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Legislação Penal 14

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Aula 14
Legislação Penal e Processual Penal Especial p/ PC-MA (Delegado) Pós-edital
Professor: Paulo Guimarães
http://www.iceni.com/infix.htm
 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
Aula 14 – Prof. Paulo Guimarães 
 
 
AULA 14 
LEI Nº 5.553/1968 (DISPÕE SOBRE A 
APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTOS DE 
IDENTIFICAÇÃO PESSOAL). LEI Nº 
10.446/2002 (INFRAÇÕES PENAIS DE 
REPERCUSSÃO INTERESTADUAL). LEI Nº 
9.279/1996 (TÍTULO V – DOS CRIMES CONTRA 
A PROPRIEDADE INDUSTRIAL). LEI Nº 
11.105/2005 (ORGANISMOS GENETICAMENTE 
MODIFICADOS). LEI Nº 9.434/1997 (REMOÇÃO 
DE ÓRGÃOS). LEI Nº 9.029/1995 (ATESTADO 
DE GRAVIDEZ E OUTRAS PRÁTICAS 
DISCRIMINATÓRIAS). 
Sumário 
Sumário ................................................................................................. 1!
1 - Considerações Iniciais ......................................................................... 2!
2 - Apresentação e uso de Documento De Identificação Pessoal (Lei nº 
5.553/1968) ........................................................................................... 2!
3 - Lei nº 10.466/2002............................................................................. 4!
4 - Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996) ................................... 6!
5 - Lei de Biossegurança (Lei n. 11.105/2005) ........................................... 14!
6 - Lei do Transplante de Órgãos (Lei n. 9.434/1997) .................................. 16!
7 - Lei nº 9.029/1995 (Crimes contra o Trabalho) ....................................... 19!
8 - Questões .......................................................................................... 21!
8.1 - Questões sem Comentários ........................................................... 21!
8.2 - Gabarito ..................................................................................... 26!
8.3 - Questões Comentadas .................................................................. 27!
9 - Resumo da Aula ................................................................................ 35!
10 - Considerações Finais ........................................................................ 49!
 
 
http://www.iceni.com/infix.htm
 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
Aula 14 – Prof. Paulo Guimarães 
 
AULA 14 - LEI Nº 5.553/1968 (DISPÕE SOBRE 
A APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTOS DE 
IDENTIFICAÇÃO PESSOAL). LEI Nº 
10.446/2002 (INFRAÇÕES PENAIS DE 
REPERCUSSÃO INTERESTADUAL). LEI Nº 
9.279/1996 (TÍTULO V – DOS CRIMES 
CONTRA A PROPRIEDADE INDUSTRIAL). LEI Nº 
11.105/2005 (ORGANISMOS GENETICAMENTE 
MODIFICADOS). LEI Nº 9.434/1997 
(REMOÇÃO DE ÓRGÃOS). LEI Nº 9.029/1995 
(ATESTADO DE GRAVIDEZ E OUTRAS PRÁTICAS 
DISCRIMINATÓRIAS). 
1 - Considerações Iniciais 
Olá, caro amigo! 
Hoje estudaremos seis leis diferentes para a sua prova de Legislação 
Extravagante! 
Agora vamos ao que interessa. Mãos à obra! 
 
2 - Apresentação e uso de Documento De Identificação 
Pessoal (Lei nº 5.553/1968) 
Esta é uma lei muito pequena e de fácil entendimento. Vamos lá!? 
 
Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público 
ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda 
que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de 
quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de 
registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e 
carteira de identidade de estrangeiro. 
 
A conduta proibida é a retenção de documento de identificação pessoal, e 
não a exigência de sua apresentação. 
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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
Aula 14 – Prof. Paulo Guimarães 
 
O dispositivo menciona ainda vários documentos que devem ser considerados 
como equiparados a documento de identificação. Quero chamar sua atenção para 
alguns que não estão presentes, a exemplo da Carteira Nacional de 
Habilitação e do Passaporte. 
A proibição de estende inclusive à cópia autenticada do documento! 
 
Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de 
documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5 
(cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu 
exibidor. 
§ 1º - Além do prazo previsto neste artigo, somente por ordem judicial poderá ser retirado 
qualquer documento de identificação pessoal. 
§ 2º - Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em 
órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento 
imediatamente ao interessado. 
 
Este dispositivo constitui uma exceção à proibição genérica de retenção. O prazo 
de até 5 dias certamente soa exagerado nos dias de hoje, mas é nesse momento 
que precisamos lembrar que estamos lidando com uma lei de 1968, não é 
mesmo? 
De qualquer forma, no período de até 5 dias devem ser extraídos os dados 
necessários. O prazo é inflexível, e a retenção extraordinária só pode ser 
realizada por ordem judicial. Essa exigência de retenção do documento também 
deve obedecer ao princípio da razoabilidade, somente ocorrendo quando for 
indispensável a identificação do cidadão com considerável grau de detalhe. 
Também não é possível a retenção de documento de identificação quando houver 
exigência de sua apresentação para entrada em locais públicos ou particulares. 
É comum que você precise se identificar para entrar em edifícios, e essa é uma 
prática rotineira e saudável, mas a pessoal responsável pela identificação pode 
apenas anotar os dados constantes do documento, devolvendo-o logo em 
seguida. 
 
Art. 3º Constitui contravenção penal, punível com pena de prisão simples de 1 (um) a 3 
(três) meses ou multa de NCR$ 0,50 (cinqüenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros 
novos), a retenção de qualquer documento a que se refere esta Lei. 
Parágrafo único. Quando a infração for praticada por preposto ou agente de pessoa 
jurídica, considerar-se-á responsável quem houver ordenado o ato que ensejou a retenção, 
a menos que haja, pelo executante, desobediência ou inobservância de ordens ou instruções 
expressas, quando, então, será este o infrator. 
 
 
http://www.iceni.com/infix.htm
 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
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A regra geral é a proibição de retenção de documentos de 
identificação, mesmo quando apresentados em cópia 
autenticada. É possível, porém, a retenção por até 5 dias para 
extração de dados, quando for exigida a identificação para a realização de 
determinado ato. 
 
3 - Lei nº 10.466/2002 
Esta é uma lei bastante simples, que trata da possibilidade de a Polícia Federal 
investigar o cometimento de infrações penais quando houver repercussão 
interestadual ou internacional que exijam repressão uniforme. 
 
Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver 
repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o 
Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da 
responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição 
Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à 
investigação, dentre outras, das seguintes infrações penais: 
I – sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do 
Código Penal), se o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em 
razão da função pública exercida pela vítima; 
II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 
27 de dezembro de 1990); e 
III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se 
comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e 
IV – furto, roubo oureceptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em 
operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou 
bando em mais de um Estado da Federação. 
V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins 
terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do 
produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848, 
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). 
Parágrafo único. Atendidos os pressupostos do caput, o Departamento de Polícia 
Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal providência seja autorizada 
ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça. 
 
