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Classificação dos Bens

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QuestOes do CESPE ••••••.••••••••••••••••••••.•••••••••••••••.••••.•••••••••••••••.•••••••••••••••••••••••••••••••••••••.••••••••••••• 34 
Resumo da Materia 31 
Consideracoes Fina is ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.••••••••••• 30 
4. Bens no comercio e fora do comercio 29 
Caracteristicas dos Bens publicos 25 
3.3. Bens dominicais 24 
3.2. Bens de uso especial 23 
[tambern denominados Bens de dominio publico] 22 
3.1 Bens de uso comum do povo 22 
Classificacao dos Bens quanto ao titular do seu dominio (arts. 98 a 103) 21 
3. Dos Bens PUblicos ••••••.•••••.•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 21 
(arts. 92 a 97) .•.....••••..••..•......••...•••...•.........••...•...............••...•...............•....•..........•.........•.......... 15 
2. Dos Bens Reciprocamente Considerados. . 15 
1.5 Bens Singulares e Coletivos 13 
1.4 Bens Divisiveis e lndivisiveis ..•...............•........... . ..................•......................•....................•. 12 
1.2 Bens Fungiveis e Bens I nfungiveis 10 
1.3 Bens Consumiveis e lnconsumiveis . 11 
1.1 Bens lm6veis e Bens M6veis 6 
Das Diferentes Classes de Bens................................................ .. 5 
1. Dos hens considerados em si mesmos (arts. 79 a 91) 5 
Dos Bens •••.•.••••••••••••.•••••.••••••••••••••••••••••.•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 3 
Apresentacao da Aula 03 2 
Cronograma das Aulas . 3 
SU MARIO 
/ 
AULA 03 
Dos Bens. 
DIREITO CIVIL -TRF 1a REGIAO (AJAJ E OJAF} 
Teoria e Questoes 
Aula 03 - Prof" Aline Baptista Santiago 
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(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a 
legislac;ao sobre direitos autorais e da outras providenclas. 
Como voce esta? Muito estudo? Lernbre-se de que o sacriffcio e 
mornentaneo, os frutos serao duradouros! 
Nesta aula vamos conversar sobre os bens, seu conceito e sua grande 
classificacao. Nao sera uma aula muito extensa, mas ela pode se tornar 
complexa, uma vez que envolve uma vasta terminologia, justamente no que diz 
respeito a classificacao desses bens. 
Ola aluno (a)! 
Apresenta~ao da Aula 03 
AULA03 
Dos BENS 
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? rfr "Maso que e um bem?" 
Em sentido amplo, o objeto de direito pode recair sobre coisas, acoes humanas, 
atributos da personalidade e ate mesmo determinados direitos, como, por exemplo, o 
poder familiar ou a tutela. 
Em sentido estrito, o objeto de direito recai sobre os bens - que sao o objeto dos 
direitos reais e tambern determinadas acoes humanas denominadas prestacoes. 
As nossas primeiras aulas versaram sobre as pessoas, as pessoas 
naturais e as pessoas juridicas - que sao os sujeitos de direito. Pois bem, a 
partir de agora vamos estudar o objeto do direito. Pois, todo direito pressupoe 
a existencia de um objeto, que vem a ser justamente aquilo que pode se 
submeter ao poder dos sujeitos de direito e, desta forma, instrumentalizar a 
realizacao de suas pretensces jurfdicas. 
Dos Bens 
AULA03 
Dos BENS 
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Art. 79 -103 Aula 03 Dos Bens. 
Artigos da Lei Topicos abordados no edital Aul as 
17/09/2017 Aula 03 Bens. Diferentes classes. 
Data Topicos abordados no edital Aul as 
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1 Direito Civil Esquematizado, ed. Saraiva, 2a ed. 
2 Curso de Direito Civil Brasileiro, ed. Saraiva, 2sa ed. 
3 Direito Civil I, Parte Geral, ed. Atlas, 11 ed. 
4 Curso de Direito Civil 1, ed. Saraiva, 43 ed. 
~ 0 patrlmonio vem a ser a projecao economica, e tudo aquilo avaliavel 
pecuniariamente (ou seja, que tern avaliacao em dinheiro). 
De acordo com Carlos Roberto Gonc;alves1 - "Bens sao coisas materiais, 
concretas, iiteis aos homens e de expressao econbmice, suscetfveis de 
apropriacao, bem como as de existencie imateria/ economicamente 
eprecisiveis". 
Maria Helena Diniz2, sobre o conceito de bens, diz - "Como bens s6 se 
consideram as coisas existentes que proporcionam ao homem uma utilidade, 
sendo suscetiveis de apropriacao, constituindo, entiio seu petrimonio. 
Compreendem nao SO OS bens corporeos, mas tembem OS incorporeos. 
como as criecoes intelectuais". 
Para Silvio de Salvo Venosa3, sobre o mesmo assunto - "Entende-se por 
bens tudo o que pode proporcionar utilidade aos homens. (. . .) Bem, numa 
concepcso amp/a, e tudo que corresponde a nossos desejos, nosso afeto em uma 
visao nao juridics, No campo juridico, bem deve ser considerado aquilo que 
tem valor, ebstreirido-se daf a no<;ao pecunisirie do termo" 
E, ainda, Washington de Barros Monteiro4 assim lecionava - "Juridicamente 
falando, bens sao valores materiais 2!! imateriais que podem ser objeto de 
uma relafao de direito". 
Independente da problernatica doutrinaria que envolve os conceitos de 
bens e coisas, podemos concluir que hens 1sao coisas concretas como um 
carro, uma casa, uma joia, que possuem valor econornico e que podem ser 
apropriados ao patrlmonlo da pessoa - tanto natural quanta jurfdica, 2mas, 
tamhem, podem ser coisas imateriais, coisas que nao sao concretas, mas 
que tenham uma valoracao econdrnlca, a exemplo da propriedade intelectual. 
, Entao atencaot Integram o patrim6nio das pessoas (fisica cu juridical 
tanto os hens corp6reos - os que tern existencia ffsica (material) e podem ser 
tocados ou sentidos pelo homem, a exemplo dos bens im6veis por natureza - 
como os hens incorp6reos - que sao aqueles que tern existencia abstrata ou 
ideal, sao, portanto, entendidos como abstracoes do direito, possuem existencia 
jurfdica mas nao ffsica, a exemplo das propriedades literaria, cientffica ou 
artfstica. 
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Esta talvez seja a mais importante classificacao (e tarnbern a mais 
extensa). E a classificacao mais importante porque diz respeito a natureza dos 
1. Dos bens considerados em si mesmos arts. 79 a 91 . 
C\ 
qNao se preocupe! Voce logo entendera o que isto quer dizer. © 
A partir deste memento vamos estudar cada uma destas classiflcacoes. 
Cabe antes fazermos uma observacao: cada classificacao baseia-se numa 
caracteristica peculiar do bem, entretanto este bem pode enquadrar-se em 
varias categorias, dependendo das caracterfsticas que serao intrfnsecas a ele. 
O C6digo Civil de 2002 em seu livro II, denominado Dos hens, apresenta 
um Tltulo Unico - Das Diferentes Classes de Bens, entretanto o subdivide em 
tres capitulos: 
1. Dos bens cons derados em si mesmos; 
2. Dos bens reciprocamente considerados; 
3. Dos bens publicos. 
Das Diferentes Classes de Bens. 
Cabe ressaltar que existem determinadas coisas que, podendo integrar o 
patrirnonio de alquern, nao estao ligadas a ninquern, como, por exemplo, e O caso 
das coisas de nlnquern (res nullius} - que sao coisas sem dono, que nunca 
pertenceram a ninquern, como os peixes no mar - e tarnbern das coisas 
abandonadas (res derelictae) - que sao coisas que foram jogadas fora. 
Alern disso, outras coisas nao estarao no patrirnonio de ninquern 
especificamente porque pertencem a todos (a coletividade), como e o caso das 
coisas de uso comum do povo - a exemplo da praia, das pracas e dos parques 
publicos. 
Lembre-se de que quando vimos os direitosda personalidade, 
na aula 01, falamos que uma das caracterfsticas destes direitos 
era justamente o fato de serem extrapatrimoniais, porque nao 
eram passfveis de avaliacao pecuniaria (o que somente ocorria 
com a sua projec;ao econernica). Neste sentido e que surge a 
definicao que o patrim6nio e a projecao econ6mica da 
personalidade. 
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5 Entende-se por acessao aquilo que se incorpora, que se junta, podendo ocorrer de forma 
natural ou artificial. 
_.. 
- imoveis por acessao5 natural: aqui estao inclufdas as arvores com seus 
frutos, desde que ainda pendentes (enquanto nao se destacarem da arvore): as 
aguas, as pedras, as fontes (naturais). Enfim, tudo que for ligado ao solo de 
forma natural entra nesta classificacao. 
_.. 
- imoveis por natureza: e im6vel por natureza o solo, inclufdos a sua 
superffcie o seu subsolo e o seu espaco aereo. 
Deste modo, os bens im6veis - tarnbern conhecidos como bens de raiz, 
sao os que, absolutamente, nao podemos transportar ou remover, sem 
alteracao de sua substancia. 
De acordo com o artigo visto acima, sao considerados bens im6veis o solo 
e tudo o que lhe for acrescentado, de forma natural ou artificial. 
Assim, os bens im6veis podem ser classificados, subdivididos em: 
Art. 79. Sao bens im6veis o solo e tudo quanto se /he incorporar natural ou 
artificialmente. 
Baseia-se na efetiva natureza do bem . 
