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Convênio Ministério da Ciência e Tecnologia / FINEP / Fundo Setorial CT-Hidro / Fundação CETEC / Universidade Federal de Ouro Preto / Instituto Mineiro das Águas Projeto: Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola de Bacia Hidrográfica Nota Técnica NT-CRHA - 27 / 2004 PROTÓTIPO de SISTEMA ESPECIALISTA para AUXÍLIO à DECISÃO em DIREITO AMBIENTAL em SITUAÇÕES de DESMATAMENTOS RURAIS FFuunnddaaççããoo CCeennttrroo TTeeccnnoollóóggiiccoo ddee MMiinnaass GGeerraaiiss // CCEETTEECC -- DDiirreettoorriiaa ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo ee SSeerrvviiççooss TTeeccnnoollóóggiiccooss -- SSeettoorr ddee TTééccnniiccaass ddee AAnnáálliissee AAmmbbiieennttaall PRESIDENTE CAIO NELSON LEMOS DE CARVALHO DIRETORIA de DESENVOLVIMENTO e SERVIÇOS TECNOLÓGICOS SÍLVIO DIAS PEREIRA NETO DIRETORIA de PLANEJAMENTO GESTÃO e FINANÇAS HÉLCIO d´ALESSANDRO Av. José Cândido da Silveira, 2000 / Cidade Nova / Telefone: (31) 3489-2000 / Fax: (31) 3489-2200. home page: http://www.cetec.br / correio-e: cetec@cetec.br / CEP 31170-000 – Belo Horizonte – MG FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO de MINAS GERAIS Convênio Ministério da Ciência e Tecnologia / FINEP / Fundo Setorial CT-Hidro / Fundação CETEC Projeto - Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola de Bacia Hidrográfica Nota Técnica NT-CRHA - 27 / 2004 PROTÓTIPO de SISTEMA ESPECIALISTA para AUXÍLIO à DECISÃO em DIREITO AMBIENTAL em SITUAÇÕES de DESMATAMENTOS RURAIS Paulo Pereira MARTINS Junior Coordenador Belo Horizonte Novembro de 2004 FFFUUUNNNDDDAAAÇÇÇÃÃÃOOO CCCEEENNNTTTRRROOO TTTEEECCCNNNOOOLLLÓÓÓGGGIIICCCOOO DDDEEE MMMIIINNNAAASSS GGGEEERRRAAAIIISSS /// CCCEEETTTEEECCC DIRETORIA de DESENVOLVIMENTO e SERVIÇOS TECNOLÓGICOS Setor de Técnicas de Análise Ambiental Coordenação: Paulo Pereira Martins Junior Autor: Vitor Vieira Vasconcelos TÍTULO Nota Técnica: NT-CRHA-27/2004 PROTÓTIPO DE SISTEMA ESPECIALISTA PARA AUXÍLIO À DECISÃO EM DIREITO AMBIENTAL EM SITUAÇÕES DE DESMATAMENTOS RURAIS Lista de distribuição: FINEP Memória técnica CETEC, FINEP, SAS, IGAM Objetivos 1 - Estabelecer em sistema de inteligência artificial as questões legais sobre o desmatamento. 2 - Apresentar o programa em PROLOG. Colaboração: Conclusões 1 – Foi desenvolvido o protótipo com: 2 - Conceitos de IA. - Características da Inteligência artificial, Sistemas Especialistas e Multi- especialistas, Agentes, Redes Neurais, - Árvores de decisão, Buscas: - Profundidade X Largura, Busca Heurística, Estratégias de controle 3 - PROLOG / realizada a Sintaxe, Base de conhecimento, - Exemplos em direito ambiental, Encadeamento para trás, Árvores por Recursão. 4 - Ferramentas de lógica utilizadas: Operadores Lógicos, Regras de Inferência, Cláusulas de Horn, Simulação de lógicas não-clássicas para o projeto. 5 – Desenvolvida a engenharia de conhecimentos com: conhecimento humano, metodologia CommonKads, modelo de domínio, tarefa e inferência, extração do conhecimento, profissionais, Detalhamento sucessivo em formulários UML. 6 – Referenciado o Direito Ambiental: Funcionamento do sistema jurídico, Lógica aplicada à linguagem Jurídica, Modelagem do Conhecimento de Direito Ambiental. 7 – Material de referência gerado no processo de Modelagem do Conhecimento: glossário, aquisição do Conhecimento, estrutura, níveis de Conhecimento, engenharia de conhecimento, método de seleção de problemas, lógica do Direito. Relatório das Entrevistas e Questionários. Modelo de Organização modelagem do conhecimento, modelagem de agentes, tarefas, comunicação e projeto, Textos Gerados: Procedimento para autorização de desmatamentos, Como fazer uma denúncia ambiental, Órgãos específicos para cada tipo de denúncia ambiental em MG, Telefones de entidades ambientais, para denúncias ou assessoria, Endereços e telefones de Ministérios Públicos no Brasil, Como obter mais assessoria jurídica, Conduta ao descobrir ter feito um desmatamento ilegal, Atenuantes e agravantes, Penas Alternativas, Informações sobre o juizado especial, Estrutura Esqueleto do Programa. 8 - Projeto e implementação do aplicativo: Interface, Divisão em módulos do programa, Comentário de trechos do código experimental. 9 – Código Fonte; 10 - Avaliação crítica do produto. Atualizações do programa e da documentação de referência. Atividades posteriores Autores: VASCONCELOS, Vitor Vieira, MARTINS JR., P.P. Aprovado por Coordenação do Projeto CRHA Paulo P. Martins Jr. Classificação: Nota Técnica Data de emissão: 25 / 10 / 2004 Projeto: Conservação de Recurso Hídrico no Âmbito da Gestão Ambiental e Agrícola de Bacia Hidrográfica CETEC-SAS / UFOP-EM-DEGEO / Data de aprovação: / IGAM / Fundo Setorial CT-Hidro MCT 30 / 10 / 2004 LISTA de NOTAS TÉCNICAS PRÉVIAS 01. MARTINS Jr., P.P.; CARNEIRO, J.A.; FERREIRA, O.C.; ENDO, I. As Proposições Metodológicas do Projeto CRHA. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 01 / 2003. 02. MARTINS Jr., P.P.; WERNECK, C.; CARNEIRO, J.A.; VASCONCELOS, V.V. Cursos d’Água, Sub-Bacias e Variáveis Discriminantes. Belo Horizonte: Fundação CETEC, Inst. Geoc. Aplicadas - IGA. Nota Técnica NT-CRHA 02 / 2003. 03. MARTINS Jr., P.P.; MARQUES, A.F.S. e M.; SIQUEIRA, J.L. Introdução a Questões Ligadas ao Sistema SisDec AGRO-HYDROS . Belo Horizonte: Fundação CETEC, Dept. C. Computação UFMG-DCC. Nota Técnica NT-CRHA 03 / 2003. 04. MARTINS Jr., P.P.; WERNECK, C.; BARBOSA, G.L. Estrutura de Bases de Dados do Sistema SIGea . Belo Horizonte: Fundação CETEC, IGA. Nota Técnica NT-CRHA 04/2004. 05. MARTINS Jr., P.P.; MARQUES, A.F.S. e M.; MOURA, L. do C.; NOVAES, L.A. d’A.; WERNECK, C.; HUGUET, A.B. Informações Cartográficas Padrão do Projeto CRHA. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 05 / 2004. 06. MARTINS Jr., P.P.; MARQUES, A.F.S. e M.; BARBOSA, G.L. Descrição das Variáveis para o Sistema SIGea. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 06 / 2003. 07. MARQUES, A.F.S. e M. Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação da Terra no Sistema de Capacidade de Uso. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 07 / 2003. 08. MARQUES, A.F.S. e M.; MARTINS Jr., P.P. Organização dos Atributos de Solos em um Sistema Lógico de Conhecimento para Decisão no SisDec AGRO-HIDROS . Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 08 / 2003. 09. FERREIRA, E.N.; MARTINS Jr., P.P. Metodologia da Determinação da Unidade Hidrológica Instantânea das Sub-Bacias do Vale do Rio Paracatu. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 09 / 2003. 10. TOLENTINO, J. A.; MARTINS Jr., P.P. SIGea em Access 2000. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 10 / 2004. 11. MARTINS Jr., P.P.; SIQUEIRA, J.L. A Estrutura do Conhecimento para o Sistema de Decisão AGRO-HYDROS . Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFMG-DCC. Nota Técnica NT-CRHA 11 / 2003. 12. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A. de O.; CARNEIRO, J.A. Ecovilas e Permacultura. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. NT-CRHA 12 / 2005. 13. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A. de O.; CARNEIRO, J.A. Plano Econômico para Florestas Ecológico-Econômicas e Agricultura Consorciada. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 13 / 2004. 14. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A. de O.; CARNEIRO, J.A. Madeiras de Lei, Plantas Oleaginosas, Protéicas e Energéticas em Permacultura. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 14 / 2005. 15. MARTINS Jr., P.P.; VASCONCELOS, V.V. Comentário à Legislaçãosobre Águas em Correlações ao Uso, Outorga, Conservação e Preservação. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 15 / 2004. 16. MARTINS Jr., P.P.; SIQUEIRA, J.L.; VASCONCELOS, V.V. Outorga Instrumento a Desenvolver. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFMG-DCC. Nota Técnica NT-CRHA 16 / 2004. 17. NUNES, H.M.T.; NASCIMENTO, O. B.; MARTINS Jr., P.P. Base de Dados Meteorológicos. Belo Horizonte: Fundação CETEC, Inst. Min. de Gestão das Águas – IGAM - SIMGE, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 17 / 2004. 18. MARTINS Jr., P.P. Ethica, Ecologia e Economia. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP- EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 18 / 2004. 19. MARTINS Jr., P.P.; IUNES, M.A.O. Rodas de Correlações e Impactos em Planejamento Ecológico-Econômico de Bacia Hidrográfica – O Sistema SisORCI . Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 19 / 2004. 20. HUGUET, A.B.; MARTINS Jr., P.P.; SANTOS, M. Orto-Retificação e Construção 3 D de Imagens de Aerofotos. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 20 / 2004. 21. MOURA, L. do C.; MARTINS Jr., P.P.; CHAVES, C. F. Sub-Bacia Entre Ribeiros – Impactos Agrícolas. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 21 / 2003. 22. CARVALHO, F.E.C.; FIRMIANO, R.G.; MARTINS Jr., P.P. Análise Fluviométrica de Estações em Operação na Bacia do Paracatu. Belo Horizonte: IGAM, Fundação CETEC. Nota Técnica NT-CRHA 22 / 2004. 23. MARTINS Jr., P.P.; ROSA, S.A.G.; CANTISANO, M.A.M. Metodologia para a Cartografia das Quatro Abordagens. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 23 / 2005. 24. VASCONCELOS, V.V.; MARTINS Jr., P.P. Levantamento Cartográfico de Projetos Realizados para o Vale do Paracatu. Belo Horizonte: Fundação CETEC. Nota Técnica NT- CRHA 24 / 2005. 25. MARTINS Jr., P.P. Uso da Cartografia e Técnicas de Análise em Múltiplas Escalas para Gestão Ambiental e Projetos Agrícolas. