita, assim, determina a legislação. 
 
 
 
 A Carteira de Identidade conterá os seguintes elementos: 
✓ Armas da República e inscrição "República Federativa do 
Brasil"; 
✓ nome da Unidade da Federação; 
✓ identificação do órgão expedidor; 
✓ registro geral no órgão emitente, local e data da 
expedição; 
✓ nome, filiação, local e data de nascimento do identificado, 
bem como, de forma resumida, a comarca, cartório, livro, 
folha e número do registro de nascimento; 
✓ fotografia, no formato 3 x 4 cm, assinatura e impressão 
digital do polegar direito do identificado; 
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✓ assinatura do dirigente do órgão expedidor. 
 
 
 Duas informações que a Lei não faz menção, mas o Decreto sim é 
que virá na CI: a expressão: "válida em todo o território nacional” e 
referência à Lei 7.116, de 29 de agosto de 1983. 
 Desde que o interessado o solicite a Carteira de Identidade conterá, 
além dos elementos acima, os números de inscrição do titular no 
Programa de Integração Social - PIS ou no Programa de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público - PASEP e no CPF - Cadastro de Pessoas 
Físicas do Ministério da Fazenda, além disso, o Poder Executivo Federal 
poderá aprovar a inclusão de outros dados opcionais na Carteira de 
Identidade. 
 A inclusão na Carteira de Identidade dos dados referidos acima 
poderá ser parcial e dependerá exclusivamente da apresentação dos 
respectivos documentos com probatórios, caso contrário o órgão não 
estará autorizado fazer a inserção. 
 A Carteira de Identidade do português beneficiado pelo Estatuto da 
Igualdade será expedida consoante o disposto nesta Lei, devendo dela 
constar referência a sua nacionalidade e à Convenção promulgada pelo 
Decreto nº 70.391, de 12 de abril de 1972, como esse Decreto não cairá 
na sua prova, vamos ficar somente com essa informação. 
 Meus caros, a Carteira de Identidade, uma vez emitida, faz prova 
de todos os dados nela incluídos, dispensando a apresentação dos 
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documentos que lhe deram origem ou que nela tenham sido 
mencionados, assim, o seu CPF, caso conste na sua identidade, não é 
necessário a apresentação daquele cartão do Ministério da Fazenda, e 
caso uma pessoa perca a identidade, a expedição de segunda via da 
Carteira de Identidade será efetuada mediante simples solicitação do 
interessado, não podendo fazer qualquer outra exigência, além daquela 
da Certidão de Nascimento ou de Casamento (pode ser cópia 
regularmente autenticada), conforme falei no inicio da aula. 
 
 
 
 Uma questão que já foi abordada em concurso é que a Carteira de 
Identidade será expedida com base no processo de identificação 
datiloscópica, gravem isso! 
 
 Meus amigos, só para vocês ficarem sintonizados, o Decreto no 
89.250, de 27 de dezembro de 1983 faz a regulamentação da Lei nº 
7.116, de 29 de agosto de 1983, e os Decretos nº 2.170/97 e 
89.721/84, fazem as atualizações daquele, ok? Assim, quando eu falo 
Decreto é porque estou me referindo à regra de regulamentação, já que 
essa traz algumas informações que não estão na Lei. 
 Seguindo, vimos que a Carteira de Identidade conterá campo 
destinado ao registro: 
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✓ do número de inscrição no Programa de Integração Social - 
PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público - PASEP; 
✓ do número do Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da 
Fazenda - CPF; 
 
 Entretanto, o Decreto nos traz mais duas novidades a serem 
inseridas, vejamos: 
✓ da expressão "Idoso ou maior de sessenta e cinco anos"; 
✓ de uma das expressões "Doador de órgãos e tecidos" ou 
"Não-doador de órgãos e tecidos". 
 