.-, Bens im6veis 
Assim esta no art. 79 do CC: 
1.1 Bens Im6veis e Bens M6veis. 
Singulares ou 
Coletivos 
Divisiveis ou 
lndivisiveis 
onsurnrvers 
OU 
Fungiveis ou 
lnfungiveis 
M6veis ou 
lm6veis 
Bens considerados em si mesmos 
bens. Neste sentido os bens podem ser: im6veis ou m6veis; fungfveis ou 
infungfveis; consumfveis ou inconsumfveis; divisfveis ou indivisfveis; e singulares 
ou coletivos. 
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C\ 
qE muito importante que os bens sejam classificados em m6veis e im6veis 
porque de acordo com esta classificacao decorrerao seus efeitos. 
"Nao entendi bem por que desta importancia dada a 
classificafaO dos bens em moveis: OU imoveis?" 
80 que e considerado para saber se um bem e m6vel cu im6vel e sua 
finalidade, o destino final. Por exemplo, quando uma casa vai ser demolida e dela 
sao retiradas as portas e as janelas quando isso acontece as portas e as janelas 
readquirem sua qualidade de bem m6vel, quando forem reutilizados, em outra 
casa, serao novamente bens im6veis. Explicando especificamente o art. 81, ~ 
separacao for provis6ria, segundo o inciso II do art. 81, os materiais nem 
chegam a perder a qualidade de im6veis desde que a finalidade seja o 
reemprego no mesmo pred o. 0 inciso I se refere, por exemplo, aquelas situacoes 
mais comuns em outros pafses, onde uma casa (normalmente de madeira) e 
transportada com toda a sua estrutura ( conservando a sua unidade). 
Art. 81. Nao perdem o cereter de imoveis: 
I - as edifica~oes que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um predio, para nele se 
reempregarem. 
Diante do que falamos acima, observe, no entanto, o que dispoe o art. 81 
do CC: 
_. 
- imoveis por acessao artificial ou industrial: incluem-se nesta 
categoria tudo que o homem incorporar permanentemente ao solo. Por isso 
chama-se artificial, porque nao veio da natureza e sim do homem. Como 
exemplos, temos as plantacoes e as construcoes. Enquanto sao, por exemplo, 
sementes ou, entao, materiais de construcao, sao bens m6veis, mas uma vez 
incorporado ao solo se tornam bens im6veis por acessao industrial ou artificial - 
visto que (como falamos) sua incorporacao nao veio naturalmente. 
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Sao, portanto, coisas corp6reas que podem se movimentar (por force 
pr6pria ou alheia) sem que esta capacidade de rnovirnentacao prejudique ou 
altere a sua essencia ou o seu valor comercial. 
Pod em ser classificados em: 
)) moveis por natureza: e o mesmo conceito de bem m6vel utilizado acima, 
de acordo com o art. 82. Sao aqueles bens que podem ser transportados de um 
lugar para outro, por force pr6pria ou de terceiro, sem prejudicar sua substancia 
e sem alterar sua destinacao econ6mico-social. Podem ser: semoventes - sao os 
que se movimentam por sua pr6pria force, como os animais; e m6veis 
Art. 82. Sao m6veis os bens suscetiveis de movimento proprio, ou de remociio por 
torce alheia, ~ alteraqao da substsncie ou da destineciio econornico-sociel. 
.-, Bens M6veis 
Assim esta no art. 82 do CC: 
No art. 80 temos a atrlbulcao da caracteristica de hem im6vel a um 
bem que por sua natureza nao o e. 
Os direitos sao coisas imateriais e, por este motivo, nao entram 
diretamente na classificacao de bens m6veis ou im6veis. Entretanto, tendo em 
vista a seguranc;a das relacoes jurfdicas, os direitos reais sobre im6veis sao 
tratados como se fossem im6veis. 
E, dada a natureza de bem im6vel de que se revestem os direitos 
hereditarlos, a cessao desses direitos quando ja aberta a sucessao, deve ser 
feita por instrumento publico. OBS: A heranc;a mesmo que composta de hens 
m6veis sera considerada hem im6vel • 
_.. 
- imoveis por determinacao legal: 
Art. 80. Consideram-se imoveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre im6veis e as aqoes que os asseguram; 
II - o direito a sucessiio aberta. 
Vamos explicar melhor. Os bens meveis sao adquiridos, em 
regra, por tradic;ao (ou seja, pela simples entrega da 
coisa), ja os bens imeveis de valor superior ao legal 
precisam de escritura publica e registro no Cart6rio de 
Registros de Im6veis. 
~ 
~TOMENOTA! 
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6 Caio Mario da Silva Pereira, Instituicoes de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 2sa ed. 
7 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., paq, 196. 
)) m6veis por antecipacao: sao aqueles bens que foram incorporados ao 
solo, mas com a intencao de oportunamente separa-Ios, transformando-os, 
assim, em bens m6veis (isto em funcao da finalidade economica). Por exemplo, 
sao m6veis por antecipacao arvores abatidas para serem convertidas em lenha, 
ou as casas vendidas para serem demolidas. 
"Da mesma forma que as ervores, tembem os frutos, pedras e metais enquanto 
aderentes ao im6vel sao im6veis; separados para fins humanos tornam-se 
m6veis. Sao os chamados bens m6veis por entecipecso", 7 
Vamos agora tecer algumas considerecoes sobre o art. 84: 
a.. 
Quanto ao inciso I, as energias sao: o gas - que pode ser transportado por 
tubulacao ou em botijao, e tarnbern a energia eletrlca, que embora nao tenha 
a mesma corporalidade do gas, e bem m6vel. Neste sentido, Caio Mario da Silva 
Pereira6 afirmava: 
"No direito moderno qualquer energia natural, eletrice inclusive, que tenha 
valor econbmico, considera-se bem move!". (grifos nossos) 
Quanto aos direitos tratados no inciso II, eles compreendem tanto o gozo 
quanto a fruic;ao sobre objetos m6veis e tarnbern as ac;oes a eles 
correspondentes. 
Quanto ao inciso III, que trata dos direitos obrigacionais pessoais de carater 
patrimonial e suas respectivas acoes, este inclui, dentre outros, a propriedade 
intelectual e as cotas de capital de uma empresa. 
)) m6veis por determinacao legal: 
Art. 83. Consideram-se moveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor economico; 
II - os direitos reais sobre objetos m6veis e as a<;oes correspondentes; 
III - os direitos pessoais de cereter patrimonial e respectivas a<;oes. 
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propriamente ditos- sac os que precisam da force alheia para se locomover, 
como moedas, mercadorias, produtos agrfcolas. 
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Art. 586. o miituo e o emprestimo de coisas fungfveis. o mutuerio e obrigado a restituir 
ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo genera, qualidade e quantidade. 
Como principal exemplo de coisa fungfvel, nos temos o dinheiro - que 
e o bem fungfvel por excelencia. Qualquer nota de R$ 10,00 pode ser substitufda 
por outra de R$ 10,00. Ambas apresentam as mesmas caracterfsticas, sao da 
mesma especie, qualidade e quantidade. Outro exemplo e o atribufdo aos generos 
alimentfcios em ge al. 
Ser fungfvel e atributo exclusive dos bens movels, O rnutuo ( especie de 
ernprestirno) e um exemplo do emprego de um bem fungfvel. A cornpensacao 
(forma de pagamento especial de pagamento) tarnbern devera englobar coisa 
fungfvel. 
-- Bens Fungiveis (Substituiveis) 
O CC em seu art. 85 nos fala o que sao os bens fungfveis: 
Art. 85. Sao fungfveis os movel« que podem substituir-se por outros da mesma 
especie, qualidade e quantidade 
1.2 Bens Fungiveis e Bens Infungiveis 
Cuidado! Os materiais vindos da dernolicao de um predio 
readquirem a qualidade de bens m6veis, entretanto, quando 
a separacac for provisoria (como ja explicamos), estes nao 
perderao sua caracteristica de bem im6vel quando a lntencao 
for reutiliza-los na reconstrucao do predio. o que vale ea 
intencao do dono da coisa (isto devera estar bem explicado na 
questao da prova). 
Este artigo endossa o que ja foi visto anteriormente. 0 que se considera 
neste tipo de classificacao e a finalidade da separacao e a destinacao dos 
materiais (o seu emprego). 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construciio, enquanto nao forem 
empregados, conservam sua qualidade de m6veis; readquirem essa qualidade os 
provenientes da demolidio de a/gum predio. 
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8 Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil I, 43 ed., paq, 199. 
Os consumiveis de fato - que sao aqueles que no seu primeiro uso ja 
serao consumidos, ou seja, ha a destruicao imediata da pr6pria substancia, como 
um picole ©, por exemplo; 
Os consumiveis de direito - que decorrem de uma classificacao jurfdica. 
Sao aqueles bens destinados a venda (alienacao ), como os remedies de uma 
Deste conceito podemos perceber que existem duas especies de bens 
consumfveis: 
Art. 86. Sao consumfveis +os bens m6veis cujo uso importa destrui~ao imediata da 
pr6pria substencie, 2sendo tembem considerados tais os destinados a alienaqao. 
-Bens Consumiveis 
Seu conceito esta no art. 86 do CC: 
1.3 Bens Consumiveis e Inconsumiveis 
.-, Bens Infungiveis 
A contrerio sensu dos bens fungfveis, temos que os bens infungfveis sao 
aqueles que nao podem ser substitufdos por outros da mesma especie, qualidade 
e quantidade. Ou seja, sao aqueles que sao unicos, sao personalizados. Como 
exemplo, temos um determinado quadro ou uma escultura de alquern famoso. 
t1 Aten,;ao: para saber se um bem possui a caracteristica da fungibilidade, 
devemos comparar com outro que seja equivalente Pois a fungibilidade deriva 
da pr6pria natureza do bem. No entanto, pode acontecer de um bem, que por 
sua natureza seja fungfvel, tornar-se infungivel por vontade das partes. 
