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Prototipo-de-Sistema-Especialista-em-Direito-Ambiental-para-Auxilio-a-Decisao-em-Situacoes-de-Desmatamento-RuralNT-CRHA-27-2004

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Convênio Ministério da Ciência e Tecnologia / FINEP / Fundo Setorial CT-Hidro / Fundação CETEC / 
Universidade Federal de Ouro Preto / Instituto Mineiro das Águas 
 
Projeto: Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola 
de Bacia Hidrográfica  Nota Técnica NT-CRHA - 27 / 2004 
 
PROTÓTIPO de SISTEMA ESPECIALISTA para AUXÍLIO à DECISÃO em 
DIREITO AMBIENTAL em SITUAÇÕES de DESMATAMENTOS RURAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FFuunnddaaççããoo CCeennttrroo TTeeccnnoollóóggiiccoo ddee MMiinnaass GGeerraaiiss // CCEETTEECC -- DDiirreettoorriiaa ddee 
DDeesseennvvoollvviimmeennttoo ee SSeerrvviiççooss TTeeccnnoollóóggiiccooss -- SSeettoorr ddee TTééccnniiccaass ddee 
AAnnáálliissee AAmmbbiieennttaall 
PRESIDENTE 
CAIO NELSON LEMOS DE CARVALHO 
 
DIRETORIA de DESENVOLVIMENTO e SERVIÇOS TECNOLÓGICOS 
SÍLVIO DIAS PEREIRA NETO 
 
DIRETORIA de PLANEJAMENTO GESTÃO e FINANÇAS 
HÉLCIO d´ALESSANDRO 
 
Av. José Cândido da Silveira, 2000 / Cidade Nova / Telefone: (31) 3489-2000 / Fax: (31) 3489-2200. home page: 
http://www.cetec.br / correio-e: cetec@cetec.br / CEP 31170-000 – Belo Horizonte – MG 
 
 
FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO 
de MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Convênio Ministério da Ciência e Tecnologia / FINEP / Fundo Setorial CT-Hidro / Fundação 
CETEC 
 
Projeto - Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola de Bacia 
Hidrográfica  Nota Técnica NT-CRHA - 27 / 2004 
 
PROTÓTIPO de SISTEMA ESPECIALISTA para AUXÍLIO à DECISÃO em 
DIREITO AMBIENTAL em SITUAÇÕES de DESMATAMENTOS RURAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo Pereira MARTINS Junior 
Coordenador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Novembro de 2004 
FFFUUUNNNDDDAAAÇÇÇÃÃÃOOO CCCEEENNNTTTRRROOO TTTEEECCCNNNOOOLLLÓÓÓGGGIIICCCOOO DDDEEE MMMIIINNNAAASSS GGGEEERRRAAAIIISSS /// 
CCCEEETTTEEECCC 
 
DIRETORIA de DESENVOLVIMENTO e SERVIÇOS TECNOLÓGICOS 
 
Setor de Técnicas de Análise Ambiental 
 
 
 
 
Coordenação: Paulo Pereira Martins Junior 
 
 
 
 
Autor: 
 
 
Vitor Vieira Vasconcelos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO Nota Técnica: NT-CRHA-27/2004 
 
 
PROTÓTIPO DE SISTEMA ESPECIALISTA PARA AUXÍLIO À DECISÃO EM 
DIREITO AMBIENTAL EM SITUAÇÕES DE DESMATAMENTOS RURAIS 
 
 
Lista de distribuição: 
 
FINEP 
Memória técnica CETEC, 
FINEP, SAS, IGAM 
Objetivos 
1 - Estabelecer em sistema de inteligência artificial as questões 
legais sobre o desmatamento. 
2 - Apresentar o programa em PROLOG. 
 
Colaboração: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusões 
1 – Foi desenvolvido o protótipo com: 2 - Conceitos de IA. 
- Características da Inteligência artificial, Sistemas Especialistas e Multi-
especialistas, Agentes, Redes Neurais, - Árvores de decisão, Buscas: - 
Profundidade X Largura, Busca Heurística, Estratégias de controle 
3 - PROLOG / realizada a Sintaxe, Base de conhecimento, - Exemplos em 
direito ambiental, Encadeamento para trás, Árvores por Recursão. 4 - 
Ferramentas de lógica utilizadas: Operadores Lógicos, Regras de 
Inferência, Cláusulas de Horn, Simulação de lógicas não-clássicas para o 
projeto. 5 – Desenvolvida a engenharia de conhecimentos com: 
conhecimento humano, metodologia CommonKads, modelo de domínio, 
tarefa e inferência, extração do conhecimento, profissionais, Detalhamento 
sucessivo em formulários UML. 6 – Referenciado o Direito Ambiental: 
Funcionamento do sistema jurídico, Lógica aplicada à linguagem Jurídica, 
Modelagem do Conhecimento de Direito Ambiental. 7 – Material de 
referência gerado no processo de Modelagem do Conhecimento: glossário, 
aquisição do Conhecimento, estrutura, níveis de Conhecimento, engenharia 
de conhecimento, método de seleção de problemas, lógica do Direito. 
Relatório das Entrevistas e Questionários. Modelo de Organização 
modelagem do conhecimento, modelagem de agentes, tarefas, 
comunicação e projeto, Textos Gerados: Procedimento para autorização de 
desmatamentos, Como fazer uma denúncia ambiental, Órgãos específicos 
para cada tipo de denúncia ambiental em MG, Telefones de entidades 
ambientais, para denúncias ou assessoria, Endereços e telefones de 
Ministérios Públicos no Brasil, Como obter mais assessoria jurídica, 
Conduta ao descobrir ter feito um desmatamento ilegal, Atenuantes e 
agravantes, Penas Alternativas, Informações sobre o juizado especial, 
Estrutura Esqueleto do Programa. 8 - Projeto e implementação do 
aplicativo: Interface, Divisão em módulos do programa, Comentário de 
trechos do código experimental. 9 – Código Fonte; 10 - Avaliação crítica do 
produto. Atualizações do programa e da documentação de referência. 
Atividades posteriores 
 
Autores: VASCONCELOS, Vitor Vieira, MARTINS JR., 
P.P. 
 
Aprovado por 
Coordenação do Projeto CRHA 
Paulo P. Martins Jr. 
 
Classificação: Nota Técnica Data de emissão: 
 25 / 10 / 2004 
Projeto: Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola 
de Bacia Hidrográfica 
CETEC-SAS / UFOP-EM-DEGEO / Data de aprovação: 
/ IGAM / Fundo Setorial CT-Hidro MCT 30 / 10 / 2004 
LISTA de NOTAS TÉCNICAS PRÉVIAS 
 
01. MARTINS Jr., P.P.; CARNEIRO, J.A.; FERREIRA, O.C.; ENDO, I. As Proposições 
Metodológicas do Projeto CRHA. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. 
Nota Técnica NT-CRHA 01 / 2003. 
02. MARTINS Jr., P.P.; WERNECK, C.; CARNEIRO, J.A.; VASCONCELOS, V.V. Cursos 
d’Água, Sub-Bacias e Variáveis Discriminantes. Belo Horizonte: Fundação CETEC, Inst. 
Geoc. Aplicadas - IGA. Nota Técnica NT-CRHA 02 / 2003. 
03. MARTINS Jr., P.P.; MARQUES, A.F.S. e M.; SIQUEIRA, J.L. Introdução a Questões 
Ligadas ao Sistema SisDec

 AGRO-HYDROS

. Belo Horizonte: Fundação CETEC, Dept. 
C. Computação UFMG-DCC. Nota Técnica NT-CRHA 03 / 2003. 
04. MARTINS Jr., P.P.; WERNECK, C.; BARBOSA, G.L. Estrutura de Bases de Dados do 
Sistema SIGea

. Belo Horizonte: Fundação CETEC, IGA. Nota Técnica NT-CRHA 04/2004. 
05. MARTINS Jr., P.P.; MARQUES, A.F.S. e M.; MOURA, L. do C.; NOVAES, L.A. d’A.; 
WERNECK, C.; HUGUET, A.B. Informações Cartográficas Padrão do Projeto CRHA. Belo 
Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 05 / 2004. 
06. MARTINS Jr., P.P.; MARQUES, A.F.S. e M.; BARBOSA, G.L. Descrição das Variáveis para 
o Sistema SIGea. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 06 / 2003. 
07. MARQUES, A.F.S. e M. Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação 
da Terra no Sistema de Capacidade de Uso. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota 
Técnica NT-CRHA 07 / 2003. 
08. MARQUES, A.F.S. e M.; MARTINS Jr., P.P. Organização dos Atributos de Solos em um 
Sistema Lógico de Conhecimento para Decisão no SisDec

 AGRO-HIDROS

. Belo 
Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 08 / 2003. 
09. FERREIRA, E.N.; MARTINS Jr., P.P. Metodologia da Determinação da Unidade Hidrológica 
Instantânea das Sub-Bacias do Vale do Rio Paracatu. Belo Horizonte: Fundação CETEC. 
Nota Técnica NT-CRHA 09 / 2003. 
10. TOLENTINO, J. A.; MARTINS Jr., P.P. SIGea

 em Access 2000. Belo Horizonte: Fundação 
CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 10 / 2004. 
11. MARTINS Jr., P.P.; SIQUEIRA, J.L. A Estrutura do Conhecimento para o Sistema de 
Decisão AGRO-HYDROS

. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFMG-DCC. Nota Técnica 
NT-CRHA 11 / 2003. 
12. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A. de O.; CARNEIRO, J.A. Ecovilas e Permacultura. Belo 
Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. NT-CRHA 12 / 2005. 
13. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A. de O.; CARNEIRO, J.A. Plano Econômico para Florestas 
Ecológico-Econômicas e Agricultura Consorciada. Belo Horizonte: Fundação CETEC, 
UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 13 / 2004. 
14. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A. de O.; CARNEIRO, J.A. Madeiras de Lei, Plantas 
Oleaginosas, Protéicas e Energéticas em Permacultura. Belo Horizonte: Fundação CETEC. 
Nota Técnica NT-CRHA 14 / 2005. 
15. MARTINS Jr., P.P.; VASCONCELOS, V.V. Comentário à Legislaçãosobre Águas em 
Correlações ao Uso, Outorga, Conservação e Preservação. Belo Horizonte: Fundação 
CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 15 / 2004. 
16. MARTINS Jr., P.P.; SIQUEIRA, J.L.; VASCONCELOS, V.V. Outorga Instrumento a 
Desenvolver. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFMG-DCC. Nota Técnica NT-CRHA 16 / 
2004. 
17. NUNES, H.M.T.; NASCIMENTO, O. B.; MARTINS Jr., P.P. Base de Dados Meteorológicos. 
Belo Horizonte: Fundação CETEC, Inst. Min. de Gestão das Águas – IGAM - SIMGE, 
UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 17 / 2004. 
18. MARTINS Jr., P.P. Ethica, Ecologia e Economia. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-
EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 18 / 2004. 
19. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A.O. Rodas de Correlações e Impactos em Planejamento 
Ecológico-Econômico de Bacia Hidrográfica – O Sistema SisORCI

