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PLANEJAMENTO LICENCIAMENTO AMBIENTAL E SUAS DIRETRIZES PARA LOTEAMENTO BEM COMO SUA APLICAÇÃO PARA LOTEAMENTOS URBANOS

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17
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
VALDINEI FERREIRA DE CARVALHO CONCOLATO
“PLANEJAMENTO LICENCIAMENTO AMBIENTAL E SUAS DIRETRIZES PARA LOTEAMENTO BEM COMO SUA APLICAÇÃO PARA LOTEAMENTOS URBANOS”.
Machadinho D’Oeste
2018
VALDINEI FERREIRA DE CARVALHO CONCOLATO
“PLANEJAMENTO LICENCIAMENTO AMBIENTAL E SUAS DIRETRIZES PARA LOTEAMENTO BEM COMO SUA APLICAÇÃO PARA LOTEAMENTOS URBANOS”.
Trabalho de Gestão Ambiental apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Planejamento de áreas Urbanas e Rurais; Projetos, Ambientais; Tópicos especiais em Gestão, Ambiental; Avaliação do Impacto Ambiental e
Licenciamento; Seminário Interdisciplinar V.
Prof: Jeanedy Maria Pazinato, Diogenes Magri da Silva, Rodrigo de Menezes Trigueiro, Tais Cristina Berbet, Thiago Augusto Domingos, Flavia da Silva Bortoloti.
Tutor Eletrônico: Tatiana Peres Vanzella Schreiner.
4º/ 5º semestres
Machadinho D’ Oeste
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................04
DESEMVOLVIMENTO..................................................................................06
CONSIDERAÇOES FINAIS..........................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.............................................................17
INTRODUÇÃO
 Um dos maiores desafios das políticas públicas reside na sua efetividade. No caso da política urbana, a efetividade das ações das políticas setoriais de habitação, saneamento básico e transporte urbano nas três esferas de governo dependem fortemente de um ambiente legal e normativo eficiente, consentâneo com as características socioeconômicas da população, consideradas suas condições ambientais. Por conseguinte, neste trabalho, será avaliada sua capacidade de: Reconhecer a documentação necessária para abertura de um processo de Diretriz de Loteamento; Elencar a Legislação ambiental não há necessidade de se ater a leis urbanísticas aplicáveis ao caso em questão; Reconhecer e apontar os impactos positivos e negativos do empreendimento; Propor solução para o esgotamento sanitário local. 
 Nesse contexto, o licenciamento ambiental cumpre papel decisivo na solução dos problemas urbanos, na esfera dos instrumentos legais de apoio ao desenvolvimento urbano, observam-se, ainda, na legislação vigente, restrições de natureza institucional, técnica e burocrática que vêm se constituindo em obstáculos à gestão urbana, estas restrições têm contribuído também para o aumento dos preços dos terrenos e para a elevação dos custos dos investimentos públicos e privados. No âmbito do desenvolvimento urbano, o licenciamento ambiental é aplicado para a aprovação de empreendimentos, sendo o parcelamento e a regularização do solo urbano nos aspectos urbanístico e habitacional importante atividades de urbanização. 
 O mesmo foi realizado através de um estudo bibliográfico, enfocando a importância do licenciamento ambiental, dividido em tópicos e sub tópicos, como fonte de pesquisa utilizou, fundamentos teóricos em livros revistas, sites da internete, com assuntos relacionados, relatórios, biblioteca virtual da unopar, materiais didáticos disponível nas disciplinas, entre outros artigos e materiais para melhor esclarecimento ao tema.
2 DESENVOLVIMENTO
 O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo destinado a permitir atividades ou quaisquer empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar a degradação ambiental. Trata-se, portanto, de um instrumento essencial para conciliar o meio ambiente e o desenvolvimento econômico e social por meio do qual o órgão competente verifica a adequação de um projeto ou atividade ao meio ambiente, licenciando, em diferentes etapas, a sua implantação.
