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Direito Civil - Livro II - Bens

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Aula 03
Direito Civil p/ Banco do Brasil
(Escriturário) - 2021 - Pré-Edital
Autor:
Paulo H M Sousa
Aula 03
8 de Fevereiro de 2021
00774823100 - Juliana Souza Ferreira
 
 
 
 
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Sumário 
Livro II – Bens ..................................................................................................................................................... 2 
1 – Considerações iniciais............................................................................................................................... 2 
Capítulo I – Bens considerados em si mesmos .............................................................................................. 3 
Capítulo II – Bens reciprocamente considerados .......................................................................................... 9 
A. Pertenças ............................................................................................................................................. 10 
B. Partes integrantes ............................................................................................................................... 10 
1. Frutos .................................................................................................................................................... 10 
2. Produtos ............................................................................................................................................... 11 
3. Benfeitorias .......................................................................................................................................... 11 
C. Acessões ............................................................................................................................................... 11 
Capítulo III – Bens públicos .......................................................................................................................... 12 
2 – Considerações finais ............................................................................................................................... 14 
Questões Comentadas .................................................................................................................................... 15 
Lista de Questões ............................................................................................................................................ 86 
Gabarito ......................................................................................................................................................... 104 
 
 
Paulo H M Sousa
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LIVRO II – BENS 
1 – Considerações iniciais 
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do 
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais: 
 
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
Na aula de hoje, você verá o tema Bens. De todos os temas da Parte Geral do Código Civil, bens é a melhor 
aula em termos de custo-benefício. Isso porque há pouquíssimos artigos para serem vistos e uma quantidade 
enorme de questões. Ou seja, uma maravilha para o concurseiro que quer apostar num tema caidor. 
No mais, segue a aula pra gente bater um papo! =) 
Ah, e o que, do seu Edital, você vai ver aqui? 
Bens 
Boa aula! 
 
 
 
 
 
 
Paulo H M Sousa
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Capítulo I – Bens considerados em si mesmos 
Comum que se use, mesmo no Direito Civil, o conceito de coisa e de bem de maneira equívoca. A doutrina 
se divide a respeito da distinção técnico-jurídica. Uns estabelecem que bem é gênero, no qual se insere a 
espécie coisa, específica porque dotada de materialidade. Outros, porém, invertem a classificação, 
estabelecendo que coisa seria gênero do qual bem seria espécie. 
Por isso, é difícil afirmar categoricamente que o CC/2002 adotou essa ou aquela postura. A 
Parte Geral indica a adoção da segunda corrente (coisa como gênero e bem como espécie), 
mas a Parte Especial, o Direito das Coisas, indica a adoção da primeira corrente (bem como 
gênero e coisa como espécie). 
Antes de ver as classificações, é de se lembrar que a categoria das res extra commercium, os dos bens que 
estão fora do comércio, apesar da revogação do art. 69 do CC/1916, ainda continua vigente, já que o bem 
precisa, para circular, de apropriabilidade. Eis o art. 69 revogado: 
São coisas fora de comércio as insuscetíveis de apropriação, e as legalmente inalienáveis. 
Assim, não estão sujeitas ao comércio, à circulação, os bens insuscetíveis de apropriação. São 
inapropriáveis os bens por sua própria natureza, como o ar, o mar, o espaço, a luz solar. Os bem legalmente 
inalienáveis, por sua vez, também são insuscetíveis de apropriação, mas o CC/1916 achou por bem deixar 
isso mais claro. 
Atenção com as res nullius lato sensu. Em sentido amplo, as res nullius, as coisas de ninguém, abarcam tanto 
as res extra commercium quanto as res derelictae, que são as coisas abandonadas, como uma bicicleta ou o 
lixo, e as res publicae, as coisas públicas. 
Assim, um peixe em águas internacionais é “coisa de ninguém”. Sendo efetivamente de 
ninguém, a coisa é apropriável, porque não possui titular (res nullius stricto sensu). Agora, 
se a “coisa de ninguém” tem um dono, ainda que não aparente ter ou não tenha dono porque 
não pode ter, ela é inapropriável, como a res extra commercium, a res publicae e a coisa 
perdida. 
Novamente, atenção aqui! Res derelictae e coisa perdida apenas parecem a mesma coisa. A res derelictae 
é apropriável e não enseja aplicação da lei penal; inversamente, a coisa perdida é inapropriável e enseja 
aplicação da lei penal. Como distinguir uma coisa da outra? Pela intenção do dono de se despojar da coisa, 
ainda que não exista declaração explícita de vontade. Talvez o exemplo mais evidente seja jogar algo no lixo: 
res derelictae. Já deixar um objeto sobre a mesa não enseja o mesmo raciocínio, já que parece evidente que 
a pessoa esqueceu a coisa, exceto se houve manifestação de vontade em contrário. 
Por fim, inapropriáveis, não por impossibilidade material, mas por vedação jurídica, são os bens 
juridicamente inalienáveis. O art. 1.911 estabelece claramente que a cláusula de inalienabilidade, imposta 
aos bens por ato de liberalidade, implica também (ex vi lege) impenhorabilidade e incomunicabilidade. 
O STJ (REsp 1.155.547), inclusive, aduz que o inverso não se verifica. A inserção exclusiva de 
impenhorabilidade e/ou incomunicabilidade não gera a presunção da inalienabilidade, bem como a 
instituição autônoma de impenhorabilidade não pressupõe a incomunicabilidade e vice-versa. 
Paulo H M Sousa
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BENS INAPROPRIÁVEIS/FORA DO COMÉRCIO 
 
No entanto, quanto à impenhorabilidade voluntária, o CC/2002 estabeleceu grandes 
restrições em relação ao CC/1916. Nesse sentido, o art. 1.848 estabelece que apenas se 
houver justa causa, declarada no testamento, pode o testador estabelecer cláusula de 
inalienabilidade, de impenhorabilidade e de incomunicabilidade sobre os bens da legítima. 
A inalienabilidade é excepcional no direito brasileiro, assim como a inapropriabilidade dos 
bens em geral. A inapropriabilidade é excepcional, e precisa de justificativa jurídica bastante sólida. Daí a 
inserção de cláusula de inalienabilidade, num bem que materialmente é plenamente circulável, não ser 
recomendável; um bem sujeito ao trânsito é, por vontade individual de alguém,retirado da circulação, o que 
prejudica o sistema como um todo. 
