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_ME • fuodaçãl oaclllal de _ ... r~._ar , GRAMATICA , DA LINGUA FRANCESA ROBERTO ALVIM CORREA SARY HA USER STEINBERG F E N A ME - fundação nacional de material escolar MIN I T É RIO DA E D UCAÇÃO E CULT URA Esta 1. edição da Gramática da Língua France a foi pu- blicada pela FENAME - Fundação Nacional de Material Escolar (ex-Campanha Nacional de Material de Ensino) sendo Presidente da República o Excelentíssimo Senhor Marechal Arthur da Costa e Silva, e Ministro de Es- tado da Educação e Cultura o Deputa.do Tarso Dutra. ROBERTO ALVIM CORRÊA Professor Catedrático de Língua e Literatura Francesa da Fa- culdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Catedrático de Literatura Francesa da Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professor Catedrático de Líteratura Francesa da Faculdade Ca- tólica de Filosofia, Ciências e Letras de Petrópolis . SARY HAUSER STEINBERG P rofessõra de Francês do Colégio de Aplicação da Universida- de F ederal do Rio de J aneiro. Professôra de Francês da Facul- dade de L etras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professôra de Audiovisual da Cadeira de Prática de Ensino de Francês da Universidade Federal do R io de Janeiro. Professôra de Francês do Colégio Pedro II - Externato. Orientadora Pe- dagógica do E nsino do Francês do Colégio Nova Friburgo da F undação Getúlio Vargas. o Dicionário Escolar Francês-Português e Português-Francês, redigido pelo Professor Roberto Alvim Corrêa para a Campanha Nacional de Material de En- sino, em 1965 alcançou três edições, num total de trezentos e quarenta mil exem- plares. Apresenta-nos, agora, o ilustre Catedrático de Lingua e Literatura Fran- cesa da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de par- ceria com a Professôra Sary Hauser Steinberg, esta magnifica Gramática da Língua Francesa, em edição de cem mil exemplares, com o objetivo de difundir no Brasil o ensino do Francês, através da fonologia, lexicologia e sintaxiologia modernizadas, de caráter idiomático, nos moldes peculiares da modelar língua que tão bem dominam. Podemos desde já antecipar o grande êxito que êste fecundo trabalho ob- terá, porque a influência da França sôbre a nossa cultura foi muito pronun- ciada, principalmente no Século XIX e no início do Século atuaI. A nossa elite, então, falava correntemente o idioma de Pascal e conhecia o sentido gaulês e o sentido precioso como elementos da integração e harmonia do espírito fran- cês. Com essa segura orientação, formávamos a nossa men talidade, adquirindo conhecimentos artísticos e literários, cientificos e técnicos, jurídicos e filosófi- cos; e admitíamos a validade do tradicional adágio: todo homem culto tem duas pátrias: a sua, e depois, a França. As coisas, entretanto, mudaram. O nosso país influenciou-se por outras cul- turas de projeção internacional, que se infiltraram no povo por intermédio do cinema, imprensa, publicações de tôda natureza, rádio e televisão. Nada há de negativo nesse fato. O Brasil é francamente receptivo, e como tal internacionalista e cosmopolita, ainda que, atualmente, a sua maior preo- cupação seja afirmar a sua própria e autêntica cultura, baseada nas condições do nosso homem e da nossa terra, para a realização de um nôvo humanismo, exigido pelos imperativos dos nossos te mpos . Todo brasileiro culto, pela fôrça das circunstâncias, estuda diversos idio- mas estrangeiros, para estar á altura da época e poder acompanhar-lhe o de- senvolvimento tecnológico. Na ausência de uma língua universal científica, torna-se poliglota, e esforça-se por compreender o alemão, o inglês, o francês, o italiano, o espanhol e mais o grego e o latim clássicos. Não apresenta grande valor cultural êsse poliglotismo. Por isso H. G. W ells quando concebeu o mundo como estado federal universal , propôs , para a s ua Gosmópolis, o francês como língua única. W . Somerset Maugham acha lamen- tável perda de tempo a aquisição de conhecimentos superficiais de diversos idio- mas estrangeiros. No seu entender, melhor seria dominar uma língua univer- sal como o francês , que possui magnífica literatura e é falada por todos os povos culto. Eis b que diz no seu THE SUMMING UP: «When the i ntelligentsia took ttp Russiá I , r'emembering that Cato had begun to learn Greek when he was eighty, set abotlt learning Rus sian , but I had by then lost my youthfuZ enthusiasm. I n ever goi farther than being able to read the plays of Chekhov and have long since forgotten the little I knew. I think now that these schemes of mine were a trifle nonsensical. W ords are no important, but thei1' meanings, and it is of no spiritual advantage that I can see to know half-a-dozen lan- guages. I have met polyglots; I have not noticed that they were wiser than the rest of us". Em relação ao poliglotismo, José Ortega y Gasset é ainda mais severo, quando pondera no seu EL ESPECTADOR-VIII: "La cuestión es complicada. Habria que investigar antes un tema rnás amplio: qué es eso de hablar otro idiorna. ti Se puede en serio hablar otro idiorna? Al hacerlo, ti no nos co locamos en la acti tud íntima de irnitar a aZgúm pr6jirno? Y vivi?' imitando, ti no es una payasada? . La gente se hace demasiado f ácil lo que llarna hablar lenguas. El tránsito a otro idioma no se puede ejecutar- sin previa abandono de nuestra per-sona- lidad, y, por tanto, de nuestra vida auténtica. Pal·a· hablar una lengua extra na , lo primero que hace falta es v olverse durante un rato rnás o menos irnbécil; logrado esto puede uno verbalizar en todos los idiomas deZ mundo sin excessiva dificultad". Não há dúvida sôbre a veracidade de tais observações. No seu livro SUR L'ART DE LA VIE acentuou Herman de Keyserling: "le "po/yglottisme" n'a atu:'une valew'; comme pOlyglotte, aUCUn génie n'a jamais égalé tm Levantin exceptionnellement versatile ni teZ célebre mait1'e d'hôteZ, Le problêrne n'est pas de commtmiquer avec d'autres par des moyens dive1's, ni d'étre capable de traduire une expression paT une autre - tache Í1Téalisable pour quiconque comprend une langue à f ond - mais d'atteindre un niveau supérieur de l'êtTe qui permet de penseT originellement et nalttrellement de diflérentes manteres, Le polyglotte oTdinaire, le traducte1tr com'ant et celui qui sait jouer des TôZes divers selon les Zangue qu'il par/e, est inférieur à l'homme rnonophone pro- fond, si étroit qu'il soit. C'e t pourquoi, jusqu'à un niveau intellecttlel assez élevé, la monophonie e t préférable", Analisemos, entretanto, o lado positivo da questão. No estudo de uma lingua estrangeira, desenvolvemos a memória, o ouvido e a vontade. A me- mória, pela retenção das palavras e expressõe ; o ouvido, ao apreendermo.> a significação dos vocábulos e das frases; a vontade, porque, sem esfôrço e persistência, não é possível assimilar o nôvo idioma. Através dêsse estudo, feito com amplitude, também podemos adquirir a alma de um povo e o es- pirito de uma cultura, Daí o valor do conhecimento de um idioma para o desenvolvimento da pers'Onalidade e da sociabilidade. ~sse conhecimento tam- bém é do mais alto alcance social. Facilita o entendimento entr os povos e estreita as relações nas mais diversas esferas, como da política, economia, ciência, filosofia e cultura. O estudo de uma língua universal. muito especial- men te, alarga os horizont s mentais pela penetração em nôvo sentido da vida, aumenta o meios e recur30S de expressão e amplia a esfera da socialidade pelos múltiplos contactos que possibilita. Podemos aplicar ssas considerações ao estudo do francês no Brasil, porque muito nos interessa acompanhar a presente evolução da cultura francesa, uma das herdeiras das humanidades greco-Iatinas e coluna vertebral da cultura euro- péia, no seu esfõrço de seguir novos rumos, compatíveis com o espírito da época, Como doutrina Jacques Maritain: " N ous sommes en présence d'ttn nouvel huma- n1sme qui n'est pas attaire d'értldition,d'esthétique, de cuUm'e intellectuelle, mais qui s'adresse à Z'humain tout entier, et qui exige par suite une trans/or- mation pr%nde des structures sociale de notTe civilisation. Le monde modeTne a cheTché paT de mauvais chemins des choses qui étaient bonnes; on a compro- mis ainsi pendant trois ou quatre sÍ(~cle la, Techerche de valellTs humaines qu'il taut sauver maintenant par un 1'etouT à une véTité plus pr%nde, pa1' une r'etonte de l'humanisme classtqlle. Le nouvel hllmanisme doit dépassel' l'indivi- dualisme, avoir' souci des masses, de lem' droit au tr'avail et à la vie de Z'esprit. Il doit com porter la recherche des valeuTs sociales et de la justice saciale, ce qwi a manqué attx classiques des xv/e, XVlle et XVll/e siecles". Orienta-se também , por êsses altos propósitos, o nosso País , admirador da sabedoria da cultura francesa, que, na sua opulenta literatura, sempre digni- ficou o homem, prestigiou a liberdade e exaltou a justiça, fiel aos valôres es- pirituais e morais da civilização ocidental. Nestas condições, certamente, receberá com alegria e entusiasmo a Gra- mática da Língua Francesa dos Professôres Roberto Alvim Corrêa e Sary Hauser Steinberg, o estudante brasileiro, ávido de poder ler, no original, as obras de Rabelais, Montaigne e Volta ire, Rousseau , Chateaubriand e Proust, e os livros de uma constelação de gênios da França Eterna, que, agora, pro- cura descortinar novos horizontes para o futuro. dentro dos postulados esta- belecidos por uma cultura comum à Europa e América. Espera a Fundação Nacional de laterial Escolar que logo se promova, eom a colaboração de especialistas dos dois países amigos, a publicação de uma Antologia da Cultura Francesa Atual, para divulgar no Brasil a valiosa contribuição da França no sentido de reconstruir um mundo melhor, mais justo e humano. Rio de Janeiro , julho de 1968. HlUnberto Grande Dir'etor Executivo da Fundação Nacional de Material Escolar o nota prelilninar Ao apresentm' esta Gramática dil Vtngua Francesa desejamos contribuir, por mais modestamente que seja) para a difusão do ensino do Fmncês no Brasil) vivo na sua 7'ealidade orgânica e presente, (1) Pois esta foi nossa finalidade: elaborar uma gmmá- tica de consulta, divulgar conhecimentos a um tempo aprofundados e prát'icos) salientando aquilo que vem constituindo a estrutura da língua, particularmente a sintaxe. (2) 1) Mas sem Que o fa to nos tenha impedido de recorrer a exemplos da I!ngua clássica, Quando nos pareciam ainda particularmente válidos. Nem a eruditos. de hoje e de ontem. entre os Quais. Baliy. Brunot, Darmeste ter. Da uzat, Dubois, Grammont. Grevisse. Hatzfeld. Larousse, Le Bidois. Littré. Sauvageot. Sensine. Wartburg. 