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM- DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 25 / 2004. 26. MARTINS Jr., P.P. Lógica Agro-Hidro-Ambiental em Ordenamento do Uso da Terra. Belo Horizonte: Fundação CETEC, UFOP-EM-DEGEO. Nota Técnica NT-CRHA 26 / 2004. 8 PROTÓTIPO DE SISTEMA ESPECIALISTA PARA AUXÍLIO À DECISÃO EM DIREITO AMBIENTAL EM SITUAÇÕES DE DESMATAMENTOS RURAIS OBJETIVOS JUSTIFICATIVA RESUMIDA Partindo das premissas acima, esta proposta tem como meta: criar uma lógica agro-hidro-ambiental para bacias visando a contextualizar as atividades agrícolas, com ou sem suporte de irrigação, sob o ponto de vista do conceito de ordenamento do território e gestão agro-ambiental dos recursos hídricos. O projeto é uma abordagem integrada do regional com o local de modo recíproco. Para efetivar esse enfoque, a gestão do recurso hídrico deverá estar tratada como: [4] planejar o ordenamento do uso da terra na bacia dentro de um enfoque hidro-agrícola Parte-se da idéia de ordenamento do território com o uso optimal do mesmo, a ser simulado com um Sistema de Informação e um Sistema de Decisão que envolvem: [4] fazer balanços de segurança ambiental METODOLOGIA 12. Abordagem interdisciplinar para a gestão ambiental agrícola: 15. Sistemas de Informação - SIGAM e AGRO-HYDROS - Esses sistemas constituem-se como os sistemas que de fato sustentam a base da informação científica necessária para auxiliar a gestão em todos os seus níveis operacionais: [2] Sistema de Decisão [ AGRO-HYDROS ] que permite modelar decisões com o uso de inteligência artificial e modelos especialistas por meio do estabelecimento e uso de um amplo sistema de critérios lógico / formais / sistêmicos; deverá ser realizado em LINUX e PROLOG para gerar um sistema especialista. 18. Desenvolvimento de métodos e conteúdos didáticos e de comunicação para transferir os sistemas para os usuários - Agência, Prefeituras, Legislativo, Secretarias, Fundações a população civil. 9 RESULTADOS EXPERADOS PELO PROJETO 1 – Estudo da bacia tanto ao nível regional para gestão de bacia e Agência de Bacia, quanto ao nível local [projetos agrícolas], e as relações recíprocas regionais para a gestão ambiental; 4 – Criação de um [Sistema de Decisão - AGRO-HYDROS] para atuar com cenários de uso competitivo e/ou compartilhado do recurso hídrico; 5 – Métodos de transferência de informação técnica/ operacional: [1] Agência de Bacia [2] prefeituras [3] empresas [4] proprietários rurais [5] agência de assistência técnica e extensão rural [6] agência ambiental [7] órgãos de planejamento regional; 6 – Descrição e disponibilização de métodos específicos. IMPACTO CIENTÍFICO: [12] Estabelecimento de produtos científicos em diversos níveis estruturados de informação e com linguagem e semiótica amigáveis. CRONOGRAMA FÍSICO 1. identificação de critérios ambientais, geográficos, agrícolas, geológicos, hidrogeológicos, climatológicos, geomorfológicos e de vegetação 2. identificação de condicionantes lógico-formais para a decisão sistêmica, 5. programação de um sistema especialista como parte do AGRO-HYDROS SUMÁRIO 1 - Do protótipo 2 - Conceitos de IA - Características da Inteligência artificial - Sistemas Especialistas e Multi-especialistas - Agentes - Redes Neurais - Árvores de decisão - Buscas: - Profundidade X Largura - Busca Heurística - Estratégias de controle 3 - Prolog - Sintaxe - Base de conhecimento 10 - Exemplos em direito ambiental - Encadeamento para trás - Árvores por Recursão 4 - Ferramentas de lógica - Operadores Lógicos - Regras de Inferência. - Cláusulas de Horn - Simulação de lógicas não-clássicas para o projeto 5 - Engenharia do conhecimento - Conhecimento humano - Metodologia CommonKads - Modelo de domínio, tarefa e inferência - Extração do conhecimento - Profissionais - Detalhamento sucessivo em formulários - UML 6 - Direito Ambiental - Funcionamento do sistema jurídico - Lógica aplicada à linguagem Jurídica - Modelagem do Conhecimento de Direito Ambiental 7 – Material de referência gerado no processo de Modelagem do Conhecimento - Glossário - Aquisição do Conhecimento - Estrutura - Níveis de Conhecimento - Engenharia de Conhecimento - Método de seleção de problemas - Lógica do Direito Relatório das Entrevistas e Questionários Modelo de Organização - Modelagem do Conhecimento - Modelagem de agentes, tarefas, comunicação e projeto - Textos Gerados - Procedimento para autorização de desmatamentos - Como fazer uma denúncia ambiental - Órgãos específicos para cada tipo de denúncia ambiental em MG - Telefones de entidades ambientais, para denúncias ou assessoria - Endereços e telefones de Ministérios Públicos no Brasil - Como obter mais assessoria jurídica - Conduta ao descobrir ter feito um desmatamento ilegal - Atenuantes e agravantes - Penas Alternativas - Informações sobre o juizado especial - Estrutura Esqueleto do Programa 8 - Projeto e implementação do aplicativo - Interface - Divisão em módulos do programa 11 - Comentário de trechos do código experimental 9 – Código Fonte 10 - Conclusão - 1 página - Avaliação crítica do produto - Atualizações do software e da documentação de referência - Atividades posteriores DO PROTÓTIPO Precedendo o Agro-HYDROS, foi programado um pequeno programa especialista com o objetivo de assessorar o usuário em problemas básicos que envolvem a questão jurídica e ambiental. Foram utilizados conhecimentos específicos de Direito e Ecologia, para explicar ao usuário a eventual ilegalidade de suas condutas em relação ao meio ambiente. Assessorar um usuário em todas as suas condutas jurídico-ambientais seria uma tarefa demasiado ampla, tanto pela imensa possibilidade de ações de um usuário, quanto pelo número muito grande de documentos legais que versam sobre este assunto (seriam aplicáveis milhares deleis, decretos e portarias). Para este trabalho, foi escolhida uma situação específica: um usuário típico do meio rural que deseja fazer um desmatamento em sua propriedade, afim de utilizar essa área para suas atividades (ou que se encontra frente a um desmatamento já feito e precisa avaliar a sua legalidade). Além disso, foi escolhido restringir-se a um conjunto determinado de documentos legais, que será especificado a seguir. Que conselhos ou informações passar a esse usuário? O programa precisa avaliar a legalidade de seu desmatamento a partir dos dados digitados, como a área desmatada, a proximidade de corpos d’água, e outros mais. Outras informações importantes seriam: como fazer para pedir uma autorização para seu desmatamento, como fazer uma denúncia contra um desmatamento ilegal e, no caso da assessoria ser insuficiente, indicar onde pode-se conseguir mais informação. O programa se inicia com uma interface que pergunta ao usuário que tipo de assessoria ele deseja. Dependendo da opção escolhida, o programa continua fazendo as perguntas seguintes, até conseguir um quadro da situação do usuário que se enquadre em uma das situações em que há uma conduta disponível para ser aconselhada. Todo o procedimento para a construção do sistema especialista foi desenvolvido dentro da metodologia CommonKads, que fornece um conjunto de procedimentos padronizados e já testados, de forma a conseguir um programa, uma base de conhecimento e um conhecimento de inferência eficazes e reutilizáveis em outras situações. O código fonte foi desenvolvido em Prolog, principalmente devido à sua orientação ao raciocínio lógico e Inteligência Artificial. 12 INTRODUÇÃO CARACTERÍSTICAS da INTELIGÊNCIA ARTIFICAL O principal objetivo dos sistemas de IA (Inteligência Artificial), é executar funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes. É um conceito amplo, e que recebe tantas definições quanto damos significados diferentes à palavra Inteligência. Podemos pensar em algumas características básicas desses sistemas, como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano). SISTEMAS ESPECIALISTAS E MULTI-ESPECIALISTAS Sistemas especialistas são programas que têm como objetivo simular o raciocínio de um profissional “expert” em alguma área de conhecimento bem específica. Por exemplo, um sistema especialista em “câncer de mama” (área específica da medicina) perguntaria certos dados ao usuário e forneceria um diagnóstico acrescido de um aconselhamento profissional sobre o que seria o melhor a fazer nesse caso informado. Sistemas Multi-Especialistas são uma tendência moderna, visto que muitos problemas não são possíveis de se resolver com apenas um profissional especialista, mas apenas com toda uma equipe multidisciplinar. Nesse caso, o programa se torna especialista em dois ou mais ramos de áreas científicas distintas, e usa esses conhecimentos de forma integrada para fornecer o melhor aconselhamento possível. AGENTES Em IA, costuma-se definir como Agentes as diversas entidades que participam do processo de execução do programa. Normalmente, cada agente é um bloco de código independente no programa, embora também costumem ser considerados agentes os usuários, máquinas e computadores agregados ao programa. REDES NEURAIS São programas em que o raciocínio funciona de maneira paralela entre diversos agentes (que seriam como “neurônios”). Esses programas têm como característica marcante a capacidade de reconhecer padrões em um certo conjunto de entradas de dados, portanto são muito usados em programas de aprendizagem e de reconhecimento de padrões sensitivos e de dados. 