 Só que a inclusão na Carteira de Identidade dos dados acima 
poderá ser parcial e dependerá exclusivamente de solicitação do 
interessado e, quando for o caso, da apresentação dos respectivos 
documentos comprobatórios, até aqui já vimos, mas quais são esses 
documentos, vamos lá! No caso do PIS ou PASEP os cartões de inscrição 
no PIS, no PASEP; e no caso do CPF, o Registro Civil de Pessoa Física, o 
qual tem um cartão também. 
 Já no caso de "Doador de órgãos e tecidos" ou "Não-doador 
de órgãos e tecidos", a inclusão de uma dessas expressões: 
✓ dependerá de requerimento escrito do interessado, a 
ser arquivado no órgão competente para a expedição da 
Carteira de Identidade; 
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✓ deverá constar no espelho correspondente ao anverso da 
Carteira de Identidade no espaço vazio acima da fotografia 
do identificado. 
 Veja, como exemplo, a Carteira de Identidade abaixo: 
 
 Outra coisa, aproveitando a imagem acima, a Carteira de 
Identidade terá as dimensões 10,2 cm X 6,8 cm, e será confeccionada 
em papel filigranado ou fibra de garantia, em formulário plano ou 
contínuo, impressa em talho doce e off-set, com fundo em verde claro e 
texto na cor verde, assim, não vamos entrar em muitos detalhes, pois o 
que vocês precisam para sua prova são essas informações, ok? 
 A Carteira de Identidade conterá, ainda, as seguintes 
características de segurança: 
✓ tarja em talho doce na cor verde; 
✓ fundo numismático; 
✓ perfuração mecânica da sigla do órgão de identificação 
sobre a fotografia do titular; 
✓ numeração tipográfica, sequencial, no verso, para 
controle do órgão expedidor. 
 
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 Pessoal, só para vocês terem uma ideia, a calcografia, também 
conhecida como talho doce, é considerado um processo precursor da 
rotogravura, assim, é uma das principais tecnologias de impressão de 
uma CI. Seu princípio de funcionamento inclui procedimentos típicos de 
offset, flexografia e, claro, rotogravura. Trata-se de um processo direto 
de reproduçãográfica, com máquinas alimentadas a folha ou bobina, que 
utiliza como forma de impressão uma chapa revestida com metais, cuja 
imagem gravada é encavográfica (áreas de impressão em baixo-relevo). 
Imprime-se sobre suportes flexíveis ou semirrígidos, com tintas pastosas 
de secagem por óxido-polimerização e penetração, mas não se prendam a 
isso, pois não está na legislação, logo, não deve cair para vocês! 
 Continuando, o Decreto reforça que a Carteira de Identidade do 
brasileiro naturalizado será expedida de acordo com o disposto na 
legislação e no decreto, mediante a apresentação do certificado de 
naturalização. Assim, na Carteira serão anotados o número e o ano da 
Portaria ministerial que concedeu a naturalização, sem referência 
específica à condição de brasileiro naturalizado. Já a Carteira de 
Identidade do português beneficiado pelo Estatuto da Igualdade 
será expedida consoante o disposto do decreto, mediante a apresentação 
do certificado de igualdade de direitos e deveres. 
 Dessa forma, na Carteira será inscrita, por extenso ou 
abreviadamente, a expressão: "Nacionalidade portuguesa - Decreto nº 
70.391/72" e far-se-á referência ao número e ano da Portaria ministerial 
que concedeu a igualdade de direitos e deveres. 
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 E para fecharmos esta parte, o português beneficiado pelo 
Estatuto da Igualdade, que perder essa condição, terá a Carteira de 
Identidade recolhida pelo Departamento de Polícia Federal e 
encaminhada ao órgão expedidor para cancelamento. 
 Meus caros, segundo o Decreto no 89.721, de 30 de maio de 
1984, as Carteiras de Identidade emitidas até 30 de junho de 1984, 
com base nos atuais modelos, continuarão válidas em todo o território 
nacional. 
 
 Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009. 
 
 Então meus amigos, essa Lei dispõe sobre a identificação criminal 
do civilmente identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da 
Constituição Federal. Assim, o civilmente identificado não será 
submetido à identificação criminal, salvo nos casos previstos Lei 
12.037/2009. 
 