. Belo Horizonte: 
Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 19 / 2004. 
20. HUGUET, A.B.; MARTINS Jr., P.P.; SANTOS, M. Orto-Retificação e Construção 3 D de 
Imagens de Aerofotos. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 20 / 
2004. 
21. MOURA, L. do C.; MARTINS Jr., P.P.; CHAVES, C. F. Sub-Bacia Entre Ribeiros – Impactos 
Agrícolas. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 21 / 2003. 
22. CARVALHO, F.E.C.; FIRMIANO, R.G.; MARTINS Jr., P.P. Análise Fluviométrica de 
Estações em Operação na Bacia do Paracatu. Belo Horizonte: IGAM, Fundação CETEC. 
Nota Técnica NT-CRHA 22 / 2004. 
23. MARTINS Jr., P.P.; ROSA, S.A.G.; CANTISANO, M.A.M. Metodologia para a Cartografia 
das Quatro Abordagens. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota 
Técnica NT-CRHA 23 / 2005. 
24. VASCONCELOS, V.V.; MARTINS Jr., P.P. Levantamento Cartográfico de Projetos 
Realizados para o Vale do Paracatu. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-
CRHA 24 / 2005. 
25. MARTINS Jr., P.P. Uso da Cartografia e Técnicas de Análise em Múltiplas Escalas para 
Gestão Ambiental e Projetos Agrícolas. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-
DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 25 / 2004. 
26. MARTINS Jr., P.P. Lógica Agro-Hidro-Ambiental em Ordenamento do Uso da Terra. Belo 
Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 26 / 2004. 
 
 
 8 
PROTÓTIPO DE SISTEMA ESPECIALISTA PARA AUXÍLIO À 
DECISÃO EM DIREITO AMBIENTAL EM SITUAÇÕES DE 
DESMATAMENTOS RURAIS 
 
 
OBJETIVOS 
 
JUSTIFICATIVA RESUMIDA 
 
Partindo das premissas acima, esta proposta tem como meta: 
criar uma lógica agro-hidro-ambiental para bacias visando a contextualizar 
as atividades agrícolas, com ou sem suporte de irrigação, sob o ponto de 
vista do conceito de ordenamento do território e gestão agro-ambiental 
dos recursos hídricos. O projeto é uma abordagem integrada do regional 
com o local de modo recíproco. 
Para efetivar esse enfoque, a gestão do recurso hídrico deverá estar tratada 
como: 
 
[4] planejar o ordenamento do uso da terra na bacia dentro de um enfoque 
hidro-agrícola 
Parte-se da idéia de ordenamento do território com o uso optimal do mesmo, a 
ser simulado com um Sistema de Informação e um Sistema de Decisão que 
envolvem: 
[4] fazer balanços de segurança ambiental 
 
METODOLOGIA 
12. Abordagem interdisciplinar para a gestão ambiental agrícola: 
15. Sistemas de Informação - SIGAM e AGRO-HYDROS - Esses sistemas 
constituem-se como os sistemas que de fato sustentam a base da 
informação científica necessária para auxiliar a gestão em todos os seus 
níveis operacionais: 
[2] Sistema de Decisão [ AGRO-HYDROS ] que permite modelar decisões com 
o uso de inteligência artificial e modelos especialistas por meio do 
estabelecimento e uso de um amplo sistema de critérios lógico / formais 
/ sistêmicos; deverá ser realizado em LINUX e PROLOG para gerar um 
sistema especialista. 
18. Desenvolvimento de métodos e conteúdos didáticos e de comunicação para 
transferir os sistemas para os usuários - Agência, Prefeituras, Legislativo, 
Secretarias, Fundações a população civil. 
 
 9 
RESULTADOS EXPERADOS PELO PROJETO 
 
1 – Estudo da bacia tanto ao nível regional para gestão de bacia e Agência de 
Bacia, quanto ao nível local [projetos agrícolas], e as relações recíprocas 
regionais para a gestão ambiental; 
4 – Criação de um [Sistema de Decisão - AGRO-HYDROS] para atuar com 
cenários de uso competitivo e/ou compartilhado do recurso hídrico; 
5 – Métodos de transferência de informação técnica/ operacional: [1] Agência de 
Bacia [2] prefeituras [3] empresas [4] proprietários rurais [5] agência de 
assistência técnica e extensão rural [6] agência ambiental [7] órgãos de 
planejamento regional; 
6 – Descrição e disponibilização de métodos específicos. 
 
IMPACTO CIENTÍFICO: 
 
[12] Estabelecimento de produtos científicos em diversos níveis estruturados de 
informação e com linguagem e semiótica amigáveis. 
 
CRONOGRAMA FÍSICO 
 
1. identificação de critérios ambientais, geográficos, agrícolas, geológicos, 
hidrogeológicos, climatológicos, geomorfológicos e de vegetação 
2. identificação de condicionantes lógico-formais para a decisão sistêmica, 
5. programação de um sistema especialista como parte do AGRO-HYDROS 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 - Do protótipo 
 
2 - Conceitos de IA 
 - Características da Inteligência artificial 
 - Sistemas Especialistas e Multi-especialistas 
 - Agentes 
 - Redes Neurais 
 - Árvores de decisão 
 - Buscas: 
 - Profundidade X Largura 
 - Busca Heurística 
 - Estratégias de controle 
 
3 - Prolog 
 - Sintaxe 
 - Base de conhecimento 
 10 
 - Exemplos em direito ambiental 
 - Encadeamento para trás 
 - Árvores por Recursão 
4 - Ferramentas de lógica 
 - Operadores Lógicos 
 - Regras de Inferência. 
 - Cláusulas de Horn 
 - Simulação de lógicas não-clássicas para o projeto 
 
5 - Engenharia do conhecimento 
 - Conhecimento humano 
 - Metodologia CommonKads 
 - Modelo de domínio, tarefa e inferência 
 - Extração do conhecimento 
 - Profissionais 
 - Detalhamento sucessivo em formulários 
 - UML 
 
6 - Direito Ambiental 
 - Funcionamento do sistema jurídico 
 - Lógica aplicada à linguagem Jurídica 
 - Modelagem do Conhecimento de Direito Ambiental 
 
7 – Material de referência gerado no processo de Modelagem do Conhecimento 
- Glossário 
- Aquisição do Conhecimento 
- Estrutura 
- Níveis de Conhecimento 
- Engenharia de Conhecimento 
- Método de seleção de problemas 
- Lógica do Direito 
Relatório das Entrevistas e Questionários 
Modelo de Organização 
- Modelagem do Conhecimento 
- Modelagem de agentes, tarefas, comunicação e projeto 
- Textos Gerados 
- Procedimento para autorização de desmatamentos 
- Como fazer uma denúncia ambiental 
- Órgãos específicos para cada tipo de denúncia ambiental em MG 
- Telefones de entidades ambientais, para denúncias ou assessoria 
- Endereços e telefones de Ministérios Públicos no Brasil 
- Como obter mais assessoria jurídica 
- Conduta ao descobrir ter feito um desmatamento ilegal 
- Atenuantes e agravantes 
- Penas Alternativas 
- Informações sobre o juizado especial 
- Estrutura Esqueleto do Programa 
 
8 - Projeto e implementação do aplicativo 
 - Interface 
- Divisão em módulos do programa 
 11 
- Comentário de trechos do código experimental 
 
9 – Código Fonte 
 
10 - Conclusão - 1 página 
 - Avaliação crítica do produto 
 - Atualizações do software e da documentação de referência 
 - Atividades posteriores 
 
 
DO PROTÓTIPO 
 
Precedendo o Agro-HYDROS, foi programado um pequeno programa especialista 
com o objetivo de assessorar o usuário em problemas básicos que envolvem a questão 
jurídica e ambiental. Foram utilizados conhecimentos específicos de Direito e Ecologia, 
para explicar ao usuário a eventual ilegalidade de suas condutas em relação ao meio 
ambiente. 
 
Assessorar um usuário em todas as suas condutas jurídico-ambientais seria uma tarefa 
demasiado ampla, tanto pela imensa possibilidade de ações de um usuário, quanto 
pelo número muito grande de documentos legais que versam sobre este assunto 
(seriam aplicáveis milhares deleis, decretos e portarias). Para este trabalho, foi 
escolhida uma situação específica: um usuário típico do meio rural que deseja fazer um 
desmatamento em sua propriedade, afim de utilizar essa área para suas atividades (ou 
que se encontra frente a um desmatamento já feito e precisa avaliar a sua legalidade). 
Além disso, foi escolhido restringir-se a um conjunto determinado de documentos 
legais, que será especificado a seguir. 
 
Que conselhos ou informações passar a esse usuário? O programa precisa avaliar a 
legalidade de seu desmatamento a partir dos dados digitados, como a área desmatada, 
a proximidade de corpos d’água, e outros mais. Outras informações importantes 
seriam: como fazer para pedir uma autorização para seu desmatamento, como fazer 
uma denúncia contra um desmatamento ilegal e, no caso da assessoria ser 
insuficiente, indicar onde pode-se conseguir mais informação. 
 
O programa se inicia com uma interface que pergunta ao usuário que tipo de 
assessoria ele deseja. Dependendo da opção escolhida, o programa continua fazendo 
as perguntas seguintes, até conseguir um quadro da situação do usuário que se 
enquadre em uma das situações em que há uma conduta disponível para ser 
aconselhada. 
 
Todo o procedimento para a construção do sistema especialista foi desenvolvido dentro 
da metodologia CommonKads, que fornece um conjunto de procedimentos 
padronizados e já testados, de forma a conseguir um programa, uma base de 
conhecimento e um conhecimento de inferência eficazes e reutilizáveis em outras 
situações. O código fonte foi desenvolvido em Prolog, principalmente devido à sua 
orientação ao raciocínio lógico e Inteligência Artificial. 
 12 
INTRODUÇÃO 
 
CARACTERÍSTICAS da INTELIGÊNCIA ARTIFICAL 
 
O principal objetivo dos sistemas de IA (Inteligência Artificial), é executar funções que, 
caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes. É um conceito 
amplo, e que recebe tantas definições quanto damos significados diferentes à palavra 
Inteligência. 
 
Podemos pensar em algumas características básicas desses sistemas, como a 
capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis 
para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos de 
forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões 
visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência 
(capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano). 
 