2) Esta é compl exa. às vézes até demasiadamente. Assim devem ter pensado os responsáveis pelo Al'rété relati/ à la simpl ificatio.t de l 'enseiOllemen t de la 8yll.taxe française, baixado pelo Ministério da Instru('ão Pública. em 1901. Sempre Que nos foi passivei basear-nos na Iingua a tua lmente talada e em grandes escritores, invocamos o A r r été de 1901 (assim o designaremos ) em vez de expor Inutilmente aos alunos bras il eiros regras gramaticais já na própria França trans- gred idas mesmo por a Quêles Que sabem faIar c escrever corretamente o Frances. 7 8 Esperamos assim ter fornecido com êste compêndio um instrumento de trabalho suscetível de satisfazer a curiosidade dos alunos do Curso Médio. E, para aquêles que se interessam particularmente pelo Francês, acres- centamos, quando necessário, observações reproduzidas em tipo menores, que incluem enunciados analíticos, e notas, com reparos ainda mais pormenorizados. Em com- pensação, se bem que abeiradas com atenção, foram mais brevemente recordadas 'regras e nomenclaturas gmma- ticais que, em Português e Francês, coincidem. (3) Sa- bendo, também, que só muito relativamente entende o Francês quem não percebe o sentido de idiotismos que, embora compostos de palavras simples, não têm nexo na sua tradução literal, houvemos por bem grupar, t'ra- duzidos e exemplificados, alguns dos galicismos mais t'reqüentemente empregados, tanto na língua talada como na escrita. 3) Procura mos, a liás, embora se tra tasse de uma Gr amát ica de FTancê~, seguir, sempre que possí vel , a Nomenclatura Gra mat ical BrasileIra. Agradecemos à protessôra Maria Antonieta F ugazzola, que nos a j udou de mOdo particu larmente ef iciente a reve r es ta Gramática. preâmhulo o F1'ancês, como tôdas as línguas Tomânicas ou neo- latinas, nasceu do Latim popular, O Latim POPUlaT, falado até o século IX na Gália Transalpina, e em outms 1'eg iões conquistadas pelos 1' 0 - manos, aos poucos se t1'ansfoTmou ria língua românica, A paTtü' do século IX, impõe-se )'ancien français (o Francês antigo), que se mantém até o século XIV, Do século XIV ao século XV I fala-se le français moyen (o Fmncês médio) e, em Ji,ns do século XVI, começa le fran- çais moderne (o Francês moderno), O Francês provém de um dialeto do norte do país) da lJe-de-France, cujo cent1'O já em Paris (antiga Lutécia) , Era um dos dialetos que, ao norte do rio Loire, com- preendia la langue d'a!!. OutTOS) em gemI ao sul do mes- mo rio , 'r elacionavam-se com la langue d'oc, 10 OBSERVAÇÃO, o vocabulário francês sofreu, através dos séculos, a influência de vá rias línguas. Além de palavras que provêm do Latim, e, através do Latim, do Grego, verifica-se a contribuição, muito variada em número, segundo as línguas e segundo as épocas, de palavras gaulesas (alo1tette, cotovia), germânicas (guerre, guerra ), árabes (algebre, álgebra), turcas (tulipe, tulipa), ita- lianas (arlequin, arlequim), espanholas (mantille, mantilha), hebraicas (sér-aph'in, serafim ), inglêsas (wagon, vagão) , es- candinavas (vague, onda), eslavas (steppe, estepe ), africanas (chi mpanzé, chimpanzé) etc. No antigo Francês começam a se formar, por via erudita, pa- lavras calcadas em geral sôbre o Latim, palavras que já se tinham transformado na língua popular. São les d01tblets (duas palavras derivadas do m esmo vocábulo), multiplicados, no sé- culo XVI, pelos humanistas: via popular Frêle (frágil) O UV1'81' (operar) Chez (em casa de) via erudita Fragile Opérer Case etc. foneIllas fonemas Dá-se o nome de fonemas aos sons da linguagem. Na língua escrita, os fonemas (vogais, consoantes e semi- vogais) são representados por letras. Cumpre observar que fonema não é letra. Em Francês, o alfabeto tem 26 letras: A (a), B (b), C (c), D (d), E (e), F (f) , G (g), H (h), I (i), J (j), K (k), L (1), M (m), N (n), O (o), P (p), Q (q), R (r), S (s), T (t), U (u), V (v), W (w), X (x) , Y (Y), Z (z). As letras K (k), W (w) , Y (y), bem como os grupos PH e TH pronunciam-se, respectivamente, como q) v ) i) f e t: Un k i lo (um quilo). Un wagon (um vagão). Un mystique (um místico). Une pharmacie (uma farmácia). Un théâtre (um teatro). 13 VOGAIS notações fonéticas [ a ] a breve: lac (lago), L (J.. 1 a longo: âme (alma), [ e 1 é fechado: année (ano) , r (. ] e aberto: pTiem (oração), sel (sal), [ i i i: lit (leito) , na'if (ingénuo), [ ;) 1 o aberto: 1'obe (ve tido), [ o I o fechado: drôle (engraçado), [ u 1 ou : outil (instrumento), [ yl u : uni (unido), [ '" I eu fechado: peu (pouco), [re]uaberto: pem ' (mêdo), [ a 1 e mudo: 1'emede (remédio), [ l. 1 e nasalizado aberto: t imbre (sêlo). [ õ. 1 a nasalizado: champ (campo). [ ;) 1 o nasalizado: honte (vergonha). [ re 1 eu nasalizado: pa1'fum (perfume). CONSOANTES 14 notações fonéticas [ p 1 p : pou (piolho), papa (papai) , [ bibe: snob (esnobe), bâton (bastão). r d 1 de : devoir (dever), rude (rude). [ t I te : t enir (segurar), rente (renda), mat (fôsco) , [ k ] ke : k iosque (quiosque), cinq (cinco), cammel (caramelo) , [ g 1 gue : ga1'çon (rapaz), bague (anel) , r f I fe : chef (chefe), métaphysique (metafísica), r v' 1 ve : vie (vida), wagon (vagão), r s 1 se : sur (sôbre),ciTe (cêra), coussiner (almo- fadar) , z 1 ze : azur (azul) , cousin (primo), r J 1 j e : joue (face), sage (ajuizado). r J 1 che : che1:al (cavalo), bouche (bôca), r 1 I le : laver (lavar), intelligence (inteligência), bal (baile) . [ m 1 me: m is81'e (miséria), homme (homem), r n 1 ne: nier (negar), dictiollnaire (dicionário). [ r J 1'e : rat (rato), Dr (ouro), [ ]1 ] gne (pronuncia-se como o nh na palavra lenha) : signe1' (assinar), Repare-se que, em Francês, a letra h não se pronuncia, nem mesmo o chamado h aspirado, que apenas não per- mi te ligações e elisões: L e haricot (o feijão) . Quanto à letra x , pronuncia-se em geral ks e gz : Axe (akse) (eixo), examen (egzamen) (exame). SEMIVOGAIS As semivogais são a seguintes: [ i 1 (ou yod = [iJ consonne): yeux (olho), lieu (lugar) , bouteille (garrafa). [ l{ J (ou ué = I)' I consonne): nuit (noite), lui (êle ). [ w 1 (ou oué = [u] consonne): ouest (oe te), oui (sim) . DITONGOS Alguns dos pdncipais ditongo da língua francesa: ia, iai) i é) ieu) io, oi ) ou a) ua etc. - ditongos nasais: ian, ion) oín etc. : LIGAÇÃO Diable (diabo), n iais (ingênuo), pitié (piedade) , lieu (lugar), v ioloncelZ (violoncelo), moi (u), douane (alfândega), équateuT (equador) etc . vi ande (carne), lion (leão), loin (longe) etc. As consoantes finais, mudas diahte de uma palavra que começa por consoante, pronunciam-se, em certos casos, diante de uma palavra que começa por vogal ou h mudo: L et..,ami,es (as amigas), des,-,homm s (homens). 1) Na ligação, as consoantes finais d) /, 9 e s trans- formam-se, respectivam nte, em t ) v) k e z : Un grand homme (un gl"and(d) -t-homme) (um grande homem). N eu/ ans plus taTd (neu(f)-v-ans plus tard) (nove anos depois). Sans avenú' (san (s)-z-avenir) (sem futuro). 2) A ligação nunca deve ser feita antes de um h aspi- rado, antes de oui) huit) onze .• após a conjunção et ou após uma pausa. 1 ELISÃO lG A elisão (é1ision) é a supressão da vogal final de uma palavra, quando a seguinte começa por vogal ou h mudo, e é indicada por um apóstrofo: L'art (a arte). É obrigatória: 1) Com os artigos 1e e la (Vide pág. 50) : L'horreur (o horror). L'enfant (a criança). 2) Com os pronomes je, me, te, se, la, le, ce: J'aime (Gosto). Il m'a envoyé une lettre (Êle me enviou uma carta). EUe t'annonce une nouvelle (Ela te anuncia uma notícia) . Elle l'irrite (Ela o irrita). Pierre s'éloigne (Pedro se afasta). C'est parfait (Está certo). 3) Com as preposições de, jusque: Le voyage d'un ami (a viagem de um amigo). Jusqu'à ce moment-là (até aquêle momento). 4) Com a conjunção que : II veut qu'elle vienne (Quer que ela venha). 5) Com a conjunção si, diante de i I, ils: Je ne sais pas s'il me comprend (Não sei se êle me entende) . Vous ne m e dites pas s'ils viennent (Não me diz se êles vêm). Mas não há elisão diante de elle, eIles: ... si elle m e compTend ( ... se ela me entende) . . . . si elles viennent ( ... se elas vêm). 6) Com o advérbio de negação ne: II n'est pas bem(, (Êle não é bonito). OBSERVAÇõES. 1) A vogal final das conjunções lorsque (quando), quoique (em- bora) e puisque (jã que) só se elide diante de il, ils, elle, elles, on, en, un, une: Ils l'écoutent lorsqu'elle parle O!:les a ouvem quando ela fala). Elles ne sortiront pas quoiqu'il lasse beau <Elas não sai- rão, se bem que o tempo esteja bom>. Je resterai puisqu'on le veut (Ficarei jã que o querem). 