Por outro lado, os demais bens postos fora do comércio também precisam ter 
justificativa para tanto. O exemplo mais elementar é o do corpo humano, em sua 
inteireza. Ele é inapropriável por razões de ordem moral (a sacralidade do corpo como 
princípio) e mesmo bem pragmáticas (evitar a comercialização de cadáveres e partes 
destacáveis, o que causaria mais problemas criminais, imagina-se). Determinadas 
partes destacáveis, porém, como o cabelo, podem ser livremente alienadas, sem que 
isso signifique violação à regra. 
No entanto, mesmo os bens postos fora do comércio podem a ele voltar, como fica bem 
evidente com as res derelictae. Abandonada, por ocupação pode ela voltar ao comércio. No 
mesmo sentido, as res nullius, que inclusive sofrem proteção, muitas vezes internacional, para 
evitar que as pessoas explorem de maneira inconsequente tais bens (como as críticas que 
muitos países sofrem contra a pesca excessiva em águas internacionais). Esse é um tema muito 
relevante para o Direito Ambiental e para o Direito Internacional. 
Coisa perdida Res extra commercium Bens inalienáveis
Bens inapropriáveis 
pela própria natureza
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Feita essa introdução, a classificação dos bens é o ponto mais relevante nas provas, pois a aplicação das 
regras jurídicas variará em função dessa classificação que se faz. Hora de classificar os bens! 
1 – Bens imóveis 
A noção de bens imóveis está no art. 79 do CC/2002: o solo e tudo quanto se lhe 
incorporar natural ou artificialmente. Igualmente, ainda que não sejam, na prática, 
imóveis, consideram-se imóveis para os efeitos legais outros bens e direitos relativos 
a imóveis, segundo os arts. 80 e 81: 
 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
III - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
IV - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
Cesar Fiúza (Direito Civil, 18ª ed., p. 237) categoriza os bens imóveis em quatro: 
1.ª bens imóveis por sua natureza. São o solo e suas adjacências naturais, compreendendo 
as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo; 
2.ª bens imóveis por acessão física ou artificial. É tudo aquilo que o homem incorpora 
permanentemente ao solo, como sementes e edifícios; 
3.ª bens imóveis por acessão intelectual. É tudo aquilo que se mantém intencionalmente 
no imóvel para sua exploração, aformoseamento ou comodidade. A categoria dos bens 
imóveis por acessão intelectual foi retirada do Código, que a substituiu pela categoria das 
pertenças. 
4.ª bens imóveis por força de lei. São aqueles que, por sua própria natureza, não se podem 
classificar como móveis ou imóveis. Nessa categoria se incluem os direitos reais sobre 
imóveis e as ações que os asseguram, além do direito à sucessão aberta. 
Regra
Apropriabilidade dos bens
Exceção
Inapropriabilidade dos bens
• Razões jurídicas (corpo humano etc.);
• Justificativa na cláusula de
inalienabilidade
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2 – Bens móveis 
Já no conceito do art. 82 do CC/2002, são móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção 
por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
Ao lado dos bens móveis por natureza ou essência, existem os bens móveis por antecipação. Os bens móveis 
por antecipação são aqueles que eram imóveis, mas foram mobilizados por ação humana, como a maçã 
retirada da árvore ou a soja colhida. O mesmo acontece com a demolição de um imóvel, passando os bens à 
categoria de móveis (art. 84, visto adiante). Nesses casos, ocorre exatamente o oposto dos bens tornados 
imóveis por acessão física ou artificial (tijolo, móvel, que se imobiliza). 
Ademais, ainda que não sejam visivelmente móveis, consideram-se móveis para os efeitos legais (bens 
móveis por força de lei), segundo os arts. 83 e 84: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
IV - os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade 
de móveis; 
V - os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
 
• O solo e tudo o que nele se incorporar
• Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram
• O direito à sucessão aberta
• As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem
removidas para outro local
• Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem
BENS IMÓVEIS
• Os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem
alteração da substância ou da destinação econômico-social
• As energias que tenham valor econômico
• Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes
• Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações
• Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam sua qualidade de móveis
• Os materiais provenientes da demolição de algum prédio
BENS MÓVEIS
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3 – Bens fungíveis e consumíveis 
A) Fungíveis e infungíveis 
Na dicção do art. 85, são fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. Infungíveis, portanto, serão aqueles que, ao contrário, possuem peculiaridades 
próprias que os tornam únicos, insubstituíveis. 
Atente, pois essa classificação vale somente para os bens móveis, dado que os bens imóveis são, 
essencialmente, infungíveis, já que não permitem sua substituição por outro de mesma espécie. 
É infungível por exemplo, um quadro de Picasso, ao passo que uma caneta esferográfica comum é fungível; 
ou mesmo o dinheiro, claro, é fungível. É infungível um anel da sua avó que significa muito para a família ou 
um diamante de formato e brilho únicos. 
Vale mencionar que, a despeito de a infungibilidade ser, de regra, natural (um quadro de Picasso é 
obviamente infungível, ao passo que uma caneta esferográfica comum BIC é igualmente de maneira óbvia 
fungível), nada impede que as partes convencionem a infungibilidade de um dado bem. 
B) Consumíveis e inconsumíveis 
São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, segundo 
leciona o art. 86, noção essa bem próxima dos bens não duráveis previstos pelo CDC. Ao lado dessa 
consuntibilidade fática ou física, o CC/2002 também prevê o caso de consuntibilidade jurídica. Consideram-
se consumíveis os bens destinados à alienação. 
Desse conceito, pode-se perceber que existem duas espécies de bens 
consumíveis, os consumíveis de fato e os consumíveis de direito. 
Inconsumíveis faticamente/fisicamente, por consequência, são os bens cuja fruição os mantém hígidos, sem 
destruição, algo também próximo dos produtos duráveis do CDC. Inconsumíveis juridicamente são os bens 
inalienáveis. 
