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Planejamento de Auditoria e Controle Interno

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15
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Gisele Alves Soares Rocha - UNIGRAN | 2017
2Aula
Planejamento de Auditoria
Olá, estamos agora na aula número 02, onde 
estudaremos sobre o planejamento da auditoria. Nesta 
segunda aula, serão abordados os principais aspectos 
do planejamento da auditoria.
Este material foi elaborado para apresentar os 
instrumentos básicos do trabalho do auditor, que 
compreende: os controles internos, os papéis e 
programas de trabalho e ainda os instrumentos de 
coletas de documentos para execução da auditoria.
É muito importante que leia e posicione se 
criticamente em relação aos objetivos de aprendizagem 
e as seções de estudo da aula 02.
Vamos lá! Bons estudos!!!
Auditoria - Gestão de Riscos
16
Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
Ao termino desta aula, vocês serão capazes de:
• Compreender a importância do planejamento, 
para realização da auditoria;
• Identificar os controles internos e papéis de 
trabalho;
• Definir os programas de auditoria e como se 
dá a coleta de documentos
Seção 1 - Planejamento; Controle Interno.
Seção 2 - Papéis de Trabalho; Programas de Auditoria; 
Coleta de documentos; 
Seção 1 - Planejamento; Controle 
Interno
1.1 Planejamento da auditoria
Disponível em http://auditoriainterna.org/sites/default/files/
CosoImagem.png acesso em 11 agos. 2016
Planejamento da auditoria segundo Lins (2012) 
o é um processo de avaliação que tem início após a 
contratação dos serviços e vai geralmente até pouco 
antes do início dos trabalhos de campo. Trata se 
da etapa do trabalho onde o auditor independente 
estabelece a estratégia global para o trabalho e o 
desenvolvimento de plano de auditoria.
Preconiza a NBC TA – 210, que os termos 
do trabalho de auditoria constituídos, devem ser 
formalizados na carta de contratação de auditoria e 
devem incluir os seguintes pontos:
No que se refere as normas para a execução dos 
trabalhos, segundo a NBC TA - 300 o planejamento, 
não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo 
contínuo e interativo, neste contexto, o auditor 
deve planejar seu trabalho consoante as Normas 
Profissionais de Auditor Independente e estas normas, 
e de acordo com os prazos e demais compromissos 
contratualmente assumidos com a entidade.
 O planejamento deve considerar todos os fatores 
relevantes na execução dos trabalhos, especialmente 
os seguintes:
a) O objetivo e o alcance da auditoria das 
demonstrações contábeis;
b) As responsabilidades do auditor;
c) As responsabilidades da administração;
d) A identificação da estrutura de relatório 
financeiro aplicável para a elaboração das 
demonstrações contábeis; e
e) Referência à forma e ao conteúdo esperados 
de quaisquer relatórios a serem emitidos 
pelo auditor.
A avaliação do grau de confiabilidade nos 
controles internos e no sistema de informação é 
uma fase crucial do planejamento da auditoria e irá 
determinar inclusive a aceitação ou não do serviço, 
bem como o escopo, extensão e procedimento dos 
trabalhos a serem executados.
Nota:
Um planejamento mal elaborado pode 
comprometer todo o trabalho da auditoria, em 
alguns casos, de forma irreversível e danosa para a 
empresa de auditoria.
1.2 Controle Interno - Aspectos conceituais 
Disponível em: https://plurio.com/wp-content/uploads/2016/03/controle-
interno.jpg Acesso em Agos. 2016
O conceito de controle interno contempla 
diversas dimensões, a depender da perspectiva ou do 
referencial que se toma para defini-lo em um contexto 
determinado, indo desde um controle individual 
como, por exemplo, um simples registro, passando 
por uma visão sistêmica ou de conjunto de todos os 
controles de uma organização (sistema ou estrutura 
de controle interno).
De acordo com Almeida (2003) controle 
interno compreende o plano de organização e todos 
os métodos e medidas adotadas pela empresa para 
proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a 
fidedignidade de seus dados contábeis, assegurar 
a eficiência operacional e estimular a obediência às 
diretrizes administrativas estabelecidas. 