Primeiramente quero chamar sua atenção para o caput do art. 1º. Você já sabe 
que a Polícia Federal é um departamento do Ministério da Justiça, competente 
para investigar certos crimes, quando estiver configurado o interesse da União. 
Digo isso para deixar bem claro que a regra geral é de que as polícias civis dos 
Estados investiguem a maior parte dos crimes, enquanto a Polícia Federal deve 
entrar em cena em casos específicos. 
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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
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Pois bem, para que haja a ampliação da competência da Polícia Federal, é 
necessário primeiramente que os crimes mencionados neste dispositivo tenham 
repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme. 
Isso significa que o crime deve ultrapassar esses limites, de maneira que, para 
responsabilizar os agentes, seja necessária uma ação uniforme, e aí então se 
justificaria a ação da polícia judiciária que pode atuar em qualquer estado da 
federação ou mesmo em outros países. 
Nos casos previstos no dispositivo, portanto, a Polícia Federal pode executar as 
atividades investigativas, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de 
segurança pública dos estados envolvidos. 
Em seguida o dispositivo traz uma lista dos crimes que podem ser investigados 
pela Polícia Federal quando tiverem repercussão interestadual ou internacional 
que exija repressão uniforme. Chamo sua atenção aqui para um detalhe: essa 
lista é meramente exemplificativa, como podemos concluir pela leitura do próprio 
caput, que utiliza a expressão “dentre outras” ao se referir às infrações penais 
listadas. 
Quando aos crimes mencionados, é importante memorizar todas as hipóteses, 
mas dê uma atenção especial à violação de direitos humanos. A Constituição 
Federal de 1988, em seu art. 109, §5º prevê a possibilidade de deslocamento de 
competência da Justiça comum estadual para a Justiça Federal nesses casos. 
 
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da 
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de 
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, 
perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, 
incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
 
Aqui estamos tratando da competência para julgar, e não exatamente da 
competência para investigar. Em 2005 o STJ indeferiu um pedido de 
deslocamento de competência da Justiça Estadual do Pará para a Justiça Federal, 
num caso que ficou muito conhecido: o assassinato de Dorothy Stang. 
À época, o STJ reconheceu que as autoridades estaduais estavam empenhadas 
na investigação do ocorrido, e, portanto, não havia que se falar em dúvida quanto 
ao cumprimento dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil em 
matéria de direitos humanos. Por outro lado, ao indeferir o pedido, a decisão 
deixou claro que não haveria prejuízo ao inciso III do art. 1º da Lei nº 
10.446/2002. 
Nossa conclusão, portanto, é de que o deslocamento da competência para julgar 
violações de direitos humanos previsto na Constituição não está necessariamente 
relacionado à possibilidade de a Polícia Federal investigar tais crimes. 
 
 
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LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
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4 - Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996) 
Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Os direitos 
de propriedade industrial, assim como os direitos autorais, são considerados 
como bens móveis pela lei. A proteção a esses direitos é operacionalizada por 
meio dos seguintes instrumentos: 
a)! concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; 
b)! concessão de registro de desenho industrial; 
c)! concessão de registro de marca; 
d)! repressão às falsas indicações geográficas; e 
e)! repressão à concorrência desleal. 
 
Assim como os direitos autorais, os direitos de propriedade 
industrial são considerados bens móveis. 
 
Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a 
patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. 
 
A patente é uma espécie de registro, que serve para invenções e modelos de 
utilidade, e hoje é de responsabilidade do Instituto Nacional da Propriedade 
Intelectual (INPI). No caso da invenção exigem-se os requisitos da novidade, da 
atividade inventiva e da aplicação industrial. 
O modelo de utilidade, por sua vez, é o objeto de uso prático, ou parte deste, 
suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, 
envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em 
sua fabricação. 
A seguir uma lista de criações que a lei considera como NÃO PATENTEÁVEIS: 
a)!descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
b)!concepções puramente abstratas; 
c)! esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, 
financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; 
d)!as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou 
qualquer criação estética; 
e)!programas de computador em si; 
f)! apresentação de informações; 
g)! regras de jogo; 
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Teoria e Questões 
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h)! técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos 
terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano 
ou animal; e 
i)! o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos 
encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o 
genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os 
processos biológicos naturais. 
 
Art. 94. Ao autor será assegurado o direito de obter registro de desenho industrial que 
lhe confira a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. 
 
O desenho industrial é a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto 
ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, 
proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e 
que possa servir de tipo de fabricação industrial. 
Atualmente a expressão desenho industrial caiu em desuso, tendo sido 
substituída por projeto de produto ou design de produto. Basicamente é a área 
de design que trabalha com a criação e produção de objetos e produtos, e daí 
essa ligação à sua aplicação na indústria. Atenção aqui, pois se trata de um 
trabalho técnico, e não puramente artístico, ok? 
 
Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente 
perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. 
Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro 
idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa; 
II - marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou 
serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à 
qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e 
III - marca coletiva:aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de 
membros de uma determinada entidade. 
 
Agora temos a possibilidade de registro de marca, que pode ser uma marca de 
produto, uma marca de certificação ou ainda uma marca coletiva. 
 
Acredito que a parte mais importante desta lei seja aquela na qual são tipificados 
os crimes contra a propriedade intelectual (Título V). A seguir apresento os tipos 
penais de acordo com os capítulos nos quais estão divididos. 
 
 
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CRIMES CONTRA AS PATENTES 
Art. 183. Comete crime contra patente de invenção 
ou de modelo de utilidade quem: 
I - fabrica produto que seja objeto de patente de 
invenção ou de modelo de utilidade, sem autorização 
do titular; ou 
II - usa meio ou processo que seja objeto de patente 
de invenção, sem autorização do titular. 
 
Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 184. Comete crime contra patente de invenção 
ou de modelo de utilidade quem: 
I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem 
em estoque, oculta ou recebe, para utilização com 
fins econômicos, produto fabricado com violação de 
patente de invenção ou de modelo de utilidade, ou 
obtido por meio ou processo patenteado; ou 
II - importa produto que seja objeto de patente de 
invenção ou de modelo de utilidade ou obtido por 
meio ou processo patenteado no País, para os fins 
previstos no inciso anterior, e que não tenha sido 
colocado no mercado externo diretamente pelo 
titular da patente ou com seu consentimento. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Art. 185. Fornecer componente de um produto 
patenteado, ou material ou equipamento para 
realizar um processo patenteado, desde que a 
aplicação final do componente, material ou 
equipamento induza, necessariamente, à exploração 
do objeto da patente. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Art. 186. Os crimes deste Capítulo caracterizam-se ainda que a violação não atinja todas 
as reivindicações da patente ou se restrinja à utilização de meios equivalentes ao objeto 
da patente. 
Art. 196. As penas de detenção previstas nos Capítulos I, II e III deste Título serão 
aumentadas de um terço à metade se: 
I - o agente é ou foi representante, mandatário, preposto, sócio ou empregado do titular 
da patente ou do registro, ou, ainda, do seu licenciado; ou 
II - a marca alterada, reproduzida ou imitada for de alto renome, notoriamente conhecida, 
de certificação ou coletiva. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 (dez) 
e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a sistemática do 
Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
 
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CRIMES CONTRA OS DESENHOS INDUSTRIAIS 
Art. 187. Fabricar, sem autorização do titular, 
produto que incorpore desenho industrial 
registrado, ou imitação substancial que possa 
induzir em erro ou confusão. 
Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 188. Comete crime contra registro de desenho 
industrial quem: 
I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem 
em estoque, oculta ou recebe, para utilização com 
fins econômicos, objeto que incorpore ilicitamente 
desenho industrial registrado, ou imitação 
substancial que possa induzir em erro ou confusão; 
ou 
II - importa produto que incorpore desenho 
industrial registrado no País, ou imitação 
substancial que possa induzir em erro ou confusão, 
para os fins previstos no inciso anterior, e que não 
tenha sido colocado no mercado externo 
diretamente pelo titular ou com seu consentimento. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Art. 196. As penas de detenção previstas nos Capítulos I, II e III deste Título serão 
aumentadas de um terço à metade se: 
I - o agente é ou foi representante, mandatário, preposto, sócio ou empregado do titular 
da patente ou do registro, ou, ainda, do seu licenciado; ou 
II - a marca alterada, reproduzida ou imitada for de alto renome, notoriamente 
conhecida, de certificação ou coletiva. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 
(dez) e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a 
sistemática do Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
CRIMES CONTRA AS MARCAS 
Art. 189. Comete crime contra registro de marca 
quem: 
I - reproduz, sem autorização do titular, no todo ou 
em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que 
possa induzir confusão; ou 
II - altera marca registrada de outrem já aposta em 
produto colocado no mercado. 
Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 190. Comete crime contra registro de marca 
quem importa, exporta, vende, oferece ou expõe à 
venda, oculta ou tem em estoque: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
 
