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Thiago Lopes -
Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães 
 Aula 9 
 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCE-RJ 
 
Aula 9 – Despesa pública 
AFO p/ TCE-RJ 
Prof. Sérgio Machado 
Prof. Marcel Guimarães 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCE-RJ 
Sumário 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4 
DISPÊNDIOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS (DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS) ...................................................................... 5 
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS .................................................................................................................................... 7 
CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA ................................................................................... 10 
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ....................................................................................................... 10 
Programação qualitativa ............................................................................................................................... 11 
Programação quantitativa ............................................................................................................................. 12 
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA (EM QUAL ORÇAMENTO?) ...................................................... 14 
CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL DA DESPESA (QUEM?) ............................................................................................... 15 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA (EM QUE ÁREA?) .......................................................................................... 17 
CLASSIFICAÇÃO POR ESTRUTURA PROGRAMÁTICA ..................................................................................................... 22 
Ação padronizada .......................................................................................................................................... 28 
Subtítulo (localizador do gasto) ...................................................................................................................... 30 
Codificação da estrutura programática ........................................................................................................... 31 
Plano Orçamentário (PO) ............................................................................................................................... 32 
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA DESPESA ............................................................................................................ 36 
Categoria econômica (1º nível) ....................................................................................................................... 40 
Grupo de Natureza da Despesa (2º nível) ........................................................................................................ 41 
Categoria econômica – Lei 4.320/64 ............................................................................................................... 46 
Modalidade de aplicação (3º nível) .................................................................................................................. 52 
Elemento de despesa (4º nível) ....................................................................................................................... 54 
Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa – Subelemento (5º nível) ................................................ 56 
IDENTIFICADOR DE USO - IDUSO ............................................................................................................................ 57 
IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO - IDOC ................................................................................. 57 
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO .................................................................. 57 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO IMPACTO NA SITUAÇÃO PATRIMONIAL LÍQUIDA (AFETAÇÃO PATRIMONIAL) ............................. 58 
QUESTÕES COMENTADAS - CESPE ........................................................................................................ 62 
LISTA DE QUESTÕES - CESPE ................................................................................................................ 85 
GABARITO - CESPE ................................................................................................................................ 92 
RESUMO DIRECIONADO ........................................................................................................................ 93 
 
 
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 Aula 9 
 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCE-RJ 
Dica de um concursado para um concurseiro 
Invista numa cadeira de estudos confortável. Sua bunda e sua coluna agradecem. E você vai conseguir estudar 
mais concentrado por mais tempo! 😉 
Mentalidade dos campeões 🏆 
Os SEALs (Marinha Americana) costumam fazer essa pergunta: como você comeria um elefante? 
A resposta correta é: com uma mordida por vez. 
A palavra-chave é segmentação. Divida o elefante em partes que cabem na boca. 
 
 Professor Sergio Machado (https://www.youtube.com/channel/UCvAk1WvzhXG6kV6CvRyN1aA) 
 ProfSergioMachado (https://www.facebook.com/profsergiomachado) 
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@prof.marcelguimaraes 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
TCE-RJ 
Introdução 
Como de costume, vamos começar com a seguinte pergunta: o que é uma despesa pública? 🤔 
Deixa que eu respondo essa para você! 😄 
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e 
manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. Em outras palavras: é a aplicação de recursos 
públicos para realizar as finalidades do Estado. 
É tanto que o mestre Aliomar Baleeiro define despesa pública como a “aplicação de certa quantia em 
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para 
execução de um fim a cargo do governo”. 
Mais uma vez, eu lhe recordo da Atividade Financeira do Estado (AFE): 
 
Arrecadar recursos, obter crédito público (quando necessário) e administrar esses recursos (utilizando o 
orçamento como principal instrumento) são atividades muito importantes. Todas elas são feitas com um 
propósito (objetivo): o bem comum da coletividade. Mas elas não são suficientes. Não basta simplesmente 
acumular patrimônio e ter um bom sistema de administração. É preciso aplicar, despender, esses recursos para 
atingir esse objetivo. 
Imagine um gestor público que conseguiu arrecadar R$ 1.000.000,00. Que ótimo! A conta bancária está bem gorda agora! 
👏 
Mas esse fato, por si só, serviu para melhorar a saúde, a educação, a segurança, a mobilidade urbana? Não! O dinheiro só 
está lá “enfeitando” a conta bancária. 🤔 
AFE
Receita 
pública
(obter)
Despesa 
pública
(despender)
Crédito 
público
(criar)
Orçamento 
público
(administrar)
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Portanto, enquanto esse dinheiro não for aplicado (na construção de novos hospitais, escolas, remuneração de pessoal, 
etc.), o bem comum da coletividade não estará sendo incrementado, o Estado não estará cumprindo a sua finalidade. 
Resumindo:para cumprir a sua finalidade, o Estado precisa gastar recursos, ou seja, realizar despesas! 
Preste atenção! 
Para cumprir a sua finalidade, o Estado precisa realizar despesas 
“Beleza, professor. Entendi. Então agora me conta: o que é despesa pública no sentido amplo e no sentido 
estrito? Porque nas receitas públicas tem isso, não é?” 🤨 
Sim, mas aqui não existe essa história de sentido amplo e sentido estrito (como acontece na receita 
pública). 😅 No caso das despesas públicas, só se utiliza o sentido amplo. E, no sentido amplo, as despesas 
podem ser orçamentárias ou extraorçamentárias. 
Portanto, preste atenção: ao ver o termo “despesa pública” saiba que podemos estar nos referindo a 
dispêndios orçamentários ou extraorçamentários. Não é como acontece na receita pública, onde o termo 
“receita pública”, normalmente, significa receita orçamentária. 😄 
Enfim, o que estou querendo dizer é que: 
O termo “despesa pública” não é sinônimo de despesa orçamentária 
Observe o seguinte esquema e você vai entender melhor: 
 
Dispêndios extraorçamentários (despesas extraorçamentárias) 
Se você entendeu bem o que é uma receita extraorçamentária, você vai aprender rapidinho o que é uma 
despesa extraorçamentária! 😉 
Refrescando a sua memória: receitas extraorçamentárias são recursos financeiros que apresentam 
caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que constituem 
passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização legislativa. 
Pronto: agora você quer saber o que são despesas extraorçamentárias? 
São as devoluções desses ingressos extraorçamentários! 😃 
“Como assim, professor? Só isso?” 😳 
Dispêndios
Dispêndios 
extraorçamentários
(Despesa extraorçamentária)
Dispêndio orçamentário
(Despesa oçamentária)
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Só isso! 😎 Basicamente, as despesas extraorçamentárias (ou dispêndios extraorçamentários) 
representam a devolução de recursos de terceiros em poder do ente público, valores contabilizados no 
momento do ingresso como receitas extraorçamentárias. 
Mas vou explicar um pouco melhor para não deixar nenhuma dúvida! 😄 
De acordo com o MCASP 8ª edição, dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei 
orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, 
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos 
transitórios (perceba que todos esses exemplos que o MCASP forneceu são receitas extraorçamentárias). 
No entanto, deve-se ter um pouco de cuidado com esse conceito, pois existem despesas orçamentárias 
que não constam originalmente na LOA e que nem por isso são consideradas extraorçamentárias. 
“Como assim, professor?” 🤨 
Bom, não é porque uma despesa não está originalmente na LOA que ela será considerada 
extraorçamentária. Já alertei a você que constar ou não na lei orçamentária não é o critério que devemos 
utilizar para classificar a receita e a despesa como orçamentária ou extraorçamentária. O critério que devemos 
utilizar é se aqueles recursos pertencem ou não ao Poder Público. 
“Tá. Então me dá um exemplo de despesa que não está originalmente na LOA, mas é despesa orçamentária?” 
Ah, fácil. É o caso das despesas incluídas na LOA por meio da abertura de créditos adicionas (especiais 
ou extraordinários, os suplementares somente reforçam uma dotação já existente, lembra? São alterações 
quantitativas). 
Mas quanto aos dispêndios extraorçamentários, você pode ficar tranquilo(a): eles jamais constarão na 
LOA. 
 
