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O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

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ESPÍRITO SANTO 
O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
CURSO DE CAPACITAÇÃO 
FAVENI - FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
1. ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO ..................................... 5 
2. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO ....................................... 7 
3. ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO................................................................ 9 
4. DEMOGRAFIA DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL........... 10 
5. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ....................................................................... 13 
6. MORTALIDADE .................................................................................................. 15 
7. MORBIDADE E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................. 16 
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 
 
Fonte: www.recantodasletras.com.br/cronicas/4908989 
 
Segundo Vandervoort (2000, p. 67) “[...] o aspecto biológico normal leva à di-
minuição das reservas funcionais do organismo. Essas alterações podem ser obser-
vadas no organismo do ser humano idoso: muscular, ósseo, nervoso, circulatório, pul-
monar, endócrino e imunológico.”. 
De acordo com autor supracitado, essas possíveis alterações levam a um de-
clínio que variam entre os diversos tecidos e funções, como ainda variam também de 
um indivíduo para outro. 
Segundo Guccione (1993), quando alguém é solicitado a imaginar a postura de 
um idoso, com muita frequência a imagem que surge é a de uma pessoa curvada ou 
inclinada para frente, que na maioria das vezes, é do sexo feminino e apresenta um 
alto risco de queda. Para Amâncio (1975), o envelhecimento representa uma etapa 
do desenvolvimento individual, sendo que a característica principal é acentuada pela 
perda da capacidade de adaptação, e menor expectativa de vida, isto significa exces-
siva vulnerabilidade e reduzida viabilidade diante das forças normais de mortalidade. 
 
3 
 
Pickles et al (1998), considera a população da terceira idade para homens 
acima de 65 anos e mulheres acima de 60 anos, de acordo com as idades a partir das 
quais homens e mulheres começam a fazer jus a aposentadoria oficial. 
Segundo a Lei n° 8.842/94 art. 1 e 2, a política nacional do idoso tem por obje-
tivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua au-
tonomia, integração e participação efetiva na sociedade; ainda considera-se idoso, 
para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade. 
Segundo Pickles et al (1998), biologicamente somos seres que percorrem o 
ciclo da vida, interrompido ou não, mas inevitável, que vai do nascimento até a morte; 
passando pelas seguintes etapas: concepção, desenvolvimento intrauterino, nasci-
mento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte. 
 
Fonte: www.colatina.es.gov.br/noticias/noticias.php?area=assis&materia=0508007 
 
De acordo Petroianu e Pimenta (1999), a velhice não é apenas a deteriorização 
orgânica mas o que ocorre são perdas físicas, anunciando ou atestando o surgimento 
de doenças degenerativas, diminuição de força e vitalidades orgânicas. Perdas psí-
quicas, representadas pelo declínio da memória, diminuição ou anulação da vida afe-
tiva, desinteresse em adquirir novos conhecimentos. 
 
4 
 
O envelhecimento é um processo universal, é um termo geral que segundo a 
forma em que aparece, pode se referir a um fenômeno fisiológico, de um comporta-
mento social, ou ainda cronológico isto é, de idade. É um processo em que ocorre 
mudança nas células, nos tecidos e no funcionamento de diversos órgãos. (RODRI-
GUES; DIOGO, 2000, p. 12). 
Segundo Petroianu e Pimenta (1999), o crescimento da população idosa deve-
se ainda a evolução da medicina. Para Leme (2000), a população vem aumentando 
rapidamente e por consequência o progressivo aumento da população idosa, este au-
mento deve-se as melhores condições de vida, a maior expectativa de vida. 
 
Fonte: zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/melhor-idade/noticia/2015/01/andar-a-pe-nao-deve-ser-
recomendado-como-atividade-que-reduz-quedas-de-idosos-diz-estudo-4677338.html 
 
O aumento acentuado do número de idosos trouxe consequências para a soci-
edade e, obviamente para indivíduos que compõem esse segmento etário. Era neces-
sário buscar os determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e conhe-
cer as múltiplas facetas da velhice e do processo de envelhecimento. Ver esses fenô-
menos simplesmente pelo prisma biofisiológico é desconhecer a importância dos pro-
blemas ambientais, psicológicos, sociais, culturais e econômicos que pesam sobre 
eles. Ao contrário, é relevante ter uma visão global do envelhecimento como processo 
e do idoso como ser humano. Hoje felizmente, todas as áreas do saber sobre a velhice 
encontra-se em grande evolução. (PICKLES et al, 1998, p. 78). 
 