SISTEMAS ESPECIALISTAS E MULTI-ESPECIALISTAS 
 
Sistemas especialistas são programas que têm como objetivo simular o raciocínio de 
um profissional “expert” em alguma área de conhecimento bem específica. Por 
exemplo, um sistema especialista em “câncer de mama” (área específica da medicina) 
perguntaria certos dados ao usuário e forneceria um diagnóstico acrescido de um 
aconselhamento profissional sobre o que seria o melhor a fazer nesse caso informado. 
 
Sistemas Multi-Especialistas são uma tendência moderna, visto que muitos problemas 
não são possíveis de se resolver com apenas um profissional especialista, mas apenas 
com toda uma equipe multidisciplinar. Nesse caso, o programa se torna especialista em 
dois ou mais ramos de áreas científicas distintas, e usa esses conhecimentos de forma 
integrada para fornecer o melhor aconselhamento possível. 
 
AGENTES 
 
Em IA, costuma-se definir como Agentes as diversas entidades que participam 
do processo de execução do programa. Normalmente, cada agente é um bloco de 
código independente no programa, embora também costumem ser considerados 
agentes os usuários, máquinas e computadores agregados ao programa. 
 
 
REDES NEURAIS 
 
São programas em que o raciocínio funciona de maneira paralela entre diversos 
agentes (que seriam como “neurônios”). Esses programas têm como característica 
marcante a capacidade de reconhecer padrões em um certo conjunto de entradas de 
dados, portanto são muito usados em programas de aprendizagem e de 
reconhecimento de padrões sensitivos e de dados. 
 
 
 
 
 
 
 13 
ÁRVORES DE DECISÃO 
 
É a maneira mais comum de se representar o conhecimento em IA. Uma árvore possui 
vários nós, e de cada nó podem sair ramos que levam a outros nós. O programa vai 
percorrer esses caminhos, e ao encontrar a solução, retorna ao usuário a resposta 
encontrada e/ou o procedimento utilizado para encontrá-la. Árvores de decisão são 
muito utilizadas para descrever linhas de comportamento, e também para percorrer 
todas as opções possíveis de raciocínio a partir de um problema proposto. Para 
percorrer uma árvore, podem ser utilizados diversos processos de busca. 
 
BUSCA: 
 Profundidade X Largura 
A busca em Profundidade escolhe um caminho na árvore de decisão e o 
percorre até o fim deste, enquanto a busca por Largura vai testando 
gradativamente cada possibilidade, sem se aprofundar demais em cada 
um dos caminhos. 
 
Busca Heurística 
Analisa logicamente os dados do problema de forma a escolher qual o 
caminho mais provável de se encontrar a solução. 
 
Estratégias de Controle 
Métodos mais avançados que vão interagir heurísticas com buscas 
gradativas em largura e profundidade, procurando a maneira mais rápida 
e segura para resolver o problema. 
 
 
PROLOG 
 
SINTAXE: 
Linguagem declarativa de programação de computadores, que se utiliza basicamente 
de chamadas e recursões. Desta maneira, guardam-se axiomas lógicos, os quais 
podem fornecer ao usuário parte de suas informações nas situações em que se 
fornecer determinados parâmetros destes axiomas. 
 
Por exemplo, uma programa com seguinte código: 
 
 sem_licença(ilegal). 
Quando o usuário digita: 
 ?- sem_licença(X). %Note que a letra X maiúscula é uma variável que será 
instanciada 
O programa responde: 
 X = ilegal 
Outro exemplo, com os códigos: 
 codigo_florestal(lei,Ano):- busca(Ano). %Chamar o código ‘codigo_florestal’ 
aciona o código ‘busca’. 
 14 
 busca(1965). 
Usuário: ?- codigo_florestal(lei,X). 
Resposta: X=1965 
 
BASE DE CONHECIMENTO: 
 
Parte do código do programa em PROLOG que se refere aos fatos e 
informações conhecidos no domínio do problema. Exemplos são rio(poluído), 
significando um rio que esteja poluído, ou lei(codigo_florestal,federal), significando que 
a lei codigo_florestal é do tipo federal. A base de conhecimento deve ser separada da 
estrutura de inferência, que é a parte do programa que irá manipular os dados da base 
de conhecimento e fornecê-los ao usuário. 
 
RECURSÃO PARA TRÁS: 
 
Dentro do ambiente Prolog, o usuário sempre digita uma solução (com variáveis 
a descobrir ou não), e o programa tenta derivar dessa solução um caminho válido 
através do código do programa. No fim, o programa responde se a conclusão digitada 
pelo usuário é possível e quais seriam os possíveis valores das variáveis. 
 
ÁRVORES POR RECURSÃO: 
 
Ao fazer a recursão para trás, muitas vezes o programa se encontra com dois ou 
mais caminhos a seguir pelo código. Algumas vezes há uma indicação de que caminho 
se deve seguir, e outras vezes os dois caminhos podem ser percorridos. O conjunto de 
todos os caminhos forma uma Árvore. Árvores são muito usadas por sistemas 
especialista para simular as opções de comportamento de uma pessoa. 
 
 
FERRAMENTAS DE LÓGICA 
 
OPERADORES LÓGICOS BÁSICOS: 
 
So (e/conjunção), (ou/disjunção), (se), (se, e somente se), (negação). Estes 
operadores, de modo geral, se aplicam a variáveis e a expressões (conjuntos de 
predicados). 
 
CLÁUSULAS DE HORN: 
 
São expressões que deduzem uma conclusão b a partir de um conjunto de fatos 
a. Esse conjunto de fatos a deve estar em conjunção, ou seja, não deve haver 
disjunção. PROLOG trabalha apenas com cláusulas de Horn. 
Exemplo: a1a2a3 -> b e não a1a2 -> b. 
Exemplo de cláusula de Horn em Prolog: 
uso_de_agua(ilegal, Licenca, Vazao_rio, Vazao_usada):- 
Vazao_usada< 100, calcula_vazao(Vazao_rio, Vazao_usada, 
Q710), 
Q710 > 30,Licenca = n. 
 
 15 
REGRAS DE INFERÊNCIA: 
 
PROLOG utiliza-se de inferência por modus ponens, isto é, consegue descobrir 
se uma conclusão é possível de ser derivada a partir de uma base de cláusulas de 
Horn. 
 
SIMULAÇÃO DE LÓGICAS NÃO-CLÁSSICAS PARA O PROJETO: 
 
Algumas situações previstas para o programa especialista Agro-HYDROS 
necessitam de tratamentos especiais que não são usualmente bem manipulados 
pela lógica clássica padrão. Por esse motivo, estão sendo pesquisadas lógicas não-
clássicas, que deverão ser simuladas pelo programa. 
- Lógica temporal: Há situações em que os atributos de “Verdadeiro” e 
“Falso” não bastam, e é preciso determinar se algo é “Verdadeiro no período de 
tempo A”, ou “Falso após o evento B”. Para isso, é utilizado um sistema lógico 
específico que inclui novos operadores para tratar dessas situações. Em PROLOG, 
há a possibilidade de utilizar listas específicas para cada período de tempo, que 
armazenarão os valores de variáveis referentes ao determinado período. 
 
- Lógica deôntica: É o sistema de lógica usado para indicar condutas e 
comportamentos, e que inclui as relações de poder entre indivíduos. Enquanto a 
lógica clássica trata do que “é ou não é”, a lógica deôntica trata do que “se deve ou 
não fazer”. Na elaboração do sistema de conhecimento, será muito importante 
deixar bem clara a diferenciação do que é “fato” e do que é “indicação de conduta”. 
 
 
ENGENHARIA do CONHECIMENTO 
 
CONHECIMENTO HUMANO: 
 
O conhecimento dos seres humanos possui várias características importantes, e uma 
boa maneira de começar a estudar essas características é classificar o conhecimento 
em várias modalidades diferentes, cada uma com particularidades próprias. Existem 
várias divisões que poderiam ser feitas, e a título de explicação para esse texto, foram 
selecionadas duas principais: conhecimento declarativo X procedural, e conhecimento 
tácito X explícito. 
 
O conhecimento declarativo seria o referente a coisas estáticas, paradas, como por 
exemplo os conceitos de uma ciência, ou a descrição de um objeto. Um exemplo típico 
de conhecimento estático é o significado dos termos de classificação de relevo. O 
conhecimento procedural refere-se às coisas funcionando, como os processos, as 
transformações das coisas, e também como que deve ser o comportamento de um 
profissional em uma determinada situação. Um exemplo de conhecimento procedural 
seria a conduta indicada para um agricultor retirar a licença de um desmatamento que 
queira fazer em sua propriedade. 
 
Encarando o conhecimento por outro ângulo, temos o conhecimento explícito, o qual 
especialista consegue formalizar em linguagem facilmente, de forma transmissível e 
eficaz para outra pessoa. Do outro lado temos o conhecimento tácito (normalmente 
 16 
mais complexo) que seria o “jogo de cintura” que o profissional vai ganhando com a 
prática de sua profissão. De maneira geral, o especialista costuma não ter noção de 
seus conhecimentos tácitos, e mesmo quando o têm, costuma não saber como ele 
funciona e nem a tamanho de sua abrangência. 
 
 
Figura 1 – Comparações entre conhecimento tácito e explicito [ABEL] 
 
 
METODOLOGIA COMMONKADS 
 
CommonKads é uma metodologia para representação do conhecimento, utilizada na 
área de Engenharia de Conhecimento, para a construção de sistemas especialistas. De 
maneira resumida, ela vai indicar como pegar um conhecimento técnico de uma área e 
formalizá-lo de maneira que possa ser criado um programa de inteligência artificial 
utilizador desse conhecimento. O CommonKads vem sendo amplamente testado por 
equipes de programadores de todo o mundo, que confirmam a sua eficiência através 
dos produtos desenvolvidos. 
 
Utilizando a metodologia CommonKads, ao fim do processo temos um programa 
pronto, com boas características, por exemplo: 
 
- Toda uma documentação pronta sobre o conhecimento em questão, que pode 
ser facilmente atualizada, alterada, e até re-utilizada por outros programas 
especialistas. Um exemplo disso, que aliás está sendo estudado atualmente é de como 
pegar o conhecimento de programas especialista em diagnóstico médico, e utilizar não 
só para esse fim, mas também para o gerenciamento do estoque de remédios, 
administração do hospital, alocamento dos pacientes nos diversos setores do hospital, 
e coisas assim. 
 
- Outra característica interessante do CommonKads é que ele consegue abarcar 
os vários tipos de conhecimento do especialista, fornecendo estratégias para extrair as 
várias modalidades de conhecimento (declarativo, procedural, explícito, tácito, 
semântico, episódico, compartilhado, metaconhecimento e outros). 
 
 
MODELOS DE DOMÍNIO, TAREFA E INFERÊNCIA 
 
CommonKads se estrutura como um conjunto de diversos modelo padronizados, que 
vão sendo preenchidos de acordo com o conhecimento que se procura formalizar e 
 17 
com a tarefa que precisa ser cumprida pelo programa. Nós teremos então os modelos 
de Domínio (que vão constituir a Base de Conhecimento do programa) os modelos de 
Inferência (que vão coletar, tratar e analisar os dados da Base de Conhecimento), e os 
modelos de Tarefa (que indicam ao programa e/ou ao usuário quais as etapas que 
devem ser seguidas para resolver cada tipo de problema). 
 
