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Thiago Lopes -
Prof. Arthur Lima 
 Aula 00 
 
1 de 59| www.direcaoconcursos.com.br 
Nome do curso 
Aula 13 – CPC 46. CPC 48. 
Contabilidade Geral para Analista - Ciências 
Contábeis e Controle Externo do TCE RJ 
Prof. Igor Cintra 
Thiago Lopes -
Prof. Igor Cintra 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ 
Sumário 
AULA 13 ....................................................................................................................................................2 
CPC 48 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS ................................................................................................... 3 
CLASSIFICAÇÃO E MENSURAÇÃO .............................................................................................................................. 4 
Instrumento Financeiro Mensurado ao Custo Amortizado .................................................................................. 4 
Instrumento Financeiro Mensurado ao VJ por meio de ORA ............................................................................... 5 
Instrumento Financeiro Mensurado ao VJ por meio de Resultado ....................................................................... 6 
TESTE DE IMPAIRMENT DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS ............................................................................................ 13 
RECLASSIFICAÇÃO DE ATIVO FINANCEIRO ................................................................................................................. 14 
CPC 46 – MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO .............................................................................................. 17 
DEFINIÇÕES ..................................................................................................................................................... 18 
ATIVO E PASSIVO ............................................................................................................................................. 26 
TRANSAÇÃO .................................................................................................................................................... 27 
PARTICIPANTES DO MERCADO ....................................................................................................................... 28 
PREÇO .............................................................................................................................................................. 28 
MELHOR USO POSSÍVEL PARA ATIVOS NÃO FINANCEIROS ........................................................................... 32 
VALOR JUSTO NO RECONHECIMENTO INICIAL .............................................................................................. 32 
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ............................................................................................................................... 33 
DIVULGAÇÃO ................................................................................................................................................... 34 
QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ..................................................................................................... 36 
LISTA DE QUESTÕES...............................................................................................................................49 
GABARITO .............................................................................................................................................. 54 
RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thiago Lopes -
Prof. Igor Cintra 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ 
Aula 13 
E aí pessoal, tudo bem? 
A aula de hoje é importante para provas do CESPE, pois vamos analisar os Pronunciamentos Técnicos CPC 46 
– Mensuração do Valor Justo e CPC 48 – Instrumentos Financeiros. 
Tais pronunciamentos técnicos não despencam em provas de concursos públicos, razão pela qual não 
analisaremos tantas questões ao longo desta aula. No entanto, isso não quer dizer que você pode “abaixar a 
guarda”, dado que o CESPE tem cobrado recorrentemente estes tópicos em suas provas mais recentes. 
Qualquer dúvida é só gritar no fórum do site. Além disso, sinta-se à vontade para me procurar através das redes 
sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thiago Lopes -
Prof. Igor Cintra 
 Aula 13 
 
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Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ 
CPC 48 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
O objetivo deste pronunciamento é estabelecer princípios para os relatórios financeiros de ativos financeiros 
e passivos financeiros que devem apresentar informações pertinentes e úteis aos usuários de demonstrações 
contábeis para a sua avaliação dos valores, época e incerteza dos fluxos de caixa futuros da entidade. 
Como destacado na introdução desta aula, houve modificação na forma como os instrumentos financeiros são 
classificados. 
Percebe-se, através do estudo dos Pronunciamentos Técnicos revogados sobre instrumentos financeiros, que 
a classificação entre as categorias acima destacadas tinha como ponto principal a intenção da entidade, ou 
seja, qual é a finalidade do investimento. 
O CPC 48, por outro lado, leva em consideração dois aspectos para se realizar esta classificação, quais sejam: 
a) o modelo de negócio da entidade que está para adquirir o ativo financeiro; 
b) as características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. 
Em outras palavras, abandona-se o modelo baseado na intenção (futura) da entidade para a análise do modelo 
de negócio histórico da entidade, bem como as características contratuais dos instrumentos financeiros 
adquiridos. 
(INÉDITA – 2019) O Pronunciamento Técnico CPC 48, que dispõe sobre princípios para os relatórios de 
ativos financeiros e passivos financeiros, revogou o CPC 38 que tratava do tema. A abordagem atual de 
classificação dos ativos financeiros abandonou as características dos instrumentos e passou a considerar a 
intenção da entidade, de acordo com a característica da essência sobre a forma. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Muito pelo contrário! A classificação dos instrumentos financeiros era realizada com base na intenção da 
entidade em relação aos títulos. 
O CPC 48, por outro lado, leva em consideração dois aspectos para se realizar esta classificação, quais sejam: o 
modelo de negócio da entidade que está para adquirir o ativo financeiro; as características de fluxo de caixa 
contratual do ativo financeiro. 
Assim, incorreta a afirmativa. 
GABARITO: E 
Para efeitos de provas de concursos públicos, em linhas gerais, ficou mais fácil para o aluno acertar as questões 
sobre este assunto! Apenas para fazer um paralelo, antes da citada revisão o aluno teria que saber que os 
instrumentos financeiros classificados pela entidade como “Destinados à Negociação” e “Disponíveis para 
Venda“ devem ser avaliados pelo valor justo. Além disso, deveria saber que a contrapartida de eventual Ajuste 
a Valor Justo impactava o Resultado e o Patrimônio Líquido, respectivamente. 
Agora a própria classificação dos títulos nos dá esta informação! Ou seja, não é mais preciso decorar... 
Se fizermos um paralelo temos a seguinte situação para as questões antigas sobre instrumentos financeiros. 
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 Aula 13 
 
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Classificação Antiga Classificação Nova 
Mantido até o Vencimento Custo Amortizado 
Destinados à Negociação Valor Justo por Meio do Resultado 
Disponíveis para VendaValor Justo por Meio de Outros Resultados Abrangentes 
Além desta modificação, o Pronunciamento Técnico estabelece um novo modelo para a realização do teste de 
recuperabilidade em instrumentos financeiros. O cálculo das Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação 
Duvidosa (PECLD), por exemplo, deve ser realizado levando em consideração a probabilidade futura de perdas 
de acordo com modelos de risco, como expectativa de variações na condição econômica, índice de 
desemprego. Ou seja, ao contrário do que ocorria antigamente, onde analisávamos as perdas históricas 
(passadas) em relação aos créditos da entidade, agora analisamos para o futuro. 
Classificação e Mensuração 
Vamos analisar as classificações dos ativos financeiros proposta pelo Pronunciamento Técnico CPC 48. 
Instrumento Financeiro Mensurado ao Custo Amortizado 
O ativo financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se ambas as seguintes condições forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros 
com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e 
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que 
constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. 
Perceba, portanto, que os instrumentos mensurados ao custo amortizado têm relação com os antigos 
instrumentos financeiros classificados como “mantidos até o vencimento”. 
(INÉDITA – 2019) Um ativo financeiro é classificado como mensurado ao custo amortizado se for mantido 
dentro doe modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos 
de caixa contratuais e os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a 
fluxos de caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal 
em aberto. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado é um ativo O ativo 
financeiro deve ser mensurado ao custo amortizado se ambas as seguintes condições forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros 
com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e 
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que 
constituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. 
Assim, correta a afirmativa. 
GABARITO: C 
 
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Instrumento Financeiro Mensurado ao VJ por meio de ORA 
O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (ORA) se 
ambas as seguintes condições forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto pelo 
recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e 
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que 
constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. 
Assim, há relação entre os atuais Instrumentos Financeiros Mensurados ao Valor Justo por meio de Outros 
Resultados Abrangente e os antigos instrumentos financeiros “Disponíveis para Venda”. 
O que se entende por “Mensurados ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes” é o seguinte: 
eventual ajuste a valor justo destes instrumentos financeiros serão apropriados à conta Ajuste de Avaliação 
Patrimonial, no Patrimônio Líquido. 
Aqui podemos fazer uma diferenciação entre os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e 
mensurados ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangente. 
 