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Teoria e Questões 
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I - produto assinalado com marca ilicitamente 
reproduzida ou imitada, de outrem, no todo ou em 
parte; ou 
II - produto de sua indústria ou comércio, contido 
em vasilhame, recipiente ou embalagem que 
contenha marca legítima de outrem. 
Art. 196. As penas de detenção previstas nos Capítulos I, II e III deste Título serão 
aumentadas de um terço à metade se: 
I - o agente é ou foi representante, mandatário, preposto, sócio ou empregado do titular 
da patente ou do registro, ou, ainda, do seu licenciado; ou 
II - a marca alterada, reproduzida ou imitada for de alto renome, notoriamente conhecida, 
de certificação ou coletiva. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 (dez) 
e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a sistemática do 
Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
CRIMES COMETIDOS POR MEIO DE MARCA, TÍTULO DE 
ESTABELECIMENTO E SINAL DE PROPAGANDA 
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa 
induzir em erro ou confusão, armas, brasões ou 
distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou 
internacionais, sem a necessária autorização, no 
todo ou em parte, em marca, título de 
estabelecimento, nome comercial, insígnia ou sinal 
de propaganda, ou usar essas reproduções ou 
imitações com fins econômicos. 
OBS: Este é o único dos crimes desta lei que é de 
ação penal pública incondicionada. Os demais são 
de ação penal pública condicionada à representação 
do ofendido. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Parágrafo único. Incorre na 
mesma pena quem vende ou 
expõe ou oferece à venda 
produtos assinalados com essas 
marcas. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 
(dez) e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a 
sistemática do Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
 
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Teoriae Questões 
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CRIMES CONTRA INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS E DEMAIS 
INDICAÇÕES 
Art. 192. Fabricar, importar, exportar, vender, 
expor ou oferecer à venda ou ter em estoque 
produto que apresente falsa indicação geográfica. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Art. 193. Usar, em produto, recipiente, invólucro, 
cinta, rótulo, fatura, circular, cartaz ou em outro 
meio de divulgação ou propaganda, termos 
retificativos, tais como "tipo", "espécie", "gênero", 
"sistema", "semelhante", "sucedâneo", "idêntico", 
ou equivalente, não ressalvando a verdadeira 
procedência do produto. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Art. 194. Usar marca, nome comercial, título de 
estabelecimento, insígnia, expressão ou sinal de 
propaganda ou qualquer outra forma que indique 
procedência que não a verdadeira, ou vender ou 
expor à venda produto com esses sinais. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 
(três) meses, ou multa. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 
(dez) e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a 
sistemática do Código Penal. 
Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
CRIMES DE CONCORRÊNCIA DESLEAL 
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal 
quem: 
I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em 
detrimento de concorrente, com o fim de obter 
vantagem; 
II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa 
informação, com o fim de obter vantagem; 
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em 
proveito próprio ou alheio, clientela de outrem; 
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, 
ou os imita, de modo a criar confusão entre os 
produtos ou estabelecimentos; 
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de 
estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, 
expõe ou oferece à venda ou tem em estoque 
produto com essas referências; 
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão 
social, em produto de outrem, o nome ou razão 
social deste, sem o seu consentimento; 
Pena - detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano, ou multa. 
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VII - atribui-se, como meio de propaganda, 
recompensa ou distinção que não obteve; 
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em 
recipiente ou invólucro de outrem, produto 
adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para 
negociar com produto da mesma espécie, embora 
não adulterado ou falsificado, se o fato não constitui 
crime mais grave; 
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a 
empregado de concorrente, para que o empregado, 
faltando ao dever do emprego, lhe proporcione 
vantagem; 
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita 
promessa de paga ou recompensa, para, faltando 
ao dever de empregado, proporcionar vantagem a 
concorrente do empregador; 
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, 
de conhecimentos, informações ou dados 
confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou 
prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam 
de conhecimento público ou que sejam evidentes 
para um técnico no assunto, a que teve acesso 
mediante relação contratual ou empregatícia, 
mesmo após o término do contrato; 
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de conhecimentos ou informações a 
que se refere o inciso anterior, obtidos por meios 
ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou 
XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, 
declarando ser objeto de patente depositada, ou 
concedida, ou de desenho industrial registrado, que 
não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou papel 
comercial, como depositado ou patenteado, ou 
registrado, sem o ser; 
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem 
autorização, de resultados de testes ou outros 
dados não divulgados, cuja elaboração envolva 
esforço considerável e que tenham sido 
apresentados a entidades governamentais como 
condição para aprovar a comercialização de 
produtos. 
§ 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio 
ou administrador da empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos 
mencionados dispositivos. 
§ 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão 
governamental competente para autorizar a comercialização de produto, quando 
necessário para proteger o público. 
Art. 197. As penas de multa previstas neste Título serão fixadas, no mínimo, em 10 
(dez) e, no máximo, em 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, de acordo com a 
sistemática do Código Penal. 
http://www.iceni.com/infix.htm
 
 
 
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Parágrafo único. A multa poderá ser aumentada ou reduzida, em até 10 (dez) vezes, 
em face das condições pessoais do agente e da magnitude da vantagem auferida, 
independentemente da norma estabelecida no artigo anterior. 
 
Art. 199. Nos crimes previstos neste Título somente se procede mediante queixa, salvo 
quanto ao crime do art. 191, em que a ação penal será pública. 
 
Este é um dispositivo muito importante para a sua prova. Os crimes contra a 
propriedade industrial em geral são de ação penal pública condicionada à 
representação, exceto o crime tipificado pelo art. 191, que reproduzo a seguir 
novamente pra que você não esqueça. 
 
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em erro ou confusão, armas, 
brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária 
autorização, no todo ou em parte, em marca, título de estabelecimento, nome comercial, 
insígnia ou sinal de propaganda, ou usar essas reproduções ou imitações com fins 
econômicos. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou expõe ou oferece à venda 
produtos assinalados com essas marcas. 
 
A lei traz ainda disposições acerca da ação penal e das medidas de busca e 
apreensão. As regras do Código de Processo Penal aplicam-se subsidiariamente. 
Na diligência de busca e apreensão, o oficial de justiça deverá ser acompanhado 
por perito, que terá a função de observar preliminarmente a existência do ilícito, 
podendo o juiz ordenar a apreensão de produtos obtidos ilicitamente. 
Além da medida de busca e apreensão, o interessado poderá também requerer a 
apreensão da marca falsificada, alterada ou imitada, onde quer que ela seja 
encontrada, mesmo antes de utilizada para fins criminosos, bem como a 
destruição de marca falsificada nos próprios volumes ou produtos, antes da 
sua distribuição, ainda que essa medida cause a destruição dos próprios produtos 
ou de suas embalagens. 
É importante também deixar claro que essas medidas não servem para paralisar 
as atividades de estabelecimentos comerciais ou industriais legalmente 
organizados. 
 
Art. 205. Poderá constituir matéria de defesa na ação penal a alegação de nulidade da 
patente ou registro em que a ação se fundar. A absolvição do réu, entretanto, não 
importará a nulidade da patente ou do registro, que só poderá ser demandada pela ação 
competente. 
 
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Boa parte dos crimes tipificados pela Lei nº 9.279/1996 se fundam na licitude da 
patente ou do registro. Se houver nulidade, portanto, não haverá crime. Por outro 
lado, o simples fato de o réu ter sido absolvido não significa que a patente ou 
registro é nulo. A absolvição pode ocorrer por diversas razões, incluindo a falta 
de provas. 
 