17
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Gisele Alves Soares Rocha - UNIGRAN | 2017
Conforme os autores o controle interno em regra 
geral pode ser dividido nas seguintes categorias, 
conforme seu objetivo, sedo eles:
Quadro: Objetivos básicos dos controles 
internos
Salvaguardar os interesses da empresa: que 
consiste em o patrimônio contra quaisquer perdas e 
riscos devido a erros ou irregularidades.
A precisão e a confiabilidade dos informes e 
relatórios contábeis, financeiros e operacionais: que 
compreende a geração de informações adequadas 
e oportunas, necessárias especialmente para 
administrar e compreender os eventos realizados na 
empresa.
O estimulo e a eficiência operacional: que 
determina prover meios necessários a condução das 
tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e 
ação tempestiva e uniforme.
A aderência as politicas existentes: que 
assegura que os desejos da administração, definidos 
através de suas políticas e indicados por meio de 
seus procedimentos, sejam adequadamente seguidos 
pelo pessoal.
Fonte: Elaborado pela autora com base em: Attie (1986) e Crepaldi (2012)
Outro aspecto a se considerar é que o controle 
interno assegura que os funcionários estão cumprindo 
as normas exigíveis pela empresa, de forma que estes 
possam agir com liberdade para buscar melhores 
resultados e, além disso, o controle interno assegura 
que possíveis fraudes realizadas por funcionários, 
ocasionalmente ou eventualmente sejam evitadas e 
não causem prejuízos ao patrimônio da empresa.
1.2.1 - Implantação de Controles Internos
Disponível em http://lopesenobrega.com/wp-content/uploads/2014/09/
implantacao-de-controles-internos.jpg Acesso em Agos 2016
Crepaldi (2012) afirma que quando se examinam 
os controles internos de uma empresa estão se 
analisando a organização dos controles da mesma 
e consequentemente a execução deles, o autor 
complementa, que controles internos são todos os 
instrumentos da organização destinados à fiscalização 
administrativa permitindo antever os acontecimentos 
que se verificam dentro da empresa e que produzam 
reflexos a seu patrimônio.
No que se refere a implantação dos controles 
internos, o autor menciona algumas premissas básicas:
• Atribuição e documentação clara das 
obrigações de cada funcionário da empresa, 
de modo que em um eventual caso de 
irregularidade as devidas responsabilidades 
possam ser imputadas.
• Padronização e documentação das normas, 
processos e rotinas internas.
• Funções e responsabilidades relacionadas 
à execução de processos críticos devem 
ser bem segmentadas e gerenciadas em 
equipe, para que não haja sobrecargas que 
comprometam a eficiência.
1.2.2 Limitações do controle interno
Mesmo o melhor controle interno, possui suas 
limitações. Para Crepaldi ( 2012) por mais eficiente 
que o controle interno seja, o auditor sempre deve 
aplicar procedimentos mínimos de auditoria, para 
avaliar as condições do controle. 
Para o autor, os limites do controle interno estão 
principalmente relacionados a:
• conluio de funcionários na apropriação de 
bens da empresa;
• instrução inadequada dos funcionários com 
relação às normas internas;
• negligência dos funcionários na execução de 
suas tarefas diárias. 
1.2.2Importância dos Controles Internos
Disponível em http://inventta.net/wp-content/uploads/2015/04/Como-
o-controle-interno-beneficia-estrat%C3%A9gias-de-recursos-financeiros-
para-inova%C3%A7%C3%A3o.jpg Acesso em Agos. 2016
A administração da empresa é responsável pelo 
estabelecimento do sistema de controle interno pela 
verificação de seu cumprimento pelos funcionários 
e por sua modificação, visando adaptá-lo às novas 
circunstâncias.
