Buscar

paper variação linguítica GABRIELA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Gabriela Trajano Garcia 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Letras Português (LED114) – Variações linguísticas – 
09/11/2019 
P 
 
 
Gabriela Trajano Garcia¹ 
Tutor Externo² 
RESUMO 
Este trabalho tem como objetivo fazer algumas reflexões, sobre a legitimidade da diversidade 
linguística, que envolvem variação e mudança linguística, fatores como sexo, idade, época, classe 
social, grau de instrução influenciam as variações linguísticas. Abordando as questões sobre 
preconceitos linguísticos e como podemos construir uma prática consciente da língua vencendo 
essas barreiras de antipatia entre o considerado culto e o dito popular. 
 
Palavras-chave: Variações linguística. Preconceitos linguísticos. Diversidade 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Pode ser que, não raras às vezes, já se foi questionado acerca do porquê de estudar tantas 
regras e conceitos presenciados, em diferentes ocasiões, nos livros didáticos, no tocante à Educação 
Básica e Ensino Médio. Não é à toa que iniciamos lá na Fonologia, perpassamos pela Morfologia, 
sintaxe e chegamos ao nosso destino final, deparando-nos com a Estilística, que é exatamente 
quando estudamos acerca do aspecto denotativo e conotativo da linguagem, cujas abordagens fazem 
referência às figuras de linguagem. 
A princípio, podemos ver, que tantas informações e nomenclaturas, acabam provocando um 
sentimento de frustração, o que muitas vezes conduzem à própria repulsa pela Língua Portuguesa. 
Dessa forma, ao apreendermos essa leva de conceitos, mesmo que fragmentada, estamos nos 
tornando hábeis, capazes de colocá-los em prática, tanto no que diz respeito à oralidade quanto no 
que se refere à modalidade escrita. 
Em uma primeira análise, é preciso se considerar a gramática normativa como um princípio 
essencial para a continuidade do idioma. Entretanto, ainda que todos os brasileiros sejam falantes da 
LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DO TEMPO 
2 
 
 
 
Língua Portuguesa, ela apresenta várias diferenciações no que tange o complexo regional, etário, 
sexual, historiográfico, dentre outros fatores. Com isso, a língua é considerada um fluxo que se 
encontra em constante troca e transformações. 
 Sob esse prisma, pode-se revelar que a existência de um variante padrão faz com que as 
outras modalidades sejam ainda mais desprezadas. Esse tipo de preconceito faz com que a 
desigualdade social seja acentuada, pois a língua decorre das vivências e da cultura de um povo, 
logo os mais abastados apresentam maior nível de escolaridade sendo os que realmente possuem o 
domínio da considerada "norma culta". O preconceito linguístico, portanto, representa uma triste 
ameaça não apenas aos indivíduos diretamente envolvidos, como também a todos os cidadãos que, 
indiretamente, também se tornam vítimas de seu legado. Faz-se imprescindível que o Ministério da 
Educação intensifique a promoção de palestras em instituições de ensino, ministradas por 
pedagogos, linguistas e psicólogos, acerca da temática, assim será possível auxiliar a formação dos 
estudantes respeito à diversidade linguística em nosso país. 
 
 
 
2. MULTIPLICIDADE CULTURAL 
 
 
 Desde a Antiguidade, a oralidade é usada para interação e integração social. Contudo, 
infelizmente, a gramática normativa tem se tornado, um "suvenir sociocultural" o qual apenas os 
mais privilegiados socialmente obtêm melhores desempenhos na hora da comunicação. Desse 
modo, alguns fatores que envolvem o uso oral da língua no Brasil devem ser revistos, a fim de sanar 
o preconceito. 
 
 Cabe pontuar que a gramática normativa é uma das responsáveis para a perpetuação do 
preconceito linguístico. Isso porque existe uma tentativa das escolas de inserirem normas na 
construção da educação do aluno, tentando unificar a Língua Portuguesa. 
 
 
 “A linguagem faz parte da grande distribuição das similitudes e das assinalações. Por 
conseguinte, deve, ela própria, ser estudada como coisa da natureza.” (FOCAULT, 2000, p. 48). 
 
 A multiplicidade cultural brasileira unida a fatores socioeconômicos são alguns motivos que 
influem no dialeto de cada região. No entanto, mesmo com o conhecimento dessa maleabilidade 
linguística, exposta através das mídias, muitas pessoas ainda são discriminadas em escolas e 
3 
 
 
 
ambientes de trabalho por seus vocabulários considerados precários concedidos, frequentemente, 
pelo histórico de um ensino público progressivamente carente de instrução de qualidade. 
 Contudo, seria eficiente se os gestores dessas unidades promovessem a inclusão e a 
disseminação do respeito por essas variações e não a exclusão da norma culta ou de qualquer outra 
forma de falar. 
 A língua também se modifica com os anos e de acordo com o ambiente, mas de modo infeliz 
vê-se nas mídias televisivas e sociais que o preconceito linguístico ainda está presente na sociedade 
brasileira. Essa visão limitada da população deve ser combatida através de palestras a respeito da 
diversidade e riqueza que possuímos em nosso país e suas variações linguísticas. 
 