“Professor, então é só isso? Sempre que houver um ingresso extraorçamentário, a restituição desse ingresso 
será um dispêndio extraorçamentário? Se o recurso entrou como receita extraorçamentária, vai sair como despesa 
orçamentária?” 🤔 
Não é bem assim...😅 
Um recurso que entrou como receita extraorçamentária pode se transformar em uma receita 
orçamentária. 😉 
“Como assim, professor?” 🧐 
Ora, pense numa garantia contratual, um depósito em caução. O dinheiro está na conta da Administração 
Pública, mas não a pertence. Trata-se de uma receita extraorçamentária. No entanto, se o contratado “pisar na 
Dispêndios
Despesas 
orçamentárias Autorizadas
Na LOA
Por meio de 
créditos adicionais
Despesas 
extraorçamentárias Não estão na LOA
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bola”, a Administração irá executar a garantia e ficar com esses recursos para ela. Agora esse dinheiro pertence 
ao Estado. 
Pronto! O que era receita extraorçamentária virou receita orçamentária. E, como agora temos uma 
receita orçamentária, a contrapartida será uma despesa orçamentária. 
Portanto, veja que nem sempre um recurso que entrou como receita extraorçamentária irá sair como 
despesa extraorçamentária. Ele pode se transformar em receita orçamentária e sair como despesa 
orçamentária. Entendeu? 😉 
Resumindo 
 
Onde: 
• REO = Receita ExtraOrçamentária; 
• DEO = Despesa ExtraOrçamentária; 
• RO = Receita Orçamentária; 
• DO = Despesa Orçamentária. 
Agora deixa só eu lhe dar alguns exemplos de despesas extraorçamentárias: 
• Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro: representam desembolsos de recursos 
de terceiros em poder do ente público, tais como: 
o Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos); 
o Recolhimento de Consignações/Retenções: são recolhimentos de valores anteriormente 
retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros; 
o Pagamento das operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) 
o Pagamentos antecipados de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade; 
• Pagamento de Restos a Pagar: são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em 
exercícios anteriores. 
Despesas orçamentárias 
“Ah, professor. Muito fácil. Despesa orçamentária é aquela que está no orçamento!” 😏 
Num é que você acertou? 😄 
REO DEO
REO
RO DO
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Aqui é um pouco diferente da receita. Uma receita orçamentária pode não estar prevista no orçamento 
(se alguém quiser doar dinheiro para o Estado, você acha que este vai recusar o dinheiro só porque não havia 
previsão na LOA? 🤔 Não, né? 😄). 
Já as despesas orçamentárias precisam (necessariamente) estar autorizadas na Lei Orçamentária 
Anual (LOA) ou em créditos adicionais. Elas precisam de autorização legislativa! Se a despesa não tiver isso, 
trata-se de despesa irregular (não autorizada). Simples assim. ☺ 
Ora, imagine que você entrega o seu dinheiro suado para um amigo o investir: “amigo, você entende mais de 
investimentos do que eu. Tome aqui R$ 10.000,00 e invista em bons ativos. Agora é o seguinte: eu só quero que você 
invista em ativos do tipo A. Você só está autorizado a investir em ativos do tipo A, ok?” 🧐 
Ele responde: “ok”. 😊 
No final do mês, ele vem prestar contas e, para a sua surpresa, ele investiu em ativos do tipo B! 😱 
Então, você diz: “meu amigo, não autorizei você investir em ativos do tipo B. Só do tipo A. Essas suas despesas não foram 
autorizadas”! 😤 
Acontece a mesma coisa na Administração Pública. Digamos que a LOA autorize a construção de um hospital, mas não a 
construção de uma escola. Se a gestão construir uma escola, adivinha... despesa irregular! Ela não estava autorizada! 
Pronto. Agora fica fácil entender a definição dada pelo MCASP 8ª edição: despesa orçamentária é toda 
transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para 
ser efetivada. 
Lembrando que créditos orçamentários sãoclassificações, contas, que especificam as ações e 
operações autorizadas pela lei orçamentária. Já as dotações são os montantes de recursos financeiros com 
que conta o crédito orçamentário. É como se o crédito orçamentário fosse uma gaveta e a dotação é o limite 
de dinheiro que pode estar dentro daquela gaveta. 
 
Portanto, sem crédito orçamentário (sem dotação orçamentária) não pode haver despesa orçamentária. 
Combinado? 😉 
Questões para fixar 
Instituto AOCP – UFPB - Contador – 2019 
O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de ingressos 
e a aplicação de recursos em determinado período. Em relação ao assunto, o seguinte conceito: “É aquele que não consta 
na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de 
restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.” refere-se 
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Administração Financeira e Orçamentária – 
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A) à Despesa Orçamentária. 
B) ao Dispêndio Institucional. 
C) à Despesa Funcional. 
D) à Despesa Programática. 
E) ao Dispêndio Extraorçamentário. 
Comentários: 
Ah! Aquele famoso copia e cola! ☺ Permita-me lhe mostrar o que está no MCASP 8ª edição: 
“O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e representa o fluxo de 
ingressos e aplicação de recursos em determinado período. (...) 
 Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas 
de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação 
de receita e recursos transitórios.” 
Mudou alguma palavra? 😅 
Gabarito: E 
CESPE – TRT 8 - Analista Judiciário – 2016 
Todas as despesas, sejam elas classificadas como orçamentárias ou extraorçamentárias, demandam autorização 
legislativa para serem realizadas. 
Comentários: 
Opa! Não é assim. As despesas orçamentárias demandam autorização legislativa para serem realizadas, mas as despesas 
extraorçamentárias não! 😄 
Podemos confirmar isso a partir da definição (dada pelo MCASP 8ª edição) de receitas extraorçamentárias. Observe: 
receitas extraorçamentárias são recursos financeiros que apresentam caráter temporário e não integram a LOA. O Estado 
é mero depositário desses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam à autorização 
legislativa. 
Como se chama a restituição de uma receita extraorçamentária? Despesa extraorçamentária! Portanto, a despesa 
extraorçamentária não se sujeita à autorização legislativa. 😉 
Gabarito: Errado 
CESPE – CGE-PI – Auditor Governamental – 2015 
São dispêndios extraorçamentários as saídas de numerários para os pagamentos de restos a pagar, os resgates de 
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária e as transferências de dinheiro de empréstimos 
consignados efetuados pelos servidores para os bancos credores. 
Comentários: 
Primeiro: esses recursos são receitas orçamentárias ou extraorçamentárias? Ou seja: eles pertencem ou não ao Poder 
Público? 🧐 
Olhando com carinho, você verá que esses recursos não pertencem ao Poder Público. Olha só: 😄 
A inscrição de Restos a Pagar é receita extraorçamentária, portanto o pagamento de Restos a Pagar é despesa 
extraorçamentária. 
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As operações de crédito por ARO são antecipações que a Administração Pública recebe e promete pagar depois. Aquele 
dinheiro é do banco. Assim, é receita extraorçamentária, o que torna o resgate de operações de crédito por ARO uma 
despesa extraorçamentária. 
E quando o servidor público realiza um empréstimo consignado (aquele que já é deduzido na folha do servidor), a 
Administração já separa esse dinheiro e envia para o banco credor. Esse dinheiro é da Administração Pública? Não. É do 
banco credor. Por isso, receita extraorçamentária. A transferência desses recursos, isto é, o recolhimento de consignações 
e retenções é despesa extraorçamentária. 
Gabarito: Certo 
Classificações da despesa orçamentária 
Da mesma forma que fizemos nas receitas, nós vamos agora classificar as despesas. Classificar significa 
distribuir em classes, de acordo com um sistema, método ou critérios de classificação. E aqui nas despesas 
públicas nós também temos alguns critérios de classificação. 
Mas, antes de começar, cabe fazer uma importante observação: as classificações são para as despesas 
orçamentárias. As despesas extraorçamentárias não são classificadas. A única classificação que elas recebem 
é esta: extraorçamentária. Pronto! 😅 
Portanto, a partir de agora, estamos falando somente de despesas orçamentárias, ok? 😉 
Lembre-se também de associar a classificação a uma pergunta. Assim fica fácil lembrar do que se trata e 
não cairá em pegadinhas. 😉 
Preste atenção! 
Associe cada classificação a uma pergunta 
Estrutura da programação orçamentária 
Muito bem! Antes de estudar as classificações propriamente ditas, precisamos conhecer como o 
orçamento está estruturado e organizado. Até porque isso também cai em prova... 😅 
Nos termos do MTO 2020, a compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua 
organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o 
propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de 
finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral. 
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em 
programas de trabalho (está lembrando do nosso orçamento programa? 😏), que contêm informações 
qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras. 
Isso significa que, no nosso orçamento, as despesas estão dentro de algum programa de trabalho. As 
despesas não são inseridas no orçamento de qualquer forma, “soltas”, por acaso, sem estar conectadas a um 
planejamento maior. Cada despesa que está no orçamento faz parte de um programa de trabalho, e estes nos 
fornecem informações qualitativas e quantitativas. 
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Por exemplo: o fornecimento de bacon para a população não está “solto” no orçamento. Ele faz parte do programa “bacon 
para todos”, cujo objeto é aumentar a felicidade a população pelos próximos 4 anos, durante os quais serão distribuídos 
1.000.000 de quilos de bacon. 
Entendeu agora? 😉 
“Entendi, professor. Mas o que exatamente são essas informações qualitativas e quantitativas?” 
Para responder sua pergunta, vou me utilizar do MTO 2020. Lá vai: 
Programação qualitativa 
O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de 
maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista 
operacional, composto dos seguintes blocos de informação: 
• classificação por esfera; 
• classificação institucional; 
• classificação funcional; 
• estrutura programática; e 
• principais informações do Programa e da Ação. 
Tudo conforme detalhado a seguir: 
 
