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Universidade Salgado de Oliveira	
Direito Ambiental 
Professora: Maria Emília 
Aluno: Eduardo Henrique Xavier Gonzaga - 600624381
Turma: D1
 QUESTIONÁRIO
01 - NO ÂMBITO DO DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL, DISCORRA SOBRE FONTES FORMAIS E MATERIAIS, PRINCÍPIOS GERAIS E O CONFLITO ENTRE A SOBERANIA DOS ESTADOS E A PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NOS DANOS AMBIENTAIS TRANSNACIONAIS: 
R: As fontes formais do direito ambiental são aquelas que emanam do ordenamento jurídico, ou seja, da Constituição Federal, das leis infraconstitucionais, das convenções, dos pactos ou tratados internacionais, dos atos, das normas, resoluções administrativas e da jurisprudência. 
E as fontes materiais que são aquelas originárias de manifestação popular, por meio das descobertas científicas e da doutrina jurídica nacional e internacional. 
Seriam fontes materiais os movimentos populares, as descobertas científicas e a doutrina jurídica. Já as fontes formais não se distinguem ontologicamente daquelas que são aceitas e reconhecidas como válidas para os mais diversos ramos do direito que deve estar presente, logicamente, numa mesma geração. 
A proteção do meio ambiente passou a figurar como objeto das normas jurídicas a partir do momento em que os impactos negativos das atividades antrópicas começaram a interferir na saúde humana e no equilíbrio ambiental. No decorrer da década de 1960, o movimento ambientalista ganhou força com as inúmeras manifestações populares ao redor do mundo. Descobertas científicas, como a do “buraco” na camada de ozônio, alavancaram as discussões internacionais acerca da proteção ambiental. Paralelamente aos alertas apresentados pela ciência, acidentes e catástrofes tornaram-se constantes e ressoavam como ecos para denunciar a gravidade dos riscos e a necessidade de reforçar a ação internacional no domínio da proteção do meio ambiente. 
Movimentos populares em defesa de melhor qualidade de vida, resistentes às tragédias ambientais causadas pelo homem, eclodiram, sobretudo, no Japão, na Europa e nos Estados Unidos. Tais acontecimentos, considerados fontes materiais do Direito Ambiental, foram fundamentais para a elaboração dos primeiros princípios de proteção ambiental. Pressionados, em 1972, os governantes de cento e treze países se reuniram na Suécia para discutir as principais questões ambientais da época. A Declaração de Estocolmo, documento elaborado a partir dos debates travados durante a Conferência,qualifica-se como uma das primeiras e mais relevantes tentativas de estabelecimento de normas internacionais de proteção ambiental, fonte formal do Direito Ambiental. 
Também são considerados como importantes fontes formais do Direito Ambiental os documentos produzidos na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – CNUMAD, realizada em 1992 no Rio de Janeiro (ECO 92) e na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável realizada também na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 2012 (Rio + 20). 
Importante destacar que a Declaração do Rio (ou Carta do Rio), elaborada na ECO 92, endossa o conceito fundamental de desenvolvimento sustentável, que associa as aspirações compartilhadas por todos os países ao progresso econômico e social com a necessidade de uma consciência ecológica. O documento proclama ainda que os Estados têm o direito soberano de aproveitar seus próprios recursos e a responsabilidade de zelar pela proteção do meio ambiente. Não obstante a soberania de cada Estado para a utilização dos recursos naturais em seu território, a cooperação entre os povos, um dos princípios do Direito Ambiental, deve ser observada, uma vez que fenômenos poluidores geralmente ultrapassam a fronteira de uma nação, atingindo outro território. Cumpre destacar, por fim, que a incidência do princípio da cooperação entre os povos não importa em renúncia à soberania do Estado. Cooperação e soberania assumem, assim, contornos conciliáveis. 