2) A elisão não se faz diante de oui e onze: Le oul sacramentel (o sim sacramental). Le onze du mois (o dia onze do mês). SINAIS AUXILIARES DA ESCRITA Além dos acentos grave (grave), agudo (aigu) e circun- flexo (circonflexe) (poete, poeta; vérité, verdade; tête, cabeça), os sinais auxiliares da escrita são: - O trema (]e tréma) que se coloca sôbre as vogais e, i, u: Hair (odiar). - A cedilha (la cédille), que se coloca debaixo do c, diante de a, o, u: Leçon (lição). - O apóstrofo (l'apostrophe) que se coloca em cima e à direita de uma consoante para indicar a elisão de a, e, i: L'or (o ow·o) . - O hífen (le trait d'union) , u ado para ligar duas ou mais palavras: Boute-en-train (pessoa animadora) . E os sinais de pontuação: - A vírgula (la virgule ). - O ponto e vírgula (le point-virgule). - Os dois pontos (les deux points). - O ponto (le point) . - O ponto de interrogação (]e point d'interrogation). - O ponto de exclamação (le point d'exclamation). - As reticências (les points de suspension). 17 - As aspas (les guillemets). - O travessão (le tiret). - Os parênteses (les parentheses) . PALAVRAS Em Francês, as palavras distribuem-se nas seguintes classes: Substantivo (le nom ou substantif), artigo (l'article) , ad- jetivo (l'adjectif) , pronome (le pronom). verbo (le verbe) , advérbio (l'adverbe) , preposição (la préposi t ion) , conjun- ção (la conjonction) e a interjeição (l'interjection). Os substantivos, os artigos, os adjetivos, os pronomes e os verbos são palavras variáveis. As preposições, os advérbios, as conjunções e as interjei- ções são palavras invariáveis. FORMAÇÃO DE PALAVRAS O Francês, como o Português, forma palavras sobretudo por derivação (imprópria e própria) e por composição. OBSERVAÇAO. 1!:stes processos são os mais freqüentes. Há outros. Certas pa· lavras, por exemplo, têm origem onomatopêica: tic-tac (tique-taque). zézayer (cecear). DERIVAÇÃO 18 A derivação imprópria é o processo pelo qual se muda a classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação. Assim, um adjetivo, um infinitivo, um particípio presente ou passado, ou ainda outra classe de palavra, pode trans- formar-se em substantivo: Un rêveur (um sonhador), le laid (o feio), que eram os adjetivos rêveur e laid. A derivação própria é o processo pelo qual se forma uma nova palavra, mediante acréscimo de afixos (que se di- videm em sufixos e prefixos): Accident (acidente), accidentel (acídental); f erm er (fechar), refermer (fechar de nõvo) (Larousse). Principais sufixos que servem para formar substantivos: Sufixos -ade -age -aieJ -eraie -aiZ -ainJ -aine -aire -aison -an -ard -at -atoire -atureJ oure -eau, -e116 -(e)ment -erJ -ier -erie, -ie -esse -et, -ette -elet(te) -eur -eur, -euse -iI -illon -ine -ZR -is e Significações noção coletiva noção coletiva, produto plantação instrumento habitante de, coleção agente ação ou resul- tado dela habitante de referência instituição lugar resultado de uma ação diminutivos ação profissão, árvore qualidade, ação, lugar qualidade diminutivos diminutivos qualidade agente, instrumento lugar diminutivo produto lugar, resultado de uma ação qualidade Exemplos colonnade (colunata). feuiIlage (folhagem), cirage (graxa). roseraie (roseiral). épouvantail (espantalho). châtelain (castelão), dizaine (dezena). commissaire (comissário). pendaison (enforcamento), fenaison (ceifa de feno). Persan (persa). montagnard (montanhês). internat (internato). observatoire (observatório). peinture (pintura). louveteau Oobinho} . rueTle (viela) , recueillement (recolhimen- to) . pâtissier (pasteleiro), poirier (pereira). fourberie (fingimento), causerie (palestra), épicerie (mercearia). sagesse (prudência). livret (livrete), fillette (me- nina) . agnelet (cordeirinho), tarte- lette (torta pequena). grandeU?' (grandeza). valeu,r (ladrão) , mitTailleuse (metralhadora). chenil (canil). négrillan (negrinho). caféine (cafeína). logis (habitação), fouillis (barafunda). franchise (franqueza). 19 20 -isme -iste -itude -ai1", -oire -ose -ot, -otte -té doutrina, profissão profissão qualidade instrumento, lugar doença, produto diminutivos qualidade idéalisme (idealismo), journalisme (jornalismo)" dentiste (dentista) . exactitude (exatidão). entonnoir (funil), baignoü"e (banheira). t1tberculose (tuberculose), cellulose (celulose).ilot (ilhéu), m enotte (mão- zinha; pI. algemas). beauté (beleza). Alguns sufixos que servem para fonnar adjetivos: Sufixos -able, -ible, -uble -aire -ais, -ois -aI, -et -esque -et, -elet -eur, -eux -ien -in -is te -ot -u Significações possi bilidade referência origem qualidade referência diminutivos que tem o ca- ráter de origem diminutivo que tem o ca- ráter de, partidário de um sistema diminutivo cheio de Exemplos regrettable (lastimável), éligible (elegível), soluble (solúvel) . légendaiTe (legendário). japonais (japonês). vital (vital) , mortel (mor- tal) . dantesque (dantesco). propret (limpinho), aigrelet (acídulo) . vengeuT (vingador), harmo- nieux (harmonioso). parisien (parisiense). enfantin (pueril), blondin Ooirinho) . égo"ist e (egoísta), socialiste (socialista). pâlot (um pouco pálido). barbu (barbudo). Alguns sufixos que servem para fonnar verbos: Sufixos -ailler -eter Significações pejorativo diminutivo Exemplos piailler (chilrear). volete?" (esvoaçar) . -ifier -iser -onner causativo causativo diminutivo mortifier (mortificar). franciser (afrancesar). chantonner (cantarolar). Quanto ao sufixo adverbial -mentJ vide págs. 232, 233 e 234. Alguns prefixos latinos: Prefixos Significações Exemplos Ab-, abs- afastamento Anté-, anti- anterioridade Bis-, bi- Circon-, ci rcum- Ex- ln- Mi- Post- Pro- Sub-, sous- Super-, sur - Tris- dois movimento em tôrno movimento para fora movimento para dentro, negação metade posterioridade movimento para a frente, substituição posição infe- rior posição em cima, ex- cesso três Alguns prefixos gregos: Prefixos Significaçôes A- privação Anti-, anté- oposição A rch ( i)- superioridade abdique?' (abdicar), abst inence (abstinência). antécédent (antecedente) 1 antidater (antedatar). bisdieul (bisavô), bipede (bípede). circonférence (circunferên- cia) , circumnavigation (circuna- vegação). expulser (expulsar). ingérer (ingerir), injuste (injusto). m idi (meio-dia). postdater (pós-datar). projete?' (projetar), pronom (pronome). subordonné (subordinado), sous-di'recteur (subdiretor). supe7'poser (sobrepor), sur- vole1' (sobrevoar), sur- charge (sobrecarga). trisdieul (trisavô). Exemplos amoral (amoral). antipatriotique (antipatrió- tico) , antéchrist (anticris- to) . archiduc (arquiduque). 21 Épi- Eu- Hémi- Hyper- Hypo- Méta- posição superior bem metade excesso posição inferior, escassez posteriori- dade, mudança Péri - movimento épiderme (epiderme). euphorie (euforia). hémicycle (hemiciclo) . hyperbole (hipérbole), hypertension (hipertensão). hypodermique (hipodérmi- co) , hypotension (hipotensão). métacarpe (metacarpo), métam07"Phose (metamorfo- se) . circular pé1'imUre (perímetro). Syn-, symp- simultaneidade syndicat (sindicato), sym- phonie (sinfonia) " P ARASSINTESE Consiste a parassíntese ou formação parassintética (for- mation parasynthétique) na criação de palavras usando- -se simultâneamente a prefixação e a sufixação: AffTonter (afrontar) " Interdigital (interdigital) " Appauvrir (empobrecer)" Soute1,ain (subterrâneo)" C01UPOSIÇAO 22 A composição consiste na criação de uma nova palavra pela associação de dois ou mais vocábulos: A1"C-en-ciel (arco-íris) . Pomme de terre (batata). Chou-fleu1" (couve-flor). Sourd-muet (surdo-mudo) . Abat-jouT (abajur) " Réveille-matin (despertador). Luisser-alle1" (deSleixo no modo de se comportar e de se vestir)" Passe-partout (chave para tõdas as fechaduras)" Sous-titTe (subtítulo)" ACENTUAÇÃO E ENTOAÇÃO Em Francês, a última sílaba (a menos que seja um e mu- do) de uma palavra, de um elemento de frase, ou de uma frase, é a mais acentuada: Sortons (Saiamos). Dites-moi la vérité, je vaus prie (Peço que me diga a verdade). II est a1'rivé (Chegou) . Além do acento de intensidade (accent dJintensité ), mais comumente chamado acento tônico (accent tonique), que consiste na pronúncia mais forte de uma sílaba, há o acento de insistência (accent dJinsistance) , de origem emocional, que faz com que se acentuem certas sílabas mais do que outras, e que se mude o tom da voz. Assim, a frase: Vaus mJentendez? (Você me entende?) pode tornar-se ameaçadora: Vous mJen-ten-dez . .. (Enfim, já me entende! ... ) 23 capítulo suhstantivo o substantivo Substantivo é a palavra com que nomeamos os sêres em geral - pessoas, animais, coisas e idéias: Homme (homem), Jean (João), cheval (cavalo), chaise (cadeira), courage (coragem), patience (pa- ciência) . SUBSTANTIVOS CONCRETOS E ABSTRATO Concretos são os substantivos que designam sêres ou coisas que têm existência real ou que assim supomos: Arbre (árvor ), mer (mar), étoile (estrêla), ang (anjo) . Abstratos são os substantivos que designam ações, estados e qualidades considerados desvinculados dos sêres de que se originam, ou nos quais se manifestam: Tristesse (tristeza), joie (alegria), intelligence (inte- ligência) . 