Portanto, curiosamente, um mesmo bem pode ser, ao mesmo tempo, consumível e inconsumível. Será 
consumível juridicamente um veículo comum, que pode ser alienado, mas inconsumível, faticamente, já que 
seu uso não importa destruição imediata da própria substância. Contrariamente, será inconsumível 
juridicamente uma garrafa rara de vinho, clausulada de inalienabilidade, que é consumível faticamente. 
Novamente, veja que a classificação natural vale somente paraos bens móveis, já que os bens imóveis são, 
essencialmente, inconsumíveis, já que seu uso não importará em destruição de sua substância. A 
classificação jurídica, por sua vez, se aplica tanto a bens móveis quanto imóveis. 
4 – Bens divisíveis 
Os bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável 
de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam, consoante o art. 87. Além disso, os bens naturalmente 
divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes (art. 88). 
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De outro lado, bem indivisível é aquele que perde a identidade ou o valor, quando fracionado. A parte não 
é capaz de manter as mesmas características do todo. Como um diamante, que perde parte do seu valor se 
for dividido. Os bens indivisíveis por determinação legal são aqueles que a lei não admite divisão (exemplos 
são a herança, as servidões, as hipotecas etc.). 
Assim, classifica-se o cavalo como indivisíveis, já que o pensamos como animal de tração, de 
esporte ou mesmo de estimação. Nada impede, porém, que sejam eles considerados, em 
algum momento, divisíveis, a depender das circunstâncias; é o caso do animal depois do abate, 
destinado ao consumo humano. 
Primeiro, essa divisão vale tanto para bens móveis quanto para bens imóveis; uns e outros podem, ou não, 
ser divididos. No entanto, a divisibilidade não significa divisibilidade no sentido físico do termo, dado que 
praticamente tudo o que existe no Universo é divisível, à exceção do Bóson de Higgs. 
Pode-se classificar os bens indivisíveis da seguinte forma: a. naturalmente indivisíveis 
(uma escultura); b. legalmente indivisíveis (a herança); c. convencionalmente indivisíveis 
(uma carga específica). 
A indivisibilidade pode ser oposta a um bem por escolha das partes, ou seja, ainda que 
divisível, podem as partes optar pela indivisibilidade, por numerosas razões. É o caso da 
indústria que escolhe receber um carregamento de tomates de vinte caminhões; a entrega 
deve ser feita numa única oportunidade, por razões logísticas, não se podendo dividir a entrega. 
5 – Bens singulares e coletivos 
A regra do art. 89 do CC/2002 estabelece que são singulares, ou individuais, os bens que, embora reunidos, 
se consideram de per si, independentemente dos demais. Podem os bens singulares serem simples ou 
compostos. Simples são os bens singulares cujos elementos se ligam naturalmente, como ocorre com uma 
árvore; compostos são os bens singulares cujos elementos estão unidos pela vontade humana, como um 
veículo. 
Já os bens coletivos ou universais são os bens singulares – iguais ou diferentes – reunidos em um todo 
individualizado. Passa-se a considerar o todo, ainda que não desapareça a peculiaridade individual de cada 
um. É o caso de um pomar ou uma frota de veículos. 
Os bens coletivos podem obter essa característica por consequência fática ou jurídica. A universalidade de 
fato constitui uma pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação 
unitária, conforme o art. 90. 
Já a universalidade de direito, como o nome diz, não constitui uma totalidade na prática. Porém, para efeitos 
jurídicos, um complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico, constitui uma 
unitariedade, segundo o art. 91. É o caso, por exemplo, da herança ou do patrimônio. Ambos, ainda que na 
prática constituam diversas singularidades, são tomados como uma universalidade, juridicamente falando. 
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6 – Bens corpóreos e incorpóreos 
Bens corpóreos, também chamados de materiais ou tangíveis, são os bens que têm existência 
material, física; são, portanto, palpáveis aos sentidos humanos. Já os bens incorpóreos, 
chamados de imateriais ou intangíveis, ao contrário, não têm existência material, física, ainda 
que possam ser materializados, sem que, contudo, sua essência possa ser materializada. A 
matéria, nesse caso, é mero instrumento do bem. 
São exemplos de bens corpóreos: os veículos automotores, uma residência, uma pintura famosa, uma 
camiseta comum, uma maçã, um cavalo, uma coleção de livros etc. Contrariamente, são bens incorpóreos: 
o direito autoral, os direitos de personalidade, o direito de ação, a saúde, a intimidade, o crédito, o débito, 
a liberdade etc. 
Capítulo II – Bens reciprocamente considerados 
Segundo o CC/2002, os bens podem ser considerados de maneira recíproca, ou seja, uns em relação aos 
outros. O art. 92 estabelece que principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Exemplo 
é o solo, ou um veículo automotor. Já o bem acessório é aquele cuja existência pressupõe a existência do 
principal, como, por exemplo, a casa que se liga ao solo ou os pneus do carro. 
Relativamente aos bens reciprocamente considerados se vê um princípio geral do Direito Civil: 
accessorium sequitur principale, ou seja, o acessório segue o principal. Trata-se do princípio da 
gravitação jurídica, que determina que o bem acessório segue a sorte do principal, salvo 
disposição em contrário. Assim, quando eu vendo o terreno, vendo a casa; quando vendo o 
carro, vendo os pneus. 
Bens
Singulares Coletivos
Universalidade de direito
Universalidade de fato
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Seguindo a “lógica” do CC/2002, os bens acessórios se dividem em partes integrantes e pertenças. As 
partes integrantes, por sua vez, se subdividem em benfeitorias, frutos e produtos. 
A. Pertenças 
Segundo dispõe o art. 93, são pertenças, também conhecidas como res annexa, os bens que, não 
constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao 
aformoseamento de outro. É o caso, por exemplo, de um rádio destacável do veículo ou de um piano numa 
casa. 
Uma característica das pertenças é que elas conservam sua autonomia, de modo que sua caracterização 
como acessório é de mera conveniência econômico-jurídica. Isso porque a pertença não se incorpora ao bem 
principal. 
Em regra, o negócio estipulado entre as partes não abrange as pertenças, salvo se o contrário resultar da 
lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso, segundo o art. 94 do CC/2002. Trata-se de 
exceção ao princípio da gravitação jurídica. 
