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Aula 3 - Deriva Continental

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31/05/2017
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Profa: Carine Santana Silva
Deriva Continental 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Departamento de Oceanografia
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Thomas Khun
(1922 – 1996)
A estrutura das revoluções científicas
1962
“Entender as ciências é conhecer sua
prática, seu funcionamento e seus
mecanismos. É compreender o
comportamento do cientista, suas
atitudes e suas decisões.”
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Thomas Khun
(1922 – 1996)
A estrutura das revoluções científicas
1962
Desenvolvimento das Ciências
Ciência Normal
Ciência Extraordinária
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A estrutura das revoluções científicas
Ciência Normal
 Acumulativa
 Acréscimo
Lei de Boyle
“Em um sistema fechado em que a 
temperatura é mantida constante, verifica-se 
que determinada massa de gás ocupa um 
volume inversamente proporcional a sua 
pressão.”
P V = K
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A estrutura das revoluções científicas
Ciência Extraordinária
 Desenvolvimento de um novo quadro 
Teórico para descrição de fenômenos.
Paradigma
“São modelos, representações e
interpretações de mundo
universalmente reconhecidas
que fornecem problemas e
soluções modelares para uma
comunidade científica.”
Kuhn, 1991
Dogma
Qualquer pressuposto que se
aceita sem discussão.
Ex: crenças religiosas, aceitação
por via de autoridade.
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A estrutura das revoluções científicas
Enigma / 
Problema
Paradigma Vigente
Resposta
Crise
Revolução 
Científica
Novo Paradigma
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SÉCULO XX - AS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS 
SUCESSIVAS
Descoberta da radioatividade (1896; Henri Becquerel)
Detecção do elétron (1897; Joseph J. Thomsom)
Descoberta do elemento químico Rádio (1898; Marie e Pierre Curie)
Teoria especial da relatividade (1905; Einstein)
Corroboração da hipótese dos raios X (1911; Wilhelm Roëntgen)
Detalhamento da estrutura do átomo (1913; Niels Bohr)
Teoria geral da relatividade (1916; Einstein)
Teoria cromossômica da hereditariedade (1919; Hunt Morgan)
Mecânica quântica (1925; Werner Heisenberg),
Princípio da Incerteza (1927; Heisenberg).
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Qual a idade da Terra?
Por que se formam montanhas?
Qual a origem dos terremotos?
Como se formam os vulcões? 
Por que existem alguns gêneros de animais e plantas, atuais e 
fósseis, em continentes geograficamente bastante separados?
Como é o fundo dos oceanos?
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 Formação da Terra  teoria da 
contração
 Idade da Terra  6000 anos
 Existem movimentos verticais da 
crosta  isostasia
 Não existem movimentos 
horizontais da crosta
O que se acreditava na época?
Teoria da Deriva Continental
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Alfred Wegener (1880 - 1930)
Livro: A Origem dos Continentes e 
Oceanos (1915)
Meteorologista e Geofísico alemão;
Conferência da Associação Geológica 
da Alemanha, em Frankfurt (1912)
Teoria da Deriva Continental
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A Terra não é estática. 
As massas continentais se 
movem ao longo do tempo 
geológico;
Teoria da Deriva Continental
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Pantalassa
Pangea
O QUE FEZ 
WEGENER PENSAR 
NA SUA TEORIA?
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1) Evidência Geográfica
“Não encostariam as
costas da África e da
América do Sul como
duas peças de um quebra-
cabeça se as
aproximarmos, fechando
o Oceano Atlântico?”
Teoria da Deriva Continental
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- Cadeias montanhosas
- Depósitos de carvão são
paralelos e contínuos na América
do Sul e África
2) Evidência Geológica
Continuidade de cadeias
montanhosas e depósitos de
carvão em continentes separados
Teoria da Deriva Continental
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3) Evidência Paleontológica
Teoria da Deriva Continental
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Fósseis de plantas tropicais na Antártida  localização próxima ao equador.
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4) Evidência Climática
Estrias Glaciais Depósitos Glaciais
- Depósitos glaciais, determinando
cinturões climáticos pretéritos;
- Reagrupamento de depósitos glaciais
reconstitui o Gondwana.
Teoria da Deriva Continental
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Princípio básico:
Parte da hipótese de que existiu um 
único continente, denominado 
Pangea, que a cerca de 200 milhões 
de anos começou a se fragmentar.