27 SUBSTANTIVOS COMUNS E PRóPRIOS ComW1S são os substantivos que designam sêres ou coisas de um só grupo, de uma só espécie: Femme (mulher), lion (leão), village (aldeia). Próprios são os substantivos que designam um ser ou uma coisa entre os sêres ou coisas do mesmo grupo, da mesma espécie: Jean (João), Londres (Londres), la Seine (o Sena). SUBSTANTIVOS COLETIVOS Coletivos são os substantivos que, estando no singular, exprimem uma coleção de sêres ou coisas da mesma es- pécie: Multitude (multidão), troupe (tropa), flotte (frota), clientele (clientela). SUBSTANTIVOS SIMPLES E COMPOSTOS Simples são os substantivos constituídos de uma só pa- lavra: Regard (olhar), horizon (horizonte). Compostos são os substantivos constituídos de mais de uma palavra: Arc-en-ciel (arco-íris), chef-d'ceuvre (obra-prima). GÊNERO DO SUBSTANTIVO 28 Há, em Francês, dois gêneros: o masculino e o feminino. Pràticamente, como forma distintiva (pois confunde-se quanto à concordância com o masculino), o neutro desa- pareceu em Francês. Entretanto alguns gramáticos consideram neutros certos pronomes como 1e (Vide pág. 109), en, que e cela, em fra- ses como: Elle n'en sait rien (Ela não sabe nada disso). Cela vaus étonne (Isso o surpreende) . Que voit-il? (Que é que vê?) Chegam até a considerar neutros, pelo seu valor semânti- co, os infinitivos, os adjetivos e os advérbios substanti- vados: Le boire (o beber), le laid (o feio), le bien (o bem), Ir' miclI.l' (o melhor) etc. FORMAÇÃO DO FEMININO Em geral, o feminino dos substantivos se forma pelo acréscimo de um -e mudo ao masculino: Le fiancé (o noivo), la fiancée; 1e candidat (o candi- dato), la candidate. CASOS PARTICULARES 1) Os substantivos terminados em -en e -on dobram o n diante do e do feminino: L e chien (o cão), la chienne; l'espion (o espião), l'espionne. OBSERVAÇAO. Os substantivos terminados em -in, -ain ou -an , com exceção de paysan (camponês), não dobram o n no feminino: Le cousln (o primo), la cousine; Ze souverain (o soberano) , la souveraine; le faisan (o faisão), la faisane. 2) Alguns substantivos terminados em -e1 e -eau formam o feminino em -elle : Gabriel, Gabrielle; Ze jumeau (o gêmeo), la jumelle. 3) Os substantivos terminados em -et dobram o t diante do e do feminino: Le minet (o gatinho), la minette. Exceção. L e préfet (o prefeito), la préfete. OBSERVAÇÃO. Alguns substantivos terminados em -at e -ot não dobram o t diante do e do feminino; outros o dobram: Le cand'Úiat (o candidato), la candidate; Ze dévot (o de- voto) , la dévote. Mas: le chat (o gato), la chatte; le sot (o bôbo), la sotte. 29 30 4) Os substantivos terminados em - e1' fazem o feminino em ere (o e fechado do masculino transforma-se em e aberto e pronuncia-se o r) : Le boulanger (o padeiro), la boulangere; 1e fermier (o fazendeiro). la fermiere.5) Os substantivos terminados em -I mudam esta letra em v diante do e do feminino: Un captif (um cativo). une captive; un veuf (um viúvo), une veuve. 6) Quase todos os substantivos terminados em -x mudam esta letra em um s sonoro, pronunciado z, diante do e do feminino: Un époux (um espôso), une épouse; un envieux (um invejoso), une envieuse. 7) Alguns substantivos terminados em -c mudam esta letra em -que no feminino: Un Franc (que pertence à raça f ranca), une Fran- que,' un Turc (um turco), une Turque. 8) Os substantivos terminados em -eU1' formam o femi- nino em -euse : Un buveur (um bebedor), une buveuse,' un danseur (um dançarino), une danseuse,' un menteur (um men- tiroso), une menteuse, 9) Muitos substantivos terminados no masculino em -teur formam o feminino em -trice: Un aviateuT (um aviador), une aviatrice; un bien- faiteu'l' (um benfeitor) , une bienfaitrice; un traduc- teur (um tradutor), une tmductrice, OBSERVAÇÃO. 1 ) A forma feminina de chanteuT (cantor) é chanteuse (canta- t1-ice designa uma cantora já célebre) . 2 ) O feminino de ambassadeu1' é ambassadricej o de empereur é impératrice; débiteuse (vendedora ou narradora) e débitrice (devedora) são as formas femininas de débiteur (devedor, nar- rador ). 3) O feminino de enchanteuT (mágico) é enchanteresse; o de pécheuT (pecador) é pécher esse, e o de vengeuT (vingador ) é vengeresse. 4) lnlérieul', tnineur, pr'ieu1' e s1tpé1'ieur (que são comparativos empregados como substantivos) formam o feminino em -eure : lnlé'l'iew'e, mineure, pl'iem'c e supm'ieure, 10) Alguns substantivos tenninados em -e (mudo) for- mam o feminino em -esse: Un âne (um asno), une ânesse. Un diable (um diabo), une diablesse. Un mulâtTe (um mulato), une mulât1"esse. Un negre (um negro), une négresse. Un prince (um príncipe), une princesse. Un tigre (um tigre), une tigTesse etc. OBSERVAÇAO. Formam também o feminino em -esse: Un duc (um duque), une duchesse. Un abbé (um abade), une abbesse. 11) Alguns substantivos formam o feminino de maneira especial: a) Substantivos que têm forma especial para o femi- nino, no entanto, com o mesmo radical do masculino: Un canard (um pato), une cane. Un eompagnon (um companheiro), une compagne. Un dieu (um deus), une déesse. Un d'indon (um peru), une dinde. Un favori (um favorito), une favoTite. Un GTec (um grego), une Greeque. Un neveu (um sobrinho), une niece. Un roi (um rei), une r eine. Un TOUX (um ruivo), une rousse. Un VietlX (ou un vieillaTd) (um velho), une v ieille etc. b) Substantivos que formam o feminino por meio de pa- lavras que se diferenciam inteiramente do masculino: Un bouc (um bode), une ehevre. Un eoq (um galo) , une poule. U11, f rer e (um irmão), une smUT. Un gaTçon (um rapaz), une t i lle. Un gendre (um genro), une bm ou belle-tille. Un mâle (um macho) , une temelZe. Un onele (um tio), u,ne tante. Un parrain (um padrinho) , une marTaine. Un peTe (um pai), une m eTe. Un pOTe (um porco), une t1'1úe. Un singe (um macaco), 1lne guenon etc. 31 :32 12) Há alguns substantivos que têm uma só forma para os doi,s gêneros e que distinguem o masculino do femini- no pelo gênero do ar tigo ou de outro determinativo acom- panhante: Un ou une artiste (um ou uma artista), Un ou une cam arade (um companheiro ou uma com- panheira) , Un ou une éleve (um aluno ou uma aluna), Un ou une entant (uma criança), Un ou une esclave (um escravo ou uma escrava) etc, 13) Alguns nomes de animais possuem uma só forma para designar o feminino e o masculino: Une girafe (uma girafa), Un éléphant (um elefante), O gênero dêstes substantivos é determinado pelo emprêgo das palavras mâle ou f emel le : Un héron femeDe (uma garça fêmea), Une souris mâIe (um camundongo macho), 14) Alguns substantivos que designam, sobretudo, profis- sões, não têm forma feminina: Un professeur (um professor). Un juge (um juiz), Un peintre (um pintor) etc, Neste caso, quando se quer indicar o feminino, costuma- -se antepor a palavra f emme a êsses substantivos: U 11 C Jrlllll1r ('a i ra ;11 (lim a cs ri 100'a ) . Outros, porém, têm forma feminina: Un avocat (um advogado), une avocate, Un champion (um campeão) , une championne, 15) Há substantivos que, conforme o sentido com que são empregados, são masculinos ou femininos: Un aide (um ajudante), une aide (um auxílio), Un critique (um crítico), une critique (uma crítica), Un gar de (um guarda), une garde (uma guarda ou vigilância) , Un livre (um livro), une livre (uma libra, meio quilo) . Un guide (um guia), une guide (uma rédea), Un mode (um método, uma modalidade musical, modo), une mode (uma moda, uma maneira de agir). Un page (um pajem), une page (uma página), Un solde (um saldo), une solde (um sôldo). Un tour (um movimento circular, um passeio), une tour (uma tôrre). Un voile (um véu), une voile (a vela de uma embar- cação). . 16) Alguns substantivos sôbre cujo gênero pode haver dúvida. São masculinos, entre outros, os seguintes substantivos: Un acrostiche (um acróstico). Un apologue (um apólogo). Un astérisque (um asterisco) . Un épilogue '(um epílogo). Un légume (um legume) . Un obélisque (um obelisco). Un pé tale (uma pétala). Un Dpp?'obre (um opróbrio). Un tubercule (um tubérculo). São femininos, entre outros, os seguintes substantivos: Une armoiTe (um armário). Une anagramme (um anagrama). Une automobile (um automóvel). Une moustiquaire (um mosquiteiro). L' ébene (o ébano) . Une or-bite (uma órbita). 17) Alguns substantivos que são usados nos dois gêneros: Aigle (águia). Hoje em dia, aigle é do gênero masculino: . J'ai vu un aigle (Vi uma águia) . Ce garçon n'est pas un aigle (Êste rapaz não é um águia) . É do gênero feminino quando designa a fêmea de uma águia: Une aigle dans san aire (uma águia no seu ninho). Ou quando designa uma águia de figura como emblema num estandarte, numa bandeira etc.: L es aigles romaines. napoléoniennes (as águias ro- manas, napoleônicas). 33 34 Amour e o1'gue (amor e órgão, [instrumento de música]). Hoje em dia, amour e argue são, no singular, substanti- vos masculinos: Un amour fatal (um amor fatal) . L'01'gue de cette église est ancien (O órgão desta igreja é antigo) . OBSERVAÇAO. No entanto, em poesia, mnour é, muitas vézes, f eminino: Une amou'/" violente (Acad .) (um amor violento >. No plural, amour c orgue são, em ge ral, substantivos f emininos: Les grandes orgues (Acad. ) (os grandes órgãos >. D e folies amowrI; (Acad. ) (amôres loucos). Déli ce (delícia). É masculino no singular (número em que délice é rara- mente empregado) , e feminino no plural : Ce spectacle est un délice (Êsse espetáculo é uma delícia) . II a fui toutes les délices de la vie (Fugiu a tôdas as delícias da vida}. Foudre (raio, guerreiro, orador, pipa, excomunhão, dar- dos luminosos) . La foudre a détrui t le clocheT de IJéglise (O raio des- truiu o campanário da igreja) . L es foudres de IJéglise fW'ent lancées contre lui (Acad.) (Foi lançada contra êle a excomunhão da Igreja) . OBSERVAÇAO. É masculino quando usado nas outras acepções : Un f oud7'e d'éloquence (um grande orador ). Nota. F ou tlre, m asculino, com outros sentidos, é m ui t o menos empregadu : Un f oudre ( pipa d e 50 h ect o l itros) . Jupiter lançait son faudre paur efl raye" l es mortels ( Júpiter l ancav a seus dard os lumin osos pa ra a m edrontar' os m ortais). Gent} gens (gente). Gent} no singular, pràticamente quase não se emprega mais. Ê feminino e significa família, nação, raça. Como dizia La Fontaine: La gent trotte-menu (os camundongos). La gen t ailée (os pássaros) . Gens} substantivo plural que significa pessoas, é, em ge- ral, do gênero masculino: Tous les gens vertueux sont heureux (Tôdas as pessoas virtuosas são felizes). No entanto, quando há um adjetivo colocado imediata- mente antes de gens} êste adjetivo .e todos aquêles que podem vir antes dêle vãopara o feminino : Ce sont de bonnes gens (Ê boa gente) . OBSERVAçõES. 