O direito ambiental possui uma natureza dinâmica e aberta do ponto de vista da sua conformação, ou seja, há um diálogo permanente entre as diferentes fontes que o sustentam e lhe conferem legitimidade, assegurando o seu constante aprimoramento e evolução. Para além das fontes normativas (ou formais), por exemplo, a legislação (internacional, constitucional ou infraconstitucional) e os princípios gerais (na perspectiva do direito internacional ambiental, os seus princípios gerais são tidos como fonte material) (...), o direito ambiental também se ‘abastece’ de fontes materiais, como é o caso da doutrina e da jurisprudência. Mas, além das fontes ‘clássicas’ (formais e materiais) do direito ambiental referidas, nos parece relevante tecer algumas considerações, neste tópico, também sobre as fontes que julgamos complementares ou auxiliares do direito ambiental, como seria o caso do direito comparado, do conhecimento científico e das entidades da sociedade civil organizada (ONGs) voltadas à proteção ambiental (que conferem legitimação social aos valores ecológicos).” (SARLET, FENSTERSEIFER, 2015, p. 216-217). “A partir de 1960, a movimentação dos Estados em favor de uma regulamentação global do meio ambiente foi notável. Até a data memorável do decêndio de 5 a 15 de julho de 1972, quando se realizaria a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, várias convenções internacionais afirmariam a pujança do direito que então emergia, o Direito Internacional do Meio Ambiente, o qual teria sua certidão de maturidade plena firmada naquele evento na Suécia”. (SOARES, 2001, p. 50). “Grande parte da doutrina especializada em direito ambiental considera o ano de 1960 como o ano de nascimento do direito internacional do meio ambiente. Na década de 60 diversos países africanos – antigas colônias das potências europeias obtém sua independência e passam a integrar a Organização das Nações Unidas, o que acarretou relevantes modificações nas relações internacionais a partir do referido período. Ao mesmo tempo, na Europa as discussões transferem-se dos assuntos relacionados a políticas internacionais para as discussões inerentes ao cidadão comum, dentre elas a preservação do meio ambiente, a preocupação com a poluição, e outros dilemas ambientais que caíram no gosto da opinião pública. Neste ponto, destaca-se a importância das chamadas organizações não governamentais, ou simplesmente ONGs, que crescem em importância à medida que utilizam seu prestígio para apoiar a inesperada pressão advinda da opinião pública no tocante a preocupação ecológica.” (JAQUES, 2014, p. 305). “O direito soberano dos Estados em relação aos seus recursos naturais foi proclamado em diversas declarações da Assembleia Geral das Nações Unidas (...). O princípio da soberania permanente sobre os recursos naturais foi então adotado tanto pela Declaração de Estocolmo (princípio 21) quanto pela Declaração do Rio (princípio 2), que afirmaram que: os Estados têm o direito soberano de explorar seus próprios recursos de acordo com suas políticas ambientais e de desenvolvimento, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e com os princípios de direito internacional. O alcance desse princípio é, todavia, limitado, por um lado, pelos compromissos internacionalmente assumidos em tratados multilaterais, regionais ou bilaterais, como também pelo costume internacional, e, por outro lado, por uma série de princípios do direito ambiental internacional, como o princípio da prevenção e da precaução, que orientam as ações dos Estados e fundam as bases da cooperação internacional em matéria ambiental. (...) Além disso, há a obrigação de assegurar-se de que as atividades que se levem a cabo, dentro de sua jurisdição, ou sob seu controle, não prejudiquem o meio ambiente de outros Estados ou de zonas situadas fora de toda jurisdição nacional (cf. território e poluição transfronteiriça e zonas comuns, patrimônio comum da humanidade e preocupação comum).” (BRANT, 2010, p. 106-107). A questão do desenvolvimento nacional e a necessidade de preservação da integridade do meio ambiente oprincípio do desenvolvimento sustentável como fator de obtenção do justo equilíbrio entre as exigências da economia e as da ecologia. O princípio do desenvolvimento sustentável, além de impregnado de caráter eminentemente constitucional, encontra suporte legitimador em compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro e representa fator de obtenção do justo equilíbrio entre as exigências da economia e as da ecologia, subordinada, no entanto, a invocação desse postulado, quando ocorrente situação de conflito entre valores constitucionais relevantes, a uma condição inafastável, cuja observância não comprometa nem esvazie o conteúdo essencial de um dos mais significativos direitos fundamentais: o direito à preservação do meio ambiente, que traduz bem de uso comum da generalidade das pessoas, a ser resguardado em favor das presentes e futuras gerações. 