Vamos analisar como isso pode ser cobrado em prova! 
(INÉDITA – 2019) A companhia aberta que adquire uma letra do Tesouro Nacional (LTN), classificando-a 
como mensurada ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, deve, após o reconhecimento 
inicial do instrumento financeiro adquirido, avaliar a LTN pelo seu 
A) valor justo, reconhecendo o efeito contábil dessa avaliação diretamente no resultado do período. 
B) custo corrente, reconhecendo o efeito contábil dessa avaliação na conta ajustes de avaliação patrimonial, 
do patrimônio líquido. 
C) valor presente, reconhecendo o efeito contábil dessa avaliação diretamente no resultado do período. 
D) valor justo, reconhecendo o efeito contábil dessa avaliação na conta ajustes de avaliação patrimonial, do 
patrimônio líquido. 
E) custo amortizado, reconhecendo o efeito contábil dessa avaliação diretamente no resultado do período. 
RESOLUÇÃO: 
Custo Amortizado
O objetivo é manter o ativo financeiro 
para receber fluxos de caixa contratuais
Valor Justo por meio 
de ORA
O objetivo são: receber os fluxos de caixa 
contratuais ou venda do título
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Os instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes são 
avaliados, obviamente, ao valor justo, sendo que eventual ajuste a valor justo é apropriado no Patrimônio 
Líquido, na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial. 
Com isso, correta a alternativa D. 
GABARITO: D 
Instrumento Financeiro Mensurado ao VJ por meio de Resultado 
O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio do resultado, a menos que seja mensurado ao 
custo amortizado ou ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. 
Constata-se, pois, que a exceção de classificação de um instrumento financeiro é que ele seja mensurado ao 
valor justo por meio do resultado. Isso significa que eventual ajuste a valor justo deve ser apropriado 
diretamente ao resultado. 
O objetivo dos instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado é a geração de caixa 
através da venda destes ativos. 
Vamos praticar algumas questões! 
(CESPE – Analista Judiciário – STM – 2018) A avaliação de instrumentos financeiros a valor justo, quando 
realizada em conta do patrimônio líquido, deve ser evidenciada na demonstração do resultado 
abrangente. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Existem dois instrumentos financeiros avaliados ao valor justo: 
– Mensurados ao Valor Justo por meio de Resultado; 
– Mensurados ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes 
Os primeiros terão eventuais ajustes a valor justo apropriados ao resultado da entidade, ao passo que os 
segundos transitoriamente no Patrimônio Líquido, na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial, e 
consequentemente, seus efeitos serão evidenciados na Demonstração dos Resultados Abrangentes. 
Assim, correta a afirmativa. 
GABARITO: C 
 
(CESPE – Analista Judiciário – TRT/CE – 2017) Um ativo financeiro de determinada empresa classificado, 
inicialmente, em uma categoria residual foi, posteriormente, mantido nessa mesma categoria. Nessa 
situação, caso se verifique que o valor contábil do ativo é inferior ao seu valor de mercado, a empresa 
deverá reconhecer o(a) 
A) ganho em conta específica do patrimônio líquido. 
B) perda em conta específica do patrimônio líquido. 
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C) ganho em conta de resultado. 
D) perda em conta de resultado. 
RESOLUÇÃO: 
Quando esta prova foi aplicada, em 2017, estava em vigor o Pronunciamento Técnico CPC 38, que classificava 
um instrumento financeiro em quatro categorias: 
i) ativo ou passivo financeiro mensurado ao valor justopor meio do resultado, 
ii) mantido até o vencimento, 
iii) empréstimos e recebíveis e 
iv) disponível para venda. 
Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não derivativos que são designados 
como disponíveis para venda ou que não são classificados como (a) empréstimos e recebíveis, (b) investimentos 
mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. Ou seja, tratava-se 
de uma classificação residual. 
Sabemos que os instrumentos financeiros classificados como Disponíveis para Venda são avaliados ao valor 
justo. Além disso, sabe-se que eventual ajuste a valor justo é apropriado diretamente ao Patrimônio Líquido, 
na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial. 
Com isso, a alternativa A foi considerada correta, pelo menos até 31/12/2017. 
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 48, com vigência a partir de 01/01/2018, o ativo financeiro deve ser 
mensurado ao valor justo por meio do resultado, a menos que seja mensurado ao custo amortizado ou ao 
valor justo por meio de outros resultados abrangentes. Percebe-se, portanto, que tal classificação é residual. 
Ou seja, a partir de 01/01/2018 se a classificação do ativo financeiro em questão é residual, trata-se de ativo 
financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado e eventual ajuste a valor justo deve ser apropriado 
no resultado. 
Assim, correta a alternativa C. 
GABARITO: C 
 
(INÉDITA – 2019) A entidade XYZ aproveitou a alta da taxa Selic e adquiriu R$ 100.000 títulos do tesouro 
nacional. Tais títulos remuneram juros semestrais de 8%. Além disso, a entidade XYZ vende este tipo de 
título sempre que há valorização em seu valor justo, de forma que o investimento seja realizado e ela 
reinvista em outros ativos financeiros. 
Com base na situação proposta conclui-se que a entidade deverá mensurar o instrumento financeiro pelo 
valor justo por meio de outros resultados abrangentes. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
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O ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (ORA) se 
ambas as seguintes condições forem atendidas: 
(a) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto pelo 
recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros; e 
(b) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que 
constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. 
No enunciado ficou claro que a entidade recebe fluxos de caixa contratuais (juros semestrais) mas também 
objetiva a venda do ativo financeito. 
Assim, correta a afirmativa. 
GABARITO: C 
 
(FCC – Analista – SABESP – 2018) As características das aplicações financeiras realizadas por uma empresa 
no dia 01/12/2016 são apresentadas na tabela a seguir: 
 
O valor total apresentado no Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2016, e o efeito total na 
Demonstração do Resultado de 2016, para as três aplicações em conjunto foram, respectivamente, em 
reais, 
(A) 2.438.000,00 e 40.000,00. 
(B) 2.438.000,00 e 35.000,00. 
(C) 2.437.000,00 e 37.000,00. 
(D) 2.442.000,00 e 42.000,00. 
(E) 2.438.000,00 e 38.000,00. 
RESOLUÇÃO: 
Após a Revisão CPC n° 12 houve a edição do CPC 48, que revogou os demais Pronunciamentos Técnicos que 
disciplinavam os Instrumentos Financeiros. 
Em linhas gerais ficou mais fácil para o aluno acertar as questões da FCC sobre este assunto! Apenas para fazer 
um paralelo, antes da citada revisão o aluno teria que saber que os instrumentos financeiros classificados pela 
entidade como “Destinados à Negociação” e “Disponíveis para Venda“ devem ser avaliados pelo valor justo. 
Além disso, deveria saber que a contrapartida de eventual Ajuste a Valor Justo impactava o Resultado e o 
Patrimônio Líquido, respectivamente. 
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 Aula 13 
 
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Agora a própria classificação dos títulos nos dá esta informação! Ou seja, não é mais preciso decorar... 
Se fizermos um paralelo temos a seguinte situação para as questões antigas: 
Desta 
forma, vamos calcular os valores apresentados no Balanço Patrimonial e o impacto na Demonstração do 
Resultado do Exercício destes títulos. 
 