1) Quando gens vem precedido de adjetivos terminados no masculino por um e mudo, como brave, honnéte, a concordân- cia se faz com gens no masculino: Tous les vrais honnêtes gens (Tôdas as pessoas verdadei- ramente honestas>. Hoje se pode escrever indiferentemente : Instruits ou instruites par l'expérience, l es vieilles gens sont soupçonneux on soupçonneuses (Instruídas pela expe- riência as pessoas idosas são desconfiadas >. 2) As locuções gens de Tobe (advogados, magistrados ); gens d'~glise (eclesiásticos ) ; gens d'épée, gens de guen-e (militares); gens de [€lUres (escritores ) etc_, vêm precedidas ou seguidas de adjetivos ou particípios masculinos: De nombreux gens de lettres (numerosos escritores ) . D es gens de loi combatirs (homens de. lei combativosl. Hymne (hino) . Hymne) canto de igreja, é feminino: Une hymne sacrée (um hino sacro). Hoje se toleram indiferentemente os dois gêneros em tôdas as acepções do vocábulo: Un hymne national ou une hymne nationale (um hino nacional) . Uo hymne sacré (um hino sacro). 35 Merci (agradecimen to, mercê, misericórdia). É masculino no sentido de TemeTciement : Voilà le m eTci que j'en ai (Foi esta a paga que tive). É feminino no sentido de miséricoTdeJ grâceJ pardon: Sans mm'ci (sem pena) . E na expressão: ÊtTe à la merci de (estar à mercê de). (Euw'e (obra), No plural, O21WTe é sempre feminino: Fai,7'e de bonnes ceuvr-es (fazer boas obras), No singular, reUVTe é quase sempr~ feminino: L a Joconde est consi,déTée la plus belle ceuV1'e de L éonaTd de Vinci (A Gioconda é considerada a mais bela obra de Leonardo da Vinci), OBSERVAÇÕES. É quase sempre considerado masculino : 1 ) Quando des igna o conjunto de obras de um artista : TOllt l.'reuvre de Chopin (tôda a obra de Chopin ). 2 ) Nas expressões gms reuvre (conjunto das paredes princi- pais de um edi fíc io) e grand reUV1'e (pedra filosofal): Le gros reuvre est enfin achevé (Está enfim terminado o arcabouço ), Il passe sa vie ci la recherche du grand rellvre (f:le passa sua vida à procura da pedra filosofal), OTge (cevada), É, atualmente, do género feminino : D e belles m'ges (belas cevadas), PâqueJ Pâques (Páscoa), PâqueJ festa judaica, é um substantivo comum feminino e emprega-se com artigo : La pâque des Ju,ifs (a Páscoa dos judeus). Pâques (com s final), festa· cristã, é geralmente conside- rado substantivo masculino e singular; escreve-se com letra maiúscula e emprega-se sem artigo: Pâques est t&rd cette année (Acad.) (A Páscoa cai tarde êste ano) . Mas admite-se também o emprêgo de Pâques no plural feminino: A Pâques prochain ou à Pâques prochaines (por oca- sião da próxima festa da Páscoa). OBSERVAÇAO. Pâques é obrigatôriamente feminino plural nas expressões: Páques fleuries (domingo de Ramos). Pâques closes (Quasimodo). Joyeuse Pâques (feliz Páscoa). Période (período). ~ feminino: Une période troublée (um época conturbada). Une période oratoire (um período oratório). ~ masculino quando indica o ponto aonde alguém ou alguma coisa chegou: Le dernier période d'une maladie (o último período de uma doença) . G~NERO DOS NOMES PRóPRIOS Não há regras que determinem o gênero dos nomes pró- prios geográficos. Mas, em geral, os nomes dos países são masculinos, exceto quando teITI1inam em -e: La France, la Belgique, la Suisse (a França, a Bél- gica, a Suíça) etc. Contudo, diz-se: Le Mexique, le Chili (o México, o Chile). Entre os nomes de rios e cidades mais célebres, são Masculinos: Le Danube, le Rhône, I'Amazone, le Gange (o Da- núbio, o Ródano, o Amazonas, o Ganges) etc. 37 Femininos: La Reine, la Tamise, la Volga (o Sena, o Tâmisa, o Volga) etc. Masculinos: Paris, MadTid, Rio de JaneiTo, Le Havr e, Le Caire (Paris, Madri, Rio de Janeiro, o Havre, o Cairo) etc. Femininos: Venise, Rome, La H aye (V neza, Roma, Haia) etc. OBSERVAÇAO. Hã nomes que designam forçosamente homens como: Arthur, Gastem, R obert (Artur, Gastão, Roberto). E outros, mulheres: Clotilde, Berthe, Odile (Clotilde, Berta, Odila ). Outros nomes têm a forma masculina e a forma feminina: Marcel . Ma1'celle (Marcelo, Marcela ). Louis, Lowi.se (Luís, Luísa ). úucien, Ltwienne (Luciano, Luciana l. E há nomes que podem ser empregados tanto para homens quanto para mulheres : Ma7'ie (Marial. Claude (Cláudio, Cláudia ). Em geral, quando aplicados a homens, M a7'ie e Clattde são pre ' cedidos de nome masculino (particularmente de Jean): Jean-Marie (João Marial. Jean-Glaude (João Cláudio ). NÚMERO DO SUBSTANTIVO 38 São dois os números do substantivo : o singulaT, que de- signa um ser ou uma coisa, e o plural, que designa vários sêres ou várias coisas : Un entant, une cage (um menino, uma gaiola) . Des entants, des cages (meninos, gaiolas). FORMAÇÃO DO PLURAL Em geral, fonna-se o plural dos substantivo acrescen- tando- e -s ao singular : Un homm,e, des hommes; un li t, des lits (um homem, homens; um leito, leitos). Os substantivos terminados em -s, -x ou -z no singular não mudam no plural: Un bois, des bois (um bosque, bosques); la noix, les noix (a noz, as nozes); le nez, les nez (o nariz, os narizes) . Os sub tantivos terminados em -a1 mudam o -al em -aux no plural: Un bocal, des bocaux (um bocal, bocais); un mal, des maux (um mal, males). Mas: Bal (baile ) , carnaval (ca rnaval), cérémonial (cerimo- nial) , chacal (chacal) , choral (coral), f estival (festival), Téci tal (recital), Tégal (banquete, festim) e outros subs- tantivo terminados em -a1 formam o plural com o acrés- cimo de s ao singular: BaIs, carna'l;als , chacals etc. OBSERVAÇÃO. I d 'al faz no plura l idéals ou idéaux ( ideal, !deais ) . O plural dos substantivos terminados em -eau, -au ou -eu é formado com o acréscimo de X ao singular: Un bateau (um barco), des bateaux, un noyatt (um caroço), des noyaux; u.n chel eu (um cabelo), des cheveux. Exccções. L andau ( landau), san'au (blusa), bl u (azul) e pneu (pneumático) formam o plural com o acréscimo de s ao singular : Des landalls, des sarraus (mas escreve-se também sQnGux) , des bleus, des pneus. 39 40 Os sete substantivos terminados em -ail: bail (arrenda- mento). corail (coral). émaj,l (esmalte). soupi rail (res- piradouro), travai l (trabalho), vantai l (batente) e vitmi l (vitral) mudam o -ail em -aux no plural: Un bail, des baux; un comil, des coraux etc. O plural dos demais substantivos terminados em -ail é formado com o acréscimo de s ao singular: Un éventail (um leque), des éventails; un chandaiZ (pulôver), des chandails. Os sete seguintes substantivos terminados em -ou: bijou (jóia). caillou (seixo), chou (couve), genou (joelho), hibou (môcho), joujou (brinquedo) e pou (piolho) for- mam o plural com o acréscimo de x: Un bijou, des bijoux; un caillou, des cailloux etc. O plural dos demais substantivos terminados em -ou é formado com o simples acréscimo de um s à forma sin- gular: Un clou (prego). des clous; un t7'OU (buraco). des trous. Três substantivos têm pronúncia diferente segundo este- jam no singular ou no plural: • Un os (osso), com o aberto .no singular; pronuncia-se o s. Des os (ossos), com o fechado no plural; não se pronuncia o S. U n reuf (ôvo) , com eu aberto no singular; pronun- cia-se o f. Des reufs (ovos), com eu fechado no plural; não se pronuncia o f. Un breuf (boi), com eu aberto no singular; pronun- cia-se o f. Des breufs (bois), com eu fechado no plural; não se pronuncia o f. Substantivos que têm duas formas no plural: A,eul (avô). Faz no plural ateuls quando designa os avóS: Mes aieuls paternels sant bien vieux (Meus avós pa- ternos estão muito velhos). Faz no plural a'ieux quando significa antepassados: Que savons-nous de nos aieux? (Que sabemos a res- peito de nossos antepassados?) Ail (alho). Faz no plural ails ou aulx (raro): Desails de diftérentes especes (alhos de espécies di· ferentes) . Ciel (céu). No sentido próprio, ou quando designa o paraíso, faz no plural cieux: Sous les cieux des tropiques (sob o céu dos trópicos). Aux plus hauts des cieux (no mais alto dos céus). Em todos os outros sentidos, faz ciels no plural: Des ciels de lit (dosséis). Les ciels des tableaux de Claude Lorrain sont ce1e· bTes (Os céus dos quadros de Claude Lorrain são célebres). mil (ôlho). Faz no plural yeux: Des yeux verts (olhos verdes). O plural de mil em certos substantivos compostos é mils. Des reils-de-bmuf (clarabóias). Des reils-de-perdrix (calos) Des reils-de-serpent (pedras preciosas) etc. Travail (trabalho). Faz comumente no plural travaux: Terminer des travaux (terminar trabalhos). OBSERVAÇAO. Faz travails quando designa uma máquina na qual se prende um cavalo para ser ferrado, ou um boi para ser marcado: /ls possedent des travails. 41 PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 42 Quando o substantivo composto se escreve numa palavra só, forma o plural como se fôsse um substantivo simples: Des betteraves (beterrabas), des passeports (passa. portes), des malheuTS (desgraças). Todavia os dois elementos do substantivo composto to- mam a forma do plural em: bonhomme, gentilhomme, rnadame, mademoiselle, monseigneur e monsieur: Bonshommes, gentilshommes, mesdames, mesdemoi- selles , messeigneuTS (nosseigneuTs) e messieurs. Quanto aos substantivos compostos ligados por hífen, ob· servam-se, entre outros, os seguintes casos: 1) Quando se trata de dois substantivos justapostos, sen- do que o segundo desempenha o papel de um adjetivo ambos os elementos tomam a forma do plural: Des loups-ceTviers (linces). De choux-navets (couves-nabos). 2) Nos compostos formados por dois substantivos ligados por preposição, somente o primeiro elemento vai para o plural: Des chets-d'reuvre (obras-primas). Des arcs-en-ciel (arco-íris). Exceções. Des coq-à-l'âne (discursos sem nexo). Des pied-à-ter'Te (pousadas). Des pot-au-f eu (cozidos). 