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Medicina Legal

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Prévia do material em texto

CURSO DE MEDICINA LEGAL DO RENATO SARAIVA
PROFº ROBERTO BLANCO
AULA 1.1
TRAUMATOLOGIA FORENSE
Importante ler estes artigos abaixo:
Arts 149 a 184 CPP
145 que remete para 421 a 443 CPC
Destaque para o Art. 129 CP
A Medicina legal depende do conhecimento desses artigos!!
O que é a pele: maior órgão do corpo humano, sendo também o mais externo. Primeira 
barreira contra as agressões é a pele. A maioria das lesões aparece na pele.
A pele é como se fosse uma esponja de lavar louça, com duas camadas, que podemos 
chamar de Derme ( de dentro, toda viva, temos vasos sanguineos, filetes nervosos, 
gordura ) e Epiderme ( de fora, é áspera, sem vasos sanguineos, sem nervos, camada 
morta para poder reagir contra o meio ambiente ). 
Energias Vulnerantes ou Agentes Vulnerantes
FÍSICOS Mecânicos : Pode-se pegar, ver, medir, tem movimento. Se eles 
estiverem parados e o alvo também, nada acontece. 
Tem que haver deslocamento no espaço ou contra o 
alvo ou contra o agente vulnerante ou ambos ( ação 
mista ). Prá produzir lesão tem que haver movimento 
ou do alvo ( ação ativa ) ou do agente vulnerante ( ação 
passiva ). Ex.Martelo, tesoura, chão... ).
Não Mecânicos: Para causar lesão não precisa de movimento. Ex. 
 Eletricidade, calor, luz, som, pressão, radiação.
QUÍMICOS Ácidos
Alcalinos
BIOLÓGICOS Vírus ( 
Bactérias Ex. Antraz
Protozoários
MISTOS Fisicoquímicos
Bioquímicos
Biofísicos
Biodinâmico
Vamos aprofundar mais nos Físico Mecânicos
Contundentes: Não corta, não perfura. Ex. Cassetete, Martelo.
Cortantes: Só corta. Ex. Navalha, lâmina de barbear.
Perfurantes: Só perfura. Ex. Agulha, alfinete, picador de gelo.
Mistos: Pérfuro-cortante. Ex. Faca, punhal, lima de serralheiro.
 Pérfuro-contundente. Ex. Projétil de arma de fogo.
 Corto-contundente. Ex Machado, arcada dentária.
Agente contundente, só contunde. 
Agente perfurante, só perfura.
Agente cortante, só corta. 
Formas das lesões: 
Agulha- lesão em ponto, produzidas por agente perfurante, lesão puntiforme.
Faca na pele- faz uma lesão em linha. Ação foi cortante, deslizou na pele.
Martelo- lesão em plano.
Mecanismo de ação dos agentes vulnerantes:
Pressão
Sucção
Compressão 
Tração
Torsão
Flexão
Cisalhamento: É o movimento da tesoura. Ação de duas forças opostas num mesmo 
ponto. Duas lâminas em sentidos opostos, fechando os seus ramos. A tesoura fechada 
é perfurante. Aberta, cada ramo, é pérfurocortante de um gume.
Deslizamento:
AULA 1.2
As células profundas da derme são vivas e da epiderme, são mortas.
Na epiderme tem umas saliências e reentrâncias. Estas, são as papilas da derme, 
dérmicas.
Temos a derme papilar, a que está mais em cima, sangra menos, caso corte e a derme 
reticular, mais profunda, a que sangra mais, caso corte.
As impressões digitais são desenhos feitos em sua pele, formado de cristas dérmicas, 
que com a gordura e suor imprimem. O desenho está na epiderme.
CAMADAS DA EPIDERME
1. Camada Basal: Só com células vivas. Camada de Malpigh. Camada geradora 
das células da epiderme.
2. Células Cubóides: Nucleadas, com muitos ribossomas ( PTN) e poucos 
grânulos de queratina.
3. Mais acima, vem a Camada Espinhosa, ainda com núcleo e muitos desmossomas.
4. Camada Córnea: Células mortas. As células perdem o núcleo. O citoplasma apresenta 
escassos orgânulos. Impermeabilização da membrana pela queratina. Mitocôndrias com 
DNA exclusivamente materno.
 
(Aqui, quadro verde das Lesões Especiais)
Lesão em arco de violino: a feita pela faca na pele, por deslizamento. O movimento 
para fazer a lesão é como se fosse um arco de violino. A ferida é uma linha.
( Aqui quadro de classificação das lesões corporais do Art. 129 )
LESÕES
RUBEFAÇÃO
Qual é a lesão mais leve que existe? 
Resp. Rubefação, vem de rubor, que significa vermelho. Dilatação dos vasos da 
periferia. Aqui, não há extravasamento de sangue e só pode ocorrer em vivos. Pode ser 
confrontada com a Eritema, que é outra lesão, só que causada pelo calor. Ex. 
Queimadura de 1º grau. Na rubefação, a pele fica vermelha porque levou uma pressão. 
Ex. Tapa, que daqui a pouco desaparece. Ação contundente.
EQUIMOSE
É diferente da rubefação. Na equimose o sangue sai do vaso, extravasa. Observa-se o 
sangue através da pele. Não vê o sangue diretamente.
DIVERSOS TIPOS DE EQUIMOSE
Petéquia
Sugilação
Víbice
Sufusão
Mancha de Tardieu
Mancha de Paltauf
Máscara Equimótica de Morestin
Bossa
Hematoma 
Houve lesão, o sangue extravasou e o sangue está sendo visto através de uma pele. 
Essa mancha é geralmente arroxeada. Equimose é termo genérico. O sangue 
desaparece com mais demora que a rubefação, que o sangue desaparece mais 
depressa. Tudo vai depender da quantidade de sangue mais extravasado. Os glóbulos 
brancos, leocócitos, é que se encarregam de “comer” esse sangue extravasado. 
PRINCIPAIS EQUIMOSES
Petéquias Subconjuntivas: o sangue é visto por baixo da conjuntiva. É hemorragia no 
olho em forma de pontos. A parte branca do olho é esclerótica, a colorida é íris, a 
preta é a pupila.
Se você fizer uma força muito grande para evacuar, levantar um peso, numa tosse 
pode ter hemorragias subconjuntivas. Como também ocorre quando a pessoa é 
estrangulada, esganada, afogada pode ter hemorragias subconjuntivas, então um 
perito chamado Tardieu entendia que qdo uma pessoa aparecia morta e tinha essas 
manchas, pontos subconjuntivais entendia-se que essa pessoa havia morrido de asfixia 
por sufocação. Essas manchas eram chamadas de Manchas de Tardieu. Com o tempo 
viu-se que as manchas podem aparecer nas mortes naturais, por sufocação, não sendo 
caracteristicas das asfixias. Não é por conta das manchas que se pode dizer que a 
pessoa morreu asfixiada.
A mancha subconjuntival não garante que morreu de asfixia. 
Qdo a hemorragia no olho é extensa como se fosse um lençol chama-se Sufusão 
Hemorrágica, que é uma equimose com mancha maior. A petéquia é um pontinho e a 
Sufusão é uma mancha maior.
Várias petéquias, centenas delas, são chamadas Sugilação. Não deixa de ser equimose, 
mas tem vários pontinhos juntos.
A Sugilação aparece com uma pancada feita por cabo de vassoura, ferro... centenas e 
centenas de petéquias, formadas por tipo de faixas, chamam-se Víbices. As víbices 
paralelas indicam que o agente vulnerante pode ter sido uma barra de ferro, um cabo 
de vassoura... 
AULA 1.3
Faixas que formam as víbices, são paralelas e divergentes para a ponta do instrumento 
e convergentes para o punho do instrumento. Ex. Instrumento alongado, cilíndrico.
Às vezes as víbices são mais características. Ex. Pneu que passou sobre o corpo, que 
dá pra ver os frizos sobre a pele. Outro exemplo: o solado do sapato, que fica sobre a 
pele, indicando qual instrumento. Essas marcas características são Patognomônicas.
Sugilação por pressão de sucção, que tira o sangue para fora do vaso. É uma mancha, 
tipo “chupão” no pescoço. É um ato libidinoso, tudo depende do caso concreto para 
classificá-lo. Formam centenas de petéquias.
Tudo, sangue extravasado.
 
Qdo o sangue sai do vaso, detalhe o sangue é vermelho por conta da hemoglobina, vai 
se transformando em outros compostos, e nessa proporção vai mudando de cor. Uma 
equimose no primeiro dia é avermelhada, no segundo dia, arroxeada, no terceiro, 
quarto dia, azulada, sexto, sétimo e oitavo dias é esverdeada, décimo, décimo segundo 
dia, amarelada e depois desaparece. Esse prazo é variável, depende de cada pessoa. 
Isso permite ao perito ter uma ideia aproximada do nexo temporal da lesão. Qto 
tempo foi produzida. Uma lesão vermelha é muito recente, uma azulada é mais antiga e 
assim sucessivamente.
Um perito chamado Legrand de Soulle olhando isso comparou com ao Espectro Solar, 
pois as cores do arco-íris foram associadas por ele com a variação, que ele deu o nome 
de Espectro Esquimótico de Legrand de Saulle, que estabelece o nexo temporal da 
lesão.
No globo ocular esse espectro não funciona. A equimose começae termina vermelha. 
Nas outras partes do corpo, muda de cor, mas no globo ocular, não. Maioria dos 
autores dizem que é por conta da umidade do olho, oxigenado, mas há controvérsias.
A variação do Espectro Equimótico de Legrand de Saulle é Vermelho, Arroxeado, 
Azulado, Esverdeado, Amarelado e desaparece. ( VAAEA)
Um cadáver que já tinha uma mancha roxa não se sabe se é um livor cadavérico ou uma 
equimose. Para se saber corta-se a pele, se tiver sangue dentro dos vasos é um livor 
cadavérico, caso não esteja dentro dos vasos, é equimose.
Na equimose o tecido está impregnado de sangue.
No livor, o tecido gorduroso está limpo e o sangramento que tem, sai de dentro dos 
vasos que acabaram de ser cortados.
 
O corte no cadáver não tem sangramento, mas quando se rebate o couro cabeludo 
dele, vê-se sangue extravasado, se houve traumatismo naquela área. Mesmo não 
havendo lesões externas, elas podem aparecer internamente. Pois tem muita lesão que 
não aparece externamente. Isso é chamado de infiltração hemorrágica, que foi feita 
numa pessoa viva. O couro cabeludo se fosse transparente daria para ver a equimose.
Várias petéquias, que podem aparecer no olho, epiderme, pulmão, no couro cabeludo, no 
coração... às vezes a equimose aparece no local do impacto, mas às vezes aparece à 
distância. Ex. Pessoa afogada, enforcada, asfixiada, esganada... a lesão pode se dar 
nessas áreas, mas pode também ser espalhadas pelo corpo todo são equimoses à 
distância, nem sempre aparece no local do impacto. Nas asfixias, as petéquias podem 
aparecer no corpo todo.