Calma! 😅 Daqui a pouco explicaremos melhor todas essas classificações. Por enquanto só quero que você 
perceba quais informações estão aqui na programação qualitativa, ou seja, perceba que a programação 
qualitativa responde essas perguntas aí (essas são aquelas perguntas que eu falo para você associar às 
classificações). 😄 
Com todas essas informações e qualificações é de se imaginar que o código (completo) da despesa sejagrande. E realmente é! 😅 Mas relaxe! Você não precisa saber o código, só precisa conhecer a estrutura: 
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Programação quantitativa 
A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira. 
• A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues. 🏥 🏠 🏭 🛤 🚌 
 
• A dimensão financeira estima o montante 💰 necessário para o desenvolvimento da ação 
orçamentária de acordo com determinados classificadores. 
 
Agora nós temos mais informações ainda! 😅 São tantas informações que o código da despesa acaba 
ficando “gigante”. 😅 Mas não se preocupe. Só quero que você entenda a estrutura! ☝ 
Olha só esse exemplo (fornecido pelo MTO 2020): 
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Pronto. Agora que você já conhece melhor a estrutura do orçamento, vamos estudar cada uma das 
classificações. Mas antes observe essa tabela comparativa entre a programação qualitativa e quantitativa: 
Programação QUALItativa 
Programação QUANTItativa 
(dimensões física e financeira) 
Classificação por esfera (em qual orçamento?) 
Natureza da Despesa (CGMED: Categoria 
econômica, Grupo de Natureza, Modalidade de 
Aplicação, Elemento da despesa) 
Classificação institucional (quem?) 
Identificador de Uso – IDUSO (recursos destinados 
para contrapartida?) 
Classificação funcional (em que área?) Fonte de Recursos (de onde virão os recursos?) 
Estrutura programática (programa, ação, subtítulo) 
Identificação de Doação e de Operação de Crédito – 
IDOC (recursos relacionados a qual operação de 
crédito ou doação) 
 