 A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes 
documentos: 
✓ carteira de identidade; 
✓ carteira de trabalho; 
✓ carteira profissional; 
✓ passaporte; 
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✓ carteira de identificação funcional; 
✓ outro documento público que permita a 
identificação do indiciado. 
 Equiparam-se aos documentos de identificação civil os 
documentos de identificação militares e isso já foi cobrado em 
provas! 
 
 Outra informação muito importante é que, embora apresentado 
documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal 
quando: 
✓ o documento apresentar rasura ou tiver indício de 
falsificação; 
✓ o documento apresentado for insuficiente para 
identificar cabalmente o indiciado; 
✓ o indiciado portar documentos de identidade distintos, 
com informações conflitantes entre si; 
✓ a identificação criminal for essencial às 
investigações policiais, segundo despacho da 
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou 
mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa; 
✓ constar de registros policiais o uso de outros nomes ou 
diferentes qualificações; 
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✓ o estado de conservação ou a distância temporal ou 
da localidade da expedição do documento apresentado 
impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. 
 
 As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos 
autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que 
consideradas insuficientes para identificar o indiciado e quando houver 
necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará 
as providências necessárias para evitar o constrangimento do 
identificado. 
 Pessoal, a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e 
o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em 
flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação. 
 Na hipótese de a identificação criminal for essencial às 
investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária 
competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da 
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa, a identificação 
criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a 
obtenção do perfil genético, fiquem atentos que segundo a norma, só 
será possível nesse caso, existem algumas controvérsias, mas para sua 
prova ficamos, basicamente, com o texto da Lei! 
 Assim, o professor Luiz Flávio Gomes, chama a atenção que, 
nesses delitos, a identificação genética do condenado não serve para 
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qualquer investigação criminal em curso (podendo subsidiar investigação 
futura), muito menos para esclarecer dúvida eventualmente gerada pela 
identificação civil (ou mesmo datiloscópica), tendo como fim principal 
abastecer banco de dados sigiloso, a ser regulamentado pelo Poder 
Executivo. 
 A inovação, nesse ponto específico (obrigatoriedade do 
fornecimento de material), parece, para o mestre, inconstitucional 
(enquanto enfocada como obrigatoriedade no fornecimento de material 
genético). 
 A Carta Maior elenca, no art. 5º, como garantias fundamentais de 
todo cidadão: 
 “não ser considerado culpado até o trânsito em julgado 
de sentença penal condenatória (LVII);” 
 
 “quando preso, ser informado de seus direitos, entre os 
quais o de permanecer calado (LXIII).” 
 
 Dessas garantias constitucionais resulta (por meio do princípio da 
interpretação efetiva) outra, qual seja, de não produzir prova contra si, 
direito implícito na CF/88 e expresso no art. 8.2 da Convenção Americana 
de Direitos Humanos (toda pessoa tem direito de não ser obrigada a 
depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada), da qual o Brasil é 
signatário, assim afirma o professor. 
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 Pessoal, deve ser lembrado que a mesma discussão foi travada 
com a edição da “Lei Seca”, tendo o STJ decidido (seguindo 
precedentes do STF) que o motorista não pode ser obrigado a participar 
do “teste do bafômetro” ou fornecer material para exame de sangue, sob 
pena de violar a garantia da não auto-acusação, mas como eu disse, 
acredito que a banca não entrará nesse mérito. 
 Seguindo, a Lei deixa claro que os dados relacionados à coleta do 
perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados de 
perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. Além 
disso, as informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis 
genéticos não poderão revelar traços somáticos ou 
comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de 
gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre 
direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. 
 Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos 
terão caráter sigiloso, respondendo civil, penale 
administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização 
para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial. As 
informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão 
ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial 
devidamente habilitado. 
 É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em 
atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo 
criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. No caso 
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de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é 
facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do 
inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da 
identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente 
provas de sua identificação civil. 
Vocês devem ficar atentos, pois a exclusão dos perfis 
genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo 
estabelecido em lei para a prescrição do delito e a identificação do perfil 
genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme 
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo, só que ainda não 
temos essa regulamentação! 
 