Valor Justo por meio de ORA (antigos Destinados para Venda Futura) 
Reconhecimento da Receita Financeira 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 600.000,00 × (1,01 − 1) = 𝑹$ 𝟔. 𝟎𝟎𝟎 
 D – Títulos Destinados para Venda Futura R$ 6.000,00 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 6.000,00 (Resultado) 
Reconhecimento Ajuste a Valor Justo 
Dado que o valor justo dos títulos em 31/12/2016 é de R$ 604.000,00, e que o valor atualizado dos títulos é de 
R$ 206.000,00, há a necessidade de reconhecimento de um ajuste negativo a valor justo de R$ 2.000,00. Este 
ajuste deve ser reconhecido no patrimônio líquido da entidade, na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial. 
Assim: 
 D – Ajuste a Valor Justo R$ 2.000,00 (AAP) 
 C – Títulos Mens. ao VJ por meio de ORA R$ 2.000,00 (Ativo) 
Conclusão: tais operações impactaram o resultado da entidade em R$ 6.000. 
Saldo Final do Título no Balanço Patrimonial: R$ 604.000,00 
 
Custo Amortizado (antigos títulos Mantidos até o Vencimento) 
Reconhecimento da Receita Financeira 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 800.000,00 × (1,02 − 1) = 𝑹$ 𝟏𝟔. 𝟎𝟎𝟎 
 D – Títulos Mens. ao Custo Amortizado R$ 16.000 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 16.000 (Resultado) 
Conclusão: tais operações impactaram o resultado da entidade em R$ 16.000. 
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Saldo Final do Título no Balanço Patrimonial: R$ 816.000,00 
 
Valor Justo por meio de Resultado (antigos títulos Destinados à Negociação) 
Reconhecimento da Receita Financeira 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 1.000.000,00 × (1,015 − 1) = 𝑹$ 𝟏𝟓. 𝟎𝟎𝟎 
 D – Títulos Mens. ao VJ por meio de Resultado R$ 15.000 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 15.000 (Resultado) 
Reconhecimento Ajuste a Valor Justo 
Dado que o valor justo dos títulos em 31/12/2016 é de R$ 1.015.000,00, e que o valor atualizado dos títulos é de 
R$ 1.018.000,00, há a necessidade de reconhecimento de um ajuste a valor justo de R$ 3.000. Este ajuste deve 
ser reconhecido no resultado da entidade. Assim: 
 D – Títulos Mens. ao VJ por meio de Resultado R$ 3.000,00 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 3.000,00 (Resultado) 
Conclusão: tais operações impactaram o resultado da entidade em R$ 18.000. 
Saldo Final do Título no Balanço Patrimonial: R$ 1.018.000,00 
Dica! Evidentemente que para fins didáticos realizamos os lançamentos necessários, mas em sua prova bastava 
verificar que toda diferença entre o valor justo (R$ 1.018.000) e o valor nominal do título (R$ 1.000.000) é 
apropriada ao resultado da entidade. Ou seja, não era necessário perder tempo calculado o valor da receita 
financeira e do ajuste a valor justo. 
Com isso, o impacto total no resultado foi de R$ 40 mil (R$ 6 mil + R$ 16 mil + R$ 18 mil) 
Vamos verificar o saldo final dos títulos no Balanço Patrimonial! 
Títulos Mensurados ao Valor Justo por meio de ORA R$ 604.000 
Títulos Mensurados ao Custo Amortizado R$ 816.000 
Títulos Mensurados ao Valor Justo por meio de Resultado R$ 1.018.000 
Valor Total R$ 2.438.000 
Assim, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
 
Atenção: Para responder às questões seguintes considere as informações abaixo. 
A empresa Contadores S.A. fez uma aplicação financeiraem 01/12/2016, adquirindo três títulos no valor 
de R$ 7.000,00 cada, que remuneram à taxa de 1% ao mês (juros compostos). Na data da aquisição, um 
título foi classificado como para “negociação imediata”, outro foi classificado como “mensurado ao valor 
justo por meio de outros resultados abrangentes” e o outro foi classificado como “mensurado ao custo 
amortizado”. O valor justo de cada título, 30 dias após a sua aquisição era R$ 6.950,00. 
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(FCC – Especialista – ARTESP – 2017 – ADAPTADA) Os valores apresentados no Balanço Patrimonial nas 
contas Aplicações Financeiras e Ajustes de Avaliação Patrimonial, em 31/12/2016, considerando os três 
títulos, foram, respectivamente, em reais, 
(A) 21.090,00 e 70,00 (saldo credor). 
(B) 20.970,00 e 120,00 (saldo devedor). 
(C) 21.090,00 e 120,00 (saldo credor). 
(D) 20.850,00 e 50,00 (saldo devedor). 
(E) 20.970,00 e 50,00 (saldo devedor). 
RESOLUÇÃO: 
Vamos analisar os fatos contábeis relacionados aos três títulos. Lembre-se que todos os títulos serão 
remunerados de acordo com a taxa de juros contratada, de 1% ao mês. Além disso, sabe-se que os títulos 
Mensurados ao VJ por meio de Resultado e Disponíveis para Venda são mensurados pelo valor justo. Assim: 
Títulos Mensurados ao Custo Amortizado 
Inicialmente vamos calcular a receita financeira. 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 7.000 × 1% = 𝑹$ 𝟕𝟎, 𝟎𝟎 
Lançamento: 
 D – Títulos Mensurados ao Custo Amortizado R$ 70 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 70 (Resultado) 
Assim, após a apropriação o título classificado pela entidade como Mantido até o Vencimento estará 
contabilizado no Balanço Patrimonial por R$ 7.070. 
Títulos Mensurados ao VJ por meio de Resultado 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 7.000 × 1% = 𝑹$ 𝟕𝟎, 𝟎𝟎 
Lançamento: 
 D – Títulos Mensurados ao VJ por meio de Resultado R$ 70 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 70 (Resultado) 
Segundo o enunciado o valor justo dos títulos é de R$ 6.950. Como o valor atualizado do título é de R$ 7.070, a 
entidade deverá proceder ao ajuste a valor justo dos títulos, de acordo com o seguinte lançamento: 
 D – Ajuste a Valor Justo R$ 120 (Resultado) 
 C – Títulos Mensurados ao VJ por meio de Resultado R$ 120 (Ativo) 
Perceba, portanto, que o Ajuste a Valor Justo dos títulos Mensurados ao VJ por meio de Resultado provocam 
impacto no resultado da entidade. 
 
Títulos Mensurado ao VJ por meio de Outros Resultados Abrangentes 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 7.000 × 1% = 𝑹$ 𝟕𝟎, 𝟎𝟎 
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Lançamento: 
 D – Títulos Mensurados ao VJ por meio de ORA R$ 70 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 70 (Resultado) 
Segundo o enunciado o valor justo dos títulos é de R$ 6.950. Como o valor atualizado do títulos é de R$ 7.070, 
a entidade deverá proceder ao ajuste a valor justo dos títulos, de acordo com o seguinte lançamento: 
 D – Ajuste a Valor Justo R$ 120 (AAP) 
 C – Títulos Mensurados ao VJ por meio de ORA R$ 120 (Ativo) 
Veja que a contrapartida do Ajuste a Valor Justo foi realizada diretamente no Patrimônio Líquido, na conta 
Ajuste de Avaliação Patrimonial. 
Assim, em resumo a entidade apresentará em seu Balanço Patrimonial os seguintes valores para seus 
instrumentos financeiros: 
Títulos Mensurados ao Custo Amortizado R$ 7.070,00 
Títulos Mensurados ao VJ por meio de Resultado R$ 6.950,00 
Títulos Títulos Mensurados ao VJ por meio de ORA R$ 6.950,00 
Valor Total R$ 20.970,00 
Assim, correta a alternativa B. 
GABARITO: B 
 