Por isso, quando vendo o carro, não vendo o equipamento de adaptação veicular para pessoa com 
deficiência, ou quando vendo a casa não vendo o piano. Claro, se eu quiser, posso, mas isso tem de estar 
claramente fixado no negócio jurídico (no contrato de venda da casa está escrito “vai o piano”). 
Lembre-se que, em regra, acessório é subordinado à existência do principal. A pertença não é subordinada 
à existência do principal, a rigor 
B. Partes integrantes 
São bens acessórios que se ligam de tal modo ao principal, que sua remoção tornaria o bem principal 
incompleto; estão unidos de tal modo ao bem principal que com ele formam um todo independente. É o 
caso da fiação elétrica numa casa ou das rodas e pneus de um veículo. Lendo os arts. 93 e 94 em reverso, 
chagamos à conclusão de que as partes integrantes seguem a coisa principal. 
É o caso da fiação elétrica numa casa ou das rodas e pneus de um veículo. Você não pensa numa casa sem a 
fiação elétrica, nem pensa num carro sem os pneus. Nada impede que o negócio jurídico estabeleça o 
inverso: “vendo o carro, mas sem as rodas”. 
Veja-se que tratar de frutos, produtos e benfeitorias dentro das partes integrantes é mais adequado. Isso 
porque esses três bens acessórios se enquadramà perfeição no conceito de parte integrante. 
1. Frutos 
São os bens que se derivam periodicamente do bem principal, sem que ele se destrua, ainda que 
parcialmente, diminua sua substância ou quantidade. O art. 95 do CC/2002 estabelece que, apesar de ainda 
não separados do bem principal, os frutos podem ser objeto de negócio jurídico. 
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Os frutos podem ser classificados como: a. frutos naturais: decorrem da essência de um bem principal 
(como as frutas de uma árvore); b. industriais: decorrem da atividade humana (como os produtos de uma 
fábrica); c. civis: decorrem de uma situação jurídica (como o aluguel de um imóvel). 
Os frutos ainda podem ser classificados como: a. pendentes (ainda ligados ao bem principal); b. 
percipiendos (poderiam ter sido percebidos, mas não o foram); c. percebidos (colhidos, separados do bem 
principal); d. estantes (colhidos e armazenados); e. consumidos (já não existem mais). 
2. Produtos 
Ao contrário dos frutos, sua obtenção significa redução do valor, quantidade ou qualidade do bem 
principal, pois não são produzidos periodicamente, como, por exemplo, a madeira da árvore ou o petróleo 
de um campo. O art. 95 do CC/2002 estabelece que, apesar de ainda não separados do bem principal, os 
produtos podem ser objeto de negócio jurídico. 
3. Benfeitorias 
As benfeitorias são acréscimos realizados num bem preexistente, com diversas finalidades. Ao 
contrário dos frutos e produtos, que se originam do bem principal, as benfeitorias são a ele 
agregadas. Segundo o art. 96, as benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o 
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor, como, exemplificativamente, uma piscina residencial ou 
uma cornija de uma lareira. 
São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem, como a construção de uma calçada ou a substituição 
de esquadrias de ferro por esquadrias de alumínio. 
São necessárias as benfeitorias que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore, como, por 
exemplo, a recolocação de uma viga deteriorada pela chuva ou a reconstrução de um muro de arrimo. 
C. Acessões 
Diferentemente das benfeitorias, as acessões não agregam alguma coisa a algo preexistente, elas são 
criações – naturais ou artificiais – de bens. É o caso, por exemplo, a edificação de uma casa num terreno 
baldio. 
Na dicção do art. 97 do CC/2002, não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos ou 
acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Diferentemente das benfeitorias, as acessões não agregam alguma coisa a algo preexistente. São, na 
verdade, criações – naturais ou artificiais – de bens. É o caso, por exemplo, a edificação de uma casa num 
terreno baldio. Na linguagem comum, especialmente na área rural, as acessões são chamadas de 
benfeitorias. Por isso, você pode ficar bem tranquilo(a). 
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Relembre, na distinção entre os bens principais e os bens acessórios, as subcategorias de bens acessórios: 1 
 
Capítulo III – Bens públicos 
São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, 
segundo o art. 98 do CC/2002. Nesse sentido, constituem bens públicos, na dicção do art. 99: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Os bens públicos de uso comum do povo e os bens dominicais são bem fáceis de visualizar. Mas, quais são 
os bens públicos dominicais? É dominical, por exemplo, a sede da Caixa, em Brasília, porque a instituição é 
uma empresa pública e a sede é um imóvel (direito real). Igualmente, as ações (direito pessoal) que o Banco 
do Brasil, sociedade de economia mista, tem em relação a uma sociedade empresarial são bens dominicais. 
 
1 Para arrematar, não precisa se preocupar com categorias e subcategorias. Nem o Código Civil estabelece as divisões entre os bens de maneira 
adequada. Nem mesmo a doutrina, que é muito ruim neste ponto, diga-se. Eu estabeleci aqui uma divisão mais didática, apenas para que você 
compreenda as coisas de maneira mais adequada. Não se preocupe em aprofundar demais o tema, ou de ficar pensando em situações concretas; 
se você consegue encontrar situações problemáticas, será que o examinador vai questionar o ponto? Não... 
• Derivam periodicamente do bem principal
Frutos
• A obtenção reduz o valor do bem principal
Produtos
• Acréscimos num bem preexistente
Benfeitorias
• Criações - artificiais ou naturais - de bens
Acessões
• Destinadas de modo duradouro ao uso, serviço ou aformoseamento, sem ser parte
integrante
Pertenças
• Ligados de tal modo ao principal que sua remoção tornaria ele incompleto
Partes integrantes
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Por exclusão, todos os demais bens são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. O Enunciado 
287 da IV Jornada de Direito Civil, no entanto, admite que essa classificação não é exaustiva, dado que podem 
ser classificados como bens públicos aqueles pertencentes a pessoa jurídica de direito privado que estejam 
afetados à prestação de serviços públicos. 
Consequência dessa distinção é que os bens públicos em geral não estão sujeitos a 
usucapião, conforme regra do art. 102. Nesse sentido, inclusive a Súmula 619 do STJ 
reconhece que a ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de 
natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e 
benfeitorias. 
Segundo o art. 100, os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto 
conservarem tal qualificação. Já os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências 
da lei, segundo dispõe o art. 101. 