Qdo a pessoa leva uma pancada no crânio, com ou sem fratura, é comum que dias após 
apareça mancha no olhos, fique arroxeado, é que o sangue derramado na lesão do 
couro, vem por baixo da pele e acumula nas pálpebras, é equimose à distância, pois o 
sangue se acumula nos lugares mais macios. O sangue derrama por baixo do couro 
cabeludo. A mancha nem sempre aparece no local da pancada.
Sinal do Zorro ou Guaxinim é a fratura da base do crânio. É o sangue que fica ao redor 
dos olhos. A pancada foi no crânio, mas a mancha fica ao redor dos olhos.
Na equimose o sangue fica espalhado, formando uma mancha. Numa lesão, onde tem 
osso em baixo, o sangue empurra a pele para cima. É o vulgarmente chamado “galo”. O 
sangue extravasa, mas como não tinha para onde se espalhar fez uma Bossa, 
empurrando a pele para cima. O “galo” é chamado de Bossa, que quando contém sangue, 
é bossa sanguinea, é arroxeada e quando contém linfa, é incolor. Com o tempo, 
desaparecem.
Numa pancada, que embaixo tem osso, o sangue extravasa. A saliência do osso é a 
Bossa.
AULA 1.4
HEMATOMA
É tumor de sangue. Mais pra dentro do corpo. O vaso que se rompe é mais calibroso e 
ele empurra os tecidos para o sangue passar. Essa bolsa de sangue é chamada de 
Hematoma. É uma coleção de sangue numa região neoformada. Pode ser no pulmão, no 
cérebro, no fígado... 
O Hematoma que mais cai em prova é o da cabeça. Encéfalo é o sistema nervoso que 
fica dentro da cabeça. O cérebro é um tecido frágil, delicado, está dentro de uma 
caixa de osso, dura. O cérebro é forrado com três membranas, chamadas meninges, a 
que fica colada com o cérebro é a pia máter, a mais afastada aracnóide e a colada no 
osso, espessa, dura máter.
Essas meninges são vivas e têm vasos sanguineos. Levada uma pancada na cabeça 
rompem-se os vasos, às vezes de umas dessas meninges. Onde o vaso romper, não tem 
para onde o sangue ir e vai se acumulando entre uma dessas meninges. O sangue 
acumulando vai crescendo e empurrando o cérebro para dentro. O hematoma que fica 
entre o osso do crânio e a dura máter é mais importante. É o hematoma extradural. A 
pessoa fica com desvios de memória, como se estivesse embriagado. É perigoso porque 
pode ser que a pessoa seja tratada como se estivesse embriagada, mas não está. 
Horas e horas leva-se para formar o hematoma extradural.
Sacudir criança pode também gerar hemorragias, causando rompimento dos vasos, são 
hematomas.
O Extradural geralmente é por pancada, contusão, com diagnóstico confuso, por achar 
que a pessoa está embriagada.
Crânio
Dura Máter
Aracnóide Camadas
Pia Máter
Cérebro
Tudo isso vascularizado.
Manchas de Paltauf ( Pautôff)
Nota-se que quando uma pessoa aspira água, vai para dentro do pulmão, que há alvéolos 
pulmonares. Essa água entrando e chegando aos alvéolos, este é rompido, rompendo 
também os vasos capilares. O pulmão fica cheio de manchas, equimoses, cobertas pela 
pleura, que reveste o pulmão. O sangue está derramado dentro do pulmão. A água 
entrou arrebentando o alvéolo. Essas manchas são chamadas de Manchas de Paltauf. 
Essas manchas são patognomônicas de afogamento. Qdo se encontra uma pessoa 
morta dentro dágua e no pulmão não tem mancha, não morreu afogada.
Aspirou água, morrendo afogado temos as Manchas de Paltouf.
Manchas arroxeadas que ocupa todo o rosto do cadáver são chamadas Máscara 
equimótica de Morestin ( Morestan). São milhares e milhares de petéquias. Aparece 
muito por asfixia em que o tórax é comprimido. Peso exagerado em cima do tórax. 
Ficando a mancha arroxeada no rosto. Ex Soterramento, peso grande em cima do 
tórax, dificultando o retorno no sangue.
As manchas de Tardieu são atípicas, pois pode ser por qualquer outra morte. As de 
Morestin é compressão do tórax e Manchas de Paltauf é sinal de afogamento, manchas 
no pulmão. 
Na equimose se tem uma mancha, mas a pele está intacta, seja lá petéquia, víbice, 
sufusão... a pele está intacta.
Nessas próximas lesões abaixo, a pele não está intacta.
ESCORIAÇÃO, ESFOLADURA, ARRANHADURA, ETC
Arranca a epiderme e expõe a derme. Derme papilar, mais superficial, sangra pouco. 
Derme reticular, mais profunda, sangra um pouco mais. Há regeneração.
Na escoriação, sangra, você vê a derme, faz uma casquinha, que é a crosta, que vai 
ficando vermelha, castanha, preta, depois se solta, a pele fica rosada e depois de um 
tempo desaparece. A pele regenerou. As escoriações não deixam vestígios. Não 
ultrapassa a derme, somente mostra. Pela crosta se sabe a idade da escoriação, que é 
temporária.
FERIDA
Arranca a epiderme, mostrando a derme, aqui é escoriação. Na ferida atravessa a 
derme. A lesão pega a epiderme e atravessa a derme, deixando de ser escoriação. Na 
ferida atinge os planos mais profundos. E como se fecha o buraco formado? Não se 
regenera, haverá a cicatrização da ferida, que não desaparecerá com o tempo. 
A ferida, geralmente, suas bordas são irregulares. A ação é contundente na ferida. 
Sangra pouco, pois os vasos sanguineos foram atingidos.
Ferida - cicatrização, não regenera.
Escoriação - regenera
AULA 1.5
Lesão em Escalpe: Arrancamento do escalpo. Parte do couro cabeludo da pessoa é 
arrancado. Isso é escalpelar.
Encravamento: Para que haja, é preciso que apareça um agente vulnerante pérfuro-
contundente alongado, comprido, de haste. Entrando em qualquer parte do corpo da 
pessoa é encravamento. Caso entre na área do períneo é Empalamento. Encravamento 
é nome genérico, pelo ânus, vagina, é Empalamento, que é tipo especial de 
encravamento.
Mutilação: resulta de uma agressão, que se perde parte do corpo. Perdendo parte do 
corpo causada por uma cirurgia, é Amputação.
Algumas lesões são típicas, chamadas patognomônicas. Ex. Dentada, mancha de 
Paltauf, sulco do estrangulamento, queimaduras produzidas por garfo quente... A 
simples presença dessas lesões já se sabe, a princípio, de que a pessoa morreu.
Apertando o pescoço da pessoa com a mão, as pontas dos dedos e unhas, estes, são 
estigmas ungueais e de dedo, digitais. A localização do estigma é que dará a ideia do 
dolo do indivíduo, como sendo no pescoço, no rosto, nos membros, nos órgãos genitais...
Ação contundente Passiva: tem esse nome, porque o chão está parado. A vitima é que 
vai cair ou foi jogada. Queda de um lugar alto, isso é Precipitação.A defenestração é 
a queda através de uma janela. Jogar pela janela. Aqui a vítima que vai de encontro ao 
chão também.
A Precipitação é genérica, pela janela Defenestração, é mais específico.
Como vimos, lesão com agente pérfuro-contundente de haste (longo), em qualquer 
lugar do corpo, é Encravamento. O Empalamento é a lesão específica, em que a haste 
entra pelo períneo, na região ao redor do ânus ou vagina.
ESTUDO DOS AGENTES VULNERANTES
Cortantes: Só cortam. Ex. Lâmina de barbear. Formam uma ferida em arco de violino. 
É ferida incisa, que as bordas são regulares, lisas, quando o instrumento passar sobre 
a pele, ao entrar, faz uma lesão mais profunda e quando sai, uma lesão mais 
superficial, chamada de Cauda de Escoriação ou Cauda de Rato, que é o ponto de saida 
do golpe. Isso serve para saber por onde o instrumento está saindo Não é certo dizer 
que a ferida é cortante, isto é errado, pois a ferida foi incisa. Isso é a ferida incisa, 
feita por agente que corta, deixando essa cauda. Ex. Faca, que faz uma ferida incisa, 
mas o instrumento é perfurocortante, mas a lesão é que foi cortante. Podia ser 
também uma machadinha, que é cortocontundente. Lesão por deslizamento, sangra 
muito.
Perfurocortante: perfura e corta, como a faca de um gume. Se o agente vulnerante, 
tipo uma faca, entra na vertical, a ferida tem aspecto de uma gota deitada. Se a 
ferida é feita com a faca inclinada, com um gume, terá dois ângulos agudos, se o 
instrumento entrar e for girado, vai ficar uma ferida em forma de gota e um entalhe, 
fazendo um corte ao lado.
AULA 2.1
A ferida incisa é a lesão do ataque, de agressão. Na ferida cirúrgica, as laterais são 
cortadas em ângulo reto, mais retilínea e da agressão é côncava na parte mais 
profunda.
Lesão em Sanfona ou Acordeón ( Lacassagne): quando o pessoa tem um abdômen muito 
alto e o agente vulnerante é pequeno. Esse instrumento ao entrar, o abdômen sofre 
uma depressão para o interior, sendo assim, o instrumento consegue atingir mais 
profundamente e depois o abdômen volta ao normal.
O indivíduo leva um corte transversal, tendo a pele aberta, depois veio outro corte na 
vertical por cima do mesmo corte, este já pegou o primeiro ferimento aberto e quando 
for suturar tem que tomar cuidado porque tem que suturar a primeira lesão. Se 
suturar a segunda primeiro, vai sobrar pele quando for suturar a outra.
As feridas incisas precisam ser suturadas primeiro a que foi aberta, em linha reta e a 
outra segunda ferida fica em linha paralela, separadas. Se suturar diferente vai ficar 
com sobra de pele. 2ª ferida
1ª ferida
2ª ferida
A caracteristica das lesões de defesa é a localização ou na parte Ulnar ( parte de 
defesa ) do antebraço ou na região palmar. Isso indica que a vitima tentou se 
proteger.
O suicida pode produzir lesões que não são mortais, que indicam o desconhecimento 
das áreas fatais. Ele pode produzir várias lesões no punho, no pescoço... Há uma 
gradação nas lesões. Essas Lesões são chamadas de Hesitação, que por si, não mata, 
até atingir uma área mortal. O suicida também pode querer somente chamar atenção, 
como se fosse se matar. 
Lesões de Hesitação são múltiplas.