13 ÁRVORES DE DECISÃO É a maneira mais comum de se representar o conhecimento em IA. Uma árvore possui vários nós, e de cada nó podem sair ramos que levam a outros nós. O programa vai percorrer esses caminhos, e ao encontrar a solução, retorna ao usuário a resposta encontrada e/ou o procedimento utilizado para encontrá-la. Árvores de decisão são muito utilizadas para descrever linhas de comportamento, e também para percorrer todas as opções possíveis de raciocínio a partir de um problema proposto. Para percorrer uma árvore, podem ser utilizados diversos processos de busca. BUSCA: Profundidade X Largura A busca em Profundidade escolhe um caminho na árvore de decisão e o percorre até o fim deste, enquanto a busca por Largura vai testando gradativamente cada possibilidade, sem se aprofundar demais em cada um dos caminhos. Busca Heurística Analisa logicamente os dados do problema de forma a escolher qual o caminho mais provável de se encontrar a solução. Estratégias de Controle Métodos mais avançados que vão interagir heurísticas com buscas gradativas em largura e profundidade, procurando a maneira mais rápida e segura para resolver o problema. PROLOG SINTAXE: Linguagem declarativa de programação de computadores, que se utiliza basicamente de chamadas e recursões. Desta maneira, guardam-se axiomas lógicos, os quais podem fornecer ao usuário parte de suas informações nas situações em que se fornecer determinados parâmetros destes axiomas. Por exemplo, uma programa com seguinte código: sem_licença(ilegal). Quando o usuário digita: ?- sem_licença(X). %Note que a letra X maiúscula é uma variável que será instanciada O programa responde: X = ilegal Outro exemplo, com os códigos: codigo_florestal(lei,Ano):- busca(Ano). %Chamar o código ‘codigo_florestal’ aciona o código ‘busca’. 14 busca(1965). Usuário: ?- codigo_florestal(lei,X). Resposta: X=1965 BASE DE CONHECIMENTO: Parte do código do programa em PROLOG que se refere aos fatos e informações conhecidos no domínio do problema. Exemplos são rio(poluído), significando um rio que esteja poluído, ou lei(codigo_florestal,federal), significando que a lei codigo_florestal é do tipo federal. A base de conhecimento deve ser separada da estrutura de inferência, que é a parte do programa que irá manipular os dados da base de conhecimento e fornecê-los ao usuário. RECURSÃO PARA TRÁS: Dentro do ambiente Prolog, o usuário sempre digita uma solução (com variáveis a descobrir ou não), e o programa tenta derivar dessa solução um caminho válido através do código do programa. No fim, o programa responde se a conclusão digitada pelo usuário é possível e quais seriam os possíveis valores das variáveis. ÁRVORES POR RECURSÃO: Ao fazer a recursão para trás, muitas vezes o programa se encontra com dois ou mais caminhos a seguir pelo código. Algumas vezes há uma indicação de que caminho se deve seguir, e outras vezes os dois caminhos podem ser percorridos. O conjunto de todos os caminhos forma uma Árvore. Árvores são muito usadas por sistemas especialista para simular as opções de comportamento de uma pessoa. FERRAMENTAS DE LÓGICA OPERADORES LÓGICOS BÁSICOS: So (e/conjunção), (ou/disjunção), (se), (se, e somente se), (negação). Estes operadores, de modo geral, se aplicam a variáveis e a expressões (conjuntos de predicados). CLÁUSULAS DE HORN: São expressões que deduzem uma conclusão b a partir de um conjunto de fatos a. Esse conjunto de fatos a deve estar em conjunção, ou seja, não deve haver disjunção. PROLOG trabalha apenas com cláusulas de Horn. Exemplo: a1a2a3 -> b e não a1a2 -> b. Exemplo de cláusula de Horn em Prolog: uso_de_agua(ilegal, Licenca, Vazao_rio, Vazao_usada):- Vazao_usada< 100, calcula_vazao(Vazao_rio, Vazao_usada, Q710), Q710 > 30,Licenca = n. 15 REGRAS DE INFERÊNCIA: PROLOG utiliza-se de inferência por modus ponens, isto é, consegue descobrir se uma conclusão é possível de ser derivada a partir de uma base de cláusulas de Horn. SIMULAÇÃO DE LÓGICAS NÃO-CLÁSSICAS PARA O PROJETO: Algumas situações previstas para o programa especialista Agro-HYDROS necessitam de tratamentos especiais que não são usualmente bem manipulados pela lógica clássica padrão. Por esse motivo, estão sendo pesquisadas lógicas não- clássicas, que deverão ser simuladas pelo programa. - Lógica temporal: Há situações em que os atributos de “Verdadeiro” e “Falso” não bastam, e é preciso determinar se algo é “Verdadeiro no período de tempo A”, ou “Falso após o evento B”. Para isso, é utilizado um sistema lógico específico que inclui novos operadores para tratar dessas situações. Em PROLOG, há a possibilidade de utilizar listas específicas para cada período de tempo, que armazenarão os valores de variáveis referentes ao determinado período. - Lógica deôntica: É o sistema de lógica usado para indicar condutas e comportamentos, e que inclui as relações de poder entre indivíduos. Enquanto a lógica clássica trata do que “é ou não é”, a lógica deôntica trata do que “se deve ou não fazer”. Na elaboração do sistema de conhecimento, será muito importante deixar bem clara a diferenciação do que é “fato” e do que é “indicação de conduta”. ENGENHARIA do CONHECIMENTO CONHECIMENTO HUMANO: O conhecimento dos seres humanos possui várias características importantes, e uma boa maneira de começar a estudar essas características é classificar o conhecimento em várias modalidades diferentes, cada uma com particularidades próprias. Existem várias divisões que poderiam ser feitas, e a título de explicação para esse texto, foram selecionadas duas principais: conhecimento declarativo X procedural, e conhecimento tácito X explícito. O conhecimento declarativo seria o referente a coisas estáticas, paradas, como por exemplo os conceitos de uma ciência, ou a descrição de um objeto. Um exemplo típico de conhecimento estático é o significado dos termos de classificação de relevo. O conhecimento procedural refere-se às coisas funcionando, como os processos, as transformações das coisas, e também como que deve ser o comportamento de um profissional em uma determinada situação. Um exemplo de conhecimento procedural seria a conduta indicada para um agricultor retirar a licença de um desmatamento que queira fazer em sua propriedade. Encarando o conhecimento por outro ângulo, temos o conhecimento explícito, o qual especialista consegue formalizar em linguagem facilmente, de forma transmissível e eficaz para outra pessoa. Do outro lado temos o conhecimento tácito (normalmente 16 mais complexo) que seria o “jogo de cintura” que o profissional vai ganhando com a prática de sua profissão. De maneira geral, o especialista costuma não ter noção de seus conhecimentos tácitos, e mesmo quando o têm, costuma não saber como ele funciona e nem a tamanho de sua abrangência. Figura 1 – Comparações entre conhecimento tácito e explicito [ABEL] METODOLOGIA COMMONKADS CommonKads é uma metodologia para representação do conhecimento, utilizada na área de Engenharia de Conhecimento, para a construção de sistemas especialistas. De maneira resumida, ela vai indicar como pegar um conhecimento técnico de uma área e formalizá-lo de maneira que possa ser criado um programa de inteligência artificial utilizador desse conhecimento. O CommonKads vem sendo amplamente testado por equipes de programadores de todo o mundo, que confirmam a sua eficiência através dos produtos desenvolvidos. Utilizando a metodologia CommonKads, ao fim do processo temos um programa pronto, com boas características, por exemplo: - Toda uma documentação pronta sobre o conhecimento em questão, que pode ser facilmente atualizada, alterada, e até re-utilizada por outros programas especialistas. Um exemplo disso, que aliás está sendo estudado atualmente é de como pegar o conhecimento de programas especialista em diagnóstico médico, e utilizar não só para esse fim, mas também para o gerenciamento do estoque de remédios, administração do hospital, alocamento dos pacientes nos diversos setores do hospital, e coisas assim. - Outra característica interessante do CommonKads é que ele consegue abarcar os vários tipos de conhecimento do especialista, fornecendo estratégias para extrair as várias modalidades de conhecimento (declarativo, procedural, explícito, tácito, semântico, episódico, compartilhado, metaconhecimento e outros). MODELOS DE DOMÍNIO, TAREFA E INFERÊNCIA CommonKads se estrutura como um conjunto de diversos modelo padronizados, que vão sendo preenchidos de acordo com o conhecimento que se procura formalizar e 17 com a tarefa que precisa ser cumprida pelo programa. Nós teremos então os modelos de Domínio (que vão constituir a Base de Conhecimento do programa) os modelos de Inferência (que vão coletar, tratar e analisar os dados da Base de Conhecimento), e os modelos de Tarefa (que indicam ao programa e/ou ao usuário quais as etapas que devem ser seguidas para resolver cada tipo de problema). O primeiro modelo é o de organização, que é o mais geral, constituindo-se de um conjunto de tabelas que servem para contextualizar melhor a área do conhecimento e os problemas para serem resolvidos. Este modelo será importante também por incluir o planejamento do restante do processo de modelagem de conhecimento. Em seguida temos: Modelo de Conhecimento, o de Tarefa, o de Comunicação e por último, quando já está quase tudo pronto, o modelo de projeto (que é a partir do qual vai começar a escrever o código fonte do programa). Apesar de serem apresentados em uma certa ordem, em diversos casos os modelos são construídos paralelamente, é comum que apenas ao se chegar aos últimos modelos se perceba mudanças estruturais que devam se feitas nos modelos anteriores. O modelo mais trabalhoso é o Modelo de Conhecimento, para as formas lógicas o conhecimento do especialista. Para