http://www.venki.com.br/ferramenta-bpm/gerenciar-equipes/
http://www.venki.com.br/ferramenta-bpm/gerenciar-equipes/
Auditoria - Gestão de Riscos
18
Nesse sentido, o controle interno faz com que as 
atividades da empresa se desenvolvam com eficiênciae nos devidos tempos auxiliado pelo sistema de 
informações contábeis onde se dão os registros das 
operações realizadas, possibilitando a constatar a 
regularidade das operações, a adequação dos registros 
e dos controles e seus sistemas de informações, 
determinando seus reflexos nas demonstrações 
financeiras
Seção 2 - Papéis de Trabalho; Programas 
de Trabalho; Coleta de Documentos; 
2.1 Papéis de trabalho (WPs)
Disponível em: http://docplayer.com.br/docs-images/25/4897323/
images/12-0.png Acesso em Agos. 2016
De acordo com a norma técnica NBC T 11 – IT 
– 02 papéis de Trabalho de auditoria constituem um 
registro permanente do trabalho efetuado pelo auditor, 
dos fatos e informações obtidos, bem como das suas 
conclusões sobre os exames. É com base nos Papéis 
de Trabalho que o auditor irá relatar suas opiniões, 
críticas e sugestões. 
Ainda de acordo com a referida norma, os papéis 
de trabalho devem ser preparados de modo a atender 
os seguintes objetivos:
Quadro: Objetivos que devem ser atendidos na 
elaboração dos papeis de trabalho
• Auxiliar na execução de exames;
• Evidenciar o trabalho feito e as 
conclusões emitidas;
• Servir de suporte aos relatórios;
• Constituir um registro que possibilite 
consultas posteriores, a fim de se obter 
detalhes relacionados com a auditoria;
• Fornecer um meio de revisão por 
Supervisores;
• Determinar se o serviço foi feito de 
forma adequada e eficaz, bem como 
julgar sobre a solidez das conclusões 
emitidas;
• Considerar possíveis modificações nos 
procedimentos de auditoria adotados, 
bem como no programa de trabalho 
para o exame subsequente.
Fonte: Elaborado pela autora com base na NBC T 11 – IT – 02
Neste contexto, segundo Lins (2012) para 
todas as áreas analisadas, o auditor precisa sempre 
formar opinião/juízo de valor, dentro do que o seu 
levantamento proporciona.
Dispnivel em: https://4.bp.blogspot.com/-lKWNemzpk58/VvaEwEdAnwI/
AAAAAAAANW4/bHf5-A9qzoki58Y5KU18UZJ-ounQ4kkuQ/s1600/
consumidor04.gif http://www.eleconsal.com/thumbs/jpg-350-generico.axd 
Acesso em Agos. 2016
Neste aspecto os Wps são elaborados de forma a 
deixar um “rastro” do trabalho para que apresentem 
os detalhes importantes quanto a: 
	Informações e fatos importantes;
	Escopo do trabalho efetuado;
	Fonte das informações obtidas;
	Suas opiniões e conclusões. 
2.2 Programas de Trabalho
Para Crepaldi (2012) o Programa de trabalho 
em auditoria é o plano de trabalho a ser executado 
em campo. Os programas de auditoria dão ao auditor 
um roteiro básico/mínimo de procedimentos a serem 
cumpridos pelo responsável pelos Wps. 
Para a elaboração de um adequado programa de 
trabalho para realização de uma auditoria, Attie (2011) 
afirma que se deve sempre levar em consideração:
19
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Gisele Alves Soares Rocha - UNIGRAN | 2017
Disponível em: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&authuse
r=0&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1366&bih=667&q=rot
eiro&oq=roteiro&gs_=img.3..0l10.1494.2999.0.4073.7.5.0.2.2.0.197.7-
18.0j4.4.0....0...1ac.1.64.img..1.6.729.nNe0kQbNs-
Q#imgrc=pxi8WSCMN2ENrM%3A Acesso em Agos. 2016
Quadro: Roteiro do Programa De Auditoria
• Definição dos objetivos da área ou tare-
fa a auditar;
• Avaliação do controle interno como 
base para a extensão e profundidade do 
trabalho a ser realizado;
• Avaliação da relevância ou relatividade; 
e
• Definição dos procedimentos de audi-
toria e o momento de sua aplicação.
Fonte: elaborada pela autora com base em Attie (2011)
Attie (2011) também descreve algumas vantagens 
fornecidas pelo programa de auditoria são:
Quadro: Vantagens Fornecidas Pelo 
Programa De Auditoria
• Estabelecer a forma adequada de 
realização dos trabalhos;
• As considerações feitas pelo auditor 
para determinação de seu trabalho;
• Controlar o tempo despendido na 
realização do trabalho;
• A sequência lógica de realização do 
trabalho; e
• Evidência dos trabalhos e quaisquer 
modificações ocorridas em relação ao 
original.