Lesão em Saca Bocado: Alguns autores chamam de lácero contusa, mas não existe em 
livros. São lesões que retiram parte, como o pitbull faz ao abocanhar o seu alvo.
AULA 2.2
Instrumento perfurante, de pequeno calibre, só perfura. Só faz um ponto, como a 
agulha, alfinete. Os de médio calibre faz uma ferida em fenda como se fosse um fuso, 
casa de botão, botoeira, o instrumento, aqui, é cilíndrico. 
As diversas lesões dos viciados em drogas ou traficantes, que usam agulhas, são 
chamadas de flebites, que são de repetição, deixando a flebo esclerose ( veia dura ), 
que é a parte já inflamada. São lesões puntiformes.
Geralmente os usuários de drogas fazem tatuagens para esconder as lesões 
puntiformes. A partir dos vestígios e indícios a polícia começar a tentar elucidar 
crimes.
O picador de gelo é cilíndrico, cônico e deveria fazer um orifício circular, mas não faz.
LEIS DE FILHÓS
1ª Lei do Paralelismo: Na mesma região, as lesões produzidas por instrumento 
perfurante de médio calibre são paralelas entre si. Isto porque as lesões deixadas 
ficam paralelas, mas têm que ser na mesma região. Cuidado com isto!!!
2ª Lei da Semelhança: As lesões produzidas por instrumento perfurante de médio 
calibre são semelhantes às produzidas por instrumento pérfuro-cortante de dois 
gumes. Semelhantes não são os agentes vulnerantes. Na lesão causada pelo picador de 
gelo aparece uma ferida em casa de botão, os ângulos não estão cortados, estão 
repuxados, já no punhal também aparece uma ferida em casa de botão, os ângulos são 
cortados. As feridas dos dois instrumentos são semelhantes. O picador de gelo não 
corta, as fibras se afastam, e quando tentam voltar ao local, não conseguem, deixando 
uma fenda, que fica parecida com a ferida do punhal, este, quando corta, fica com a 
semelhança do picador de gelo. As lesões têm formato de casa de botão, feita pelo 
punhal. 
O Filhós notou que a ferida de ambos são semelhantes e criou tal lei. As feridas são 
semelhantes e não iguais!!! 
Edouard Filhós e Karl Ritter Von Langer As leis de Filhós e Langer→
LEI DE LANGER 
Criou a Lei do Polimorfismo ( várias formas ): as feridas produzidas por instrumentos 
perfurantes de médio calibre, quando produzidas em uma região de entrecruzamento e 
superposição de fibras elásticas, mostram aspecto estrelado, bizarro, anômalo, ou 
seja, polimorfo.
Essas leis que vimos só servem para instrumento de médio calibre.
Ação Pérfurocortante: O agente vulnerante perfura e corta. Ação por pressão e 
deslizamento, que podem ser:
De um gume: Faca Comum, age por deslizamento. O ângulo da faca, cortante, é do 
gume, mais fino e o outro lado é o que não corta, mais largo.
De dois gumes: Punhal, baioneta, espada.
De três gumes: Lima de serralheiro.
O perito só analisa a lesão e a autoridade, o dolo do agente.
AULA 2.3
AGENTE VULNERANTE CORTOCONTUNDENTE
Tem uma massa avantajada, corta pelo gume e contunde pela massa. Ex. Machado, 
machadinha, foice, enxada, guilhotina, roda de trêm, arcada dentária humana ( pelo 
macéter )...
A borda da lesão fica regular, indicando que o agente tem um gume afiado e se o local 
tiver osso, tem que ter, o agente vulnerante, um peso significativo. O tecido, a pele 
fica retraída e isto é característica do corpo vivo. As bordas, as lesões ficam bem 
afastadas. Se fosse cortado com indivíduo morto, não haveria retratabilidade. 
Corpo espostejado, é dividido em vários pedaços, que é diferente de esquartejar, que 
é dividir em quatro. Esse tipo de morte era chamada de Morte Atroz para Sempre, 
pois o corpo era dividido e exposto para todos. Tiradentes foi espostejado, 
decapitado, tipo de Morte Atroz para Sempre. O salgamento do corpo também foi 
feito para que ficasse desidratado.
AÇÃO CORTANTE OU CORTOCONTUNDENTE NO PESCOÇO
Esgorjamento: Botar a garganta para fora. Faz um corte na parte anterior ou lateral 
do pescoço. O agente vulnerante pode ser cortante, pérfurocortante ou 
cortocontundente, tanto faz. Causa a morte pela artéria, que sangra até a pessoa 
morrer ou asfixia por aspiração de sangue ou embolia.
Degolamento: Na parte posterior do pescoço. Tem que cortar por trás. Não tira a 
cabeça. Basta um agente cortante ou pérfuro cortante.
Decapitação: Pela parte posterior do pescoço. Como se fazia com a guilhotina. Para 
decapitar tem que tirar a cabeça. A espada também corta e contunde como Perseu fez 
na Medusa, decapitando-a. Tem que ter um agente contundente.
AÇÃO CONTUNDENTE
Não corta, nem fura, mas pode comprimir, torcer, tracionar, cisalhar. Isso atingindo 
uma articulação, teremos o que veremos abaixo.
A mão tem o carpo, metacarpo e dedos. Os ossinhosficam no punho e eles são 
mantidos no lugar por umas fibras espessas, chamadas de ligamentos, para não perder 
o movimento. Tendo articulação, tem ligamentos, para manter os ossos articulados no 
lugar. Quando esses ligamentos esticam, rompendo-se, temos a Entorce.
ENTORCE: Na articulação. Estiramento ou rotura parcial ou total de ligamento. 
Demora para recuperar, por vezes tem que se fazer cirurgia.
LUXAÇÃO: Também na articulação. O osso quando desarticula parcialmente, temos a 
sub luxação. Totalmente, é a luxação. Toda luxação é acompanhada de entorce. Às 
vezes temos entorce, mas não temos luxação. Osso saiu do lugar, ligamento esticou.
Luxação que acontece muito é na mandíbula, que é acompanhada de entorce.
O osso da bacia é chamado de Pelve Ilíaco ou Osso da Bacia, é importante para 
identificar o sexo de uma ossada e nele se encaixa a cabeça do Fêmur, este, saindo do 
lugar houve uma luxação e os ligamentos sofreram rompimento.
A coluna vertebral é feita pela sobreposição das vértebras. A medula espinhal é o 
conjunto de todos os filamentos nervosos que vem e vão para o cérebro. Numa batida 
de carro brusca, a cabeça faz um movimento brusco para frente ou para trás e isso 
ocasiona vértebra fraturada ou saída do lugar, aqui, haverá a luxação, que pode 
comprimir a medula e essa compressão pode causar complicações neurológicas da 
medula para baixo. As luxações na coluna cervical são extremamente perigosas. O 
colar cervical, muito utilizado pelos socorristas nas vítimas de acidentes de carro, 
tem a finalidade de não deixar que a lesão se agrave mais do que já está.
A luxação em qualquer ponto pode causar complicações. As lesões mais altas na coluna 
vertebral pois são mais graves, não precisa nem fraturar o osso, basta que saia do 
lugar. 
AULA 2.4
FRATURA: Grau máximo da lesão, que pode ocorrer por tração, cisalhamento, torção, 
flexão. A prova pode perguntar sobre o cisalhamento, que são forças opostas, 
paralelas, agindo ao redor de um ponto, é o que a tesoura faz, como já vimos. Mais 
jovem o indivíduo, mais flexível o osso, tendente a rachar e não fraturar. 
Fratura em Galho Verde: É quando o osso apenas racha, ocorre normalmente em 
crianças, em pessoas bem jovens. É raro em pessoas idosas, pois o osso já está 
calcificado, se quebra com facilidade.
As fraturas são mais prováveis nos idosos, em pessoas de mais idade, já nos jovens, 
racha.
Outro tipo de fratura que temos é a chamada Fratura em Mapa Mundi, na cabeça, 
onde os ossos se separam em pedaços. É também chamada deFratura Cominutiva, pois 
os fragmentos ósseos ficam separados uns dos outros. Cada pedacinho de osso é 
chamado de Esquírola óssea, que é um fragmento ósseo de uma fratura cominutiva. 
Fratura Exposta: osso fraturado e pele cortada. É uma porta aberta para infecção. 
São mais graves que as fraturas fechadas.
AÇÃO CONTUNDENTE: Temos algumas gradações, quais sejam:
Esmagamento: Força muito grande, que deixa o corpo triturado. Qdo pessoa está 
sobre os escombros, parcialmente esmagada, estando ainda viva, retiram dos 
escombros e sendo levada para o hospital, morre, horas ou dias após, e uma das causas 
da morte é a Síndrome do Esmagamento, pois os músculos, sendo esmagados, dentro 
dele, há a proteína mioglobina, reserva de oxigênio para o músculo. Essa mioglobina, no 
esmagamento, cai na circulação e vai para os rins, bloqueando os canais excretores, 
causando a insuficiência renal aguda. O esmagamento geralmente não mata na hora e 
sim, depois com a liberação da mioglobina, proteína dos músculos. 
Amputação (mutilação) Traumática: Iatro ( médico ) Gênesis ( origem ), gerada pelo 
médico é a Amputação, que é cirúrgica. A mutilação, é a agressão ou acidental ou 
criminosa, como também temos a autolesão.
Esquartejamento: como vimos. Cortar o corpo em 4.
Espostejamento: como vimos. Cortar o corpo em mais que 4.
Fechamos a série de agentes físicos mecânicos. Começaremos com os 
pérfurocontundentes, como o projétil de arma de fogo, ponta do guarda chuva, cabo 
de vassoura afiado, uma flecha, uma lança, grade de jardim...
Mas o que vem a ser projetil de arma de fogo?? É um pedaço de chumbo com uma 
forma arredondada, mais afilada, fina. Esse chumbo pode ser duro ou mole. 
Por que alguns tiros transfixam e outros só penetram causando lesões grandes ou 
pequenas? O mecanismo da lesão é que realmente se pergunta em prova. Veremos 
adiante.
A energia que empurra o projetil para frente é proveniente da queima do propelente. 
O gás se expande em todas as direções e sentidos. O gás queimando dentro de um 
recipiente, não tem por onde se expandir e se expande somente numa direção, para 
frente, empurrando o projetil. O projetil está alinhado dentro do cano da arma, que 
direciona ao alvo. 
Arma de cano curto e Arma de cano longo, cartuchos menores e cartuchos maiores, 
isto vai ser a essência da aula de projetil de arma de fogo.
Um projétil de ponta arredondada é mais dificil de atravessar o alvo, utilizados pelos 
policiais, o projétil de ponta mais fina, geralmente transfixa, utilizados mais nas 
guerras.
AULA 2.5
LESÕES E MORTE POR ARMA DE FOGO
Arma de fogo é fabricada com a finalidade de atacar e/ou defender.