o Modelo de Tarefa, a metodologia CommonKads possui vários modelos padrões, chamados métodos de resolução de problemas; estes são procedimentos padrões para tarefas de diagnóstico, classificação, planejamento e mais uma gama de tarefas que o programa pode se utilizar para simular o comportamento de um especialista. Por fim, os últimos três modelos são o de Agente, o de Comunicação e o de Projeto, e neles já se procura pensar em como o programa vai ser estruturado, quais vão ser as partes definidas do código do programa, como uma irá se comunicar com a outra, qual a plataforma e a linguagem de programação utilizados, enfim como tudo vai ser programado. EXTRAÇÃO DO CONHECIMENTO Profissionais Como visto acima, o conhecimento de um especialista se apresenta de várias maneiras diferentes, então a melhor estratégia é atacar de vários ângulos diferentes, tentando capturar o saber do profissional em suas diversas facetas. É de praxe começar com entrevista, de início bem gerais, onde praticamente só o especialista fala, explicando sobre sua formação, sobre as características do conhecimento que possui, sobre os problemas que pretendem ser resolvidos. Nessa primeira fase, é importante o entrevistador (o próprio engenheiro do conhecimento) ir se familiarizando com os termos técnicos utilizados, para que haja uma boa comunicação entre ele e o cientista. Progressivamente, as entrevistas vão ficando mais específicas, e também mais participativas, com o entrevistador fazendo cada vez mais perguntas sobre assuntos que ainda não lhe ficaram muito claros. As entrevistas costumam ser gravadas, transcritas ou ao menos feitos relatórios abordando os pontos importantes. Mas essa não é a única maneira. É importante pedir para o especialista redigir textos, escrever listas de conceitos com as suas definições,criar tabelas, hierarquias, fluxogramas, esquemas, enfim, se expressar das mais diversas formas possíveis, pois 18 em cada uma o conhecimento apresenta detalhes que não se mostraram nos anteriores. Uma outra técnica muito comum é pegar as listas de conceitos redigidos pelo especialista, redigir cada um em pequenos cartões, e pedir para o especialista então trabalhar agrupando-os de diversas maneiras e mostrando relações e dependências entre esses conceitos. Um método bem interessante é o de pedir ao especialista para ir resolvendo casos- exemplos: enquanto o especialista resolve os problemas, ele vai explicando todo o procedimento que está fazendo e os motivos que o levam a tomar cada linha de pensamento e realizar cada ação. Esses casos podem ser fatos documentados que já aconteceram, recordações de fatos passados pelo especialista, ou inclusive casos práticos (ao vivo) no exato momento em que está acontecendo o problema. É importante completar essa parte com casos-imaginários, de forma a poder abranger quase todas as possibilidades de casos com os quais o sistema especialista pode se deparar. Dependendo do programa a ser desenvolvido, o conhecimento não precisa ser retirado apenas de especialistas, mas também de livros, publicações, tabelas, arquivos, bancos de dados, mapas, etc. Neste caso, estes dados também devem complementar a base de conhecimento do sistema especialista. Detalhamento sucessivo em formulários: de posse do conhecimento, este deve ser detalhado em formulários da maneira padronizada, até chegar em formas lógicas que possam ser implementadas em código fonte. Tanto o programador quanto o especialista devem participar desse detalhamento para que não ocorram distorções. UML (UNIFIED MODELING LANGUAGE) UML é uma linguagem já muito utilizada em Engenharia de Software para uma modelagem padronizada no processo de implementação de programas de computador. Essa linguagem fornece um conjunto de diagramas, esquemas e desenhos que abrangem visões (abstrações) que partem desde o foco usuário, passando pelo funcionamento lógico do programa até chegar à fase de programação. A metodologia CommonKads incorpora o padrão UML em diversas partes de seu processo, de maneira a ser entendida com a menor margem de erros DIREITO AMBIENTAL FUNCIONAMENTO DO SISTEMA JURÍDICO: O sistema jurídico é, em maneira ampla, um sistema centralizado e amparado por um poder central (o Estado), e que tem como objetivo prescrever normas de conduta para o bom relacionamento entre indivíduo X indivíduo, indivíduo X Estado e Estado X Estado. De acordo com as teorias jurídicas, o sistema jurídico não obriga ninguém a seguir uma conduta ou outra, mas obriga a pessoa a sofrer sanções no caso de agir contra alguma norma jurídica. Entre as sanções mais comuns estão a prisão, a multa, a restrição de direitos e a prestação de trabalhos alternativos. Importantíssima para o direito é também é a “coerção”, que é quando o indivíduo deixa de fazer algo ilegal por medo da sanção. 19 As leis são promulgadas pelo poder legislativo federal, estadual ou municipal, mas também existem decretos promulgados pelo poder executivo. Incluem-se ainda as resoluções e portarias que são documentos legais referentes a situações bem específicas e que normalmente são dispostos pelos órgãos executores e fiscalizadores da determinada função. LÓGICA APLICADA À LINGUAGEM JURÍDICA A disciplina da Lógica, no Direito, nos dá menos do que em outras ciências (como Matemática, Física, etc...), em grande parte porque há uma certa “deriva sintática e semântica” no texto dos documentos legais, que pode levar a duplas ou imprecisas interpretações. Nessa lógica, há sujeitos ativos (que possuem um direito garantido) e sujeitos passivos (que possuem deveres), sendo que os sujeitos podem ser pessoas, empresas ou o Estado. A forma lógica de uma lei inclui a Norma Primária, que possui a Hipótese (situação coberta pela lei) e a Tese (a conduta prescrita para essa situação). Além disse a lei possui a Norma Secundária, que especifica a sanção devida a quem desobedece a conduta prescrita na Tese. Por fim, a lógica do direito é deôntica, onde só cabem qualificações como “proibido”, “permitido” e “obrigatório”, e não há espaço para qualificações como “verdadeiro e falso”, “justo e injusto”, etc. MODELAGEM DO CONHECIMENTO DE DIREITO AMBIENTAL (utilizado para o protótipo de inteligência artificial): Para a modelagem do conhecimento de Direito Ambiental, foram utilizadas como fontes, em quase sua totalidade, os documentos legais originais, dos quais foram retirados as diversas restrições legais e as explicações sobre o funcionamento dos processos jurídico-ambientais. Também são fontes: artigos de Lógica do Direito, um questionário enviado ao setor jurídico do IEF, comentários de advogados sobre a aplicabilidade de documentos legais e sobre condutas jurídico-ambientais adequadas. Foram feitas 2 entrevistas a um advogado com experiência na área jurídico ambiental e uma entrevista a um técnico do IEF. Selecionou-se os seguintes documentos legais, escolhidos por sua importância hierárquica-legal e ecológica, e por não sofrerem alterações com muita freqüência: LEI 4771_1965 e LEI 5870_1973 – Código Florestal DEC 1992_1996 - Reservas Particulares do Patrimônio Natural LEI 5.869_1973 - Código de processo civil - Artigo 275 LEI 7754 - Proteção das florestas nas nascentes dos rios LEI 6938 e DEC 97632_1989 e DEC 99274_1990 - Política nacional de meio ambiente LEI 8171_1991 - Política agrícola nacional Lei 9099_1995 - Juizados especiais cíveis e criminais LEI 9605_1998 e DEC 3179_1999 – Sanções penais para lesões ao meio ambiente RESOLUÇÃO CONAMA N 13_90_1990 - Entorno de unidades de conservação Seguindo-se com a metodologia utilizada (CommonKads e UML), a primeira ação foi preencher o Modelo de Organização, que foi bastante útil para se organizar as idéias sobre o que realmente seria o programa, além do contexto no qual foi planejada sua 20 aquisição. Foram levantados os problemas e oportunidades relacionados ao meio ambiente, à cultura e comportamento típicos da comunidade rural, ao sistema jurídico, e à organização dos órgãos e instituições que interessam à área de assessoria do programa. A partir da contextualização da área, foi possível traçar um planejamento das tarefas, dos agentes e dos demais procedimentos que seguiriam a construção do programa. A segunda etapa foi a de formalização do conhecimento adquirido. Concomitantemente às entrevistas e consultas a especialistas, começou-se a formalizar-se o conhecimento jurídico-ambiental, segundo as etapas: 1 – Listagem de conceitos relacionados ao assunto, abordados por tópico. 2 – Leitura dos documentos legais selecionados, sublinhando as partes úteis para o programa 3 – Triagem das partes sublinhadas para organizar em documentos separados por tópicos (Processo de Autorização, Restrições legais, Processo Penal e sanções, Outros), e dos demais sub-tópicos dentro de cada um desses tópicos citados. 4 – Modelagem lógica em UML das restrições legais, seguida de uma primeira programação do código fonte correspondente a elas em Prolog. 