(FCC – Especialista – ARTESP – 2017 – ADAPTADA) A empresa reconheceu na Demonstração de Resultado 
de dezembro de 2016, referente aos títulos tomados em conjunto, um resultado financeiro de, em reais, 
(A) 90,00, positivo. 
(B) 20,00, positivo. 
(C) 210,00, positivo. 
(D) 150,00, negativo. 
(E) 30,00, negativo. 
RESOLUÇÃO: 
Vimos que o resultado foi impactado em R$ 210 referente às Receitas Financeiras apropriadas a cada título, no 
valor de R$ 70. 
Além disso, verificamos que o ajuste a valor justo dos títulos Mensurados ao VJ por meio de Resultado, no valor 
de R$ 120, também provocará impacto no resultado (no caso, negativo, pois o valor justo era inferior ao valor 
atualizado do título). 
Desta forma, o impacto total no resultado será de R$ 90 (positivo), o que torna correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
 
(FCC – Analista Judiciário – TRE-SP – 2017 – ADAPTADA) A empresa Manequim Challenger S.A. fez uma 
aplicação financeira em 30/11/2016, adquirindo um título no mercado financeiro no valor de R$ 5.000,00, 
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que remunera à taxa de 10% ao mês. Este título, conforme orientação da controladoria da empresa, foi 
classificado na data da aquisição como “Mensurados ao Custo Amortizado” e o seu valor de mercado 30 
dias após a sua aquisição era R$ 5.450,00. De acordo com estas informações, em 30/12/2016, a empresa 
reconheceu 
(A) receita financeira no valor de R$ 500,00. 
(B) receita financeira no valor de R$ 450,00. 
(C) receita financeira no valor de R$ 500,00 e ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido, no valor 
de R$ 50,00 (saldo devedor). 
(D) receita financeira no valor de R$ 450,00 e ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido, no valor 
de R$ 50,00 (saldo credor). 
(E) no patrimônio líquido, em ajustes de avaliação patrimonial, o valor de R$ 500,00. 
RESOLUÇÃO: 
Os títulos classificados pela entidade como “Mensurados ao Custo Amortizado” devem ser atualizados de 
acordo com a taxa de juros contratada. Seu valor justo é irrelevante, portanto. Com isso, vamos calcular o valor 
da Receita Financeira reconhecida ao final de dezembro de 2016. 
𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂 = 𝑅$ 5.000,00 × 10% = 𝑹$ 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
O lançamento contábil de apropriação desta Receita Financeira é o seguinte: 
 D – Títulos Mensurados ao Custo Amortizado R$ 500,00 (Ativo) 
 C – Receita Financeira R$ 500,00 (Resultado) 
Com isso, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
Teste de Impairment de Instrumentos Financeiros 
A contabilidade brasileira sempre trabalhou com o conceito de perda estimada, reconhecendo perdas sobre 
créditos de acordo com a expectativa de ocorrência de ‘calote”, de acordo com médias históricas, ou seja, 
ocorridas em exercícios passados, devidamente ajustadas de acordo com tendências de perdas futuras. 
Desta forma, constituía-se as Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa, conta retificadora do 
Ativo. 
O CPC 48, segundo o Manual FIPECAFI (3ª edição), apresente um novo modelo de reconhecimento e 
mensuração de teste de recuperabilidade para empréstimos e recebíveis que são mensurados ao custo 
amortizado, que se alinha ao conceito de reconhecimento de perdas esperadas com créditos de liquidação 
duvidosa. 
Neste sentido, as entidades calculam a EPCLD levando em conta o padrão dos direitos que não serão recebidos, 
frustrando entradas de recursos previstos. Este cálculo deve levar em consideração a probabilidade de 
inadimplemento em mais de um cenário, de tal sorte que o múltiplo de diferentes cenários pelo montante 
exposto culminará com o valor a ser constituído para a EPCLD desde a contabilização inicial do contrato. 
Em resumo, a PECLD deverá ser calculada como segue: 
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𝑃𝐸𝐶𝐿𝐷 = 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 × 𝑃𝑟𝑜𝑏𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜 × (1 − 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠) 
Suponha, por exemplo, que determinada entidade tenha saldos a receber de R$ 100 mil. Mediante estimativa 
da companhia, por meio de seu modelo de crédito, a probabilidade de ocorrer perdas é de 13%. Entretanto, 
sobre o valor estimado de perdas a entidade espera recuperar 60% das perdas, por meio de sua equipe de 
cobrança e protesto. Assim: 
𝑷𝑬𝑪𝑳𝑫 = 𝑅$ 100.000 × 13% × 40% = 𝑹$ 𝟓. 𝟐𝟎𝟎 
Vamos analisar uma questão recente sobre o tema! 
(CESPE – Analista Judiciário – STM – 2018) Instrumentos financeiros que tiverem sofrido, ao longo do 
tempo, aumentos significativos em seus riscos de crédito deverão ter seus valores ajustados por provisão 
para risco de crédito, em substituição ao requisito de redução ao valor recuperável. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
O Pronunciamento Técnico CPC 48 trouxe um novo modelo para cálculo das Perdas Estimadas com Créditos 
de Liquidação Duvidosa (PECLD). 
Antigamente ao conceito de perda estimada relacionava-se com médias passadas. Ou seja, a entidade 
analisava sua base histórica de perdas com recebíveis e aplicava sobre os direitos existentes, pressupondo, 
portanto, que parte dos créditos não seriam efetivamente recebidos. 
Segundo o Manual FIPECAFI (3ª edição) “a partir do CPC 48 houve a apresentação de um novo modelo de 
reconhecimento e mensuração de teste de recuperabilidade de instrumentos financeiros, mais apropriadamente, 
para empréstimos e recebíveis que são mensurados ao custo amortizado, o qual se alinha ao conceito de 
reconhecimento de perdas esperadas (EPCDL).“ 
Percebe-se, portanto, que não houve substituição ao requisito de redução ao valor recuperável, o que torna 
incorreta a afirmativa. 
GABARITO: E 
Reclassificação de Ativo Financeiro 
Se a entidade reclassificar ativos financeiros ela deve aplicar a reclassificação, prospectivamente, a partir da 
data da reclassificação. A entidade não deve reapresentar nenhum ganho, perda (incluindo ganho ou perda por 
redução ao valor recuperável) ou juro reconhecido anteriormente. 
Vamos analisar os aspectos destas reclassificações! 
Custo Amortizado vs Valor Justo por Meio de Resultado 
Se a entidade reclassificar um ativo financeiro da categoria de mensuração ao custo amortizado para a 
categoria de mensuração ao valor justo por meio do resultado, seu valor justo deve ser mensurado na data 
da reclassificação. Qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do ativo 
financeiro e o valor justo deve ser reconhecido no resultado. 
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Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo por meio do resultado 
para a categoria de mensuração ao custo amortizado, seu valor justo na data da reclassificação tornar-se-á 
seu novo valor contábil bruto. 
 
 
 
Custo Amortizado vs Valor Justo por Meio de ORA 
Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao custo amortizado para a categoria 
de mensuração ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, seu valor justo deve ser 
mensurado na data da reclassificação. Qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo 
amortizado anterior do ativo financeiro e o valor justo deve ser reconhecido em outros resultados 
abrangentes. 
Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo por meio de outros 
resultados abrangentes para a categoria de mensuração ao custo amortizado, o ativo financeiro deve ser 
reclassificado ao seu valor justo na data da reclassificação. Entretanto, o ganho ou a perda acumulada 
anteriormente reconhecida em outros resultados abrangentes deve ser transferido do patrimônio líquido e 
ajustado contra o valor justo do ativo financeiro na data da reclassificação. Como resultado, o ativo financeiro 
deve ser mensurado na data da reclassificação como se tivesse sempre sido mensurado ao custo amortizado. 
Esse ajuste afetará outros resultados abrangentes, mas não afetará o resultado e, portanto, não deve ser ajuste 
de reclassificação. 
 