Art. 206. Na hipótese de serem reveladas, em juízo, para a defesa dos interesses de 
qualquer das partes, informações que se caracterizemcomo confidenciais, sejam segredo 
de indústria ou de comércio, deverá o juiz determinar que o processo prossiga em segredo 
de justiça, vedado o uso de tais informações também à outra parte para outras finalidades. 
 
Essas informações são aquelas que constam nos planejamentos de negócios das 
empresas, e cujo sigilo é importante para que se atinjam os resultados 
esperados. 
Você já deve ter ouvido falar, por exemplo, de uma grande empresa que 
anualmente lança novas versões de seus aparelhos celulares. Apesar de haver 
vazamentos constantemente, esses designs e funcionalidades ficam guardados a 
sete chaves até o dia do evento de lançamento. 
 
5 - Lei de Biossegurança (Lei n. 11.105/2005) 
Esta é uma lei altamente complexa, que estabelece normas de segurança e 
mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos 
geneticamente modificados e trata da Política Nacional de Biossegurança. 
Seu objetivo é estabelecer normas de segurança e mecanismos de fiscalização 
sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a 
transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a 
comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de 
organismos geneticamente modificados e seus derivados. 
A lei é bastante extensa e, honestamente, diante do tamanho do conteúdo 
programático do seu concurso, não acredito que valha à pena um estudo mais 
detalhado. Analisando questões anteriores, percebi que há diversas questões que 
pedem a regra do art. 5º. 
 
Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco 
embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não 
utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: 
I – sejam embriões inviáveis; ou 
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, 
ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) 
anos, contados a partir da data de congelamento. 
§ 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores. 
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§ 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com 
células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e 
aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa. 
§ 3o É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua 
prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 
1997. 
 
Perceba que as células-tronco de embriões humanos provenientes de fertilização 
in vitro podem ser utilizados para pesquisa e terapia, desde que sejam atendidas 
as condições previstas nos incisos I e II. 
 A lei tipifica seis crimes, conforme a tabela a seguir: 
 
CRIMES PREVISTOS NA LEI DA BIOSSEGURANÇA 
Art. 24. Utilizar embrião humano em 
desacordo com o que dispõe o art. 5o desta 
Lei: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, 
e multa. 
 
Art. 25. Praticar engenharia genética em 
célula germinal humana, zigoto humano ou 
embrião humano: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, 
e multa. 
 
Art. 26. Realizar clonagem humana: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, 
e multa. 
 
Art. 27. Liberar ou descartar organismos 
geneticamente modificados no meio 
ambiente, em desacordo com as normas 
estabelecidas pela Comissão Técnica Nacional 
de Biossegurança (CTNBio)!e pelos órgãos e 
entidades de registro e fiscalização: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, 
e multa. 
§ 2o Agrava-se a pena: 
I – de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se 
resultar dano à propriedade alheia; 
II – de 1/3 (um terço) até a metade, se 
resultar dano ao meio ambiente; 
III – da metade até 2/3 (dois terços), se 
resultar lesão corporal de natureza grave em 
outrem; 
IV – de 2/3 (dois terços) até o dobro, se 
resultar a morte de outrem. 
Art. 28. Utilizar, comercializar, registrar, 
patentear e licenciar tecnologias 
genéticas de restrição do uso: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, 
e multa. 
 
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Art. 29. Produzir, armazenar, 
transportar, comercializar, importar ou 
exportar organismos geneticamente 
modificados ou seus derivados, sem 
autorização ou em desacordo com as normas 
estabelecidas pela CTNBio e pelos órgãos e 
entidades de registro e fiscalização: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e 
multa. 
 
 
6 - Lei do Transplante de Órgãos (Lei n. 9.434/1997) 
Esta lei trata da remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins 
de transplante e tratamento. 
As pessoas têm o direito de dispor de seus próprios órgãos, tecidos e partes do 
seu corpo, desde que gratuitamente, para fins de transplante e tratamento. 
Alguém pode, por exemplo, determinar que seus órgãos não serão doados, mas 
não pode receber valores por isso. 
No caso da disposição post mortem (após a morte), é importante saber que a 
retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo humano só pode ocorrer após o 
diagnóstico de morte encefálica (cerebral), que precisa ser constatada e 
registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e 
transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos 
por resolução do Conselho Federal de Medicina. 
A retirada dos tecidos, órgãos ou partes do corpo humano post mortem depende 
ainda da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, de acordo com a 
linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau de parentesco, firmada 
em documento assinado por duas testemunhas presentes no momento da 
verificação da morte. 
No caso de o falecido ser juridicamente incapaz, a remoção poderá ser feita desde 
que permitida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis 
legais. 
Esses transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só 
podem ser realizados por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por 
equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados 
pelo Sistema Único de Saúde. 
Acredito que a parte realmente interessante desta lei para nós seja o capítulo 
que trata das sanções penais, no qual são tipificados alguns crimes. 
 
 
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CRIMES PREVISTOS NA LEI DO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS 
Art. 14. Remover tecidos, órgãos ou partes 
do corpo de pessoa ou cadáver, em desacordo 
com as disposições desta Lei: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, 
de 100 a 360 dias-multa. 
§ 1.º Se o crime é cometido mediante paga 
ou promessa de recompensa ou por outro 
motivo torpe: 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e 
multa, de 100 a 150 dias-multa. 
§ 2.º Se o crime é praticado em pessoa viva, 
e resulta para o ofendido: 
I - incapacidade para as ocupações 
habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, 
sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de três a dez anos, e multa, 
de 100 a 200 dias-multa 
§ 3.º Se o crime é praticado em pessoa viva 
e resulta para o ofendido: 
I - Incapacidade para o trabalho; 
II - Enfermidade incurável ; 
III - perda ou inutilização de membro, 
sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos, e 
multa, de 150 a 300 dias-multa. 
§ 4.º Se o crime é praticado em pessoa viva 
e resulta morte: 
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, e 
multa de 200 a 360 dias-multa. 
Art. 15. Comprar ou vender tecidos, órgãos 
ou partes do corpo humano: 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa, 
de 200 a 360 dias-multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena 
quem promove,intermedeia, facilita ou 
aufere qualquer vantagem com a transação. 
Art. 16. Realizar transplante ou enxerto 
utilizando tecidos, órgãos ou partes do corpo 
humano de que se tem ciência terem sido 
obtidos em desacordo com os dispositivos 
desta Lei: 
Pena - reclusão, de um a seis anos, e multa, 
de 150 a 300 dias-multa. 
 
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Art. 17 Recolher, transportar, guardar ou 
distribuir partes do corpo humano de que se 
tem ciência terem sido obtidos em desacordo 
com os dispositivos desta Lei: 
Pena - reclusão, de seis meses a dois anos, e 
multa, de 100 a 250 dias-multa. 
 