Arma de cano longo é para jogar o projetil numa distância maior.
O cartucho, por dentro, tem o propelente, que está dentro do estojo, na ponta deste, 
está o projetil. No estojo, em sua base, tem a cápsula de espoletamento, aqui, dá a 
faísca inicial para queimar a pólvora. Na base do estojo está a espoleta ou cápsula de 
espoletamento, havendo pressão neste, incendeia a pólvora, que vira gás e faz com que 
o projétil saia.
O resíduo deixado na mão do atirador, na roupa, na vítima, pode significar que um 
disparo foi realizado. O material deixado, quando aciona o espoletamento, deixa 
resíduos.
O percutor da arma deixa na espoleta uma marca, quando um tiro é acionado.
Projéteis de Baixa Velocidade
• Velocidade inferior à velocidade do som no ar.
• Velocidade do som no ar, 340 m/s.
• Velocidade do som nos líquidos 1500 m/s.
• Velocidade do som nos sólidos 5000 m/s.
Se o projetil viaja numa velocidade de menos de 340 m/s é de baixa velocidade. As 
armas de uso permitido são armas de baixa velocidade.
Muitos projeteis, não têm ponta, serve só para penetrar. Eventualmente podem 
transfixar, mas não foi feito para isto.
Ferida em Fundo de Saco, Ferida Cega: tem entrada, trajeto, mas não tem saída.
Os projeteis de ponta fina são utilizados em operações de guerra, mais fácil para 
transfixar.
Os que têm um orificio na ponta, tipo hollowpoint, dentro da pessoa, se abre, ancora 
dentro do alvo, não sai, se deforma como um cogumelo. Toda energia que o projétil 
tem, passa para o corpo. A probabilidade de causar maiores lesões é significativa.
Qto mais deformante ficar um projétil, mais dificuldade para transfixar.
Aumentando a massa do projetil, a energia aumenta. Aumentando a velocidade do 
projetil a energia também aumenta. 
Os projeteis de alta velocidade tendem a ocasionar maiores lesões, sua velocidade é 
mais alta, tem mais energia. O calibre 38, no corpo, tende a parar, menos energia.
O calibre 38, de cano mais longo, consegue transferir o projetil para uma distância 
maior, sendo a precisão também maior que o do cano curto, que é mais utilizado por 
ser mais fácil de esconder, de transportar.
Na pistola, o projetil sai e o estojo também sai dela. No revólver, não. Os estojos 
ficam dentro.
 
O percutor bate na espoleta e faz uma marca, sendo identificada qual arma que fez o 
disparo. A garra que pega o estojo e a joga para fora também deixa uma marca. Isso 
também facilita a identificação da arma.
O cano da pistola deixa marcas no projetil. 
A espingarda tem um interior do cano com alma lisa, enquanto que o do fuzil, da 
metralhadora, pistola, revólver são raiadas. Essas raias, vão fazer marca no projetil, 
identificandoo cano de onde saiu, após se fazer análise das estrias do projétil 
deixadas.
Raias no cano e Estrias no projétil!!!
AULA 3.1
Cano raiado ou alma raiada é a mesma coisa. É o que tem saliências ou reentrâncias em 
seu interior. Este movimento de rotação que o projetil faz dentro do cano, dá mais 
estabilidade e o tiro é mais preciso. As marcas deixadas no projétil são chamadas 
estrias e através delas, identifica-se a arma que disparou.
Dextrógiras: Estrias viradas para a direita. Gira para a direita.
Sinistrógiras: Estrias viradas para a esquerda. Gira para a esquerda
Só com essas duas definições já dá para dizer qual cano que NÃO disparou o projetil. 
Os projetis são levados para um microscópio comparador, especial, que irá comparar 
as marcas do projetil com a arma apreendida. Compara-se o projetil suspeito e o 
padrão. Coincidindo absolutamente garante que foi do mesmo cano. 
O IBIS é um sistema de identificação em balística. Sistema computadorizado, que 
devidamente carregado, mostrará com rapidez o resultado. O IBIS não chega ao 
projetil procurado, separa as características semelhantes e o ser humano que irá 
fazer a triagem final. O IBIS só separa para que o perito defina se foi aquele projetil 
ou não. Com isto, é feito um levantamento do que ocorreu, pelo perito.
O IBIS fazendo a separação, o ser humano vai e faz a separação final. Então a 
conclusão é humana. 
O IBIS escaneia os projetis de arma de fogo acautelados no instituto de 
criminalistica. 
Outro problema da polícia é quem disparou, quem andou por aquele local... deixando 
marcas por ali. As impressões digitais têm características significativas. Ninguém tem 
impressões digitais iguais, nem gêmeos extremamente semelhantes, não são iguais. 
Cada um tem suas próprias impressões digitais. Então pode-se comparar as impressões 
digitais da pessoa suspeita com a impressão deixada no local. 
Essas impressões podem ser guardadas no computador para que posteriormente sejam 
comparadas. O AFIS já é outro sistema que escaneia as impressões digitais.
Armas que disparam projetis de alta velocidade são aquelas 2x mais que a velocidade 
do som no ar, 340 m/s. Rifle CBC 7022, é um exemplo.
Qto maior a energia cinética da arma, ela tem condições de causar mais lesão, caso 
seja transferida a energia. O projetil tendo muita ou pouca energia, para saber se 
causou muita ou pouca lesão tem que olhar também onde ele atingiu. Ex. Pulmão é mais 
elástico que o fígado, e este, mais que o osso e assim sucessivamente. Vai depender 
também do alvo com densidade pequena ou maior. Qto mais denso o órgão, exige mais 
energia do projetil. Menos denso, menos energia do projetil. 
Uma arma com grande poder lesivo atingindo órgão muito flexível, vai causar lesão 
muito grande? Depende de onde que entrou o projetil. Se entrou de ponta ou de lado, 
se estava estável ou instável. Isto não interfere no tipo de arma utilizado. 
O propelente dentro do estojo, deixa resíduos na mão do atirador, no corpo do 
atirador, no corpo da vitima... é a residuografia. Estudo dos resíduos provenientes do 
disparo.
Cartuchos usados em arma de alta velocidade são para transfixar o alvo e são de 
ponta fina, chumbo duro, blindado, são armas de guerra. 
Os da polícia, tem chumbo mole, ponta arredondada, para não transfixar o alvo. 
ARMAS DE CANO LISO
O cartucho quem tem Balins, típico das espingardas, dispara projetis múltiplos, vários. 
De acordo com o tamanho do chumbinho, cabe muito ou pouco. 
Balote é um projetil somente, que já tem marcas, o próprio projetil é raiado para 
facilitar a rolagem dentro do cano.
AULA 3.2
O calibre da arma é calculado se verificando quantas esferas de chumbo, com o 
diâmetro do cano, são necessárias para pesar uma libra ( 453 gramas ). Dentro do 
cartucho pode ter balins ( os pequeninos chumbinhos ), balote ( um chumbo só ), mas 
pode ter borracha, areia, sal... tem que ver se o atirador quer assustar, ferir, matar.. 
de acordo com o que ele quer fazer.
A pólvora empurra o material que está dentro do cartucho. O calibre do estojo é o 
mesmo, não muda por conta do que tem dentro, independe. 
O calibre do estojo é compativel com o cano da espingarda, da escopeta...
Na hora do disparo, o que tiver na frente da espoleta vai sair. Os balins, separados, 
são colocados dentro de um copinho, chamado bucha pneumática. Qdo feito o disparo, 
a bucha sai com todos os balins e as laterais da bucha, suas aletas, se abrem, 
travando, então a bucha, para e os balins seguem à frente, tendo ai começado a 
separação dos balins. 
Qdo esses balins se dispersam mais, a distância é maior. Qdo se dispersam menos, a 
distância é menor.
O perito só em olhar a dispersão dos balins não tem como garantir ainda a distância, 
tem que ver se a arma tem choque na ponta ( aparelho colocado na ponta da arma ).
No alvo, os balins, ficando agrupados, indicam provavelmente a distância do tiro, que 
pode ter sido de perto, por conta do agrupamento.
Pela lesão causada, a princípio, não dá para dizer o que realmente ocorreu, mas ao se 
analisar o corpo, que contém balins, pólvora e a bucha pneumática em seu interior, que 
às vezes atinge o corpo também, dá pra provavelmente dizer que o tiro foi disparado 
de uma pequena distância.
Diversos tiros disparados com espingarda carregada com vários projetis, muito 
dispersos do corpo, dá para notar que provavelmente foi feito de grande distância. É 
importante frisar também a importância de se analisar todo um conjunto, se a arma 
está com cano serrado, se tem choque na boca do cano... O conjunto de feridas 
produzidas pela entrada de projetis múltiplos é chamado de Rosa de Tiro de Cevidalli. 
Rosa, porque sangra cada orifício. 
Rosa com agrupamento menor, mais disperso, maior distância.
Rosa com agrupamento maior, menor distância. 
A presença da bucha pneumática dentro do corpo da vítima, pode dizer que o tiro foi 
feito à curta distância. 
O espalhamento dos balins se dá pela distância do alvo.
Dado um tiro de perto, com espingarda, a bucha pneumática, pode ficar impressa na 
pele, dizendo que ela está dentro do corpo com os balins. É uma marca patognomônica. 
AULA 3.3
O calibre do projetil de arma de fogo tem que ter certo tamanho com o cano. Tem que 
ser muito próximo do espaço do cano e foi por isto, que surgiu o calibre, o diâmetro 
dentro do cano para o projetil passar. Calibre real é o espaço que tem dentro do cano. 
Calibre nominal é o que vem escrito na caixa da munição, na marca, na base do estojo. 
O real é o que está no cano da arma. 
Projetis únicos, na proporção que o calibre vai aumentando, o cano é mais grosso 
também. O cano de um revolver 22 é bem menor que o cano do 38...
Nas de cano liso, nas espingardas, pega-se uma esfera de chumbo que caiba no cano, 
essa esfera, é posta numa balança, ai se vê quantas esferas precisam para a balança 
marcar 1 libra, que tem 453 gramas. Vai botando na balança até completar 1 libra. Com 
isto, se diz que o calibre é 12, por conta das 12 bolinhas que cabem no cano para 
completar 1 libra. 
Se pegar uma espingarda calibre 20, o cano é mais estreito e a bolinha de chumbo é 
menor e sendo posta na balança para completar 1 libra precisa de mais chumbinhos, 
então é espingarda calibre 20, chegando em 1 libra, que são 20 bolinhas de chumbo. Na 
calibre 12, precisa de 12 chumbinhos.
Espingarda calibre 30 tem diâmetro menor ainda e para completar 1 libra precisa de 
30 chumbinhos. No projetil único a medida que o calibre aumenta, a grossura do 
projetil também aumenta. Nas espingardas, à medida que o calibre da espingarda 
aumenta, 30, 20, 12 o calibre mais alto, o dimantro do cano diminui. É o inverso da de 
projetil único.