O primeiro modelo é o de organização, que é o mais geral, constituindo-se de um 
conjunto de tabelas que servem para contextualizar melhor a área do conhecimento e 
os problemas para serem resolvidos. Este modelo será importante também por incluir o 
planejamento do restante do processo de modelagem de conhecimento. 
 
Em seguida temos: Modelo de Conhecimento, o de Tarefa, o de Comunicação e por 
último, quando já está quase tudo pronto, o modelo de projeto (que é a partir do qual 
vai começar a escrever o código fonte do programa). Apesar de serem apresentados 
em uma certa ordem, em diversos casos os modelos são construídos paralelamente, é 
comum que apenas ao se chegar aos últimos modelos se perceba mudanças 
estruturais que devam se feitas nos modelos anteriores. 
 
O modelo mais trabalhoso é o Modelo de Conhecimento, para as formas lógicas o 
conhecimento do especialista. Para o Modelo de Tarefa, a metodologia CommonKads 
possui vários modelos padrões, chamados métodos de resolução de problemas; estes 
são procedimentos padrões para tarefas de diagnóstico, classificação, planejamento e 
mais uma gama de tarefas que o programa pode se utilizar para simular o 
comportamento de um especialista. 
 
Por fim, os últimos três modelos são o de Agente, o de Comunicação e o de Projeto, e 
neles já se procura pensar em como o programa vai ser estruturado, quais vão ser as 
partes definidas do código do programa, como uma irá se comunicar com a outra, qual 
a plataforma e a linguagem de programação utilizados, enfim como tudo vai ser 
programado. 
 
EXTRAÇÃO DO CONHECIMENTO 
 
Profissionais 
 
Como visto acima, o conhecimento de um especialista se apresenta de várias maneiras 
diferentes, então a melhor estratégia é atacar de vários ângulos diferentes, tentando 
capturar o saber do profissional em suas diversas facetas. É de praxe começar com 
entrevista, de início bem gerais, onde praticamente só o especialista fala, explicando 
sobre sua formação, sobre as características do conhecimento que possui, sobre os 
problemas que pretendem ser resolvidos. Nessa primeira fase, é importante o 
entrevistador (o próprio engenheiro do conhecimento) ir se familiarizando com os 
termos técnicos utilizados, para que haja uma boa comunicação entre ele e o cientista. 
Progressivamente, as entrevistas vão ficando mais específicas, e também mais 
participativas, com o entrevistador fazendo cada vez mais perguntas sobre assuntos 
que ainda não lhe ficaram muito claros. As entrevistas costumam ser gravadas, 
transcritas ou ao menos feitos relatórios abordando os pontos importantes. 
 
Mas essa não é a única maneira. É importante pedir para o especialista redigir textos, 
escrever listas de conceitos com as suas definições,criar tabelas, hierarquias, 
fluxogramas, esquemas, enfim, se expressar das mais diversas formas possíveis, pois 
 18 
em cada uma o conhecimento apresenta detalhes que não se mostraram nos 
anteriores. Uma outra técnica muito comum é pegar as listas de conceitos redigidos 
pelo especialista, redigir cada um em pequenos cartões, e pedir para o especialista 
então trabalhar agrupando-os de diversas maneiras e mostrando relações e 
dependências entre esses conceitos. 
 
Um método bem interessante é o de pedir ao especialista para ir resolvendo casos-
exemplos: enquanto o especialista resolve os problemas, ele vai explicando todo o 
procedimento que está fazendo e os motivos que o levam a tomar cada linha de 
pensamento e realizar cada ação. Esses casos podem ser fatos documentados que já 
aconteceram, recordações de fatos passados pelo especialista, ou inclusive casos 
práticos (ao vivo) no exato momento em que está acontecendo o problema. É 
importante completar essa parte com casos-imaginários, de forma a poder abranger 
quase todas as possibilidades de casos com os quais o sistema especialista pode se 
deparar. 
 
Dependendo do programa a ser desenvolvido, o conhecimento não precisa ser retirado 
apenas de especialistas, mas também de livros, publicações, tabelas, arquivos, bancos 
de dados, mapas, etc. Neste caso, estes dados também devem complementar a base 
de conhecimento do sistema especialista. 
 
Detalhamento sucessivo em formulários: de posse do conhecimento, este deve ser 
detalhado em formulários da maneira padronizada, até chegar em formas lógicas que 
possam ser implementadas em código fonte. Tanto o programador quanto o 
especialista devem participar desse detalhamento para que não ocorram distorções. 
 
UML (UNIFIED MODELING LANGUAGE) 
 
UML é uma linguagem já muito utilizada em Engenharia de Software para uma 
modelagem padronizada no processo de implementação de programas de computador. 
Essa linguagem fornece um conjunto de diagramas, esquemas e desenhos que 
abrangem visões (abstrações) que partem desde o foco usuário, passando pelo 
funcionamento lógico do programa até chegar à fase de programação. A metodologia 
CommonKads incorpora o padrão UML em diversas partes de seu processo, de 
maneira a ser entendida com a menor margem de erros 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA JURÍDICO: 
 
O sistema jurídico é, em maneira ampla, um sistema centralizado e amparado por um 
poder central (o Estado), e que tem como objetivo prescrever normas de conduta para 
o bom relacionamento entre indivíduo X indivíduo, indivíduo X Estado e Estado X 
Estado. De acordo com as teorias jurídicas, o sistema jurídico não obriga ninguém a 
seguir uma conduta ou outra, mas obriga a pessoa a sofrer sanções no caso de agir 
contra alguma norma jurídica. Entre as sanções mais comuns estão a prisão, a multa, 
a restrição de direitos e a prestação de trabalhos alternativos. Importantíssima para o 
direito é também é a “coerção”, que é quando o indivíduo deixa de fazer algo ilegal por 
medo da sanção. 
 
 19 
As leis são promulgadas pelo poder legislativo federal, estadual ou municipal, mas 
também existem decretos promulgados pelo poder executivo. Incluem-se ainda as 
resoluções e portarias que são documentos legais referentes a situações bem 
específicas e que normalmente são dispostos pelos órgãos executores e fiscalizadores 
da determinada função. 
 
LÓGICA APLICADA À LINGUAGEM JURÍDICA 
 
A disciplina da Lógica, no Direito, nos dá menos do que em outras ciências (como 
Matemática, Física, etc...), em grande parte porque há uma certa “deriva sintática e 
semântica” no texto dos documentos legais, que pode levar a duplas ou imprecisas 
interpretações. Nessa lógica, há sujeitos ativos (que possuem um direito garantido) e 
sujeitos passivos (que possuem deveres), sendo que os sujeitos podem ser pessoas, 
empresas ou o Estado. A forma lógica de uma lei inclui a Norma Primária, que possui a 
Hipótese (situação coberta pela lei) e a Tese (a conduta prescrita para essa situação). 
Além disse a lei possui a Norma Secundária, que especifica a sanção devida a quem 
desobedece a conduta prescrita na Tese. Por fim, a lógica do direito é deôntica, onde 
só cabem qualificações como “proibido”, “permitido” e “obrigatório”, e não há espaço 
para qualificações como “verdadeiro e falso”, “justo e injusto”, etc. 
 
MODELAGEM DO CONHECIMENTO DE DIREITO AMBIENTAL (utilizado para o 
protótipo de inteligência artificial): 
 
Para a modelagem do conhecimento de Direito Ambiental, foram utilizadas como 
fontes, em quase sua totalidade, os documentos legais originais, dos quais foram 
retirados as diversas restrições legais e as explicações sobre o funcionamento dos 
processos jurídico-ambientais. Também são fontes: artigos de Lógica do Direito, um 
questionário enviado ao setor jurídico do IEF, comentários de advogados sobre a 
aplicabilidade de documentos legais e sobre condutas jurídico-ambientais adequadas. 
Foram feitas 2 entrevistas a um advogado com experiência na área jurídico ambiental e 
uma entrevista a um técnico do IEF. 
 
Selecionou-se os seguintes documentos legais, escolhidos por sua importância 
hierárquica-legal e ecológica, e por não sofrerem alterações com muita freqüência: 
 
 LEI 4771_1965 e LEI 5870_1973 – Código Florestal 
 DEC 1992_1996 - Reservas Particulares do Patrimônio Natural 
 LEI 5.869_1973 - Código de processo civil - Artigo 275 
 LEI 7754 - Proteção das florestas nas nascentes dos rios 
 LEI 6938 e DEC 97632_1989 e DEC 99274_1990 - Política nacional de 
meio ambiente 
 LEI 8171_1991 - Política agrícola nacional 
 Lei 9099_1995 - Juizados especiais cíveis e criminais 
 LEI 9605_1998 e DEC 3179_1999 – Sanções penais para lesões ao meio 
ambiente 
 RESOLUÇÃO CONAMA N 13_90_1990 - Entorno de unidades de 
conservação 
 
Seguindo-se com a metodologia utilizada (CommonKads e UML), a primeira ação foi 
preencher o Modelo de Organização, que foi bastante útil para se organizar as idéias 
sobre o que realmente seria o programa, além do contexto no qual foi planejada sua 
 20 
aquisição. Foram levantados os problemas e oportunidades relacionados ao meio 
ambiente, à cultura e comportamento típicos da comunidade rural, ao sistema jurídico, 
e à organização dos órgãos e instituições que interessam à área de assessoria do 
programa. A partir da contextualização da área, foi possível traçar um planejamento 
das tarefas, dos agentes e dos demais procedimentos que seguiriam a construção do 
programa. 
A segunda etapa foi a de formalização do conhecimento adquirido. Concomitantemente 
às entrevistas e consultas a especialistas, começou-se a formalizar-se o conhecimento 
jurídico-ambiental, segundo as etapas: 
 
1 – Listagem de conceitos relacionados ao assunto, abordados por tópico. 
2 – Leitura dos documentos legais selecionados, sublinhando as partes úteis 
para o programa 
3 – Triagem das partes sublinhadas para organizar em documentos separados 
por tópicos (Processo de Autorização, Restrições legais, Processo Penal e 
sanções, Outros), e dos demais sub-tópicos dentro de cada um desses tópicos 
citados. 
4 – Modelagem lógica em UML das restrições legais, seguida de uma primeira 
programação do código fonte correspondente a elas em Prolog. 
 5 – Elaboração final dos textos de orientação jurídica correspondentes a cada 
caso específico. 
 