Pode ser o exemplo de uma moeda que e um bem fungfvel, mas que para um 
colecionador pode tornar-se infungfvel. Outro exemplo, uma cesta de frutas e 
coisa fungfvel, mas, emprestada ad pompam ve/ ostentationem, ou seja, para 
ornamentacao, transforrnar-se-a em co sa infungfvel. 8 
DICA PARA MEMORIZAR que fungivel e o mesmo que 
substituivel, sendo caracterfstica apenas dos bens meveis: 
FUnGI e SUBi no autoMOVEL. © 
3TOMENOTAI 
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,-. Bens Divisiveis 
Seu conceito jurfdico esta no art. 87 do CC: 
Art. 87. Bens divisfveis sao os que se podem fracionar sem altera~ao na sua 
substencie, diminui~ao considerevel de valor, ou prejuizo do uso a que se destinam. 
Portanto, bens divisfveis sao aqueles que podem ser partidos, ou 
repartidos, sem que com isso se perca sua substancia, alern disso, importa que 
esta divisao tarnbern nao implique a sua desvalorizacao econornica. Por exemplo, 
se pegarmos um saco de arroz de 20 kg e dividirmos em 4 sacos de Skg cada, 
cada frac;ao conservara as mesmas qualidades do produto, ou seja, ainda 
sera arroz, podendo ter a mesma utilizacao do todo, uma vez que nao houve 
nenhuma alteracao de sua substancia. (1X20KG = 4XSKG ©). A divisibilidade 
jurfdica nae se confunde com a divisibilidade fisica, para aquela o entendimento 
1.4 Bens Divisiveis e Indivisiveis 
Atenc;ao! Um bem pode ser consumfvel por sua pr6pria natureza 
ou, entao, por vontade das pessoas. Varnes a um exemplo: uma 
roupa, se voce considera-la na sua essencia, concluira que se trata 
de um bem inconsumfvel, tendo em vista que, em regra, ira 
demorar a se acabar. Porern, quando esta roupa esta em uma loja 
para ser vendida sera considerada um bem consumfvel, o mesmo 
ocorre com um livro enquanto na livraria, exposto para venda 
( como visto anteriormente, sao os chamados consumiveis de 
direito). Tudo dependera da destinac;ao economico-juridica 
que sera dada ao bem. 
,-. Bens Inconsumiveis 
Sao aqueles bens que podem ser usados de forma continuada e mesmo 
assim nao perderao sua substancia, nem serao destrufdos. Claro que, se 
analisarmos rigorosamente, toda coisa um dia ira se consumir, acabar-se, mas, 
aqui, o que levamos em consideracao e se esta destruicao se da no primeiro uso 
OU nao. 
Aten9ao!! Consuntibilidade e caracterfstica de algo que e 
consumivel. 
~nu 
\J!}ATENTOI 
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loja, enfim os bens enquanto destinados a farrnacia, um livro posto em uma 
alienacao. 
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Art. 89. Sao singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, 
independentemente dos demais. 
.-, Bens Singulares 
Assim esta no art. 89 do CC: 
1.5 Bens Singulares e Coletivos 
8se a indivisao for promovida, entao, pelo doador ou pelo testador, nao 
podera exceder de cinco anos. 
~ Por vontade das partes (indivisibilidade convencional), quando as partes 
fazem um acordo para tornar alguma coisa indivisfvel. Cuide, no entanto que, de 
acordo com o art. 1.320, § 20: 
"Nao podere exceder de cinco anos a indivisiio estabelecida pelo doador ou pelo 
testador''. 
.-, Bens Indivisiveis 
Indivisfveis sao os bens que se opoe a definicao de bens divislveis, alern 
disso, o art. 88 do c6digo civil dispoe o seguinte: 
Art. 88. Os bens naturalmente divisiveis podem tornar-se indivisiveis 1.por 
determina~ao da lei !l.!!. 2por vontade das partes. 
ePortanto, de acordo com o artigo, OS bens podem ser indivisiveis por: 
~ Sua pr6pria natureza (indivisibilidade fisica ou material) - sao aqueles 
bens que nao podem ser partidos sem alteracao na sua substancia ou no seu 
valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. 
~ Por determinacao legal (indivisibilidade jurfdica), quando a lei de forma 
expressa profbe que determinado bem seja dividido. Como exemplo, veja o CC 
art. 1.791, paraqrafo unico: 
"Ate a pertilhe, o direito dos coerdeiros, quanto a propriedade e posse da herence, 
sere lndivisivel, e reauter-se-e pelas normas relativas ao condomfnio". 
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que precisamos ter e o de que lkg de arroz dentro do saco de 20 kg equivale a 
lkg de arroz dentro do saco de Skg, nao ha nem desvalorizacao economice nem 
prejufzo do uso . 
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Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexode rela~oesjuridicas, de uma 
pessoa, dotadas de valor economico. 
------- 
)) Universalidades de Direito 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, 
pertinentes a mesma pessoa, tenham destina~ao uniterie, 
Como exemplo, temos uma galeria de obras de arte, onde, dependendo da 
vontade de seu dono, pode ser vendida a totalidade da universalidade, ou ainda, 
de acordo com o § unico do art. 90, cada bem pode ser considerado 
individualmente e vendido separadamente. 
Art. 90. § unico. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de retecoes 
Jurfdicas pr6prias. 
As coisas coletivas ou universais sao as formadas por vanas coisas 
singulares, que consideradas conjuntamente, formam um todo unico que passa 
a ter uma identidade pr6pria, distinta das partes que a compoe. Como 
exemplo classico, temos uma floresta ou um rebanho. 
Os hens coletivos abrangem as universalidades: 
)) Universalidades de Fato 
.-, Bens Coletivos 
Como exemplo de partes integrantes, nos temos as pecas usadas para 
fabricar um autornovel, pois uma vez separadas rnantern seu "valor" e identidade. 
Como exemplo de partes componentes, nos temos a farinha quando colocada 
em um bolo, uma vez utilizada nao se pode separar, e componente . 
Quando junta-se coisas simples para formar uma corsa composta, e estas 
coisas simples mantem a sua identidade elas se denominam partes 
integrantes. Quando as coisas simples perdem sua identidade ao se juntarem 
para fazer a coisa composta elas se denominam partes componentes. 
Para esta classificacao os bens sao analisados em sua individualidade, 
como exemplo, serao bens singulares: um boi, um lapis, um carro, uma casa. 
Os bens singulares podem ser: simples - quando suas partes sao unidas 
pela pr6pria natureza, como o exemplo o boi; ou podem ser compostos - 
quando suas partes sao unidas pelo esforco do homem, como um carro, uma 
casa. 
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Art. 92. Principal e o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; 
acessorio, aquele cuja existencia supoe a do principal. 
Logo no art. 92 temos a deflnicao do que e um bem principal e do que e 
um bem acess6rio: 
Acess6rios Principais 
I 
Bens reciprocamente considerados 
Depois de estudarmos os bens quanto a sua pr6pria natureza ( com relacao 
a eles mesmos), vamos passar ao estudo dos bens em sua relacao entre uns e 
outros. Neste item veremos os bens principais e os bens acess6rios, alern dos 
conceitos de frutos, de produtos, de benfeitorias e pertenc;as. 
2. Dos Bens Reciprocamente Considerados 
{arts. 92 a 97). 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova: 
f~] FCC 2006/TRE-SP / Analista Judiciario - Area Administrativa. Com 
relacao a classificacao dos bens adotada pelo C6digo Civil Brasileiro, e correto 
afirmar: Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, 
pertinentes a mesma pessoa, tenham destinacao unitaria. 
Gabarito correto. 
A diferenc;a basica entre uma universalidade de fato e uma 
universalidade de direito e que a universalidade de fato assim o e 
por uma vontade particular de seu proprietario, enquanto que uma 
universalidade de direito advem da lei, ou seja, "da pluralidade 
de bens corp6reos e incorp6reos a que a lei, para certos efeitos, 
atribui o carater de unidade, como, por exemplo: na heranca, 
no patrirnonlo, na massa falida." 
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Como principal exemplo nos temos o patrirnonio. 
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e Varnes ao estudo destas tres figuras, OS frutos, OS produtos e as 
benfeitorias! 
Art. 95. Apesar de ainda nao separados do bem principal, os frutos e produtos podem 
ser objeto de neg6cio jurfdico. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptueries, uteis ou necesseries. 
Com relacao as classes de hens acess6rios, assim dispfiem os arts. 95 
e 96: 
uma 
esta 
))) o proprietario do principal e o proprletario do acess6rio, se 
pessoa possuir uma bananeira (pr ncipal) as bananas (acess6rios) que 
arvore vier a dar serao tarnbern suas. 
Da regra que conhecemos acima, decorrem as seguintes consequencias: 
))) A natureza do acess6rio e a mesma natureza do principal, principio 
da gravitac;ao juridica, onde, um bem atrai o outro para sua 6rbita 
estabelecendo o mesmo regime juridico (bonito isso, ne? ©). Assim, se o solo e 
im6vel a casa que esta ligada a ele tarnbern O e. 
))) O acess6rio acornpanhara o principal em seu destino, deste modo, se 
num contrato de locacao (principal), existir um contrato acess6rio, como e a 
fianc;a, uma vez acabado o contrato de locacao, se extinquira tarnbern ode fianca, 
que e acess6rio. Cuidado que, no entanto, a redproca nao e verdadeira, se o 
contrato acess6rio se extinguir nao atinqira necessariamente o contrato principal. 
Assim, principal e o bem que possui existencia pr6pria, que existe por si, 
independentemente de outros. Ja o bem acess6rio dependera da existencia do 
principal. 
Como consequencia imediata desta distincao que acabamos de fazer, temos 
que o bem acess6rio segue o destino do principal - esta e a regra. (Para 
que isso nao acontec;a sera necessario que seja assim acordado ou, entao, que 
esteja previsto em algum dispositivo legal). 