 
 
 
CA VJ RES
mensurar ao valor justo na data da 
reclassificação
resultado decorrente da reclassificação 
é apropriado ao resultado
VJ RES CA considera-se seu valor justo como seu novo valor contábil bruto
CA VJ ORA
mensurar ao valor justo na data da 
reclassificação
resultado decorrente da 
reclassificação é apropriado ao PL
VJ ORA CA o ativo financeiro deve ser mensurado como se tivesse sempre sido mensurado ao custo amortizado
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Valor Justo por Meio de Resultado vs Valor Justo por Meio de ORA 
Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo por meio do resultado 
para a categoria de mensuração ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, o ativo 
financeiro deve continuar a ser mensurado ao valor justo. 
Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo, por meio de outros 
resultados abrangentes para a categoria de mensuração ao valor justo por meio do resultado o ativo financeiro 
deve continuar a ser mensurado ao valor justo. O ganho ou a perda acumulada, anteriormente reconhecido em 
outros resultados abrangentes, deve ser reclassificado do patrimônio líquido para o resultado como ajuste de 
reclassificação, na data da reclassificação. 
 
 
Vamos analisar uma questão sobre este tópico! 
(FEPESE – Contador – CELESC – 2018) Sobre a Reclassificação de Ativos Financeiros, analise as afirmativas 
abaixo. 
1. Se a entidade reclassificar um ativo financeiro da categoria de mensuração ao custo amortizado para a 
categoria de mensuração ao valor justo por meio do resultado, seu valor justo deve ser mensurado na data 
da reclassificação. Qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do 
ativo financeiro e o valor justo deve ser reconhecido em outros resultados abrangentes. 
2. Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo por meio do 
resultado para a categoria de mensuração ao custo amortizado, seu valor justo na data da classificação 
tornar-se-á seu novo valor contábil líquido. 
3. Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo, por meio de 
outros resultados abrangentes para a categoria de mensuração ao valor justo por meio do resultado, o 
ativo financeiro deve continuar a ser mensurado ao valor justo. O ganho ou a perda acumulada, 
anteriormente reconhecido em outros resultados abrangentes, deve ser reclassificado do patrimônio 
líquido para o resultado como ajuste de reclassificação, na data da reclassificação. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
a) É correta apenas a afirmativa 1. 
b) É correta apenas a afirmativa 3. 
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. 
d) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. 
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 
VJ RES VJ ORA ativo financeiro continua a ser mensurado ao valor justo. Não há ajustes adicionais.
VJ ORA VJ RES
ativo financeiro continua a ser mensurado ao 
valor justo. Resultados evidenciados na conta 
AAP são reclassificados para o resultado.
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RESOLUÇÃO: 
Vamos analisar os itens apresentados. 
1. Incorreto. Se a entidade reclassificar um ativo financeiro da categoria de mensuração ao custo amortizado 
para a categoria de mensuração ao valor justo pormeio do resultado, seu valor justo deve ser mensurado na 
data da reclassificação. Qualquer ganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior 
do ativo financeiro e o valor justo deve ser reconhecido ao resultado. 
 
2. Incorreto. Se a entidade reclassificar o ativo financeiro da categoria de mensuração ao valor justo por meio 
do resultado para a categoria de mensuração ao custo amortizado, seu valor justo na data da classificação 
tornar-se-á seu novo valor contábil bruto. 
 
3. Correto. Trata-se da seguinte situação: 
 
Com isso, correta a alternativa B. 
GABARITO: B 
Como disse no início da aula, os conceitos de instrumentos financeiros são complexos e extensos e não julgo 
viável estudar todos os aspectos do CPC 48. O custo-benefício é baixíssimo e você estaria perdendo o foco de 
seu estudo. 
Enfim, acredito que estas são as disposições mais prováveis de serem cobradas em provas futuras. Temos que 
ficar atentos às próximas cobranças de conteúdos relacionados a este Pronunciamento Técnico, pois indicarão 
os tópicos desta aula a serem estudados ou incluídos em aulas futuras sobre o tema. 
Vamos passar ao estudo do Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração do Valor Justo. 
CPC 46 – MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO 
O objetivo do Pronunciamento é definir valor justo, estabelecer em um único Pronunciamento a estrutura para 
a mensuração do valor justo e estabelecer divulgações sobre mensurações do valor justo. 
O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade. Para 
alguns ativos e passivos, pode haver informações de mercado ou transações de mercado observáveis 
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disponíveis e para outros pode não haver. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos os casos 
é o mesmo – estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o 
passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado 
(ou seja, preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de participante do mercado que detenha o 
ativo ou o passivo). 
Quando o preço para um ativo ou passivo idêntico não é observável, a entidade mensura o valor justo utilizando 
outra técnica de avaliação que maximiza o uso de dados observáveis relevantes e minimiza o uso de dados 
não observáveis. Por ser uma mensuração baseada em mercado, o valor justo é mensurado utilizando-se as 
premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas 
sobre risco. Como resultado, a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de outro modo, 
satisfazer um passivo não é relevante ao mensurar o valor justo. 
(CESPE – Auditor – TCM/BA – 2018) A mensuração do valor justo de um ativo já registrado relaciona-se 
a) ao ponto de vista de um participante da gestão. 
b) às premissas sobre risco, envolvendo a precificação. 
c) ao total em nota fiscal de entrada na data da compra. 
d) ao preço de transferência entre empresas coligadas. 
e) à ausência de estimativa do mercado para a precificação. 
RESOLUÇÃO: 
Ao mensurar o valor justo de um item a entidade deve utilizar diversas informações de entrada (inputs). 
Informações podem ser observáveis ou não observáveis. 
Por ser uma mensuração baseada em mercado, o valor justo é mensurado utilizando-se as premissas que os 
participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. Como 
resultado, a intenção da entidade de manter um ativo ou de liquidar ou, de outro modo, satisfazer um passivo 
não é relevante ao mensurar o valor justo. 
Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo 
premissas sobre risco, como, por exemplo: 
(a) risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (por exemplo, um 
modelo de precificação); e 
(b) risco inerente às informações da técnica de avaliação. 
Com isso, correta a alternativa B. 
GABARITO: B 
DEFINIÇÕES 
Vamos verificar algumas definições constantes do Apêndice A do Pronunciamento Técnico CPC 46 – 
Mensuração do Valor Justo. 
 