A terceira etapa abrangeu o Modelo de Tarefa, e ao mesmo tempo já começou a 
abordar assuntos tangentes aos Modelos de Agentes e de Comunicação. O Método de 
Solução escolhido como principal foi o de Avaliação (já detalhado na Metodologia 
CommonKads), em que o agente lógico irá checando seqüencialmente as informações 
sobre o caso específico e verificando a legalidade através das restrições lógicas já 
modeladas. Desta maneira, o usuário vai digitando as informações sobre a sua área e 
sobre as condutas, agrupadas em temas (porcentagem desmatada, distância de corpos 
d’água, restrições de relevo, restrições de vegetação,restrições político-
administrativas, etc.); assim que vai se tornando possível, as restrições legais vão 
sendo testadas junto aos dados já disponíveis. No exato momento em que é detectada 
uma irregularidade legal, aparece ao usuário um alerta, calculando as devidas sanções 
e explicando a importância ecológica dessa restrição de conduta. Caso o usuário 
chegue ao fim da checagem de todas as restrições legais, é feito um balanço geral do 
desmatamento e fecha-se com uma conclusão final. 
 
As demais tarefas já seguem diretamente para o texto de assessoria legal, precisando, 
quando muito, diferenciar entre duas ou três situações possíveis através de uma 
interface intermediária. 
 
A quarta etapa terminou de esclarecer o Modelo de Agente e de Tarefas, através dos 
diagramas padrões de UML. Foi feito um esquema geral do programa, um diagrama de 
seqüência e um outro explicando as diversas estruturas do programa com as 
comunicações de dados entre si. 
 
Em quinto, começa-se a programação efetiva do código fonte, desde a interface, e 
incluindo o código necessário à tarefa de Avaliação, que é o corpo lógico principal da 
estrutura de inferência. Na documentação de referência (Resultados) há uma estrutura 
esqueleto que dá uma visão geral sobre o código do programa, e o Anexo deste 
relatório apresenta uma simulação do programa em execução. 
 21 
 
De acordo com que cada parte terminava de ser programada, eram realizados testes 
avaliando a sua eficácia e a existência de erros de sintaxe no código fonte. Ao longo 
dos testes, foram feitos alguns ajustes para uma interface mais amigável, e 
apareceram também algumas idéias sobre a estrutura do código fonte, idéias estas que 
foram incorporadas. 
 
Documentação de Referência 
 
Modelagem do Conhecimento em Direito Ambiental 
 
Relativas à tarefa de avaliar ilegalidade de desmatamento 
 
Glossário: 
 
Lícito: conduta ou situação que está dentro dos parâmetros permitidos pela lei. 
Ilícito: conduta ou situação que está fora dos parâmetros permitidos em lei. 
Jurisprudência: Ao lado das leis, é uma das fontes às quais o juiz consulta quando vai 
decidir se uma conduta é ilícita ou não. A jurisprudência é o conjunto dos veredictos de 
casos anteriores, que sejam semelhantes e aos quais foi aplicada a mesma lei. 
Juristas: Estudiosos das leis que estudam suas relações lógicas entre si, procurando a 
interpretação correta e analisando as contradições e contrariedades entre os 
documentos legais. 
Coerção: Efeito da lei sobre a sociedade, quando as pessoas deixam de fazer atos 
ilegais porque existe a lei e existe a polícia, mas sem que seja preciso aplicar as 
sanções sobre elas, só o medo destas já é o suficiente. 
Deôntico: que trata do ramo do dever, de uma pessoa mandar ou aconselhar outra 
 
 
 
 22 
Aquisição do Conhecimento 
 
Estrutura: 
 
 Proibições no planejamento 
Orientação legal ao usuário 
 Incentivos (Poder Público) – orientar política ambiental, agrícola, etc... 
 Atualização -Alterações nas leis 
 -Revogações 
 -Novas leis 
 
Níveis de Conhecimento 
 
 Conhecimento Declarativo 
- Leis, decretos, portarias, tratados internacionais 
- Exigências legais 
- Fiscalização 
- Sanções 
- Ações e obras legais e ilegais (divididas entre: permitidas, proibidas e 
obrigadas). 
- Direitos pessoais e de empresas 
- Instituições jurídicas 
 
Conhecimento Procedural 
- Como agir legalmente 
- Como pedir para: desmatar uma área, usar água, usar agrotóxicos, 
extrair minério, autorizações em geral. 
- Como planejar uma política ambiental (poder público e empresa). 
- Como pedir financiamento e incentivos 
- Como acessar as instituições jurídicas competentes 
- Como fazer uma denúncia 
- Como se desenvolve um processo legal 
- Como se cria, altera, revoga uma lei 
- Ações legais e ilegais típicas do meio rural 
 
Conhecimento semântico 
- Principais termos jurídicos 
- Principais termos ambientais 
 
Conhecimento episódico 
- Jurisprudência 
- Boas soluções já encontradas 
- Estatísticas (tempo médio de processo e nº de casos). 
- Conhecimento tácito de advogados 
- Conhecimento tácito de agricultores 
- Sugestões e comentários dos usuários 
Meta conhecimento: 
- Pressões sociais 
 23 
- Jeitos de burlar a lei 
- Problemas de fiscalização 
 
Engenharia do conhecimento 
 
 Aquisição: 
- Pelos documentos legais (livros, jornais, internet) 
- Por textos e comentários (livros, jornais, revistas, internet) 
- Por auxílio de advogados e especialistas em Direito Ambiental 
- Por consulta a instituições jurídicas e de poder normativo 
 
Representação: 
- Conhecimento declarativo 
- Variáveis quantitativas e qualitativas 
- Fluxogramas (pedidos, processos, relações entre as leis, relações 
entre as instituições). 
- Resumos e comentários críticos 
- Esquemas (palavras-chaves e trechos temáticos). 
- Exemplos explicativos 
 
Explicações e justificativas: 
- Fontes 
- Acesso à lei integral 
- Exemplos explicativos 
- Motivos ecológicos e econômicos para as restrições legais 
 
Validação: 
- Eficácia das leis 
- Leis contraditórias 
- Eficácia do diagnóstico jurídico pelo programa 
- Aspecto ético (leis antiéticas? aconselhar apenas o mínimo legal?) 
 
Inferência: 
- Aplicabilidade da lei 
- Que lei ou informação disponibilizar ao usuário 
 
Informação: 
- O texto legal 
- Estatísticas 
- Variáveis quantitativas e qualitativas 
- Base de conhecimento 
 
 
 
 
 
 
 24 
Domínio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informação da situação aplicável: 
 - Mapas 
 - Informações dadas ao 
usuário 
 
 
Métodos de Seleção de Problemas 
- Inferência 
- Como saber que lei aplicar a cada caso? 
- Esclarecer o assunto e fornecer informação ao usuário, de acordo com 
o interesse pressuposto (por tipo de usuário). 
- Fornecer a opção: “aprofundar mais no assunto”: 
 Mais texto 
 Contatos que podem ser procurados (instituições, 
profissionais, etc.). 
 
 
Lógica do Direito 
 
 
- A Lógica do Direito analisa a forma das normas, mas não chega aos conteúdos 
fáticos (inferência empírica nas situações da vida cotidiana), nem aos conteúdos 
axiológicos (de valores humanos: justiça, desejos, etc...). 
- A disciplina da Lógica, no Direito, nos dá menos do que em outras ciências 
(como Matemática, Física, etc...), em grande parte porque há uma certa “deriva 
sintática e semântica” no texto dos documentos legais, que pode levar a duplas 
ou imprecisas interpretações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Os sujeitos podem ser um indivíduo, um grupo, uma empresa, o Estado, o Ministério 
Público, etc... 
 - Muitas vezes uma lei que expressa um dever já subentende um direito oposto ao 
outro sujeito da relação jurídica (por exemplo, uma lei que proíbe o cidadão de 
Direito 
Direito 
Ambiental 
Sujeito 
Ativo 
(que tem um 
direito) 
Relação Jurídica 
estabelecida em normas 
legais 
 
Sujeito 
Passivo 
(que tem um 
dever) 
 25 
desmatar a propriedade alheia dá ao outro sujeito o direito de não ter sua propriedade 
desmatada por outra pessoa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Hipótese: possui sentenças abertas e gerais, que vão sendo preenchidas pelas 
constantes individuais da situação real analisada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lógica deôntica: 
 
 - Não é declarativa. Trata do dever ser, da proscrição de uma conduta. 
 
CONDUTAS LEGALIDADE (A PESSOA PODE TER ESSA 
CONDUTA?) 
Proibida Ilícito 
Obrigatória Lícito 
Permitida (sempre que não for 
proibida ou obrigatória), inclusive 
quando não há nenhuma norma 
falando sobre essa conduta. 
Lícito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Primária 
Hipótese 
(situação) 
Tese 
(modo de conduta 
prescrito para essa 
situação) 
Norma Secundária 
Especifica a sanção, em 
conseqüência à inobservância 
da conduta devida (Delito). 
Premissa 
Maior 
Norma 
permissiva, que 
versa sobre o 
assunto. 
Premissa 
Menor 
Quando se qualifica 
o fato corrente, que 
está sendo julgado. 
As constantes 
individuais 
preenchem as 
categorias gerais da 
norma. 
Conclusão 
Onde o juiz 
prescreve uma 
relaçãojurídica 
entre os sujeitos, 
dando direito a 
um e dever ao 
outro 
 26 
AS NORMAS PODEM SER 
CLASSIFICADAS EM: 
AS NORMAS NÃO PODEM SER 
CLASSIFICADAS EM: 
Válidas ou não-válidas (única deduzível no 
campo da lógica) 
Verdadeiras ou falsas (já que não 
tratam de objetos do mundo real 
[mundo do ser], e sim do mundo da 
conduta [mundo do dever ser] ). 
Justas ou injustas (dentro da ética e 
axiologia) 
 
Aplicáveis ou não-aplicáveis (pelo método 
de inferência do juiz) 
 
Eficazes e não-eficazes (se as normas 
estão cumprindo os objetivos para o qual 
foram feitas) 
 
Vigentes ou não vigentes (para isso é 
necessário observar o processo legal e a 
jurisprudência). 
 
 
 
ENTREVISTA COM RENATO MAGNO 
Advogado e Técnico em Meio Ambiente 
 
 
Relatório do 1º encontro: 
 
A princípio, foi explicado ao Dr. Renato o propósito do programa e sua forma geral. Dr. 
Renato disse que algumas iniciativas similares, envolvendo fornecimento de dados ao 
usuário através de mapas, foram feitas pelo curso de Engenharia Cartográfica, no 
Paraná, e além de outras atividades de mapeamento que ocorreram também aqui em 
Minas Gerais. Pode ser bom fazer uma pesquisa geral para ver se há programas 
parecidos no mercado. 
 