02 - IDENTIFIQUE TRÊS PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL QUE PODEM SER EXTRAÍDOS DO ART. 225, “CAPUT”, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: 
R: Três princípios identificáveis no artigo 225, caput da Constituição de 1988 são: princípio da solidariedade inter-geracional, princípio do desenvolvimento sustentável e princípio da natureza pública da proteção ambiental. Pelo princípio da solidariedade inter-geracional, a presente geração deverá adotar práticas com a finalidade de preservar o meio ambiente, tanto para ela mesma, como para futuras gerações, utilizando os recursos ambientais de forma racional, de forma a não privar os descendentes do seu uso. Já o princípio do desenvolvimento sustentável se traduz na ponderação entre o desenvolvimento econômico e à preservação ambiental, com base na razoabilidade. O desenvolvimento será sustentável quando atender as exigências da presente geração sem comprometer a possibilidade de existência das futuras, de forma digna. Por fim, o princípio da natureza pública da proteção ambiental impõe ao Poder Público o dever de promover a proteção ao meio ambiente, uma vez que se trata de direito difuso e indispensável à vida humana sadia e digna.
03 - COM BASE NO ART 225, “CAPUT”, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NO ART. 3º, INCISO I, DA LEI Nº 6.938/1981 (LEI DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE), DISSERTE SOBRE OS PRINCÍPIOS DA PRECAUÇÃO E DO POLUIDOR-PAGADOR, ESTABELECENDO A DIFERENÇA ENTRE ELES. 
R: O Princípio do poluidor-pagador é diferente do usuário pagador, pois nesse princípio o usuário cometeu um ato ilícito, onde foi causado um dano ambiental pela utilização do seu fim econômico e deve pagar pelo dano causado ao meio ambiente, pagar para aqueles que foram lesados pela sua poluição e devendo ele arcar e fazer a restauração do meio ambiente poluído, pois apenas pagar pela utilização não lhe dá o direito de poluir. Tendo esse princípio descrito na lei 6938/81, art. 4°, inciso VII, “à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, devendo o autor da poluição recuperar e/ou indenizar os danos causados, independente da sua vontade de ter causado aquele ato ou não. Sendo um ato ilícito, a Constituição também prevê essa ação como um ato penal e administrativo, podendo responder em ambas conforme apresenta em seu artigo 225, §3°, o qual diz que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 
Princípio da reparação ou princípio da responsabilidade, fala sobre a responsabilidade do poluidor reparar todo dano ambiental causado, sendo que em alguns casos o dano ao meio ambiente não pode ser reparado, nesse caso deverá ser feita uma substituição monetária para suprir o bem danificado. Descrito na Constituição Federal, também em seu artigo 225, § 3º. 
Princípio da Precaução é um princípio que também serve para proteger o meio ambiente, porém não é igual ao princípio da prevenção, mesmo que ambos tenham a mesma função, o princípio da precaução não possui nada cientificamente comprovado que tal ação humana será prejudicial a natureza, porém pode ter a chance que seja, dessa forma, é preferível evitar sua utilização, ou negar ela, até que seja comprovado que é totalmente seguro seu uso, como exemplo: os produtos transgênicos. Nessas ocorrências, caso a pessoa queira utilizar de algum método duvidoso, o ônus da prova deve ser invertido, devendo a pessoa que queira utilizar de tal pratica, provar que isso não criara danos sérios ao meio ambiente. No artigo 225 da Constituição Federal, no parágrafo 1°, inciso V, cita que deve “controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”, esse inciso descreve que qualquer método que coloque em risco o meio ambiente deve ser controlado, não devendo ser aceito essas práticas e seus usos até que seja totalmente comprovada que essa pratica é segura. 