Meta física 
Identificador de Resultado Primário (qual o efeito 
sobre o resultado primário?) 
Dotação (qual o montante alocado?) 
Vale salientar que a classificação da despesa por natureza faz parte da programação quantitativa, e não 
da qualitativa. 
“Por que você está dizendo isso, professor?” 🤔 
Porque essa é uma classificação muito importante (talvez seja a que mais aparece em concursos públicos) 
e isso pode ser objeto de cobrança. 
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Preste atenção! 
A classificação da despesa por natureza faz parte da programação quantitativa, e não da 
qualitativa 
“Tá bom, professor. Já entendi. Já entendi também que é fundamental conhecer as diversas classificações 
orçamentárias. Vamos logo!” 
Você quem manda! Neste material, vou tratar das classificações mais cobradas em provas de concursos 
públicos, que são as seguintes: 
• esfera orçamentária; 
• institucional; 
• funcional 
• estrutura programática; 
• natureza; e 
• impacto na situação patrimonial líquida. 
Mas também vou incluir informações sobre as demais, só para o material ficar mais completo! 😉 
Partiu! 😄 
Classificação da despesa por esfera orçamentária (em qual orçamento?) 
Aqui não tem muito segredo. É a mesma coisa da receita pública! 😄 
A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao 
Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de Investimento das Empresas Estatais (I), conforme 
disposto no § 5º do art. 165 da CF. 
Então, a pergunta aqui é a seguinte: 
Em qual orçamento? 
Vale lembrar que, até 2014, essa classificação era uma classificação utilizada apenas para despesas. Foi a 
partir da edição do MTO 2015 que ela também passou a ser usada para as receitas. Portanto, hoje a 
classificação por esfera orçamentária é utilizada tanto para as receitas quanto para as despesas públicas. 
Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será 
associado à ação orçamentária: 
Código Classificação 
10 Orçamento Fiscal (OF) 
20 Orçamento da Seguridade Social (OSS) 
30 Orçamento de Investimento (OI) 
Convém destacar que o Orçamento da Seguridade Social será elaborado de forma integrada pelos 
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
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Classificação institucional da despesa (quem?) 
A classificação institucional também semelhante à receita pública. 😉 Portanto, a pergunta aqui é a 
seguinte: 
Quem está realizando a despesa? 
A classificação institucional reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois 
níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas 
por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as responsáveis pela 
realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs. 😉 
Preste atenção! 
Unidades Orçamentárias (UOs) são responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o 
agrupamento de UOs. 
No entanto, um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura 
administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a 
Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União, Operações Oficiais de Crédito, 
Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência. 
“O que isso quer dizer, professor? ‘Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a 
uma estrutura administrativa’?” 🤨 
Melhor explicar com um exemplo: 😅 
Imagine que o responsável pela realização de uma ação seja a Reserva de Contingência, ou seja, nesse caso a Reserva de 
Contingência será a nossa UO. 
Muito bem. Por acaso você já passou em frente ao prédio da Reserva de Contingência? Conhece alguém que trabalha na 
Reserva de Contingência? 🤔 
Aposto que não! 😅 Porque a Reserva de Contingência não é uma estrutura administrativa, mas, mesmo assim, ela pode 
ser uma UO. 
Muito bem! 
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à 
identificação do órgão orçamentário e os demais à UO (são dois níveis hierárquicos, lembra?). Assim, olha: 
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Questões para fixar 
CESPE – STJ - Técnico Judiciário – 2018 
A principal finalidade da classificação orçamentária institucional é evidenciar as unidades administrativas responsáveis 
pela execução da despesa. 
Comentários: 
Qual é a pergunta que você deve fazer na classificação institucional? 😄 
“Quem está realizando a despesa?” 
Isso! 😃 Queremos saber quem é o responsável. Qual é o órgão orçamentária, a unidade orçamentária, a unidade 
administrativa responsável pela execução da despesa. 
Gabarito: Certo 
FCC – TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Contabilidade – 2015 
A classificação institucional da despesa reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois níveis 
hierárquicos. No âmbito da União, o código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, referindo-se, 
respectivamente, os 
A) 1° e 2° dígitos, ao órgão orçamentário e os 3° , 4° e 5° dígitos à unidade orçamentária. 
B) 1° e 2° dígitos à função de governo e os 3° , 4° e 5° dígitos à subfunção de governo. 
C) 1° e 2° dígitos à função de governo e os 3° , 4° e 5° dígitos à ação de governo. 
D) 1° e 2° dígitos ao programa de governo e os 3° , 4° e 5° dígitos à ação de governo. 
E) 1° , 2° e 3° ao órgão orçamentário e aos4° e 5° dígitos à função de governo. 
Comentários: 
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do 
órgão orçamentário e os demais à UO. Para memorizar melhor, é só olhar para o nosso esquema. 😉 
Gabarito: A 
CESPE – STM - Analista Judiciário - Administração – Específicos – 2011 
Na classificação institucional da despesa, cada unidade orçamentária é subdividida em diversos órgãos. 
Comentários: 
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São dois níveis hierárquicos, lembra? Primeiro o órgão orçamentário e depois a Unidade Orçamentária (UO), até porque 
um órgão orçamentário é um agrupamento de UOs. 😉 
Portanto, corrigindo a questão, na classificação institucional da despesa, cada órgão orçamentário é subdividido em 
diversas Unidades Orçamentárias (UOs). 
Gabarito: Errado 
CESPE – ANTAQ - Analista Administrativo – 2009 
A classificação por esfera aponta em qual orçamento será alocada a despesa, ao passo que a classificação institucional 
aponta em que área da despesa a ação governamental será realizada. 
Comentários: 
A classificação por esfera realmente aponta em qual orçamento será alocada a despesa, mas a classificação institucional 
não aponta em que área da despesa a ação governamental será realizada (essa é a classificação funcional). A classificação 
institucional aponta quem é o responsável pela realização da receita. 
Gabarito: Errado 
Classificação funcional da despesa (em que área?) 
A classificação funcional é formada por funções e subfunções e busca responder basicamente à 
indagação “em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?”. Classificação funcional. Funções. 
Nome bem intuitivo, não é? 😉 
Então, só para enfatizar, a pergunta que a classificação funcional busca responder é: 
Em que área de despesa a ação governamental será realizada? 
“Como assim em que área, professor?” 🤔 
Se eu citar alguns exemplos, você entenderá rapidinho. Algumas funções são: saúde, educação, trabalho, 
administração, cultura, saneamento, urbanismo, agricultura, energia, comércio e serviços... entendeu? 😉 
A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério 
do Orçamento e Gestão (MOG), e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem 
como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo. 
Trata-se de uma classificação independente dos programas e de aplicação comum e obrigatória, no 
âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos 
gastos do setor público. Ser “comum” significa que o código “10” utilizado pela União é igual ao código “10” 
utilizado pelos Estados, que é igual ao código “10” utilizado pelos Municípios. Ou seja: o código “10” significa a 
mesma coisa em todos os entes! Isso é ser “comum”. 
“Ah, agora eu entendi, professor! Isso é legal, porque se o código ‘10’ significasse uma coisa diferente em cada 
ente, seria difícil fazer a consolidação nacional dos gastos, não é?” 😄 
Exatamente! Você matou a charada! 😃 
“E essa classificação é obrigatória também, não é? ☺ 
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Isso mesmo! A classificação funcional é obrigatória! Todos os entes devem utilizá-la! Ao consultar o 
orçamento da União ou o orçamento do menor município brasileiro, a classificação funcional deve constar lá. 
😄 
Preste atenção! 
A classificação funcional é de aplicação comum e obrigatória por todos os entes 
“E como é o código da classificação funcional, professor?” 
A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos às funções 
e os três últimos às subfunções. Assim, olha: 
 
“Beleza, professor. Mas o que é uma função e o que é uma subfunção?” 
Boa pergunta! 😃 Isso cai em prova, viu? ☝ 
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor 
público. Ela quase sempre se relaciona com a missão ou competência institucional do órgão, por exemplo, 
cultura, educação, saúde, defesa, o que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos 
Ministérios. 
“Por que ‘quase sempre’, professor?” 🤔 
Porque há situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas 
competências institucionais podem envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, 
entre as competências institucionais, aquela que está mais relacionada com a ação. E pode acontecer do 
Ministério da Educação, por exemplo, realizar gastos na área da saúde. A missão e competência institucional 
do Ministério da Educação não é melhorar a saúde, mas, mesmo assim, ele está realizando gastos nessa área. 
Por isso que dissemos “quase sempre”. 😉 
⚠ Atenção: a função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público, 
mas isso não significa que ela corresponda ao maior nível de agregação da classificação da despesa como um todo. 
Pode-se afirmar que o nível mais abrangente na classificação da despesa como um todo é a esfera orçamentária (“em 
qual orçamento?”). A função agrega as áreas de atuação do setor público, o que corresponde à função, à subfunção e aos 
três níveis da estrutura programática (programa, ação e subtítulo). 
É só lembrar deste esqueminha: 
Função
__ __
Subfunção
__ __ __1º 5º 4º 3º 2º
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Já a subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar a 
natureza da atuação governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas 
e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções. 
Observe agora uma amostra do rol de funções e subfunções: 
 
“Ah, entendi, professor! Agora me diz uma coisa: uma função só pode ser combinada com uma subfunção a 
que está diretamente relacionada? Por exemplo, a função 13 – cultura só pode ser combinada com as subfunções 
391 e 392?” 
A resposta é: não! 😅 
Regra geral, é possível combinar qualquer função com qualquer subfunção! E o nome disso é 
matricialidade! 😃 
Nos termos da Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, é possível combinar as subfunções a funções 
diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas, propriedade denominada de matricialidade. 
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Por exemplo: a subfunção “128 – Formação de Recursos Humanos” está diretamente relacionada à função “4 – 
Administração”. 
Mas se a Secretária de Saúde realizar um curso de formação para os profissionais de saúde, teremos o seguinte código: 
 
“Beleza, professor. Mas eu notei ali que você falou ‘regra geral’. Por acaso existe alguma exceção?” 🧐 
Ora! Seu eu falei “regra geral”, é porque há uma exceção! 😅 
A exceção é a seguinte: você pode combinas as subfunções com qualquer função, menos com uma: a 
função 28 – Encargos Especiais. Ou seja: a regra da matricialidade só não é valida para a função 28 – 
Encargos Especiais. 😄 
“Por que, professor?” 🤔 
Porque essa função engloba despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado 
no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, 
representando, portanto, uma agregação neutra. Não se trata de um gasto em uma área específica. Por isso 
que a utilização dessa função irá requerer o uso dassuas subfunções típicas (isto é, a função 28 só poderá ser 
combinada com as seguintes subfunções), conforme tabela abaixo: 
 