Teoria da Deriva Continental
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PERMINIANO: Os continentes estavam 
reunidos formando o supercontinente 
PANGEA, rodeados por um único oceano 
PANTHALASSA
Teoria da Deriva Continental
TRIÁSSICO: Ruptura da PANGEA segundo a linha
do equador com formação ao norte da
LAURÁSIA (Eurásia, América do Norrte,
Groelândia) e ao Sul a Gondwana (América do
Sul, África e Austrália). Entre a Laurásia e a
Gonwana forma-se o mar de Tétis.
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Teoria da Deriva Continental
JURÁSSICO: a Índia se separa da
Austrália em direção ao norte.
CRETÁCIO: Madagascar se separa da África.
Formação do Atlântico. Fechamento do mar
de Tétis. Formam- se os alpes na Europa.
ATÉ A ATUALIDADE: Abertura do
Atlântico continua. Groelândia se
separa da Eurásia em direção ao
Norte. As américas se unem e a
Austrália se separa da Antártida.
A índia colide com a Ásia e forma
os Himalaias.
Teoria da Deriva Continental
Como será 
a Terra no 
futuro?
Vaalbara
Rodínea
Pangea
Columbia
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“... podemos assumir uma coisa como certo. As forças que
deslocam os continentes são as mesmas que produzem as
grandes cadeias de montanhas dobradas. Deriva continental,
falhas e compressões, terremotos, vulcanismo, ciclos
transgressivos e migração polar são indubitavelmente conectados
causalmente em grande escala”
(Wegener 1929; p. 179).
PROBLEMAS COM A TEORIA
3) Necessário uma força impulsionadora suficientemente poderosa
para arrastar/empurrar os continentes:
Movimento de rotação da Terra e/ou Forças de Maré
PRESSUPOSTOS DA TEORIA
1) O substrato abaixo dos continentes como um fluido viscoso;
2) Os movimentos verticais e horizontais são possíveis através
deste fluido;
Teoria da Deriva Continental
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“Ao examinar ideias tão novas como as de Wegener não é fácil
esquecer os prejuízos. ...seu livro não busca a verdade. Está
defendendo uma causa e está cego para todos os fatos e
argumentos que se falem contra ela.”
(Geofísico Philip Lake, em 1923; in Hallam 1983).
PROBLEMAS COM A TEORIA
A teoria foi relegada a segundo plano até a década de 50.
Teoria da Deriva Continental
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Teoria da Deriva Continental
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E se a Pangea não houvesse existido....
2º Guerra Mundial  Evolução Tecnológica
Sonar
NOVAS EVIDÊNCIAS SURGIRAM
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Harry Hess
NOVAS EVIDÊNCIAS SURGIRAM
Fato 1) Cordilheira Meso Oceânica 
Um gigantesco sistema de cadeias
de montanhas submarinas
denominadas de dorsais ou
cadeias meso oceânicas que
dividem a crosta dos oceanos
simetricamente.
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-80.000 km de extensão
- representa ¼ da superfície terrestre
- até 3 km de altura
-80% do vulcanismo terrestre
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NOVAS EVIDÊNCIAS SURGIRAM
Em virtude da sua posição em
relação à Dorsal Meso-Atlântica
a Islândia está em contínua
expansão, sendo as duas
metades estiradas pela
expansão dos fundos
oceânicos.
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Fato 2)
Aumento da
idade das
rochas
oceânicas com o
distanciamento
do eixo
cordilheira
NOVAS EVIDÊNCIAS SURGIRAM
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Harry Hess 
(geólogo da marinha USA) 
Em1962 publicou “History of the oceans basins”;
A ascensão de magma do
interior da Terra, ao longo
do rifte, forma crosta
oceânica a qual se
expande a partir da dorsal
médio-oceânica em
direção às fossas
oceânicas, onde será
destruída.
Teoria da Expansão do Fundo Oceânico
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3) Necessário uma força impulsionadora suficientemente poderosa
para arrastar/empurrar os continentes: CORRENTES DE
CONVECÇÃO NA ASTENOSFERA.
PROBLEMAS COM A TEORIA
1) O substrato abaixo dos continentes como um fluido viscoso;
2) Os movimentos verticais e horizontais são possíveis através
deste fluido;
Teoria da Deriva Continental
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32Continua na próxima aula...
Bibliografia básica
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