5 – Elaboração final dos textos de orientação jurídica correspondentes a cada caso específico. A terceira etapa abrangeu o Modelo de Tarefa, e ao mesmo tempo já começou a abordar assuntos tangentes aos Modelos de Agentes e de Comunicação. O Método de Solução escolhido como principal foi o de Avaliação (já detalhado na Metodologia CommonKads), em que o agente lógico irá checando seqüencialmente as informações sobre o caso específico e verificando a legalidade através das restrições lógicas já modeladas. Desta maneira, o usuário vai digitando as informações sobre a sua área e sobre as condutas, agrupadas em temas (porcentagem desmatada, distância de corpos d’água, restrições de relevo, restrições de vegetação,restrições político- administrativas, etc.); assim que vai se tornando possível, as restrições legais vão sendo testadas junto aos dados já disponíveis. No exato momento em que é detectada uma irregularidade legal, aparece ao usuário um alerta, calculando as devidas sanções e explicando a importância ecológica dessa restrição de conduta. Caso o usuário chegue ao fim da checagem de todas as restrições legais, é feito um balanço geral do desmatamento e fecha-se com uma conclusão final. As demais tarefas já seguem diretamente para o texto de assessoria legal, precisando, quando muito, diferenciar entre duas ou três situações possíveis através de uma interface intermediária. A quarta etapa terminou de esclarecer o Modelo de Agente e de Tarefas, através dos diagramas padrões de UML. Foi feito um esquema geral do programa, um diagrama de seqüência e um outro explicando as diversas estruturas do programa com as comunicações de dados entre si. Em quinto, começa-se a programação efetiva do código fonte, desde a interface, e incluindo o código necessário à tarefa de Avaliação, que é o corpo lógico principal da estrutura de inferência. Na documentação de referência (Resultados) há uma estrutura esqueleto que dá uma visão geral sobre o código do programa, e o Anexo deste relatório apresenta uma simulação do programa em execução. 21 De acordo com que cada parte terminava de ser programada, eram realizados testes avaliando a sua eficácia e a existência de erros de sintaxe no código fonte. Ao longo dos testes, foram feitos alguns ajustes para uma interface mais amigável, e apareceram também algumas idéias sobre a estrutura do código fonte, idéias estas que foram incorporadas. Documentação de Referência Modelagem do Conhecimento em Direito Ambiental Relativas à tarefa de avaliar ilegalidade de desmatamento Glossário: Lícito: conduta ou situação que está dentro dos parâmetros permitidos pela lei. Ilícito: conduta ou situação que está fora dos parâmetros permitidos em lei. Jurisprudência: Ao lado das leis, é uma das fontes às quais o juiz consulta quando vai decidir se uma conduta é ilícita ou não. A jurisprudência é o conjunto dos veredictos de casos anteriores, que sejam semelhantes e aos quais foi aplicada a mesma lei. Juristas: Estudiosos das leis que estudam suas relações lógicas entre si, procurando a interpretação correta e analisando as contradições e contrariedades entre os documentos legais. Coerção: Efeito da lei sobre a sociedade, quando as pessoas deixam de fazer atos ilegais porque existe a lei e existe a polícia, mas sem que seja preciso aplicar as sanções sobre elas, só o medo destas já é o suficiente. Deôntico: que trata do ramo do dever, de uma pessoa mandar ou aconselhar outra 22 Aquisição do Conhecimento Estrutura: Proibições no planejamento Orientação legal ao usuário Incentivos (Poder Público) – orientar política ambiental, agrícola, etc... Atualização -Alterações nas leis -Revogações -Novas leis Níveis de Conhecimento Conhecimento Declarativo - Leis, decretos, portarias, tratados internacionais - Exigências legais - Fiscalização - Sanções - Ações e obras legais e ilegais (divididas entre: permitidas, proibidas e obrigadas). - Direitos pessoais e de empresas - Instituições jurídicas Conhecimento Procedural - Como agir legalmente - Como pedir para: desmatar uma área, usar água, usar agrotóxicos, extrair minério, autorizações em geral. - Como planejar uma política ambiental (poder público e empresa). - Como pedir financiamento e incentivos - Como acessar as instituições jurídicas competentes - Como fazer uma denúncia - Como se desenvolve um processo legal - Como se cria, altera, revoga uma lei - Ações legais e ilegais típicas do meio rural Conhecimento semântico - Principais termos jurídicos - Principais termos ambientais Conhecimento episódico - Jurisprudência - Boas soluções já encontradas - Estatísticas (tempo médio de processo e nº de casos). - Conhecimento tácito de advogados - Conhecimento tácito de agricultores - Sugestões e comentários dos usuários Meta conhecimento: - Pressões sociais 23 - Jeitos de burlar a lei - Problemas de fiscalização Engenharia do conhecimento Aquisição: - Pelos documentos legais (livros, jornais, internet) - Por textos e comentários (livros, jornais, revistas, internet) - Por auxílio de advogados e especialistas em Direito Ambiental - Por consulta a instituições jurídicas e de poder normativo Representação: - Conhecimento declarativo - Variáveis quantitativas e qualitativas - Fluxogramas (pedidos, processos, relações entre as leis, relações entre as instituições). - Resumos e comentários críticos - Esquemas (palavras-chaves e trechos temáticos). - Exemplos explicativos Explicações e justificativas: - Fontes - Acesso à lei integral - Exemplos explicativos - Motivos ecológicos e econômicos para as restrições legais Validação: - Eficácia das leis - Leis contraditórias - Eficácia do diagnóstico jurídico pelo programa - Aspecto ético (leis antiéticas? aconselhar apenas o mínimo legal?) Inferência: - Aplicabilidade da lei - Que lei ou informação disponibilizar ao usuário Informação: - O texto legal - Estatísticas - Variáveis quantitativas e qualitativas - Base de conhecimento 24 Domínio: Informação da situação aplicável: - Mapas - Informações dadas ao usuário Métodos de Seleção de Problemas - Inferência - Como saber que lei aplicar a cada caso? - Esclarecer o assunto e fornecer informação ao usuário, de acordo com o interesse pressuposto (por tipo de usuário). - Fornecer a opção: “aprofundar mais no assunto”: Mais texto Contatos que podem ser procurados (instituições, profissionais, etc.). Lógica do Direito - A Lógica do Direito analisa a forma das normas, mas não chega aos conteúdos fáticos (inferência empírica nas situações da vida cotidiana), nem aos conteúdos axiológicos (de valores humanos: justiça, desejos, etc...). - A disciplina da Lógica, no Direito, nos dá menos do que em outras ciências (como Matemática, Física, etc...), em grande parte porque há uma certa “deriva sintática e semântica” no texto dos documentos legais, que pode levar a duplas ou imprecisas interpretações. - Os sujeitos podem ser um indivíduo, um grupo, uma empresa, o Estado, o Ministério Público, etc... - Muitas vezes uma lei que expressa um dever já subentende um direito oposto ao outro sujeito da relação jurídica (por exemplo, uma lei que proíbe o cidadão de Direito Direito Ambiental Sujeito Ativo (que tem um direito) Relação Jurídica estabelecida em normas legais Sujeito Passivo (que tem um dever) 25 desmatar a propriedade alheia dá ao outro sujeito o direito de não ter sua propriedade desmatada por outra pessoa). - Hipótese: possui sentenças abertas e gerais, que vão sendo preenchidas pelas constantes individuais da situação real analisada. Lógica deôntica: - Não é declarativa. Trata do dever ser, da proscrição de uma conduta. CONDUTAS LEGALIDADE (A PESSOA PODE TER ESSA CONDUTA?) Proibida Ilícito Obrigatória Lícito Permitida (sempre que não for proibida ou obrigatória), inclusive quando não há nenhuma norma falando sobre essa conduta. Lícito Norma Primária Hipótese (situação) Tese (modo de conduta prescrito para essa situação) Norma Secundária Especifica a sanção, em conseqüência à inobservância da conduta devida (Delito). Premissa Maior Norma permissiva, que versa sobre o assunto. Premissa Menor Quando se qualifica o fato corrente, que está sendo julgado. As constantes individuais preenchem as categorias gerais da norma. Conclusão Onde o juiz prescreve uma relaçãojurídica entre os sujeitos, dando direito a um e dever ao outro 26 AS NORMAS PODEM SER CLASSIFICADAS EM: AS NORMAS NÃO PODEM SER CLASSIFICADAS EM: Válidas ou não-válidas (única deduzível no campo da lógica) Verdadeiras ou falsas (já que não tratam de objetos do mundo real [mundo do ser], e sim do mundo da conduta [mundo do dever ser] ). Justas ou injustas (dentro da ética e axiologia) Aplicáveis ou não-aplicáveis (pelo método de inferência do juiz) Eficazes e não-eficazes (se as normas estão cumprindo os objetivos para o qual foram feitas) Vigentes ou não vigentes (para isso é necessário observar o processo legal e a jurisprudência). ENTREVISTA COM RENATO MAGNO Advogado e Técnico em Meio Ambiente Relatório do 1º encontro: A princípio, foi explicado ao Dr. Renato o propósito do programa e sua forma geral. Dr. Renato disse que algumas iniciativas similares, envolvendo fornecimento de dados ao usuário através de mapas, foram feitas pelo curso de Engenharia Cartográfica, no Paraná, e além de outras atividades de mapeamento que ocorreram também aqui em Minas Gerais. Pode ser bom fazer uma pesquisa geral para ver se há programas parecidos no mercado. Depois se passou à questão jurídica. Renato fala que um dos grandes problemas a serem enfrentados é o da atualização constante das leis, que estão mudando permanentemente. Existem alternativas, como consultar periódicos jurídicos (há uma revista, que se chama Fórum Ambiental - ou algum nome parecido), nas bibliotecas de faculdades e de tribunais. Existem também serviços por e-mail, fornecidos por sites, que informam sempre das últimas alterações legais (infelizmente, alguns desses são pagos). Uma tentativa mais radical seria utilizar o site do Planalto Federal diariamente, cerca de 1 hora, para estar constantemente atualizado das leis. Além disso, se o programa for utilizar das legislações municipais sobre meio ambiente, temos um grande problema, pois muitos municípios nem têm a legislação em via digital. Renato esclarece que se o programa for feito sobre diretrizes legais bem gerais, como o Código Florestal e a Leis de Crimes Ambientais, o problema da atualização fica mais simples, pois se tratam de normas mais estáveis, e facilmente gerenciadas no caso de alterações. É ressaltada a necessidade de se fornecer explicações simples para os usuários do programa, e que estas devem servir como uma forma de educação ambiental. Inclusive há a possibilidade de incentivar os donos de terras a transformá-las em RPPN’s, já que assim pagam menos impostos e ganham incentivos em linhas de crédito e ICMS ecológico. 