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Petição inicial trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA XXX VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE XXX
 
XXX (ESPÓLIO), portador de Cédula de Identidade XXX sob, representado por XXX, (qualificação), XXX, (qualificação) ambos por seus procuradores adiante assinados, conforme, instrumento de mandato anexo, com escritório profissional à XXX onde recebem notificações e intimações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento na CLT e demais dispositivos legais aplicáveis, propor:
A Ç Ã O    T R A B A L H I S T A /R E P A R A Ç Ã O    D E    D A N O S contra:
XXX Ltda., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ n.º XXX, estabelecida à Rua XXX, Bairro XXX, CEP XXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos que a seguir passa a expor:
DOS FATOS
Os fatos narrados nesta inicial tratam de um grave acidente ocorrido nas dependências da Reclamada, resultando em uma vítima fatal, o esposo da 1ª Reclamante, e pai dos demais Reclamantes, o Sr. JOÃO O Sr. JOÃO, trabalhava para a empresa RECLAMADA, desde 10 de novembro de 2000, executando a função de serralheiro (doc. Anexo-CTPS). No dia 01 de fevereiro de 2020, estava trabalhando no recinto da empresa, durante o exercício de suas atividades diárias, sob as ordens da reclamada, quando, por volta das 16:00, sofreu um acidente de trabalho, que o levou ao óbito(certidão de óbito anexa), conforme LAUDO DE EXAME PERICIAL (doc anexo). Diante do fatos ora mencionados é cristalino que a vítima foi atingida pelo seu próprio instrumento de trabalho EMPILHADEIRA (máquina elétrica/objeto), que diante do impacto houve a impulsão da mesma atingindo diretamente a região craniana, como demonstram as fotos anexas no próprio laudo pericial e não estava utilizando os EPis próprios.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O artigo 5º da CF assim estabelece:
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
Já o artigo 7º assim estatui:
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
O texto constitucional consagra também, já em seu artigo primeiro, a dignidade da pessoa humana, o que deve restar observado em todos os aspectos, especialmente no âmbito das relações de trabalho e, da mesma forma, no que diz respeito ao direito à segurança e à saúde do trabalhador.
A CLT, em seu artigo 157 da CLT assim estabelece:
Art. 157. Cabe às empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;”
Por sua vez, o Código Civil estatui que:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
 No tocante a reparação de danos , o Art. 944. Diz : A indenização mede-se pela extensão do dano.
 quanto às normas de segurança em trabalho com risco, o Ministério do Trabalho e Emprego disciplina a matéria através de suas Normas Regulamentadoras  nº 10, 11, 12  e 33.
Por tal razão, indiscutivelmente que a Requerida contribuiu diretamente para o fatídico acidente que veio a tirar a vida do empregado e ainda mais deixando toda sua família desamparada.
Portanto, perfeitamente cabível reparação pelos danos resultantes do acidente que ceifou a vida do empregado.
E o dever de indenizar surge da teoria do risco gerado, ou seja, se é o empregador quem cria o risco por meio de sua atividade econômica (empresa), ou mesmo através de conduta que coloque o empregado em condição de risco, a ele caberá responder pelos danos causados.
Nesse sentido, o próprio Código Civil (art. 927 § único) dispõe que há obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade ou a condição a que fora exposto o empregado implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
E tal disposição não se dá à toa: o empresário que se propõe a constituir uma empresa que pode oferecer riscos na execução das atividades, se contrata pessoas para executar estas atividades se beneficiando dos lucros gerados, colocando o empregado em condição de risco, a este empregador devem ser atribuídos os riscos do negócio, assim como os danos resultantes dos acidentes, também deverão ser por ele suportados.
Portanto, passível e necessária a reparação ampla e irrestrita de todos os danos decorrentes do acidente de trabalho em questão.
Com efeito, mesmo na remota hipótese de não ser admitida a responsabilidade objetiva da Reclamada, as indenizações postuladas são baseadas na responsabilidade civil, possuindo como pressupostos a conduta, dano, o nexo causal e a culpa do empregador.
Entende-se por (i) conduta, o comportamento humano voluntário, que se exterioriza através de uma ação ou (no caso) omissão, produzindo consequências jurídicas. O elemento primário de todo ato ilícito mostra-se presente na omissão no dever de cautela e segurança do trabalho, conduta esta que resultou na morte da vítima.
A existência do requisito (ii) dano igualmente se faz presente ante à perda do ente querido, pai, esposo e avô, única fonte segura de sustento da família.
No que concerne ao (iii) nexo causal, também não há controvérsia no sentido de que o óbito teve como causa o trabalho empreendido pelo obreiro. Indiscutível que o dano foi causado pela conduta ilícita do agente, havendo clara relação de causa e efeito.
Por fim, com relação à (iv) culpa da empregadora, resta demonstrado o descumprimento de normas relativas à segurança do trabalhador por parte da reclamada, na medida em que houve acionamento do sistema de elevadores durante sua manutenção.
Assim, claramente, fazem jus os postulantes à reparação de todos os danos suportados pela perda do esposo e pai, reparação esta que deve ser dar da forma mais abrangente possível (princípio da reparação integral).
DOS PEDIDOS
Diante do caso exposto, requer desde já a condenação da reclamada na indenização de todos os prejuízos decorrentes da morte do pai e esposo, consistindo em:
1. Indenização, na modalidade de pensão mensal considerando-se o salário do autor à época dos fatos (mais benefícios e acréscimos recebidos mensalmente e direitos reconhecidos na presente ação). Tal indenização deverá ser arbitrada até a idade limite da vítima de 82,1 anos (sucessivamente 75,5 anos), conforme estatísticas recentes do IBGE, ou ainda em data superior, em razão de eventual elevação desse índice;
2. Manutenção do plano de saúde nas mesmas condições anteriores;
3. Indenização a título de danos morais, no importe sugerido de 50 (cinquenta) salários da vítima para cada um dos autores, totalizando 250 salários, considerando, para o caso, todo o transtorno, a dor física, a dor moral, a vergonha, as deformidades estéticas, o abalo psicológico e todos os fatos negativos associados ao acidente em questão.
Dá se a causa o valor de R$ XXX
Nestes termos,
Pede e espera deferimento 
Cidade : XXX , Estado: XXX ,Data: XXX
ADVOGADO
OAB n: XXX

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