Fonte: elaborada pela autora com base em Attie (2010)
Ainda segundo o autor o programa de auditoria 
será estruturado de forma padronizada e conterá no 
mínimo os seguintes itens:
Quadro: Estrutura do Programa de Auditoria
• Sistema organizacional a ser auditado;
• Conceituação;
• Áreas envolvidas;
• Período;
• Objetivos;
• Cronograma dos trabalhos;
• Equipe de auditores internos;
• Custos envolvidos;
• Tick-marks utilizadas;
• Procedimentos;
• Questionários de Avaliação - Controles 
Internos Administrativos (QACI);
• Campo para observações dos auditores 
internos;
• Conceito dos auditores internos;
• Orientações gerais.
Fonte elaborada pela autora com base em Attie (2011)
Para auxiliar na utilização do programa de 
auditoria, serão utilizados símbolos usuais de 
verificação denominadas Tick-marks. A principal 
função de tais marcas e evidenciar qual o tipo de 
revisão que foi efetuada sobre aquele item marcado. 
Alguns dos símbolos a serem utilizados são:
Quadro: Símbolos usuais de verificação
• Conforme documento original exami-
nado (O);
• Conforme registro do sistema informa-
tizado (c);
• Conferido (√);
• Calculo conferido (Σ);
• Ponto de relatório (X).
Fonte elaborada pela autora com base em Attie (2010)
Se faz oportuno mencionar que é importante 
os programas de auditoria indicarem claramente o 
significado de cada símbolo empregado.
Disponível em: http://fotostock-previews.s3.amazonaws.com/8967_thumb2.
jpg acesso Agos. 2016
Auditoria - Gestão de Riscos
20
Podemos considerar então, que os programas de 
auditoria, visam dar um roteiro, um direcionador 
de procedimentos mínimos que se espera que sejam 
executados pelo auditor responsável pela área. 
Desse modo, são elaborados ou revisados para 
cada trabalho normalmente pelos seniores, supervi-
sores ou gerentes.
2.3 Coleta de documentos
Disponível em: http://2.bp.blogspot.com/-g-QIVRQl0n4/VCL9e2qCfBI/
AAAAAAAAArc/gizSQ-GPiq0/s1600/img_boletins_levantamento_dados.gif 
acesso Agos. 2016
Crepaldi (2012) menciona que a obtenção de 
dados que são do conhecimento de determinados 
indivíduos conhecedores do processo/objeto da 
auditoria pode ser realizada através de técnicas como 
Entrevista, Questionário ou Formulário.
Assim, cada uma dessas técnicas terá utilidade 
ou aplicação dependendo de circunstâncias como: 
a complexidade do tema, as limitações de tempo, 
a capacidade dos funcionários envolvidos e a 
compatibilidade de tempo disponível nas suas 
agendas.
2.3.1 Entrevista 
Disponível em: http://www.jornaldasaude.com.br/img-saude-jornal/
entrevistas.png Acesso Agos. 2016
A adoção desta técnica somente é factível 
para a obtenção de informações de arquivos vivos, 
complementando ou suprindo fatos que não podem 
ser obtidos em fontes documentais. Por esse motivo, 
o auditor deve evitar incluir nas entrevistas questões 
que possam ser respondidas mediante a análise de 
documentos, que é normalmente realizada na fase de 
planejamento do trabalho. 
Ao organizar a entrevista, sua estrutura e 
duração, deve-se ter em mente que os entrevistados 
têm suas tarefas a realizar e podem não dispor de 
muito tempo. Comparando-se com outras técnicas, 
na entrevista as perguntas podem ficar mais claras ao 
entrevistado, havendo ainda a possibilidade de obter 
dados complementares, captar sua expressão corporal 
e, portanto, avaliar a adequação das respostas dadas.