Art. 18. Realizar transplante ou enxerto 
em desacordo com o disposto no art. 10 desta 
Lei e seu parágrafo único: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Art. 10. O transplante ou enxerto só se fará 
com o consentimento expresso do 
receptor, assim inscrito em lista única de 
espera, após aconselhamento sobre a 
excepcionalidade e os riscos do 
procedimento. 
§ 1o Nos casos em que o receptor seja 
juridicamente incapaz ou cujas condições de 
saúde impeçam ou comprometam a 
manifestação válida da sua vontade, o 
consentimento de que trata este artigo será 
dado por um de seus pais ou responsáveis 
legais. 
§ 2o A inscrição em lista única de espera não 
confere ao pretenso receptor ou à sua 
família direito subjetivo a indenização, se o 
transplante não se realizar em decorrência 
de alteração do estado de órgãos, tecidos e 
partes, que lhe seriam destinados, 
provocado por acidente ou incidente em seu 
transporte.!!
Art. 19. Deixar de recompor cadáver, 
devolvendo-lhe aspecto condigno, para 
sepultamento ou deixar de entregar ou 
retardar sua entrega aos familiares ou 
interessados: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
Art. 20. Publicar anúncio ou apelo público 
em desacordo com o disposto no art. 11: 
Pena - multa, de 100 a 200 dias-multa. 
Art. 11. É proibida a veiculação, através de 
qualquer meio de comunicação social de 
anúncio que configure: 
a) publicidade de estabelecimentos 
autorizados a realizar transplantes e 
enxertos, relativa a estas atividades; 
b) apelo público no sentido da doação de 
tecido, órgão ou parte do corpo humano 
para pessoa determinada identificada ou 
não, ressalvado o disposto no parágrafo 
único; 
c) apelo público para a arrecadação de 
fundos para o financiamento de transplante 
ou enxerto em beneficio de particulares. 
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Parágrafo único. Os órgãos de gestão 
nacional, regional e local do Sistema único 
de Saúde realizarão periodicamente, através 
dos meios adequados de comunicação 
social, campanhas de esclarecimento público 
dos benefícios esperados a partir da vigência 
desta Lei e de estímulo à doação de órgãos. 
 
7 - Lei nº 9.029/1995 (Crimes contra o Trabalho) 
Esta lei é o diploma específico brasileiro sobre a discriminação no emprego. Trata-
se de uma lei simples, de fácil entendimento, e não será um grande desafio para 
você acertar eventuais questões de prova sobre ela, ok? J 
 
Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de 
acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, 
estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre outros, 
ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas no 
inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal. 
 
O art. 1º fala em práticas discriminatórias e limitativas nas relações de 
emprego. Essas práticas são aquelas que tendam a diferenciar empregados em 
razão de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência, 
reabilitação profissional, idade, entre outros. 
A lei faz ainda menção, no caso específico da discriminação por idade, à proteção 
à criança e ao adolescente, que é concedida pela própria Constituição de 1988 e 
pormenorizada em algumas leis específicas, a exemplo do Estatuto da Criança e 
do Adolescente. 
Vejamos então quais são as condutas que a lei tipificou em seu art. 2º. 
 
Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: 
I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro 
procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez; 
II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem; 
a) indução ou instigamento à esterilização genética; 
b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços 
e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas 
ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Pena: detenção de um a dois anos e multa. 
 
d
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Apesar de a lei mencionar a relação de emprego, você pode perceber, pela própria 
redação do tipo penal, que as relações protegidas são um pouco mais amplas, 
alcançando inclusive servidores públicos. 
A primeira conduta típica é a de quem exige comprovação de esterilidade ou 
gravidez. Isso pode parecer estranho para alguns, mas era muito comum até 
pouco tempo atrás a exigência de exames de gravidez no ato da admissão de 
mulheres. A lei protege o emprego da grávida, conferindo-lhe estabilidade desde 
o momento da concepção, e por isso mesmo era comum que entidades pedissem 
exames de gravidez como condição para admissão de empregadas. 
A segunda conduta mencionada está relacionada à adoção de medidas de indução 
ou instigamento!à esterilização, bem como à promoção do controle de natalidade. 
Imagine por exemplo um empregador fazendo campanha para que suas 
funcionárias façam cirurgias de esterilização? Isso não tem o menor cabimento, 
não é mesmo? 
Mas quem será que pode ser o sujeito ativo desses crimes? Seria apenas o 
empregador? Poderia ser um gerente? A resposta nos é dada pelo parágrafo único 
do art. 2º. 
 
Parágrafo único. São sujeitos ativos dos crimes a que se refere este artigo: 
I - a pessoa física empregadora; 
II - o representante legal do empregador, como definido na legislação trabalhista; 
III - o dirigente, direto ou por delegação, de órgãos públicos e entidades das administrações 
públicas direta, indireta e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
 
O empregador pode ser sujeito ativo do crime, desde que ele seja uma pessoa 
física. Seria o caso de um empresário individual, ou mesmo de alguém que 
contrata empregado doméstico, por exemplo. 
Em segundo lugar, temos o representante legal do empregador. Aqui estamos 
falando dos administradores, diretores, gerentes, etc. 
Em terceiro lugar, temos o dirigente de órgãos ou entidades da Administração 
Pública, em qualquer poder e em qualquer esfera federativa, indistintamente. 
 
Art. 4o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, 
além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: 
I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante 
pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros 
legais; 
II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida 
monetariamente e acrescida dos juros legais. 
 
b
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A intenção do legislador aqui parece ter sido dar ao empregado opções para a 
reparação do dano causado pelo rompimento da relação de empregado por razões 
discriminatórias. Atenção aqui, pois a opção é do empregado, ou seja, da vítima 
da discriminação,ok!? 
Essa recomposição de danos obviamente não tem natureza penal, mas sim 
trabalhista. A primeira opção é a reintegração, com ressarcimento da 
remuneração à qual o empregado teria direito durante o período em que ficou 
afastado da relação de emprego, e a segunda é a indenização relativa a esse 
período com o dobro do valor da sua remuneração, sem a readmissão. 
Por último, temos a previsão de medidas administrativas, aplicáveis ao 
empregador que praticar esse tipo de crime. 
 
Art. 3o Sem prejuízo do prescrito no art. 2o desta Lei e nos dispositivos legais que tipificam 
os crimes resultantes de preconceito de etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao 
disposto nesta Lei são passíveis das seguintes cominações: 
I - multa administrativa de dez vezes o valor do maior salário pago pelo empregador, 
elevado em cinqüenta por cento em caso de reincidência; 
II - proibição de obter empréstimo ou financiamento junto a instituições financeiras 
oficiais. 
 
8 - Questões 
8.1 - Questões sem Comentários 
QUESTÃO 01 - DENTRAN-DF – Agente de Trânsito – 2012 – 
Universa. 
Acerca da Lei n.º 5.553/1968, no que se refere à apresentação e ao uso de 
documento pessoal, assinale a alternativa correta. 
a) A nenhuma pessoa física, assim como a nenhuma pessoa jurídica, de 
direito público ou privado, é lícito reter algum documento de identificação 
pessoal, exceto se apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, 
incluindo comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, 
carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de 
casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de 
estrangeiro. 
b) Somente por ordem judicial ou do Ministério Público poderá ser retirado 
documento de identificação pessoal, exigido em determinado ato, fora do 
prazo estabelecido para devolução. 
c) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação 
de documento de identificação, a pessoa responsável pela exigência fará 
6
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extrair, no prazo de até cinco dias, os dados que interessarem, devolvendo, 
em seguida, o documento ao seu exibidor. 
d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de 
pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no 
ato e devolvido o documento ao interessado até sua saída do local. 
e) Constitui crime, punível com pena de prisão simples de um a três meses 
ou com multa, a retenção de qualquer documento a que se refere essa lei. 
QUESTÃO 02 - PM-DF – Soldado– 2013 – Fundação Universa. 
Nos termos da Lei n.º 5.553/1968, a retenção injustificada de qualquer 
documento de identificação pessoal 
a) constitui contravenção penal. 
b) constitui crime. 
c) constitui infração administrativa, apenas. 
d) constitui crime e infração administrativa. 
e) não constitui qualquer infração se apresentado por fotocópia autenticada. 
QUESTÃO 03 - TRF 2ª Região – Técnico Judiciário – 2012 – FCC. 
Josimar pretende entrar em prédio público, em que é indispensável a 
apresentação de documento de identidade e exibe ao funcionário 
responsável sua carteira profissional. Nesse caso, o funcionário 
a) poderá reter o documento, que será devolvido ao interessado prazo 
máximo de dez dias. 
b) deverá reter o documento do interessado durante todo o período em que 
estiver no interior do prédio. 
c) deverá anotar seus dados no ato e devolver imediatamente o documento 
ao interessado. 
d) só poderia reter o documento se Josimar tivesse apresentado fotocópia 
autenticada. 
e) poderá reter o documento por até oito dias, se verificar que Josimar ainda 
não está cadastrado. 
QUESTÃO 04 - PC-ES – Escrivão – 2011 – Cespe. 
A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito 
público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de 
identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou 
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, 
título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, 
certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de 
identidade de estrangeiro, exceto para a prática de determinado ato em que 
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http://www.iceni.com/infix.htm
 