A distinção entre os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial e bens públicos dominicais 
pode ser transposta por meio de dois institutos: a afetação e a desafetação. 
Os bens públicos de uso comum do povo e os bens públicos de uso especial estão afetados a uma função 
pública. Daí serem inalienáveis e, consequentemente, impassíveis de usucapião. Ao contrário, os bens 
públicos dominicais não estão afetados a uma função pública. Apesar de serem bens públicos, não cumprem 
uma função pública, por isso podem ser alienados e, segundo um eco da jurisprudência mais recente, são 
passíveis de usucapião. 2 
Imagine agora que uma pessoa passa a residir no subsolo de um prédio público onde funciona um posto de 
atendimento de saúde. Permanece nesse prédio por 13 anos sem oposição. Como é classificado esse bem 
público? Pode ele ser objeto de usucapião? 
Nesse caso, como o prédio público é destinado a um serviço, onde funciona 
posto de atendimento de saúde, temos um bem de uso especial, 
inalienável. Ademais, ele não será objeto de usucapião. Se o mesmo 
ocorresse em uma praça, seria um bem de uso comum do povo que 
também não pode ser objeto de usucapião, nem seria alienável. 
Essa divisão não é estanque, e se transpõe por meio dos dois institutos supracitados. Assim, 
determinado bem público, que não cumpre função pública, podeser afetado a uma função 
pública; contrariamente, um bem público que cumpre função pública pode ser desafetado, 
deixando de cumprir essa função. 
De qualquer forma, prevê o art. 103 que o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou 
retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem. 
 
2 Detalhes a respeito do ponto são vistos no Direito Administrativo, e não no Direito Civil, já que o Direito Civil se ocupa de classificar os bens 
públicos apenas para excluir o regime jurídico privado. Como funcionam os bens públicos? O Direito Civil não quer saber; quem sabe disso é o 
Direito Administrativo. 
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2 – Considerações finais 
Chegamos ao final da aula! É quase uma aual de Biologia do ensino médio, na qual você vê inúmeras 
classificações. Você viu, porém, que essas classificações são bastante importantes! 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entre em contato comigo. Estou disponível no Fórum de Dúvidas 
do Curso, e-mail e mesmo redes sociais, para assuntos menos sérios. 
Aguardo você na próxima aula. Até lá! 
Paulo H M Sousa 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
FCC 
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS (ART. 79 AO 84) 
1. (FCC - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal- 2018) Em 
relação aos bens, 
a) os materiais destinados a alguma construção, mesmo que ainda não empregados, já são considerados 
imóveis em razão de sua finalidade. 
b) consideram-se imóveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. 
c) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
d) os naturalmente divisíveis conservam sua divisibilidade em qualquer situação, nada obstante a lei ou a 
vontade das partes em sentido contrário. 
e) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo 
disposição da lei ou do contrato em sentido diverso. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta. 
Art. 84, CC: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O art. 80 do Código Civil, traz em seu texto o rol do 
que é considerado como imóveis para os efeitos legais, trazendo que: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
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A alternativa C está incorreta. Os bens consumíveis são os que se destinam a alienação de forma a destruir-
se imediatamente a própria forma, assim versa o art. 86 trazendo que: "São consumíveis os bens móveis cujo 
uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à 
alienação.". 
A alternativa D está incorreta. Os bens naturalmente divisíveis são os que não perdem sua característica ou 
qualidade com a divisão, sendo ainda naturalmente divisíveis para esse sentido, no entanto, podem tornar-
se bens indivisíveis por determinação da lei ou acordo entre as partes. Assim, de acordo com o art. 88 do 
Código Civil: "Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por 
vontade das partes.". 
A alternativa E está incorreta. Temos que as pertenças são acessório da coisa, fazendo sorte desta, mesmo 
que separados, pertencendo ambos ao mesmo proprietário, havendo exceções no entanto do que trata a 
literalidade do texto do art. 94 do Código Civil, mas sendo parte integrante no caso de convenção das partes. 
O art. 94 do Código Civil traz que: “Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem 
as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.”. 
2. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua classificação 
e espécies, 
a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta. 
b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não 
forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de algum 
prédio. 
c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua 
unidade, forem removidas para outro local. 
d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
ações respectivas. 
e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, não os móveis, de 
acordo com o Art. 80, inciso II: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - O direito à sucessão aberta. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
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bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está correta, dado o fato de que é certo afirmar que conservam sua qualidade de bens móveis 
os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, como previsto no Art. 84: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa C está incorreta, pois o correto seria afirmar que estes não perdem o caráter de bens imóveis, 
como disposto pelo Art. 81: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que 
seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. No entanto, nessa 
hipótese trazida pelo Art. 81 os referidos bens, mesmo se descartados do solo, não perdem seu caráter de 
bem imóvel. 
A alternativa D está incorreta,pois o correto seria afirmar que os direitos pessoais são bens móveis, e não 
imóveis, de acordo com o Art. 83: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa E está incorreta, o correto é dizer que são consumíveis os bens cujo uso importa em destruição 
imediata da própria substância, e a alternativa traz tais bens como divisíveis deixando assim a mesma 
inválida. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
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De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a destruição 
imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de acordo com os 
fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como bem consumível, 
mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo, ou destruição. 
3. (FCC / CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) Em relação aos bens, sua classificação 
e espécies, 
a) consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta. 
b) conservam sua qualidade de bens móveis os materiais destinados a alguma construção, enquanto não 
forem empregados; readquirem essa qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de algum 
prédio. 
c) não perdem o caráter de bens móveis as edificações que, separadas do solo, mas conservando sua 
unidade, forem removidas para outro local. 
d) entre outros, consideram-se bens imóveis para efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
ações respectivas. 
e) são divisíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel, não os móveis, de 
acordo com o Art. 80, inciso II: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - O direito à sucessão aberta. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está correta, dado o fato de que é certo afirmar que conservam sua qualidade de bens móveis 
os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, como previsto no Art. 84: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
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materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa C está incorreta, pois o correto seria afirmar que estes não perdem o caráter de bens imóveis, 
como disposto pelo Art. 81: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que 
seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. No entanto, nessa 
hipótese trazida pelo Art. 81 os referidos bens, mesmo se desatados do solo, não perdem seu caráter de bem 
imóvel. 