Lei nº 9.454/1997 
 
O RIC é o número único de Registro de Identidade Civil pelo qual 
os brasileiros serão identificados em suas relações com a sociedade e com 
os órgãos públicos ou privados. 
O RIC foi criado pela Lei 9.454, de 1997. Antes mesmo da efetiva 
regulamentação da Lei, o INI (Instituto Nacional de Identificação, órgão 
do Departamento de Polícia Federal) idealizou o projeto de um número 
único de identificação a se sobrepor a diversos outros números 
identificativos já existentes, centralizando-os em um único documento. 
O RIC apresenta avanços tecnológicos que posicionam o Brasil na 
vanguarda da identificação civil. Com a chegada do RIC, cada cidadão 
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passa a ter um número nacional baseado em suas impressões digitais. 
Isso evita que o cidadão seja confundido com outra pessoa ou que 
alguém se passe por outro para cometer crimes, contrair dívidas ou 
cometer abusos. Por isso, o RIC será um importante mecanismo para 
facilitar a inclusão social e ampliar a segurança para os processos de 
abertura de contas, concessão de créditos e redução de fraudes e 
prejuízos. 
O RIC já será emitido com certificação digital. A combinação das 
impressões digitais com a certificação digital tornará o processo de 
identificação pessoal mais seguro. Isso possibilita, por exemplo, maior 
segurança nas redes de comunicação, redução de fraudes e crimes na 
internet, entre outras vantagens. Outra facilidade com a inclusão do 
Certificado Digital é que algumas ações que antes só eram realizadas na 
presença do interessado poderão ser feitas pela internet utilizando-se da 
identificação virtual. Assinar contratos, mandar cartas, realizar compras e 
solicitar serviços: tudo feito pela internet com segurança, agilidade e 
comodidade. 
A norma deixa evidente no seu art. 1º que é instituído o número 
único de Registro de Identidade Civil, pelo qual cada cidadão 
brasileiro, nato ou naturalizado, será identificado em suas relações com 
a sociedade e com os organismos governamentais e privados. 
Para isso, foi instituído o Cadastro Nacional de Registro de 
Identificação Civil, destinado a conter o número único de Registro de 
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Identidade Civil, acompanhado dos dados de identificação de cada 
cidadão. 
 
O Poder Executivo definirá a entidade que centralizará as 
atividades de implementação, coordenação e controle do Cadastro 
Nacional de Registro de Identificação Civil, que se constituirá em órgão 
central do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil. 
 
Outra coisa, segundo a norma fica a União autorizada a firmar 
convênio com os Estados e o Distrito Federal para a implementação 
do número único de registro de identificação civil. Sendo que os Estados e 
o Distrito Federal, signatários do convênio, participarão do Sistema 
Nacional de Registro de Identificação Civil e ficarão responsáveis pela 
operacionalização e atualização, nos respectivos territórios, do 
Cadastro Nacional de Registro de Identificação Civil, em regime de 
compartilhamento com o órgão central, a quem caberá disciplinar a forma 
de compartilhamento a que se refere este parágrafo. 
Vamos, agora, fazer algumas questões de concursos anteriores. 
 Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
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Questões propostas 
 
1) (UEG - 2013 - PC-GO - Delegado de Polícia) Em Antropologia 
Forense, os ângulos faciais (Jacquart, Cloquet e Curvier) são 
determinantes para: 
A) altura 
B) idade 
C) sexo 
D) raça 
 
2) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Médico Legista) Com base nos 
estudos da Antropologia médico-legal, qual das alternativas 
abaixo contém fundamentos técnico-biológicos utilizados em um 
método de identificação capazes de conferir-lhe credibilidade? 
A) Semelhança , unicidade, igualdade , confiabilidade. 
B) Unicidade, imutabilidade, praticabilidade, classificabilidade. 
C) Unicidade, confiabilidade, semelhança, viabilidade. 
D) Semelhança, classificabilidade, praticabilidade, confiabilidade. 
E) Aceitabilidade, semelhança, praticabilidade, igualidade. 
 