 
 
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for exigida a apresentação de documento de identificação, ocasião em que a 
pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados 
que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor. 
QUESTÃO 05 - PC-PA – Escriturário – 2013 – UEPA. 
A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse 
de seus documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do 
exercício de direitos. Por força dessa lei: 
a) é vedada a apreensão de documentos originais, porém é permitida a 
retenção daqueles apresentados em fotocópias autenticadas, na medida em 
que estes não possuem valor legal. 
b) a retenção de documentos de identificação pessoal constituirá 
contravenção penal, mas apenas quando praticada por autoridade pública, 
sendo um irrelevante penal a conduta quando praticada por particular. 
c) as limitações constantes da lei somente se referem a documentos que 
contenham a fotografia do titular, pois apenas estes são válidos como 
documentos de identificação. 
d) nos termos da lei, a autoridade policial deve reter documento que, por 
mau estado de conservação, torne incerta a veracidade dos dados dele 
constantes, fazendo instaurar investigação sobre possível crime de uso de 
documento falso. 
e) é lícito condicionar a entrada de pessoas em prédios públicos à 
apresentação de documento de identificação, mas o documento deve ser 
imediatamente restituído após conferência ou anotação dos dados. 
QUESTÃO 06 - PC-ES – Perito Papiloscópico – 2011 – Cespe. 
Constitui contravenção penal a retenção injustificada de qualquer documento 
de identificação pessoal. 
QUESTÃO 07 - PC-ES – Perito Papiloscópico – 2011 – Cespe. 
Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de 
pessoa em órgãos públicos, seus dados deverão ser anotados no ato e o 
documento deverá ser-lhe devolvido no prazo máximo de cinco dias. 
QUESTÃO 08 - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Auxiliar de Perito – 
2016 – Cespe. 
Jorge, maior e capaz, pequeno empresário, contratou Lucas como 
empregado em sua empresa e, sem justo motivo, retém em seu poder, há 
já mais de cinco dias, o comprovante de quitação de Lucas com o serviço 
militar. 
7
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Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.° 5.553/1968, a retenção, 
sem justo motivo, do comprovante de quitação de serviço militar será 
enquadrada como 
a) contravenção penal punível com prisão simples ou multa. 
b) crime punível com reclusão. 
c) crime punível com detenção e multa. 
d) crime punível com multa. 
e) crime punível com detenção. 
QUESTÃO 09 - DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. 
No que diz respeito às infrações penais de repercussão interestadual ou 
internacional (Lei n.º 10.446/2002), julgue o item seguinte. 
Caso determinada contravenção penal tenha repercussão interestadual, 
poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem 
prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública, proceder à 
sua investigação. 
QUESTÃO 10 - TJ-MS – Titular de Serviços de Notas e de 
Registros – 2009 – VUNESP (adaptada). 
Nos crimes contra a propriedade industrial (Título V da Lei n.º 9.279/1996) 
a ação penal é sempre pública condicionada à representação. 
QUESTÃO 11 - CEF – Advogado – 2012 – Cesgranrio 
(adaptada). 
Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente 
artístico. 
QUESTÃO12 - PC-SP – Delegado de Polícia – 2014 – Acafe 
(adaptada). 
Comete crime de concorrência desleal, na forma da Lei 9.279/96, que regula 
direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, quem usa expressão 
ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre 
os produtos ou estabelecimentos, bem como se atribui, como meio de 
propaganda, recompensa ou distinção que não obteve. 
QUESTÃO 13 - TJDFT – Juiz de Direito – 2012 – TJDFT 
(adaptada). 
Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade (art. 
184 da Lei 9.279/96) quem recebe, para utilização com fins econômicos, 
produto fabricado com violação de patente de invenção ou de modelo de 
==db697==
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utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado, exceto se a violação 
se restringir à utilização de meios equivalentes ao objeto da patente. 
QUESTÃO 14 - AL-ES – Procurador – 2011 – Cespe (adaptada). 
Será responsabilizado administrativamente aquele que utilizar em pesquisas 
científicas células-tronco embrionárias obtidas a partir de embriões humanos 
viáveis produzidos por fertilização in vitro. 
QUESTÃO 15 - MPE-TO – Promotor de Justiça – 2012 – Cespe 
(adaptada). 
De acordo com o que dispõe a Lei n.º 9.434/1997, constatada a morte 
encefálica de menor de idade, a remoção post mortem de seus órgãos para 
fins de transplante somente poderá ocorrer após a permissão expressa de 
um dos pais do menor ou de um de seus responsáveis legais. 
QUESTÃO 16 - MPE-SC – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-
SC. 
Nos crimes de remoção ilegal de órgãos, tecidos e partes do corpo humano 
(Lei n. 9.434/97), todos de ação penal pública incondicionada, há previsão 
da modalidade culposa. 
QUESTÃO 17 - TRT 1ª Região (RJ) – Juiz do Trabalho – 2011 – 
FCC (adaptada). 
O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos termos da 
Lei no 9.029, de 13 de abril de 1995, 
a) determina a condenação do empregador ao pagamento de indenização 
que será arbitrada pelo juiz, além de estabilidade no emprego por dois anos. 
b) faculta ao empregador optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento, mediante o pagamento das 
remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros 
legais; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, 
acrescida dos juros legais. 
c) faculta ao empregado optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento, mediante o pagamento das 
remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros 
legais e garantia à estabilidade de um ano; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, 
acrescida dos juros legais. 
d) faculta ao empregado optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento, mediante o pagamento das 
remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros 
legais; ou, a percepção, em dobro, da 
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remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e 
acrescida dos juros legais. 
e) faculta ao empregador optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento e garantia à estabilidade de um 
ano, mediante o pagamento das remunerações devidas, corrigidas 
monetariamente, acrescidas dos juros legais; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, 
acrescida dos juros legais. 
QUESTÃO 18 - TRT 3ª Região (MG) – Juiz do Trabalho – 2009 
– TRT 3ª Região (adaptada). 
Nos termos da Lei n°. 9.029/95, o rompimento da relação de trabalho por 
ato discriminatório do empregador, faculta ao empregado optar entre: I. a 
reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, 
mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas 
monetariamente, acrescidas de juros legais; II. a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e 
acrescida de juros legais. 
 