E, para finalizar, deixo uma observação sobre a Reserva de Contingência. Trata-se do art. 8º da Portaria 
Interministerial STN/SOF nº 163/2001: 
Art. 8º A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no art. 91 do 
Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada 
como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5º, 
inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável pela sua 
destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS, quando houver, 
serão identificadas no orçamento de todas as esferas de Governo pelos códigos 
“99.999.9999.xxxx.xxxx” e “99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se refere às 
classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificações das 
ações e o respectivo detalhamento. 
Parágrafo Único. As reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à natureza da despesa, pelo 
código “9.9.99.99.99”. 
Saúde
__ __
Formação de Recursos Humanos
__ __ __1 0 1 2 8
Função Subfunção
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Questões para fixar 
COSEAC – UFF - Administrador – 2019 
De acordo com a classificação funcional da despesa, o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor 
público e que reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que 
guarda relação com os respectivos Ministérios, é a definição de: 
A) esfera. 
B) programa. 
C) ação. 
D) função. 
E) elemento de despesa. 
Comentários: 
Essa questão foi retirada do MTO 2020, olha só: “a função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das 
diversas áreas de atuação do setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, 
educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios”. 
Gabarito: D 
CESPE – TCE-PE - Analista de Controle Externo – 2017 
O objetivo da classificação funcional programática é evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela aplicação 
dos recursos públicos. 
Comentários: 
Esse é o objetivo da classificação funcional programática? Tem certeza? 😅 
Na verdade, evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela aplicação dos recursos públicos é o objetivo da 
classificação institucional, afinal esta busca responder à pergunta: “quem está realizando a despesa?” 
A classificação funcional responde à pergunta: “em que áreas de despesa a ação governamental será realizada?” 
Gabarito: Errado 
CESPE – TRT 8 - Analista Judiciário – 2016 
O tipo de classificação da despesa pública que define as áreas específicas de atuação para a ação governamental 
denomina-se classificação 
A) funcional. 
B) por modalidade. 
C) por fonte de recurso. 
D) por esfera. 
E) institucional. 
Comentários: 
Vou repetir o enunciado com ênfase na palavra-chave: “O tipo de classificação da despesa pública que define as áreas 
específicas de atuação para a ação governamental denomina-se classificação...”. 
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Então agora eu lhe pergunto: qual é classificação que busca responder à indagação: “em que área de despesa a ação 
governamental será realizada?” 
É a classificação funcional! 😃 
Gabarito: A 
CESPE – ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – Área de Planejamento Estratégico – 2010 
Entre as categorias orçamentárias, a função representa o menor nível de agregação dos diversos setores de despesa que 
competem ao setor público. 
Comentários: 
A função representa o menor nível de agregação dos diversos setores de despesa? 🤨 
Não! A função representa o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. 😉 
Gabarito: Errado 
Classificação por estrutura programática 
O orçamento-programa é a técnica de elaboração do orçamento público atualmente adotada no Brasil. 
Por isso toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos 
estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, 4 (quatro) anos. Ou seja: todas as despesas do 
orçamento anual devem ser incluídas sob a forma de programas que se encontram contemplados no PPA. 
Por exemplo: na LOA, temos a despesa com a remuneração de profissionais de saúde, que faz parte do programa “Brasil 
saudável” (que está no PPA). Na LOA, temos a despesa com a construção de ciclovias, que faz parte do programa “Brasil 
de bicicleta” (que está no PPA). E por aí vai! 😄 
Preste atenção! 
Todas as despesas do orçamento anual devem ser incluídas sob a forma de programas que se 
encontram contemplados no PPA. 
“E os programas possuem código, professor?” 
Sim! Na base de dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP), o campo que 
identifica o programa contém quatro dígitos. Assim: 
 
“Mas, professor, assim como na classificação funcional, a classificação por estrutura programática é de 
aplicação comum para todos os entes? Isto é: o programa “0001” no Estado de São Paulo é igual ao programa 
“0001” no Estado da Paraíba?” 🤔 
A resposta é: não! 😅 
Programa
__1º 4º 3º 2º ____ __
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Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, 
respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos 
organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo 
com a referida Portaria. 
“Beleza, mas o que é um programa mesmo, hein, professor?” 🧐 
De acordo com o MCASP 8ª edição: programa é o instrumento de organização da atuação 
governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo 
comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade 
ou demanda da sociedade. 
Programas são os elos de união entre o planejamento e o orçamento e são mensurados por indicadores. 
Preste atenção! 
Programa é o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos 
objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores. 
É importante também ressaltar que, de acordo com o MTO 2020, o PPA 2016-2019 contempla dois “tipos” 
de programas: 
• Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de 
bens e serviços à sociedade; 
• Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e orienta as ações 
destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental. 
É como se os programas temáticos fossem os finalísticos, aqueles que de fato entregam algo para a 
sociedade. E os programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado fossem programas “meio”, 
“secundários”, de apoio ao governo para que este possa realizar os programas temáticos, entendeu? 😉 
Normalmente as questões aqui são literais, portanto atenção às marcações feitas 
Beleza! 
Com o que já vimos, você já pode deduzir que os programas estão no PPA e também na LOA. Mas 
atenção: alguns programas que não constam no PPA e estão contidos somente na LOA. 
“Que programas são esses, professor?” 😄 
Os programas compostos exclusivamente por Operações Especiais (ou programas destinados 
exclusivamente a operações especiais).Preste atenção! 
Os programas compostos exclusivamente por Operações Especiais não constam no PPA. Eles 
constam somente na LOA. 
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Grave bem esse esquema, tire uma foto mental, porque as questões adoram dizer que os programas 
compostos exclusivamente por Operações Especiais constam no PPA. Aquele aluno mais desatento logo 
pensa: “ora, programas estão no PPA”. Marca “certo” na questão e depois recebe a bomba ao conferir o 
gabarito! 💣 😂 
Quer ver como as questões gostam dessa pegadinha? 😄 
Questões para fixar 
CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – Auditoria de Obras Públicas – 2011 
O plano plurianual (PPA), como uma das etapas do ciclo orçamentário, inclui os programas destinados a operações 
especiais - como, por exemplo, aqueles que agregam as ações referentes à Copa do Mundo de 2014 - entre seus programas 
finalísticos. 
Comentários: 
Eu avisei, não foi? 😏 Os programas destinados a operações especiais não integram o PPA! Integram somente a LOA! 
Gabarito: Errado 
CESPE – TRT-10ª – Analista Judiciário – 2013 
Além de programas destinados exclusivamente a operações especiais, o PPA integra as políticas públicas e organiza a 
atuação governamental, por meio de programas temáticos e de gestão, manutenção e serviços ao Estado. 
Comentários: 
Aqui a banca tentou lhe enganar colocando o erro logo no início da questão. Mas você já sabe: os programas destinados 
exclusivamente a operações especiais não constam no PPA! ☝ Constam somente na LOA! 
Gabarito: Errado 
“Tá certo, professor. Mas vem cá... eu estou percebendo que você está falando muito sobre ‘ações’. O que 
seria isso?” 🤔 
É isso mesmo! É porque o orçamento está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas 
às ações. 
Ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao 
objetivo de um programa (lembrando que o objetivo faz parte da programação qualitativa e busca responder 
• Programas temáticos
• Programas de Gestão, Manutenção e 
Serviços ao Estado
PPA
• Programas temáticos
• Programas de Gestão, Manutenção e 
Serviços ao Estado
• Programas de Operações Especiais
LOA
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à pergunta: “o que se pretende alcançar com a implementação da Política Pública?”). Incluem-se também no 
conceito de ação as transferências (obrigatórias ou voluntárias) a outros entes da Federação e a pessoas físicas 
e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e financiamentos, dentre outros. 
Como eu estava dizendo, orçamento está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas 
às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e 
metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. 
 