A alternativa D está incorreta, pois o correto seria afirmar que os direitos pessoais são bens móveis, e não 
imóveis, de acordo com o Art. 83: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa E está incorreta, o correto é dizer que são consumíveis os bens cujo uso importa em destruição 
imediata da própria substância, e a alternativa traz tais bens como divisíveis deixando assim a mesma 
inválida. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a destruição 
imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de acordo com os 
fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como bem consumível, 
mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo, ou destruição. 
4. (FCC / TRT - 15ª REGIÃO – 2018) Em relação aos bens, 
a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes. 
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c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, salvo as 
exceções legais. 
d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade 
de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o Código Civil esclarece que não se consideram benfeitorias os atos 
descritos na alternativa. 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a 
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
O art. 97 considera como benfeitorias apenas os melhoramentos e acréscimosfeitos ao bem por força da 
ação humana. Melhoramentos ou acréscimos decorrentes de eventos naturais ficam excluídos desse 
conceito. 
A alternativa B está incorreta, pois não é se tornam indivisíveis somente por vontade das partes, se tornam 
também por determinação legal. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade 
das partes. 
O art. 88 admite o legislador que a vontade das partes ou mesmo a lei determine que um bem naturalmente 
divisível torne-se indivisível. Porém é mais comum que a indivisibilidade do bem decorra de sua própria 
natureza. 
A alternativa C está incorreta, pois os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal, como regra 
não abrangem as pertenças, salvo as exceções legais. 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o 
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
O art. 94 faz uma inversão da regra de que o acessório segue o principal. Pois a relação que se estabelece 
entre a pertença e o principal não é lógica, mas sim econômica, diferente do que ocorre com os bens 
acessórios. A simples existência de um bem acessório já pressupõe a existência de um bem principal. O 
mesmo não ocorre com as pertenças. 
A alternativa D está correta, uma vez que está em concordância com a redação do art. 84 do Código Civil. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
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Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa E está incorreta, visto que a definição que se traz é dos bens fungíveis, não dos consumíveis. 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
De acordo com o Art. 86, se faz importante acrescentar na definição de bens consumíveis que a destruição 
imediata de sua própria substância deve ser analisada de acordo com a utilização do bem de acordo com os 
fins que lhe são conferidos. Por exemplo, um vinho que foi bebido cumpriu seu fim como bem consumível, 
mas uma garrafa de vinho ser utilizada como decoração não implica em seu consumo, ou destruição. 
5. (FCC / TRF - 5ª REGIÃO – 2017) Considera-se bem imóvel, para os efeitos legais, 
a) o direito à sucessão aberta. 
b) o automóvel que, por defeito irreparável do motor, é insuscetível de movimento próprio. 
c) a energia que tenha valor econômico. 
d) o direito pessoal de caráter patrimonial. 
e) o direito real sobre objetos móveis. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, em virtude de que se considera bem imóvel, para os efeitos legais, o direito à 
sucessão aberta. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que o automóvel com defeito no motor, continua sendo um bem 
móvel, pois pode ser removido por força alheia sem alteração na sua substância. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância ou da destinação econômico-social. 
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Segundo o art. 82 são bens móveis por sua própria natureza, aqueles as coisas inanimadas que podem ser 
movidas sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. 
A alternativa C está incorreta, visto que as energias que tenham valor econômico consideram-se bem móvel, 
para os efeitos legais. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico (independentemente 
das eventuais dificuldades de quantificar esse valor), tem a natureza jurídica de bem móvel. 
A alternativa D está incorreta, porque considera-se bem móvel, para os efeitos legais, o direito pessoal de 
caráter patrimonial. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa E está incorreta, já que se considera bem móvel, para os efeitos legais, o direito real sobre 
objetos móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
Os direitos reais podem incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os bens imóveis. Da mesma forma, 
portanto, que o legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 
80, inc. I), optou por atribuir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza 
jurídica de bens móveis 
6. (FCC / TRT - 14ª REGIÃO – 2016) Nos termos preconizados pelo Código Civil são considerados bens 
imóveis para os efeitos legais, dentre outros, 
a) Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
b) O direito à sucessão aberta. 
c) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações. 
d) As energias que tenham valor econômico. 
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e) Os materiais provenientes da demolição de algum prédio. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois, de acordo com o art. 83 do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial 
e respectivas ações são bens móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico 
A alternativa B está correta, pois, de acordo com o art. 80 do CC, o direito a sucessãoaberta é imóvel. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
 II – o direito à sucessão aberta 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa C está incorreta, pela literalidade do art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para os 
efeitos legais: II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”. 
A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o art. 83, as energias que tenham valor econômico são 
móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - As energias que tenham valor econômico; 
De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza 
jurídica de bem móvel. 
A alternativa E está incorreta, pois, segundo o art. 84 do CC, os materiais provenientes da demolição de 
algum prédio são bens móveis. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
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Os direitos reais podem tratar sobre os bens móveis e também sobre os bens imóveis. Sendo assim, o 
legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 80, inc. I), decidiu 
conferir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza jurídica de bens móveis 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
7. (FCC / TRT - 9ª REGIÃO – 2015) De acordo com o Código Civil, 
a) É considerado imóvel o direito à sucessão aberta. 
b) São considerados imóveis as energias que tenham valor econômico. 
c) São considerados imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial. 
d) São considerados imóveis os direitos reais sobre objetos móveis. 
e) São consideradas imóveis as ações correspondentes a direitos reais sobre objetos móveis ou imóveis. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois, de acordo com o art. 80 do CC, o direito a sucessão aberta é um bem 
imóvel. 
Art. 80 do Código Civil: " Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta.”. 
O Art. 80 dispõe sobre os bens imóveis por determinação legal. O direito a sucessão aberta dispõe sobre um 
complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este compreendido em sua universalidade. Dados os 
fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais 
bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados imóveis. Obviamente, após a partilha os bens 
retomam a ser novamente considerados separadamente. 
A alternativa B está incorreta, pois está explicito no Art. 83 do CC que energias que tenham valor econômico 
são consideradas móveis: 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico;”. 