8.2 - Gabarito 
1. C 10. ERRADO 
2. A 11. CERTO 
3. C 12. CERTO 
4. ERRADO 13. ERRADO 
5. E 14. CERTO 
6. CERTO 15. ERRADO 
7. CERTO 16. ERRADO 
8. A 17. D 
9. ANULADA 18. CERTO 
 
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8.3 - Questões Comentadas 
QUESTÃO 01 - DENTRAN-DF – Agente de Trânsito – 2012 – 
Universa. 
Acerca da Lei n.º 5.553/1968, no que se refere à apresentação e ao uso de 
documento pessoal, assinale a alternativa correta. 
a) A nenhuma pessoa física, assim como a nenhuma pessoa jurídica, de 
direito público ou privado, é lícito reter algum documento de identificação 
pessoal, exceto se apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, 
incluindo comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, 
carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de 
casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de 
estrangeiro. 
b) Somente por ordem judicial ou do Ministério Público poderá ser retirado 
documento de identificação pessoal, exigido em determinado ato, fora do 
prazo estabelecido para devolução. 
c) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação 
de documento de identificação, a pessoa responsável pela exigência fará 
extrair, no prazo de até cinco dias, os dados que interessarem, devolvendo, 
em seguida, o documento ao seu exibidor. 
d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de 
pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no 
ato e devolvido o documento ao interessado até sua saída do local. 
e) Constitui crime, punível com pena de prisão simples de um a três meses 
ou com multa, a retenção de qualquer documento a que se refere essa lei. 
Comentários 
A única alternativa correta aqui é a letra C, nos termos do art. 2º da Lei nº 
5.553/1968. A alternativa A está incorreta porque a retenção do documento de 
identificação não é lícita mesmo que seja apresentado por fotocópia. A alternativa 
B está incorreta porque essa retirada somente pode ocorrer por ordem judicial, 
e não do MP. A alternativa D está incorreta porque a devolução nesse caso deve 
dar-se imediatamente, e não no momento da saída. A alternativa E está incorreta 
porque a conduta mencionada constitui contravenção penal. 
GABARITO: C 
QUESTÃO 02 - PM-DF – Soldado– 2013 – Fundação Universa. 
Nos termos da Lei n.º 5.553/1968, a retenção injustificada de qualquer 
documento de identificação pessoal 
a) constitui contravenção penal. 
b) constitui crime. 
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c) constitui infração administrativa, apenas. 
d) constitui crime e infração administrativa. 
e) não constitui qualquer infração se apresentado por fotocópia autenticada. 
Comentários 
O art. 3º da Lei nº 5.553/1968 trata a retenção indevida de documento de 
identificação como contravenção penal, inclusive se o documento for apresentado 
por meio de fotocópia autenticada. 
GABARITO: A 
QUESTÃO 03 - TRF 2ª Região – Técnico Judiciário – 2012 – FCC. 
Josimar pretende entrar em prédio público, em que é indispensável a 
apresentação de documento de identidade e exibe ao funcionário 
responsável sua carteira profissional. Nesse caso, o funcionário 
a) poderá reter o documento, que será devolvido ao interessado prazo 
máximo de dez dias. 
b) deverá reter o documento do interessado durante todo o período em que 
estiver no interior do prédio. 
c) deverá anotar seus dados no ato e devolver imediatamente odocumento 
ao interessado. 
d) só poderia reter o documento se Josimar tivesse apresentado fotocópia 
autenticada. 
e) poderá reter o documento por até oito dias, se verificar que Josimar ainda 
não está cadastrado. 
Comentários 
A Lei nº 5.553/1968 não prevê a possibilidade de retenção do documento de 
identificação como requisito para entrada em prédio público ou particular. Nesse 
caso, o responsável pela identificação poderá apenas anotar os dados e deve 
devolver imediatamente o documento. 
GABARITO: C 
QUESTÃO 04 - PC-ES – Escrivão – 2011 – Cespe. 
A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito 
público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de 
identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou 
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, 
título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, 
certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de 
identidade de estrangeiro, exceto para a prática de determinado ato em que 
for exigida a apresentação de documento de identificação, ocasião em que a 
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pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados 
que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor. 
Comentários 
A assertiva reproduz quase integralmente o teor dos arts. 1º e 2º da Lei nº 
5.553/1968, exceto por um pequeno detalhe: o prazo para retenção do 
documento de identificação para extração de dados é de no máximo 5 dias. 
GABARITO: ERRADO 
QUESTÃO 05 - PC-PA – Escriturário – 2013 – UEPA. 
A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos quanto à posse 
de seus documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do 
exercício de direitos. Por força dessa lei: 
a) é vedada a apreensão de documentos originais, porém é permitida a 
retenção daqueles apresentados em fotocópias autenticadas, na medida em 
que estes não possuem valor legal. 
b) a retenção de documentos de identificação pessoal constituirá 
contravenção penal, mas apenas quando praticada por autoridade pública, 
sendo um irrelevante penal a conduta quando praticada por particular. 
c) as limitações constantes da lei somente se referem a documentos que 
contenham a fotografia do titular, pois apenas estes são válidos como 
documentos de identificação. 
d) nos termos da lei, a autoridade policial deve reter documento que, por 
mau estado de conservação, torne incerta a veracidade dos dados dele 
constantes, fazendo instaurar investigação sobre possível crime de uso de 
documento falso. 
e) é lícito condicionar a entrada de pessoas em prédios públicos à 
apresentação de documento de identificação, mas o documento deve ser 
imediatamente restituído após conferência ou anotação dos dados. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta porque não é permitido reter documentos, ainda 
que apresentados por fotocópia autenticada. A alternativa B está incorreta porque 
não há diferenciação entre a contravenção praticada por agente público e por 
particular. A alternativa C está incorreta porque há documentos de identificação 
que não contêm fotografia, a exemplo da certidão de nascimento e do título de 
eleitor. A alternativa D está incorreta porque não há previsão desse tipo de 
apreensão na lei. 
GABARITO: E 
 
 
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QUESTÃO 06 - PC-ES – Perito Papiloscópico – 2011 – Cespe. 
Constitui contravenção penal a retenção injustificada de qualquer documento 
de identificação pessoal. 
Comentários 
Exato! Cuidado, pois a banca pode tentar confundir você dizendo que se trata 
de um crime. 
GABARITO: CERTO 
QUESTÃO 07 - PC-ES – Perito Papiloscópico – 2011 – Cespe. 
Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de 
pessoa em órgãos públicos, seus dados deverão ser anotados no ato e o 
documento deverá ser-lhe devolvido no prazo máximo de cinco dias. 
Comentários 
A devolução do documento deve ser feita imediatamente! 
GABARITO: ERRADO 
QUESTÃO 08 - POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Auxiliar de Perito – 
2016 – Cespe. 
Jorge, maior e capaz, pequeno empresário, contratou Lucas como 
empregado em sua empresa e, sem justo motivo, retém em seu poder, há 
já mais de cinco dias, o comprovante de quitação de Lucas com o serviço 
militar. 
Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.° 5.553/1968, a retenção, 
sem justo motivo, do comprovante de quitação de serviço militar será 
enquadrada como 
a) contravenção penal punível com prisão simples ou multa. 
b) crime punível com reclusão. 
c) crime punível com detenção e multa. 
d) crime punível com multa. 
e) crime punível com detenção. 
Comentários 
No caso trazido pela questão, Jorge reteve o documento de Lucas por mais de 5 
dias, e por isso estará configurada a contravenção penal do art. 3º. 
GABARITO: A 
 
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QUESTÃO 09 - DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. 
No que diz respeito às infrações penais de repercussão interestadual ou 
internacional (Lei n.º 10.446/2002), julgue o item seguinte. 
Caso determinada contravenção penal tenha repercussão interestadual, 
poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem 
prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública, proceder à 
sua investigação. 
Comentários 
Essa assertiva tem uma série de problemas. Primeiramente a Lei nº 10.446/2002 
nada diz acerca de contravenções penais, mas apenas de infrações penais. Diga-
se de passagem que a Súmula nº 38 do STJ determina que “Compete à Justiça 
Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por 
contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou 
interesse da União ou de suas entidades”. Além disso, mesmo que fosse uma 
infração penal, a repercussão interestadual não é, por si só, suficiente para que 
a Polícia Federal possa investigar, pois é necessário que essa repercussão exija 
repressão uniforme. Por último, a menção aos demais órgãos de segurança 
pública omitiu a informação de que seriam os órgãos estaduais, em especial as 
polícias militares e civis dos estados envolvidos. Por conta dessa confusão, a 
banca terminou anulando a questão... 
GABARITO: ANULADA 
QUESTÃO 10 - TJ-MS – Titular de Serviços de Notas e de 
Registros – 2009 – VUNESP (adaptada). 
Nos crimes contra a propriedade industrial (Título V da Lei n.º 9.279/1996) 
a ação penal é sempre pública condicionada à representação. 
Comentários 
Há uma exceção, que é o crime previsto no art. 191, de ação penal pública 
incondicionada. 
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em erro ou confusão, armas, 
brasões ou distintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessária 
autorização, no todo ou em parte, em marca, título de estabelecimento, nome comercial, 
insígnia ou sinal de propaganda, ou usar essas reproduções ou imitações com fins 
econômicos. 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou expõe ou oferece à venda 
produtos assinalados com essas marcas. 
 GABARITO: ERRADO 
 