 O licenciamento ambiental para fins urbanísticos envolve a implantação de parcelamentos de solo nas áreas urbanas, bem como a sua regularização nos casos em que estes foram implantados sem a autorização do poder público. As atividades de implantação e regularização de parcelamentos do solo urbano, além de atenderem à legislação urbanística, devem se submeter ao licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução no 237/1997 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
 Entretanto, em geral, o licenciamento ambiental para fins urbanísticos não tem conseguido ser efetivo na prevenção e mitigação dos impactos ambientais de empreendimentos de parcelamento e regularização do solo urbano. Os motivos para isso abrangem desde questões relativas aos procedimentos administrativos do processo de licenciamento ambiental até o conflito entre as intenções de proteção e preservação ambiental e a realidade urbana brasileira. A agilização do processo de licenciamento ambiental é também um desafio do setor público.
2.1 A LICENÇA PRÉVIA
 A Licença Prévia costumeiramente é exigida nesta etapa. Mesmo que em seu município e/ou UF de residência não seja exigido, como parte integrante da avaliação deste trabalho, você deverá descrever toda documentação necessária para a expedição da LP; O licenciamento ambiental pode ser definido como o processo mediante o qual o órgão competente do Sisnama analisa as características potencialmente causadoras de degradação de um determinado empreendimento, avaliando sua viabilidade ambiental e, a partir disso, decide sobre a concessão, ou não, da licença. A LP é solicitada na fase de planejamento do empreendimento. Autoriza a localização, concepção e viabilidade ambiental do parcelamento e as condições a serem observadas na elaboração dos projetos executivos. Seu prazo de validade é estabelecido em função do cronograma apresentado pelo empreendedor para elaboração dos projetos executivos, não podendo ser superior a cinco anos. 
 A LI autoriza a implantação do empreendimento de acordo com projetos aprovados, incluindo toda a infraestrutura urbana e os dispositivos de controle ambiental especificados. Seu prazo de validade é definido em função do cronograma de implantação do parcelamento e das obras de infraestrutura, não podendo exceder seis anos, A LO é concedida após a realização de vistoria que confirme a instalação da infraestrutura e o funcionamento dos sistemas de controle ambiental exigidos nas licenças anteriores. Seu prazo de validade pode variar entre quatro e dez anos. 
 Nos parcelamentos já implantados e em processo de regularização, Salgado (2006) argumenta que não há sentido em exigir as três licenças LP, LI e LO, tendo em vista que os empreendimentos já existem, estando, de certa forma, consolidados. Nesses casos, apenas a LO deveria ser emitida. Na prática, porém, as três licenças têm sido exigidas na regularização de parcelamentos já implantados. Há também um entendimento de que a LO, por exemplo, não se aplica a um parcelamento urbano, em função da instalação progressiva da infraestrutura, na medida em que o parcelamento é ocupado. Ou seja, a instalação completa de toda a infraestrutura em um parcelamento, antes que o mesmo seja ocupado, acaba não ocorrendo na prática, o que implica renovações sucessivas da LO. 
 A LP é a mais importante das licenças, pois é nesta fase que são realizados os estudos ambientais, dentre eles o EIA/Rima, e são definidas as exigências que devem ser cumpridas para a concessão das licenças seguintes. As etapas básicas da LP são apresentadas, podendo oferecer variações conforme o órgão ambiental licenciador. A solicitação da LI deve ser publicada conforme Resolução CONAMA nº 06/86.Dos documentos básicos de requerimento de licença podemos aqui ver alguns:
 
· Requerimento de Licença devidamente preenchido (modelo Sema);
· Formulário de enquadramento de atividade (modelo Sema) com a coluna dados devidamente preenchida, para possibilitar o cálculo do valor da taxa correspondente ao licenciamento específico e expedição do Documento Único de Arrecadação – DUA;
· Cópia autenticada do comprovante de pagamento da taxa correspondente ao Licenciamento Ambiental (DUA);
· Apresentar Certidão Negativa de Débitos Ambientais – CNDA. 