Consubstanciado no artigo 4º, VIII da Lei 6.938/81, o princípio do poluidor pagador leva em conta que os recursos ambientais são escassos, portanto, sua produção e consumo geram reflexos ora resultando sua degradação, ora resultando sua escassez. Além do mais, ao utilizar gratuitamente um recurso ambiental está se gerando um enriquecimento ilícito, pois como o meio ambiente é um bem que pertence a todos, boa parte da comunidade nem utiliza um determinado recurso ou, se utiliza, o faz em menor escala. 
Já o princípio da precaução busca se antecipar e prevenir a ocorrência de prejuízos ao meio ambiente. Destina-se a toda a sociedade, inclusive Governo e legisladores, para que sejam instituídas medidas e políticas destinadas a prevenir a poluição. 
04 - DISSERTE, OBJETIVAMENTE, SOBRE AS COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS EM MATÉRIA AMBIENTAL, SEUS CONFLITOS, CRITÉRIOS DOUTRINÁRIOS E LEGAIS PARA RESOLVÊ-LOS. 
R: A competência administrativa (também conhecida por material ou, ainda, executória) em matéria ambiental é comum a todos os entes da federação, nos termos do artigo 23, VI e Vil da Constituição da República de 1988. Assim, União, Estados, Distrito Federal e Municípios são competentes para promover a execução de diretrizes, políticas e preceitos relativos à proteção ambiental, bem como para exercer o poder de polícia. Trata-se, portanto, de competência material repartida entre os entes da federação para o cumprimento de tarefas em forma de cooperação. Não obstante a definição constitucional de competências materiais, cumpre registrar que conflitos (negativos e positivos) de competência são recorrentes em seara ambiental, como nos casos de licenciamento de atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental. Na tentativa de solucionar tais conflitos, a Constituição de 1988, no parágrafo único do artigo 23, dispõe que leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Em matéria ambiental, foi editada a Lei Complementar 140/2011, que apresenta critérios de definição de competências, delineando os campos de atuação administrativa dos entes federados. Ademais, a Resolução CONAMA 237/1997 apresenta critérios de definição de competências em relação ao procedimento de licenciamento ambiental. Todavia, ainda que a Lei Complementar 140/2011 apresente uma lista de ações de cooperação de competência de cada ente federado, conflitos poderão subsistir, em razão da competência comum em matéria ambiental. Nesses casos, a doutrina apresenta critérios de definição de competência, como o da preponderância (ou predominância) do interesse, que deverá ser analisado caso a caso, de acordo com as situações fáticas verificadas. 
05 - A RESPEITO DAS COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS EM MATÉRIA AMBIENTAL E DO PODER DE POLÍCIA PARA A APURAÇÃO DE INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS AMBIENTAIS, REDIJA UM TEXTO DISSERTATIVO ATENDENDO ÀS DETERMINAÇÕES A SEGUIR: 
INFORME OS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS REFERENTES AO EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS AMBIENTAIS ESPECÍFICAS PELOSENTES FEDERATIVOS (UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS), BEM COMO A LEI INFRACONSTITUCIONAL QUE FIXOU AS NORMAS DE COOPERAÇÃO PARA ESSE EXERCÍCIO. 
R: Nos termos do caput e incisos III, VI e VII do art. 23 da Constituição Federal de 1988 (CF), é determinada a competência administrativa comum em matéria ambiental, a ser exercida pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios para “III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; (...) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora”. Ainda, no parágrafo único do art. 23 da CF, determina-se que lei complementar fixará normas de cooperação entre os entes federativos, considerando-se o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
No âmbito infraconstitucional, a Lei Complementar (LC) nº 140/2011 fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII, do caput e do parágrafo único do art. 23, da CF, para a cooperação entre os entes federativos nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência administrativa comum ambiental. 