3) (CESPE - 2011 - PC-ES - Médico legista – Específicos) No código 
de Hamurabi, existem referências a uma forma de identificação 
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dos criminosos por meio da observação de membros amputados. 
Na França, antes da Revolução, os ladrões eram marcados a ferro 
com uma flor de lis. Atualmente, já existem técnicas da 
hemogenética forense aplicáveis a mortos, vivos e esqueletos. 
Com base nessas informações, julgue os itens subsecutivos, 
referentes a identificações médico-legal e judiciária ou policial. 
 
Obtém-se o índice cefálico por meio da fórmula de Retzius, que 
corresponde a (largura × comprimento)/100. 
 
4) (CESPE - 2011 - PC-ES - Médico legista – Específicos) No código 
de Hamurabi, existem referências a uma forma de identificação 
dos criminosos por meio da observação de membros amputados. 
Na França, antes da Revolução, os ladrões eram marcados a ferro 
com uma flor de lis. Atualmente, já existem técnicas da 
hemogenética forense aplicáveis a mortos, vivos e esqueletos. 
Com base nessas informações, julgue os itens subsecutivos, 
referentes a identificações médico-legal e judiciária ou policial. 
 
Em determinadas situações, a identificação médico-legal pode não ser 
realizada por legistas. 
 
5) (FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia) Identidade 
médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um 
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indivíduo que o torna único. Julgue os itens com base na 
identificação médico-legal. 
Identificação médico-legal pode ser realizada em umindivíduo vivo ou em 
cadáver, inteiro, espostejado ou reduzido a ossos. 
 
6) (FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia) Identidade 
médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um 
indivíduo que o torna único. Julgue os itens com base na 
identificação médico-legal. 
Na identificação médico-legal, são considerados os seguintes parâmetros: 
idade, sexo, raça, estatura e peso, pois, partindo-se do geral, chega-se 
ao particular, ao indivíduo. 
 
7) (FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia) Identidade 
médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um 
indivíduo que o torna único. Julgue os itens com base na 
identificação médico-legal. 
Características ocasionais, tais como a presença de tatuagens, calos de 
fraturas ósseas e próteses dentárias, ósseas ou de outros tipos, não 
possuem valor para a antropologia forense. 
 
8) (FUNCAB - 2009 - PC-RO - Delegado de Polícia) Identidade 
médico-legal é o conjunto de características apresentadas por um 
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indivíduo que o torna único. Julgue os itens com base na 
identificação médico-legal. 
Medidas de dimensões de ossos longos e comparações com tabelas 
podem dar ideia da estatura de indivíduos quando vivos. 
 
9) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Médico Legista) A identificação do 
sexo de umcadáver humano adulto encontrado esqueletizado pode 
ser realizada por meio do estudo de algumas estruturas. Quais as 
principais estruturas ósseas que contribuem para essa 
identificação? 
A) Fêmur,mandíbula,metatarsos, falanges. 
B) Vértebras, falanges, costelas, ossos da pelve. 
C) Vértebras, úmeros,metatarsos, ossos do tórax. 
D) Crânio, ossos da pelve, mandíbula, ossos do tórax. 
E) Crânio, falanges, ossos da pelve, arcada dentária. 
 
 10) (EXATUS - 2012 - DETRAN-RJ - Analista de Identificação Civil) 
Conforme determina a Lei nº. 7.116 de 29 de Agosto de 1983, que 
assegura validade nacional às Carteiras de Identidade e regula 
sua expedição, pode-se afirmar que: 
A) O brasileiro naturalizado deverá apresentar o Passaporte para requerer 
sua primeira via da Carteira de Identidade. 
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B) A Carteira de Identidade fará prova de todos os dados nela incluídos, 
dispensando a apresentação dos documentos que lhe deram origem ou 
que nela tenham sido mencionados. 
C) O tipo sanguíneo poderá ser incluído na Carteira de Identidade, 
bastando que o requerente apresente documentação médica. 
D) Fica a critério dos Órgãos responsáveis pela emissão da Carteira de 
Identidade, incluir outros dados que julgar importante e de utilidade 
pública nas carteiras requeridas em seu Estado. 
 