Nesse sentido, preconiza Attie (2010) que para 
alcançar eficácia na realização de uma entrevista, o 
entrevistador deve observar as seguintes regras:
a. planejar a entrevista;
b. selecionar o entrevistado de acordo com o 
objetivo; 
c. definir o número de entrevistados; d) 
relacionar as questões por ordem de 
importância (roteiro); e 
d. programar a entrevista através de contato 
telefônico e/ou e-mail
Assim, em uma entrevista, as perguntas devem 
ser feitas uma de cada vez não induzindo as respostas 
do entrevistado. Para melhor controle, recomenda-se 
não saltar perguntas, mesmo que o auditor entendaque a resposta já foi dada anteriormente. Nesse caso, 
antes de fazer a pergunta, deve-se fazer referência ao 
que foi respondido anteriormente.
E ainda, as entrevistas devem ser realizadas 
preferencialmente por dois auditores. O objetivo é 
que não seja esquecida nenhuma informação colhida 
quando o auditor formalizar o seu resultado em papel 
de trabalho.
Depois de formalizado o resultado da entrevista, a 
equipe deve submetê-lo formalmente ao entrevistado, 
estabelecendo um prazo para a ratificação das 
informações obtidas.
2.3.2 Questionário
disponível em: http://www.mbi.com.br/mbi/contatos/questionarios/2010-
relatorio-inteligencia-empresarial-questionario/questionario.jpg 
Acesso em Agos 2016
21
MBA em Contabilidade Gerencial e Controladoria - Gisele Alves Soares Rocha - UNIGRAN | 2017
Segundo Crepaldi (2012), trata se de uma lista de 
perguntas utilizada para colher dados de um conjunto 
de pessoas. Refere-se geralmente aos formulários 
enviados pelos correios, inclusive eletrônicos ou 
preenchidos pelo informante, sem a presença do 
entrevistador.
Ainda de acordo com o autor, Isoladamente, 
não é um instrumento de pesquisa muito eficiente, 
uma vez que as perguntas nele contidas, pela própria 
limitação humana para elaborá-las, podem não deixar 
claro para alguns, os tipos de informação que o auditor 
procura obter, principalmente quando se trata de uma 
amostra de pessoas que não tenham interesse direto 
no assunto pesquisado ou cujo nível de instrução seja 
incompatível com o nível das perguntas.
Nesta forma de obtenção de dados, como o 
auditor não participa do processo de preenchimento 
das respostas, a carta de apresentação do questionário 
deve deixar claro quem realiza a pesquisa, o objetivo 
da auditoria e o motivo pelo qual se escolheu aquela 
pessoa para respondê-lo. Tal carta virá acompanhada 
de instruções minuciosas e específicas sobre como o 
questionário deverá ser preenchido.
2.3.3 Formulário 
disponível em: http://tambore11.com/site/wp-
content/uploads/2010/10/L%C3%A1pis.png
Acesso em Agos. 2016
Lins (2012) afirma que a técnica de Formulário 
difere da empregada no Questionário porque 
as questões são formuladas e anotadas por um 
entrevistador, face a face com o informante. Na 
modalidade Questionário o próprio entrevistado 
preenche as respostas.
2.3.4 Aspectos a serem considerados 
Cada uma dessas técnicas mencionadas 
anteriormente, terá utilidade ou aplicação dependendo 
de circunstâncias como: a complexidade do tema, as 
limitações de tempo, a capacidade dos funcionários 
envolvidos e a compatibilidade de tempo disponível 
nas suas agendas.
No planejamento da execução de qualquer uma 
das técnicas citadas, alguns aspectos devem ser 
observados: 
Quadro Aspectos a ser observado ao planejar 
a coleta de dados
a. evitar o número excessivo de perguntas;
b. usar linguagem compatível com o público 
alvo;
c. certificar-se de que as perguntas não pos-
sam ser respondidas pelo próprio auditor; e 
d. evitar perguntas que possibilitem respostas 
evasivas e/ou ambíguas
Fonte: Elaborado pela autora com base em Lins (2012)
2.4 Amostragem 
Disponível em: http://www.netquest.com/blog/wp-content/
uploads/2015/02/muestreo.jpg Acesso em Agos 2016
Crepaldi (2012) afirma que amostragem em 
auditoria é empregada para obter informação sobre 
um todo (população), quando só seria viável ou 
recomendável o exame de uma parte dos elementos 
desse todo (amostra), comumente são aplicados 
os métodos da Amostragem Estatística (ou 
Probabilística) e da Amostragem por Julgamento (ou 
Não Probabilística).