Depois se passou à questão jurídica. Renato fala que um dos grandes problemas a 
serem enfrentados é o da atualização constante das leis, que estão mudando 
permanentemente. Existem alternativas, como consultar periódicos jurídicos (há uma 
revista, que se chama Fórum Ambiental - ou algum nome parecido), nas bibliotecas de 
faculdades e de tribunais. Existem também serviços por e-mail, fornecidos por sites, 
que informam sempre das últimas alterações legais (infelizmente, alguns desses são 
pagos). Uma tentativa mais radical seria utilizar o site do Planalto Federal diariamente, 
cerca de 1 hora, para estar constantemente atualizado das leis. Além disso, se o 
programa for utilizar das legislações municipais sobre meio ambiente, temos um grande 
problema, pois muitos municípios nem têm a legislação em via digital. Renato 
esclarece que se o programa for feito sobre diretrizes legais bem gerais, como o 
Código Florestal e a Leis de Crimes Ambientais, o problema da atualização fica mais 
simples, pois se tratam de normas mais estáveis, e facilmente gerenciadas no caso de 
alterações. 
 
É ressaltada a necessidade de se fornecer explicações simples para os usuários do 
programa, e que estas devem servir como uma forma de educação ambiental. Inclusive 
há a possibilidade de incentivar os donos de terras a transformá-las em RPPN’s, já que 
assim pagam menos impostos e ganham incentivos em linhas de crédito e ICMS 
ecológico. 
 27 
 
Em relação às autorizações, é preciso estar atento com as mudanças, pois está em 
trânsito uma integração dos processos entre os órgão ambientais. Assim, os 
procedimentos, os documentos exigidos, assim como as instituições a serem 
procuradas podem mudar nos próximos tempos. 
 
Uma questão crucial foi levantada, que é se as “áreas de preservação permanentes” 
(em torno de nascentes, de rios, em picos de morro e outras) participam na hora de 
contar qual é a porcentagem de reserva legal que um proprietário rural deve manter. Se 
terreno tem 1000m2, e nele existe 100m2 de “área de preservação permanente”, e 
também se o dono é obrigado a preservar 30% de sua propriedade (reserva legal), 
então ele deve preservar 300m2 (o que incluiria a área de preservação permanente 
nessa porcentagem) ou 400m2 (colocando a área de preservação permanente a mais, 
além dos 30% ?). Essa é uma dúvida a ser esclarecida com certa urgência. 
 
Outro ponto a ser estudado no diagnóstico jurídico é se a distancia a ser preservada à 
margem do rio é correspondente à do tempo de cheia, escassez ou das ocasiões de 
inundação. Apesar da lei se pronunciar sobre o assunto, na prática é muito difícil medir 
isso, e é preciso decidir como será aplicado à medição no programa. 
 
Enfim, a conduta aconselhada para alguém que descobre já ter feito um desmatamento 
ilegal, ou que já esteja utilizando esse solo para alguma atividade, dependeria da área 
ser de preservação permanente ou de reserva legal. Quando se ultrapassa o limite da 
reserva legal, é aconselhado que o cidadão reserve uma outra área de sua propriedade 
para a recuperação natural (se possível, cercando-a, para que a região fique bem 
delimitada e possa se recuperar sem interferências). No caso das áreas de 
preservação permanente, é preciso que o proprietário deixe de utilizar esse terreno 
imediatamente, para que possa se recuperar o mais rápido possível. É preciso lembrar 
ao agricultor que a reparação ou compensação ambiental que ele fizer, posteriormente 
ao desmatamento ilegal, pode diminuir até 90% o valor da multa, e em alguns casos 
até liquidar a multa e as sanções, quando o desmatamento for pequeno (no caso dos 
juizados especiais – embora, pessoalmente, Renato ache que estes estimulam muito a 
impunibilidade nas questões ambientais). 
 
Encerra-se a entrevista com incentivos ao projeto, e renovando-se a disponibilidade 
para novas entrevistas e aconselhamentos, quando for necessário. 
 
 
Relatório do 2º encontro: 
 
O segundo encontro foi mais direcionado para duas questões específicas: como 
aconselhar o usuário do programa, no caso dele pretender fazer uma denúncia 
ambiental, e, em segundo, no caso do usuário pretender obter mais assessoria jurídica 
além da que está disponível pelo programa. 
 
Quanto ao assunto das denúncias, Renato levantou muitos caminhos possíveis que o 
usuário poderia procurar: a polícia de meio ambiente, a polícia militar de sua cidade, a 
polícia civil da cidade, o departamento de meio ambiente da prefeitura local, o promotor 
do ministério público da cidade, a corregedoria do ministério público, Ongs da região, o 
IEF e o IBAMA, além de outros. A principal questão é que, muitas vezes, o usuário 
pode procurar uma dessas alternativas e não obter nenhum resultado, por falta de 
 28 
interesse, competência ou disponibilidade de quem o estiver atendendo. Pensando 
nisso, é preciso dar ao usuário as várias alternativas, e explicar a ele essa realidade, 
de que talvez ele tenha que recorrer a outros lugares depois de uma primeira tentativa 
frustrada. 
 
Como primeira alternativa, o aconselhado seria a pessoa procurar os órgãos locais, 
recorrendo à polícia militar, ao departamento de meio ambiente da cidade e às Ongs 
locais. Se a denúncia for de um desmatamento, é uma boa idéia acessar o IEF. 
 
Se essas primeiras tentativas não derem resultado, uma boa opção seria procurar a 
polícia civil, o promotor do Ministério Público na cidade, o IBAMA e a AMDA. Caso 
mesmo assim não se consiga resolver, pode-se procurar o Corregedor de promotoria 
do Ministério Público em MG, que obrigaria a entrada de uma ação contra a conduta 
ambiental ilegal. Outra opção interessante, dependendo do tipo de conduta ilegal a que 
se referir a denúncia, é acessar órgãos que estejam diretamente ligados a essa área 
ambiental (IGAM e Copasa, para água, os bombeiros para emergências e atividades 
potencialmente causadoras de incêndios, IEF para desmatamentos, etc.). 
Passou-se para o próximo assunto, que era sobre como indicar assessoria jurídica 
adicional. Renato indicou o site www.ambientebrasil.com.br, como sendo uma boa 
fonte de informações. Além disso, o usuário poderia procurar o SEMAD, a FEAM e a 
OAB, que prestariam uma assessoria ambiental geral ou indicariam novas fontes às 
quais o usuário possa recorrer. 
 
Por último, foi levantado o problema das localizações a serem indicadas dependendo 
da região específica que o programa irá cobrir. Nessa situação inicial do programa não 
seria possível indicar o endereço e telefone dos órgãos em cada cidade; seria possível 
passar alguns telefones e endereços mais gerais, válidos para Minas Gerais (o que já 
seria uma certa restrição de área, se entendermos que a base de conhecimento 
poderia ser usada em outros estados do Brasil). De qualquer forma, é importanteabrir 
portas para o usuário, pois desses primeiros telefones e endereços indicados, ele pode 
conseguir orientações mais específicas e eficazes sobre quem mais procurar e sobre 
as questões jurídicas pertinentes. 
 
 29 
QUESTIONÁRIO RESPONDIDO PELO SETOR JURÍDICO DO IEF 
(transcrito do documento original) 
 
ESCLARECIMENTO SOBRE A ATUAÇÃO DO IEF E A LEGISLAÇÃO DE MEIO 
AMBIENTE 
 
Interessado: Sr. Vitor Vieira Vasconcelos – Setor de Análises Ambientais (SAS) 
 
1) Quais as principais portarias em vigor, utilizadas pelo IEF, em relação à questão do 
desmatamento (especialmente para atividade agropecuária)? 
 
Resposta 
 
Lei Estadual nº 14.309, de 19/06/02 
Decreto Estadual nº 43.710, de 23/01/04 
Portaria IEF nº 140/03, que dispõe sobre intervenção em Área de Preservação 
Permanente 
Portaria IEF nº 161/03, que dispõe sobre a mata seca do Jaíba. 
 A mencionada lei, o decreto e portarias que normatizam a exploração 
florestal em Minas Gerais estão disponíveis nos seguintes sites: 
 SEMAD: www.semad.mg.gov.br 
 IEF: www.ief.mg.gov.br. 
 
 
2) Como está sendo feito o processo de monitoramento e fiscalização por parte do IEF, 
em relação aos desmatamentos? Quais são os meios para isso? Estão sendo 
eficazes? 
 
Resposta 
 
O monitoramento ambiental do Estado de Minas Gerais é realizado aliando vistorias de 
campo com técnicas de sensoriamento remoto, em bases georeferenciadas. 
 
O IEF possui 13 Regionais e 46 Núcleos responsáveis por realizar o monitoramento e o 
controle ambiental em níveis regional e local. Além disso, para se ter um panorama 
macro do Estado, a Coordenação de Controle e Monitoramento – CCM utiliza-se das 
tecnologias de GIS, GPS e SR. As imagens dos satélites NOOA 12, NOAA 16, GOES, 
TERRA/MODIS, ASTER, LANDSAT 5 e 7, são amplamente utilizadas para o 
monitoramento da cobertura vegetal e uso do solo, para a preservação e controle dos 
incêndios florestais e para o controle ambiental. 
 
Por meio desse aparato tecnológico, a CCM disponibiliza informações para os 
Regionais e Núcleos e produz rotas de fiscalização aéreas e terrestres. 
 
O IEF possui uma aeronave (helicóptero) dedicada ao monitoramento, ao controle e à 
fiscalização em Minas Gerais. 
 
Outro meio importante para o controle do desmatamento é o convênio com a Polícia 
Ambiental. Imprescindível parceira na fiscalização, a polícia ambiental também auxilia 
no monitoramento e no controle, pois tem grande capilaridade e realiza levantamentos 
http://www.semad.mg.gov.br/
http://www.ief.mg.gov.br/
 30 
georreferenciados das infrações, os quais podem originar diretrizes para gestão ou 
fiscalização mais eficazes. 
 
O IEF está investindo no sistema Auto Trac, que permitirá o monitoramento e o controle 
da frota de veículos, em tempo real. 
 
3) Qual o procedimento indicado para um agricultor que queira fazer um desmatamento 
em sua propriedade? Quando ele deve pedir autorização para isso (e nesse caso, para 
onde ele deve se dirigir e que documentos ele deve levar)? 
 
Resposta: 
 
A Portaria nº 102 de 17/09/03 dispõe sobre a regionalização operacional do IEF, 
estabelece a sede dos Núcleos Operacionais e Centros Operacionais de floresta, 
pesca e biodiversidade, cuja função corresponde à dos antigos escritórios locais. 
 
O primeiro passo do interessado é procurar a Aflobio mais próxima, que atende o 
Município onde está inserida a respectiva propriedade. No local obterá as informações 
necessárias para a abertura de um processo e procederá à assinatura do requerimento 
para a exploração florestal que pretende realizar. Os documentos básicos para a 
formalização do processo são: certidão atualizada de registro da propriedade com 
respectiva reserva legal averbada, Cartão de Produtor Rural, INCRA, CPF, CI, planta 
planialtimétrica ou croqui, dependendo do tamanho da propriedade e da área a ser 
explorada. 
 