 
Não confundir o calibre do estojo com o material que está em seu interior. Pode ser 
qualquer coisa em seu interior, como já dito.
DISTÂNCIA DO DISPARO
1. Efeitos do Projetil de Armade Fogo no Alvo
2. Efeitos dos resíduos do Disparo
2.1 Resíduos do Cone de Dispersão
2.2Residuos do Primer da Espoleta
Primer, é iniciador, o que está dentro da espoleta. Levando uma pancada, faz uma 
faísca. Pode ser resíduos da cápsula do espoletamento.
A fumaça que sai, quando há o disparo da arma, chama-se Cone de Dispersão. Sai 
resíduos por todos os lados, mas do cone de dispersão sai mais.
A arma quando dispara, tendo o alvo sido sujo pelo cone de dispersão, mostra que o 
tiro foi disparado à queima roupa ou curta distância. Tudo por que encontrou resíduos 
do cone de dispersão na roupa da vitima. A distância, vai depender da quantidade de 
fuligem que sai do cone. O que se pode garantir é que o tiro foi de perto. Maior 
diâmetro do cone, mais distante o tiro.
No tiro à distância ou à longa distância, geralmente não apresenta resíduos do cone de 
dispersão, somente a lesão causada pelo projetil. 
ANALISANDO A DISTÂNCIA DO DISPARO ( isso cai muito em prova )
• Orla de enxugo ou alimpadura
• Orla de escoriação ou contusão
• Orla de Equimose
• Anel de Fish
• Zona de Chamuscamento
• Zona de Esfumaçamento ou Tisnado ( sujo de fuligem )
• Zona de Tatuagem 
O projetil quando passa pela epiderme arranca um pouco dela e por baixo dela, a 
derme, que tem a passagem da bala. A derme exposta é chamada de orla de 
escoriação, arrancamento da epiderme e exposição da derme, também chamada de 
orla de contusão. O projetil quando vem, está sujo de óleo, pólvora, fuligem... 
deixando, ao entrar na pele, esses resíduos, é a orla de enxugo ou alimpadura. É 
entrada de projetil de arma de fogo. 
AULA 3.4
Na lesão de entrada apresenta uma orla, um contorno chamado escoriação ou 
contusão, que está todo sujo de resíduos, que ficam ao redor do ferimento que forma 
a orla de enxugo ou de alimpadura. A presença desta, garante a entrada da bala. As 
vezes a bala entra uma vez, duas vezes, três vezes no corpo e os resíduos que ela 
trouxe ficaram na primeira entrada. Toda vez que a orla de enxugo ou alimpadura 
aparecer, é entrada, mas mesmo que não tenha resíduos, é entrada. É o caso do 
projetil transfixar o braço e entrar na lateral do corpo.
O Anel de Fish é o somatório da orla de escoriação e enxugo, lesão de entrada de 
projetil de arma de fogo.
Tiro à queima roupa, à curta distância, têm enxugo, escoriação e em volta disto 
resíduos do cone de dispersão. Essas orlas recebem nomes, que veremos agora.
Orla de queimadura, a chama que sai da boca da arma, é orla de queimadura ou 
chamuscamento. Não é produzida pelo projetil e sim, os gases incandescentes que 
saem da boca da arma. Junto com essa nuvem vem a pólvora, que queimou e suja tudo 
de fumaça, é a Orla de Esfumaçamento, formada, claro, de fumaça e junto com essa 
fumaça vem uns pedacinhos de chumbo, de metal do cano e estes resíduos entram na 
pele atravessando a epiderme e impregnam a derme, formando uma tatuagem, é a Orla 
de tatuagem. 
O esfumaçamento é chamado também de Tisnado, que quer dizer sujo. A presença 
destes, diz que o tiro foi à curta distância ou à queima roupa. 
A orla de enxugo, junto com orla de escoriação, esse conjunto se chama Anel de Fish. 
Só orla de enxugo, entrada de projetil de arma de fogo, onde os resíduos do projetil 
ficam na pele, se chama, sinal de Chavigny.
Não estando presentes esses detalhes não se pode dizer que o disparo foi à longa 
distância, porque pode o atirador usar, por exemplo, um travesseiro encostado na 
vítima, onde os resíduos ficarão todos retidos. Outro exemplo é a vitima, que levou um 
tiro à curta distância, estar com várias roupas por baixo, onde todos os resíduos 
ficarão nela.
 
Questão de prova: Disserte sobre a importância das vestes no estudo do disparo de 
arma de fogo. Resp: Presença de resíduos à curta distância, ausência deles, não dá 
para dizer se foi à curta ou longa distância, porque o atirador pode ter posto um 
anteparo encostado na vítima.
RESIDUOGRAFIA
*Resíduos provenientes da mistura iniciadora ( Primer ).
*Da queima da pólvora.
*Do atrito do Projetil de Arma de Fogo (PAF) com o cano.
*Micropartículas do PAF.
*Micropartículas do cano.
O método mais correto para se saber sobre os resíduos deixados na mão do atirador é 
feito pela Microscopia Eletrônica de Varredura, pois dá o percentual de cada resíduo 
no material analisado. Dá a porcentagem que existe da pólvora, ficando difícil para a 
defesa do atirador, por exemplo, indicar que ele trabalha com tal material encontrado 
nas mãos.
Às vezes a presença de resíduos nas mãos da vítima pode indicar que ela tentou 
agarrar a arma ao tentar se defender do atirador. 
Importante saber: Orla de esfumaçamento = Tisnado
Orla de contusão = orla de escoriação
Encostando a boca da arma na pele e embaixo estiver osso, quando der o tiro, todo o 
resíduo fica em baixo da pele e como não pode empurrar o osso, a pele inverte, é 
empurrada para fora. Fica com aparência de uma casca de banana aberta. A pele vira 
ao contrário, toda suja de resíduo por dentro. Essa brecha enorme, toda suja de 
pólvora,por dentro, foi comparada a uma Boca de Mina de Carvão. É chamada de Mina 
de Hoffmann.
Questão de prova: Importância da Boca de Mina de Carvão na vítima.
Resp: Porque o disparo atingiu a pele, que por baixo dela havia um osso e como este 
não podia ser empurrado, a pele “explodiu” para fora, ficando com aparência de uma 
casca de banana aberta. O buraco grande foi feito pelos gases que bateram no osso e 
a pele estourou e não pelo projetil. Hoffmann, perito, naquela época, vendo isto 
assemelhou essa imagem com uma Boca de Mina, conhecida como Boca de Mina de 
Hoffmann. Significa tiro com cano encostado com osso por baixo. É preciso que a boca 
da arma esteja apoiada na pele, pressionando-a suficientemente para causar a 
“explosão” da pele para fora.
Importante saber que os gases é que fazem a lesão na pele, ao redor do orifício. Toda 
fuligem que ia ficar na pele, fica no osso, impregnado. Essa tatuagem no osso, chama-
se Sinal de Benassi.
Sinal de Benassi, no osso
Sinal de Hoffmann, na pele Ambos com tiro à curta distância
AULA 3.5
Ainda nos tiros à curta distância ou queima roupa... Como vimos há a impregnação na 
pele, zona de tatuagem causada pelos gases, que não saem com a limpeza, pois estão na 
derme.
O tiro, mesmo que disparado de baixo para cima, quando o cadáver ficar na posição 
horizontal vai dar a impressão de que foi na horizontal. O tiro de cima para baixo, 
sendo considerado o cadáver deitado na mesa de autopsia. Tem que prestar atenção na 
posição que a vitima estava ao ser atingida, pois o perito se baseará na mesa de 
autopsia. Tudo vai depender de como a vitima estava na hora que recebeu o disparo.
Se a orla de escoriação é circular, uniforme, concêntrica, tiro frontal.
Não sendo uniforme, tendo um lado mais largo que o outro, sendo oblíquo, o tiro entrou 
pelo lado mais largo.
Importante: Qual a importância médico-legal na orla de escoriação. Isso é o que diz a 
explicação acima.
Tiro frontal não quer dizer que a vítima estava em pé, pode ser que estivesse deitada.
Importante isso: O projetil entrando na pele, esta, estica e depois volta. O diâmetro 
do orificio é menor que o diâmetro do projetil. Na mina de Hoffmann é bem maior, 
porque a lesão de entrada é varias vezes maior que o calibre do projetil, porque a 
lesão foi feita pelos gases que atingiram a pele.
Anel de Fish = orla de escoriação ou contusão e orla de enxugo, alimpadura ou 
chavigny.
A falta da orla de enxugo não significa que não seja área de entrada, pois tem que se 
ver se transfixou. Tendo orla de enxugo, é entrada. Isso é garantido.
EVIDÊNCIAS NO OSSO DO CRÂNIO
O exame dos ossos do crânio pode oferecer evidências que, em certos casos 
permitirão saber a incidência e a distância do disparo.
Encontrando resíduos de pólvora na lesão é porque o canofoi encostado. Mas a 
ausência de resíduos não diz que não foi à curta ou longa distância. Lembrar no 
anteparo posto pelo atirador ou diversas roupas utilizadas pela vítima.
Sinal de Benassi: tatuagem que fica no osso, é o esfumaçamento, mesmo que o corpo 
fique esqueletizado o Sinal de Benassi permanece, pois está no osso a impregnação, 
mas a Boca da Mina de Hoffmann não fica, porque estava na pele.
Tiro com cano encostado num lugar sem osso por baixo, o projetil entra, os gases 
também e não vai haver a explosão da pele para fora, sem fuligem por fora, sem 
tatuagem por fora, a pele dá uma pancada na boca da arma, é como se fosse um 
carimbo, esse desenho da boca da arma no lugar onde o projetil entrou, diz que o tiro 
foi com cano encostado, é o Sinal de Puppe Werkgaertner é o tiro com cano encostado 
sem osso por baixo, normalmente. É o desenho da boca da arma na pele.
Sempre na boca da mina de Hoffmann tem osso por baixo?
Sempre na Puppe Werkgaertner não tem osso?
Normalmente não. Tomar cuidado com o Sempre!!!
Sinal de Bonnet: Presente em várias lesões. Esse sinal aparece no osso. Normalmente 
osso do crânio. Orifício que na entrada, é menor, já na saída é maior. Faz uma entrada 
como se fosse um cone truncado. A presença do Sinal de Bonnet diz que o projetil 
entrou no buraco menor e saiu no buraco maior. Tronco de cone com base para fora, a 
bala está saindo. Tronco de cone com base para dentro, a bala está entrando. A parte 
menor, é da entrada e da saída é maior, mais escavada. Tudo isso é Sinal de Bonnet. 
LESÕES EM ÓRGÃOS MACIOS
• Ao analisar as lesões em órgãos macios ( diferentes dos ossos ) observe a 
densidade ( elasticidade, flexibilidade, maciez ) do órgão em questão.