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Ja o possuidor de rna-fe nao tern direito aos frutos, devendo restituir os 
colhidos e percebidos: 
Art. 1.216. O possuidor de ma-fe responde por todos os frutos colhidos e percebidos, 
bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se 
constituiu de me-te; tem direito as despesas da produqao e custeio. 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fe tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos. 
Pereqreto iinico. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boe-Ie devem ser 
restitufdos, depois de deduzidas as despesas da produdio e custeio; devem ser tembem 
restitufdos os frutos colhidos com entecipeciio. 
Esta classificacao dos frutos e importante no que diz respeito aos efeitos 
com relacao a posse das coisas. De acordo com o art. 1.214 do CC, o possuidor 
de boa-fe tern direito aos frutos percebidos, enquanto a posse durar, mas 
nao tern direito nem aos pendentes nem aos colhidos por antecipacao. 
Sao as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com isso, sofrer 
alteracao em sua substancia, Como exemplos, o leite das vacas e as frutas que 
uma arvore da. Para se reconhecer um fruto devemos observar tres elementos: 
periodicidade; inalterabilidade da substancia da coisa principal e a 
separabilidade desta. 
•Quanto a sua origem os frutos podem ser naturais - quando se 
desenvolvem e se renovam periodicamente pela pr6pria force orqanica da pr6pria 
coisa; industriais - sao aqueles que tern a sua origem vinculada a alguma ac;ao 
humana sobre a natureza; civis - quando se tratar de rendimentos oriundos da 
utilizacao de coisa frutffera por outrem que nao o proprietario. Como exemplos 
de frutos naturais, citamos: os ovos e as crias dos animais. Dos frutos 
industriais temos a producao de uma fabrica. Como exemplo de frutos civis, 
temos o aluguel. 
•Quanto ao seu estado os frutos podem ser pendentes - enquanto 
ainda estao ligados a coisa que os produziu; percebidos ou co/hidos - quando 
ja separados da coisa que os produziu; estantes - os que foram separados e 
estao armazenados ou acondicionados para a venda; percipiendos - os que 
deveriam ter sido percebidos ou colhidos mas nao foram; e consumidos - os 
que nao mais existem porque foram consumidos. 
~Os Frutos: 
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2. Benfeitorias Uteis - sao as que aumentam ou facilitam o usoda coisa. 
Esta prevista no § 20 do art. 96: 
Art. 96. § 20. Sao uteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
O que nao for benfeitoria necesseria e que aumente o valor do bem sera 
considerado benfeitoria util, Como exemplos podemos citar a construcao de uma 
garagem ou de mais um banheiro em uma casa ou, entao, a modernizacao de 
encanamentos. 
Como exemplos, n6s temos o referee de fundacoes de um predio ; uma cerca de 
arame farpado para defesa da terra cultivada. 
~ Portanto, existem tres tipos de benfeitorias: 
1. Benfeitorias Necessarias - sao aquelas destinadas a conservacao do bem, 
para evitar que este se deteriore. Estee prevista no § 30 do art. 96: 
Art. 96. § Jo. Sao necesseries as que tern por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore. 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voiuptueries, uteis ou necesseries. 
~ As Benfeitorias: 
Tarnbern sao consideradas bens acess6rios. Sao aqueles melhoramentos 
acrescidos a coisa com a 1finalidade de evitar que se deteriore, .Q.Y 2para 
aumentar seu valor .QY. com a finalidade de 3torna-la mais vistosa ou 
aqradavel. Deste modo, as benfeitorias sao obras ou despesas que se faz em 
bem, m6vel ou im6vel, para 1conserva-lo, 2melhora-lo ou 3embeleza-lo. 
~Os Produtos: 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do 
principal diminuindo-lhe a quantidade, porque nao se reproduzem 
periodicamente. Como os metais, por exemplo. 
Atencso: os produtos quando sao utilidades que provern de uma riqueza, postos 
em utilidade econornica, seguem a mesma natureza dos frutos. Assim, os 
produtos devem ser tratados, no que diz respeito aos possuidores de boa-fe pelo 
mesmo art. 1.214 do CC. 
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9 Nelson Nery Junior, C6digo Civil Comentado, sa ed., paq, 296. 
Pertenca e, portanto, um hem que e acrescido a outro, que e o principal, 
sem, no entanto, ser parte integrante deste. 
Art. 93. Sao pertences os bens que, nao constituindo partes integrantes, se destinam, 
de modo duradouro, ao uso, ao servico ou ao aformoseamento de outro. 
Estao normatizadas no art. 93: 
~Perten~as 
Agora vamos falar sobre as pertencas. Pertencas sao coisas auxiliares 
das outras. Diferentemente do que ocorre na regra do acess6rio, as pertencas 
nao estao ahrangidas nos neg6cios juridicos pertinentes ao hem 
principal. 
"Nao se confundem necessariamente, com as coises acess6rias, visto que a 
defini<;ao de "perterice nao pressupbe que sua existencie esteja subordinada a 
do principal. ,,g 
As benfeitorias sao obras ou despesas feitas em bem ja 
existente. 
As acessees industriais sao obras que criam coisas novas. 
As acessoes naturais sao acrescimos decorrentes de fatos 
naturais e fortuitos. Sao, portanto, obras exclusivas da natureza, 
quern lucra e o dono da coisa. Assim disp6e o art. 97. 
Art. 97 Nao se consideram benfeitorias os melhoramentos ou 
ecrescimos sobrevindos ao bem sem a intervencao do proprieterio, 
possuidor ou detentor. 
I i 
' r; 9TOME NOTAI ..... 
Atenc;ao para nao misturar os conceitos de benfeitorias, acess6es 
industriais e acess6es naturais. 
Art. 96. § 1 o, Sao voluptueries as de mero deleite ou recreio, que nao aumentam o uso 
habitual do bem, ainda que o tornem mais eqredeve! ou sejam de elevado valor. 
Como exemplos, podemos citar: a pintura da casa; a construcao de uma quadra 
de tenis, ou de uma piscina, ou de um mirante. 
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3. Benfeitorias Voluptuarias - sao aquelas feitas para o prazer, nao aumentam 
o uso habitual da coisa, ainda que a tornem mais aqradavel e seu valor seja 
elev ado. Estao normatizadas no § 1 o do art. 96: 
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10 Parte integrante sao os frutos, os produtos e as benfeitorias. 
11 Pela banca ESAF. 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova: 
f~] FCC 2016 / TRT - 1a REGI.AO (RJ) / Juiz do Trabalho Substituto. Sobre 
os bens reciprocamente considerados, e de acordo com o que estabelece o C6digo 
Civil: Sao pertencas os bens que, nao constituindo partes integrantes, se 
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao service ou ao aformoseamento de 
outro. E nao se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acrescirnos 
sobrevindos ao bem sem a intervencao do proprietario, possuidor ou detentor. 
Gabarito correto. 
Assim, as pertenc;as nao obedecem a regra de que o acess6rio segue o 
principal, porque sao coisas que nao formam partes integrantes e tarnbern nao 
sao fundamentais para a utilizac;ao do bem principal. 
~ Parte integrante e o acess6rio que, unido ao principal, forma com ele um 
todo, sendo desprovida de existencia material pr6pria, embora mantenha sua 
identidade. Exemplo de parte integrante ja citado em provas-! foi o dos dutos e 
estac;oes de compressao de um gasoduto. 
O art. 94 traz a distincao entre parte inteqrante-? e pertencas: 
Art. 94. Os neg6cios Jurfdicos que dizem respeito ao bem principal nao abrangem as 
pertences, salvo se o contrerio resultar da sIei, da 2manifesta~ao de vontade, ou 
das 3circunstancias do caso. 
Atenc;ao! As pertenc;as nao se confundem com as coisas 
acess6rias, visto que a definicao de pertenc;a nao pressupce 
que sua existencia esteja subordinada a do principal. 
~ FIOUE 
~ATENTO! 
Sao pertencas, todos os bens m6veis ajudantes, que o dono, por sua 
vontade e querer, colocar na exploracao industrial ou economlca de um 
im6vel, no seu embelezamento ou na sua comodidade. Sao coisas auxiliares das 
outras. Sao coisas m6veis que sao pastas de modo estavel a service de outras 
coisas m6veis ou, entao, im6veis. Como exemplos, podemos citar: a moldura de 
um quadro que e usado na sala de uma residencia; os tratores que sao usados 
para melhorar a exploracao de propriedade rural. 
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I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e preces; 
II - os de uso especial, tais como edificios ou terrenos destinados a service ou 
estabelecimento da edministreciio federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os 
de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o petrimonio das pessoas Jurfdicas de direito 
publico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
O art. 99 traz a classlflcacao dos hens publicos, ela se baseia no modo 
como esses hens sao utilizados: 
Art. 99. Sao bens publicos: 
Deste modo, sao bens publicos os de domfnio nacional pertencentes a 
Uniao, aos Estados, aos Territories ou aos Municfpios e as outras pessoas jurfdicas 
de direito publico interno. Todos os outros, os que tiverem, por exemplo, como 
titular de seu dornlnio pessoa natural ou pessoa jurfdica de direito privado, 
serao bens particulares. 
Art. 98. Sao 1pub/icos os bens do domfnio nacional pertencentes as pessoas Jurfdicas 
de direito pubtico interno; todos os outros sao 2particulares, seja qua/ for a pessoa a 
que pertencerem. 
Particulares Publicos 
1- 
Bens quanta ao titular de seu dominio 
Os bens quanto a sua titularidade ou em relacao aos sujeitos a que 
pertencem (em relacao as pessoas) classificam-se em 1hens publicos e 2hens 
privados. 
O art. 98 traz a conceituacao dos bens publicos e dos bens particulares. 
Classificac;ao dos Bens quanto ao titular do seu dominio 
(arts. 98 a 103). 
3. Dos Bens Publicos. 
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12 Caio Mario da Silva Pereira, Instituicdes de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 2sa ed., pag. 