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QUESTÃO 11 - CEF – Advogado – 2012 – Cesgranrio 
(adaptada). 
Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente 
artístico. 
Comentários 
O desenho industrial tem caráter técnico, e não artístico. 
GABARITO: CERTO 
QUESTÃO 12 - PC-SP – Delegado de Polícia – 2014 – Acafe 
(adaptada). 
Comete crime de concorrência desleal, na forma da Lei 9.279/96,que regula 
direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, quem usa expressão 
ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre 
os produtos ou estabelecimentos, bem como se atribui, como meio de 
propaganda, recompensa ou distinção que não obteve. 
Comentários 
A assertiva está correta, nos termos do art. 195. 
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: 
[...] 
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão 
entre os produtos ou estabelecimentos; 
[...] 
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve. 
GABARITO: CERTO 
QUESTÃO 13 - TJDFT – Juiz de Direito – 2012 – TJDFT 
(adaptada). 
Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade (art. 
184 da Lei 9.279/96) quem recebe, para utilização com fins econômicos, 
produto fabricado com violação de patente de invenção ou de modelo de 
utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado, exceto se a violação 
se restringir à utilização de meios equivalentes ao objeto da patente. 
Comentários 
A assertiva está incorreta, pois há crime mesmo que a violação se restrinja à 
utilização de meios equivalentes ao objeto da patente (art. 186). 
GABARITO: ERRADO 
 
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QUESTÃO 14 - AL-ES – Procurador – 2011 – Cespe (adaptada). 
Será responsabilizado administrativamente aquele que utilizar em pesquisas 
científicas células-tronco embrionárias obtidas a partir de embriões humanos 
viáveis produzidos por fertilização in vitro. 
Comentários 
Esta questão levantou muita polêmica, pois o gabarito é correto, mas se forem 
seguidos os parâmetros do art. 5º, as células-tronco podem ser utilizadas. 
GABARITO: CERTO 
QUESTÃO 15 - MPE-TO – Promotor de Justiça – 2012 – Cespe 
(adaptada). 
De acordo com o que dispõe a Lei n.º 9.434/1997, constatada a morte 
encefálica de menor de idade, a remoção post mortem de seus órgãos para 
fins de transplante somente poderá ocorrer após a permissão expressa de 
um dos pais do menor ou de um de seus responsáveis legais. 
Comentários 
No caso de o falecido ser juridicamente incapaz, a remoção poderá ser feita desde 
que permitida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis 
legais. 
GABARITO: ERRADO 
QUESTÃO 16 - MPE-SC – Promotor de Justiça – 2013 – MPE-
SC. 
Nos crimes de remoção ilegal de órgãos, tecidos e partes do corpo humano 
(Lei n. 9.434/97), todos de ação penal pública incondicionada, há previsão 
da modalidade culposa. 
Comentários 
Não há previsão de modalidade culposa em nenhum dos crimes. 
GABARITO: ERRADO 
QUESTÃO 17 - TRT 1ª Região (RJ) – Juiz do Trabalho – 2011 – 
FCC (adaptada). 
O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos termos da 
Lei no 9.029, de 13 de abril de 1995, 
a) determina a condenação do empregador ao pagamento de indenização 
que será arbitrada pelo juiz, além de estabilidade no emprego por dois anos. 
b) faculta ao empregador optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento, mediante o pagamento das 
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remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros 
legais; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, 
acrescida dos juros legais. 
c) faculta ao empregado optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento, mediante o pagamento das 
remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros 
legais e garantia à estabilidade de um ano; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, 
acrescida dos juros legais. 
d) faculta ao empregado optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento, mediante o pagamento das 
remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros 
legais; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e 
acrescida dos juros legais. 
e) faculta ao empregador optar entre a reintegração com ressarcimento 
integral de todo o período de afastamento e garantia à estabilidade de um 
ano, mediante o pagamento das remunerações devidas, corrigidas 
monetariamente, acrescidas dos juros legais; ou, a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente, 
acrescida dos juros legais. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta porque a lei não fala em estabilidade no emprego 
como consequência da despedida por razões de discriminação. A alternativa 
correta é a letra D, pois o empregado tem a opção de ser reintegrado com o 
ressarcimento da remuneração referente ao período que ficou sem emprego, ou 
de ser ressarcido em dobro. 
GABARITO: D 
QUESTÃO 18 - TRT 3ª Região (MG) – Juiz do Trabalho – 2009 
– TRT 3ª Região (adaptada). 
Nos termos da Lei n°. 9.029/95, o rompimento da relação de trabalho por 
ato discriminatório do empregador, faculta ao empregado optar entre: I. a 
reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, 
mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas 
monetariamente, acrescidas de juros legais; II. a percepção, em dobro, da 
remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e 
acrescida de juros legais. 
 
http://www.iceni.com/infix.htm
 
 
 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE – PC-MA (DELEGADO) 
Teoria e Questões 
Aula 14 – Prof. Paulo Guimarães 
 
Comentários 
Perfeito, não é? Essas são as duas opções dadas ao empregado (e não ao 
empregador). 
GABARITO: CERTO 
 
9 - Resumo da Aula 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo dos 
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa 
sugestão é a de que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao início da aula seguinte, como forma de 
“refrescar” a memória. Além disso, segundo a organização de 
estudos de vocês, a cada ciclo de estudos é fundamental 
retomar esses resumos. 
 
A regra geral é a proibição de retenção de documentos de identificação, mesmo 
quando apresentados em cópia autenticada. É possível, porém, a retenção por 
até 5 dias para extração de dados, quando for exigida a identificação para a 
realização de determinado ato. 
 
CRIMES PREVISTOS NA LEI DE LOTEAMENTOS 
Art. 50. Constitui crime contra a 
Administração Pública. 
I - dar início, de qualquer modo, ou 
efetuar loteamento ou desmembramento do 
solo para fins urbanos, sem autorização do 
órgão público competente, ou em desacordo 
com as disposições desta Lei ou das normas 
pertinentes do Distrito Federal, Estados e 
Municípios; 
II - dar início, de qualquer modo, ou 
efetuar loteamento ou desmembramento do 
solo para fins urbanos sem observância das 
determinações constantes do ato 
administrativo de licença; 
III - fazer ou veicular em proposta, 
contrato, prospecto ou comunicação ao 
público ou a interessados, afirmação falsa 
sobre a legalidade de loteamento ou 
desmembramento do solo para fins 
urbanos, ou ocultar fraudulentamente fato a 
ele relativo. 
Pena: Reclusão, de 1(um) a 4 
(quatro) anos, e multa de 5 (cinco) a 50 
Parágrafo único - O crime definido 
neste artigo é qualificado, se cometido. 
I - por meio de venda, promessa de 
venda, reserva de lote ou quaisquer outros 
instrumentos que manifestem a intenção de 
vender lote em loteamento ou 
desmembramento não registrado no Registro 
de Imóveis competente. 
II - com inexistência de título legítimo 
de propriedade do imóvel loteado ou 
desmembrado, ressalvado o disposto no art. 
18, §§ 4o e 5o, desta Lei, ou com omissão 
fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato 
não constituir crime mais grave. 
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) 
anos, e multa de 10 (dez) a 100 (cem)

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