Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
9 genética bacteriana DNA CROMOSSÔMICO E DNA EXTRA-CROMOSSÔMICO(PLASMÍDEO). Existe dois tipos de DNA bacteriano: DNA CROMOSSÔMICO É único na célula bacteriana. Circular. Molécula grande (500 a 1000 vezes maior que a célula que o contém). É um DNA de fita dupla. Tamanho expresso em pares de bases. → Ex.: E. coli Presença obrigatória, pois é responsável por ter todas as informações necessárias para a sobrevivência da célula (síntese de proteínas). DNA EXTRA-CROMOSSÔMICO (PLASMÍDEO) Replicação independente. É um DNA de fita dupla. Pode possuir vários plasmídeos em uma única célula. Podem ser curados (perdidos) da célula em condições de estresse tais como temperatura inadequada, carência de nutrientes etc. → isso é importante porque evita a perda de energia para replicação de plasmídeo. Carregam informações genéticas de funções não essenciais, mas que são responsáveis por características fenotípicas. → ex.: resistência a antibióticos, produção de toxinas, produção de pilis sexuais (plasmídeo conjugativo). ELEMENTOS DE TRANSPOSIÇÃO (TRANSPOSONS) São sequências genéticas que estão sempre alterando de posição ao longo do DNA bacteriano. São associados a uma molécula de DNA (DNA cromossômico ou plasmídeo). São pequenas, possui de 8-48 Kb. Podem se realocar ou introduzir cópias de si mesmos em um local diferente no genoma. Grande parte do DNA consiste em transposons. Alguns pesquisadores assumiram que eram parasitas genômicos que se reproduziam, mas não serviam para o hospedeiro. Provocam mutações pela interrupção da sequência de nt dos genes nos quais se inserem. INTEGRONS Os integrons permitem que as bactérias se adaptem e evoluam rapidamente através do armazenamento e expressão de novos genes. Esses genes são incorporados a uma estrutura genética especifica chamada cassete genético (cassete integron) permitindo a integração de novos genes em determinado sítio genômico. Também contribui para a evolução bacteriana. Podemos ter vários tipos de mutações: Espontânea: ocorrem espontaneamente no DNA. São bastantes raras Induzida: ocorre mediante a exposição a agentes mutagênicos (luz ultravioleta, raio-x, substâncias químicas). Missense(perda do sentido): resulta na substituição de aminoácidos na proteína sintetizada. Altera a conformação e atividade da proteína. 10 Nossense(sem sentido): ao mudar a base, surge um códon de terminação, parando a síntese de proteína. Frame-shift: um ou alguns pares de nucleotídeos são deletados ou inseridos no DNA, causando alterações nos aminoácidos. Silenciosa: não promove alteração a nível fenotípico. Supressora: permite a eliminação do efeito da mutação anterior. __________________________ __________________________ ______________________ A transferência horizontal de genes (HGT) impulsiona a evolução e diversidade genética das bactérias, conferindo-lhes capacidade de adaptação em diversas ambientes e resposta a novas pressões seletivas. transferência de genes para bactérias, necessariamente, não precisa ser células- filhas. Este mecanismo de compartilhamento de material genético produz genomas extremamente dinâmicos, provendo novas combinações de sequencias de genes, interferindo efetivamente na fisiologia, virulência, patogenicidade e resistência bacteriana. Envolve três processos: transformação, conjugação e transdução: TRANSFORMAÇÃO: O DNA de um tipo de bactéria (doadora) é incorporado no material genético de outra (receptora); Célula doadora: é uma célula morta que sofreu lise e seu material genético se encontra disperso no meio extracelular. Célula receptora: está no estado de competência. Nesse estado são sintetizadas proteínas de absorção que servem como receptores para o DNA. As bactérias envolvidas devem ter homologia de DNA, ou seja, serem do mesmo gênero e espécie, raramente ocorre entre bactérias de espécies diferentes. CONJUGAÇÃO É o processo de transferência de gene que requer o contato célula-célula; • Em gram-negativas: As células doadoras devem possuir no seu citoplasma plasmídeo conjugativo, isto é, plasmídeo que contém os genes que codificam os pilis sexuais; os pilis de aderência são codificados no cromossomo. O pili sexual se liga a superfície da célula receptora através dos lipopolissacarídeos (LPS) da membrana externa. Uma vez estabelecido o contato há retração do pili aproximando as duas células, havendo transferência do plasmídeo. antes da bactéria doadora fazer a transferência do plasmídeo, ela replica o seu plasmídeo, gerando dois. 11 • Em gram-positiva: As bactérias doadoras também devem possuir no seu citoplasma um plasmídeo conjugativo que codifica uma proteína chamada de substância de agregação. Enquanto, a bactéria receptora produz e excreta no meio uma substância de natureza peptídica, o feromônio sexual. em contato com o feromônio sexual a célula doadora apresenta a substância de agregação na superfície celular. o contato entre a célula receptora e doadora ocorre por colisão ao acaso. TRANSDUÇÃO Nesse processo o bacteriófago funciona como vetor. A célula receptora deve possuir receptores que permitem a adsorção do bacteriófago (fago). Os receptores são: • Em gram-positivas: ácidos teicoicos. • Em gram-negativas: proteína da membrana externa da parede celular. Depois da adsorção, o fago injeta o seu material genético da seguinte maneira: a bainha se contrai, empurra a cauda que atravessa o envoltório da bactéria, e o material genético é lançado no interior da bactéria. Pode ocorrer em 2 ciclos: • Ciclo lisogênico: o DNA do fago se liga ao cromossomo bacteriano e passa a fazer parte dele. A bactéria se duplica normalmente, transmitindo o material genético viral às descendentes. • Ciclo lítico: o fago utiliza toda a maquinaria bacteriana (ribossomos, enzimas, etc.) para sintetizar novas partículas de fagos, causando a lise celular. No momento em que o fago empacota seu material genético, incorpora fragmentos do DNA bacteriano.
Compartilhar