 
A linguagem real não é um conjunto de signos independentes, uniforme e liso, em 
que as coisas viriam refletir-se como num espelho, para ai enunciar, uma a uma, sua 
verdade singular. É antes coisa opaca, misteriosa, cerrada em si mesma, massa 
fragmentada e ponto por ponto enigmática, que se mistura aqui e ali com as figuras 
do mundo [...]. (FOCAULT, 2000, p. 47). 
 
 
 2.1 DIVERSIDADE LINGUISTICA NO BRASIL 
 
É perceptível que o Brasil tem uma diversidade cultural abrangente, possuindo, assim, 
diversas formas de se expressar. No entanto, muitos cidadãos formam através da gramática e do 
conhecimento adquirido por ela um desprezo linguístico, já que cada indivíduo e região tem o seu 
próprio modo de falar. 
 A educação é uma importante aliada para a mudança de pessoas, mas deve estar atrelada à 
humildade, uma vez que sem ela o conhecimento pode mudar a visão de qualquer pessoa. 
Considerando, que o respeito é o melhor remédio para esse caso. Saber aceitar que possui 
diferenças, tendo em mente que uma língua tanto culta como inculta é melhor que a outra. 
 Faz-se necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. Convém que 
o Ministério da Educação aborde em cada semestre o linguajar de cada região, a fim de mostrar aos 
alunos a diversidade linguística que existe no Brasil e a importância de respeitar cada uma delas. 
Indispensável, ainda, é que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária faça 
propagandas que incentive a sociedade não só a respeitar, mas também a ter humildade quando o 
conhecimento encontrado na gramática ultrapassar o de outros indivíduos. Desse modo, haverá mais 
respeito e menos preconceito linguístico. 
 
4 
 
 
 
 Foucault (2000) no livro as palavras e as coisas enfatiza que há uma natureza e várias línguas, 
sendo a língua de natureza fragmentada dividida contra ela mesma e alterada. Onde uma não está 
acima da outra. 
 
A constituição das nações do mundo como tal teve como um dos pontos principais a 
ideia de uma língua nacional, a qual identifica um determinado povo. Essa ideia dá 
origem também à ilusão de que as línguas são uniformes e de cada nação tem sua 
única e soberana língua. (SELL; GONÇALVES, 2011, p. 5). 
 
 Por que estudamos a língua então? Por que estudar tantas regras e conceitos presenciados? 
Se uma língua não se sobrepõe a outra. Na escola iniciamos lá na Fonologia, perpassamos pela 
Morfologia, sintaxe e chegamos ao nosso destino final, deparando-nos com a Estilística, que é 
exatamente quando estudamos acerca do aspecto denotativo e conotativo da linguagem, cujas 
abordagens fazem referência às figuras de linguagem. E qual a finalidade destes estudos se eles não 
são supremos? Imutáveis? 
Se a linguagem não mais se assemelha imediatamente ás coisas que ela nomeia,não 
está por isso separada do mundo; continua, sob uma forma, a ser o lugar das 
revelações e a fazer parte do espaço onde a verdade, ao mesmo tempo se manifesta e 
se enuncia. Certamente que não é mais a natureza na sua visibilidade de origem, mas 
também não é um instrumento misterioso, cujos poderes somente alguns 
privilegiados conheciam. (FOCAULT, 2000, p. 50). 
As ideias humanas se estenderam e se multiplicaram ao longo do tempo formando linguagens 
extensas e inflexões na voz. Com isso, a variação da língua falada é um fato em todas as sociedades. 
Entretanto, a mudança da linguagem provoca preconceitos linguísticos ocasionados pela 
perpetuação de estereótipos e de um ensino metódico, porém “Os dialetos são idênticos às línguas, 
do ponto de vista linguístico. Eles têm tudo o que as línguas têm. Não são menores ou mais simples 
ou menos perfeitos.” (SELL; GONÇALVES, 2011, p.5 apud McCleary, 2008, p.7) 
 A partir disso verificamos que essa visão enraizada de que a língua é imutável e fixa sem 
direito a desvios ou mudanças é um estereótipo criado pela sociedade ao longo do tempo. 
Confirmando, que não seria a língua que não muda, mas sim o preconceito estereotipado da ideia do 
perfeito, ou seja, da língua perfeita, sem rupturas ou desvios, uma língua sem idade, sexo, região, 
uma língua que não considera mudanças. 
Essa visão deve ser vencida e extinta de nossa sociedade dando espaço à aceitação das 
diferentes formas de se expressar. 
5 
 
 
 
 Santos (2017) trata da relação entre sociedade, cultura e linguagem. Indicando a indissociabilidade 
de língua e sociedade. Enfatizando o estudo da sociolinguística como o estudo da língua falada, 
escrita, observada e analisada dentro de um contexto social e em suas situações de uso e que cada 
comunidade se caracteriza pelo emprego de diferentes formas de se comunicar. 
Sendo assim, necessário garantir, a todos os brasileiros o reconhecimento da variação 
linguística, porque o mero domínio da norma culta não é um ápice da cultura que, de um momento 
para outro, vai resolver todos os problemas do mundo. 
 