Normas referidas: 
• Constituição Federal: 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
• Lei Complementar nº 140/2011: 
Art. 5.º O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente. 
Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas. 
Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. 
§ 1.º Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia. 
§ 2.º Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. 
§ 3.º O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput. 
06 - QUESTÃO: JOÃO LUIZ DA SILVA, AOS 80 ANOS DE IDADE, POSSUIDOR HÁ MAIS DE 50 ANOS DE GRANDE ÁREA DE TERRAS QUE ABRANGEM RIOS, MATAS E ENCOSTAS MONTANHOSAS, GOSTARIA DE PRESERVAR AS MATAS QUE RESTARAM EM SUAS TERRAS, PARTE DELAS CONTIDAS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E DE RESERVA LEGAL, E RECUPERAR A VEGETAÇÃO FLORESTAL QUE DESTRUIU AO LONGO DOS ANOS DE EXPLORAÇÃO ECONÔMICA DA ÁREA. PARA ISSO PRETENDE LIMITAR O USO DE PARTE DO IMÓVEL. 
À LUZ DA LEI DA PNMA (LEI 6.938/1981), QUE DISPÕE SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, COM AS MODIFICAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI 12.651/2012 (CÓDIGO FLORESTAL): 
a) INDIQUE O INSTRUMENTO LEGAL À DISPOSIÇÃO DE JOÃO LUIZ DA SILVA PARA PRESERVAR, CONSERVAR OU RECUPERAR OS RECURSOS NATURAIS EXISTENTES EM SUAS TERRAS; 
b) APRESENTE, SE HOUVER, O MODO DE INSTITUIÇÃO E SEUS LIMITES LEGAIS. 
R: Ele poderá limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental, nos termos do artigo 9º-A da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981). Institui-se a servidão, portanto, sobre o excedente de áreas protegidas no imóvel rural (Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Reserva Legal), que poderá ser negociado com os proprietários ou possuidores das terras deficitárias. A instituição desse Instrumento econômico de proteção ambiental, previsto no artigo 9º, XIII da Lei 6.938/1981, deve ser realizada por instrumento público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA. Para efeito de comprovação da servidão ambiental, tanto o instrumento de sua instituição quanto o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental devem ser averbados na matrícula do imóvel no registro de imóveis competente. Nos termos do artigo 9º-B, parágrafo 1º da Lei 6.938/1981, a servidão ambiental pode ser estabelecida por prazo determinado (temporária) ou não (perpétua). No caso de servidão ambiental temporária, o prazo mínimo de sua vigência é de quinze anos. 
07) Discorra sobre o Licenciamento Ambiental, abordando sua natureza jurídica, características, competência e normatização. 
R: As disposições sobre o licenciamento ambiental estão previstas na Lei nº 6.938/1981 do Decreto nº 99.274/1990,, na resolução CONAMA nº 237/1997 e na Resolução CONAMA 01/1986, sem prejuízo da possibilidade de os Estados editarem normas complementares no licenciamento de sua competência. Conforme a LC nº 140/2011 
As Licenças ambientais constituem atos administrativos que se propõem a controlar preventivamente as atividades particulares no exercício de sies direitos, no que diz respeito a exploração ou uso de um bem ambiental de sua propriedade, os exercícios desses direitos depende do cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei tendo em vista a defesa do meio ambiente, de forma que o particular fica condicionado a obtenção da licença ambiental por parte da autoridade competente. Define-se o “ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece condições, restrições e medida de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimento ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencial poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam cursar degradação ambiental”. 
Com a promulgação da Lei Complementar Federal nº 140/2011 foi regulamentada a competência comum entre os entes federativos (União, estado, Distrito Federal e municípios), e fixada normas de cooperação entre eles, reduzindo assim as superposições e conflitos de atuação, além de tornar o processo de licenciamento ambiental menos oneroso e burocrático, além de mais ágil. 