3) Nos compostos formados de substantivo e adjetivo, ambos os elementos tomam a forma do plural: Des plates-bandes (canteiros). Des basses-cours (quintas onde se criam aves domés- ticas) . Exceções. os seguintes substantivos compostos: Gmnd-mere, grand-rr"esse, sauf-conduit (salv~conduto), nouveau-né (recém-nascido), chevau-léger (soldado da ca- valaria ligeira), terre-plein (terrapleno), somente o se- gundo elemento recebe a flexão do plural: Des grand-meres-, des grand-messes, des sauf-con- duits, des nouveau-nés, des chevau-légers, des terre- -pleins. 4) Quando os compostos são formados de verbo e subs- tantivo, o verbo fica no singular; o substantivo, de acôr- do com o sentido, pode receber ou não receber a flexão do plural: Des tire-bouchons (saca-rôlhas) . Des couvre-lits (colchas). Mas: Des abat-joU7' (abajures). Des brise-vent (quebra-ventos). Des gratte-ciel (arranha-céus). OBSERVAçõES. 1) Há substantivos compostos que, mesmo no singular, trazem o segundo elemento no plural: Un compte-gcndt es (conta-gôtas ). Un porte-avions (porta-aviões ). 2 ) Nos compostos, cujo primeiro elemento é a palavra .qarde, observa-se o seguinte : quando designa uma pessoa, gar de é considerado como substantivo e vai para o plural : D es gardes-chasses (guardas-florestais ). D es gardes-rnalades (enfermeiras ). Quando designa uma coisa, gaTde é verbo e não varia: D es garde-manger (gua rda -comidas l. D es garde-meubles ( guarda-móveis). 3 ) Nos compostos formados de uma palavra invariável e de um substantivo, só o substantivo recebe a flexão do plural: Nota. D es ar1'Íere-gar des (retaguardas ). D es contre-ordres (contra-ordens). D es contre-attaques lcontra-ataques ). Embora apr es- midi, substa ntivo, em gera l mascu lino, seja considerado Invarlâvel, vários bons autores o escrevem no plural. 43 PLURAL DOS SUBSTANTIVOS DE ORIGEM ESTRANGEIRA 44 Em geral, formam o plural como os substantivos fran- ceses, isto é, com s final, os substantivos que foram real- mente afrancesados por causa do seu uso constante: Des agenda.s (agendas). Des albums (álbuns). Des ali bis (álibis). Des alinéas (alíneas). Des boléros (boleros). Des duos (duetos) . Des échos (ecos). Des examens (exames) OBSERVAçõES, Des lords (lordes). Des mémentos (mementos). Des opéras (óperas). Des panoramas (panoramas). Des pianos (pianos). Des quatuors (quartetos), Des spécimens (espécimens), Des trios (trios), 1) Alguns substantivos estrangeiros, sobretudo os nomes de ora- ções, não variam. Por exemplo: D es Avé, des Gloria, des Pater, des Salvé, des Te D eum, Des Miserere (os Ave, os Gloria, os Pater, os Salve, os Te Deuns, os Miserere). 2) Alguns substantivos estrangeiros, poucos, em geral latinos, italianos, inglêses e alemães, que ainda não se incorporaram de todo ao idioma francês, conservam o plural de sua língua de origem ao lado da forma francesa: Un maximum, des maxima ou des maximums. Un minimum, des minima ou des mtnimums. Un dilettante, des dilettanti ou des diLettantes. Un solo, des soU ou des solos. Un soprano, des sO'PT'ani ou des sopranos'. Une lali:Y, des ladies ou des ladys. Un baby, des babies ou des babys. Un dandy, des dandies ou des dandys. Un lied, des lieder ou des lieds. 3) Nos substantivos compostos, as palavras estrangeiras não variam: Des post-scriptum (pós-escritos). Des vade-mecum {vade-mécuns>' Des vice-rois (vice-reis). Des ex-ministres (ex-ministros) etc. Entretanto escreve-se: D es f ac-similés (fac-similes). Des orangs-outangs (orangotangos>. CASOS PARTICULARES Alguns substantivos só se empregam no plural: Décombres (escombros), m. Entrai lles (entranhas), f. Frais (despesas), m. Funérailles (funerais), f. Ténebres (trevas), f. OBSERVAÇAO. Entretanto, por vêzes, na linguagem literária, alguns substan- tivos, sobretudo décombres e ténebres, encontram-se no singular. Alguns substantivos mudam completamente de sentido no plural; por exemplo: Ciseau (cinzel), ciseaux (tesoura). Lunette (luneta), lunettes (óculos). Vacance (vacância), vacances (férias). PLURAL DOS NO~lES PRÕPRIOS 1) Quando empregados como substantivos comuns, os nomes próprios recebem a flexão do plural: Les CorneiUes et les Racines sont rares (isto é, poetas semelhantes a Corlieille e Racine) (Larousse du XXe Siecle). 2) Quando designam famílias ilustres ou reais, os nomes próprios recebem igualmente a flexão do plural: Les Condés, les Bourbons, les 'l:udors. 3) Os nomes de autores, quando designam suas obras artísticas, podem receber ou não a flexão do plural: Des Corots ( = quadros · pintados por Corot). Des Rembrandt ( = quadros pintados por Rem- brandt) . 45 capítulo • D artIgo artigo o artigo é a palavra que se coloca antes do substantivo e lhe indica Q gênero e o número, individualizando-o de maneira precisa, definida, ou de maneira vaga, indefinida. Há dois tipos de artigo: definido e indefinido .. O artigo partitivo é considerado, por vários gramáticos, uma variedade do artigo indefinido. Artigo defhúdo: Le rêve et la réalité (o sonho e a realidade) .. Artigo indefinido: Un lac et une forêt (um lago e uma floresta). Artigo partitivo: Baire de IJeau ou du lait (beber água ou leite). 49 ARTIGO DEFINIDO 50 Formas: Singular Masculino Feminino Ze(o) l' (o ou a) laCa) Plural Masculino Feminino les(os ou as) Le pays (o pais), le héros (o herói). La fZeur (a flor), la hauteur (a altura). Les pays, les héros, les enfants, les humbZes (os hu- mildes), les f leurs, les hauteuTs, les âmes (as almas), les hirondelles (as andorinhas). Os artigos definidos le e la estão sujeitos à elisão. Os artigos definidos le e les estão sujeitos à contração. 1) A elisão consiste em substituir por um apóstrofo as vogais e ou a dos artigos le ou la colocados antes de uma palavra que começa porvogal ou h mudo. Neste caso, pois, o artigo definido é I' (article défini élidé) , tanto para o masculino como para o feminino singular: L'enfant, I'humble, I'âme, I'histoire. OBSERVAÇõES. 1) O artigo não se elide diante de uhlan (ulano), yacht (iate), un (um - numeraDo huit (oito ), onze (onze), e oui (sim): Le uo perd (o um p erde ) ; le huit juin (o oito de junho); le oul sacramentel (o sim sacramental). 2 ) Diz-se indiferentemente: la ouate ou l'ouate (a lgodão hidrÓfilo). 2) Os artigos definidos le e leS contraem-Se com as pre- posições à e de. No singular, diante das palavras masculinas que começam por consoante ou h aspirado, à le contrai-se em aU,e de le contrai-se em du: Au pays, au hérosJ du paysJ du héros. A les contrai-se em aux, e de les contrai-se em des diante de qualquer palavra no plural: Aux orphelins (aos órfãos) . Jouer aux cartes (jogar cartas). Aux hommes (aos homens) . Aux hérauts (aos arautos). La beauté des océans (a beleza dos oceanos) . La manie des grandeurs (a mania das grandezas) . Le bonheur des hommes (a felicidade dos homens). Uair pur des hauteuTS (o ar puro das alturas). OBSERVAÇAO. A respeito da for ma a rcaica es (maUre ês arts etc.), ver a prepos ição en (pág. 270), EMPRÊGO São vários os casos em que se usa o artigo definido: 1) Com substantivos empregados em sentido geral: La eharité est la premiere des vertus (A caridade é a primeira das virtudes) . 2) Junto ao t êrmo que indica a unidade quando se ex- plicita o valor das coisas: Une étofte à cinq [ranes le m etre (fazenda vendida a cinco francos o metro) . 3) De vez em quando, com o valor de um adjetivo de- monstra ti vo: Agir de la sorte (agir dessa maneira) ( = agir de cette sorte) . 4) De vez em quando, com o valor de um adjetivo pos- sessivo, sobretudo antes dos substantivos que indicam partes do corpo: n [erma les yeux (Êle fechou os olhos). II s'est cassé la jambe (Êle quebrou a perna). 5) Para substantivar palavras e até locuções: Le moi (o eu); le beau (o belo); le oui (o sim); le pou?" et le contTe (o pró e o contra); le qu'en dira- -t-on? (o "que dirão?") 6) Diante de nomes próprios de pessoas: a) Quando êstes designam uma família como: Les Bourbons, les StuaTtS . 51 b) Quando vêm acompanhados de um adjetivo: Le célebre Descartes (o célebre Descartes). c) Quando designam obras de grandes artistas: Les Tintorets du Louvre (os Tintoretos do Louvre). d) Para exprimir desdém, desprêzo: La Voisin (mulher que envenenou várias pessoas no século XVII) . e) Quando designam nomes italianos: Le Correge, le Titien, le Tasse. f) Quando se quer designar mulheres célebres, sobretudo cantoras ou artistas: La Champmeslé, la Clairon, la Malibran etc. Os nomes de continentes, países, ilhas, mares, rios, mon- tanhas empregam-se com o artigo: Í/ Amérique, le Brésil, la Corse, la Méditerranée, la Seine, les Pyrénées etc. OBSERVAÇõES. 1) Há nomes de ilhas Que rejeitam o artigo: Madagascar, Jersey etc. 2) Os nomes de cidades, com poucas exceções, dispensam o artigo : Londres, Paris (mas: Le Havre, La Haye, La RochellB). REPETIÇÃO DO ARTIGO 52 1) Quando vários substantivos se seguem, o artigo deve ser repetido diante de cada um dêles: La solitude, le rêve, le souvenir, les amis . . . (a so- lidão, o sonho, a recordação, os amigos ... ) 2) Quando há dois substantivos ligados por et, sendo que o segundo designa a mesma pessoa ou coisa que o pri- meiro, não se repete o artigo antes do segundo substan- tivo: Le maitre et seigneur de cette propriété (o mestre e senhor desta propriedade) . 3) Quando há dois substantivos ligados pela conjunção ou, e o segundo é sinônimo ou explicação do primeiro, não se repete o artigo antes do segundo substantivo: L'acide sulfur-ique ou vitnol (o ácido sulfúrico ou vitríolo) . 