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Valor Justo 
Preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma 
transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 
(VUNESP – Analista – Pref. Registro/SP – 2018) O preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que 
seria pago pela transferência de um passivo, em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado, na data de mensuração, é denominado, segundo as normas contábeis brasileiras, como 
a) Valor justo. 
b) Valor contábil. 
c) Custo histórico como base de valor. 
d) Valor presente. 
e) Custo atribuído. 
RESOLUÇÃO: 
Valor Justo é definido como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de 
mensuração. 
Com isso, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
 
 (FUNDEP – Contador – CODEMIG – 2018) Segundo o Pronunciamento Contábil CPC 46 – Mensuração do 
Valor Justo, assinale a definição correta de “Valor Justo”. 
a) O preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em 
uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. 
b) É o valor pelo qual um ativo pode ser liquidado, ou um passivo negociado, entre partes interessadas, 
conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação 
da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. 
c) São os montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa dos recursos entregues para adquirir os ativos e 
passivos na data da aquisição. 
d) É o valor presente, descontado dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa esperados pelo uso dos ativos 
ou passivos. 
RESOLUÇÃO: 
O Pronunciamento Técnico CPC 46 define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo 
ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração. 
Assim, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
 
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(COSEAC – Técnico – Pref. Maricá/RJ – 2018) O valor pelo qual um ativo pode ser intercambiado ou um 
passivo pode ser liquidado entre partes interessadas que atuam em condições independentes e isentas, ou 
conhecedoras do mercado, denomina-se: 
a) intrínseco. 
b) de reposição. 
c) patrimonial. 
d) contábil. 
e) justo. 
RESOLUÇÃO: 
O Pronunciamento Técnico CPC 46 define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo 
ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração. 
Assim, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
Participantes do Mercado 
Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm 
todas as características a seguir: 
(a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento 
CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação 
(input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em 
condições de mercado;(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de 
todas as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços 
usuais e habituais com a devida diligência; 
(c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; 
(d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não 
forçados ou, de outro modo, obrigados a fazê-lo. 
(CESPE – Contador – FUB – 2015) Na transação entre duas empresas coligadas, a mensuração do valor 
justo fica prejudicada. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
O Pronunciamento Técnico CPC 46 define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo 
ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração. 
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A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do 
mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam 
em seu melhor interesse econômico. 
Ou seja, participantes do mercado são compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) 
para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir: 
(a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento 
CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação 
(input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em 
condições de mercado; 
(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de 
todas as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e 
habituais com a devida diligência; 
(c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; 
(d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados 
ou, de outro modo, obrigados a fazê-lo. 
Tenha cuidado, portanto! O CESPE considerou correta a afirmativa, o que nos faz concluir que para tal banca a 
mensuração do valor justo numa transação entre coligadas é prejudicada, muito embora tal informação possa 
ser utilizada na mensuração do valor justo. 
GABARITO: C 
Mercado Principal 
Mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou passivo. 
Mercado Mais Vantajoso 
Mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza o valor que seria pago 
para transferir o passivo, após levar em consideração os custos de transação e os custos de transporte. 
Custos de Transação 
Custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou 
passivo que sejam diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do passivo e que atendam ambos 
os seguintes critérios: 
a) resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela; 
b) não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão de vender o ativo ou de transferir o passivo não 
tivesse sido tomada. 
Custos de Transporte 
Custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local atual para o seu mercado principal (ou mais 
vantajoso). 
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Mercado Ativo 
Mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e volume suficientes para fornecer 
informações de precificação de forma contínua. 
Transação Não Forçada 
Transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para permitir 
atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos; não 
se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação adversa). 
Abordagem de Custo 
Técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para substituir a capacidade de serviço de 
um ativo (normalmente referido como o custo de substituição ou reposição). 
Abordagem da Receita 
Técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e despesas) em 
um valor único atual (ou seja, descontado). A mensuração do valor justo é determinada com base no valor 
indicado pelas expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros. 
Abordagem de Mercado 
Técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes geradas por transações de mercado 
envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou seja, similares), como, 
por exemplo, um negócio. 
É importante memorizar estes conceitos. 
 
Vamos analisar uma questão sobre tais abordagens. 
(CESPE – Auditor – CGE/CE – 2019) Com relação ao valor justo, assinale a opção correta, conforme o 
Pronunciamento Técnico CPC 46 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
A) A utilização de preços de cotação para ativos idênticos ou similares ao ativo objeto de mensuração a valor 
justo é compatível com a técnica de avaliação abordagem de mercado. 
Abordagem de 
Mercado
ITENS IDÊNTICOS 
OU SIMILARES
Abordagem de 
Custo
REPOSIÇÃO
Abordagem de 
Receita
VALOR PRESENTE
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B) A utilização de conversão de fluxos de caixa futuros a valor presente, por meio de taxas de desconto, é 
compatível com a técnica de avaliação abordagem de mercado. 
C) A utilização de conversão de fluxos de caixa futuros a valor presente, por meio de taxas de desconto, é 
compatível com a técnica de avaliação abordagem de custo. 
D) A utilização de custos de reposição correntes para mensuração do valor justo é compatível com a técnica de 
avaliação abordagem de receita. 
E) A utilização de preços de cotação para ativos idênticos ou similares ao ativo objeto de mensuração a valor 
justo é compatível com a técnica de avaliação abordagem de resultado. 
RESOLUÇÃO: 
Para se chegar ao valor justo três técnicas de avaliação amplamente utilizadas são (i) abordagem de mercado, 
(ii) abordagem de custo e (iii) abordagem de receita. 
Abordagem de Mercado é uma técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes geradas 
por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis 
(ou seja, similares), como, por exemplo, um negócio. 
Abordagem de Custo é uma técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para 
substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente referido como o custo de substituição ou 
reposição). 
Abordagem de Receita é uma técnica de avaliação que converte valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa 
ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). A mensuração do valor justo é 
determinada com base no valor indicado pelas expectativas de mercado atuais em relação a esses valores 
futuros. 
Com isso, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
Informações 
Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo 
premissas sobre risco, como, por exemplo: 
(a) risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (por exemplo, 
um modelo de precificação); e 
(b) risco inerente às informações da técnica de avaliação. 
Informações podem ser observáveis ou não observáveis. 
Informações 
de Nível 1 
Preços cotados (não ajustados) em mercados ativospara ativos ou passivos idênticos a que 
a entidade possa ter acesso na data de mensuração. 
Informações 
de Nível 2 
Informações (inputs) que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou 
indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. 
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Informações 
de Nível 3 
Dados não observáveis para o ativo ou passivo 
 
Vamos analisar mais detalhes a respeito dos níveis de informações. 
• Informações de Nível 1 
O preço cotado em mercado ativo oferece a evidência mais confiável do valor justo e deve ser utilizado sem 
ajuste para mensurar o valor justo sempre que disponível. 
Uma informação de Nível 1 está disponível para muitos ativos financeiros e passivos financeiros, alguns dos 
quais podem ser trocados em múltiplos mercados ativos (por exemplo, em diferentes bolsas). Portanto, a 
ênfase no Nível 1 está em determinar ambas as opções: 
(a) o mercado principal para o ativo ou passivo ou, na ausência de um mercado principal, o mercado mais 
vantajoso para o ativo ou passivo; e 
(b) se a entidade pode realizar uma transação com o ativo ou passivo pelo preço nesse mercado na data de 
mensuração. 
 
• Informações de Nível 2 
Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação de Nível 2 deve ser observável 
substancialmente pelo prazo integral do ativo ou passivo. 
Informações de Nível 2 incluem os seguintes: 
(a) preços cotados para ativos ou passivos similares em mercados ativos; 
(b) preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em mercados que não sejam ativos; 
(c) informações, exceto preços cotados, que sejam observáveis para o ativo ou passivo, como, por exemplo: 
(i) taxas de juros e curvas de rendimento observáveis em intervalos comumente cotados; 
(ii) volatilidades implícitas; e 
(iii) spreads de crédito; 
(d) informações corroboradas pelo mercado. 
 