De acordo com o Art. 9º da Lei Complementar 140/2011 foi definido que caberia aos municípios o licenciamento de atividades e empreendimentos que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, bem como os localizados em unidades de conservação instituídas pelo município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) e daquelas delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. 
As atribuições do IBAMA, determinadas pelo Art. 4º da Resolução do CONAMA nº 237/1997, fundamentada no conceito de significância e abrangência do impacto ambiental direto decorrente do empreendimentoou atividade, foram complementadas e acrescidas da competência de novas ações administrativas, conforme Art. 7º da Lei Complementar 140/2011. 
A competência dos estados e o Distrito Federal no processo de licenciamento ambiental, além das ações administrativas descritas no Art. 8º, passaram a ter competência licenciatória residual. Ou seja, os processos de licenciamento ambiental que extrapolam a competência e habilitação municipal, mas não são cabíveis à União, são de responsabilidade dos órgãos ambientais estaduais e do Distrito Federal. 
08) Acerca do Licenciamento Ambiental, responda de forma fundamentada: 
a) Qual a natureza jurídica da Licença Ambiental? 
R: A Licença ambiental apresenta natureza jurídica sui generis, pois apresenta características tanto de licença quanto de autorização, é uma espécie de outorga com prazo de validade concedida pela Administração Pública para a realização das atividades humanas que possam gerar impactos sobre o meio ambiente, desde que sejam obedecidas determinadas regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental. 
b) O Licenciamento Ambiental de um aterro sanitário pode ser concedido independentemente da realização de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA)? 
R: O licenciamento ambiental de um aterro sanitário depende de apresentação, ao órgão ambiental licenciador, do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA). Trata-se de atividade modificadora do meio ambiente, expressamente elencada no rol do Artigo 2º da Resolução CONOMA nº 014/1986, que relaciona as atividades cujo licenciamento ambiental depende de elaboração de EIA/RIMA. 
c) Qual a competência para o Licenciamento Ambiental de um empreendimento localizado em Área de Proteção Ambiental (APA), instituída pela União Federal, abrangendo o território dos Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima? 
R: Um empreendimento localizado em área de Proteção Ambiental (APA), instituída pela União Federal, abrange o território dos Municípios de Belo Horizonte e Nova Lima, ambos localizado no Estado de Minas Gerais, deve ser licenciado pelo órgão ambiental estadual competente. A Lei Complementar nº 140/2011 institui tratamento especiais as APA’s, especialmente no tocante ao licenciamento ambiental, definindo critérios específicos pré-estabelecidos em seus artigos 7º,8º e 9º. Assim, no caso, da APA, o órgão ambiental do ente federado que institui a unidade de conservação. No caso sobe analise, em uma AP federal em que seja necessário o licenciamento de uma atividade que cause ou possa causar impacto ambiental em território de dois municípios do mesmo Estado, a competência será do órgão ambiental estadual. 
d) Considerando que a instalação de determinado empreendimento minerário dependa da supressão de vegetação secundária em estágio avançado e médio de regeneração de Mata Atlântica, informe quais são os requisitos para a prática de tal atividade? 
R: Nos termos do Artigo 32, da lei da Mata Atlântica (Lei nº11.1428/2006), a supressão de vegetação secundaria em estágio avançado e médio de regeneração para fins de atividades mineiras somente será admitida mediante: 
A) licenciamento Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental EIA/RIMA, pelo empreendedor, e desde que demonstrada a existência de alternativa técnicas e locacional ao empreendimento proposto; 
B) sejam dotadas medias de compensatórias que incluam a recuperação de área equivalente a área do empreendimento, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográficas e sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica, independente do pagamento da compensação ambiental prevista no artigo 36 da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9.985/2000). 
09) - Discorra sobre o direito adquirido à Licença Ambiental, abordando a possibilidade ou não de aplicação de novas regras a empreendimentos efetiva e potencialmente poluidores já consolidados. 