27 Em relação às autorizações, é preciso estar atento com as mudanças, pois está em trânsito uma integração dos processos entre os órgão ambientais. Assim, os procedimentos, os documentos exigidos, assim como as instituições a serem procuradas podem mudar nos próximos tempos. Uma questão crucial foi levantada, que é se as “áreas de preservação permanentes” (em torno de nascentes, de rios, em picos de morro e outras) participam na hora de contar qual é a porcentagem de reserva legal que um proprietário rural deve manter. Se terreno tem 1000m2, e nele existe 100m2 de “área de preservação permanente”, e também se o dono é obrigado a preservar 30% de sua propriedade (reserva legal), então ele deve preservar 300m2 (o que incluiria a área de preservação permanente nessa porcentagem) ou 400m2 (colocando a área de preservação permanente a mais, além dos 30% ?). Essa é uma dúvida a ser esclarecida com certa urgência. Outro ponto a ser estudado no diagnóstico jurídico é se a distancia a ser preservada à margem do rio é correspondente à do tempo de cheia, escassez ou das ocasiões de inundação. Apesar da lei se pronunciar sobre o assunto, na prática é muito difícil medir isso, e é preciso decidir como será aplicado à medição no programa. Enfim, a conduta aconselhada para alguém que descobre já ter feito um desmatamento ilegal, ou que já esteja utilizando esse solo para alguma atividade, dependeria da área ser de preservação permanente ou de reserva legal. Quando se ultrapassa o limite da reserva legal, é aconselhado que o cidadão reserve uma outra área de sua propriedade para a recuperação natural (se possível, cercando-a, para que a região fique bem delimitada e possa se recuperar sem interferências). No caso das áreas de preservação permanente, é preciso que o proprietário deixe de utilizar esse terreno imediatamente, para que possa se recuperar o mais rápido possível. É preciso lembrar ao agricultor que a reparação ou compensação ambiental que ele fizer, posteriormente ao desmatamento ilegal, pode diminuir até 90% o valor da multa, e em alguns casos até liquidar a multa e as sanções, quando o desmatamento for pequeno (no caso dos juizados especiais – embora, pessoalmente, Renato ache que estes estimulam muito a impunibilidade nas questões ambientais). Encerra-se a entrevista com incentivos ao projeto, e renovando-se a disponibilidade para novas entrevistas e aconselhamentos, quando for necessário. Relatório do 2º encontro: O segundo encontro foi mais direcionado para duas questões específicas: como aconselhar o usuário do programa, no caso dele pretender fazer uma denúncia ambiental, e, em segundo, no caso do usuário pretender obter mais assessoria jurídica além da que está disponível pelo programa. Quanto ao assunto das denúncias, Renato levantou muitos caminhos possíveis que o usuário poderia procurar: a polícia de meio ambiente, a polícia militar de sua cidade, a polícia civil da cidade, o departamento de meio ambiente da prefeitura local, o promotor do ministério público da cidade, a corregedoria do ministério público, Ongs da região, o IEF e o IBAMA, além de outros. A principal questão é que, muitas vezes, o usuário pode procurar uma dessas alternativas e não obter nenhum resultado, por falta de 28 interesse, competência ou disponibilidade de quem o estiver atendendo. Pensando nisso, é preciso dar ao usuário as várias alternativas, e explicar a ele essa realidade, de que talvez ele tenha que recorrer a outros lugares depois de uma primeira tentativa frustrada. Como primeira alternativa, o aconselhado seria a pessoa procurar os órgãos locais, recorrendo à polícia militar, ao departamento de meio ambiente da cidade e às Ongs locais. Se a denúncia for de um desmatamento, é uma boa idéia acessar o IEF. Se essas primeiras tentativas não derem resultado, uma boa opção seria procurar a polícia civil, o promotor do Ministério Público na cidade, o IBAMA e a AMDA. Caso mesmo assim não se consiga resolver, pode-se procurar o Corregedor de promotoria do Ministério Público em MG, que obrigaria a entrada de uma ação contra a conduta ambiental ilegal. Outra opção interessante, dependendo do tipo de conduta ilegal a que se referir a denúncia, é acessar órgãos que estejam diretamente ligados a essa área ambiental (IGAM e Copasa, para água, os bombeiros para emergências e atividades potencialmente causadoras de incêndios, IEF para desmatamentos, etc.). Passou-se para o próximo assunto, que era sobre como indicar assessoria jurídica adicional. Renato indicou o site www.ambientebrasil.com.br, como sendo uma boa fonte de informações. Além disso, o usuário poderia procurar o SEMAD, a FEAM e a OAB, que prestariam uma assessoria ambiental geral ou indicariam novas fontes às quais o usuário possa recorrer. Por último, foi levantado o problema das localizações a serem indicadas dependendo da região específica que o programa irá cobrir. Nessa situação inicial do programa não seria possível indicar o endereço e telefone dos órgãos em cada cidade; seria possível passar alguns telefones e endereços mais gerais, válidos para Minas Gerais (o que já seria uma certa restrição de área, se entendermos que a base de conhecimento poderia ser usada em outros estados do Brasil). De qualquer forma, é importanteabrir portas para o usuário, pois desses primeiros telefones e endereços indicados, ele pode conseguir orientações mais específicas e eficazes sobre quem mais procurar e sobre as questões jurídicas pertinentes. 29 QUESTIONÁRIO RESPONDIDO PELO SETOR JURÍDICO DO IEF (transcrito do documento original) ESCLARECIMENTO SOBRE A ATUAÇÃO DO IEF E A LEGISLAÇÃO DE MEIO AMBIENTE Interessado: Sr. Vitor Vieira Vasconcelos – Setor de Análises Ambientais (SAS) 1) Quais as principais portarias em vigor, utilizadas pelo IEF, em relação à questão do desmatamento (especialmente para atividade agropecuária)? Resposta Lei Estadual nº 14.309, de 19/06/02 Decreto Estadual nº 43.710, de 23/01/04 Portaria IEF nº 140/03, que dispõe sobre intervenção em Área de Preservação Permanente Portaria IEF nº 161/03, que dispõe sobre a mata seca do Jaíba. A mencionada lei, o decreto e portarias que normatizam a exploração florestal em Minas Gerais estão disponíveis nos seguintes sites: SEMAD: www.semad.mg.gov.br IEF: www.ief.mg.gov.br. 2) Como está sendo feito o processo de monitoramento e fiscalização por parte do IEF, em relação aos desmatamentos? Quais são os meios para isso? Estão sendo eficazes? Resposta O monitoramento ambiental do Estado de Minas Gerais é realizado aliando vistorias de campo com técnicas de sensoriamento remoto, em bases georeferenciadas. O IEF possui 13 Regionais e 46 Núcleos responsáveis por realizar o monitoramento e o controle ambiental em níveis regional e local. Além disso, para se ter um panorama macro do Estado, a Coordenação de Controle e Monitoramento – CCM utiliza-se das tecnologias de GIS, GPS e SR. As imagens dos satélites NOOA 12, NOAA 16, GOES, TERRA/MODIS, ASTER, LANDSAT 5 e 7, são amplamente utilizadas para o monitoramento da cobertura vegetal e uso do solo, para a preservação e controle dos incêndios florestais e para o controle ambiental. Por meio desse aparato tecnológico, a CCM disponibiliza informações para os Regionais e Núcleos e produz rotas de fiscalização aéreas e terrestres. O IEF possui uma aeronave (helicóptero) dedicada ao monitoramento, ao controle e à fiscalização em Minas Gerais. Outro meio importante para o controle do desmatamento é o convênio com a Polícia Ambiental. Imprescindível parceira na fiscalização, a polícia ambiental também auxilia no monitoramento e no controle, pois tem grande capilaridade e realiza levantamentos http://www.semad.mg.gov.br/ http://www.ief.mg.gov.br/ 30 georreferenciados das infrações, os quais podem originar diretrizes para gestão ou fiscalização mais eficazes. O IEF está investindo no sistema Auto Trac, que permitirá o monitoramento e o controle da frota de veículos, em tempo real. 3) Qual o procedimento indicado para um agricultor que queira fazer um desmatamento em sua propriedade? Quando ele deve pedir autorização para isso (e nesse caso, para onde ele deve se dirigir e que documentos ele deve levar)? Resposta: A Portaria nº 102 de 17/09/03 dispõe sobre a regionalização operacional do IEF, estabelece a sede dos Núcleos Operacionais e Centros Operacionais de floresta, pesca e biodiversidade, cuja função corresponde à dos antigos escritórios locais. O primeiro passo do interessado é procurar a Aflobio mais próxima, que atende o Município onde está inserida a respectiva propriedade. No local obterá as informações necessárias para a abertura de um processo e procederá à assinatura do requerimento para a exploração florestal que pretende realizar. Os documentos básicos para a formalização do processo são: certidão atualizada de registro da propriedade com respectiva reserva legal averbada, Cartão de Produtor Rural, INCRA, CPF, CI, planta planialtimétrica ou croqui, dependendo do tamanho da propriedade e da área a ser explorada. Outros documentos poderão ser solicitados, dependendo da orientação do técnico, dada a diversidade de situações que ocorrem no território mineiro, onde podem ocorrer peculiaridades locais e regionais. O interessado tem o direito de requerer a formalização de processo a qualquer tempo. Todo processo passa necessariamente pela vistoria técnica. 