4) Quando dois adjetivos ligados pela conjunção et qua- lificam o mesmo substantivo, não se repete o artigo antes do segundo adjetivo: La belle et célebr-e Joconde (a bela e célebre Giocon- da). Entretanto, escreve-se: n y ales grands et les petits événements (Há os grandes e há os pequenos acontecimentos), porque se trata de acontecimentos opostos. ARTIGO INDEFINIDO Formas: Singular Masculino Feminino un (um) une (uma) PlUI'81 Masculino Feminino de8 Un cadeau (um presente), un enfant (uma criança), un homme (um homem), un héros (um herói). Une fleur (uma flor), une âme (uma alma), une histoire , (uma história), une haie (uma sebe). OBSERVAÇAO. Des (uns, umas, em Português) geralmente não se traduz. Des cadeaux (presentes), des roses (rosas), des enfants (crianças), des églises (igrejas), des hommes (homens), des hirondelZes (andorinhas), des héros (heróis), des Hollaridaises (holandesas) . OBSERVAÇAO. As formas plurais uns e unes não se empregam mais como a r · tigo. Mantiveram-se em qttelques-<uns, quelques-tlhles, les uns, les unes. 53 EMPRÊGO o artigo indefinido é usado, às vêzes: 1) Com o valor dos adjetivos indefinidos certain, quelque: Il SOTtit beaucoup pendant un temps (-ele saiu muito durante algum tempo). 2) Para exprimir desdém ou admiração: Un sujet de cette espece! (Um sujeito dêsses!) OSeT médire d'un homme comme lui! (Ousar falar mal de um homem como êle!) ARTIGO PARTITIVO O ar tigo partitivo não se traduz em Português. Formas: Masculino Feminino boi1'e (beber) du café (café) de la bibe (cerveja) Singula r de I'alcool (álcool) de I'eau (água) rnanger l comer) Plural des légumes des confitures (legumes) (geléias) lls boivent du thé (bebem chá), de la citronnade (limonada), de I'eau (água) . Manger des confitures (comer geléias ou doces). EMPRÊGO 54 1) O artigo partitivo serve para indicar quantidades inde- tenninadas: Boire du vin (beber vinho). B oire de la bibe (beber cerveja). VeTser de I'huile sur le f eu (derramar azeite sôbre o fogo). Voir des fleurs dans un parc (ver flôres num par- que). 2) O artigo partitivo precede substantivos abstratos: Démontre?' de la bienveillance (demonstrar benevo- lência), du courage (coragem) etc. A preposição de é empregada em lugar do artigo parti- tivo oU do artigo indefinido: 1) Após um advérbio de quantidade (trop) peu} beau- coup, moins, plus etc.) : 1l a assez de vin (Êle tem bastante vinho) . OBSERVAÇAO. Após bien ( = beauconp) diz-se: Bien du travail (muito trabalho). bien des gens (muitas pessoas). 2) Em frases negativas: Je n}ai pas de livres (Não tenho livros) . Elle n'a pas d'argent (Ela não tem dinheiro). Elle ne mange pas de viande (Ela não come carne). 3) Diante de substantivos no plural precedidos de um adjetivo, como, por exemplo: De beaux livres (belos livros). OBSERVAçoES. 1) Pode-se dizer: Je mange de (ou de la) bonne creme, d.e (ou du) bon beurre, de (ou des ) bons gâteaux (Como bom creme, boa manteiga, bons doces), 2) Quando o substantivo e o adjetivo formam como que uma palavra composta, não se emprega de, mas du, de la, de l' ou des: Des jeunes gens (jovens), des petits pois (ervilhas) etc. 3) Quando o adjetivo serve para formar um substantivo com- posto, também não se emprega de, mas du, de la, de l' ou des: Des grands-peres (avós), oms SÃO DO ARTIGO Observa-se a omissão do artigo: 1) Antes de apôsto: Euripide} poete tragique grec (Eurípedes, poeta trá- gico grego) . 55 56 OBSERVAÇAO. o apôs to que segue um substantivo vem precedido de artigo nos casos em que se quer individualizar êste substantivo: Mademoiselle Jeanne, la. jeune déléguée (a senhorita Joana, a jovem delegada). 2) Em adágios e em certas comparações: Nécessité fait loi (A necessidade faz a lei). Mains froides, creur chaud (Mãos frias, coração quente). Dur comme fer (Duro como ferro). 3) Em certas frases negativas ou interrogativas como: Jamais il ne souftle mot (Nunca abre a bôca). Ou trouver meilleure occasion? (Onde encontrar me- lhor oportunidade?) 4) Em certas enumerações para darmais vivacidade à expressão: "Femmes, moines, vieillards, tout était descendu" (Mulheres, monges, velhos, todos desceram) (La Fontaine). 5) Em muitas locuções: Avoir raison (ter razão), avoir besoin (ter necessi- dade), faire attention (prestar atenção), faire grâce (perdoar), faire justice (fazer justiça), faire fortune (enriquecer), prendre connaissance (tomar conhe- cimento), prendre possession (tomar posse), de parl et d'autre (de uma parte e de outra) etc. 6) Depois de certas preposições, sobretudo sans e en: Sans encombre (sem empecilho), sans abri (sem abrigo) , sans argent (sem dinheiro); agir en ami (proceder como amigo), aller eu prison (ir para a cadeia), vivre en paix (viver em paz), No entanto, diz-se: En l'espace de, en l'espece (neste caso), en l'honneur de, en l'occurrence, en la personne de, en la présence de etc. 7) Em geral, antes dos nomes dos dias da semana e dos meses do ano: Naus sortirons jeudi (Sairemos quinta-feira). En janvier (em janeiro), OBSERVAÇõES. 1) Diz-se : L'année prOChaine (no ano que vem). Le dern-ier samedi de juin (no último sábado de junho). 2) Coloca-se o artigo antes dos nomes dos dias da semana, quan- do se trata de um fato que se repete. "M.S .. .. . déjeunait' alvec naus le jeudi" ("M.S . .. .. almoçava conosco às qUintaS-feiras" ) (Sartre). 3) Alguns nomes de festas religiosas levam artigo; outros não: l'Ascension, l 'Assomption, la Toussaint, la Saint-Jean (a As- censão, a Assunção, a Festa de Todos os Santos, a festa de São João). Diz-se, porém, indiferentemente: La Noel ou Noel (o Natal). La Pentecôte ou Pentec6te (Pentecostes). E, em geral, Pâques {a Páscoal. 57 capítulo D adjetivo D adjetivo o adjetivo é uma palavra que atribui uma qualidade ao substantivo a que se junta ou indica o modo de ser dêsse substanti vo: Un spectacle agréable (um espetáculo agradável). Une personne peureuse (uma pessoa medrosa). Dividem-se em Francês os adjetivos em qualificativos e em não qualificativos (possessivos, demonstrativos, re- lativos, interrogativos, exclamativos, indefinidos e nu- merais). G~NERO FORMAÇÃO DO FEMININO Em geraI, o feminino dos adjetivos se forma pelo acrés- cimo de um e mudo ao masculino: 61 Noir, noire (prêto). Amical, amicale (amical). CASOS PARTICULARES. 62 1) Os adjetivos terminados em -en e -on dobram o n diante do e do femi nino: Pdien, paienne; breton, bretonne (pagão, pagã ; bre- tão, bretã) . 2) Os adjetivos terminados em -in (-ain, -ein) , -un e -an não dobram o n no feminino: Calin, caline (meigo) , vain, vaine (inútil), serein, sereine (sereno), br un, brune (castanho), persan, persane (persa) . Exceções. Bénin (benigno) e mali n (malicioso), paysan (cam- ponês) e 1'ouan (ruano, ruão) , que fazem o feminino : Béni gne, maligne, paysanne e rouanne. 3) O adjetivos terminados em -e1 ou -eil dobram o I diante do e do feminino: F r aternel, fmternelle (fraternal); vermeil (verme- lho), vermeilJe. 4) Os adjetivos terminados em -eau formam o feminino em -e11e: Beau (belo) , beUe; nouveau (nôvo), nouvelle. 5 ) Os adjetivos terminados em -ou formam o feminino em -oUe: Fou (louco), folie; mou (mole), molle. OBSERVAÇAO. Os adj etivos beau, notme(liU, l ou e rnot~ possuem no m asculino sing ula r outra forma (bel, nouvel, 101, e mol) , que se empre- ga antes de um substantivo masculino que começa por vogal ou 11 mudo: Nota. Un bel apparternen t (um belo apartamento L Un nouvel habi t (uma roupa nova L Encon t ra-se. por vêzes. a f orm a vieux em l ugar de vieil, sobretudo Quando se deseja sallen t ar a id(! i a de Idade av ançad a ou de a n tigUid ade: " Un , ' í c ux homme malheureux" (um velho i nfeliz) (G. Sand) . "u" v ic u x appareil" ( um vel ho aparel ho) ( A. Gide ). 6) Os adjetivos terminados em -er fazem o feminino em -ere: Premier (pr imeiro) , premiere; amer (amargo), amere. 7) Os adjetivos terminados em -I mudam esta letra em v diante do e do feminino : Natil (nativo) J native; vil (vivo), vive. OBSERVAÇÃO. Bre! (breve ) faz no feminino breve. 8) Os adjetivos terminados em -et dobram o t diante do e do feminino: Net (limpo), nette. Mas os adjetivos complet (completo), incomplet (incom- pleto) , conm·et (concreto), d,ésuet (desusado) , discret ( discreto), indiscret (indiscreto) , inquiet (inquieto), re- plet (repleto) e secret (secreto) fazem o feminino em -ete : Complete, incomplete, concrete etc. OBSERVAÇÃO. Os adjetivos terminados em -at e -ot não dobram o t diante do e do f eminino : P lat (chato ), plate. [ diot <idiota). idiote. Exceções. Bellot (bonitinho), boulot (gordinho), maigriot (magri- nho), pâlot (pàlidozinho), sot (bobinho) e vieiUot (ve- lhinho) que fazem, respectivamente, no feminino: BellotteJ boulotteJ maigriotte, pâlotte, sotte, vieillotte. 9) Os adjetivos bas (baixo), gras (gordo), las (cansado), épais (espêsso) , gros (grosso) e métis (mestiço), que fa- zem, respectivamente, no feminino: basse, grasse, lasse, épaisse, gTosse e m étisse. 63 64 Entretanto os demais adjetivos terminados em -8 {prece- dido de vogal) como cootu8 (confuso), 11Uluvais (ruim), 8ournois (sonso), seguem a regra geral e fazem, pois, o feminino da seguinte maneira: Cootuse, mauvaise e 8ournoise. O adjetivo trais (fresco) faz no feminino fraiche. 10) Quase todos os adjetivos terminados em -x mudam esta letra em 8 sonoro (pronunciado z) diante do e do feminino: Honteux (vergonhoso), honteuse; jaloux (ciumento), ;alouse. OBSERVAÇAO. Doux (doce), faux (falso) e roux (ruivo) fazem o feminino do seguinte modo: douce, fausse e rousse. 11) Acrescenta-se um u ao g dos adjetivos long e oblong diante do e do feminino: Long (longo), Zangue; oblong (oblongo), oblongue. 12) Coloca-se um trema sôbre o e do feminino dos adje- tivos terminados em gu no masculino: Ambigu (ambíguo), ambigue. 13) Adjetivos como, entre outros, ammoniac (amoníaco), caduc (caduco), tranc trelativo ao povo francês), public (público), mudam o c em qu diante do e do feminino: Ammoniaque) caduque) tranque) publique. OBSEBVAçoES. 