5 
 
A perda de algumas funções fisiológicas é inevitável na pessoa que envelhece, 
por melhores que sejam seus hábitos de vida. 
1. ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO 
Segundo Guccione (1993), múltiplos problemas poderiam afetar a postura. Três 
dos fenômenos mais comumente observados na prática da fisioterapia são a depres-
são, o delirium (estado confusional agudo) e a demência. 
De acordo com o autor supracitado (1993), a depressão é o único problema 
mais comum de saúde mental que acontece no idoso. A depressão altera tanto a pos-
tura quanto o afeto geral. 
Pickles et al (1998), relata que no envelhecimento ocorrem diversas alterações, 
trazendo ao ser humano, mudanças psicológicas. O estado emocional de um idoso 
implica contextualização de sua história de vida, suas reações emocionais provavel-
mente estão diretamente relacionadas com a vivencia que acumulou no transcorrer 
de sua existência. 
 
Fonte: https://twitter.com/k_johane/status/743590380453629953 
 
De acordo com Zimermann (2000), essas mudanças psicológicas podem resul-
tar em dificuldades de se adaptar a novos papéis, falta de motivação e dificuldades de 
planejar o futuro, depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicídio, baixa alta 
imagem e autoestima, necessidade de trabalhar as perdas orgânicas afetivas e soci-
ais. 
 
6 
 
Zimermann (2000, p. 57), ainda afirma que: Assim como as características 
físicas do envelhecimento, o caráter psicológico também está relacionado com here-
ditariedade, a história e com atitude de cada indivíduo. Sendo assim indivíduos mais 
saudáveis e otimistas tem mais condições de adaptarem-se as transformações trazi-
das pelo envelhecimento. São mais propensas a verem a velhice como um tempo de 
experiência acumulada, liberdade para assumir novas ocupações. 
Segundo Gonong (2000), o envelhecimento é uma etapa normal do desenvol-
vimento e continuidade da vida de um indivíduo, fazendo com que o ser humano aceite 
com tranquilidade a sua velhice, e procurar alguma maneira para continuar ser útil à 
sociedade, aos familiares e amigos. 
De acordo com Brouwer (1981), a medida em que as pessoas vivem mais, mu-
danças acontecem, as distâncias aumentam, a vida fica mais agitada, o tempo sempre 
mais curto e as condições econômicas mais difíceis, a sociedade se modifica. Isso 
exige maneiras diferentes de viver uma grande flexibilidade e capacidade de adapta-
ção que nem sempre os velhos têm. 
 
Fonte: www.tiaxica.com/envelhecer-com-saude/ 
 
“A velhice é um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam 
relegados a uma situação de abandono, desprezo, de ausência de papeis sociais, e 
 
7 
 
estes fatores levam a construção de uma série de estereótipos negativos em relação 
aos velhos.” (SILVA, 1999, p. 68). 
2. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO 
Todo o organismo multicelular possui um tempo limitado de vida e sofre mu-
danças fisiológicas com o passardo tempo. A vida de um organismo multicelular cos-
tuma ser dívida em três fases: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase re-
produtiva e a senescência, ou envelhecimento. Durante a primeira fase, ocorre o de-
senvolvimento e crescimento dos órgãos especializados, o organismo cresce e ad-
quire habilidades funcionais que o tornam aptos a se reproduzir. A fase seguinte é 
caracterizada pela capacidade de reprodução do indivíduo, que garante a sobrevivên-
cia, perpetuação e evolução da própria espécie. A terceira fase, a senescência, é ca-
racterizada pelo declínio da capacidade funcional do organismo. (IDADE ATIVA, 
2004). 
De acordo com Idade ativa (2004), “o envelhecimento é causado por alterações 
moleculares e celulares, que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos 
e do organismo como um todo.” 
O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos, sendo assim, 
o conhecimento de seus aspectos anatômicos e sua fisiologia. Rebelatto e Morelli, 
(2004, p. 59), explicam que: Uma vez que envelhecemos, apresentamos perda em 
estrutura. Essa perda de ordem de 1cm por década aproximadamente começa acon-
tecer por volta dos 40 anos de idade. Essa perda se deve, principalmente, à diminui-
ção dos arcos do pé, ao aumento das curvaturas da coluna e também a uma diminui-
ção no tamanho da coluna vertebral, devido à perda de água dos discos intervertebrais 
decorrentes dos esforços de compressão a que eles são submetidos. 
De acordo com Rebelatto e Morelli (2004), o idoso também apresenta algumas 
alterações características e que podem dar a ideia de sua formação típica. São o au-
mento dos diâmetros da caixa torácica e do crânio, a continuidade do crescimento do 
nariz e do pavilhão auditivo. 
Ocorre também aumento do tecido adiposo, principalmente em regiões carac-
terísticas como a região abdominal. O teor de água corporal diminui, pela perda hídrica 
 