“Atividades, projetos ou operações especiais? Como assim, professor?” 🤨 
É o seguinte: as ações, conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos 
ou operações especiais. Veja só: 
• Atividade é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das 
quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de governo. 
Exemplo de atividade: fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde 
• Projeto é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, 
envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que 
concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. 
Exemplos de projeto: construção de Trecho Rodoviário e implantação da rede nacional de bancos de leite humano 
• Operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou 
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram 
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
Exemplos de operação especial: despesas decorrentes de sentenças judiciais, indenizações, serviços da dívida interna e 
externa (juros e amortizações), refinanciamento da dívida interna e externa. 
Marquei para você as partes mais importantes. É aí que estarão as pegadinhas! 
Isso aqui é prato cheio para as bancas! Elas adoram fazer confusão entre esses três conceitos. Por isso, 
você tem que saber diferenciá-los. Vou explicar um pouco. 😄 
Programa
Ações
Atividades Projetos Operações Especiais
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Projetos são operações limitadas no tempo, ou seja, eles têm data para começar e para terminar. Essa é 
a principal característica dos projetos. E essa é a grande diferença entre os projetos e as atividades, pois as 
atividades são operações que se realizam de modo contínuo e permanente. Elas não têm data para acabar. 
Além disso, os projetos expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou, 
ainda, implementam ações inéditas num prazo determinado, enquanto que as atividades mantêm o mesmo 
nível da produção pública. 
Compare esses dois esquemas: 
 
 
“Beleza! E como eu diferencio os projetos e as atividades das operações especiais?” 🤔 
Simples! As operações especiais “não fazem nada”! 😅 Elas: 
• não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo 
• são ações das quais não resulta um produto; e 
• não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
Observação: as operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, 
entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros 
entes. 
Atividade
Ação de 
governo
Ação de 
governo
Atividade
...
Projeto
Ação de 
governo Ação de governo
Projeto
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Agora olha que legal a integração que farei agora: as operações especiais (em grande medida) estão 
associadas aos programas do tipo Operações Especiais (aqueles que constam somente na LOA e não constam 
no PPA). Nesses programas, a classificação funcional a ser adotada será a função 28 - Encargos Especiais com 
suas respectivas subfunções, não havendo possibilidade de matricialidade nesses casos. 
 
Muito bem! 😄 
As ações também recebem um código. Cada ação possui um código alfanumérico (letras e números) de 
quatro dígitos, acrescido de quatro dígitos do localizador (ou subtítulo): 
 
E o interessante é que você pode identificar qual é o tipo de ação só pelo 1º dígito. Assim, olha: 
1º dígito Tipo de ação 
1, 3, 5 ou 7 Projeto 
2, 4, 6 ou 8 Atividade 
0 Operação Especial 
“Eita, professor. Tem que memorizar isso?” 😖 
Ações
Atividades
Se realizam de modo contínuo e permanente
Resultam em um produto necessário à 
manutenção da ação de Governo.
Projetos
Limitados no tempo
Resultam um produto que concorre para 
expansão ou aperfeiçoamento da ação de 
governo.
Operações 
Especiais
Não contriubuem para manutenção, expansão 
ou aperfeiçoamento das ações de governo
Não resultam um produto
Não geram contraprestação sob a forma de 
bens ou serviços
Ação
__1º 4º 3º 2º ____ __
Subtítulo
__5º 8º 7º 6º ____ __
Numérico Alfanuméricos Numéricos
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TCE-RJBom, não precisa tanto assim, mas isso pode lhe ajudar a resolver alguma questão. E também fica muito 
fácil memorizar com essa dica aqui: 👇 
Dica do professor Sérgio 
Sabe aquele filme “Atividade Paranormal”? 
Aqui temos algo parecido. É o PARatividade normal 😂 
Se o número for par, ele será uma atividade. Entendeu o mnemônico? 😄 
Ação padronizada 
De acordo com o MTO 2020, a ação orçamentária é considerada padronizada quando, em decorrência 
da organização institucional da União, sua implementação costuma ser realizada em mais de um órgão 
orçamentário e/ou Unidade Orçamentária (UO). Nessa situação, diferentes órgãos e UOs executam ações 
que têm em comum: 
• a subfunção à qual está associada; 
• a descrição (o que será feito no âmbito da operação e o objetivo a ser alcançado); 
• o produto (bens e serviços) entregue à sociedade, bem como sua unidade de medida; e 
• o tipo de ação orçamentária. 
“E para que serve essa padronização, professor?” 🤔 
A padronização se faz necessária para organizar a atuação governamental e facilitar seu 
acompanhamento. Ademais, a existência da padronização vem permitindo o cumprimento de previsão 
constante da LDO, segundo a qual: “as atividades que possuem a mesma finalidade devem ser classificadas 
sob um único código, independentemente da unidade executora”. 
Considerando as especificidades das ações orçamentárias de governo existentes, a padronização pode 
ser de três tipos: 
As questões sobre esse tema normalmente perguntam sobre isso aqui 👇 
1. setorial: ações que são implementadas por mais de uma UO do mesmo órgão. 
Exemplos: Funcionamento dos Hospitais de Ensino, Administração das Hidrovias. 
 
UO
Setorial
UO
UO
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2. multissetorial: ações que são executadas por mais de um órgão ou por UOs de órgãos 
diferentes, considerando a temática desenvolvida pelo setor à qual está vinculada. 
Exemplos: Desenvolvimento de Produtos e Processos no Centro de Biotecnologia da Amazônia - CBA (implementada no 
MCTI, SUFRAMA e MMA); Fomento para a Organização e o Desenvolvimento de Cooperativas Atuantes com Resíduos 
Sólidos (executada no MEC, MDSA, MMA e MTb). 
 
3. da União: operações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as 
especificidades do setor ao qual estão vinculadas. Caracterizam-se por apresentar base legal, 
finalidade, descrição e produto padrão, aplicável a qualquer órgão e, ainda, pela gestão 
orçamentária realizada de forma centralizada pela SOF. 
Exemplos: Pagamento de Aposentadorias e Pensões; Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o 
Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais. 
 
Resumindo 
 
UO
Multissetorial
UO
UO
UO
UO
UO
Setor A Setor B
Setor C
UO
UO
UO
UO
UO
UO
Setor A
UO
UO
UO
UO
UO
UO
Setor B
União
Ações 
padronizadas
Setorial mais de uma UO do mesmo órgão
Multissetorial
mais de um órgão ou por UOs 
de órgãos diferentes 
(considerando o setor)
da União
diversos órgãos e/ou UOs
sem contemplar as 
especificidades do setor
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Questões para fixar 
CESPE – STJ - Analista Judiciário – Contadoria – 2015 
As ações executadas por diversos órgãos, sem contemplar as especificidades dos setores aos quais estas ações estão 
vinculadas, devem ser padronizadas a partir do critério multissetorial. 
Comentários: 
As questões vão tentar trocar esses três tipos de ações orçamentárias! 😅 As ações executadas por diversos órgãos, sem 
contemplar as especificidades dos setores aos quais estas ações estão vinculadas, devem ser padronizadas a partir do 
critério da União (e não multissetorial). 
Gabarito: Errado 
Subtítulo (localizador do gasto) 
O que é o subtítulo (localizador do gasto)? 🤔 
Ora! Olhe para o nome e você já terá uma boa ideia do que se trata! 😅 
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados 
especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por 
conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabelecidas. 
 