• Informações de Nível 3 
Dados não observáveis devem ser utilizados para mensurar o valor justo na medida em que dados observáveis 
relevantes não estejam disponíveis, admitindo assim situações em que há pouca ou nenhuma atividade de 
mercado para o ativo ou passivo na data de mensuração. 
Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo permanece o mesmo, ou seja, um preço de saída na data de 
mensuração do ponto de vista de um participante do mercado que detém o ativo ou deve o passivo. Portanto, 
dados não observáveis refletem as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo 
ou o passivo, incluindo premissas sobre risco. 
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Vamos verificar como estes conceitos foram cobrados recentemente! 
(CESPE – Analista Judiciário – TRT/TO – 2017) O Pronunciamento Técnico CPC 46 — Mensuração do Valor 
Justo — cria uma espécie de hierarquia de valor justo em que as informações utilizadas como subsídio para 
as técnicas de avaliação aplicáveis ao processo de mensuração do valor justo são classificadas em 
diferentes níveis. Com base nessa classificação, as informações constantes no nível 2 incluem 
a) os custos correntes dos ativos e passivos. 
b) os dados não observáveis para ativos e passivos. 
c) os preços cotados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos aos que a entidade possa ter acesso 
na data de mensuração. 
d) as premissas sobre riscos. 
e) os preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em mercados que não sejam ativos. 
RESOLUÇÃO: 
Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação de Nível 2 deve ser observável 
substancialmente pelo prazo integral do ativo ou passivo. 
Informações de Nível 2 incluem os seguintes: 
(a) preços cotados para ativos ou passivos similares em mercados ativos; 
(b) preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou similares em mercados que não sejam ativos; 
(c) informações, exceto preços cotados, que sejam observáveis para o ativo ou passivo, como, por exemplo: 
(i) taxas de juros e curvas de rendimento observáveis em intervalos comumente cotados; 
(ii) volatilidades implícitas; e 
(iii) spreads de crédito; 
(d) informações corroboradas pelo mercado. 
Com isso, correta a alternativa E. 
GABARITO: E 
Preço de Entrada 
Preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em uma transação de troca. 
Preço de Saída 
Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo. 
Fluxo de Caixa Esperado 
Média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição) de possíveis fluxos de caixa futuros. 
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ATIVO E PASSIVO 
A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor 
justo, a entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo se os participantes do 
mercado, ao precificar o ativo ou o passivo na data de mensuração, levarem essas características em 
consideração. Essas características incluem, por exemplo; a condição e a localização do ativo, e restrições, se 
houver, para a venda ou o uso do ativo. 
O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes: 
(a) ativo ou passivo individual (por exemplo, instrumento financeiro ou ativo não financeiro); ou 
(b) grupo de ativos, grupo de passivos ou grupo de ativos e passivos (por exemplo, unidade geradora de 
caixa ou um negócio). 
A mensuração do valor justo presume que o ativo ou o passivo é trocado em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado para a venda do ativo ou a transferência do passivo na data de mensuração nas 
condições atuais de mercado. 
A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre 
no mercado principal para o ativo ou passivo ou na ausência de mercado principal, no mercado mais 
vantajoso para o ativo ou passivo. 
(FGV – Contador – DPE-MT – 2015) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração do 
Valor Justo, a mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência 
do passivo ocorre no mercado principal para o ativo ou para o passivo. 
Na ausência do mercado principal, deve-se presumir a transferência 
(A) no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
(B) no mercado que oferece os maiores preços de compra para o ativo. 
(C) no mercado que oferece os melhores prazos para o passivo. 
(D) no mercado geograficamente mais perto de onde acontecem as transações. 
(E) com base em fatos de exercícios passados. 
RESOLUÇÃO: 
Segundo o CPC 46 – Mensuração do Valor Justo, a mensuração do valor justo presume que o ativo ou o passivo 
é trocado em uma transação não forçada entre participantes do mercado para a venda do ativo ou a 
transferência do passivo na data de mensuração nas condições atuais de mercado. 
A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: 
(a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
(b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
Assim, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
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TRANSAÇÃO 
A mensuração do valor justo presume que o ativo ou o passivo é trocado em uma transação não forçada entre 
participantes do mercado para a venda do ativo ou a transferência do passivo na data de mensuração nas 
condiçõesatuais de mercado. 
A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: 
(a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
(b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os possíveis mercados para identificar o 
mercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais vantajoso, mas ela deve levar em 
consideração todas as informações que estejam disponíveis. Na ausência de evidência em contrário, presume-
se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação para a venda do ativo ou para a 
transferência do passivo seja o mercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais 
vantajoso. 
Se houver mercado principal para o ativo ou passivo, a mensuração do valor justo deve representar o preço 
nesse mercado (seja esse preço diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação), 
ainda que o preço em mercado diferente seja potencialmente mais vantajoso na data de mensuração. 
Veja como tais conceitos podem ser cobrados em sua prova. 
(FGV – Analista – ALERO – 2018) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 46 - Mensuração do Valor 
Justo, a mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do 
passivo ocorra em primeiro lugar no mercado principal para o ativo ou passivo. 
Na ausência de evidência ao contrário, presume-se que o mercado principal é o mercado 
a) no qual a entidade normalmente realizaria a transação para a venda do ativo ou para a transferência do 
passivo. 
b) em que a transação é mais vantajosa para a entidade. 
c) geograficamente mais perto de onde acontecem as transações. 
d) no qual a entidade realizou transações nos exercícios passados. 
e) no qual os principais concorrentes da entidade geralmente realizam suas transações. 
RESOLUÇÃO: 
A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: 
(a) no mercado principal para o ativo ou passivo; ou 
(b) na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou passivo. 
A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os possíveis mercados para identificar o 
mercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais vantajoso, mas ela deve levar em 
consideração todas as informações que estejam disponíveis. Na ausência de evidência em contrário, presume-
se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação para a venda do ativo ou para a 
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transferência do passivo seja o mercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercado mais 
vantajoso. 
Com isso, correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
PARTICIPANTES DO MERCADO 
A entidade deve mensurar o valor justo de ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do 
mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam 
em seu melhor interesse econômico. 
PREÇO 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em 
uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições 
atuais de mercado (ou seja, preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou 
estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 
O preço no mercado principal (ou mais vantajoso) utilizado para mensurar o valor justo do ativo ou passivo não 
deve ser ajustado para refletir custos de transação. Os custos de transação devem ser contabilizados de acordo 
com outros Pronunciamentos. Os custos de transação não são uma característica de um ativo ou passivo; em 
vez disso, são específicos de uma transação e podem diferir dependendo de como a entidade realizar a 
transação para o ativo ou passivo. 
Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a localização for uma característica do ativo (como 
pode ser o caso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve 
ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu local atual 
para esse mercado. 
(COSEAC – Contador – Pref. Niterói/RJ – 2016) De acordo com o CPC 46 (Mensuração do Valor Justo), a 
definição do preço do valor justo é: 
a) o valor definido pela parte que irá adquirir o ativo, ou se desfazer de um passivo, na data e nas condições 
atuais do negócio (mais vantajoso para a parte alienante), dependentemente das vontades definidas por ambas 
as partes de mensuração de valor real. 
b) o valor a ser recebido por uma das partes pela venda de um ativo, sendo seu preço definido por um contrato 
vigente antes da realização da operação, tendo como preço o que seria recebido na data de aquisição do ativo 
pela parte adquirente. 
c) o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma 
transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais 
de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou 
estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 
d) o valor monetário nominal deflacionado (se houver inflação), ou inflacionado (se houver deflação). 
e) o valor facial, o valor expresso no título. Este valor não é necessariamente o valor pago ou recebido pelo 
título. 
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RESOLUÇÃO: 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em 
uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições 
atuais de mercado (ou seja, preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou 
estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 
Com isso, correta a alternativa C. 
GABARITO: C 
 
(CESPE – Analista – TCE-PE – 2017) Uma empresa vendeu determinado ativo nos mercados ativos de 
Salvador e Recife, mas nenhum desses mercados é o principal. Na data da mensuração desse ativo, os 
valores relacionados às transações de venda eram os seguintes. 
 