Disponível em: http://cead.ufpi.br/conteudo/material_online/
disciplinas/estatistica/uni03/uni03_imagens/img59.jpg Acesso em Agos 2016
Auditoria - Gestão de Riscos
22
Quadro métodos de amostragem estatística
A amostragem Estatística 
(ou Probabilística) baseia-
se em critérios matemáticos 
e exige que a amostra 
selecionada apresente 
um comportamento 
mensurável em termos 
das leis de probabilidade. 
Quando um teste de 
auditoria é baseado nela, 
seu resultado pode ser 
representativo da situação 
da população da qual foi 
extraída a amostra, dentro 
de um grau de confiança 
estipulado.
A Amostragem por 
Julgamento (ou Não 
Probabilística) baseia-
se em critérios pessoais 
decorrentes da experiência 
profissional do auditor e do 
seu conhecimento do setor 
em exame.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Crepaldi (2012)
Ainda segundo o autor, a seleção da amostra, por 
qualquer método, obedece às seguintes fases:
a. quantificação da amostra, dimensionada 
em função dos controles internos existentes 
na organização auditada e dos objetivos da 
auditoria;
b. seleção e identificação da amostra;
c. seleção de procedimentos de auditoria 
aplicáveis à amostra; e
d. avaliação dos resultados da amostra.
Chegamos assim, ao final de nossa aula número 
2, antes de encerrar é importante que retomemos 
os conteúdos estudados, vamos agora as principais 
abordagens da aula 2.
SEÇÃO 1 - PLANEJAMENTO; CONTROLE 
INTERNO
Vimos nesta seção que o planejamento da 
auditoria é a etapa do trabalho onde o auditor 
independente estabelece a estratégia global para o 
trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. 
Trata se de um processo de avaliação que tem início 
após a contratação dos serviços e vai geralmente até 
pouco antes do início dos trabalhos de campo. 
Vimos ainda que os controles internos 
compreendem o plano de organização e todos os 
métodos e medidas adotadas pelas empresas para 
proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a 
fidedignidade de seus dados contábeis, assegurar 
a eficiência operacional e estimular a obediência às 
diretrizes administrativas estabelecidas. 
Retomando a aula
SEÇÃO 2 - PAPÉIS DE TRABALHO; 
PROGRAMAS DE AUDITORIA; COLETA DE 
DOCUMENTOS
Os papéis de trabalho de auditoria compõem um 
registro permanente do trabalho efetuado pelo auditor, 
dos fatos e informações obtidos, bem como das suas 
conclusões sobre os exames. É com base nos Papéis 
de Trabalho que o auditor irá relatar suas opiniões, 
críticas e sugestões. 
Programa de trabalho em auditoria é o plano de 
trabalho a ser executado em campo. Os programas de 
auditoria dão ao auditor um roteiro básico/mínimo de 
procedimentos a serem cumpridos pelo responsável 
pelos papéis de trabalho.
A obtenção de dados que são do conhecimento de 
determinados indivíduos conhecedores do processo/
objeto da auditoria pode ser realizada através de 
técnicas como Entrevista, Questionário ou Formulário.
Se ocorrerem algumas dúvidas sobre a aula, 
vocês poderão saná-las através das ferramentas 
“fórum” ou “quadro de avisos”.
Vale a pena
Auditoria em Foco: Programas 
de Auditoria http://auditoriaemfoco.
blogspot.com.br/2011/06/programas-de-auditoria.
html
Vale a pena ler
Normas de Auditoria
https://www.youtube.com/
watch?v=1rvxpeNxgeI
Vale a pena assistir
Portal de auditoria: Controles 
Internos http://www.portaldeauditoria.
com.br/controles-internos/
Vale a pena acessar
https://www.youtube.com/watch?v=1rvxpeNxgeI
https://www.youtube.com/watch?v=1rvxpeNxgeI
http://www.portaldeauditoria.com.br/controles-internos/
http://www.portaldeauditoria.com.br/controles-internos/

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