368. 
Explicando melhor: Todos tern acesso a estes bens, podendo o acesso 
ocorrer gratuitamente ou nao. Como exemplo temos as ruas, as estradas, as 
pracas, os jardins publicos, o mar. "Via de regra, suautiliza<;ao e permitida ao 
povo, sem restricbes e sem onus 12, ou seja, o acesso e permitido a toda 
coletividade, no entanto, nada impede que a utilizacao deste bem possa ser 
cobrada, desde que regulamentada. 
Assim, bens de uso comum do povo, sao bens que, embora mantidos sob 
gestao da adrnlnlstracao publlca - uma pessoa jurfdica de direito publico 
interno, podem ser utilizados, sem restricao, gratuita ou onerosamente, por 
todos, sem necessidade de qualquer perrnissao especial. Pertencem a 
coletividade (res communes omnium), tarnbern podem ser denominados bens 
de domfnio publico e se destinam ao uso de todos. 
Mesmo se regulamentos administrativos condicionarem ou restringirem o 
seu uso a certos requisites ou mesmo se institufrem pagamento de contribuicao 
(uso retribuido), nae perdem a natureza de bens de uso comum do povo, como 
exemplo disto temos: o pedaqio, nas estradas; a venda de ingresses, em museus 
publicos; a taxa de embarque, em aeroportos, a taxa de ancoragem, em portos. 
Art. 99. Sao bens oubticos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e preces; 
A primeira observacao que devemos fazer e de que os bens de uso comum 
do povo citados no art. 99, I, sao meramente exemplificativos, porque neles nao 
se exaurem, ou seja, ha outros alern dos citados. 
Sao os bens publicos que podem ser utilizados, sem restricoes, de forma 
gratuita ou onerosa, por todos, sem necessidade de qualquer perrnissao especial, 
ou seja, se destinam ao uso de todos. 
3.1 Bens de uso comum do povo 
tambern denominados Bens de dominio ublico . 
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Portanto, os hens publlcos de acordo com sua destinacao foram 
classificados em tres categorias: 1bens de uso comum do povo, 2bens de uso 
especial, 3bens dominicais. 
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13 Citac;ao em Ministro Cezar Peluso, C6digo Civil Comentado, Doutrina e Jurisprudencia, Manole, 
5a ed., pag. 90. 
Art. 99. Sao bens publicos: 
Como o pr6prio nome diz bens de uso especial sao os bens que possuem 
uma destlnacao especial, bens que sao utilizados pelo pr6prio poder publico 
para a execucao de seus services publicos. Por exemplo, os predios onde estao 
instaladas reparticoes publicas e os predios de escolas publicas. Constituem o 
aparelhamento administrativo, assim, sao afetados a um service ou 
estabelecimento publico, ou seja, destinam-se especialmente a execucao dos 
services publicos e, por isso mesmo, sao considerados instrumentos deste 
service. Sao os ediffcios e terrenos aplicados ao funcionamento da adrninistracao. 
Nao integram propriamente a Adrninistracao, mas constituem (como ja falamos) 
o aparelhamento administrativo. 
3.2. Bens de uso especial. 
a 
qA situacao jurisprudencial descrita se refere a uma ac;ao de reinteqracao de 
posse movida pela Uniao contra uma empresa privada que construiu em terreno 
de marinha sem a devida autorizacao para a ocupacao. 
~Sobre os bens de uso comum do povo citamos esta jurisprudencia!": 
Administrativo. Aqao de reinteqreciio de posse. Estabe/ecimento comercia/ 
construfdo em terreno de marinha. Ocupaqao irregular. Mesas e cadeiras em area 
de praia. Bem da Uniao de uso comum do povo. Impossibilidade de ocupecso por 
particular. Demotidio, com direito a Indenizeciio. Boa fe do ocupante. Cobrerice 
de mu/ta prevista na Lein. 9. 636/98. Impossibilidade Irretroatividade. (TRF, sa 
Regiao, AP. n. 2002.800.000.13756/AL, rel. Des. Frederico Pinto de Azevedo, j. 
05.07.2007). 
... 'Q'', - - , ... 
Veja que o uso do bem ate pode ser franqueado (o usuario e o povo), mas 
o domfnio sobre o bem continua sendo da pessoa jurfdica de direito publico. 
Art. 103. O uso comum dos bens publicos pode ser gratuito !lJ!. retribuido, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja edministrecso pertencerem . 
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14 Hely. Dir. Administrativo, p. 520. Em Nelson Nery Junior, C6digo Civil Comentado, Revista dos 
Tribunais, sa ed., paq, 298. 
15 Caio Mario da Silva Pereira, Instituicoes de Direito Civil, Volume I, Ed. Forense, 2sa ed., paq. 
369. 
16 Carlos Roberto Gonc;alves, Direito Civil Esquematizado, Saraiva, 2a ed., pag. 249. 
"Nao entendi bem, o que o §unico do artigo 99 quer dizer?" 
Art. 99. Paraqrafo unico, Nao dispondo a lei em contrario, consideram-se 
dominicais os bens pertencentes as pessoas jurfdicas de direito publico a que se tenha 
dado estrutura de direito privado. 
? 
rfT 
III - os dominicais, que constituem o petrimonio das pessoas jurfdicas de direito publico, 
como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades. 
Art. 99. Sao bens publicos: 
Sao os bens que cornpoern o patrirnonio da Uniao, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municfpios. Abrangem tanto bens im6veis quanta bens m6veis. Sao 
aqueles que, embora integrando o domfnio publico, diferem dos outros bens 
publicos pela possibilidade, sempre presente, de serem utilizados em qualquer 
fim ou, mesmo, alienados pela Adrninistracao, se assim o desejar. Constituem o 
patrirnonio disponfvel e alienavel da pessoa jurfdica de direito publico. "Sobre eles 
o poder publico exerce poderes de proprietario"16• Sao bens que nao sao 
afetados a qualquer destino publico. Como exemplos, temos as terras devolutas, 
oficinas, fazendas e industries pertencentes ao Estado. 
3.3. Bens dominicais. 
Sao tarnbern chamados bens patrimoniais indisponfveis, pois possuem uma 
finalidade publics permanente14. Para finalizar o tema assim lecionava o saudoso 
Caio Mario da Silva Pereira15: "E, quando nao mais se prestem a finalidade a que 
se destinam, e facultado ao poder pubiico proprieterio /evantar a sua condidio de 
inalienabilidade, e expo-Jo a aquisiqao, na oportunidade e pe/a forma que a lei 
prescrever". 
II - os de uso especial, tais como edificios ou terrenos destinados a service ou 
estabelecimento da edministredio federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias; 
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17 Regina Sahm. Em, Costa Machado, C6digo Civil Interpretado, Manole 2012, sa ed., pag. 126. 
Art. 102. Os bens publicos nao estso sujeitos a usucepiiio. 
~ .. A segunda caracterfstica e a imprescritibilidade das pretensoes a eles 
relativas. Deste modo os bens publicos nao podem ser adquiridos por usucapiao, 
de acordo com o art. 102: 
Art. 101. Os bens publicos dominicais podem ser alienados, observadas as 
exiaencias da lei. 
A venda ocorre em hasta publics ou por meio de concorrencia 
administrativa. 
Porern, esta caracterfstica podera ser revoqada, se mediante lei especial 
tenham tais bens perdido sua utilidade ou necessidade, nao mais conservando a 
sua qualificacao. Quando ocorre a desafetacao, que e a rnudanca da destinacao 
de um bem publico, ele acaba inclufdo no rol dos bens dominicais, sendo que, de 
acordo com o art. 101: 
E o que diz o art. 100 do c6digo civil: 
Art. 100. Os bens oublicos de uso comum do povo e os de uso especial sao 
inelienevels, enquanto conservarem a sua queliticeceo na forma que a lei determinar. 
~A primeira caracterfstica ea inalienabilidade, desde que destinados ao uso 
comum do povo ou para fins administrativos, ou seja, enquanto guardarem a 
afetacao publlca os bens publicos de 1uso comum do povo e 2os de uso 
especial sao inelienevei«. 
Caracteristicas dos Bens publicos, 
Ele quer dizer que quando nao houver lei em contrario, a pr6pria lei 
instituidora da pessoa juridica de direito publico podera qualificar seus bens, isto 
sem depender da destinacao que de a eles. 0 que acontece e o seguinte, "caso 
nenhuma lei estebelece normas especiais sobre os dominicais, seu regime jurfdico 
sere o de direito privado. Podem ser desafetados".17DIREITO CIVIL - TRF 1a REGIAO (AJAJ E OJAF) 
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18 Animus Domini e uma expressao em latim muito utilizada no campo juridico para indicar a 
intencao de possuir, de ser dono. "Posse animus domini" traduz-se como "intencao de obter o 
domfnio da coisa". 
19 A impenhorabilidade impede que o bem passe do patrirnonio do devedor ao do credor, ou de 
outrem, por forca da execucao judicial. 
~ .. E a terceira caracterfstica e a impenhorabilidade19, que e decorrencia da 
primeira caracterfstica, pois uma vez que os bens publicos sao inalienaveis nao 
se pode tarnbern da-los em garantia. 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova por outras bancas: 
f~] FCC 2016 / Prefeitura de Campinas - SP/ Procurador. Caio 
estabeleceu-se, com animus domini 18, em praca publics abandonada pelo 
Munidpio. Decorridos mais de 20 anos, sem oposicao das pessoas que 
frequentavam o local, requereu fosse declarada usucapida a area. Tai praca 
constitui bem de uso comum do povo, insuscetfvel de usucapiao, assim como os 
de uso especial e os dominicais. 
Gabarito correto. 
Art. 191. Aquele que, nao sendo proprietsrio de im6vel rural ou urbano, possua como seu, por 
cinco anos ininterruptos, sem oposiceo, area de terra, em zona rural, nao superior a cinquenta 
hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua famflia, tendo nela sua moradia, 
edquirir-lhe-e a propriedade. 