• A exuberância das lesões também depende da densidade do órgão.
As lesões dependem da maciez ou não. Ex. Projetil entrando no pulmão é menor, pois 
este é elástico, deixando o projetil entrar mais fácil, e este não precisa liberar muita 
energia como o faz ao passar pelo fígado, que é mais denso, tendo que liberar mais 
energia. O dano pode ser grande. Por isso as lesões no osso são mais exuberantes que 
o do figado. Tem que ver a densidade do tecido, manipula a energia que recebe.
AULA 4.1
LESÕES PRODUZIDAS POR PROJETIS DE ALTA VELOCIDADE
Os que viajam 2x mais a velocidade do som. São os supersônicos!! Aqueles que quando 
se escuta o som, o projetil já passou e você não foi atingido. Não precisa mais se jogar 
ao chão!!!
CAVIDADES TEMPORÁRIAS
No estudo da lesão por PAF um fator importante é a formação das cavidades 
temporárias que podem ter amplitudes variadas.
Essas cavidades temporárias estão:
• Presentes em todos os tiros!!!
• Cavidades pulsáteis no trajeto 
• Amplitudes variáveis ( ora muito grandes, ora muito pequenas )
• Dependem: velocidade do PAF ( passando pelo pulmão, o dano é menor )
• Dependem: onda de pressão do PAF
• Dependem: densidade do órgão
• Dependem: estabilidade do PAF
• Dependem: tamanho do trajeto
Pergunta: O projetil Y sempre causa uma lesão mais exuberante que o projetil K? 
Resp: Errado. A lesão vai depender de todos esses fatores acima relacionados, que 
contribuíram para dizer se a lesão foi maior ou menor. Não se pode afirmar 
previamente. Tem que se analisar tudo junto.
O projetil passando nos tecidos faz uma cavidade, que ao término da passagem, voltam 
os tecidos para o local. O que estiver ao lado da cavidade vai sofrer uma 
movimentação, por conta de sua passagem. 
A ponta do projetil vai fazer cavidades maiores ou menores. A cavidade se forma ao 
passar o projetil. Depois que ele passar, a cavidade desaparece, pois é temporária. 
Na entrada do projetil ainda não se formou a cavidade temporária e ao sair, a 
cavidade já está bem menor. O inicio e o final da lesão são bem diminuidas.
O tiro de AR15, Fal... dizer que na saida causa um rombo, não é necessariamente 
verdadeiro dizer isso, vai depender do que está acontecendo quando o projetil estiver 
deixando o corpo. A lesão de saída pode ser bem menor que a lesão de entrada, seja 
qual for o tipo de arma ou ao contrário.
 
A cavidade temporária só existe enquanto o projetil está passando.
O projetil pode passar alinhado, estável, sendo a lesão menor, tendo a cavidade menor. 
Ao longo do trajeto as lesões podem ser maiores ou menores, vai depender da 
densidade do tecido, elasticidade... O projetil passando desestabilizado no corpo, 
causa maiores danos nos tecidos. A cavidade temporária vai ser maior.
GELATINA BALÍSTICA CORPO HUMANO
Muito cuidado para não acreditar que os tecidos humanos reagem da mesma forma que 
o bloco de gelatina balística.
Cada caso deve ser analisado com a perfeita consciência das diferenças existentes.
A gelatina não se compara com os tecidos do corpo humano. É só uma amostra. As 
lesões darão somente uma ideia de como pode ocorrer nos tecidos humanos.
Coeficiente balístico: quanto maior, o projetil penetra mais. Qto menor, o projetil 
penetra menos. 
O projetil vai perdendo a velocidade na cavidade temporária. Causam lesões, mas são 
muito dependentes de uma série de fatores, que mencionamos.
AULA 4.2
LESÕES CAUSADAS PELO BLAST
Blast é Explosão. O ar é afastado com uma certa velocidade. A expansão dessa onda 
depende da carga explosiva. Aumentando, esta, a onda de choque se propaga de uma 
forma mais intensa. O calor é mais intenso no centro da explosão.
O Blast pode ser Aéreo, Aquático ou Terrestre.
O que veremos mais é o aéreo, onde a onda se desloca a 340 m/s.
Na água 1500 m/s. Na terra 5000 m/s.
Há três tipos de Blast: o Primário, Secundário e o Terciário.
A pedra jogada na lagoa gera uma onda. Qto menor a pedra, menor a onda formada . O 
que está no centro da explosão, pode ser carbonizado, espostejado, reduzido a 
pedaços, que podem ser jogados a metros de distância do local que ele estava. Ex. 
Homem bomba.
A pressão, na explosão, é bastante grande. A perícia irá procurar vestígios no centro 
da explosão. 
Blast Primário: no centro da explosão.
Blast Secundário: todos os estilhaços que estiver no centro da explosão e o alvo. 
Nesse intervalo. É atingido por pessoas, estilhaços, cacos de vidro...
Blast Terciário: A pessoa não é atingida pelos estilhaços, mas é derrubado pela onda 
causada pelo impacto. É mais distante que o Blast Secundário. O choque é que atinge a 
pessoa.
Os com grande queimadura estavam no centro da explosão, no Blast Primário, os mais 
distantes, Blast Terciário, têm lesão por objetos contundentes. 
Nessas explosões nota-se também um cone de dispersão, a fumaça. A pressão é em 
todas as direções e sentidos e o que está no foco de explosão vai ser reduzido e o que 
estiver um pouco mais distante será atingido pelos estilhaços, Blast Secundário. 
A pressão é como um globo, vai para todas as direções e sentidos. 
No Blast terrestre temos maior velocidade da transmissão da onda de choque. As 
lesões mais intensas estão nas regiões em contato com o meio de transmissão. A 
transmissão dos pés e pernas, ao quadril; daí, a coluna vertebral e, por fim, à base do 
crânio.
Na hora da explosão, todo o corpo vai sendo atingido, começando pelos pés, caso 
esteja em pé. Recebe toda a trepidação da explosão no corpo. 
LESÕES CAUSADAS POR AGENTES VULNERANTES NÃO MECÂNICOS ( calor, 
agentes quimicos, biológicos, elétricos, radiantes, barométricos, sonoros … )
Lesões e morte causadas pela energia térmica.
Lesões pela ação térmica.
• Termonoses
• Insolação e Intermação
• Queimadura
 *Eritema ( 1º grau)
*Flictenas ( 2º grau)
*Escarificação da Derme ( 3º grau)
*Carbonização (4º grau)
Termonose: Ação difusa do calor, que está distante e chegou até a vítima. É só a ação 
da onda térmica.
Insolação ( ação do sol ) e Intermação ( quando não proveniente do sol, qualquer outra 
fonte, exceto o sol ). 
Qdo a intermação é intensa termina com uma insolação, pois o hipotálamo acaba sendo 
atingido. 
Nas queimaduras,a fonte térmica encosta no corpo e conforme essa transmissão de 
calor temos várias queimaduras.
TERMONOSE x QUEIMADURA
Ação local x Ação difusa
Irradiação x Condução
Quadro Sistêmico x Quadro Local
Insolação e intermação x Lussena-hoffmann e Krisek
A irradiação é difusa, não encosta no corpo. Qdo toca, é queimadura. A ação local está 
ligada à queimadura. 
Hipotálamo: localizado na base do cérebro. Contém os centros termorreguladores 
centrais. Relacionado à insolação. Produz e secreta hormônios. Está ligado à hipófise, 
que põe para fora os hormônios feitos pelo hipotálamo.
LOCAIS DE AÇÃO DO HIPOTÁLAMO
Diâmetro Vascular
Posição dos pelos
Estímulo à sudorese
Estímulos musculares (tremores)
Estímulo à tireóide (metabolismo)
Altera o ritmo respiratório
Altera o ritmo cardíaco.
Todas essas funções são utilizadas por nós para sabermos viver nas variações da 
temperatura. 
O hipotálamo secreta os hormônios que vão ser eliminados pela hipófise. Mexe com 
vários órgãos. Na hora que o hipotálamo falha, estamos diante de uma insolação.
Situação de frio, o hipotálamo age de um jeito. Os vasos sanguíneos no frio ficam 
estreitos, no calor ficam dilatados. 
Sistema Cardiovascular: o sangue circulante na periferia atua no controle da 
temperatura corporal. O coração determina o ritmo circulatório. Desidratação ou 
falha cardíaca pode alterar o controle térmico do corpo.
AULA 4.3
Estamos vendo como o sistema vascular trabalha para manter o nosso corpo normal. 
Num dia de muito calor, os vasos sanguíneos se dilatam e o calor do corpo passa para o 
meio ambiente. Isso favorece a troca com o meio ambiente. A vaso dilatação é a 
maneira de compensar a perda do calor. As glândulas sudoríparas molham a sua pele e 
o calor do carpo faz o suor evaporar. Com isto, está se perdendo água, sentindo o que 
chamamos de sede. 
O hipotálamo, quando apresenta problema, é insolação, problema no cardiovascular, é 
intermação. 
Intermação: O problema corporal prende-se, inicialmente, ao sistema cardiovascular. 
Em geral, não há distúrbio no hipotálamo.
Na fase final da intermação, quando corpo já não aguenta mais a situação, em geral, o 
hipotálamo também é afetado e tudo termina com aspecto de insolação.
Principais síndromes térmicas ( só cai no RJ)
Há síndromes clínicas que se relacionam com as variações bruscas e intensas da 
temperatura ambiental ou corporal, sem que o organismo consiga adaptar-se a tempo 
de evitar os sinais e sintomas das mesmas.
Síndrome é um conjunto de características que indicam doenças.
Câimbra térmica: Sudorese abundante causa perda de líquidos e sais minerais, estes, 
importantes para os músculos. Falta de sais minerais ( sódio e potássio, entre outros) 
altera a fisiologia muscular. Surgem câimbras nos músculos mais solicitados.
A câimbra térmica é a falta de água e sais minerais no corpo. 
Síncope Térmica ( desmaio provocado pelo calor )
Com a progressão da hipertemia. Sudorese intensa e contínua. Aumento das perdas 
hídricas e de sais minerais. Hipotensão, vertigens, náuseas e vômitos. Perda 
momentânea da memória...
Exaustão pelo calor: Intensa prostração, vertigens, vômitos e síncopes que 
comprometem principalmente pessoas idosas. Leva a um quadro de náuseas, calor, 
podendo levar à morte.
Festa de São João, pessoas próximas à fogueira, a pessoa passou mal, teve 
Termonose. 
Eritema: é queimadura de primeiro grau. A queimadura do sol, na verdade não é 
queimadura, é eritema solar. ( pele avermelhada ).
 
As queimaduras com fogo, que arrancam a epiderme e deixam a derme exposta, 2º 
grau. 
As vezes a epiderme não é arrancada, formando bolhas, é flictena, 2º grau.