4) Quanto tempo demora para o IEF analisar e autorizar um pedido para desmatamento? Resposta: A tramitação do processo varia conforme cada situação, visto que em alguns casos, além de passar pelas Aflobios, poderão ser analisados pelos Núcleos e/ou pelos Escritórios Regionais para pareceres específicos, tanto técnicos quanto jurídicos. Além disso, determinadas situações precisam do parecer de Conselhos especializados, para posterior homologação da Diretoria Geral do IEF. Daí a importância do primeiro contato junto a Aflobio ou Núcleo com o técnico que avaliará a complexidade do processo ou da pretensão do requerente e a possibilidade do mesmo, que poderá, ao final, ser deferido ou indeferido. Quando deferido o requerente receberá a APEF (autorização para exploração florestal), que é o documento que acoberta a atividade de exploração florestal. 31 5) Qual a conduta a ser indicada para um agricultor que descobre ter feito um desmatamento ilegal (ou seja, que desobedeça os critérios especificados em lei)? Resposta: Para qualquer exploração florestal (de desmatamento, inclusive) é preciso que esteja de posse da APEF. Se um proprietário realiza a exploração sem estar de posse da APEF, que representa a autorização do órgão competente, estará cometendo crime ambiental e deve responder por ele à luz da legislação em vigor. Começando por ser autuado e tendo suas atividades embargadas e os produtos desta atividade ilícita apreendidos, podendo ser detido em caso de flagrante. Após, responderá ao Ministério Público e arcará com as conseqüências dos desdobramentos característicos do trâmite judicial. No entanto, considerando o direito de ampla defesa, o infrator pode recorrer administrativamente, junto ao IEF, podendo protocolizá-lo nas Aflobios, Núcleos ou Escritórios Regionais, onde serão julgados em primeira instância, podendo recorrer desta decisão junto à CORAD na sede IEF/BH, encaminhando o mesmo em nome do Diretor Geral da instituição. 6) Qual a conduta a ser indicada para alguém que queira fazer uma denúncia ambiental (de desmatamento ilegal, por exemplo)? Que instituições ou órgãos deve procurar e que documentos levar? Resposta A denúncia pode ser declarada (caso queira se identificar) ou anônima, podendo ser dirigida ao IEF e à Polícia Ambiental em quaisquer de suas unidades, a mais próxima possível do local da infração. Alguns casos tramitarão no IBAMA, especialmente no que se referir a áreas de domínio público federal. As denúncias podem ser feitas por cartas, telefone, imprensa etc. 7) Um agricultor que desmata uma área de reserva legal pode, como compensação, plantar árvores nativas em outra área anteriormente desmatada, ou reservar uma nova área para recuperação natural? Se for possível, como funciona esta compensação? Resposta A área de reserva legal é averbada à margem do registro de imóvel, no Cartório de Registro de Imóveis competente, após passar por todo um procedimento junto ao IEF, que resulta na emissão de uma autorização por parte deste órgão para proceder-se à averbação. O proprietário toma conhecimento e assina durante a tramitação pertinente um Termo de Compromisso de não promover qualquer tipo de exploração, sem a prévia autorização do IEF. No caso do crime ambiental sugerido pela pergunta, o proprietário arcará com todas as penalidades previstas em lei, especialmente as já elencadas na resposta da pergunta de nº 5, podendo, durante o desdobramento, vir o Ministério Público a exigir um Termo de Ajustamento de Conduta, que pode implicar em medidas de compensação, nas quais pode-se incluir “plantar árvores nativas em outra 32 área anteriormente desmatada” e/ou “reservar uma nova área para recuperação natural”. Obs.: A ABRAMPA vemaprofundando na análise sobre este tema (TAC). 8) Quais as demais atividades no meio rural que necessitam de autorização ambiental (por exemplo, exploração de madeira, silvicultura, uso de agrotóxicos, etc...)? Em quais instituições se deve pedir essas autorizações? Quais os procedimentos e os documentos necessários? Resposta No caso de exploração de floresta plantada, os procedimentos foram bem simplificados. O documento que acoberta a exploração, a DCC (Declaração de Colheita e Comercialização), a ser preenchida e protocolizada nas unidades de atendimento do IEF, no município de jurisdição, onde está inserida a propriedade. Os procedimentos seguem a Portaria nº 133, de 31/10/03. Existem alguns procedimentos específicos referentes a esta Portaria, especialmente no que diz respeito a Reserva Legal e floresta vinculada à reposição florestal, em que a liberação se dá através de APEF. Com relação às demais atividades, o empreendedor deverá procurar os núcleos operacionais para obter informações a respeito do enquadramento de seu empreendimento, preencher o FCE (Formulário de Caracterização do Empreendimento), o qual passará por uma avaliação para posterior análise, especialmente pelo COPAM. O IEF é a entidade responsável pela formalização de processo referente a: assentamento agrário, carvoejamento, projeto agrícola, projeto florestal, projeto de irrigação, projeto pecuário e outras atividades cujos impactos ambientais restringem à supressão ou outros danos à vegetação. Ao IGAM caberá a formalização de processos de atividade não passíveis de licenciamento ambiental, mas passíveis de outorga do direito de uso de recursos hídricos. À FEAM caberá a formalização de processos que tratem de mineração, rodovia , loteamento urbano, hidrelétrica, indústria, infra-estrutura em saneamento básico (sistema de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, disposição de resíduos sólidos urbanos, drenagem), linhas de transmissão, gasoduto, oleoduto, termelétrica, aeroporto, ferrovia. O importante é observar que o interessado iniciará o processo na entidade competente para conceder o ato administrativo necessário à implantação do empreendimento, considerada a característica dominante da atividade a ser implantada. As atividades passíveis de licenciamento ambiental constam da Deliberação Normativa DN 01/09, em que são estabelecidos os critérios e valores para a indenização dos custos de análise de pedido de licenciamento ambiental de pequeno, médio e grande porte, ficando clara a necessidade de licenciamento ambiental para qualquer atividade, 33 sendo que a de pequeno porte terá um procedimento diferenciado, cabendo ao órgão competente estabelecer estes procedimentos considerados como simplificados. 9) No caso do agricultor ainda ter dúvidas sobre seus assuntos jurídicos ambientais, que órgão ou instituição ele pode procurar? Resposta SEMAD – Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Tel: 3298 6200 e 3298 6580 FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente Tel: 3298 6200 e 3298 6522 IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas Tel: 3337 1816 COPAM – Conselho Estadual de Meio Ambiente Tel: 3295 3216 e 3295 5804 ABRAMPA – Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente Tel: 3292 6189 IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Tel: 3299 0759, 3299 0797 e 3299 0700. Procuradoria Geral - IEF 34 MODELO DE ORGANIZAÇÃO OM-1 PROBLEMAS E OPORTUNIDADES Problemas e Oportunidad es Problemas: - Os agricultores não conhecem bem as leis ambientais - Não há fiscalização adequada - Por isso, é muito comum burlar a lei mesmo sabendo de sua existência. - Cada vez mais áreas de vegetação nativa estão sendo desmatadas. - Os rios estão secando, principalmente as nascentes, devido aos desmatamentos nas matas próximas a cursos d’água. - Poucos agricultores possuem educação formal e poucos possuem acesso à informática. No caso dos grandes agricultores, a situação muda. - Os critérios econômicos costumam sobrepor-se aos ambientais, tanto nas decisões individuais dos agricultores, quanto nas decisões políticas. - A legislação ambiental está passando por uma constante mudança. - Há o risco de o programa ser feito e não ser utilizado. - O programa só pode assessorar o usuário. Se ele vai cumprir a recomendação legal, já é outra história. Oportunidade s - Há um crescente interesse político e das organizações sociais pela questão da água. - A recente criação dos comitês gestores de bacia são uma boa oportunidade para a utilização de programas de assessoramento ambiental, em especial na parte hídrica. - Há uma organização crescente em relação ao direito ambiental - Uma base de conhecimento (IA) em direito ambiental pode ser usada em várias outras aplicações. Uma organização abrangente da legislação de direito ambiental pode também ser de bom uso em pesquisas futuras. - O programa pode ser uma ferramenta importante para se analisar o Direito Ambiental como um todo, e assim partir para alterá-lo nos pontos em que ainda estiver falho. - O programa, por explicar ao usuário o motivo ecológico das restrições legais, se torna um importante instrumento de educação ambiental. Contexto organizacion al 1 Missão Projetar um programa especialista em Prolog, para diagnóstico jurídico ambiental. Visão Poder ajudar a assessorar os agricultores quanto aos aspectos ambientais. (ver diagrama abaixo). Objetivos - Passar o conhecimento de direito ambiental para uma base de conhecimento. - Projetar um mecanismo de inferência que utilize esse conhecimento - Construir uma interface amigável ao usuário típico (agricultor rural). - Colocar um mecanismo que explique o raciocínio ao usuário juridicamente e ecologicamente. - Tornar possível que o trabalho gerado neste programa possa ser reutilizado no programa Agro-Hydros, para o projeto CRHA do Cetec. 