Paragrafo unico. Os imoveis publicos nao seriio adquiridos por usucepiiio. 
Constituifao Federal 
Art. 183. Aauele aue possuir como sua area urbana de ate duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposicso, utilizando-a para sua moradia 
ou de sua famf!ia, edquirir-the-e o domf nio, desde que nao seja proprieterio de outro im6vel 
urbano ou rural. 
§ 30 - Os imoveis piibticos nao seriio adquiridos por usucepiiio, 
eSTF 340: "Desde a viqerici« do cc (1916) OS bens dominiais, bem coma 
os demais bens publicos nao estiio sujeitos a usucepiiio". Ou seja, TODOS os 
bens publicos nao estao sujeitos a chamada prescricao aquisitiva. 
A proibicao da usucapiao de im6veis publicos esta no texto constitucional: 
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20 Nelson Nery Junior, C6digo Civil Comentado, sa ed., paq. 298. 
f~] CESPE 2010/TRE-BA/ Analista Judlclarlo, Tendo em vista a classificacao 
dos bens prevista no C6digo Civil, julgue o item que se segue. 0 uso 
comum dos bens publicos deve ser gratuito ou retribufdo, conforme for 
estabelecido legalmente pela entidade a cuja adrninistracao pertencerem. 
comentarlo: 
A substltulcao de "pode" por "deve" (neste caso especifico) nao alterou o sentido 
da frase. 
Art. 103. O uso comum dos bens publicos pode ser gratuito 21:! retribuido, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja edministreceo pertencerem. 
Gabarito correto. 
f~JcESPE 2011/TRFla/Juiz. Os bens publicos de uso comum nao podem ser 
utilizados por particulares. 
comentartoi 
Como o pr6prio nome diz, esta categoria de bens publicos e de uso comum, 
portanto o bem pode ser utilizado por particulares. 
E atente para o art. 103: 
Art. 103. O uso com um dos bens publicos pode ser 1gratuito ou 2retribufdo, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja edministreceo pertencerem. 
Gabarito errado. 
~HOAAO! 
;.~· PRATICARI 
Veja como esse assunto foi cobrado em prova: 
f~] CESPE 2012/TJ-RR/ Agente de Protecao, Por constituir bem de uso 
com um do povo, o jardim de uma praca publics pode servir ao lazer da populacao 
em geral, sem necessidade de perrnissao especial de uso. 
comentarto: 
Art. 99. Sao bens ptiblicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e preces; 
Gabarito correto. 
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"Os creditos contra a Fazenda Publics: se satisfazem por meio de precat6rios 
(CF100), pois nao ha excussso de bens publicos, que sao tmpenhorevets't.?" 
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f~] CESPE 2010/TRE-MT / Analista Judiciario. O uso comum dos bens 
publicos pode ser retribufdo conforme estabelecido legalmente pela entidade a 
cuja administreceo pertencem, sendo vedado seu uso gratuito. 
Gabarito errado. 
1Bens de uso comum e 2bens de uso especial - nao podem ser alienados. 
3Bens dominicais - podem ser alienados desde que atendidos os requisites de 
lei. 
f~] CESPE 2010/TRE MT/ Analista Judlciarlo. Os bens publicos dominicais e 
os de uso especial nao podem ser alienados. 
comentartor 
Este e um tema recorrente no CESPE, nao ve errar isto! 
f~] CESPE 2010/EMBASA/Direito. Os bens publicos de uso comum do povo e 
os de uso especial sao inalienaveis, enquanto conservarem a sua qualificacao, na 
forma que a lei determinar. Os bens publicos dominicais podem ser alienados, 
observadas as exiqencias da lei. 
comentarlor 
Art. 100. Os bens pubticos de uso comum do povo e os de uso especial sao inelieneveis, 
enquanto conservarem a sua qualifica<;ao, na forma que a lei determinar. 
Art. 101. Os bens publicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigencias da 
lei. 
Gabarito correto. 
f~] CESPE 2010/TRE-BA/ Analista Judlclarlo, Tendo em vista a classificacao 
dos bens prevista no C6digo Civil, julgue o item que se segue. Ao contrario dos 
bens publicos de uso comum do povo e os de uso especial, os bens publicos 
dominicais podem ser alienados, desde que observadas as exiqencias legais. 
comentarto: 
Art. 101. Os bens pubticos dominicais podem ser alienados, observadas as exigencias 
da lei. 
Para os bens dominicais basta que sejam observadas as exiqencias legais. 
Lembrando que os bens de uso especial tarnbern poderao ser alienados, mas 
somente quando desafetados do servic;o publico. 
Gabarito correto. 
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21 Curso de Direito Civil Brasileiro. 2ao Ed. Sao Paulo: Saraiva, 2011. Pag. 397. 
~ Os inalienaveis por vontade humana, quando a pr6pria pessoa irnpoe 
clausula de inalienabilidade, ternporaria ou vitalfcia, na forma da lei. Para ilustrar 
temos o art. 1.911 do CC. 
~ Os /eqa/mente inalienaveis, de acordo com Maria Helena Diniz 21 : 
"apesar de suscetfveis de eproprieceo pelo homem, tern sua comerctelizeceo 
exclufda pela lei, para atender aos interesses economico-socieis, a defesa social 
e a proteceo de determinadas pessoas. Todavia poderso ser alienados, por 
eutorizeceo legal, apenas em certas circunstencies e mediante determinadas 
formalidades". Como exemplo temos os arts. 100 e 101 do CC. 
~ Os inapropriaveis por sua natureza como por exemplo oar, o mare 
os direitos da personalidade. 
Ja os hens fora do cornercio sao aqueles que nao podem ser 
transferidos de um acervo patrimonial a outro, ou seja, nao sao 
suscetfveis de apropriacao. 
Sao especies de bens inalienaveis OU fora do cornercio: 
Os hens no cornercio sao aqueles que poderao ser alienados, vendidos, 
ou seja, podem ser transferidos de um acervo patrimonial para outro. 
4. Bens no cornercio e fora do comercio, 
comentarto: 
Normalmente o uso do bem publico sere gratuito, mas nada impede que a 
adrninistracao estabeleca que seu uso seja retribufdo. 
Gabarito errado. 
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Grande abraco e bons estudos! 
Assim acabamos mais uma de nossas conversas. 
Repito que, embora esta aula nao seja longa, voce deve ter atencao, isto 
principalmente no que diz respeito a classificacao dos bens. E sempre lembrando 
que, em caso de duvidas, estou a sua disposicao. Procure resolver as questoes 
propostas e nao hesite em utilizar o forum duvidas se nao entender algo. 
ConsideracoesFinais 
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Bens fungiveis (substitufveis) MACETE: FUNGISUBinoautoMOVEL 
Bens infungiveis, nao podem ser substitufdos. 
,(), 
:, V: Exemplo de hens m6veis por anteclpacaor arvores convertidas em 
lenha. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construceo, enquanto nao forem empregados, 
conservam sua qualidade de m6veis (Bens m6veis por natureza) readquirem essa qualidade 
os provenientes da demolicso de a/gum predio. 
Art. 83. Consideram-se m6veis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor economico; 
II - os direitos reais sobre objetos m6veis e as aqoes correspondentes; 
III - os direitos pessoais de cereter patrimonial e respectivas aqoes. (Exemplo: direitos 
autorais) 
~Bens m6veis: 
Estes dois artigos sao muito importantes para fins de prova: 
Art. 81. Nao perdem o cereter de im6veis: 
I - as ediiicecoes que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local; (Exemp/o: Uma casa de madeira, que pode ser retirada de seus alicerces, 
para ser fixada em local di verso do original.) 
11 - os materiais provisoriamente separados de um predio, para nele se reempregarem. 
Art. 80. Consideram-se im6veis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sabre im6veis e as aqoes que os asseguram; 
II - o direito a sucessiio aberta. 
~Bens im6veis: 
Estes dois artigos sao muito importantes para fins de prova: 
Resumo da Materia 
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Parte integrante e o acess6rio que, unido ao principal, forma com ele um todo, 
sendo desprovida de existencia material pr6pria, embora mantenha sua 
identidade. 
Art. 94. Os neg6cios juridicos que dizem respeito ao bem principal nao abrangem as 
perten~as, salvo se o contrerio resultar 1da lei, 2da manifestaqao de vontade, ou 
3das circunstsncies do caso. 
Elxntorma,;Oes: As pertencas nao seguem necessariamente a lei geral de 
qravitacao juridica, por meio da qual o acess6rio sempre sequira a sorte do 
principal, razeo pela qual, se uma propriedade rural for vendida, desde que nao 
haja clausula que aponte em sentido contrario, o vendedor nao esta obrigado a 
entregar as rnaquinas, tratores e equipamentos agrfcolas nela utilizados. 
A pertenca e coisa destinada, de modo duradouro, a conservar ou facilitar o uso, 
ou prestar service, ou, ainda, servir de adorno do bem principal, sem ser parte 
integrante. 
r.:-:\ 
q"Sao benfeitorias uteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem". 
Exemplos de benfeitorias uteis realizadas em um apartamento: Colocacao 
de tela nas varandas, Colocacao de tela nas varandas. 
Universalidade de fato 
, 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens 
singulares que, +pertinente« a mesma pessoa, ten ham ' . 2destina~ao uniterie. lj Exemplo: Uma galeria de quadros 
t :,,;... •TOMENOTA! a • Universalidade de direito - Constitui-se por bens singulares corp6reos heteroqeneos OU 
incorp6reos, ante o fato de que a norma juridica, com o intuito de 
produzir certos efeitos, lhes da unidade. 