Essa flictena contém muita proteína, faz-se uma reação, que se chama Chambert.
Há muitas doenças que nada tem a ver com queimadura, mas formam bolhas. O cadáver 
em putrefação, formam-se bolhas também. Mas qual diferença da bolha do cadáver, 
da putrefação, do indivíduo que foi queimado e estava vivo? Resp. Quando não tem 
proteína no líquido, foi feita após a morte, então é bolha de putrefação, reação de 
Chambert negativa. Qdo tem proteína, a reação de Chambert é positiva, então foi 
feita no vivo, sendo queimadura ou doença.
Queimadura lesionou a derme, que já está escarificada, é queimadura de 3º grau. 
Deixando só a derme exposta é de 2º grau.
A cicatrização da queimadura de 3º grau, é deformante, podendo causar impotência 
muscular. Qdo a pessoa sobrevive e foi agressão, está no Art 129, §2º, IV do CP, lesão 
permanente. Geralmente feitas com fogo, líquido quente... É lesão gravíssima.
A pessoa estando vestida, ao ser queimada, a roupa preserva a pele, mas por vezes 
ajuda a queimar a pele. 
Efeito Jaule: Transformação da corrente elétrica em calor.
A carbonização age como isolante térmico e elétrico, até certo ponto. Os órgãos 
internos ficam preservados, mas os externos estão completamente atingidos. O corpo 
totalmente carbonizado por fora, atingido e o seu interior preservado. A área 
carbonizada por vezes funciona como proteção. Mas isso tudo até certo limite.
AULA 4.4
CLASSIFICAÇÃO DE LUSSENA-HOFFMANN 
Classificação baseada na profundidade da queimadura.
Pele normal, com epiderme, fica vermelhada, é eritema, não tem nenhuma reação do 
corpo, os vasos ficam dilatados, sem lesão, sem bolhas.
Calor mais intenso, os vasos dilatam mais, saindo soro da bolha, cheio de proteína, isso 
é reação de Chambert positiva. O calor aumentando a lesão começa a atingir a derme, 
há a escarificação da derme, está lesando a derme. O pelo queimado esturricou, é o 
pelo crestado, então o agente vulnerante foi o fogo ou sólido incandescente, que 
cresta os pelos, já o líquido fervente ou vapor, não cresta. 
Essa é a classificação de Lussena-hoffmann.
CLASSIFICAÇÃO DE KRISEX ( SÓ PARA RJ )
Superficiais = eritema 1º grau
Parciais superficiais = flictenas 2º grau
Parciais profundas = flictenas 2º grau
Totais = escarificação da derme. 3º grau
Nesta classificação não há Carbonização, somente na de Lussena-Hoffmann.
Sinal de Montalti: o fogo queimando, sai a fumaça e a fuligem, que ao aspirar fica 
agarrada na árvore respiratória. Toda vez que encontrar a fuligem, é Sinal de 
Montalti, então pessoa estava viva e morreu com a fumaça. Coisa que não é 
apresentada se a pessoa já estava morta, dentro do incêndio, pois não haverá a 
fuligem agarrada na árvore respiratória.
A traqueia fica enegrecida.
O cadáver completamente carbonizado e se notar o Sinal de Montalti, estava vivo 
antes do incêndio.
Se notar carboxiemoglobina acima de 50%, estava vivo antes do incêdio e se quiser 
saber quem é ele vai na arcada dentária, caso não possa, vai na cabeça, e caso não a 
tenha, faz um corte e se tira um pedaço de ossos, dentes, músculo, pelo... para fazer 
pesquisa de DNA para dizer quem é essa pessoa, ao se comparar com algum parente 
biológico que ele tenha.
Mesmo carbonizado, qualquer fragmento de tecido, pode-se pesquisar o DNA para 
confrontar com os dos parentes biológicos.
Um cofre para o DNA são os dentes, pois mantêm o DNA reservado.
Identificação médico-legal de carbonizados
Exige-se minucioso exame do local onde o cadáver foi encontrado ( perinecroscopia). 
Recolhe-se objetos que possam relacionar o corpo com eles. 
Papiloscopia, arcadas dentárias, cirurgias anteriores, próteses e órteses no corpo, 
sinais anatômicos particulares, objetos que a vitima usava... tudo isso serve para 
tentar identificar a vitima.
Sinal de Devergie: com o aumento da temperatura a musculatura sofre deformações. 
O fogo quando começa a queimar o cadáver, os membros começam a se retrair, ficando 
com o corpo dobrado, fenômeno pós morten. Qualquer cadáver colocado no fogo, vai 
tomando a posição de lutador, esgrimista, saltimbanco... chega até a fraturar os 
membros superiores pela ação do calor, não é lesão feita em vida. 
Cordos ossos e temperaturas: até 400 graus. Ossos pardecentos e escuros por causa 
do sangue, depois ficam embranquecidos.
Os dentes e a temperatura: as ligas metálicas da prótese se derretem. 
Fotodermatofitoses: ( suco de frutas cítricas, colocados no corpo pelos banhistas, é 
como se fosse um espécie de bronzeamento ), podem causar lesões deformantes, 
extensas. Pode causar morte. É a ação do sol em cima de sucos vegetais. Deforma a 
pele para sempre. 
AULA 4.5
A queimadura pode evoluir para a cura, deixar cicatrizes ou pode matar. A pessoa 
queimada, ao entrar no hospital, é feita uma análise, tipo regra dos 9. Estabelece o 
percentual da queimadura aliado à profundidade, com isto estabelece a medicação. É 
um tipo de prognóstico.
Cabeça = 9%
Tórax e abdômen = 18%
Membros superiores e frente = 9% 
Membros inferiores frente = 18%
Membros superiores dorso = 9%
Membro inferior dorso = 18%
Dorso = 18%
Genitais = 1%
Somando tudo isso dá 100%.
Para fins de prova pode perguntar se essas áreas têm o mesmo valor, tanto na criança 
como no adulto. E isso não é verdade, pois na criança a regra dos 9 não é exatamente 
igual a dos adultos.
CAUSA DE MORTE NOS INCÊNDIOS
Considere que pode haver combustão de muitos compostos, que geram resíduos 
altamente tóxicos para o corpo, gás Cianídrico, monóxido de carbono, ácidos 
sulfurosos. Por vezes, não é o fogo que mata e sim, os gases tóxicos.
A fumaça tóxica sendo inalada pode causar morte por asfixia. Monóxido de carbono e 
cianeto são os mais comuns de se morrer no incêndio.
Na morte por monóxido de carbono, dá uma tonalidade Carminada, cor de cereja no 
sangue, em todas as vísceras. Tem que pegar o sangue da cavidade cardíaca, pois ele 
provavelmente não está contaminado, para ver a tonalidade, para ver se a pessoa 
morreu por aspiração do monóxido de carbono. Isso cai em prova. Encontrando mais de 
50%, pode-se dizer que morreu asfixiado pelo monóxido de carbono. É a pesquisa de 
monoxiemoglobina.
A fumaça é cáustica, que facilita infecções que são dificeis de tratar. O ar 
contaminado vai para dentro do pulmão, sendo comum o aparecimento de pneumonia, 
tendo complicações respiratórias. É a lesão por inalação, que lesam a mucosa.
A causa da morte, de uma maneira geral, é a desidratação intensa, disseminação de 
infecções a partir das áreas queimadas, lesões de inalação, úlceras, sangramentos, 
anemia aguda, causando morte hipovolêmica. Por isso, o queimado tem que estar em 
intensa observação.
Úlcera de Curling: Por queimadura. Úlcera do queimado. Micro ulcerações gastro 
duodenais causando hemorragia digestiva. Anemia aguda. Isso cai em prova.
Na queimadura por fogo, o pelo fica crestado e normalmente o fogo carboniza. A 
queimadura é mais geral, que local. Aparecem outras áreas intactas e os autores dizem 
que parecem aspecto em Mapa Geográfico. Então agente vulnerante é o fogo!!!
Pessoa morta por ação do fogo, intencionalmente, homicídio qualificado, crime 
hediondo. Matou e usou o fogo dolosamente. 
Pessoa queimada por líquido fervente, em seu primeiro contato com o corpo, a 
queimadura tem uma intensidade decrescente, à medida que o líquido escorre. O 
líquido fervente não carboniza, não cresta os pelos. Pode ser acidental.
Diagnóstico do agente vulnerante sólido incandescente: carboniza, cresta pelos, deixa 
a sua marca, o seu decalque, a impressão do corpo. Ex. Ferros usados em animais, 
madeiras, em arte... Deixa a sua assinatura.
Antigamente o escravo era marcado com a letra F na testa para dizer que era Fujão. 
A marca pode ser feita ainda por vapores.
Na prova pede para identificar se foi fogo, líquido fervente, sólido incandescente... 
Diferença de termonose e queimadura. Sinais.
AULA 5.1
LESÕES E MORTE PROVOCADAS PELA AÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA
*Gerando energia elétrica
*Partindo do movimento da água em movimento
*Do ar em movimento
*Dos elétrons em movimento
*Do calor em movimento
A energia hidráulica caminhando de uma represa e essa água que cai da represa desce 
e passa através de uma turbina, que transmite os elétrons para o gerador, que 
encaminha, através do fio condutor e este transmite a energia para as residências. 
Isso é uma usina hidroelétrica.
Em alguns lugares não têm tanta água e a energia do vento é que é aproveitada para 
fazer energia, que chega às casas. 
Em outros lugares são utilizados o vapor, usina termoelétrica.
Em outros ainda são usados compostos radioativos, usinas nucleares, perigosas. Essas 
usinas usam material que geram uma quantidade imensa de calor.
Isso são as várias formas de energia que se convertem em energia elétrica.
Condutores Elétricos: são materiais destinados a permitir a passagem da corrente 
elétrica ( geralmente fios ), desde o gerador ou do acumulador (bateria) até chegar ao 
receptor, onde poderá ser utilizada.
Ex. de condutores elétricos: fios.
O corpo humano é um conjunto de fios que conduzem a corrente elétrica de formas 
diferentes, cada tecido do corpo é um transmissor elétrico.
A corrente elétrica só entra se ela puder sair e para sair tem que soltar os elétrons 
por algum lugar. 
Um sapato com sola de borracha, você pode por a mão no fio, pois a corrente não vai 
ter por onde sair, pois os pés estão isolados pela sola emborrachada, não tendo como 
sair. Se por a mão na terra, vai passar corrente para o seu corpo e passar para a 
terra. Nada do seu corpo pode estar encostado. 
Corrente Elétrica: Vibração e escoamento de elétrons entre os átomos do condutor 
elétrico provocada por uma diferença de potencial elétrico existente entre o 
acumulador e o receptor tentando estabelecer o equilirio entre as fontes.
Tudo naturalmente passa de onde tem mais, para onde tem menos. 