Outros documentos poderão ser solicitados, dependendo da orientação do técnico, 
dada a diversidade de situações que ocorrem no território mineiro, onde podem ocorrer 
peculiaridades locais e regionais. 
 
O interessado tem o direito de requerer a formalização de processo a qualquer tempo. 
 
Todo processo passa necessariamente pela vistoria técnica. 
 
 
4) Quanto tempo demora para o IEF analisar e autorizar um pedido para 
desmatamento? 
 
Resposta: 
 
A tramitação do processo varia conforme cada situação, visto que em alguns casos, 
além de passar pelas Aflobios, poderão ser analisados pelos Núcleos e/ou pelos 
Escritórios Regionais para pareceres específicos, tanto técnicos quanto jurídicos. Além 
disso, determinadas situações precisam do parecer de Conselhos especializados, para 
posterior homologação da Diretoria Geral do IEF. Daí a importância do primeiro contato 
junto a Aflobio ou Núcleo com o técnico que avaliará a complexidade do processo ou 
da pretensão do requerente e a possibilidade do mesmo, que poderá, ao final, ser 
deferido ou indeferido. 
 
Quando deferido o requerente receberá a APEF (autorização para exploração florestal), 
que é o documento que acoberta a atividade de exploração florestal. 
 
 31 
5) Qual a conduta a ser indicada para um agricultor que descobre ter feito um 
desmatamento ilegal (ou seja, que desobedeça os critérios especificados em lei)? 
 
Resposta: 
 
Para qualquer exploração florestal (de desmatamento, inclusive) é preciso que esteja 
de posse da APEF. Se um proprietário realiza a exploração sem estar de posse da 
APEF, que representa a autorização do órgão competente, estará cometendo crime 
ambiental e deve responder por ele à luz da legislação em vigor. 
 
Começando por ser autuado e tendo suas atividades embargadas e os produtos desta 
atividade ilícita apreendidos, podendo ser detido em caso de flagrante. Após, 
responderá ao Ministério Público e arcará com as conseqüências dos desdobramentos 
característicos do trâmite judicial. 
 
No entanto, considerando o direito de ampla defesa, o infrator pode recorrer 
administrativamente, junto ao IEF, podendo protocolizá-lo nas Aflobios, Núcleos ou 
Escritórios Regionais, onde serão julgados em primeira instância, podendo recorrer 
desta decisão junto à CORAD na sede IEF/BH, encaminhando o mesmo em nome do 
Diretor Geral da instituição. 
 
 
6) Qual a conduta a ser indicada para alguém que queira fazer uma denúncia ambiental 
(de desmatamento ilegal, por exemplo)? Que instituições ou órgãos deve procurar e 
que documentos levar? 
 
Resposta 
 
A denúncia pode ser declarada (caso queira se identificar) ou anônima, podendo ser 
dirigida ao IEF e à Polícia Ambiental em quaisquer de suas unidades, a mais próxima 
possível do local da infração. Alguns casos tramitarão no IBAMA, especialmente no 
que se referir a áreas de domínio público federal. As denúncias podem ser feitas por 
cartas, telefone, imprensa etc. 
 
 
7) Um agricultor que desmata uma área de reserva legal pode, como compensação, 
plantar árvores nativas em outra área anteriormente desmatada, ou reservar uma nova 
área para recuperação natural? Se for possível, como funciona esta compensação? 
 
Resposta 
 
A área de reserva legal é averbada à margem do registro de imóvel, no Cartório de 
Registro de Imóveis competente, após passar por todo um procedimento junto ao IEF, 
que resulta na emissão de uma autorização por parte deste órgão para proceder-se à 
averbação. O proprietário toma conhecimento e assina durante a tramitação pertinente 
um Termo de Compromisso de não promover qualquer tipo de exploração, sem a 
prévia autorização do IEF. No caso do crime ambiental sugerido pela pergunta, o 
proprietário arcará com todas as penalidades previstas em lei, especialmente as já 
elencadas na resposta da pergunta de nº 5, podendo, durante o desdobramento, vir o 
Ministério Público a exigir um Termo de Ajustamento de Conduta, que pode implicar em 
medidas de compensação, nas quais pode-se incluir “plantar árvores nativas em outra 
 32 
área anteriormente desmatada” e/ou “reservar uma nova área para recuperação 
natural”. 
 
Obs.: A ABRAMPA vemaprofundando na análise sobre este tema (TAC). 
 
 
8) Quais as demais atividades no meio rural que necessitam de autorização ambiental 
(por exemplo, exploração de madeira, silvicultura, uso de agrotóxicos, etc...)? Em quais 
instituições se deve pedir essas autorizações? Quais os procedimentos e os 
documentos necessários? 
 
Resposta 
 
No caso de exploração de floresta plantada, os procedimentos foram bem 
simplificados. O documento que acoberta a exploração, a DCC (Declaração de Colheita 
e Comercialização), a ser preenchida e protocolizada nas unidades de atendimento do 
IEF, no município de jurisdição, onde está inserida a propriedade. Os procedimentos 
seguem a Portaria nº 133, de 31/10/03. Existem alguns procedimentos específicos 
referentes a esta Portaria, especialmente no que diz respeito a Reserva Legal e floresta 
vinculada à reposição florestal, em que a liberação se dá através de APEF. 
 
Com relação às demais atividades, o empreendedor deverá procurar os núcleos 
operacionais para obter informações a respeito do enquadramento de seu 
empreendimento, preencher o FCE (Formulário de Caracterização do 
Empreendimento), o qual passará por uma avaliação para posterior análise, 
especialmente pelo COPAM. 
 
O IEF é a entidade responsável pela formalização de processo referente a: 
assentamento agrário, carvoejamento, projeto agrícola, projeto florestal, projeto de 
irrigação, projeto pecuário e outras atividades cujos impactos ambientais restringem à 
supressão ou outros danos à vegetação. 
 
Ao IGAM caberá a formalização de processos de atividade não passíveis de 
licenciamento ambiental, mas passíveis de outorga do direito de uso de recursos 
hídricos. 
 
À FEAM caberá a formalização de processos que tratem de mineração, rodovia , 
loteamento urbano, hidrelétrica, indústria, infra-estrutura em saneamento básico 
(sistema de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, disposição de 
resíduos sólidos urbanos, drenagem), linhas de transmissão, gasoduto, oleoduto, 
termelétrica, aeroporto, ferrovia. 
 
O importante é observar que o interessado iniciará o processo na entidade competente 
para conceder o ato administrativo necessário à implantação do empreendimento, 
considerada a característica dominante da atividade a ser implantada. 
 
As atividades passíveis de licenciamento ambiental constam da Deliberação Normativa 
DN 01/09, em que são estabelecidos os critérios e valores para a indenização dos 
custos de análise de pedido de licenciamento ambiental de pequeno, médio e grande 
porte, ficando clara a necessidade de licenciamento ambiental para qualquer atividade, 
 33 
sendo que a de pequeno porte terá um procedimento diferenciado, cabendo ao órgão 
competente estabelecer estes procedimentos considerados como simplificados. 
 
 
9) No caso do agricultor ainda ter dúvidas sobre seus assuntos jurídicos ambientais, 
que órgão ou instituição ele pode procurar? 
 
Resposta 
 
SEMAD – Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 
Tel: 3298 6200 e 3298 6580 
FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente 
Tel: 3298 6200 e 3298 6522 
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas 
Tel: 3337 1816 
COPAM – Conselho Estadual de Meio Ambiente 
Tel: 3295 3216 e 3295 5804 
ABRAMPA – Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente 
Tel: 3292 6189 
IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
Tel: 3299 0759, 3299 0797 e 3299 0700. 
Procuradoria Geral - IEF 
 
 34 
MODELO DE ORGANIZAÇÃO 
 
OM-1 PROBLEMAS E OPORTUNIDADES 
Problemas e 
Oportunidad
es 
Problemas: - Os agricultores não conhecem bem as leis ambientais 
- Não há fiscalização adequada 
- Por isso, é muito comum burlar a lei mesmo sabendo de sua 
existência. 
- Cada vez mais áreas de vegetação nativa estão sendo desmatadas. 
- Os rios estão secando, principalmente as nascentes, devido aos 
desmatamentos nas matas próximas a cursos d’água. 
- Poucos agricultores possuem educação formal e poucos possuem 
acesso à informática. No caso dos grandes agricultores, a situação 
muda. 
- Os critérios econômicos costumam sobrepor-se aos ambientais, 
tanto nas decisões individuais dos agricultores, quanto nas decisões 
políticas. 
- A legislação ambiental está passando por uma constante mudança. 
- Há o risco de o programa ser feito e não ser utilizado. 
- O programa só pode assessorar o usuário. Se ele vai cumprir a 
recomendação legal, já é outra história. 
Oportunidade
s 
- Há um crescente interesse político e das organizações sociais pela 
questão da água. 
- A recente criação dos comitês gestores de bacia são uma boa 
oportunidade para a utilização de programas de assessoramento 
ambiental, em especial na parte hídrica. 
- Há uma organização crescente em relação ao direito ambiental 
- Uma base de conhecimento (IA) em direito ambiental pode ser 
usada em várias outras aplicações. Uma organização abrangente da 
legislação de direito ambiental pode também ser de bom uso em 
pesquisas futuras. 
- O programa pode ser uma ferramenta importante para se analisar o 
Direito Ambiental como um todo, e assim partir para alterá-lo nos 
pontos em que ainda estiver falho. 
- O programa, por explicar ao usuário o motivo ecológico das 
restrições legais, se torna um importante instrumento de educação 
ambiental. 
Contexto 
organizacion
al 
1 Missão Projetar um programa especialista em Prolog, para diagnóstico 
jurídico ambiental. 
Visão Poder ajudar a assessorar os agricultores quanto aos aspectos 
ambientais. (ver diagrama abaixo). 
Objetivos - Passar o conhecimento de direito ambiental para uma base de 
conhecimento. 
- Projetar um mecanismo de inferência que utilize esse conhecimento 
- Construir uma interface amigável ao usuário típico (agricultor rural). 
- Colocar um mecanismo que explique o raciocínio ao usuário 
juridicamente e ecologicamente. 
- Tornar possível que o trabalho gerado neste programa possa ser 
reutilizado no programa Agro-Hydros, para o projeto CRHA do Cetec. 
2 Fatores 
externos 
- Poder político local e regional exercido pelos grandes agricultores e 
pecuaristas. 
- Articulação dentro do comitê gestor de bacia para aplicar o 
programa. 
- Proposição e implantação de novas leis e documentos normativos 
por parte do governo federal, estadual e instituições ambientais e de 
recursos hídricos. 
 35 
3 Estratégia - Utilizar a metodologia CommonKads para explicitar e detalhar o 
conhecimento ambiental. Focar as restrições jurídicas, com as 
respectivas penas usuais e alternativas. 
- Tentar fazer o caminho desde o preenchimento das tabelas até 
chegar na geração do código da base de conhecimento. Gerar o 
máximo possível de documentos para serem usados como referência 
de conhecimento. 
- Programar a estrutura do programa em Gnu Prolog. 
4 Cadeia de 
valores 
(em ordem 
de 
importânci
a). 
- Se o programa está mostrando o diagnóstico jurídico correto. 
- A amplitude legal (número de normas de direito) que a base de 
conhecimento vai abranger). 
- Se a interface com o usuário vai conseguir fazer transmitir bem a 
informação. 
- Documentação de referência gerados. 
Soluções - Mostrar ao usuário os pontos positivos (econômicos e ecológicos) de seguir o direito 
ambiental. 
- Estimular o usuário a informar às autoridades de seus crimes ambientais graves. 
- Gerar a base de conhecimento o máximo separada possível da estrutura de 
inferência, para facilitar posteriores atualizações legais. 
- Assessorar o usuário sobre como conseguir as autorizações e licenças necessárias 
para suas ações. 
- Assessorar o usuário sobre como fazer denúncias ambientais. 
 