 
Não há uma língua considerada homogênea, deste modo, não existem fronteiras entre a 
linguagem e o seu uso. É nessa perspectiva que a Variação linguística atua, ela vem tratar 
dessas modificações que ocorrem na língua ao longo do tempo e da particularidade de cada 
comunidade em relação a sua forma de se comunicar oralmente, podendo ser percebidas 
através de vários aspectos, como regionalidade, nível de escolaridade, questões econômicas, 
sexo [...] (SANTOS; SANTANA, 2017, p. 214). 
 
 
Diante dessas reflexões, é relevante mostrar a importância do respeito a essas variedades 
dentro e fora do âmbito escolar, visto que em um país repleto de desigualdades, o aluno é mera 
consequência desses problemas sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
Na tentativa de atingir os objetivos desta pesquisa, foram realizadas pesquisas bibliográficas 
de livros, periódicos e outros textos que contemplam a temática proposta. Autores como Focault 
(2000), Sell e Gonçalves (2011), Santos e Santana (2017). O trabalho se utilizará da demonstração 
da importância do conhecimento das existentes variações linguísticas em nosso no país. 
Para realização do presente estudo, propomos a estruturação em dois capítulos, a saber: O 
primeiro capítulo, intitulado “Multiplicidade cultural”, refletimos sobre a multiplicidade existente 
na língua A linguagem real não é um conjunto de signos independentes, uniforme e liso, mas que 
também possui variações. No subtítulo “Diversidade Linguística No Brasil”, analisamos a 
diversidade cultural abrangente em nosso país, possuindo, assim, diversas formas de se expressar, 
evidenciando também alguns preconceitos enraizados em nossa sociedade. 
Lembrando a necessidade do incentivo para que a sociedade não só a respeite as diferenças, 
mas também a ter humildade quando o conhecimento que não existe única e perfeita, mas sim uma 
língua que está sempre em transformação. 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 O presente trabalho buscou mostrar as dificuldades em primeira análise, a respeito da 
diversidade linguística, que envolvem variação e mudança linguística, fatores como sexo, idade, 
época, classe social, grau de instrução influenciam as variações linguísticas. 
 Salienta-se que através de pesquisa bibliográfica questões a respeito dos preconceitos 
linguísticos e como podemos construir uma prática consciente da língua vencendo essas barreiras de 
antipatia entre o considerado culto e o dito popular. 
 É notável lembrar, não há uma língua considerada homogênea, deste modo, não existem 
limitações entre o uso da linguagem. Revelando a importância do respeito à diversidade e cultura na 
formação dos dialetos linguísticos de todas as regiões do país. Destruindo assim qualquer 
preconceito em relação ao modo de se utilizar a linguagem, principalmente nos dias atuais. 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 Neste trabalho, contemplaram-se questões que colaboraram na reflexão sobre o tema da 
Variação Linguística, sendo embasado em estudiosos, os quais evidenciaram o que vem a ser a 
variação linguística e sua ocorrência através do tempo. 
 Foi-se observado, que a língua não é “uniforme” no território e m que é empregada, essa 
variação encontrada resulta de um processo de diferenciação que ocorre com naturalidade. 
 Portanto, é evidente que com isso acarrete preconceitos por conta destas variações, havendo 
discordância entre a população a respeito qual seria a forma correta e qual não é. 
 No entanto, conclui-se que a língua não é algo uniforme mais sim dinâmico, e sempre está se 
modificando através do espaço e do tempo em todas as partes do mundo. Portanto é necessário que 
a população possa entender esse processo e respeita-lo, não definindo a língua como algo imutável 
mais sim metamórfico. 
 
REFERÊNCIAS 
FOUCAULT, MICHEL. As palavras e as coisas. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 
 
SELL, Fabíola Sucupira Ferreira; GONÇALVES, Alberto. Sociolinguística. Indaial: Uniasselvi, 
2011. 
 
SANTOS, Daiane Almeida dos; SANTANA, Flávio Passos. Variação linguística no contexto 
escolar. Revista cadernos de estudos e pesquisa na educação básica. Recife, v. 3, n.1 p. 210-223, 
2017.

Outros materiais