R: A licença ambiental tem como uma de suas mais importantes características a possibilidade de modificação ou de retirada em determinadas situações. Tal licença é o ato administrativo resultante de um processo administrativo e poderá sofrer modificações posteriormente caso se descubra algum erro ou omissão relevante ou caso haja algum motivo superior que o justifique. 
O inciso IV do artigo 9º da Lei 6.938/81 determina que “o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras” é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente. Isso significa que a própria lei que criou o licenciamento já previu a possibilidade de as licenças ambientais serem revistas. 
A respeito do tema, não se pode confundir revisão com renovação. Falar em revisão do licenciamento implica adequar, anular, cassar, revogar ou suspender a licença concedida em pleno prazo de validade. Por outro lado, falar em renovar implica em requerer uma nova licença ao órgão ambiental, tendo em vista que o prazo da licença vigente está perto de se esgotar. 
Como qualquer ato administrativo, a licença ambiental está sujeita à revisão, especialmente se houver um relevante interesse público que o justifique. Se o fundamento máximo do poder de polícia é a supremacia do interesse público sobre o individual, é evidente que a administração pública poderá sempre rever qualquer ato que supervenientemente à sua edição se mostre contrário ao interesse coletivo para revogá-lo em benefício da sociedade. Com efeito, se as condições originais que deram ensejo à concessão da licença ambiental mudarem, está também pode ser modificada ou até retirada. 
Do ponto de vista prático, são basicamente três as razões que levaram o legislador a considerar a possibilidade de revisar uma licença ambiental. A primeira é a velocidade com que a ciência e a tecnologia evoluem, fazendo com que os órgãos ambientais não tenham como se precaver em face dos riscos ambientais. A segunda é que os órgãos ambientais dispõem de estrutura insuficiente em termos de recursos humanos e materiais e são muito suscetíveis a ingerências de ordem pessoal, política e econômica. A terceira é que dados técnicos relevantes podem ser omitidos ou apresentados de forma distorcida ou mesmo falsa, comprometendo no todo ou em parte o entendimento e a decisão dos órgãos administrativos de meio ambiente. 
É nesse contexto que os incisos I, II e III do artigo 19 da Resolução 237/97 do Conama determinam que o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais, omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença e superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. Isso significa que a referida resolução determina que a revisão da licença ambiental concedida pode ocorrer em três situações distintas. 
Na primeira situação, depois de ter sido regularmente licenciada, o responsável pela atividade passa a desrespeitar a legislação ambiental ou a ignorar os condicionantes do licenciamento ambiental, a exemplo do cumprimento de medidas compensatórias ou mitigadoras. É o caso do industrial que se comprometeu formalmente e com prazo determinado em face do órgão ambiental a instalar filtros antipoluição na sua fábrica e também do piscicultor que se comprometeu formalmente e com prazo determinado a instalar uma estação de tratamento de água nos seus viveiros, que após terem recebido a licença não tomaram nenhuma das providências combinadas. É o caso da empresa que de um momento para outro passa a emitir mais ruído ou mais gases poluentes do que o permitido pela legislação. Na segunda situação, é descoberto que o licenciamento de uma determinada atividade se embasou em dados ou documentos falsos ou que deixou de levar em consideração informações relevantes e que por isso a licença deve ser revista. É o caso do licenciamentopara a construção de um condomínio privado baseado em um laudo técnico que afirma que a área não possui nenhuma importância especial no que diz respeito à diversidade biológica, e depois é descoberto que, na verdade, a área em questão possui remanescentes de mata atlântica que abrigam espécies raras da fauna e da flora e que por isso a licença deve ser revisada. 
Na terceira situação, a atividade é devidamente licenciada e passa a cumprir todas as condicionantes da licença ambiental quando, em face de uma nova informação ou de um caso de força maior, a atividade passa a causar graves riscos para o meio ambiente e para a qualidade de vida da coletividade e por isso deve ser revisada. É o caso da descoberta do potencial danoso de uma técnica ou substância utilizada no processo produtivo de uma determinada empresa e cuja adoção tinha sido recomendada pelo próprio órgão ambiental como requisito para a concessão da licença, e também o de um desastre natural a exemplo de um desmoronamento ou de uma tempestade que comprometem o controle de segurança ambiental de uma determinada indústria. 