· Cópia autenticada do documento de identidade do representante legal que assinar o requerimento;
· Cópia autenticada da Ata da eleição de última diretoria quando se tratar de Sociedade ou do Contrato Social registrado quando se tratar de Sociedade de Quotas de responsabilidade Limitada;
· Cópia autenticada do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ (registrado no Município onde será realizada a atividade) ou do Cadastro de Pessoa Física – CPF;
· Cópia autenticada do documento de Anuência da Prefeitura Municipal quanto à localização do empreendimento em conformidade com a Legislação Municipal aplicável ao uso e ocupação do solo;
· Cópia autenticada da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional subscrito com atribuição e certificação do órgão de classe, para cada projeto específico, com indicação expressa do nome, numero do registro no órgão de Classe completo, inclusive telefone.
· Relatório de Informações sobre Investimentos Executados devidamente preenchidos;
· Em caso de supressão da vegetação, anuência do instituto de defesa agropecuária e florestal (IDAF), atendendo ao disposto no artigo 4 º da Lei Federal nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal), alterado pela medida provisória (MP) nº 2.080-60/01.
· Original ou cópia autenticada da folha da publicação no Diário Oficial do Estado - DIO e em Jornal local ou de grande circulação do requerimento da respectiva licença - Prazo 15 (quinze) dias após protocolizar o Requerimento junto a Sema.
· Projetos pertinentes a Atividade a ser Licenciada. Fonte – (Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Machadinho D´ Oeste – RO ).
 Existem tipos de licenças como: A licença ambiental é concedida em etapas. Dependendo da atividade, o empreendedor obtém primeiramente.
A Licença Prévia (LP), concedida na fase do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e exigências técnicas a serem atendidas nas próximas fases.
A Licença de Instalação (LI) autoriza a instalação do empreendimento ou de uma determinada atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais exigências técnicas necessárias.
A Licença de Operação (LO) autoriza o funcionamento da atividade mediante o cumprimento integral das exigências técnicas contidas na licença prévia e de instalação. Poderá ser emitida Licença de Operação a Título Precário, cujo prazo de validade não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias, nos casos em que o funcionamento ou operação da fonte for necessário para testar a eficiência dos sistemas de controle de poluição ambiental. Fonte (RESOLUÇÃO SMA nº 54/04, dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente).
 Sendo que para a maioria das atividades, a LP e a LI são concedidas em conjunto e, posteriormente, é obtida a LO.
2.2 AS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
 O que é área de preservação permanente; Segundo o Código Florestal (Lei Federal nº 4.771/65), área de preservação permanente é toda aquela constante em seus artigos 2º e 3º, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. As Áreas de Preservação Permanente foram instituídas pelo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012) e consistem em espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, podendo ser públicas ou privadas, urbanas ou rurais, cobertas ou não por vegetação nativa. 
 Entre as diversas funções ou serviços ambientais prestados pelas APP em meio urbano, vale mencionar:
· A proteção do solo prevenindo a ocorrência de desastres associados ao uso e ocupação inadequados de encostas e topos de morro;
· A proteção dos corpos d'água, evitando enchentes, poluição das águas e assoreamento dos rios;
· A manutenção da permeabilidade do solo e do regime hídrico, prevenindo contra inundações e enxurradas, colaborando com a recarga de aquíferos e evitando o comprometimento do abastecimento público de água em qualidade e em quantidade;
· A função ecológica de refúgio para a fauna e de corredores ecológicos que facilitam o fluxo gênico de fauna e flora, especialmente entre áreas verdes situadas no perímetro urbano e nas suas proximidades,
· A atenuação de desequilíbrios climáticos intra-urbanos, tais como o excesso de aridez, o desconforto térmico e ambiental e o efeito "ilha de calor". Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012).
 A manutenção das APP em meio urbano possibilita a valorização da paisagem e do patrimônio natural e construído (de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico e turístico). Esses espaços exercem, do mesmo modo, funções sociais e educativas relacionadas com a oferta de campos esportivos, áreas de lazer e recreação, oportunidades de encontro, contato com os elementos da natureza e educação ambiental voltada para a sua conservação, proporcionando uma maior qualidade de vida às populações urbanas, que representam 84,4% da população do país. 