2 Fatores externos - Poder político local e regional exercido pelos grandes agricultores e pecuaristas. - Articulação dentro do comitê gestor de bacia para aplicar o programa. - Proposição e implantação de novas leis e documentos normativos por parte do governo federal, estadual e instituições ambientais e de recursos hídricos. 35 3 Estratégia - Utilizar a metodologia CommonKads para explicitar e detalhar o conhecimento ambiental. Focar as restrições jurídicas, com as respectivas penas usuais e alternativas. - Tentar fazer o caminho desde o preenchimento das tabelas até chegar na geração do código da base de conhecimento. Gerar o máximo possível de documentos para serem usados como referência de conhecimento. - Programar a estrutura do programa em Gnu Prolog. 4 Cadeia de valores (em ordem de importânci a). - Se o programa está mostrando o diagnóstico jurídico correto. - A amplitude legal (número de normas de direito) que a base de conhecimento vai abranger). - Se a interface com o usuário vai conseguir fazer transmitir bem a informação. - Documentação de referência gerados. Soluções - Mostrar ao usuário os pontos positivos (econômicos e ecológicos) de seguir o direito ambiental. - Estimular o usuário a informar às autoridades de seus crimes ambientais graves. - Gerar a base de conhecimento o máximo separada possível da estrutura de inferência, para facilitar posteriores atualizações legais. - Assessorar o usuário sobre como conseguir as autorizações e licenças necessárias para suas ações. - Assessorar o usuário sobre como fazer denúncias ambientais. 36 OM-1: VISÃO Programa: Base de conhecimento Manipulação e operações sobre a base Interface T a re fa e s c o lh id a p e lo u s u á rio M o d e lo d e p la n e ja me n to A s s e s s o ria J u ríd ic a Usuário (agricultor) Informação digitada pelo usuário Terreno Localizaçã o no Brasil 37 OM-2: Estrutura 1 Poderes executivo, legislativo e judiciário Segmentos da sociedade Tratados Internacionais Países e órgãos internacionais Interesses políticos Economia Órgãos e instituições ambientais Ongs Empresas Geração de Leis Instituições: - Tribunais - Ministério Público - Fiscalização - Poder legislativo e executivo Interpretação das leis: - Ciência do Direito - Juristas - Resoluções e regulamentos - Jurisprudência Direito: Direito Ambiental: - Leis - Leis delegadas - Decretos - Lei - Resoluções - Portarias Legislação diversa, que toca na questão ambiental D e n ú n c ia s F is c a liz a ç ã o e p e ríc ia C o e rç ã o J u lg a m e n to e s a n ç ã o In c e n tiv o s O rie n ta ç ã o Sociedade P o lític a s A m b ie n ta is 38 OM-2 Aspectos variantes Estrutura Ver Diagrama acima. Processo Nº Tarefa Realizada por Onde Fonte 1 Estudar a metodologia Common Kads e a linguagem UML Vitor Em casa e no Cetec - Apostila de engenharia do conhecimento. - Apostila de UML - Informação disponível no site do CommonKads e da empresa Epistemics 2 Separar a legislação a ser utilizada Vitor Cetec - Acervo de Documentos Legais já preparado no estágio do Cetec 3 Tratar a legislação a ser utilizada Vitor Cetec 4 Entrevistar um advogado com conhecimentos em Direito Ambiental Vitor, Renato Magno Em casa 6 Enviar protocolo com perguntas para o setor de Assessoria Jurídica do IEF. Vitor, Advogado s do IEF Sede do IEF 5 Modelar o conhecimento na metodologia CommonKads Vitor Em casa 6 Programar a base de conhecimentos em Prolog Vitor Em casa - Gnu Prolog 7 Programar a estrutura de inferência Vitor Em casa - Gnu Prolog 8 Programar a interface com o usuário Vitor Em casa - Gnu Prolog Pessoas - Usuários: inicialmente, agricultores nativos da região rural - Funcionários do sistema judiciários e dos órgãos fiscalizadores - Programador, para atualizações no código. - Advogado especialista em direito ambiental, com quem será marcada uma entrevista. Recursos 1- Sistemas de informação e recursos computacionais - O código do programa (base de conhecimento, estrutura de inferência e interface). - Documentos de referência gerados - Coleção de documentos legais em via digital, retirados da internet. - Livros, artigos e apostilas de Direito Ambiental, em papel e/ou via digital. - Sites da Planalto Federal e da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, para incrementar e/ou atualizar os documentos legais utilizados. 2- Equipamentos e materiais - Computadores com conexão banda larga. 39 3- Tecnologia, patentes, direitos - Metodologia CommonKads (livre). - Gnu e Swi prolog (softwares livres). - O programa será desenvolvido com código livre e aberto, para poder ser utilizado pelo público mais amplo possível. - Talvez use-se ferramentas acessórias, de esquema sharewhare, disponíveis em sites da internet. Conheciment o - Conhecimento de programação - Conhecimento de Direito Ambiental - Conhecimento de Meio Ambiente Cultura - Linguagem do usuário - Resistência típica a mudanças bruscas em seu modo de se comportar OM-3 Decomposição do Processo N º Tarefa Realizada por Onde Insumo de conheciment o Intensiva em conheciment o Significância 1 Perguntar a tarefa Interface 1 2 Ir extraindo do usuário as informações sobre a área que ele vai precisar desmatar Estrutura de inferência 3 3 Assim que achar uma ilegalidade, parar, e dar o assessoramento ao usuário Estrutura de inferência, a partir da checagem na base de conheciment o 5 4 Dar a opção de continuar a descrição, ou reiniciar novamente Interface 1 5 Ensinar a fazer uma denúncia ambiental Interface 2 6 Mostrar o caminho para conseguir a autorização legal de seu desmatamento Interface 3 40 OM-4 Insumos de Conhecimento Insumo de conheciment o Possuíd o por Aplicado em Forma adequada Lugar adequ ado Momento adequado Qualidade adequada Documentos legais sobre meio ambiente Sites na internet Montagem de banco de documentos legais disponível Quase (é preciso fazer o tratamento direcionado para o uso que daremos à informação do documento). Sim (Cete c) Sim (Praticame nte já terminado) Sim (a pesquisa tem sido mais abrangente do que as que se encontram disponíveis no mercado). Conheciment o técnico de meio ambiente Vitor e Paulo Martins - Justificativa ecológica para as leis Sim (as justificativas são simples, para o nível de explicação exigido). Sim Sim Sim Conheciment o Jurídico Vitor e Renato Vieira - Entendimento sobre o funcionamento do Direito - Interpretação das leis - Assessoria jurídica Ainda não (em grande parte é tácito, não formalizado. Em outras partes é ainda deficiente, deve ser completado por pesquisas). Sim Ainda não Média Vivência com a comunidade do meio rural Vitor - Entender o comportamento do usuário. - Elaborar uma melhor comunicação Quase Sim Sim Suficiente Procediment ode CommonKad s Vitor e material de pesquis a (apostil a, e sites na internet) Modelagem do conhecimento de Direito Ambiental Em processo de pesquisa Sim Sim Média Conheciment o de UML Vitor e apostila de UML Modelagem do conhecimento de Direito Ambiental Em processo de pesquisa `Sim Sim Pouca Programação em linguagem Prolog Vitor, aprendi do durante a disciplin a de IA Construção do código fonte Sim Sim Sim Média Conheciment o sobre sistemas especialistas Livro de IA Arquitetar o programa como um todo Em processo de pesquisa Sim Sim Pouca 41 OM-5 Viabilidade de Execução Viabilidade Financeira 1. Benefícios - Melhoras a médio prazo na disponibilidade de recursos hídricos, e melhora climática à médio/longo prazo, o que deverá dar melhores condições para o desenvolvimento da economia agropecuária. - Preservação do patrimônio biogenético da região, com benefício econômico ainda a ser calculado. - Diminuição na erosão e perda de solos, com ganhos para a economia agropecuária - Melhora na qualidade de vida da população local. - Maior disponibilidade hídrica, levando a ganhos no setor pesqueiro de grande a pequeno porte, e ainda melhorando a navegabilidade dos rios. 2. Valor agregado esperado - São diversos ganhos, devido às melhorias ambientais estarem de certa forma tão integradas, que os ganhos em sua preservação refletem em muitos e muitos pontos. Fica praticamente impossível calcular o valor agregado, principalmente a longo prazo. 3. Custos esperados Impressão da apostila de CommonKads e do documento de referência gerado (fornecidos pelo Cetec). 4. Soluções alternativas - Essa solução é paralela a outras tentativas, como as campanhas ambientais no meio rural e a tentativa de coerção pelos órgãos fiscalizadores. Porém, não é o caso de exclusão de umas pelas outras, mas de ajuntar as várias atividades para tentar criar uma relação cada vez mais coerente entre as atividades rurais e o meio ambiente. - Também há a opção de o Cetec utilizar apenas critérios ambientais em seu programa especialista, e abrir mão das restrições jurídicas. Isso traria vantagens, com não precisar atualizar tão constantemente a base de conhecimento e a facilidade de oferecer o mesmo programa a outros países, mesmo que tenham legislação completamente diversas (o Direito muda de país para país, enquanto os critérios científicos costumam não variar
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