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De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza 
jurídica de bem móvel. 
A alternativa C está incorreta, de forma clara no Art. 83 do Código Civil está que os direitos pessoais de 
caráter patrimonial são considerados móveis: 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa D está incorreta, evidente no Art. 83 do CC está que os direitos reais sobre objetos móveis são 
móveis. 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”. 
Os direitos reais podem incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os bens imóveis. Da mesma forma, 
portanto, que o legislador atribui a natureza de bens imóveis aos direitos reais sobre bens imóveis (CC, art. 
80, inc. I), optou por atribuir aos direitos reais e às respectivas ações relativas a bens móveis a natureza 
jurídica de bens móveis 
A alternativa E está incorreta, pois está nítido nos artigos 80 e 83 do CC, que as ações correspondentes a 
direitos reais sobre objetos imóveis são imóveis e os direitos reais sobre objetos móveis são móveis. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I – os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram 
Art. 83 - “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;”. 
8. (FCC / TRE-SE – 2015) No tocante as diferentes classes de bens, considere: 
I. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações são considerados bens imóveis para os 
efeitos legais. 
II. As energias que possuam valor econômico são consideradas bens móveis para os efeitos legais. 
III. Os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis para os efeitos legais. 
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IV. As árvores e os frutos pendentes não destinados ao corte são considerados bens imóveis por acessão 
natural. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) II, III e IV 
c) I e IV. 
d) I, II e IV. 
e) II e III. 
Comentários: 
Afirmativa I está incorreta, pois, segundo o art. 83 do CC, os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações são considerados bens móveis para os efeitos legais. 
Art. 83 do Código Civil: “Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.”. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
Afirmativa II está correta, é o que dispõe a literalidade do Art. 83 do CódigoCivil: “Consideram-se móveis 
para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico;”. 
De acordo com o art. 83 toda e qualquer forma de energia que tenha valor econômico, tem a natureza 
jurídica de bem móvel. 
Afirmativa III está correta, os títulos de dívida pública e de dívida particular são considerados bens móveis 
para os efeitos legais, pois são bens móveis propriamente ditos. 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância ou da destinação econômico-social 
Segundo o art. 82 são bens móveis propriamente ditos, aqueles que podem ser aqueles que podem sofrer 
movimentação se que haja a alteração da sua substância ou sua destinação econômico-social. 
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Afirmativa IV está correta, pois, de acordo com o art. 79 do CC, são imóveis por acessão natural: as árvores 
com seus frutos, desde que ainda pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, 
as fontes (naturais). Enfim, tudo que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação. 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Segundo o art. 79 são bens imóveis os bens que sofrem alteração de sua substância caso sejam 
transportados, são caracterizados pela imobilidade. 
A alternativa A está incorreta, pois a afirmativa I está incorreta. 
A alternativa B está correta. 
A alternativa C está incorreta, visto que a afirmativa I está incorreta. 
A alternativa D está incorreta, já que a afirmativa I está incorreta. 
A alternativa E está incorreta, porque além das afirmativas II e III, a afirmativa IV também está correta. 
9. (FCC / TRT - 1ª REGIÃO – 2015) Relativamente aos bens, o Código Civil estabelece que 
a) Constituem-se em bens móveis os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
b) Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas 
ações. 
c) São consumíveis os bens móveis destinados à alienação. 
d) Consideram-se móveis para os efeitos legais o direito à sucessão aberta. 
e) Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis pela vontade das partes, mas apenas por 
força de lei. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois conforme o expresso no art. 81, inciso II do Código Civil, os materiais 
provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem, constituem-se em bens imóveis: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
O Art. 81 dispõe acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo sem serem destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que 
seja novamente aderido em outro lugar, recuperando sua natureza como bem imóvel. 
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A alternativa B está incorreta, dado que os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações, 
consideram-se móveis para os efeitos legais, como disposto pelo Art. 83 do código civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. No caso do inciso III, temos que todo direito pessoal 
(direito de crédito), tendo caráter patrimonial, é um bem móvel. Se excluem, portanto, os direitos pessoais 
que não se relacionam com o caráter patrimonial (guarda de filhos, por exemplo), os direitos de 
personalidade e todos os demais direitos desprovidos de conteúdo econômico. 
A alternativa C está correta, dado que o art. 86 do Código Civil dispõe que são consumíveis os bens móveis 
destinados à alienação: 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo 
também considerados tais os destinados à alienação. 
Deste conceito podemos perceber que existem duas espécies de bens consumíveis: 
Os consumíveis de fato: aqueles que no seu primeiro uso já serão consumidos, ou seja, há a destruição 
imediata da própria substância, como um picolé J, por exemplo; 
Os consumíveis de direito: São aqueles bens destinados à venda (alienação), como os remédios de uma 
farmácia, um livro posto em uma loja, enfim os bens enquanto destinados à alienação. 
A alternativa D está incorreta, pois conforme dispõe o art. 80, inciso II do Código Civil, o direito à sucessão 
aberta é considerado imóvel para os efeitos legais: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
E a alternativa traz móveis, invertendo os conceitos, ficando assim invalida. 
A alternativa E está incorreta, pois consta a afirmativa de que os bens divisíveis só podem tornar-se 
indivisíveis por força da lei, mas isto é errôneo, porque podem além dessa opção, se tornarem indivisíveis 
por vontade das partes, conforme disposto pelo art. 88 do Código Civil” os bens naturalmente divisíveis 
podem se tornar indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes”. 
10. (FCC / TCM-GO – 2015) Quanto aos bens 
a) Materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade 
de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
b) Naturalmente divisíveis, podem tornar-se indivisíveis somente por determinação da lei. 
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c) Imóveis, adquirem esta qualidade as energias que tenham valor econômico para os efeitos legais. 
d) Móveis ou imóveis, são fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade 
e quantidade. 
e) Imóveis, perdem este caráter as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, conforme dispõe a literalidade do art. 84 do Código Civil: 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
Analisando-se o artigo, temos que de fato se consideram bens móveis os materiais destinados a alguma 
construção, bem como os provenientes da demolição de algum prédio. Abstrai-se desse conceito que os 
materiais têm autonomia enquanto não estiverem empregados, mas após a sua utilização perdem a 
existência autônoma e passam a constituir parte do prédio (por exemplo), sendo este um bem imóvel. 