Nessa situação, o referido ativo será avaliado a valor justo por R$ 25. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
RESOLUÇÃO: 
Questão extremamente interessante do CESPE! 
Valor Justo é definido como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela 
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de 
mensuração. 
Entende-se por transação não forçada aquela transação que presume exposição ao mercado por um período 
antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações 
envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada 
ou venda em situação adversa). 
Participantes do Mercado, por sua vez, são compradores e vendedores do mercado principal (ou mais 
vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir: 
(a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento 
CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação 
(input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em condições 
de mercado; 
(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de 
todas as informaçõesdisponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e 
habituais com a devida diligência; 
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(c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; 
(d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados 
ou, de outro modo, obrigados a fazê-lo. 
Segundo o enunciado a empresa vendeu determinado ativo nos mercados ativos de Salvador e Recife, mas 
nenhum desses mercados é o principal. Mercado principal é aquele com o maior volume e nível de atividade. 
Além disso, o enunciado informa os valores dos custos de transação e custos de transporte. 
Custos de Transação são custos para vender um ativo no mercado principal. Como a venda do cenário em tela 
ocorreu fora do mercado principal, este é um dado irrelevante. 
Custos de Transporte, por outro lado, são custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local 
atual para o seu mercado principal. 
Assim, o valor justo será calculado de acordo com o mercado mais vantajoso. 
 
Conclui-se, portanto, que o mercado mais vantajoso é o de Recife. Assim, o valor justo do ativo será dado pelo 
preço de venda (R$ 29) deduzido dos custos de transporte (R$ 4). 
Com isso, correta a afirmativa. 
GABARITO: C 
É interessante que esta questão foi retirada do Exemplo 6 do Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração 
do Valor Justo. 
Exemplo 6 – Mercado principal (ou mais vantajoso) de Nível 1 
EI19 Um ativo é vendido a preços diferentes em dois mercados ativos diferentes. A entidade celebra transações 
em ambos os mercados e pode acessar o preço nesses mercados para o ativo na data de mensuração. No 
mercado A, o preço que seria recebido é de $ 26, os custos de transação nesse mercado são de $ 3 e os custos 
para transportar o ativo a esse mercado são de $ 2 (ou seja, o valor líquido que seria recebido é de $ 21). No 
mercado B, o preço que seria recebido é de $ 25, os custos de transação nesse mercado são de $ 1 e os custos 
para transportar o ativo a esse mercado são de $ 2 (ou seja, o valor líquido que seria recebido é de $ 22). 
EI20 Se o mercado A fosse o mercado principal para o ativo (ou seja, o mercado com o maior volume e nível de 
atividade para o ativo), o valor justo do ativo seria mensurado utilizando-se o preço que seria recebido nesse 
mercado, após levar em conta os custos de transporte ($ 24). 
EI21 Se nenhum dos mercados fosse o mercado principal para o ativo, o valor justo do ativo seria 
mensurado utilizando-se o preço no mercado mais vantajoso. O mercado mais vantajoso é o mercado que 
maximiza o valor que seria recebido por vender o ativo, após levar em conta os custos de transação e os custos 
de transporte (ou seja, o valor líquido que seria recebido nos respectivos mercados). 
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EI22 Como a entidade maximizaria o valor líquido que seria recebido pelo ativo no mercado B ($ 22), o valor 
justo do ativo seria mensurado utilizando-se o preço nesse mercado ($ 25) menos os custos de transporte ($ 2), 
resultando na mensuração do valor justo de $ 23. Embora os custos de transação sejam levados em conta ao 
determinar qual mercado é o mercado mais vantajoso, o preço utilizado para mensurar o valor justo do ativo 
não é ajustado para refletir esses custos (embora seja ajustado para refletir os custos de transporte). 
Vamos praticar mais uma questão com a mesma abordagem! 
(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2018) Uma Sociedade Empresária produz certo tipo de 
produto agrícola que é negociado em dois diferentes mercados ativos (Mercado A e Mercado B) a preços 
diferentes. A Sociedade Empresária pode acessar os preços do produto agrícola nesses dois mercados na 
data de sua mensuração. Outras informações também são conhecidas por essa Sociedade Empresária: 
Mercado A 
– R$ 59,00/saca → preço que seria recebido pela venda do produto agrícola. 
– R$ 4,00/saca → custos de transação no Mercado A. 
– R$ 4,00/saca → custos para transportar o produto agrícola a esse mercado. 
Mercado B 
– R$ 60,00/saca → preço que seria recebido pela venda do produto agrícola. 
– R$ 6,00/saca → custos de transação no Mercado B. 
– R$ 4,00/saca → custos para transportar o produto agrícola a esse mercado. 
Tanto o Mercado A quanto o Mercado B não são considerados o mercado principal para esse produto 
agrícola. 
Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 46 (R2) – Mensuração do valor justo e 
NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto agrícola, assinale a alternativa que apresenta o valor correto 
da mensuração do valor justo do produto agrícola negociado pela Sociedade Empresária. 
a) R$ 50,00/saca. 
b) R$ 51,00/saca. 
c) R$ 55,00/saca. 
d) R$ 56,00/saca. 
RESOLUÇÃO: 
Segundo o enunciado tanto o Mercado A quanto o Mercado B não são considerados o mercado principal. Sendo 
assim, vamos calcular o Valor Justo em função do mercado mais vantajoso. Desta forma: 
 
Conclui-se, portanto, que o Mercado A é o mais vantajoso. Assim, o valor justo do ativo será dado pelo preço 
de venda (R$ 59) deduzido dos custos de transporte (R$ 4). 
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Com isso, correta a alternativa C. 
GABARITO: C 
MELHOR USO POSSÍVEL PARA ATIVOS NÃO FINANCEIROS 
A mensuração do valor justo de ativo não financeiro leva em consideração a capacidade do participante do 
mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível ou vendendo-o a outro 
participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso. 
O melhor uso possível de ativo não financeiro leva em conta o uso do ativo que seja fisicamente possível, 
legalmente permitido e financeiramente viável, conforme abaixo: 
(a) uso que seja fisicamente possível leva em conta as características físicas do ativo que os participantes do 
mercado levariam em conta ao precificar o ativo (por exemplo, localização ou tamanho do imóvel); 
(b) uso que seja legalmente permitido leva em conta quaisquer restrições legais sobre o uso do ativo que os 
participantes do mercado levariam em conta ao precificá-lo (por exemplo, regras de zoneamento aplicáveis 
ao imóvel); 
(c) uso que seja financeiramente viável leva em conta se o uso do ativo que seja fisicamente possível e 
legalmente permitido gera receita ou fluxos de caixa adequados (levando em conta os custos para converter 
o ativo para esse uso) para produzir o retorno do investimento que os participantes do mercado exigiriam 
do investimento nesse ativo colocado para esse uso. 
O melhor uso possível é determinado do ponto de vista dos participantes do mercado, ainda que a entidade 
pretenda um uso diferente. Contudo, presume-se que o uso atual pela entidade do ativo não financeiro seja o 
seu melhor uso, a menos que o mercado ou outros fatores sugiram que um uso diferente pelos participantes do 
mercado maximizaria o valor do ativo. 
VALOR JUSTO NO RECONHECIMENTO INICIAL 
Quando o ativo é adquirido ou o passivo assumido em transação de troca para esse ativo ou passivo, o preço da 
transação é o preço pago para adquirir o ativo ou recebido para assumir o passivo (preço de entrada). Por outro 
lado, o valor justo do ativo ou passivo é o preço que seria recebido para vender o ativo ou pago para transferir 
o passivo (preço de saída). As entidades não necessariamente vendem ativos pelos preços pagos para adquiri-
los. Similarmente, as entidades não necessariamente transferem passivos pelos preços recebidos para assumi-
los. 
Em muitos casos,

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