A corrente elétrica não gosta de OHM ( Unidade de resistência ), pois a corrente 
procura o lugar mais fácil para passar.
Em idênticas condições a corrente elétrica prefere o caminho mais curto. Escolhe o 
lugar mais fácil.
Importante saber essas frases!
Toda matéria, todos os corpos são atraídos para o centro da terra, inclusive os 
elétrons. O principal “ralo” dos elétrons é a terra. Isolado da terra, a corrente nem 
entra.
O raio é enorme fonte de corrente elétrica, gerada na nuvem e quando as cargas 
elétricas da nuvem e da terra são opostas, haverá uma atração entre estes e esse 
encontro faz essa energia luminosa. Não vemos os raios que passam da terra em 
direção à nuvem, só vemos os da nuvem passando para a terra. Uma pessoa pode ser 
atingida e não morrer, já outras podem ficar paralíticas, morrer, ter pequenas 
complicações... De nada, até a morte. 
Campo Magnético: toda corrente elétrica, ao passar, gera um campo magnético no 
local. 
Um raio quando cai no local, os metais ficam por ali. Qualquer coisa de metal fica 
imantado e isto é causado pela corrente elétrica que passou. É um aspecto que o perito 
irá observar. 
Os metais derretem e ficam impregnados na pessoa. Ocorrendo a metalização, que é a 
fusão dos metais que existem quando as pessoas estão com algum metal no corpo ou 
um animal com algum metal também.
Isso já foi pergunta de prova.
Estes foram os conceitos físicos e agora veremos a parte médico legal.
AULA 5.2
As questões de prova começam aqui.
Vestígios de Fulguração: ( esta se trata de energia elétrica natural, cósmica, 
meteórica, lesões causadas pelo raio ). Ligado à Banca de Dr. Higyno, mata ou não.
Se a banca não seguir Higyno, os demais autores dizem que a Fulguração não mata, 
com ou sem sequelas, será Fulguração. Qdo a ação elétrica mata, é Fulminação.
No lugar que houve fulguração os metais da região parecem imantados. Efeito Joule é 
a transformação da corrente elétrica em calor. Esse efeito é tão intenso que derrete 
os metais, que entranham na pele. 
Vestes rasgadas e queimadas no local, efeito Joule. Não se vê nenhuma ação de 
fogueira ou fogo. Houve tempestade elétricana véspera, os metais da localidade 
imantados e metalização no corpo da vítima.
Não sendo a energia elétrica natural, tem a industrial. As que iluminam a cidade. A 
energia elétrica sendo mal administrada pode haver uma falha qualquer e a corrente 
elétrica ao invés de passar para o fio, passa para o corpo da pessoa. Esta, não estando 
isolada, o corpo recebe a energia.
Nosso corpo tem ínfima amperagem, apropriada para o nosso funcionamento. 
Apropriada para funcionar, naquele padrão. 
Eletroplessão: Lesão causada pela corrente elétrica industrial. Fulguração, é corrente 
eletrica natural. Sinal de Jellinek - > marca que indica a entrada da corrente elétrica. 
Na pele, no ponto de contato. A lesão é dura, de bordas elevadas, parece um calo, 
seca, indolor, profundidade variável pode reproduzir a forma do condutor elétrico. 
Isso indica que a pessoa foi atingida por uma corrente elétrica industrial. Se morreu 
da corrente ou não isso é outro caso.
No RJ pede a microscopia dessa marca.
Não é queimadura, mas parece. As células, apresentam-se com aspecto, que se 
assemelha a uma colmeia. Dispostas alongamente, lado a lado, onde tem a marca de 
Jellinek. 
A marca de Jellinek pode aparecer ou não. A pessoa morre de Eletroplessão e não tem 
a marca, que é eventual. Estando presente não quer dizer que ela morreu disto. 
Às vezes, a corrente elétrica não entra pela mão e sim pela boca, que tem saliva, com 
tecido delicado na mucosa, então temos a Lesão em Saca Bocado, pois foi arrancado o 
pedaço.
Material Isolante: aquele que fornece poucos elétrons, quando solicitado. São as 
borrachas, cerâmicas, plásticos. Estes, são isolantes, dificultam a passagem dos 
elétrons. 
Corrente elétrica natural - Fulguração ( não mata ), Fulminação ( mata ). Se a banca 
não estiver ligado ao Dr. Hygino
Sinal de Lichtenberg: Montanha de luz. Visível na pele, mas a lesão é nos vasos 
embaixo da pele. É temporário, fugaz. A lesão ocorre nos vasos superficiais e não na 
pele. Percebe-se, na pele, um desenho arboriforme, ramificado, reproduzindo a trama 
vascular subjacente. Decorre de uma vasculite ( inflamação dos vasos ) elétrica.
Uma pessoa atingida por uma corrente elétrica, algumas semanas depois tem uma 
hemorragia inexplicável, pois algum vaso pode ter sido atingido pela corrente elétrica, 
vem a complicação, até a morte, que pode ocorrer pela hemorragia, dias depois.
O sinal de Lichtenbert apresenta vasos distendidos, avermelhados, exaltados. A lesão 
vai desaparecendo gradativamente. A lesão é no vaso, mas é visto através da pele. 
Percebe-se a ramificação dos vasos. Vítima de Fulguração.
Arco elétrico: Às vezes a pessoa só chega perto da corrente elétrica e esta salta para 
a pessoa. É por que o corpo humano é fonte condutora. O corpo humano é um 
excelente condutor de eletricidade, pois tem água, sais minerais... Pode levar à morte 
ou não. Não precisa nem encostar no local, só se aproximar. 
Efeito Joule: transformação de energia elétrica em calor. Pode causar queimaduras de 
todos os graus. Pode ser utilizado nas indústrias, nas residências, no comércio, na 
saúde etc.
Esse efeito é usado também em casa ( chuveiro eletrico ).
AULA 5.3
Voltagem = Resistêcia x Intensidade V= R x i
Volt = OHM x Ampere
A corrente elétrica, passando pelo fio, que tem certa resistência... Essa resistência do 
fio é medida pelo OHM. A corrente, que acende a luz, que mata, que aquece a água, 
que faz o efeito da eletricidade é medida em Ampere.
Para matar um homem basta um centésimo de ampere. O que mata é a intensidade!!
Se tiver 120 Volts e tiver uma resistência de 50000 OHM x intensidade
Pega 120 e divide por 50000, que teremos a intensidade.
O corpo suado, que contém água e sais minerais, a resistência da pele cai 
consideravelmente. Pequenas voltagens podem matar, grandes voltagens podem não 
matar. Tudo depende da resistência. O importante para matar ou não, é a intensidade, 
o ampere que mata.
RESISTÊNCIAS DA PELE
Estado da Pele
A) seca, áspera, espessa, calosa, queratinizada, carbonizada, protegida por borracha, 
cerâmica etc.. mais proteção. Não deixa a corrente elétrica passar com facilidade.
B) Úmida, lisa, delgada, suada, sem proteçao isolante... menor proteção. 
Isso cai muito em prova.
Associação em Paralelo: Qdo corrente passa por um determinado local e é desviado.
Ex. Um homem que com um galho de bambu mexe no fio de eletricidade do poste. Se 
este homem estiver sem isolante, receberá corrente elétrica.
Associação em série: A pessoa recebe toda a corrente elétrica. A pessoa segura a 
ponta do fio e toda corrente eletrica vem para ele.
Órgãos mais sujeitos à lesão: Encéfalo ( formado pelo cérebro, cerebelo, ponte e 
bulbo ), Cérebro, Tronco cerebral ou tronco encefálico ( bulbo – nervo vago, que vaga 
pelo corpo ), coração ( pode causar parada cardíaca ) e musculatura respiratória.
Não pegando nestes órgãos, a morte pode se dar tempos após. Pegando nestes órgãos 
acima, a morte é rápida, geralmente.
A resistência elétrica depende também da trajetória da corrente elétrica pelo corpo 
humano.
Ex: Pessoa leva o tiro, vai morrer? Depende de onde o tiro pegou.
 Pessoa leva choque, vai morrer? Depende por onde a corrente caminhar.
Na Cadeira elétrica, a corrente entra pela cabeça e sai pela perna. No trajeto, a 
corrente causa alterações no cérebro, coração e escoando pela perna... passa por 
todos os órgãos vitais.
A pessoa agarrada no fio, a corrente geralmente passa para a musculatura, em 
contração, não conseguindo respirar, morre asfixiado, é o espasmo da musculatura. 
Tem marca de Jellinek, mas isso não foi a causa da morte. A pessoa geralmente não 
grita, pois não tem ar para respirar. 
Eletroplessão de média amperagem pode causar parada respiratória periférica. O 
tempo de contato com o fio condutor é importante. A corrente passando pelo coração, 
pode morrer de parada cardíaca.
O diafragma é maior músculo do corpo humano, é da respiração.
O cérebro, o cerebelo, a ponte, o bulbo e o nervo vago, este, que vai para o coração, 
pulmão, órgãos genitais... então qualquer lesão no nervo vago pode levar a pessoa a 
parada cardiorrespiratória de origem do nervo vago.
AULA 5.4 
Agora, veremos causa de morte na baixa amperagem.
Efeitos lesivos significativos apenas se passar pelo coração. Se não passar por ele, não 
tem efeito lesivo significativo. Nada mais sério. Isso é pergunta de prova.
Causa fibrilação ventricular, que é uma alteração na musculatura no ventrículo 
cardíaco. Passa também pelo tronco encefálico, causando parada cardiovasculatória de 
origem central ( bulbo). 
Fibrilação ventricular: cada célula cardíaca recebe impulsos elétricos normais, 
fisiológicos. O sistema de condução elétrica do coração parte do nódulo sinoatrial, 
passa pelo atrioventricular, desce pelos filetes nervosos, fazendo com que a 
concentração seja organizada. Esse batimento normal do coração é de 60, 70, 80 
batimentos por minuto, mas isso depende de como a pessoa está naquele momento. 
Com uma corrente elétrica de fora, alternada, vibrando os elétrons numa posição ou 
outra, sendo essa forma alternada de 50 a 60 vezes por segundo, o coração é por 
minuto!!!
Então a pessoa recebendo esta carga elétrica, de baixa amperagem, mas que oscila 60 
vezes por segunda, imagina a desorganização que haverá na musculatura da pessoa!!! O 
movimento muscular desorganiza generalizadamente. Então o coração não fica com 
força muscular para impulsionar o sangue, então a pressão arterial cai, falta oxigênio 
no cérebro e morre. Mas o coração ainda fica fibrilando, é como se estivesse parado, 
sem condições para bombear o sangue, com oxigênio, nos tecidos do corpo. 
Essa corrente de baixa amperagem pode matar desde que passe pelo coração, 
causando fibrilação ventricular.
Não há pulso na carótida, o estetoscópio não consegue

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