8 
 
intracelular, há perda de potássio. Esses fatos levam o idoso a perder massa corporal, 
afetando vários órgãos, como os rins e o fígado, mas os músculos são os que mais 
sofrem com essa perda de massa com o passar do tempo. 
 
Fonte: www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=309 
 
A pele fica menos elástica por causa da alteração da elastina e ocorre diminui-
ção da espessura de pele e do tecido subcutâneo, levando ao aparecimento das ru-
gas, ocorrendo também alterações nos melanócitos, que são células que dão a cor à 
pele, que levam a formação de manchas, hiperpigmentadas, marrons e lisa, principal-
mente na face e dorso da mão. 
 
9 
 
3. ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br/geografia/a-populacao-europa-esta-envelhecendo.htm 
 
Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária 
da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de de-
terminada idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é defi-
nida como idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. 
O envelhecimento populacional é um fenômeno natural, irreversível e mundial. 
A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais. 
Dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice 
avançada” (acima de 80 anos), também vêm aumentando proporcionalmente e de 
maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos 
últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atual-
mente existem no Brasil, aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual 
ou superior a 60 anos, o que representa pelo menos 10% da população brasileira. 
Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde – OMS, no período 
de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze vezes, 
enquanto a população total em cinco. Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao 
 
10 
 
contingente de idosos, alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 
60 anos ou mais de idade. 
É importante destacar, no entanto, as diferenças existentes em relação ao pro-
cesso de envelhecimento entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. 
Enquanto nos primeiros o envelhecimento ocorreu de forma lenta e associado à me-
lhoria nas condições gerais de vida, no segundo, esse processo vem ocorrendo de 
forma rápida, sem que haja tempo de uma reorganização social e de saúde adequa-
das para atender às novas demandas emergentes. 
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem 
idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento 
ativo e saudável, o principal objetivo. Se considerarmos saúde de forma ampliada, 
torna-se necessária alguma mudança no contexto atual em direção à produção de um 
ambiente social e cultural mais favorável para população idosa. 
 
4. DEMOGRAFIA DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL 
 
Fonte: www.fotosmaisimagens.com/idosos.html 
 
O efeito combinado da redução dos níveis da fecundidade e da mortalidade no 
Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população, sobretudo a partir 
 
11 
 
de meados dos anos de 1980. O formato tipicamente triangular da pirâmide populaci-
onal, com uma base alargada, está cedendo lugar a uma pirâmide populacional com 
base mais estreita e vértice mais largo característico de uma sociedade em acelerado 
processo de envelhecimento, como demonstram os gráficos a seguir. 
 
Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-v12 
 
Esse quadro caracteriza-se pela redução da participação relativa de crianças e 
jovens, acompanhada do aumento do peso proporcional dos adultos e, particular-
mente, dos idosos. Em 2008, enquanto as crianças de 0 a 14 anos de idade corres-
pondiam a 26,47% da população total, o contingente com 65 anos ou mais de idade 
representava 6,53%. Em 2050, o primeiro grupo representará 13,15%, ao passo que 
a população idosa ultrapassará os 22,71% da população total. 
Importante indicador que mostra o processo de envelhecimento da população 
brasileira é o índice de envelhecimento. Em 2008, para cada grupo de 100 crianças 
de 0 a 14 anos, havia 24,7 idosos de 65 anos ou mais de idade. 
Neste período, a proporção de idosos cresceu mais de 170% enquanto a redu-
ção da proporção de crianças até 14 anos foi de 42%, conforme se mostra no Gráfico 
2, a seguir. 
 
 
12 
 
 
Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-
v12?part=2 
Entre 2035 e 2040, haverá mais população idosa numa proporção de 18% su-
perior a de crianças e, em 2050, essa relação poderá ser de 100 para 172,7. (gráfico 
3). 
 
Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-
v12?part=2 
 
 
13 
 
O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais en-
velhecido; fenômeno que, sem sombra de dúvidas, implicará na necessidade de ade-
quações das políticas sociais, particularmente daquelas voltadas para atender às 
crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e assistência social. 
Os ganhos sobre a mortalidade e, como consequência, o aumento da expecta-
tiva de vida, associam-se à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de 
saúde, às campanhas nacionais de vacinação, aos avanços tecnológicos da medicina, 
ao aumento do número de atendimentos pré-natais, bem como ao acompanhamento 
clínico do recém-nascido e ao incentivo ao aleitamento materno, ao aumento do nível 
de escolaridade da população, aos investimentos na infraestrutura de saneamento 
básico e à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades. O aumento da 
esperança de vida ao nascer em combinação com a queda do nível geral da fecundi-
dade resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa. 
5. TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 
Fonte: dietpharma.com.br/blog/a-importancia-da-bengala/O Brasil não é exceção à tendência observada na maioria dos países. Desde a 
década de 60, observam-se os processos de transição demográfica, epidemiológica 
e nutricional no país, que resultam em alterações nos padrões de ocorrência das en-
fermidades. 
 
14 
 
A transição epidemiológica caracteriza-se pela mudança do perfil de morbidade 
e de mortalidade de uma população, com diminuição progressiva das mortes por do-
enças infectocontagiosas e elevação das mortes por doenças crônicas. Além disso, 
apresenta diversidades regionais quanto às características socioeconômicas e de 
acesso aos serviços de saúde. 
A figura a seguir (gráfico 5), apresenta as rápidas mudanças ocorridas no Brasil 
nas últimas décadas, nas quais a mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias 
caiu de 46% (em 1930) para 5,3% (em 2005), enquanto as mortes por doenças e 
agravos não transmissíveis chegaram, em 2005, a representar dois terços da totali-
dade das causas conhecidas. Nos países desenvolvidos, a transição epidemiológica 
transcorreu em um período longo, enquanto nos países em desenvolvimento ocorre 
de maneira rápida, acarretando profundas necessidades de adaptação dos serviços 
de saúde às novas realidades. 
 
 
Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-
v12?part=2 
 
15 
 
6. MORTALIDADE 
Os agravos decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis têm sido as 
principais causas de óbito na população idosa, seguindo uma tendência mundial. 
Quando são analisadas as causas específicas, a doença cerebrovascular ocupa o 
primeiro lugar em mortalidade no país, tanto em idosos quanto na população geral, e 
as doenças cardiovasculares, o segundo lugar. Nos países de alta renda e no mundo 
de uma forma geral, observa-se o inverso quanto a essas duas causas, ou seja, do-
enças cardiovasculares, em primeiro, e doença cerebrovascular, em segundo. 
 
Fonte: www.asiacomentada.com.br/2015/07/atendimento-dos-idosos-no-japo/ 
 
Vários motivos estão implicados nessa discrepância em relação ao restante do 
mundo, provavelmente um dos mais importantes seja a alta prevalência de hiperten-
são arterial na população brasileira e o não tratamento ou o tratamento inadequado 
dessa doença, tendo em vista que a hipertensão arterial é o principal fator modificável 
da doença cerebrovascular. Estes aspectos podem ser apreciados no quadro abaixo 
(tabela 1). 
 
16 
 
 
Fonte: scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742008000400004 
7. MORBIDADE E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
Considerando o conjunto das principais causas de internação hospitalar, ob-
serva-se, também para a morbidade, um predomínio de doenças crônicas não trans-
missíveis. Todavia, a pneumonia, causa específica que ocupa o segundo lugar, não 
se enquadra nesse grupo. Quando se trata de internação hospitalar pelo SUS, várias 
considerações precisam ser feitas: o número de internações é condicionado à oferta 
do serviço, não obstante guarda alguma relação com a ocorrência da enfermidade na 
população; podem haver distorções quanto à notificação da morbidade, tendo em vista 
que o sistema que notifica é o mesmo que remunera o prestador do serviço; nem todos 
os idosos brasileiros são usuários exclusivos do SUS, em média 70% dos idosos bra-
sileiros o são, porém há variações regionais consideráveis, com uma tendência de 
diminuição desses percentuais de Norte para o Sul do país. 
Quando se trata de morbidade em idosos, aspectos da condição de saúde e 
uso dos serviços de saúde na comunidade são extremamente importantes. Ver a ta-
bela 2, abaixo. 
 
17 
 
 
Fonte: www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-
v12?part=2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-v12?part=2
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhHBoAL/atencao-saude-pessoa-idosa-envelhecimento-v12?part=2
 
18 
 
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