 Os efeitos indesejáveis do processo de urbanização sem planejamento, como a ocupação irregular e o uso indevido dessas áreas, tende a reduzi-las e degradá-las cada vez mais. Isso causa graves problemas nas cidades e exige um forte empenho no incremento e aperfeiçoamento de políticas ambientais urbanas voltadas à recuperação, manutenção, monitoramento e fiscalização das APP nas cidades, tais como: 
· Articulação de estados e municípios para a criação de um sistema integrado de gestão de Áreas de Preservação Permanente urbanas, incluindo seu mapeamento, fiscalização, recuperação e monitoramento;
· Apoio a novos modelos de gestão de APP urbanas, com participação das comunidades e parcerias com entidades da sociedade civil;
· Definição de normas para a instalação de atividades de esporte, lazer, cultura e convívio da população, compatíveis com a função ambiental dessas áreas;
 Além disso, a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano contratou a Universidade de Brasília para fazer o levantamento, em 700 municípios brasileiros, do percentual de áreas verdes e dos corpos d'água existentes nas áreas efetivamente urbanizadas e no seu entorno imediato, onde são exercidas as maiores pressões do processo de expansão urbana. O estudo visa conhecer a proporção de área urbanizada coberta por vegetação e o estado de conservação das APP em suas faixas marginais. 
 A partir do conhecimento dessa realidade será possível subsidiar: a formulação de normas e parâmetros legais sobre o tema; o monitoramento e a definição de ações e estratégias da política ambiental urbana; os processos de decisão a fim de preservar as APP e evitar a sua ocupação inadequada; o apoio aos programas de prevenção de desastres; a avaliação de potencialidades e necessidades na recuperação e preservação das APP situadas em áreas efetivamente urbanizadas e de expansão urbana.
2.3 IMPACTOS NEGATIVOS E POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO
 Quando se fala em impacto ambiental, a maioriadas pessoas imediatamente pensa em algo ruim. Entretanto, isso nem sem sempre é verdade, uma vez que o Sistema Ambiental Brasileiro considera que a palavra “impacto” faz referência ao resultado das ações que podem modificar o ambiente, seja de maneira positiva ou negativa. Vale destacar que todas as ações do homem geram impactos de variados graus e tipos: o negativo, bastante conhecido, diz respeito à emissão de poluentes, despejo de resíduos nocivos e outras modificações prejudiciais ao meio ambiente. 
 Os impactos positivos, por sua vez, estão relacionados a programas de preservação. Toda ação que compreende uma modificação no ambiente, a fim de preservá-lo, pode ser considerada de impacto positivo. Obras de revitalização, recuperação de matas, replantio de árvores, limpeza de rios e empreendimentos que criam espaços verdes em meio a grandes centros urbanos são alguns exemplos desse tipo de impacto ambiental.
 Para prevenir o excesso de modificações ambientais, a Legislação Ambiental Brasileira determina algumas medidas que visam minimizar as consequências dos impactos negativos. As medidas mitigadoras são aquelas realizadas juntamente com a execução da ação: construir uma casa utilizando produtos ecologicamente corretos, por exemplo. As medidas compensatórias, por sua vez, são adotadas quando não é possível minimizar o impacto ambiental diretamente na fonte causadora. Para compensar o dano causado, é realizado outro empreendimento que seja benéfico para o ambiente. É o caso do reflorestamento, que visa compensar as consequências do desmatamento.
2.4 AVALIAR UMA ALTERNATIVA PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO LOCAL
 Os esgotos sanitários, de origem doméstica ou não, se constituem em significativa fonte de poluição ambiental, principalmente pelo seu conteúdo de matéria orgânica biodegradável representada pela Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo) e de organismos patógenos. Quando os esgotos são lançados brutos nos corpos d’água, sem o devido tratamento prévio, a DBO promove a sua poluição pelo consumo do Oxigênio Dissolvido para a sua degradação, podendo tornar esses corpos d’água “mortos”, sem vida aquática aeróbia, como é o caso dos rios Tietê e Pinheiros, na cidade de São Paulo. 
 No interior paulista, vários rios também se encontram na mesma situação ou então, estão ameaçados. Os nutrientes presentes nos esgotos promovem a fertilização das águas, resultando na sua eutrofização, desenvolvimento excessivo de plantas macrófitas aquáticas e algas, com a consequente poluição dos corpos d’água. Os organismos patógenos presentes nas fezes humanas e nos esgotos bactérias, vírus, vermes, protozoários e fungos, contaminam o solo e as águas, podendo causar inúmeras doenças, como gastroenterites, verminoses, micoses etc. 