Preste atenção! 
Detalhou em subtítulo? Então não pode haver alteração da finalidade, produto e metas 
estabelecidas para a ação orçamentária 
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação 
das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação 
governamental. 
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, 
Centro Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, 
quando necessário. Importante destacar, porém, que a LDO veda, na especificação do subtítulo, a referência 
a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. 
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera 
orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação, 
identificador de resultado primário, identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de 
medida os mesmos da ação orçamentária. 
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Atributos dos subtítulos 
O subtítulo possui alguns atributos, são eles: 
Essa parte não costuma cair muito em prova, mas queremos estar preparados, não é mesmo? 😅 E é legal para você 
entender melhor o subtítulo. 
• Localização Geográfica, Codificação e o campo “Complemento”: a identificação dos 
subtítulos/localizadores é feita por um código numérico de quatro posições. 
• Repercussão Financeira sobre o Custeio do Órgão: impacto (estimativa de custo anual) sobre 
as despesas de operação e manutenção do investimento após o término do projeto e em quais 
ações esse aumento ou decréscimo de custos ocorrerá, caso o projeto venha a ser mantido pela 
União. 
A execução de um determinado projeto geralmente acarreta incremento no custo de atividades. Por 
exemplo, ao se construir um hospital a ser mantido pela União, haverá um incremento no custo das atividades 
de manutenção hospitalar da União. 
• Valor da Repercussão Financeira: registra o montante da Repercussão Financeira decorrente da 
implantação do Subtítulo sobre o custeio do órgão. O campo poderá registrar acréscimos e 
reduções sobre o custeio do órgão, ou, ainda, valor zero quando não houver repercussão sobre o 
custeio. Campo obrigatório nas ações do tipo Projeto e opcional nos demais tipos. 
• Data de início e data de término da execução: nas ações do tipo Projeto, registra a data de início 
e a previsão de término de cada subtítulo. 
• Total físico: registra o quantitativo total do produto a ser entregue na localidade expressa no 
subtítulo durante o período de execução. 
• Custo total: registra o montante correspondente ao custo total previsto na execução do 
subtítulo. 
• Cronograma físico e financeiro: registra a execução física e financeira até o exercício anterior, o 
aprovado para o ano em curso, a previsão para o PLOA e a projeção para os anos posteriores. 
Codificação da estrutura programática 
“Beleza, professor. E esse subtítulo (localizador do gasto) tem código?” 🧐 
Opa! Tem sim! Permita-me lhe dar uns exemplos: 
 
Como você deve ter percebido, esse código é numérico e de quatro dígitos. 
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Assim, constata-se que a codificação da estruturaprogramática da União é composta por doze dígitos, 
sendo que os quatro primeiros identificam o programa, os quatro seguintes a ação e os quatro últimos o 
localizador (ou subtítulo). 
É importante observar que o 5º dígito (primeiro dígito do código alfanumérico da ação) tem papel 
fundamental na identificação do tipo da ação (projeto, atividade ou operação especial). 
No exemplo a seguir, é possível constatar que a ação corresponde a uma atividade, visto que o primeiro 
dígito do campo relacionado à ação é 2 (“PARatividade normal”, lembra? 😅): 
 
Plano Orçamentário (PO) 
As ações orçamentárias possuem diversos atributos, por exemplo: título, descrição, tipo, base legal, 
produto, beneficiário da ação, e outros. Não estudaremos todos, pois o custo-benefício disso é baixíssimo. Não 
lembro de isso ter aparecido em prova. 🤔 
Atributo é algo próprio e peculiar a alguém ou a alguma coisa; um qualificativo; um aspecto que distingue algo dos demais 
Então, vamos focar no que realmente importa? 😄 
O Plano Orçamentário (PO) é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (ou seja, não 
constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração 
do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução ocorram num nível mais detalhado 
do que o do subtítulo/localizador de gasto da ação. 
Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-
unidade orçamentária-função-subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes 
classificadores, o conjunto de POs varia também. 
Apesar de o PO, na maioria dos casos, ser opcional, será obrigatório para as ações orçamentárias que 
requerem acompanhamento intensivo. 
Preste atenção! 
O Plano Orçamentário (PO) será obrigatório para as ações orçamentárias que requerem 
acompanhamento intensivo 
0042
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Como você percebeu existe um vínculo entre ações, subtítulos e POs. Ele é melhor visualizado pela figura 
abaixo (não se preocupe tanto em memorizar isso. É só para dar uma olhadinha 😅): 
 
Fechou, então? 😃 
“Espera aí, professor! Fechou não! E a pergunta? A pergunta que eu vou fazer para lembrar da classificação 
por estrutura programática?” 😅 
Ah! É está aqui: 
Por que é feito, para que é feito e o que se espera? 
Além disso, o programa (item da estrutura programática) responde à seguinte indagação: “qual o tema 
da política pública?”. Já o objetivo (uma das principais informações do programa) responde: “o que se pretende 
alcançar com a implementação da Política Pública?”. E a iniciativa (que também é uma das principais 
informações do programa) responde: “o que será entregue pela Política Pública?”. Confira aqui no MTO 2020: 
 
Questões para fixar 
CESPE – CGE-CE – 2019 
Atividade é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa; envolve um conjunto de 
operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou para o aperfeiçoamento da 
ação de governo. 
Comentários: 
E aí? Gostam ou não de fazer confusão entre atividade e projeto? 😅 
Ô se gostam! 😂 
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• Atividade é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço 
necessário à manutenção da ação de Governo. 
• Projeto é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o 
aperfeiçoamento da ação de governo. 
Gabarito: Errado 
CESPE – TCE-PB - Auditor de Contas Públicas – 2018 
As operações especiais, ações que integram a estrutura programática, constituem um conjunto de operações das quais 
resulte um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de governo. 
Comentários: 
Na verdade, 
• Atividade é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um 
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço 
necessário à manutenção da ação de Governo. 
• Operações especiais são despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das 
ações de governo, das quais não resulta um produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
Gabarito: Errado 
CESPE – TCE-PE - Conhecimentos Básicos – Auditor de Controle Externo – 2017 
Se um projeto cujo objetivo seja a realização de obra resultar em incremento no custo das atividades regulares de 
determinado órgão público, o aumento de despesa deverá ser registrado nos atributos do subtítulo correspondente ao 
projeto. 
Comentários: 
Essa questão pegou todo mundo de surpresa! Isso não costuma cair! 😅 
De qualquer forma, existe um atributo do subtítulo chamado “Repercussão Financeira sobre o Custeio do Órgão”. Ele 
registra o impacto (estimativa de custo anual) sobre as despesas de operação e manutenção do investimento após o 
término do projeto e em quais ações esse aumento ou decréscimo de custos ocorrerá, caso o projeto venha a ser mantido 
pela União. 
Portanto, sim! O aumento dessa despesa deverá ser registrado nos atributos do subtítulo correspondente ao projeto. 
Gabarito: Certo 
Quadrix – CFO-DF - Analista de Compras e Licitação – 2017 
No processo de elaboração da proposta orçamentária, o indicador denominado de plano orçamentário será de utilização 
obrigatória para todas as ações consignadas no orçamento. 
Comentários: 
O Plano Orçamentário não será de utilização obrigatória para todas as ações consignadas no orçamento. Na maioria dos 
casos, ele será opcional. Ressalte-se que para as ações orçamentárias que requerem acompanhamento intensivo ele será 
obrigatório. 😉 
Gabarito: Errado 
 