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o Código Civil: 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade 
das partes. 
Portanto, de acordo com o artigo, os bens podem ser indivisíveis por: 
Sua própria natureza, sendo aqueles bens que não podem ser partidos sem alteração na sua substância ou 
no seu valor, como por exemplo, um quadro de Picasso. 
Por determinação legal, ocorrendo quando a lei de forma expressa proíbe que determinado bem seja 
dividido. 
Por vontade das partes, ocorrendo quando as partes fazem um acordo para tornar alguma coisa indivisível. 
A alternativa C está incorreta, pois levam a classificaçãode móveis as energias que tenha valor econômico. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
As energias são: o gás – que pode ser transportado por tubulação ou em botijão, e também a energia elétrica, 
que embora não tenha a mesma corporalidade do gás, é bem móvel. Neste sentido, Caio Mário da Silva 
Pereira afirmava: “No direito moderno qualquer energia natural, elétrica inclusive, que tenha valor 
econômico, considera-se bem móvel”. 
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O Art. 83 descreve os bens que não são móveis em sua natureza, seguindo o atributo de mobilidade, mas 
ainda são conferidos com a natureza de bens móveis. 
A alternativa D está incorreta, pois os bens imóveis não podem ser fungíveis. 
Ser fungível é atributo exclusivo dos bens móveis, como expresso no Art. 85 do Código Civil: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e 
quantidade. 
A alternativa E está incorreta, dado que as edificações que separadas do solo, mas conservadas a sua 
unidade, forem removidas para outro lugar não perdem o caráter de imóveis. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; 
Considera-se, para saber se um bem é móvel ou imóvel, sua finalidade. Por exemplo, quando uma casa vai 
ser demolida e dela são retiradas as portas e as janelas, quando isso acontece as portas e as janelas 
readquirem sua qualidade de bem móvel, quando forem reutilizados, em outra casa, serão novamente bens 
imóveis. 
O inciso I se refere, por exemplo, àquelas situações mais comuns em outros países, onde uma casa 
(normalmente de madeira) é transportada com toda a sua estrutura (conservando a sua unidade). 
11. (FCC / TCM-GO – 2015) Em relação aos bens, considere as afirmativas: 
I. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
II. Consideram-se bens imóveis, para os efeitos legais, o direito à sucessão aberta, bem como os direitos 
reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. 
III. Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos 
reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, bem como os direitos pessoais de caráter 
patrimonial e respectivas ações. 
Está correto o que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, apenas. 
d) I e II, apenas. 
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e) I, II e III. 
Comentários 
Afirmativa I é correta, pois são considerados bens imóveis o solo e tudo o que lhe for acrescentado, de forma 
natural ou artificial, de acordo com o Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Deste modo, os bens imóveis são os que não podemos transportar ou remover, sem alteração de sua 
substância. 
Afirmativa II é correta, pois de acordo com o art. 80, incisos I e II, consideram-se bens imóveis, para os efeitos 
legais, o direito à sucessão aberta, bem como os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
O direito a sucessão aberta dispõe sobre um complexo de bens que é transferido de cujus, sendo este 
compreendido em sua universalidade. Dados os fatos, não importa se a pessoa falecida deixou bens móveis 
ou imóveis, pois, antes da partilha de bens, tais bens se enquadram todos no Art. 80, sendo considerados 
imóveis. Obviamente, após a partilha os bens retomam a ser novamente considerados separadamente. 
Afirmativa III é correta, pois de acordo com o art. 83 e seus incisos I, II e III, consideram-se bens móveis, para 
os efeitos legais, as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações, 
como disposto no Código Civil: 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
A alternativa A está incorreta, pois não contém a afirmativa II. 
A alternativa B está incorreta, pois não são apenas a II e III que estão corretas, a I também está. 
A alternativa C está incorreta, pois traz apenas a afirmativa I, faltando a II e III. 
A alternativa D está incorreta, pois exclui a III. 
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A alternativa E está correta, pois apresenta as três afirmativas. 
12. (FCC / TJ-AP – 2014) Carlos construiu uma casa em terreno que recebeu de seu pai. Posteriormente, 
empreendeu reforma na casa, retirando-lhe as portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção. 
No terreno, incorporou-se, naturalmente, uma goiabeira. Consideram-se imóveis 
a) A casa e a goiabeira. 
b) O terreno, a casa e a goiabeira. 
c) O terreno, apenas. 
d) O terreno e a casa. 
e) O terreno, a casa, as portas e a goiabeira. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, visto que falta acrescentar o terreno e as portas. 
A alternativa B está incorreta, em razão de que falta acrescentar as portas. 
As portas (neste caso) é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. 
As portas a fim de pintá-las e reempregá-las na construção não pedem a qualidade de imóveis. 
O dispositivo rege acerca da imobilização de edificações separadas do solo e dos materiais separados de um 
prédio, ressalvando-se o solo em si e os bens imóveis por atribuição legal. Eventualmente os demais bens 
contidos podem ser destacados do solo ou do imóvel em si, como no caso apresentado, sem serem 
destruídos, dando a este bem um caráter móvel até que seja novamente aderido em outro lugar, 
recuperando sua natureza como bem imóvel. 
A alternativa C está incorreta, pois diz que o terreno apenas é imóvel, contudo a casa, as portas e a goiabeira 
também são caracterizadas como bens imóveis. 
A alternativa D está incorreta, pois falta acrescentar as portas e a goiabeira. 
A alternativa E está correta, pois consideram-se imóveis o terreno, a casa, as portas e a goiabeira. 
A casa é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
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Consideram-se imóveis por acessão artificial ou industrial: tudo que o homem incorporar permanentemente 
ao solo. Por isso chama-se artificial, porque não veio da natureza e sim do homem. 
A goiabeira é um bem imóvel, de acordo com o art. 79 do Código Civil: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Consideram-se imóveis por acessão natural: aqui estão incluídas as árvores com seus frutos, desde que ainda 
pendentes (enquanto não se destacarem da árvore); as águas, as pedras, as fontes (naturais). Enfim, tudo 
que for ligado ao solo de forma natural entra nesta classificação.

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