 A presença de patógenos é indicada pela presença de bactérias Coliformes Fecais, que vivem no intestino dos animais de sangue quente e estão presentes em suas fezes e, portanto, nas fezes humanas e nos esgotos. Todos esses problemas podem ser prevenidos ou evitados com soluções práticas adequadas de saneamento básico coleta, tratamento e disposição dos esgotos, mesmo quando realizadas na zona rural, pela própria comunidade local. A zona rural e mesmo algumas regiões da periferia das cidades não costumam ser atendidas pelos prestadores públicos de serviços de saneamento básico, como as autarquias municipais e companhias estaduais de saneamento. 
 Daí a importância de se realizar as referidas soluções localmente, de forma autônoma, em que comunidade possa participar e mesmo implementar e gerenciar este processo. Isto só é possível com o emprego de sistemas alternativos de saneamento viáveis, não só técnica e ambientalmente, mas principalmente em termos econômicos e de facilidade e praticidade de construção, operação e manutenção, tendo em vista que as comunidades de assentamentos rurais normalmente possuem limitações financeiras e de tempo. 
 Há que se ressaltar que, para viabilizar tais soluções, se faz necessário a conscientização, união e mobilização das comunidades, bem como a sua educação sanitária e ambiental e o treinamento de alguns de seus membros que irão trabalhar nos sistemas de saneamento a serem implementados. Não existe em princípio uma melhor alternativa e a sua definição vai depender, segundo Salvador (2002 - 2013), de vários fatores: número de usuários atendidos, porte (vazão) e qualidade da água do corpo receptor, usos de sua água, área disponível, tipo de solo, profundidade do lençol freático etc. Portanto, a escolha de alternativas deve ser feita mediante uma análise prévia das opções disponíveis. Para poucos usuários, uma casa ou um pequeno grupo de casas, a opção recomendada é a fossa séptica e sistemas de infiltração no solo. Caso não seja possível a infiltração, pode-se empregar a fossa ou o sistema fossa-filtro anaeróbio seguidos de uma pequena. 
 Neste caso, a disposição do esgoto tratado pode ser em corpo d’água ou no solo (irrigação superficial). No caso de um número maior de usuários a serem atendidos, possíveis alternativas seriam lagoa facultativa seguida de lagoa de maturação ou de wetlands, com posterior disposição no corpo receptor ou no solo. Quando forem gerados lodos, a alternativa para o seu tratamento será sempre leitos de secagem, independente do porte da população atendida. De qualquer modo, reitera-se a necessidade da análise de alternativas, a ser feita com embasamento técnico e econômico e, sobretudo, bom senso. Maiores detalhes podem ser vistos em Salvador (20013).
2.5 O REFLORESTAMENTO 
 Através do surgimento e crescimento das cidades, as áreas verdes tem-se ganhado importância, pois as condições de artificialidade dos centros urbanos em relação às áreas naturais têm causado vários prejuízos à qualidade de vida. A Organização Mundial da Saúde recomenda um índice que varia de 12 a 15 m2 de área verde por habitante no meio urbano, devidamente distribuída em áreas verdes: parques, praças, jardins, arborização de vias. Segundo GONÇALVES; PAIVA (2004) a escolha de uma espécie adequada para um local é fundamental no planejamento da arborização urbana. Ou seja, a espécie certa para o lugar certo, dotando-se de critérios técnicos e científicos. MASCARÓ (2005) define que no planejamento de loteamentos urbanos é importante a compatibilização da arborização em nível subterrâneo, de superfície e aéreo, junto às redes de infraestrutura urbana. Também é preciso definir o tipo de árvore que melhor se adequa ao paisagismo, levando em consideração as limitações físicas e biológicas que o local impõe ao seu crescimento. Todos esses fatores relacionados ao planejamento arbóreo são prejudicados quando ações tomadas no anseio de resolver um problema ambiental acabam distribuindo mudas aleatórias a população. 