11) (EXATUS - 2012 - DETRAN-RJ - Analista de Identificação Civil) 
Documentos necessários para o requerimento da Carteira de 
Identidade: 
A) CPF. 
B) Carteira de Trabalho. 
C) Certidão de Nascimento ou Casamento. 
D) Certidão de óbito se o viúvo (a). 
 
12) (EXATUS - 2012 - DETRAN-RJ - Analista de Identificação Civil) 
A Carteira de Identidade será expedida como base no processo: 
A) Processo Antropológico. 
B) Processo Digital. 
C) Processo individualizador. 
D) Identificação datiloscópica. 
 
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13) (EXATUS - 2012 - DETRAN-RJ - Analista de Identificação Civil) 
Conforme prevê o Decreto nº 89.250 de 27 de dezembro de 1983, 
que regulamenta a Lei nº. 7.116/83 e redação dada pelo Decreto 
2.170/97, podemos afirmar que: 
A) A carteira de Identidade do português beneficiado pelo Estatuto da 
Igualdade será expedida consoante o disposto neste decreto, mediante a 
apresentação do certificado de igualdade de direitos e deveres. 
B) A carteira de Identidade conterá campo destinado ao registro: da 
expressão “idoso ou maior de sessenta anos”. 
C) A requerente de sexo feminino, casada, viúva, separada ou divorciada, 
apresentará obrigatoriamente a certidão de casamento e certidão de 
óbito. 
D) Para a expedição da Carteira de Identidade será exigido do interessado 
a apresentação da Certidão de Nascimento e/ou Casamento e 
comprovante de endereço. 
 
14) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial) 
A Lei n.º 12.037/2009, ao regular a identificação criminal do 
civilmente identificado, consignou que: 
A) a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico. 
B) apresentado documento de identificação, não poderá ocorrer 
identificação criminal. 
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C) não é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em 
atestados de antecedentes, mesmo após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. 
D) apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação 
criminal apenas nas hipóteses de rasura ou indícios de falsificação 
E) a identificação civil é atestada somente pela carteira de identidade. 
 
15) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Citadino 
Gatuno foi preso em flagrante delito pelo crime de roubo. Ao ser 
levado à Delegacia de Polícia, no momento da tentativa de sua 
identificação, Gatuno apresentou o seu documento de identidade 
(l.G.), o qual, no entanto, por ter sido molhado pela chuva, 
apresentava rasura que dificultava a identificação do preso. Neste 
caso, com base no que dispõe a Lei n.º 12.037/2009, é correto 
afirmar que Gatuno 
A) não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa 
na rasura do seu documento de identidade. 
B) deverá ser identificado criminalmente, mas limitado à juntada do 
processo datiloscópico ao auto de prisão em flagrante. 
C) não poderá ser identificado criminalmente, em nenhuma hipótese, uma 
vez que é um direito seu assegurado pela Constituição Federal. 
D) não poderá ser identificado criminalmente. 
E) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a 
sua identificação civil. 
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16) (VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Belo Narciso 
foi indiciado em inquérito policial por crime contra os costumes, 
tendo sido identificado criminalmente. 
No entanto, a respectiva denúncia não foi aceita e o inquérito foi 
definitivamente arquivado. Narciso, preocupado com sua imagem 
perante terceiros, requereu, em seguida, a retirada de sua 
identificação fotográfica do inquérito policial. Neste caso, 
considerando o disposto na Lei n.º 12.037/09, é correto afirmar 
que Narciso 
A) não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta 
se constitui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do 
inquérito policial. 
B) deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua 
identificação civil. 
C) tem direito à retirada da sua identificação criminal do inquérito, mas 
terá que obter ordem judicial específica nesse sentido. 
D) tem direito à retirada da sua identificação do inquérito, pois a presença 
desta viola o seu direito à imagem, não sendo legal qualquer exigência 
para que seu pedido seja atendido. 
E) não pode ter seu pedido atendido, tendo em vista que o inquérito já foi 
arquivado, não havendo, portanto, interesse

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