Nessas duas situações, mesmo que o responsável pela atividade potencial ou efetivamente poluidora tenha cumprido à risca a legislação ambiental e as condicionantes do licenciamento, a simples iminência de graves riscos poderem ser causados ao meio ambiente e à saúde da coletividade justifica a revisão da licença. 
É claro que falar em revisão de uma licença não significa necessariamente a nulidade do ato administrativo anteriormente proferido, mas um ajustamento das condicionantes e das medidas de controle de adequação, com o intuito de diminuir ou de retirar a possibilidade de ocorrência de danos ambientais. A revisão da licença ambiental pode implicar na perda de validade temporária da mesma, a fim de que possam ser feitas as adequações necessárias, ou na perda de validade definitiva quando não houver possibilidade de adequação ou também na diminuição quantitativa ou qualitativa da atividade. 
Mas a revisão também pode ser benéfica ao titular da atividade potencial ou efetivamente poluidora, na medida em que este poderá obter a licença ambiental não conseguida anteriormente ou poderá obter um alargamento do objeto da licença ambiental caso ocorram algumas situações que possam beneficiá-lo. As alíneas II e III do artigo 19 da Resolução 237/97 do Conama falam em omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença e superveniência de graves riscos ambientais e de saúde como justificativa para que a licença ambiental seja revista. 
10- A respeito das competências administrativas em matéria ambiental e do poder de polícia para a apuração de infrações administrativas ambientais, redija um texto dissertativo atendendo às determinações a seguir: 
Aponte o órgão ambiental (federal, estadual, distrital ou municipal) que, no âmbito do poder de polícia, é competente para lavrar auto de infração e instaurar processo administrativo com vistas à apuração de infração administrativa ambiental envolvendo ilícito ambiental causado por empreendimento licenciado. 
R: Compete ao órgão responsável pela atividade licenciada lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração da infração administrativa ambiental cometida por responsável pela atividade licenciada, conforme disposição expressa no caput do art. 17 da LC n.º 140/2011. 
11 - A respeito das competências administrativas em matéria ambiental e do poder de polícia para a apuração de infrações administrativas ambientais, redija um texto dissertativo atendendo às determinações a seguir: 
Apresente a solução jurídica prevista na legislação vigente para evitar a punição dobrada motivada pela mesma infração (princípio do non bis in idem), como ocorre, por exemplo, quando mais de um órgão ambiental lavra auto de infração sob o mesmo fundamento e em face da mesma irregularidade causada pela atividade licenciada. 
R: Quando mais de um órgão ambiental lavrar auto de infração sob o mesmo fundamento e em face da mesma irregularidade causada pela atividade licenciada, em atenção ao princípio do non bis in idem, conforme o § 3.º do art. 17 da LC n.º 140/2011, deverá prevalecer o auto de infração ambiental lavrado pelo órgão que detiver a atribuição de licenciamento. A aplicação de sanções pelos entes federativos se pauta pelo princípio da legalidade. “É vedado ao IBAMA instituir sanções sem expressa previsão legal. Questão já enfrentada pelo STF, ocasião em que restou determinada a impossibilidade de aplicação pelo IBAMA de sanção prevista unicamente em portarias, por violação do Princípio da Legalidade”. 
Outrossim, exige-se lei em sentido formal para a tipificação de infrações administrativas. Destarte, “a aplicação de sanções administrativas somente se torna legítima quando o ato praticado pelo administrado estiver previamente definido por lei como infração administrativa”. 
Contudo, não viola o princípio da estrita legalidade a instituição de um tipo genérico por lei, a ser regulamentado via decreto, uma vez que até Direito Penal Ambiental se admite a criação de normas penais em branco heterogêneas, ante o caráter concretista e interdisciplinar do meio ambiente.

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