 Muitas dessas mudas acabam indo parar em locais incompatíveis com as suas características morfológicas, provocando assim novos e subsequentes erros, prevê que no momento do planejamento de um novo loteamento, a arborização do local seja contemplada em projeto e siga o que a Lei em paralelo ao Plano Diretor do Município preconiza. Dessa maneira, é necessária a elaboração de um Projeto de Arborização e posterior aprovação do mesmo pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. 
 Na arborização urbana, plantas com porte pequeno, copada volumosa e mal conduzida, troncos tortuosos, raízes superficiais, nas quais provocam a quebra e o desalinhamento das calçadas, irão interferir diretamente na segurança dos pedestres. Sendo assim, existe à necessidade da construção de uma calçada e do plantio de uma árvore caso ela não exista na testada de seu lote. São ações necessárias para que o proprietário do imóvel possa ter a sua carta de habitaçãohomologada, dando-lhe assim o direito de ocupar o seu imóvel.
3 CONDOMÍNIOS FECHADOS.
 Ao abordar essa temática sobre licenciamento ambiental, condomínios fechados entre demais assuntos relacionados, vemos que no decorrer da história da humanidade, as cidades sempre constituíram espaços de convivência, muito embora estivessem repletas de conflitos. A concentração demográfica sempre favoreceu o encontro, mesmo que, paradoxalmente, entre os cidadãos também ocorressem o isolamento e os desencontros. Por isso, são necessárias a elaboração e exercício de normas urbanas como leis, códigos, princípios e práticas consensuais para controlar e superar conflitos urbanos (Sposito, 2006). 
 É necessário destacar que Zandonadi (2005) e Corrêa (1989) possuem visões diferentes sobre o processo de formações socio espaciais na área urbana, fato que enriquece a discussão sobre o tema analisado. Para Corrêa (1989), tais relações ocorrem de forma empírica, por meio de fluxos de veículos e de pessoas associados às operações de carga e descarga de mercadorias e às diversas formas de deslocamentos quotidianos entre as diferentes áreas da cidade. A cada transformação do espaço urbano, ele permanece fragmentado, articulado, pois é reflexo e condicionante social, mesmo que suas formas espaciais e suas funções tenham mudado. Assim, a desigualdade sócio espacial não desaparece. Mesmo diante da clara e indiscutível ilegalidade desse tipo de empreendimento exposta acima, é evidente a proliferação dos condomínios fechados nas cidades brasileiras. Os condomínios fechados não estão mais restritos às grandes cidades e às metrópoles, pois já ocupam parcela importante do tecido urbano, também, das cidades médias. 
 Esse tipo de empreendimento atrai as classes com maior poder econômico e não gera constrangimentos aos demais habitantes, talvez porque os condomínios fechados estejam remodelando determinadas áreas da periferia e (re) valorizando áreas antes desvalorizadas os loteamentos fechados são um novo produto imobiliário e, como todas as outras mercadorias, são obrigados a, sempre, se renovar, lançando produtos cada vez mais atrativos no mercado. 
 Esses produtos, cada vez mais elaborados e bem estruturados, provocam profundas transformações na estrutura das cidades, pois ocorre uma nítida passagem da segregação socio espacial para a fragmentação urbana, inclusive nos espaços não metropolitanos, refere às transformações ocorridas no tecido urbano nas últimas décadas, principalmente às formas de apropriação do espaço das áreas periféricas, tradicionalmente ocupadas por pessoas de menor poder aquisitivo e que passam por uma reestruturação para atender às classes de maior poder econômico. 
CONSIDERAÇOES FINAIS
 O licenciamento ambiental tem o intuito de prevenir, vai de encontro aos objetivos da politica nacional do meio ambiente visando o equilíbrio e o desenvolvimento econômico e social, além da qualidade ambiental e ecológica, e sendo assim por meio do licenciamento ambiental e do EIA, podemos garantir não apenas a prevenção do dano ao meio ambiente em si, mas também um adequado planejamento ambiental. 