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CESPE – TC-DF – Técnico de Administração Pública – 2014 
O plano orçamentário, constante da lei orçamentária anual, é o código de identificação das ações orçamentárias destinado 
a efetuar o vínculo entre a referida lei e o plano plurianual. 
Comentários: 
O Plano Orçamentário (PO) é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial, ou seja, não constante da LOA. 
Gabarito: Errado 
FCC – ARTESP – Analista de Suporte à Regulação de Transporte – 2017 
Na classificação da despesa orçamentária, as ações dos governos estão estruturadas em programas orientados para a 
realização dos objetivos definidos no Plano Plurianual. 
Comentários: 
Exatamente! Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos 
estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de 4 (quatro) anos. 😉 
Gabarito: Certo 
 
Ufa! Finalmente terminamos de estudar as classificações que fazem parte da programação qualitativa. 
Lembra da nossa tabelinha? 😄 
Programação QUALItativa 
Programação QUANTItativa 
(dimensões física e financeira) 
Classificação por esfera (em qual orçamento?) 
Natureza da Despesa (CGMED: Categoria 
econômica, Grupo de Natureza, Modalidade de 
Aplicação, Elemento da despesa) 
Classificação institucional (quem?) 
Identificador de Uso – IDUSO (recursos destinados 
para contrapartida?) 
Classificação funcional (em que área?) Fonte de Recursos (de onde virão os recursos?) 
Estrutura programática (programa, ação, subtítulo) 
Identificação de Doação e de Operação de Crédito – 
IDOC (recursos relacionados a qual operação decrédito ou doação) 
 Meta física 
 
Identificador de Resultado Primário (qual o efeito 
sobre o resultado primário?) 
 Dotação (qual o montante alocado?) 
 
Agora nós partimos para as classificações da programação quantitativa. Refrescando a sua memória, 
programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira. 
A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues. O componente da 
programação física é a meta física. De acordo com o MTO 2020, a meta física é a quantidade de produto a ser 
ofertado por ação, de forma regionalizada, e instituída para o exercício. As metas físicas são indicadas em 
nível de subtítulo. 
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A pergunta que a meta física busca responder é: 
Quanto se pretende entregar no exercício? 
Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente 
definidos para a ação. 
Por exemplo: no caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas 
ou de vacinas empregadas em cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a 
despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a distribuição de livros didáticos. 
Já a dimensão financeira estima o montante 💰 necessário para o desenvolvimento da ação 
orçamentária de acordo com determinados classificadores. E a principal classificação aqui é a classificação por 
natureza da despesa. 
Classificação por natureza da despesa 
Essa é, provavelmente, a classificação mais importante e a que mais aparece em prova! Portanto, preste muita atenção a 
partir de agora! 🧐 
Os artigos 12 e 13 da Lei 4.320/1964 tratam da classificação da despesa orçamentária por categoria 
econômica e elementos, olha só: 
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (...) 
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por 
elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema: (...) 
A classificação por natureza da despesa engloba a classificação da despesa orçamentária por categoria 
econômica e elementos. Portanto, é importante destacar que não foi a Lei 4.320/64 que estabeleceu a 
classificação por natureza da despesa. 
“Se não foi a Lei 4.320/64 que estabeleceu a classificação por natureza da despesa, então quem foi, 
professor?” 
Foi a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. 😉 Observe o que diz o MTO 2020: “assim como 
no caso da receita, o art. 8º dessa lei estabelece que os itens da discriminação da despesa serão identificados 
por números de código decimal, na forma do respectivo Anexo IV, atualmente consubstanciados no Anexo II 
da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001.” 
Como eu estava dizendo, a classificação por natureza da despesa engloba a classificação da despesa 
orçamentária por categoria econômica e elementos. O conjunto de informações que constitui a natureza de 
despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega: 
• a categoria econômica; 
• o grupo de natureza da despesa; 
• a modalidade de aplicação; e 
• o elemento. 
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Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo. Isso 
significa que essa classificação é de aplicação obrigatória para todos os entes (União, Estados e Municípios). 
Portanto, de novo, ao consultar o orçamento da União ou o orçamento do menor município brasileiro, a 
classificação da despesa por natureza deverá estar lá. 😉 
“Já que você falou em código, professor, como é a codificação da classificação por natureza da despesa?” 🤔 
Na base do SIOP, o campo que se refere à natureza de despesa é composto por um código que contém 
seis dígitos (quando desdobrado até o nível de elemento) ou, opcionalmente, por oito (quando também 
contempla o desdobramento facultativo do elemento). O 1º dígito representa a categoria econômica, o 2º o 
grupo de natureza da despesa, o 3º e o 4º dígitos representam a modalidade de aplicação, o 5º e o 6º o 
elemento de despesa e o 7º e o 8º dígitos representam o desdobramento facultativo do elemento de despesa 
(subelemento), desse jeito: 
 
O MTO 2020 até nos dá um exemplo, esquematizando o código 3.1.90.11.00: 
 
Perceba, então, que a estrutura do código é a seguinte (grave bem isso aqui! 👇): 
C.G.MM.EE.DD 
Onde: 
• “c” representa a categoria econômica; 
• “g” o grupo de natureza da despesa; 
• “mm” a modalidade de aplicação; 
• “ee” o elemento de despesa; e 
• “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa. 
“Caramba, professor! E como é que eu vou memorizar isso aí?” 🤔 
Ah! É fácil! É só você chamar o cirurgião geral, médico. 😃 
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“Quem?” 🤨 
O Cirurgião Geral, MÉDico! 😄 
 
Se você não quiser lembrar do Cirurgião Geral (MÉDico), você pode dizer o seguinte: 
CATEi um GRUPO MODerno de ELEitores DESasatrados 
Onde: 
• “CATE” representa a categoria econômica; 
• “GRUPO” o grupo de natureza da despesa; 
• “MOD” a modalidade de aplicação; 
• “ELE” o elemento de despesa; e 
• “DES” o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa. 
Observação: 👁 
A classificação da Reserva de Contingência, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem 
como eventos fiscais imprevistos, e da Reserva do Regime Próprio de Previdência Social, quanto à natureza da despesa 
orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria 
Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. Todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte para abertura de 
créditos adicionais, mediante os quais se darão efetivamente a despesa que será classificada nos respectivos grupos. 
“E as despesas intraorçamentárias, professor?” 🤔 
Ah! Muito bem lembrado! 😃 
Bom, só para refrescar a sua memória, de acordo com o MTO 2020, operações intraorçamentárias (ou 
seja: receitas e despesas intraorçamentárias) são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da 
Administração Pública integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente federativo. 
Não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas remanejamento de 
receitas entre seus órgãos. 
Mas, diferentemente das receitas, não houve desmembramento das categorias econômicas para 
identificar as despesas correntes e de capital intraorçamentárias. 
“Então como é que se identifica uma despesa intraorçamentária, professor?” 
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É por meio da Modalidade de Aplicação (4º nível da classificação por natureza da despesa). Utiliza-se a 
modalidade de aplicação 91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades 
Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. Assim, na consolidação das contas públicas, as 
despesas executadas nessa modalidade de aplicação são facilmente identificadas, de modo que se anulem os 
efeitos de duplas contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento. 
 
Questões para fixar 
CESPE – TCE-PA - Auditor De Controle Externo – 2016 
A programação qualitativa do orçamento público é a organização do gasto público por meio da identificação dos 
programas com a classificação funcional e econômica da despesa. 
Comentários: 
Avisei que isso poderia ser cobrado em provas, não foi?

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