1) Blanc (branco), frame (franco, o que tem franqueza) e sec (sêco) fazem o feminino do seguinte modo: Blanche, franche e seche. 2) Laiique (leigo) tem a mesma forma para OS dois gêneros: Habit laique (veste leiga), une personne laique (uma pes- soa leiga). Escreve-se, às vêzes, late no masculino (Acad.). 3) Grec (grego) conserva o e no feminino: Grecque. 14) Os adjetivos terminados em -eur formam o feminino em -euse: Trompeur (enganador), trompeuse; volettT (ladrão), voleuse; menteur (mentiroso), menteuse. Exceções. Onze comparativos terminados em -eu?' fazem o feminino em -eUTe : AntéTieuT (anterior), postérieur (posterior), cité- rieuT (citerior), ultéTieuT (ulterior), extéTieuT (ex- terior), intéTie'ur (interior), majeur (maior), mineur (menor), supérieur (superior), infé7'ieur (inferior), m eiUeur (melhor). 15) Vários adjetivos terminados em -teu?' formam o femi- nino em -tTice : UonsolateuT (consolador), consolatrice; destr-ucteu?' ( destruidor), destructrice. Enchanteur (sedutor), péc}zeur (pecador) e vengeur (vin- gador) fazem, respectivamente, no feminino: Enchanteresse} pécheresse e vengeresse. OBSERV AÇÕES FINAIS SôBRE A FLEXÃO DE GÊNERO 1'" Favori (favorito) faz no feminino favorite. Coi (quieto) faz no feminino coite. Hébreu (hebreu) não tem feminino; em lugar de hébreu} empregam-se: a) Hébra'ique} quando se fala de coisas: La Zangue hébraique (a língua hebraica). b) Juive (judaico), em geral quandO se fala de pessoas: La race juive (a raça judaica). Mas diz-se também: La 1'eligion juive (a religião judaica). 2~ 1) Os adjetivos terminados em -e mudo no masculino t êm uma forma única para os dois gêneros: Un livre utae, une chose utile (um livro útil, uma coisa útil) . 65 66 Un homme honnête, une temme honnête (um ho- mem honesto, uma mulherhonesta). 2) Quando empregados como adjetivos, drôle (engra- çado), ivrogne (bêbado), mulâtre (mulato), negre (ne- gro), pauvr e (pobre ), sauvage (s lvagem) e suisse (suíço) têm uma forma única para os dois gêneros: Une histoire drôle (uma história engraçada) . Une tTibu negre (uma tribo negra). Une seTvante mulâtre (uma criada mulata). Une [ emme ivrogne (uma mulher beberrona). Quando empregados como substantivos, dTôle, iwogne) mulâtTe, negTe, pauV1'e, sauvage e másse formam o femi- nino em -esse (Vide pág. 31). OBSERVAÇÃO. Existe, con tudo, o adj etivo feminino négresse, embora muito pouco usado : Des es laves négresses (Larousse du xxe Siêcle ). 3) FMt (forte) e gmnd (grande) tinham, antigamente, uma única forma para os dois gêneros. o galicismo bastante empregado: se [aiTe fOTt de (ga- bar-se), [OTt não costuma variar: II se fait fort de lui diTe quelques VéTités (Gaba-se de lhe dizer algumas verdades) . O adjetivo gTand como primeiro elemento de composto feminino permanece invariável: 3~ Gmnd-mere (avó), gmnd-tante (tia-avó), gmnd- -messe (missa cantada), gmnd-chose (grande coisa), gmnd-chambre (antigamente, sala principal do Par- lamento), gmnd-[aim (muita fomeL à gmnd-peine (com muita dificuldade), gm nd-peur (muito receio), gmnd-Toute (estrada principal) , gmnd-T'ue (rua prin- cipal) . 1 ) Alguns adjetivos como bée, canin, phi losophale e ou- tros só se empregam no feminino e exclusivamente nas seguintes expressões: Bouche bée (boquiaberto), 'race ou fai.nt canine (raça ou fome canina) , ]Jie-rre philosophale (pedra filoso- fa]) . 2) Os adjetivos , a1/,1' e g1'égeois só se empregam nO mascul ino e quase sempre nas seguintes expressões : Feu grégeois (fogo greguês), ham ng saur (arenque defumado) , 3) Aquilin emprega-se c-obretudo no masculino: N z a.quilin (nariz aquilino) , NÚMERO FORMAÇÃO DO PLURAL Em geral, fo rma-se o plural dos adjetivos acrescentan- do-se s ao singular : Un f ruit vert, des fl'uits verts. Une maison blanche, des 71wisons bIanches. Os adjetivos terminados em -s ou -x no singular não mudam no plural: Un bonbon exquis, des bonbons exqllis (bombons deli- ciosos) , Un élêve par esseux, des elêves pm'esse1lx (alunos pre- guiçosos) , OBSERVAÇÃO, Embora termin m com o som eu, blen e l eu não recebem x no in gul ar. Vüo para o plural m ediante simples acréscimo de um s: D es yeU$ bleus (olhos azuis). L ,S lells rois de 811ede et de Danemal'k (os fal ecidos reis da Sué ia e da Dinamarca) (Acad.l. Entl'etanto o adjetivo hébreu I em o x no singular ) forma o plura l com x : Des textes hébreux ( textos hebraicos). Os adjetivos terminados em -eall recebem x no plural: D es f I'eres jumeaux (i rmãos gêmeos) , De beaux yellx (boni tos olhos), L es ternps nO'Ll veaUX (tempos novos) , Os adjetivos terminados em -aI mudam, em geral , o -al em -allX no plural: Un en,tretien arni.cal (uma conversa amigável), des entl'ettens amica ux. Un adveJ'saire déloyal (um advel'sário desleal), des adversai.Tes déloyaux. 67 CASOS PARTICULARES 1) Alguns adjetivos em -aZ formam o plural acrescentan- do-se simplesmente um ~ à forma singular; entre outros: naval, fataZ, natal) final) bancal: Des jOUTS fatals. Des accoTds f inaIs. 2) Outros, principalmente os que são menos usados no masculino plural, recebem indiferentemente s ou x: Austral, bOTéal) jovial) pascal etc. GRAUS DO ADJETIVO POSITIVO Enuncia simplesmente a qualidade sem fazer qualquer comparação: H enri est courageux (Henrique é corajoso). COMPARATIVO 68 Enuncia a qualidade com idéia de comparação. Pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferiori- dade. Forma-se o comparativo de igualdade antepondo-se o advérbio aussi ao adjetivo: Alber t est aussi cour ageux que Charles (Alberto é tão corajoso quanto Carlos) . Forma-se o comparativo de superioridade antepondo-se o advérbio plus ao adjetivo: Antoine est plus courageux que Marcel (Antônio é mais corajoso do que Marcelo) . Forma-Se o comparativo de inferioridade antepondo-se o advérbio moins ao adjetivo: Hem'i est moins courageux que Louis (HenrIque é menos corajoso do que Luís). Como se verifica, o segundo têrmo da comparação é int roduzido pela conjunção que. OBSERVAÇõES. 1) Meilleur é o comparativo de bon : Es-tu meilleur que moi? (És melhor do que eu?) Não se diz plus bon. 2 ) Moindre é o comparativo de petit. Usa-se sobretudo na lin- guagem literária. Na Jingua falada , diz-se correntemente plus petit, que tem, em geral, sentido concreto: San erreur est moindre que la mienne (Seu êrro é menor do que o meu ). Mon salon est plus petit ql~e l e v6tre (Minha sala de vi- sitas é menor do Que a sua ). 3) Pire é o comparativo de mauvais. Diz-se também plus mau- vais: Sa pi"ésence serait pire (plns mauvaise) que son absence (Sua presença seria pior do Que sua ausência) . Sa santé est plus mauvaise qu'elle ne l'était (Sua saúde está pior do que era). o comparativo de superioridade e o de inferioridade podem ser reforçados por meio de bien, beaucoup, de beaucoup, infiniment etc.: . La réalité peut être bien plus belle que le rêve (A realidade pode ser muito mais bela do que o sonho). SUPERLATIVO Exprime a qualidade no mais alto grau ou no mínimo. Pode ser de duas espécies: absoluto e relativo. 1) Forma-se o superlativo absoluto antepondo-se ao adje- tivo na forma normal, entre outros, um dos seguintes advérbios: fort, bien) extrêmement e sobretudo tres: Une rue três large, fort large (uma rua muito larga). n est bien malheureux (É muito infeliz). Vous êtes tres bon (Você é muito bom) . Ces boissons sont três mauvaises (Essas bebidas são muito ruins). Cet enfant est três petit (Esta criança é muito pe- quena) . O superlativo absoluto também pode ser formado: a) Pelo sufixo -issime, que é acrescentado a certos ad- jetivos, ou da linguagem protocolar, ou da linguagem familiar: 69 70 Une altesse sérénissime (uma Alteza sereníssíma). Une occasian rarissime (uma ocasião raríssima). Un anele 1'iehissime (um tio riquíssimo). b) Por meio de um dos prefixos aTehi-, supeT-, sur-, extra-, ultTa-: L e théâtre archicomble (um teatro superlotado). Du ehocolat superfill (chocolate superfino). Une moisson surabondante (uma seara superabun- dante) . OBSERVAÇÕES. Cumpre observar certos processos es pecia is, peculiares à lingua falada ou familiar, para a formação do superlativo: I } Por ·meio de r epetição do adjetivo: C'était u,n spectacle triste, triste (Era um espetáculo triste, triste>. 2) Por m eio de alguns advérbios como: r u,dement, /abuleuse- ment e tc.: Un probleme rudement di!!'ic ile (Um problema muito di- fícil) . Quelqu'un de fabuleusement dr6le (Alguém fabulosamente engraçado>. 2) Forma-se o superlativo relativo com a anteposição do artigo definido às formas do comparativo de superiori- dade ou de inferioridade: PieTTe est le plus sage des él.eves (Pedro é o mais ajuizado dos alunos) . L 'hiver, en FTanee, est la saison la moins agréable (O inverno, na França, é a estação menos agradá- vel) . Exceções. L e meilleur) 1e moindre, 1e pire são, respectivamente, os superlativos de bon) petit e mauvais. Existem, também, as formas 1e plus petit e 1e plus mau- vais. 3) O superlativo relativo pode ser reforçado por de beaucoup) de (bien) loin) dn monde etc.: Uéleve de beaucoup le plus inteUigent (O aluno mui- tíssimo mais inteligente). C'est le phts bel endmit du monde (É o lugar mais bonito do mundo). EMPR~GO 00 ARTIGO DIANTE 00 SUPERLATIVO RELATIVO 1) Numa série de superlativos relativos que se referem ao mesmo substantivo, deve-se repetir o artigo antes de cada superlativo: Uinvention la plus importante, la plus admirable (A invenção mais importante, a mais admirável). 2) Quando o adjetivo é usado como advérbio, o artigo não varia: C'est lui qui parle le plus haut (É êle que fala. mais alto) . 3) O artig'Ü não é expresso diante do superlativo
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