~Dos Bens Divisiveis: 
Art. 87. Bens divisiveis sao os que se podem fracionar sem slterecso na sua substencie, 
diminuidio considerevel de valor, ou prejuizo do uso a que se destinam. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisfveis podem tornar-se indivisiveis +por 
determineciio da lei !lJ!. 2por vontade das partes. 
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I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e preces: 
II - os de uso especial, tais como ediffcios ou terrenos destinados a service ou 
estabelecimento da administra<;ao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de 
suas autarquias; 
~Sao hens plJblicos: 
Art. 102. Os bens publicos nao estao sujeitos a usucepieo. 
Art. 103. O uso comum dos bens pubticos pode ser gratuito ou retribuido, conforme 
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja edministreceo pertencerem. 
Os predios utilizados pelo poder publico, como exemplos, o Predio da Secretaria 
de Fazenda do Estado do Parane e os predios das universidades publicas, sao 
bens im6veis classificados como de uso especial. Tais bens nao podem ser 
alienados enquanto afetados ao servic;o publico, alern disso, sao 
imprescritiveis e impenhoraveis, 
dominicais 
uso especial Bens Publicos 
Uso comum 
~Bens pUblicos: 
Bens publicos sao os bens do domfnio nacional, pertencentes as pessoas 
jurfdicas de direito publico interno. Os demais sao particulares, seja qual for a 
pessoa a que pertencerem (art.98) 
~Frutos e produtos: 
Os frutos sao as utilidades que uma coisa periodicamente produz, sem com isso 
sofrer alteracao em sua substancia. Os frutos industriais sao os que tern sua 
origem vinculada a alguma ac;ao humana sobre a natureza. 
Frutos estantes: sao os armazenados em dep6sito para expedicao ou venda. 
O conceito de produto parte da ideia de algo que pode ser retirado do principal 
diminuindo-lhe a quantidade, porque nao se reproduzem periodicamente, 
como, por exemplo, os metais ou o petr61eo de um poco. 
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IKXlADE 
PRATI CAR! 
Como solicitado nos curses anteriores que ministramos, apresentaremos as 
questces com alguns cornentarios e ao final colocaremos apenas a lista das 
questces com gabarito, desta forma facilitamos para aqueles que estudam 
diretamente pelo computador, mas tarnbern ajudamos quern ira estudar pelas 
aulas impressas. 
Questoes do CESPE 
Art. 101. Os bens publicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigencias da 
lei. 
III - os dominicais, que constituem o petrimonio das pessoas jurfdicas de direito publico, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Paragrafo tinico. Nao dispondo a lei em contrerio, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes as pessoas jurfdicas de direito piiblico a que se tenha dado estrutura de direito 
privado. 
Art. 100. Os bens publicos de uso comum do povo e os de uso especial sao inalienaveis, 
enquanto conservarem a sua qualifica~ao, na forma que a lei determinar. 
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9. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ Analista Judlclario - Oficial de 
Justic;a Avaliador Federal. Com referencia aos bens, julgue o item. Bens 
infungfveis sao aqueles cujo uso importa sua destruicao. 
8. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ AJAJ. Com referencia aos bens, 
analise o item. Os frutos sao as utilidades que nao se reproduzem 
periodicamente; por isso, se os frutos sao retirados da coisa, a sua quantidade 
diminui. 
6. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ AJAJ. Com referencia aos bens, 
analise o item. 0 direito a sucessao aberta e considerado bem im6vel, ainda que 
todos os bens deixados pelo falecido sejam m6veis. 
7. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ AJAJ. Com referencia aos bens, 
analise o item. Bens infungfveis sao aqueles cujo uso importa sua destruicao. 
5. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ AJAJ. Com referencia aos bens, 
analise o item. Um bem divisfvel por natureza nao pode ser considerado 
indivisfvel pela simples vontade das partes, devendo tal indivisibilidade ser 
determinada por lei. 
4. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ AJAJ. Com referencia aos bens, 
analise o item. As benfeitorias uteis sao aquelas indispenseveis a conservacao do 
bem ou para evitar sua deterioracao, acarretando ao mero possuidor que as 
realize o direito a indenizacao e retencao do bem principal. 
3. CESPE 2016/TCE-SC/ Auditor Fiscal de Controle Externo. 0 valor 
decorrentedo aluguel de determinado im6vel e considerado bem acess6rio. 
2. CESPE 2016/TCE-PA/ Auxiliar Tecnlco, Sao considerados bens particulares 
aqueles pertencentes a pessoas jurfdicas de direito publico interno as quais se 
tenha dado estrutura de direito privado. 
1. CESPE 2016/PGE-AM/Procurador do estado. Consideram-se bens 
publicos dominicais aqueles que constituem o patrimonio das pessoas jurfdicas 
de direito publico como objeto de direito pessoal ou real, tais como os ediffcios 
destinados a sediar a adrninistracao publics. 
LISTA OE 
QUESTOES 
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18. CESPE 2015/TJDFT /Tecnico Judlciario. Os mares classificam-se como 
bens publicos de uso comum do povo. 
17. CESPE 2015/TJDFT /Tecnico Judiclario. A energia eletrica e bem de uso 
comum do povo, divisfvel e im6vel, conforme deterrninacao legal. 
16. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz substituto. Julgue o item. Os rendimentos sao 
considerados produto da coisa, ja que sua extracao e sua utilizacao nao diminuem 
a substancia do bem principal. 
15. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz substituto. Julgue o item. 0 atributo da 
fungibilidade de um bem decorre exclusivamente de sua natureza. 
14. CESPE 2016/TJ-AM/Juiz substituto. Julgue o item. Pelo principio da 
qravitacao jurfdica, a propriedade dos bens acess6rios segue a sorte do bem 
principal, podendo, entretanto, haver disposicao em contrario pela vontade da lei 
ou das partes. 
13. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ Analista Judlciarlo - Oficial de 
lustic;a Avaliador Federal. Com referencia aos bens, julgue o item. 0 direito a 
sucessao aberta e considerado bem im6vel ainda que todos os bens deixados 
pelo falecido sejam m6veis. 
12. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ Analista Judlciarlo - Oficial de 
Justic;a Avaliador Federal. Com referencia aos bens julgue o item. Um bem 
divisfvel por natureza nao pode ser considerado indivisfvel pela simples vontade 
das partes, devendo tal indivisibilidade ser determinada por lei. 
11. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ Analista Judlciarlo - Oficial de 
Justic;a Avaliador Federal. Com referencie aos bens, julgue o item. As 
benfeitorias uteis sao aquelas indispensaveis a conservacao do bem ou para 
evitar sua deterioracao, acarretando ao mero possuidor que as realize o direito a 
indenizacao e retencao do bem principal. 
10. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ Analista Judlciarlo - Oficial de 
Justic;a Avaliador Federal. Com referencie aos bens, julgue o item. Os frutos 
sao as utilidades que nao se reproduzem periodicamente; por isso, se os frutos 
sao retirados da coisa, a sua quantidade diminui. 
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27. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz substituto. Julgue o item com relaceo a bens. 
Os produtos sao acess6rios produzidos com periodicidade, e sua retirada nao 
prejudica a substancia da coisa principal. 
26. CESPE 2015/TJ-PB/Juiz substituto. Julgue o item com relacao a bens. A 
infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestacao de vontade da parte. 
25. CESPE 2015/TCE-RN/ Auditor. A energia eletrica, considerada um bem 
m6vel, e suscetfvel de apropriacao alheia e passfvel de causar dano patrimonial. 
24. CESPE 2015/TCE-RN/ Assessor Tecnlco Juridico. As pertenc;as, em 
regra, nao seguem o bem principal posto que nao se constituem em partes 
i nteg ra ntes. 
23. CESPE 2015/TRE-RS/ Analista Judiciario. No que diz respeito as 
diferentes especies de bens e as suas classificacoes, julgue o item. Diz-se 
infungfveis aqueles bens que podem ser substitufdos por outros da mesma 
quantidade, qualidade e especie, como e o caso do dinheiro. 
22. CESPE 2015/TRE-RS/ Analista Judiciario No que diz respeito as 
diferentes especies de bens e as suas classificacoes, julgue o item. Consideram- 
se bens incorp6reos aqueles bens que podem ser incorporados ao patrirnonio 
pessoal, pois, alern de serem concretes, podem ser palpaveis e rnensuraveis 
economicamente. 
21. CESPE 2015/TRE-RS/ Analista Judlclarlo, No que diz respeito as 
diferentes especies de bens e as suas clessificacoes, julgue o item. A energia 
eletrica, embora possua valor econornico, nao pode ser considerada como bem 
m6vel ou im6vel, sendo considerada res nullius. 
20. CESPE 2015/TRE-RS/ Analista Judiciarlo. No que diz respeito as 
diferentes especies de bens e as suas clessificacoes, julgue o item. Os animais, 
tarnbern denominados semoventes, sao considerados especies de bens m6veis 
por natureza, ja que possuem movimento pr6prio. 
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19. CESPE 2015/TRE-RS/ Analista Judlclarlo, No que diz respeito as 
diferentes especies de bens e as suas classificacoes, julgue o item. Os bens 
publicos de uso comum sao considerados bens publicos por natureza, 
diferentemente dos bens publicos de uso especial e dos dominicais que sao 
equiparados aos bens privados. 
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36. CESPE 2015/DPU/Defensor Publico Federal. Caso a referida relacao 
jurfdica consista em um neg6cio jurfdico de compra e venda e seu objeto seja um 
bem im6vel, nao havendo declaracao expressa em contrario, sera considerado 
integrante desse im6vel seu rnobiliarto, uma vez que o acess6rio deve seguir o 
principal. 
35. CESPE 2015/TRF sa Regiao/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item. Os bens acess6rios sao aqueles que, nao sendo partes 
integrantes do bem principal, se destinam de modo duradouro ao uso de outro. 
34. CESPE 2015/TRF sa Regiao/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item A consuntibilidade que um bem gera e incompatfvel com a 
infungibilidade. 