 Como vimos o licenciamento ambiental é uma importante ferramenta para a proteção e garantia do direito constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado assegurado pela Constituição em seu artigo 225. No que diz sobre os impactos e mais importante que a própria avaliação de impactos realizada quando do licenciamento inicial do empreendimento, é a revisão do EIA, ao menos durante a implantação e após o inicio da operação do empreendimento. Somente através desta revisão é possível confirmar a natureza e a magnitude dos impactos reais gerados pelo empreendimento, bem como a eficiência das medidas mitigadoras adotadas. 
 Em relação ao processo de licenciamento ambiental de loteamentos residenciais urbanos constitui um importante instrumento de gestão da expansão urbana, ao considerar os aspectos ambientais, quer sejam referentes ao meio natural e fatores geofísicos e bióticos ou ao meio construído, urbano, e os fatores socioeconômicos e culturais, tendo como meta final promover a melhoria da qualidade de vida da população. 
 Em relação aos condomínios fechados percebe-se que os condomínios fechados são atrativos porque são constituídos de ambientes particulares, de acesso controlado; transmitem uma sensação de segurança e tranquilidade. A proliferação e a consolidação de condomínios fechados: Devido à restrição ao acesso dos cidadãos comuns às áreas internas dos condomínios fechados, tornam-se ambientes de homogeneidade social, “protegidos” das “surpresas” das áreas públicas, um refúgio supostamente seguro. Na opinião dos moradores, não se busca o isolamento da cidade, muito ao contrário, pois nestes eles realizam as atividades de trabalho e estudo.
 Conclui-se não restam duvidas que o licenciamento ambiental ser indispensável para combater ameaças e danos graves ao meio ambiente, pois quando lesado dificilmente é recuperado, assim como para possibilitar que haja o desenvolvimento sem o sacrifício ao meio ambiente, beneficiando a todos, mas não menos importante ao profissional da área ambiental, como nós os Tecnólogos em Gestão Ambiental, o licenciamento com suas demandas técnicas por estudos de avaliação do impacto e ate mesmo para a condução dos procedimentos administrativos, representa uma ótima fonte de trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERTE, Elaine P. V. Análise de Técnicas de Recuperação de Áreas Degradadas por Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos: Lixões, Aterros Controlados e Aterros Sanitários. Bahia – Brasil, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, 2003.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BAPTISTA, Fernando e LIMA, André- Licenciamento Ambiental e a Resolução CONAMA 237/97. Revista de Direito Ambiental, n.12, 1998.
CORRÊA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1989. 87p. COSTA, E. M. Cidades Médias: contributos para sua definição. Revista Portuguesa de Geografia Finisterra. Lisboa, Portugal, v. XXXVII, n° 74, 2002, p. 101-128. Disponível em: Acesso em: 11 ABRIL. 2018.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - FEAM. Coletânea de Legislação. Belo Horizonte: FEAM, 2000.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Informações Básicas Municipais. Rio de Janeiro, 2002, 2008, 2009, 2010, 2011.
IBAMA. Curso de Gestão Ambiental – Instrumentos Aplicados ao Licenciamento (Apostila). Brasília: 2002.
IBAMA. Primeiro Encontro Técnico de Licenciamento Ambiental Federal. Brasília: 2001. 41. Meio Ambiente disponível em < http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp. Acesso em 11 de abril de 2018.
OLIVEIRA, A. I. de A. Introdução à legislação ambiental brasileira e licenciamento ambiental. Rio de janeiro: Editora Lumen Juris, 2005.
A IMPORTANCIA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL. Disponível em http://www.licenciamentoambiental.eng.br/a-importancia-do licenciamento/ambiental/#ixzz2SYhVf3j8. (OLIVEIRA, 1999, p 215). Acessado em 11 de abril de 2018.
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Departamento de Licenciamento Ambiental Rua Rio de Janeiro n 3098. Centro – Machadinho D´Oeste - RO, CEP: 7868-000 – RO Fone: 3581-3729. www.machadinho.gov.br/meio ambiente. 
SPOSITO, M. E. Loteamentos fechados em cidades médias paulistas - Brasil. In: SPOSITO, E.; SPOSITO, M. E.; SOBARZO, O. (Org.). Cidades médias: produção do espaço urbano e regional. São Paulo: Expressão Popular, 2006. p. 175- 197.
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