 36 
OM-1: VISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa: 
 
Base de conhecimento Manipulação e 
 operações sobre a base 
 
Interface 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A
s
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J
u
ríd
ic
a
 
Usuário 
(agricultor) 
 
 
Informação 
digitada pelo 
usuário 
 
Terreno 
Localizaçã
o no Brasil 
 37 
 
OM-2: Estrutura 1 
 
Poderes executivo, legislativo e judiciário 
Segmentos da sociedade 
Tratados Internacionais 
Países e órgãos internacionais 
Interesses políticos 
Economia 
Órgãos e instituições ambientais 
Ongs 
Empresas 
 
 
 
Geração de Leis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituições: - Tribunais 
 - Ministério Público 
 - Fiscalização 
 - Poder legislativo e executivo 
 Interpretação das leis: 
 - Ciência do Direito 
 - Juristas 
 - Resoluções e 
regulamentos 
 - Jurisprudência 
 
 
 
 
 
 
 
Direito: 
Direito Ambiental: 
- Leis 
- Leis delegadas 
- Decretos - Lei 
- Resoluções 
- Portarias 
Legislação 
diversa, que 
toca na questão 
ambiental 
D
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F
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O
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Sociedade 
 P
o
lític
a
s
 
A
m
b
ie
n
ta
is
 
 38 
 
OM-2 Aspectos variantes 
Estrutura Ver Diagrama acima. 
Processo Nº Tarefa Realizada 
por 
Onde Fonte 
1 Estudar a metodologia 
Common Kads e a 
linguagem UML 
Vitor 
 
Em casa e 
no Cetec 
- Apostila de engenharia 
do conhecimento. 
 - Apostila de UML 
- Informação disponível no 
site do CommonKads e da 
empresa Epistemics 
2 Separar a legislação a 
ser utilizada 
Vitor Cetec - Acervo de Documentos 
Legais já preparado no 
estágio do Cetec 
3 Tratar a legislação a 
ser utilizada 
Vitor Cetec 
4 Entrevistar um 
advogado com 
conhecimentos em 
Direito Ambiental 
Vitor, 
Renato 
Magno 
Em casa 
6 Enviar protocolo com 
perguntas para o setor 
de Assessoria Jurídica 
do IEF. 
Vitor, 
Advogado
s do IEF 
Sede do IEF 
5 Modelar o 
conhecimento na 
metodologia 
CommonKads 
Vitor Em casa 
6 Programar a base de 
conhecimentos em 
Prolog 
Vitor Em casa - Gnu Prolog 
7 Programar a estrutura 
de inferência 
Vitor Em casa - Gnu Prolog 
8 Programar a interface 
com o usuário 
Vitor Em casa - Gnu Prolog 
Pessoas - Usuários: inicialmente, agricultores nativos da região rural 
- Funcionários do sistema judiciários e dos órgãos fiscalizadores 
- Programador, para atualizações no código. 
- Advogado especialista em direito ambiental, com quem será marcada uma 
entrevista. 
Recursos 1- Sistemas de 
informação e 
recursos 
computacionais 
- O código do programa (base de conhecimento, estrutura de 
inferência e interface). 
- Documentos de referência gerados 
- Coleção de documentos legais em via digital, retirados da 
internet. 
- Livros, artigos e apostilas de Direito Ambiental, em papel e/ou via 
digital. 
- Sites da Planalto Federal e da Assembléia Legislativa de Minas 
Gerais, para incrementar e/ou atualizar os documentos legais 
utilizados. 
2- 
Equipamentos 
e materiais 
- Computadores com conexão banda larga. 
 39 
3- Tecnologia, 
patentes, 
direitos 
 
 
 
 
 
- Metodologia CommonKads (livre). 
- Gnu e Swi prolog (softwares livres). 
- O programa será desenvolvido com código livre e aberto, para 
poder ser utilizado pelo público mais amplo possível. 
- Talvez use-se ferramentas acessórias, de esquema sharewhare, 
disponíveis em sites da internet. 
Conheciment
o 
- Conhecimento de programação 
- Conhecimento de Direito Ambiental 
- Conhecimento de Meio Ambiente 
Cultura - Linguagem do usuário 
- Resistência típica a mudanças bruscas em seu modo de se comportar 
 
OM-3 
Decomposição do Processo 
N
º 
Tarefa Realizada 
por 
Onde Insumo de 
conheciment
o 
Intensiva em 
conheciment
o 
Significância 
1 Perguntar a tarefa Interface 1 
2 Ir extraindo do usuário 
as informações sobre a 
área que ele vai 
precisar desmatar 
Estrutura de 
inferência 
 3 
3 Assim que achar uma 
ilegalidade, parar, e dar 
o assessoramento ao 
usuário 
Estrutura de 
inferência, a 
partir da 
checagem 
na base de 
conheciment
o 
 5 
4 Dar a opção de 
continuar a descrição, 
ou reiniciar novamente 
Interface 1 
5 Ensinar a fazer uma 
denúncia ambiental 
Interface 2 
6 Mostrar o caminho para 
conseguir a autorização 
legal de seu 
desmatamento 
Interface 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
OM-4 Insumos de Conhecimento 
Insumo de 
conheciment
o 
Possuíd
o por 
Aplicado em Forma 
adequada 
Lugar 
adequ
ado 
Momento 
adequado 
Qualidade 
adequada 
Documentos 
legais sobre 
meio 
ambiente 
Sites na 
internet 
Montagem de banco 
de documentos 
legais disponível 
Quase (é 
preciso fazer o 
tratamento 
direcionado 
para o uso que 
daremos à 
informação do 
documento). 
Sim 
(Cete
c) 
Sim 
(Praticame
nte já 
terminado) 
Sim (a 
pesquisa 
tem sido 
mais 
abrangente 
do que as 
que se 
encontram 
disponíveis 
no 
mercado). 
Conheciment
o técnico de 
meio 
ambiente 
Vitor e 
Paulo 
Martins 
- Justificativa 
ecológica para as 
leis 
 
Sim (as 
justificativas são 
simples, para o 
nível de 
explicação 
exigido). 
Sim Sim Sim 
Conheciment
o Jurídico 
Vitor e 
Renato 
Vieira 
- Entendimento 
sobre o 
funcionamento do 
Direito 
- Interpretação das 
leis 
- Assessoria jurídica 
Ainda não (em 
grande parte é 
tácito, não 
formalizado. Em 
outras partes é 
ainda deficiente, 
deve ser 
completado por 
pesquisas). 
Sim Ainda não Média 
Vivência com 
a 
comunidade 
do meio rural 
Vitor - Entender o 
comportamento do 
usuário. 
- Elaborar uma 
melhor 
comunicação 
Quase Sim Sim Suficiente 
Procediment
ode 
CommonKad
s 
Vitor e 
material 
de 
pesquis
a 
(apostil
a, e 
sites na 
internet) 
Modelagem do 
conhecimento de 
Direito Ambiental 
Em processo de 
pesquisa 
Sim Sim Média 
Conheciment
o de UML 
Vitor e 
apostila 
de UML 
Modelagem do 
conhecimento de 
Direito Ambiental 
Em processo de 
pesquisa 
`Sim Sim Pouca 
Programação 
em 
linguagem 
Prolog 
Vitor, 
aprendi
do 
durante 
a 
disciplin
a de IA 
Construção do 
código fonte 
Sim Sim Sim Média 
Conheciment
o sobre 
sistemas 
especialistas 
Livro de 
IA 
Arquitetar o 
programa como um 
todo 
Em processo de 
pesquisa 
Sim Sim Pouca 
 
 41 
OM-5 Viabilidade de Execução 
Viabilidade 
Financeira 
1. Benefícios - Melhoras a médio prazo na disponibilidade de recursos hídricos, 
e melhora climática à médio/longo prazo, o que deverá dar 
melhores condições para o desenvolvimento da economia 
agropecuária. 
- Preservação do patrimônio biogenético da região, com benefício 
econômico ainda a ser calculado. 
- Diminuição na erosão e perda de solos, com ganhos para a 
economia agropecuária 
- Melhora na qualidade de vida da população local. 
- Maior disponibilidade hídrica, levando a ganhos no setor 
pesqueiro de grande a pequeno porte, e ainda melhorando a 
navegabilidade dos rios. 
 
2. Valor 
agregado 
esperado 
- São diversos ganhos, devido às melhorias ambientais estarem 
de certa forma tão integradas, que os ganhos em sua preservação 
refletem em muitos e muitos pontos. Fica praticamente impossível 
calcular o valor agregado, principalmente a longo prazo. 
3. Custos 
esperados 
Impressão da apostila de CommonKads e do documento de 
referência gerado (fornecidos pelo Cetec). 
4. Soluções 
alternativas 
- Essa solução é paralela a outras tentativas, como as campanhas 
ambientais no meio rural e a tentativa de coerção pelos órgãos 
fiscalizadores. Porém, não é o caso de exclusão de umas pelas 
outras, mas de ajuntar as várias atividades para tentar criar uma 
relação cada vez mais coerente entre as atividades rurais e o 
meio ambiente. 
- Também há a opção de o Cetec utilizar apenas critérios 
ambientais em seu programa especialista, e abrir mão das 
restrições jurídicas. Isso traria vantagens, com não precisar 
atualizar tão constantemente a base de conhecimento e a 
facilidade de oferecer o mesmo programa a outros países, mesmo 
que tenham legislação completamente diversas (o Direito muda de 
país para país, enquanto os critérios científicos costumam não 
variar

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