33. CESPE 2015/TRF sa Regiao/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item. Os bens incorp6reos nao admitem usucapiao, mas, como 
regra, admitem tutela possess6ria. 
32. CESPE 2015/TRF sa Regiao/Juiz Federal Substituto. No que se refere 
a bens, julgue o item. Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens 
publicos, se submetem primordialmente as regras do direito privado. 
31. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item a luz da jurisprudencia pertinente.Sao considerados bens im6veis 
os direitos pessoais de carater patrimonial e as respectivas acoes. 
30. CESPE 2015/TJ-DF /Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item a luz da jurisprudencia pertinente.Com a abertura da sucessao, a 
heranca incorpora-se ao patrirnonio do herdeiro na qualidade de bem im6vel 
divisfvel. 
29. CESPE 2015/TJ-DF /Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item a luz da jurisprudencia pertinente. E possfvel a cobranca de 
retribuicao pecuniaria pelo uso comum dos bens publicos. 
28. CESPE 2015/TJ-DF/Juiz de Direito Substituto. A respeito dos bens, 
julgue o item a luz da jurisprudencia pertinente. Os bens naturalmente divisfveis 
nao se podem tornar indivisfveis. 
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44. CESPE 2014/Camara dos Deputados/ Analista Legislativo. Com relacao 
aos bens, julgue o item seguinte. A indivisibilidade de um bem naturalmente 
divisfvel pode ser estabelecida por meio de neg6cio jurfdico. 
43. CESPE 2014/TJ-SE/ Analista Judiciario. Pertencas sao bens individuais 
que podem ser produtos, frutos ou benfeitorias do bem principal. 
42. CESPE 2014/TJ-SE/Tecnico Judlclarlo. Considerando que Francisco, Jose 
e Luiz tenham-se reunido, em janeiro de 2014, para criar a Associacao X, com a 
finalidade de auxiliar pessoas carentes em projetos para aquisicao de moradia, 
alern de ajudar a executar projetos de construcao e cadastramento dos demais 
associados, no arnbito de programas governamentais e assistenciais, julgue os 
itens subsequentes.Em regra, os bens vinculados a Associacao X adquiridos por 
Francisco, Josee Luiz nao serao considerados bens publicos, ainda que a entidade 
venha a desenvolver atividade de cunho social. 
41. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Servic;os de Notas e de Registros. 
Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente considerados, 
julgue o item. Sao considerados bens fungfveis os m6veis e os im6veis que 
possam ser substitufdos por outros da mesma especie, qualidade e quantidade. 
40. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Servic;os de Notas e de Registros. 
Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente considerados, 
julgue o item. Os materiais separados de um predio em decorrencia de dernolicao 
readquirem a qualidade de bens m6veis. 
39. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Servic;os de Notas e de Registros. 
Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente considerados, 
julgue o item. 0 direito a sucessao aberta sere considerado bem m6vel se o 
acervo deixado pelo falecido for composto apenas por bens m6veis. 
38. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Servic;os de Notas e de Registros. 
Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente considerados, 
julgue o item. Nao se pode, por simples neg6cio jurfdico, alterar a caracterfstica 
da divisibilidade do bem. 
37. CESPE 2014/TJ-SE/Titular de Servic;os de Notas e de Registros. 
Acerca dos bens considerados em si mesmos e dos reciprocamente considerados, 
julgue o item. Desde que separados do bem principal, os frutos e os produtos 
podem ser objeto de neg6cio jurfdico. 
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SO. CESPE 2014/Camara dos Deputados/ Analista Legislativo. Com relacao 
aos bens, julgue o item seguinte. Os bens m6veis sao divididos em tres 
categorias: m6veis por natureza, m6veis por antecipacao e m6veis por 
deterrninacao legal, sendo exemplo desses ultirnos as energias que tenham valor 
econornico, tais como a eletrica e a nuclear, e os direitos reais sobre objetos 
m6veis. 
49. CESPE 2014/Camara dos Deputados/ Analista Legislativo. Com relacao 
aos bens, julgue o item seguinte. As chamadas pertenc;as sao os bens que, 
considerados parte integrante de outro bem, se destinem ao uso, service ou 
aformoseamento desse bem. 
48. CESPE 2014/Camara dos Deputados/ Analista Legislativo. Com relaceo 
aos bens, julgue o item seguinte. 0 direito a sucessao aberta e considerado bem 
im6vel para os efeitos legais 
47. CESPE 2014/Camara dos Deputados/Analista Legislativo. Com relacso 
aos bens, julgue o item seguinte. Ha entendimento padfico no Supremo Tribunal 
Federal no sentido de que os bens dominicais nao podem ser adquiridos por 
usucapiao, contudo, observadas as exiqencias de lei, podem ser alienados. 
46. CESPE 2014/Camara dos Deputados/ Analista Legislativo. Com relacso 
aos bens, julgue o item seguinte. Os acrescirnos sobrevindos ao bem sao 
considerados benfeitorias e passfveis de indenizacao, ainda que nao haja a 
intervencao do proprietario, do possuidor ou do detentor. 
45. CESPE 2014/Camara dos Deputados/ Analista Legislativo. Com relacao 
aos bens, julgue o item seguinte. Os frutos e os produtos, para que possam ser 
objeto de neg6cio jurfdico, devem estar separados do bem principal. 
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l.E 2.E 3.C 4.E 5.E 6.C 7.E 8.E 9.E 10.E 
11.E 12.E 13.C 14.C 15.E 16.E 17.E 18.C 19.E 20.C 
21.E 22.E 23.E 24.C 25.C 26.C 27.E 28.E 29.C 30.E 
31.E 32.E 33.E 34.E 35.E 36.E 37.E 38.E 39.E 40.C 
41.E 42.C 43.E 44.C 45.E 46.E 47.C 48.C 49.E 50.C 
GABARITO 
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cornentartoi 
Sao considerados bens publicos, mais precisamente, bens dominicais. 
De acordo com o C6digo Civil: 
Art. 99. Sao bens publicos: 
III - os dominicais, que constituem o petrimonio das pessoas jurfdicas de direito publico, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Paracrafo unico. Nao dispondo a lei em contrario, consideram-se dominicais os 
bens pertencentes as pessoas Jurfdicas de direito publico a que se ten ha dado estrutura 
de direito privado. 
~Gabarito errado. 
2. CESPE 2016/TCE-PA/ Auxiliar Tecnlco, Sao considerados bens particulares 
aqueles pertencentes a pessoas jurfdicas de direito publico interno as quais se 
tenha dado estrutura de direito privado. 
comentarto: 
De acordo com o C6digo Civil: 
Art. 99. Sao bens publicos: 
III - os dominicais, que constituem o petrimonio das pessoas jurfdicas de direito publico, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Art. 99. Sao bens publicos: 
II - os de uso especial, tais como edificios ou terrenos destinados a service ou 
estabelecimento da edministreciio federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias; 
Como o pr6prio nome diz bens de uso especial sao os bens que possuem uma 
destlnacao especial, bens que sac utilizados pelo pr6prio poder publico para a 
execucao de seus services publicos. Por exemplo, os predios onde estao 
instaladas reparticoes publicas e os predios de escolas publicas. 
~Gabarito errado. 
1. CESPE 2016/PGE-AM/Procurador do estado. Consideram-se bens 
publicos dominicais aqueles que constituem o patrirnonio das pessoas jurfdicas 
de direito publico como objeto de direito pessoal ou real, tais como os ediffcios 
destinados a sediar a adrninistracao publica, 
• & COMENTADAS 
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Como exemplos, nos temos o referee de fundacoes de um predio; uma cerca de 
arame farpado para defesa da terra cultivada. 
2. Benfeitorias Uteis - sao as que aumentam ou facilitam o uso da coisa. 
Esta prevista no § 20 do art. 96: 
Art. 96. § 20. Sao uteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
comentartoi 
Existem tres tipos de benfeitorias: 
1. Benfeitorias Necessarias - sao aquelas destinadas a conservacao do bem, 
para evitar que este se deteriore. Estao prevista no § 30 do art. 96: 
Art. 96. § Jo. Sao necesseries as que tern por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore. 
4. CESPE 2016/TRT sa Regiao (PA e AP}/ AJAJ. Com referenda aos bens, 
analise o item. As benfeitorias uteis sao aquelas indispensaveis a conservacao do 
bem ou para evitar sua deterioracao, acarretando ao mero possuidor que as 
realize o direito a indenizacao e retencao do bem principal. 
comentarto: 
De acordo com o C6digo Civil: 
Art. 95. Apesar de ainda nao separados do bem principal, os frutos e produtos podem 
ser objeto de neg6cio Jurfdico. 
Os Frutos: sao as utilidades que uma coisa periodicamente produz sem, com 
isso, sofrer alteraceo em sua substancia. Como exemplos, o leite das vacas e as 
frutas que uma arvore da. Para se reconhecer um fruto devemos observar tres 
elementos: periodicidade; inalterabilidade da substancia da coisa 
principal ea separabilidade desta. 
Quanto a sua origem os frutos podem ser naturais - quando se desenvolvem 
e se renovam periodicamente pela pr6pria force orqanica da pr6pria coisa; 
industriais - sao aqueles que tern a sua origem vinculada a alguma ac;ao 
humana sobre a natureza; civis - quando se tratar de rendimentos oriundos da 
utilizacao de coisa frutffera por outrem que nao o proprietario. Como exemplos 
de frutos naturais, citamos: os ovos e as crias dos animais. Dos frutos 
industriais temos a producao de uma fabrica. Como exemplo de frutos civis, 
temos o aluguel. 
~Gabarito correto. 
3. CESPE 2016/TCE-SC/ Auditor Fiscal de Controle Externo. 0 valor 
decorrente do aluguel de determinado im6vel e considerado bem acess6rio. 
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